Aterramento Temporário I3320020

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

SISTEMA DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO

SUBSISTEMA PROCEDIMENTO E CONTROLE DA OPERAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO

CÓDIGO TÍTULO FOLHA

I-332.0020 ATERRAMENTO TEMPORÁRIO 1/12

1. FINALIDADE

Estabelecer critérios e procedimentos para a instalação de aterramento temporário antes da


realização de serviços nas redes aéreas de distribuição desenergizadas, visando minimizar os
efeitos da passagem da corrente elétrica pelo homem diante de uma energização acidental dessa
rede.

2. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aplica-se às Agências Regionais e à Divisão de Capacitação e Treinamento de Pessoas - DVCP.

3. ASPECTOS LEGAIS

a) Lei nº 6.514, de 22/12/77, que altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho;

b) Portaria nº 3.214, de 08/06/78, que aprova as Normas Regulamentadoras - NR,


regulamentando a Lei nº 6.514 de 22/12/77;

c) Portaria nº 06 de 09/03/83, que deu nova redação à NR-1 - Disposições Gerais;

d) Portaria nº 598 de 07/12/04, que deu nova redação à NR-10 - Instalações e Serviços em
Eletricidade;

e) Regulamenta critérios afins estabelecidos na Norma N-332.0002 - Intervenções na Rede de


Distribuição de Energia Elétrica.

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4. CONCEITOS BÁSICOS

4.1. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC

É todo dispositivo de uso coletivo, projetado e dimensionado para preservar a integridade física
de um grupo de trabalhadores, eliminando ou minimizando a ação do agente agressivo.

4.2. Equipamento de Proteção Individual - EPI

É todo dispositivo de uso individual, projetado e dimensionado para preservar a integridade


física do trabalhador, eliminando ou minimizando a ação do agente agressivo.

4.3. Trecho de Rede Desligado

É um segmento de rede delimitado e identificado que foi seccionado, com corte visível, da
fonte de tensão, desenergizando totalmente o local de trabalho.

4.4. Trabalhador Qualificado

É o empregado da Celesc Distribuição S.A. que comprovar conclusão de curso específico na


área elétrica reconhecido pelo Sistema Oficial de Ensino. Este profissional deverá ter
conhecimento e experiência suficientes para habilitá-lo a evitar os perigos e prevenir os riscos
que o uso da eletricidade possa criar.

4.5. Profissional Habilitado

É o empregado da Celesc Distribuição S.A. previamente qualificado e com registro no


competente conselho de classe.

4.6. Trabalhador Capacitado

É o empregado da Celesc Distribuição S.A. que atende, simultaneamente, as seguintes


condições:

a) receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e


autorizado; e

b) trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.

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4.7. Profissional Autorizado

É o empregado da Celesc Distribuição S.A. qualificado, capacitado ou habilitado que recebe


anuência formal da Empresa para executar os procedimentos estabelecidos nesta Instrução.

4.8. Interdição de Equipamento

É o ato de impedir, temporariamente, a operação de um equipamento.

5. PROCEDIMENTOS GERAIS

5.1. Considerações Preliminares

5.1.1. Toda intervenção na rede de distribuição para instalar aterramento temporário, conforme
estabelecido nesta Instrução Normativa, deverá ser autorizada e coordenada pelo Centro de
Operação da Distribuição - COD.

5.1.2. A aplicação dos procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa deve ser feita por
empregados autorizados, e fazendo uso dos equipamentos de segurança adequados a cada
tarefa.

5.1.3. Os profissionais que irão executar os procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa
deverão estar qualificados nos termos da Instrução I-134.0016 - Autorização do Empregado
para Executar Serviços em Eletricidade e/ou Instalações Elétricas e Pagamento do Adicional
de Periculosidade, e não estar utilizando adereços metálicos.

5.1.4. Deverão ser utilizados os EPIs e EPCs adequados à execução de cada tarefa.

5.1.5. Considerou-se os equipamentos de aterramento temporário padronizados pela Celesc


Distribuição S.A. e que estão indicados nesta Instrução Normativa.

5.1.6. Foi adotado o esquema de ligação do conjunto de aterramento temporário na rede sugerido
pelas experiências realizadas pelo GT-02/86 - Celesc.

5.1.7. Os procedimentos estabelecidos nesta Instrução foram especificados para serem aplicados por
empregados da Celesc Distribuição S.A. que tenham realizado cursos de treinamento
específicos ministrados pela Empresa e que estejam devidamente autorizados conforme
estabelece a Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em
Eletricidade.

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5.1.8. Na especificação dos procedimentos estabelecidos nesta Instrução Normativa considerou-se


uma rede de distribuição projetada, construída, operada e mantida dentro dos padrões técnicos
da Empresa. NÃO foi considerada a possibilidade de transformadores ligados em paralelo.

5.2. Locais para Instalação de Aterramento Temporário

5.2.1. A escolha do local ou ponto para instalação do aterramento temporário deverá ser efetuada,
previamente, quando da programação dos trabalhos.

5.2.2. O aterramento temporário deverá ser instalado nas extremidades de cada trecho de rede
desligado onde irá se trabalhar, e o mais próximo possível dos eletricistas. Quando o trecho de
rede constituir-se de uma estrutura e o serviço a ser feito propiciar a condição, poderá ser
instalado apenas um aterramento temporário.

5.2.3. Dentro do trecho de rede desligado, inclusive quando este se tratar de ramal que alimenta
cabina transformadora, antes da entrega da Declaração de Trecho de Rede Desligado - DTD.

