Ponto Dos Concursos - Cláudia Koslowisk - Exercícios FCC
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AULA 0: ORTOGRAFIA
Olá, pessoal
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PORTUGUÊS EM EXERCÍCIOS P/ ICMS-SP – QUESTÕES FCC
PROFESSORA CLAUDIA KOZLOWSKI
Ao fim de cada aula, será apresentada a lista com todos os exercícios
nela comentados, para que o aluno, a seu critério, os resolva antes de
ver o gabarito e ler os comentários correspondentes.
A aplicação das provas está prevista para os dias 30 de abril e 1º de
maio, então não percamos mais tempo e vamos ao estudo, afinal,
serão 40 questões de Língua Portuguesa e essa é a segunda
disciplina no critério de desempate (atrás somente de Raciocínio
Lógico e antes mesmo de Legislação Tributária – ou seja, os
examinadores querem alguém que tenha um bom raciocínio - rápido,
de preferência - e que domine a língua pátria. O principal instrumento
de trabalho - a legislação estadual – acabou em terceiro plano!!!!).
Nosso assunto de hoje é ORTOGRAFIA.
Gosto muito de iniciar o nosso estudo alertando para o fato de que
ninguém é obrigado a conhecer TODAS as palavras da língua. Logo,
não é vergonha nenhuma desconhecer o significado de uma ou outra.
É comum esta banca exigir questões exclusivas de ortografia, muitas
vezes simples. Mas, de qualquer forma, não podemos nos descuidar,
tampouco menosprezar o “adversário” (a banca). Havendo dúvidas,
procure o “pai dos burros” e veja como se escreve determinada
palavra.
O estudo da ORTOGRAFIA abrange:
1 - EMPREGO DE LETRAS (s/z; sc/sç/ss; j/g; izar/isar; etc)
2 - ACENTUAÇÃO GRÁFICA
3 - USO DE OUTROS SINAIS DIACRÍTICOS (principalmente o HÍFEN e
o TREMA)
Como nosso estudo será o mais objetivo possível, lembro-lhe que a
palavra derivada costuma conservar a grafia da palavra
primitiva. Por exemplo, normalmente se usa “x” após “en” (enxuto,
enxovalhar), mas isso não acontece com encher, que deriva de cheio,
ou com encharcado, que provém de charco (pântano), pelo fato de o
dígrafo “ch” já constar da palavra primitiva. “Costuma”, porque raras
vezes podemos nos deparar com alguns casos (excepcionais) que
buscam na etimologia a mudança das letrinhas, por exemplo, estender
e extensão (o substantivo que manteve o x da forma verbal latina
extendere, segundo Aurélio) ou catequese e catequizar.
Recentemente, em uma prova da ESAF, a “bola da vez” foi o verbo
que tem relação semântica com “dispêndio”. Você sabe qual é e como
ele é grafado? Acertou quem respondeu: “despender”, com “e” na
primeira sílaba. Isso porque houve alteração na formação do verbo e
este se desligou de sua origem latina (“dispendere”, com “i”). Nada
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impede que estas palavras sejam exploradas também pela FCC, não é
mesmo?
Outra dica preciosa: na dúvida com relação à grafia de uma palavra
que sofreu algum processo de transformação (substantivo derivado de
verbo ou substantivo derivado de adjetivo), busque a grafia de outra
palavra conhecida sua (que servirá de paradigma), tomando o
cuidado de observar se esta sofreu o mesmo processo daquela. Aquilo
que aconteceu com uma irá acontecer com a outra também.
Veja os exemplos.
compreender -> compreensão / pretender -> pretensão
permitir -> permissão / emitir -> emissão
conceder -> concessão / retroceder -> retrocessão
Também podem ser objeto de prova as palavras que, apesar de
“parecidas” não são sinônimas – são os parônimos, que veremos em
uma das questões aqui estudadas.
Então, mãos à obra! Vamos às questões de prova da FCC e bom
estudo!
ORTOGRAFIA
1 - (Técnico TRE AP/Janeiro 2006) Está correta a grafia de todas as
palavras da frase:
(A)) Só os inescrupulosos continuam a gastar água sem analisar as
conseqüências.
(B) O consumo excecivo de energia pode, um dia, vir a se tornar uma
contravensão.
(C) Os que menospresavam o valor da água passaram a reconhecer
sua escassês.
(D) Das turbinas de uma uzina a uma lâmpada acesa, o caminho é
longo e sinuozo.
(E) Se a falta de energia fosse algo imprevizível, desculparíamos o
coxilo dos responsáveis.
Gabarito: A
Comentário.
Vamos observar a grafia correta de alguns vocábulos apresentados na
questão:
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(B) As duas incorreções estão nas grafias de:
- excessivo - que é em excesso, derivante de “exceder”, que não
deve ser confundido com “exceção”, que deriva de excetuar;
- contravenção - cuja origem remonta ao verbo “contravir”, ou seja,
“vir em sentido contrário”, transgredir, infringir.
(C) - menosprezavam – “prezar menos”, desprezar; se “prezado” é o
tratamento que se dá a quem é “querido”, “estimado”, menosprezado
e desprezado têm significado oposto; contudo, a grafia é a mesma,
pois todos esses vocábulos têm a mesma origem e devem apresentar
a letra “z”;
- escassez – substantivo abstrato relativo a “escasso” e, por isso,
apresenta a mesma grafia do adjetivo. A terminação “ez/eza” se aplica
aos substantivos derivados de adjetivos: escasso – escassez / tímido –
timidez / rígido – rigidez / grande - grandeza. Já a terminação
“ês/esa” é empregada em adjetivos pátrios, como “holandês”,
“português”, “calabresa” (em caso de dúvida, dê uma olhadinha em
nosso Ponto 3 – Ortografia, na área aberta do Ponto).
(D) usina (se você achou que esse erro foi gritante, espere só para ter
uma surpresa...) e sinuoso - o sufixo nominal “-oso” denota “provido
ou cheio de” (primeira acepção); por isso, “cheiroso”, “gostoso”,
“afetuoso” são escritos com “s”. Como mencionamos no início do
nosso estudo, essa comparação muitas vezes auxilia na hora da
dúvida.
(E) - imprevisível – como o adjetivo referente a “ver” é “visível”, esta
grafia se emprega também em “imprevisível” (que não tem verbo
correspondente – não existe o verbo “imprever”). Mais uma vez, a
regra do paradigma poderia auxiliar na resolução da questão.
- cochilo – palavra de origem africana que, segundo Aurélio, significa
“sono leve”.
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(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de
provas que poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando
sua dignidade.
(D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não
se deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de
campanha.
(E)) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto
ninguém se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser
mais bem sucedido.
Gabarito: E
Comentário.
Vamos analisar as incorreções de cada um dos itens.
(A) A incorreção deste item está na conjugação verbal de “adequar” na
terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo. Como veremos
na aula apropriada (Verbos – Conjugação), este é um verbo defectivo,
ou seja, que apresenta “defeito”, pois, no presente do indicativo,
apenas é conjugado nas primeira e segunda pessoas do plural. Aliás,
veremos que esse “defeito” só aparece no presente do indicativo (e
formas derivadas desse tempo verbal), sendo os verbos defectivos
perfeitamente conjugados em qualquer outro tempo passado ou
futuro.
Está correta a forma “contendores”. “Contenda” significa “discussão”,
“debate”. Então, aquele vocábulo designa os serem que praticam
essas ações, ou seja, os debatedores.
(B) Estão incorretas as grafias dos vocábulos altercações (“altercar”
significa “discutir”. Portanto, “altercações” é o mesmo que
“discussões”). Essa era uma palavrinha de difícil identificação, pois
normalmente não faz parte do vocabulário padrão. Mas a banca
resolveu “aliviar” a mão e colocou, em seguida, a palavra disseminar
incorretamente grafada. Disseminar tem o sentido originário de
“semear”. Por analogia, passou a significar “difundir, espalhar,
propagar”.
(C) Os dois deslizes ortográficos são:
- a forma verbal constitui – muito comum o erro na conjugação dos
verbos terminados em –uir (como “concluir”, “destituir”, “possuir”), na
conjugação da terceira pessoa do singular no presente do indicativo
(ele constitu...?).
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A explicação é que os verbos terminados em “ir” (partir, ferir, decidir)
recebem na desinência a letra “e” – PARTIR: ele parte / eles partem -
FERIR: ele fere / eles ferem - DECIDIR: ele decide / eles decidem.
Fica fácil, então, usar o mesmo critério com os verbos terminados em
hiato, como é o caso de ‘CONSTITUIR’(–uir). No entanto, nesses
verbos, a conjugação da 3ª pessoa do singular (ele/ela/você) termina
com a letra “i” – CONSTITUIR: constitui – CONCLUIR: conclui -
OBSTRUIR: ele obstrui – POSSUIR: ele possui.
Mas, CUIDADO!!! Essa variação só ocorre na 3ª pessoa do singular. Na
3ª pessoa do plural, retoma-se a desinência “EM” (com “E”):
CONCLUIR: eles concluem - OBSTRUIR: eles obstruem – POSSUIR:
eles possuem.
- preservando – o verbo “preservar” é escrito com “s”, e não com
“z”, como apresentado.
(D) Os dois vocábulos incorretos são inépcia (que significa “falta
absoluta de aptidão”) e falacioso(que deriva de falácia, com “c”).
Aproveitamos a menção à palavra “inépcia” para tratar de consoantes
mudas. Devemos ter cuidado com algumas palavras especiais:
AFICIONADO (tem apenas um “c” – formalmente, não existe
“aficcionado”), ABRUPTO , OPTAR (cuidado na conjugação do verbo,
em que a letra “p” é muda – eu opto, tu optas...). Outras (e suas
derivadas) facultam a colocação da letra muda – CONTA(C)TO,
INFE(C)ÇÃO, CORRU(P)ÇÃO, A(C)CESSÍVEL (com o “c” dobrado,
pronuncia-se <cs>), como o “x” de táxi). Não acredita? Consulte o
Aurélio.
Outra palavra perigosa é “CARÁTER”. O plural correspondente busca
em sua origem latina a grafia CARACTERES (“Aquele rapaz é um mau
caráter. Aqueles rapazes são uns maus caracteres”).
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entre elas garantir a manutenção do emprego ao par do avanço
tecnológico.
(D) Segundo a tese de que toda época histórica ressalta seus
sacerdotes superiores, infere o autor de que o nosso tempo se
caracteriza pelo previlegiamento da condição dos economistas.
(E) O economista técnico supõe que toda a economia é regida graças
às leis de demanda e oferta, motivo porque ele se aplica tão somente
em referendar o sistema globalizado vijente em nossos dias.
Gabarito: A
Comentário.
(B) Já falamos que uma palavra normalmente conserva a grafia da
palavra primitiva. Se esta já apresentava a letra “s” em sua grafia, a
palavra derivada irá manter essa letra. Assim, “paralisar” se escreve
com “s” por causa de “paralisia”. Se não havia a letra “s” na primitiva,
a palavra derivada irá receber um “z”. Por isso que “imunizar”, que
deriva de imune, se escreve com “z”.
A partir desse conceito, diga-me: “avalisar” (assim está na questão)
deriva de qual palavra? Resposta: “aval”. E “aval” possui a letra “s”?
Resposta negativa. Então, qual a letra que devemos colocar? A letra
“z”, grafando “avalizar”, assim como em computadorizado
(computador), comercializar (que deriva de “comercial”), e paizinho
(diminutivo de “pai”).
Enquanto isso, analisar (análise), atrasar (atraso) e paralisar
(paralisia) são escritas com “s”.
O outro erro de grafia desse item está na conjugação do verbo
“contribuir”. Como já mencionamos na correção do item “c” da
questão anterior, os verbos terminados em –uir recebem na 3ª pessoa
do singular a desinência “i” – contribui. Mais sobre isso será abordado
na aula sobre verbos - conjugação verbal.
Finalmente, há um outro erro, desta vez de regência verbal – “alguém
discorda DE alguma coisa”. Então, correta seria a construção “da qual
(e não ‘com a qual’) não é capaz de discordar”. Esse assunto será
explorado na aula sobre Regência.
(C) O erro é de construção verbal – a locução verbal “deverá compor”
não necessita da preposição “de”. A construção “ao par de” é
equivalente a “a par de”, porém menos usual que esta, cujo significado
é “ao lado de”.
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(D) Não há registro formal da palavra “previlegiamento”, ou seja, nos
dicionários e no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa
(http://www.academia.org.br/vocabulario/frame11.htm) não existe
essa palavra. Mesmo que assim o fosse, sua grafia deveria seguir o
padrão da palavra originária – privilégio, com “i” na primeira sílaba.
(E) “Vigente” significa “o que vige” (não confunda com “vixe”, muito
comum na Bahia, inclusive, ressurgido em um sucesso no carnaval de
Salvador: “Vixe, mainha”. Imagino eu que essa expressão deve ter
origem em “virgem maria”. Por favor, se algum especialista em
etimologia de termos baianos estiver entre nós, corrija-me se eu
estiver errada!).