5.2.4. O aterramento temporário de alta tensão não deve ser instalado em local que possibilite
aglomeração de pessoas, sem antes providenciar o isolamento e sinalização a fim de impedir o
acesso de terceiros a esse local.

5.2.5. O aterramento temporário de alta tensão não deve ser instalado em estruturas com energia em
um dos seus lados, ou onde a rede secundária estiver energizada.

5.3. Instalação de Aterramento Temporário na Rede Primária de Distribuição

Para instalar o aterramento temporário na rede primária de distribuição, proceder de acordo com
as alíneas a seguir:

a) usar os EPIs e EPCs adequados à tarefa;

b) confirmar corte visível do circuito a ser aterrado;

c) introduzir o trado de aterramento no solo, fazendo um contato firme na profundidade


mínima de 1,0m, evitando, sempre que for possível, a sua instalação em terreno de
terceiros;

d) conectar o cabo de aterramento na haste do trado de modo a obter um contato firme;

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e) manter as pessoas afastadas do trado de aterramento, através de sinalização ou isolamento


da área;

f) instalar a escada, posicionando-se adequadamente para acessar à estrutura;

g) aguardar autorização;

h) testar a ausência de tensão em todos os condutores da rede no local a ser aterrado. Se


houver capacitor instalado na rede, aguardar tempo necessário para a sua descarga;

i) içar o aterramento de alta tensão (Anexo 7.1.) através da vara de manobra, mantendo-a na
posição vertical;

j) conectar firmemente o grampo de aterramento ao condutor neutro da rede;

k) conectar firmemente os grampos de conexão do cabo de curtocircuitamento em cada


condutor fase da rede, mantendo o cabo de aterramento afastado do eletricista. Iniciar
essas conexões pelo condutor da rede mais próximo do executor da tarefa;

l) para retirar o aterramento temporário de alta tensão da rede, iniciar pela retirada dos
grampos de conexão do cabo de curtocircuitamento dos condutores fase da rede.

CROQUI DE INSTALAÇÃO

Onde:

1: Grampo de conexão
2: Trapézio de elevação
3: Cabo de curtocircuitamento
4: Cabo de ligação ao neutro
5: Grampo de aterramento
6: Cabo de aterramento
7: Trado de aterramento

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5.4. Instalação de Aterramento Temporário na Rede Secundária de Distribuição

Para instalar o aterramento temporário na rede secundária de distribuição, proceder de acordo


com as alíneas a seguir:

a) usar os EPIs e EPCs adequados à tarefa;

b) instalar a escada, posicionando-se adequadamente para acessar à estrutura;

c) desligar o circuito a ser aterrado;

d) constatar corte visível do circuito a ser aterrado;

e) testar a ausência de tensão em todos os condutores da rede no local a ser aterrado. Se


houver capacitor instalado na rede, aguardar tempo necessário para a sua descarga;

f) instalar o bastão de aterramento (Anexo 7.2.), curtocircuitando todos os condutores fase


da rede, inclusive o condutor controle, com o condutor neutro dessa rede. Quando o
espaçamento dos condutores da rede for de 40 cm, utilizar o aterramento de baixa tensão
flexível (Anexo 7.3.).

CROQUI DE INSTALAÇÃO

Onde:

1: Bastão isolante
2: Garra de conexão
3: Haste de curtocircuitamento
4: Punho antiderrapante
5: Pingadeira
6: Base protetora
7: Protetor de topo

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5.5. Instalação de Aterramento Temporário na Interdição de Transformador

Para instalar o aterramento temporário referente à interdição da energização de transformador,


proceder de acordo com as alíneas a seguir:

a) usar os EPIs e EPCs adequados à tarefa;

b) instalar a escada, posicionando-se adequadamente para acessar à estrutura;

c) abrir todas as chaves fusíveis do transformador;

d) testar a ausência de tensão em todos os jampes de alta tensão e buchas de baixa tensão do
transformador e na rede secundária alimentada pelo mesmo;

e) conectar o aterramento de trafo (Anexo 7.4.) ao cabo de aterramento (terra) do


transformador;

f) conectar o aterramento de trafo nos jampes de alimentação próximo às buchas de alta


tensão do transformador;

g) proceder a instalação do aterramento temporário na rede secundária de distribuição, de


acordo com o subitem 5.4. desta Instrução Normativa. Quando for necessário soltar os
condutores da rede secundária, usar o aterramento de baixa tensão flexível (Anexo 7.3.);

h) na retirada do aterramento de trafo, iniciar pela rede primária de distribuição,


desconectando primeiro os condutores de curtocircuitamento das fases.

CROQUI DE INSTALAÇÃO

Onde:

1: Grampo de conexão
2: Trapézio de elevação
3: Cabo de curtocircuitamento
4: Cabo de ligação ao neutro
5: Grampo de aterramento
6: Cabo de aterramento
7: Trado de aterramento

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6. DISPOSIÇÕES FINAIS

O aterramento temporário instalado pelo COD, antes de entregar a Declaração de Trecho de Rede
Desligado - DTD ao responsável pelos trabalhos, NÃO dispensa a obrigatoriedade da instalação
dos aterramentos temporários necessários no local dos trabalhos, conforme previamente
programados.

7. ANEXOS

7.1. Aterramento de Alta Tensão

7.2. Bastão de Aterramento

7.3. Aterramento de Baixa Tensão Flexível

7.4. Aterramento de Trafo

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7.1. Aterramento de Alta Tensão

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7.2. Bastão de Aterramento

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7.3. Aterramento de Baixa Tensão Flexível

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7.4. Aterramento de Trafo

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