De volta ao estudo, como “viger” (ter ou estar em vigor, vigorar) é
grafado com “g”, a forma nominal correspondente deve conservar a
mesma letra - vigente. É um verbo defectivo, já que não se conjuga
na primeira pessoa do singular do presente do indicativo. Vamos
estudar mais verbos defectivos na aula sobre verbos. Aguarde.
Outro problema encontrado nessa opção está em “tão somente”. O
advérbio (forma reforçada de “somente”) deve ter seus elementos
ligados por hífen: tão-somente, assim como acontece com o
correspondente “tão-só” (também com hífen). Esse é um dos tópicos
de ortografia. Uma das funções desse sinal diacrítico é ligar elementos
que formam palavras compostas. Por isso, há diferença entre “dia a
dia” (locução adverbial que significa “diariamente”) e “dia-a-dia”
(locução substantiva equivalente a cotidiano). Atualmente, algumas
palavras já se encontram “dispensadas”, na língua coloquial, do sinal.
Um bom exemplo é “ponto de vista”, que originariamente, no sentido
de “opinião”, era grafado com hífen (“ponto-de-vista”).
Assim, em questões de prova, todo cuidado é pouco.
Finalmente, para encerrarmos essa (longa) questão, o último deslize
foi apresentado na grafia de “porque”. Assunto igualmente longo este.
Em vários livros voltados para concursos públicos há listas e mais
listas sobre o “porque” e suas formas (separado com acento,
separado sem acento, junto com acento, junto sem acento).
Primeiro devemos entender o motivo da acentuação do vocábulo.
Quando o pronome ou a conjunção está no início ou no meio do
período, normalmente a palavra é átona, chegando, por regionalismo,
a ser pronunciada como “porqui”. Todavia, no fim do período, recebe
ênfase e passa a ser forte, tônica. É por isso que, nessa posição,
recebe o acento circunflexo (por quê). Também é acentuado o
substantivo porquê, que, na mudança de classe gramatical, passou a
ter uma tonicidade que na forma de pronome ou conjunção não tinha.
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Em resumo: recebe acento circunflexo o vocábulo tônico, quer
pronome interrogativo no fim da frase (“Eu preciso saber por quê.”),
quer substantivo (“Ele não sabe o porquê da demissão.”).
Se for:
- conjunção (explicativa ou causal), é junto – porque.
- pronome relativo acompanhado de preposição (“Há muitas
razões por que tanta gente presta concurso público.”) é
separado e pode ser substituído por “pelo qual” e flexões – por
que.
- preposição + pronome interrogativo (em pergunta direta ou
indireta), ele é separado – por que (“Não sei por que você
não veio.” / “Por que você não veio?” / “Você não veio por
quê?” – recebeu acento por ser tônico), com a idéia de “por
qual motivo / por qual razão”.
Usa-se essa forma também como complemento de expressões
como eis, daí e em outras em que esteja implícita a palavra
“motivo” – “Eis por que (motivo) eu não irei à festa.” / “Estive
doente, daí por que (motivo) não fui à festa.” / “Não há por
que (motivo) você se aborrecer comigo.”.
Gabarito: A
Comentário.
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Estão perfeitamente grafadas todas as palavras dessa opção:
- “vexatória” é da mesma família de “vexame”, “vexar”, as formas
variantes “avexar” e “avexado” (muito comuns no Nordeste e
igualmente corretas), tudo com “x”;
- a conjugação da terceira pessoa do plural no presente do indicativo
dos verbos LER, VER, CRER e DAR faz dobrar a letra “e”- lêem, vêem,
crêem e dêem, exatamente como registrado na questão. Mais adiante,
voltaremos a tratar disso.
As incorreções observadas nas demais opções são:
(B) exceção – já mencionamos a grafia dessa palavra, que se liga ao
verbo excetuar (e não exceder, como bem observamos na questão 1).
(C) intransigência – uma das acepções do verbo “transigir” é “chegar
a um acordo”. Logo, alguém instransigente normalmente não é dado
ao dialógo, e intransigência é o substantivo que equivale a
intolerância. Perceba que todos esses vocábulos são escritos com “s”.
Além disso, obsessão (perseguição) é o ato de obsediar ou
obsedar, praticado por quem é obsessivo (todos com “s” após o
“b” mudo). Não se deve confundir com obcecação, ato de obcecar
(cegar, deslumbrar, induzir a erro), qualidade de quem é obcecado
(todos com “c” após o “b” mudo). Uma boa forma de memorizar a
grafia de certos vocábulos é estabelecendo uma comparação deles
com outros, como fizemos aqui (obsessão x obcecação). Podemos
fazer isso entre suscitar e sucinto. Veja que o primeiro apresenta o
dígrafo “sc”, enquanto que o segundo é escrito somente com “c”. Uma
forma de “guardar” – “sucinto” significa “breve”. Assim, para ser
breve, economizou-se nas letras e, por isso, colocamos apenas uma (o
“c”). Seu correspondente é “suscitar”, que se escreve com duas letras
(“sc”). E aí, gostou? Bem, é uma tentativa de memorização, já que
muitas vezes, não há justificativa que convença o porquê do uso de
uma letra e não de outra.
(D) veemência significa intensidade, eloqüência e deve ser escrito
com duas letras “e”.
(E) atrás e estigmatizava (acredito que essa foi a mais fácil de todas
as opções). Em relação ao segundo vocábulo, lembramos que o
substantivo correspondente é estigma (marca, sinal) e, assim, o
verbo a ele correspondente, por não apresentar a letra “s”, recebe a
letra “z”: estigmatizar. Sobre isso, já falamos no comentário à opção
(B) da questão 3, quando abordamos a palavra “avalizar”. Agora, na
próxima questão, observe como esse assunto se repete nas provas da
FCC.
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Gabarito: A
Comentário.
Quando afirmamos que fazer provas anteriores é essencial à
preparação do candidato, não estamos brincando. Veja que nesta
questão os dois erros já foram mencionados nessa aula – USINA e
PARALISAR. O primeiro vocábulo foi objeto da prova de Técnico do
TRE AMAPÁ (questão 1) e o segundo segue a explicação apresentada
nos comentários às questões 3, item (B) - “avalizar” – e 4, item (E) –
“estigmatizar”.
Itens INCORRETOS.
Comentário.
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Nessa questão, a banca exigiu o conhecimento sobre parônimos.
Incipiente significa o que está no começo (incipiente, com “c” de
começo), enquanto que insipiente quer dizer “não sapiente”, ou seja,
o que não sabe, ignorante; sua grafia tem origem em “sapiência”
(sabedoria), por isso “insipiente” mantém a letra “s”.
Vultoso se refere a algo de grande vulto (reveja o que falamos sobre
o sufixo “-oso” em uma das questões anteriores), ao passo que
vultuoso, segundo o Aurélio, se refere ao aspecto da face quando
está vermelha e tumefacta e com os olhos salientes (Nossa, deve ser
horrível alguém/algo vultuoso!!!).
Há muitos outros parônimos, e o que não falta no mercado é material
que apresente listas e mais listas com essas palavrinhas perigosas.
Contudo, como o nosso estudo deve ser o mais objetivo possível, não
iremos reproduzi-las aqui. Se o candidato julgar conveniente, busque
estudar a grafia e o significado dos parônimos mais “famosos”
(iminente/eminente – discriminar/descriminar – infringir/infligir,
dentre tantos).
Gabarito: B
Comentário
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Muitas vezes, a banca tenta confundir o candidato, usando, em uma
palavra, a grafia que leve à lembrança de outra, totalmente
inadequada à construção. Foi o que aconteceu aqui. Existe o verbo
“hesitar”, cuja forma do presente do indicativo da 1ª. pessoa do
singular é “(eu) hesito”. Contudo, na passagem do item “b”, o que
deveria estar escrito é o substantivo “êxito” (sucesso). Talvez para
“ajudar”, errou também na grafia de adolescentes (com o dígrafo
“sc”).
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9 PAROXÍTONOS TERMINADOS EM DITONGO CRESCENTE
(*), EM –ÃO, EM –ÔO - glória, indivíduos, sábia,
concordância, acórdão, abençôo;
9 TODAS AS PROPAROXÍTONAS - fósforo, matemática, hífenes
(*) Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa
(V.O.L.P.), que tem força de lei no Brasil, a acentuação dos
ditongos abertos é classificada na regra dos proparoxítonos (sé-ri-e
/ vi-tó-ri-a) e os monossílabos são classificados na mesma regra
dos oxítonos.
ENCONTROS VOCÁLICOS:
9 OS DITONGOS ABERTOS –ÉI-, -ÉU-, -ÓI- : herói, apóiam,
idéias, mausoléu
9 NUM HIATO, RECEBEM ACENTO I OU U, COMO 2ª VOGAL
DO HIATO, SOZINHO (DESDE QUE NÃO SEGUIDO DE NH)
OU ACOMPANHADO DE S. COM QUALQUER OUTRA LETRA
OU SOZINHO E SEGUIDO DE NH, NÃO RECEBE O ACENTO
AGUDO. Ex: Piauí, juízes, raízes, rainha, campainha, juiz, Luís,
ruim, Itaú (apesar de terminar com U – regra das oxítonas – é
acentuada por tratar-se de U como segunda vogal do hiato,
sozinho na sílaba – I-ta-ú)
CUIDADO! A pronúncia de palavras como GRATUITO, FORTUITO
FLUIDO (substantivo) assemelham-se à de MUITO. Nessas
palavras não existe acento agudo na letra “i” (ao contrário do
que acontece no particípio do verbo fluir - FLU-Í-DO), de modo
que, naqueles casos, existe um ditongo, e não um hiato.
9 -ÊEM DOS VERBOS LER, VER, CRER, DAR e derivados - O
Vocabulário Ortográfico determina que se conserva, por clareza
gráfica, o acento circunflexo no plural desses verbos: crêem,
dêem, lêem, vêem, descrêem, desdêem, relêem, revêem, etc.
ACENTOS DIFERENCIAIS – A partir da mudança ortográfica, em
1971, conservaram-se somente os acentos diferenciais abaixo
indicados:
9 DE TIMBRE (vogal aberta ou fechada) – o único que restou foi:
pode (pres.indicativo) – pôde (pret.perf.ind)
9 DE INTENSIDADE ou TONICIDADE (vogal átona ou tônica).
Os mais comuns são:
pôr (verbo) – por (preposição)
pára (verbo) – para (preposição)
pêlo (substantivo) – pelo (contração de por + o)
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Gabarito: E
Comentário.
Sem entrar na polêmica de classificar “ofício” como paroxítona
terminada em ditongo crescente ou proparoxítona (segundo o
P.V.O.L.P.), essa palavra segue a mesma regra de acentuação que
“história” (A), “salários” (B), “inteligências” (C), “memória” (D) e
“agência” (E).
Já “idéias” é acentuado por se tratar de um ditongo aberto (éu/ éi /
ói), o mesmo ocorrendo em “heróicas”. Por isso, a resposta é a letra
E.
As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes
regras:
- “único” e “período” – proparoxítonas;
- “Níger” e “notável” – paroxítonas não terminadas em a(s), e(s),
o(s) e em(ens).
Gabarito: E
Comentário.
Desta vez, a banca deixou claro que segue a mesma linha de
classificação da maioria dos gramáticos - apresentou “início” e a ela
associou “vários”. Se classificasse esses vocábulos na regra das
palavras proparoxítonas (seguindo a posição do P.V.O.L.P.), a questão
seria anulada, pois haveria três respostas igualmente válidas – além
de “vários”, também “técnica” e “jurídica”, que, indubitavelmente, são
proparoxítonas.
Então, ATENÇÃO!!! A partir dessa questão, podemos identificar o
posicionamento da banca da FCC para esta polêmica – “início” e
“vários” são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.
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As demais palavras são acentuadas de acordo com as seguintes
regras:
(A) “técnica” – proparoxítona
(B) “idéia” – ditongo aberto (éi)
(C) “possível” – paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s) e
em(ens)
(D) “jurídica” - proparoxítona
Gabarito: C
Comentário.
Assim como “jacarés”, os vocábulos “mantém”, “tamanduás” e
“tucunarés” são oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s) ou em(ens).
Como a opção (C) abarca duas dessas palavras, é a resposta correta.
As demais são acentuadas pelos seguintes critérios:
- “negócios”, “município” e “santuários” – paroxítonas terminadas em
ditongo crescente;
- “únicos”, “amazônica” e “ecológicos” – proparoxítonas;
- “tuiuiús” – “u” como segunda vogal de um hiato, acompanhado de
“s”.
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(C) países e fenômeno.
(D) mínimas e públicos.
(E) previdência e saúde.
Gabarito: E
Comentário.
“Funcionários” é uma paroxítona terminada em ditongo crescente,
assim como “revolucionária”, “benefícios” e “previdência”. Já
“excluída” apresenta a letra “i” como segunda vogal de um hiato,
sozinha na sílaba, da mesma forma que ocorre em “países” e “saúde”.
A opção que apresenta vocábulos cuja acentuação segue o paradigma
apresentado no enunciado é a de letra E.
As demais palavras seguem as seguintes regras de acentuação:
- “décadas”, “fenômeno”, “mínimas” e “públicos” são proparoxítonas;
- “possível” é uma paroxítona não terminada em a(s), e(s), o(s) ou
em(ens).
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(D) Das turbinas de uma uzina a uma lâmpada acesa, o caminho é
longo e sinuozo.
(E) Se a falta de energia fosse algo imprevizível, desculparíamos o
coxilo dos responsáveis.
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(E) O economista técnico supõe que toda a economia é regida graças
às leis de demanda e oferta, motivo porque ele se aplica tão somente
em referendar o sistema globalizado vijente em nossos dias.
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6 – (Procurador BACEN/ Janeiro 2006) Considerando-se as afirmativas
abaixo, a respeito de aspectos lingüísticos constantes do texto, julgue
os itens abaixo:
(I) incipiente tem o mesmo significado da palavra análoga
insipiente.
(II) ganhos mais vultosos – o adjetivo grifado admite a forma variante
vultuosos.
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(A) técnica.
(B) idéia.
(C) possível.
(D) jurídica.
(E) vários.
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AULA 1 - VERBOS
Olá, pessoal
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IMPERATIVO - expressa idéias de ordem, pedido, desejo,
convite.
Enquanto que o modo INDICATIVO situa o fato no plano da realidade, da
certeza, o SUBJUNTIVO coloca o fato no plano do que é provável,
hipotético, possível, sem a certeza apresentada pelo modo indicativo. O
modo SUBJUNTIVO também é bastante usado com determinadas conjunções
(embora, caso, conquanto etc.)
Perceba a diferença entre as duas orações abaixo.
Ele procura um remédio que acaba com a dor de cabeça.
Ele procura um remédio que acabe com a dor de cabeça.
Na primeira, o sujeito já sabe qual é o medicamento que produz resultado.
Vai à farmácia e pede ao balconista, porque sabe o resultado que obterá. O
fato situa-se no plano da CERTEZA – modo INDICATIVO - acaba.
Na segunda, o sujeito não tem certeza de qual medicamento poderia surtir
efeito. Vai ao balcão da farmácia, pede ao farmacêutico uma indicação, mas
não tem certeza se irá obter a cura. Por isso, está no plano da possibilidade
– modo SUBJUNTIVO - acabe.
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PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO – forma mais comum
de expressar o fato realizado antes de outro fato também no
passado (Antes de sua morte, ele tinha pedido perdão aos filhos.)
FUTURO DO PRESENTE – fato posterior certo de ocorrer no futuro
(Doarei todo o material de estudo após a minha aprovação.)
FUTURO DO PRESENTE COMPOSTO – denota futura ocorrência de
um fato que se iniciou no presente (Até o próximo ano, terei
acumulado quase um milhão de reais em dívidas.)
FUTURO DO PRETÉRITO – esse é um tempo bastante especial,
pois apresenta diversas circunstâncias - 1) fato posterior a um
fato passado (Você me garantiu [FATO PASSADO] que o nosso
amor não morreria [FATO FUTURO EM RELAÇÃO AO FATO
PASSADO].); ou 2) fato não chegou a se realizar (Eu iria à sua
casa, mas tive um problema.); 3) também pode denotar incerteza
(“Acharam um corpo que seria do chefe do tráfico.”), hipótese
relacionada a uma condição (“Se você tivesse comprado o carro
[CONDIÇÃO], não teria perdido o dinheiro no jogo [HIPÓTESE].”) ou
polidez (“Você poderia me passar o sal?”).
FUTURO DO PRETÉRITO COMPOSTO – o mesmo que o Futuro do
Pretérito com relação aos dois primeiros aspectos (Ele poderia
ter comprado uma casa maior se não tivesse jogado tanto dinheiro
fora.).
Vamos, agora, analisar como a Fundação Carlos Chagas aborda esse ponto
do programa.
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Gabarito: C
Comentário.
A forma “refira” é a conjugação do verbo “referir-se” no presente do
subjuntivo, a mesma conjugação do verbo “conferir” em “confiram”.
A conjugação da 1ª pessoa do singular (eu) do presente do indicativo dá
origem a toda a conjugação do presente do subjuntivo, do imperativo
negativo e de algumas formas do imperativo afirmativo (estudaremos
conjugação do imperativo mais adiante), apresentando alteração apenas na
desinência (parte final do verbo, que indica a flexão verbal em número,
pessoa, tempo e/ou modo).
Exemplo:
(Pres.Indicativo) Eu confiro
(Pres.Subjuntivo) (que) eu confira / (que) tu confiras / (que) ele confira/
(que) nós confiramos / (que) vós confirais / (que) eles confiram
(Imperativo Negativo) - / não confiras / não confira / não confiramos /
não confirais / não confiram
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Gabarito: A
Comentário.
A forma “parecia” está conjugada no pretérito imperfeito do indicativo, da
mesma forma que “amarrava”.
Todas as demais formas estão conjugadas no pretérito perfeito do
indicativo (permaneci, tornaram, morreu e largou).
Gabarito: D
Comentário.
A forma “vive” é a conjugação do verbo “viver” no presente do indicativo,
assim como “ocupam”.
As demais formas estão nos seguintes tempos e modos:
(A) acreditava – pretérito imperfeito do indicativo
(B) ocorreu – pretérito perfeito do indicativo
(C) acrescentaram – pretérito perfeito do indicativo
(E) bastasse – pretérito imperfeito do subjuntivo
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(D) Alguns colegas não gostam dessa abordagem...
(E)) ... que nossa urbanização seja igual à da Europa...
Gabarito: E
Comentário.
A forma “diga” (do verbo “dizer”) está no presente do subjuntivo, bem
como “seja” (do verbo “ser”).
Lembre-se da regra de formação das conjugações: a 1ª p.s. pres.indicativo
dá origem à formação do presente do subjuntivo (pres.ind.: eu digo /
presente subjuntivo: diga/ digas/ diga ...).
As demais formas verbais estão no:
(A) criei – pretérito perfeito do indicativo
(B) foi – pretérito perfeito do indicativo
(C) ia – pretérito imperfeito do indicativo
(D) gostam – presente do indicativo
Gabarito: A
Comentário.
Como vimos no início do nosso estudo, o modo subjuntivo indica fatos que
estão no campo da hipótese, incerteza, possibilidade, probabilidade,
enquanto que o modo indicativo retrata fatos reais, concretos.
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Como a forma devamos está no presente do subjuntivo, indica um fato
possível (possibilidade), enquanto que devemos, do presente do
indicativo, denota um fato real. Está correta a opção de letra (A).
Gabarito: B
Comentário.
Mais uma vez, a banca explora o conceito de emprego do modo subjuntivo.
A forma “possa” está no presente do subjuntivo que, como vimos, situa no
plano da hipótese, possibilidade ou probabilidade os fatos que relata. Por
isso, está correta a indicação de ser um caso de hipótese realizável.
Gabarito: D
Comentário.
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Denominam-se formas nominais as palavras, de origem verbal, que
também podem ser empregadas nas funções próprias de adjetivos,
substantivos ou advérbios. São elas: PARTICÍPIO, GERÚNDIO E INFINITIVO.
PARTICÍPIO:
Ele havia lavado o chão da casa antes do temporal. (verbo)
O uniforme lavado ficou todo sujo após o vendaval. (adjetivo)
GERÚNDIO:
O presidente fica persistindo na argumentação de que nada sabia sobre o
valerioduto. (verbo)
Persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado..
(advérbio de condição = “Caso persistam os sintomas...”)
INFINITIVO:
Ele precisa pôr os nomes nos livros. (verbo)
O pôr-do-sol é lindo nessa época do ano. (substantivo)
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Como num escritório, onde quem manda é o chefe e quem trabalha é o
empregado (ou você já viu algum chefe trabalhando???), na locução verbal,
quem exerce a função de “chefe” é o verbo principal – ele fica “paradão”, só
mandando, e o pobre do auxiliar se flexiona de acordo com as suas ordens.
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Na questão, o verbo “cozer” tem como auxiliar o verbo “ser”, figurando,
portanto, em voz passiva. A forma correta será: cozidos.
Em seguida, como o fato se situa no campo da hipótese, devemos usar o
presente do subjuntivo – “para que a população não venha a ter
problemas de saúde”.
Está correta, pois, a opção (D).
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Gabarito: E
Comentário.
No início do estudo, vimos que o futuro do pretérito do indicativo pode
denotar incerteza, hipótese relacionada a uma condição ou polidez.
Note que, na estrutura apresentada, o fato de o gás mover a frota de
automóveis depende da existência de gasodutos que viabilizem o transporte
desse gás. Assim, a circunstância representada pelo tempo verbal é o da
hipótese que depende de certa condição – a existência dos gasodutos (E).
Gabarito: D
Comentário.
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A forma “satisfaça” está no presente do subjuntivo. A outra forma verbal
de idêntica conjugação é “convenha”, do verbo “convir”, que é derivado do
verbo “vir”.
Como veremos adiante, essa banca costuma exigir as formas de conjugação
de verbos de terceira terminação (ir), e como ela gosta dos derivados do
verbo “vir”!
As demais formas estão nos seguintes tempos e modos:
(A) são feitas – locução verbal de voz passiva com o verbo auxiliar no
presente do indicativo e o verbo principal na forma nominal
particípio.
(B) existem – presente do indicativo
(C) permitem – presente do indicativo
(D) está dando – locução verbal, cujo verbo auxiliar está no presente
do indicativo e o principal, no gerúndio.
Gabarito: B
Comentários.
Agora, o nosso assunto é a conjugação do IMPERATIVO.
Em vez de memorizar várias regras, vamos guardar apenas a exceção.
A REGRA: Em se tratando de imperativo, emprega-se o presente do
subjuntivo.
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No imperativo, não há conjugação da 1ª pessoa do singular (a idéia é que
ninguém poderia dar uma ordem a si mesmo).
São conjugados pelo presente do subjuntivo os verbos em todas as
pessoas no imperativo negativo, e nas 3ª pessoas (singular e plural) e 1ª
pessoa do plural no imperativo afirmativo. Essa é a regra.
Exemplo: “Venha para a Caixa você também” – 3ª pessoa do singular (O
comercial estava errado!!!).
“Não nos deixeis cair em tentação” – 2ª pessoa do plural (Ao se
dirigir ao Pai, usa-se vós.)
Essa é a regra.
Agora a exceção, que deve ser memorizada, por ser em menor número.
A exceção fica por conta das segundas pessoas (tu e vós) no imperativo
afirmativo. Nessa conjugação, usa-se o presente do indicativo, sem o “s”
final.
RESUMO: No imperativo afirmativo, as 2ªs pessoas (singular e plural)
buscam a conjugação do presente do indicativo e tiram a letra ‘s’. Todo o
restante tem origem no presente do subjuntivo.
Exemplo:
1 - “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.” - A forma “dize” é
a redução do presente do indicativo da 2ª pessoa do singular (dizes – [s] =
dize).
Detalhe: o verbo “dizer”, assim como todos que têm essa terminação -zer, é
um verbo abundante, que admite tanto “dize” como “diz”, no imperativo.
2 – “Fazei de mim um instrumento de vossa paz.” – A forma “fazei” é a
conjugação no presente do indicativo da 2ª pessoa do plural (vós fazeis),
sem o “s”.
Aliás, esse segundo exemplo foi retirado de uma oração – a Oração de São
Francisco de Assis, que não é tão conhecida quanto o “Pai Nosso”. No “Pai
Nosso”, temos vários exemplos do uso do imperativo, tanto afirmativo
quanto negativo.
Dá-se a Deus a respeitosa forma de tratamento "vós", que, como já vimos, é
da segunda pessoa do plural. Em "Perdoai as nossas ofensas", as pessoas
que rezam dirigem-se ao Criador e pedem a Ele que lhes perdoe as ofensas
praticadas.
É para isso que também serve o imperativo. Além de ordem, essa forma
verbal pode expressar também súplica, desejo ardente, que é como são
feitos esses pedidos.
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Na prece, “perdoai" e "livrai" ("perdoai as nossas ofensas"/"livrai-nos do
mal") estão no imperativo afirmativo, enquanto que "deixeis" ("não nos
deixeis cair em tentação") está no imperativo negativo.
"Perdoai" e "livrai" obedecem a um esquema que já vimos. Como são
conjugações de 2ª pessoa do plural, essas formas vêm do presente do
indicativo, sem o "s" final. Fazem parte da EXCEÇÃO.
E "Não nos deixeis cair em tentação"? É da conjugação do imperativo
negativo e recai na REGRA GERAL, ou seja, se forma a partir do presente do
subjuntivo (que eu deixe, que tu deixes, que ele deixe, que nós deixemos,
que vós deixeis, que eles deixem).
Na hora da dúvida, mesmo que você não seja católico, comece a rezar o Pai
Nosso e veja como se conjugam as formas verbais no Imperativo. Mas, para
dar certo, você deve aprender a rezar direito!!!!
CONJUGAÇÃO VERBAL
A partir de agora, o nosso assunto é CONJUGAÇÃO VERBAL, e, para ajudá-lo
a resolver essas questões, usamos a técnica do paradigma.
Como é isso? Na dúvida com relação à conjugação de determinado verbo
regular (geralmente o examinador busca um verbo pouco utilizado no seu
dia-a-dia), basta observar a conjugação dos paradigmas clássicos (FALAR –
1ª conjugação, BEBER – 2ª conjugação, PARTIR – 3ª conjugação).
Extraia o radical, que é o que sobra do verbo após retirar a terminação “ar”,
“er” ou “ir” do infinitivo (exemplo: FAL(AR) = radical FAL-), e empregue as
desinências, que são idênticas nos demais verbos regulares de mesma
conjugação:
Por exemplo:
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CONSUMAR (verbo regular de 1ª conjugação):
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)
CONSUMIR (verbo regular de 3ª conjug.):
Presente do Indicativo: Eu consum.... (???)
Presente do Subjuntivo: (que) eu consum... (???)
E aí, como você preencheu? Vamos buscar a desinência dos verbos
“paradigmas”.
Infinitivo Pres.Indicativo Pres.Subjuntivo
Falar Eu falo (que) eu fale
Consumar Eu consumo (que) eu consume
Partir Eu parto (que) eu parta
Consumir Eu consumo (igual) (que) eu consuma
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11 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005)
Estão corretos o emprego e a grafia de todas as palavras na frase:
(A) Há discussões que chegam a um tal estado de paradoxismo que fica
improvável alguma solução que se adeque à expectativa dos contendores.
(B) Os candidatos, em suas altercalções num debate, costumam dissiminar
mais injúrias um contra o outro do que esclarecimentos ao eleitorado.
(C) A democracia, por vezes, constitue uma espécie de campo de provas que
poucos candidatos estão habilitados a cruzar prezervando sua dignidade.
(D) Se os eleitores fossem mais atentos à inépsia dos candidatos, não se
deixariam envolver por tudo o que há de falascioso nos discursos de
campanha.
(E) Crêem muitos que há obsolescência na democracia, conquanto ninguém
se arvore em profeta de algum outro regime que pudesse ser mais bem
sucedido.
Gabarito: E
Comentário.
Não, você não está enlouquecendo (ainda...), nós já abordamos essa
questão na Aula Zero (demonstrativa),
Repetimo-la porque, além dos aspectos ortográficos, devem ser objeto de
comentário duas construções verbais inadequadas.
A primeira, em relação ao verbo adequar, presente na opção (A). Esse é um
verbo defectivo. Mas o que são verbos defectivos?
São os que apresentam DEFEITO em alguma conjugação, ou seja, em algum
tempo/modo, o verbo não apresenta conjugação completa.
Sempre que se falar em defeito verbal, estamos nos referindo à conjugação
do PRESENTE DO INDICATIVO e aos tempos dele derivados (Presente do
Subjuntivo e Imperativo). O “defeito” existe apenas no presente, não existe
no passado nem no futuro. Assim, mesmo defectivo, o verbo poderá ser
conjugado inteiramente nos outros tempos e modos verbais, como, por
exemplo, no Pretérito do Perfeito do Indicativo, no Pretérito Imperfeito do
Subjuntivo, Futuro do Subjuntivo etc.
Há dois tipos de defeitos:
1º) não possuir a 1ª pessoa do singular, apenas. (explodir, abolir, colorir,
delinqüir);
2º) só apresentar as conjugações da 1ª e 2ª pessoas do plural (adequar,
reaver) – é o caso do verbo “adequar”. No presente do indicativo, só
existem as formas “adequamos” (nós) e “adequais” (vós).
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Quando não existe a 1ª p.s. do presente do indicativo de um verbo, como é
o caso do verbo adequar, não existirá, também, nenhuma forma de
conjugação do presente do subjuntivo.
Assim, está incorreta a construção “se adeque”. Para sair dessa “saia
justa”, podemos optar pelo emprego de uma locução verbal – “se deva
adequar” ou pela troca do verbo por um sinônimo (na questão, uma boa
opção seria “atenda”).
Uma última observação sobre verbos defectivos: alguns autores definem
como defectivos, também, os verbos que, de acordo com o seu emprego, só
podem ser conjugados nas terceiras pessoas, como URGIR (ter urgência),
DOER (no sentido de causar dor – “alguma coisa dói.”) e os unipessoais, que
representam vozes de animais ou fenômenos da natureza, quando utilizados
no sentido original (sentido denotativo, com “d” de “dicionário”; seu oposto
é o sentido conotativo, também chamado de figurado, quando a palavra é
usada em um significado diferente do original).
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Pres.Indicativo: intermedeio, intermedeia, intermedeia, intermediamos,
intermediais, intermedeiam
Para facilitar, lembre-se da conjugação do verbo ODIAR, o mais comum
deles.
2. VERBOS “DERIVADOS” DE ÁGUA – DESAGUAR, ENXAGUAR - mantêm
a acentuação de “água” na conjugação.
Pres.Indicativo: deságuo, deságuas, deságuas, desaguamos, desaguais,
deságuam
Pres.Subjuntivo: deságüe, deságües, deságüe, desagüemos, desagüeis,
deságüem
3. AVERIGUAR, APAZIGUAR, APANIGUAR - Não seguem a regra dos
“derivados” de água. Têm a acentuação tônica nas formas rizotônicas (no
radical).
O radical de averiguar é [averigu-] e segue o paradigma “falar”, ressalvada
a acentuação gráfica (especialmente no Pres.Subjuntivo).
Pres.Indicativo: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais,
averiguam
Pres.Subjuntivo: averigúe, averigúes, averigúe, averigüemos, averigüeis,
averigúem
(Antes da letra “e”, quando o “u” é pronunciado sem intensidade, leva trema
- averigüemos; com intensidade, leva acento agudo - averigúe)
Gabarito: C
Comentário.
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O verbo “refazer” é derivado do verbo “fazer”. Como a conjugação deste
verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo é fizéssemos, está correta a
construção observada na oração.
Estão incorretas as demais opções:
(A) O verbo “propor” deriva do verbo “pôr” (mas, ao contrário deste, aquele
não recebe acento circunflexo – na dúvida, reveja a Aula Zero). Assim,
usamos a conjugação deste como paradigma para a construção daquele.
A forma verbal do pôr é “Se ele puser”. Então, a construção correta seria
“Se alguém propuser”.
(B) O verbo “conter” é derivado do verbo “ter”. Se a forma com este verbo
seria “Caso uma represa tenha” (presente do subjuntivo), a construção
correta seria “Caso uma represa contenha”.
(Já podemos perceber que a FCC adora explorar a conjugação de verbos
derivados. E você nem imagina quanto! Vamos continuar.)
(D) Como vimos na questão anterior, os verbos terminados em –EAR, só
recebem a letra “i” nas formas em que a sílaba tônica recai no radical
(formas rizotônicas). O radical do verbo escassear é “escasse-”. A sílaba
tônica da conjugação da 3ª pessoa do plural do presente do indicativo recai
na desinência: escassearam. Assim, nada de colocar “i” nela, da mesma
forma que em passearam, pentearam, cearam (atire a primeira pedra
quem não pronunciou um “i” nesse último verbo, pela óbvia influência do
substantivo “ceia”!).
(E) O verbo deter é derivado do verbo ter (assim como conter, da opção
A). Então, a forma correta seria: “Se não detivermos os desperdícios...”.
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Gabarito: B
Comentário
O verbo “intervir” é derivado do “vir” – assim, se falamos “alguém veio”,
devemos também falar “alguém interveio”.
O outro verbo é “repeteco”. “Constituir”, na 3ª pessoa do singular, forma
“constitui”, já comentado na questão 11.
Gabarito: D
Comentário.
Um candidato desatento, que só lesse a forma verbal sublinhada, poderia
cair na casca de banana da FCC nessa questão.
O primeiro verbo grifado (requiseram) não significa “querer de novo”.
“REQUERER” significa “pedir por meio de requerimento ou ação, exigir,
pedir, demandar...”. Por isso, ele não é derivado do “querer”. Não
obstante, como é irregular, em algumas formas se conjuga de modo idêntico
ao “querer” (o que explica – mas não justifica – a confusão).
Pres. ind.: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem;
Pres. subj.: requeira, requeiras, ...
Nas outras formas é regular e segue o paradigma “beber”.
Assim, a forma correta é (A) “Empresários requereram licença
ambiental...”.
(B) “Muitos turistas virão ...” (futuro do presente do indicativo do verbo
“vir”) [gente, fala sério: o que poderia ser “vinherão”????];
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(C) “Os investidores dispuseram-se a desenvolver...” (pretérito perfeito do
indicativo do verbo “dispor”, que é derivado do verbo “pôr”);
(D) Esta é a resposta correta – sobrevir é derivado do verbo vir,
formando a conjugação “sobrevieram”;
(E) “Poucos turistas obtiveram a licença...” (pretérito perfeito do indicativo
do verbo “obter”, que é derivado do verbo “ter”).
Gabarito: B
Comentário.
Novamente, a banca explorou o verbo REQUERER, mas agora ficou fácil –
você já sabe que a forma correta é “Alguns policiais requereram o
cumprimento...”.
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(D)) Se condissessem com a verdadeira prática democrática, as campanhas
eleitorais não dariam lugar ao discurso que inclui arrogância na
argumentação.
(E) Caso Mitterrand contesse o ímpeto de sua fala, não houvera de
argumentar com tamanha simplificação e tão visível autoritarismo.
Gabarito: D
Comentário.
Está correta a forma verbal “condissessem”, que se refere a um dos verbos
derivados de dizer (condizer = “dizer com” = estar de acordo, estar em
harmonia), no pretérito imperfeito do subjuntivo.
Temos agora uma ótima oportunidade de estudar um dos verbos mais
difíceis da Língua Portuguesa – COMPRAZER, presente na opção (C).
Antes, porém, vamos analisar as demais opções:
(A) “Giscard contrapôs às falas de Mitterrand a impressão de que este se
pronunciava como se detivesse o monopólio do coração.” – além de
não existir a forma “detera" (no pretérito mais-que-perfeito, seria
“detivera”), por ser derivado do verbo “ter”, o verbo “deter”, na
construção, deve ser conjugado no modo subjuntivo que, como vimos
anteriormente, situa o fato no campo da hipótese, suposição,
possibilidade.
(B) “A mãe interveio na discussão...” – o verbo intervir já foi objeto de
comentário na questão 13. A forma “indispusera” (pretérito mais-que-
perfeito do verbo indispor) está corretamente flexionada.
(C) Em relação ao verbo “comprazer”, há divergência doutrinária. Alguns
gramáticos afirmam que esse verbo apresenta todas as conjugações
(tendo por paradigma o verbo “aprazer”), enquanto outros afirmam ser
um verbo defectivo, que só se conjugaria nas 3ªs pessoas, singular e
plural (pres.ind.: compraz, comprazem).
A questão da prova passou ao largo dessa discussão, por ter
apresentado o verbo na 3ª pessoa do singular (“o autor se compr...”).
Esse verbo é derivado do verbo “prazer” (este, inquestionavelmente,
defectivo).
O que torna difícil essa conjugação é que, no pretérito perfeito do
indicativo, e nos tempos derivados deste (logo adiante, iremos falar
sobre essa derivação), o verbo comprazer se conjuga como o verbo
haver, como vimos no exemplo acima:
Pret.perf.ind: comprouve / comprouveste / comprouve /
comprouvemos / comprouvestes / comprouveram.
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Pret.mais-que-perf.ind: comprouvera / comprouveras ...
Pret.imperfeito subjuntivo: comprouvesse / comprouvesses ...
Futuro do subjuntivo: comprouver / comprouveres / comprouver ...
A forma correta, portanto, é “O autor afirma que sempre se
comprouve em participar de reuniões...”. Em tempo, “comprazer-se”
significa “regozijar-se”, “deleitar-se”. Essa foi de matar, hem?
(E) “Caso Mitterrand contivesse o ímpeto de sua fala...” – o verbo
“conter”, também derivado do verbo “ter”, já foi mencionado na
questão 12.
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(B) Os casamentos vêm ocorrendo entre pessoas cada vez menos jovens, o
que talvez revele uma preocupação crescente com a assunção desse
compromisso.
(C) Na televisão norte-americana, a cobertura da guerra no Iraque foi
manifestamente patriótica: os repórteres da Fox pareciam liderar a torcida
em favor das tropas invasoras.
(D)) As conseqüências que advirem da escolha pela qual você optou, são de
sua responsabilidade, além do mais porque lhe advertimos sobre os riscos
envolvidos.
(E) Os bons psicoterapeutas ensinam que, em vez de uma pessoa querer ser
outra, é mais interessante que ela busque inventar o que pode fazer com o
que já é.
Gabarito: D
Comentário.
Sem dúvida alguma, o verbo advir é campeão nas provas da FCC. Derivado
que é do verbo “vir” (significa “vir em resultado, sobrevir”), segue a
conjugação deste. Assim, a forma correta da opção (D) é: “As conseqüências
que advierem da escolha ...”.
Gabarito: E
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Comentário.
Vamos começar pelos erros das opções:
(A) “sobrevir” é derivado do vir e sinônimo do “advir” (de novo!).
Assim, a forma certa é: “Para que não sobreviessem maiores
violências” (acho que a falta do “s” foi mais um erro de digitação da
prova do que uma incorreção de concordância);
(B) “convir” significa “concordar” e segue a conjugação do verbo “vir” –
“O autor do texto e seu colega Elio Gaspari convieram em que ...”;
(C) Pode parecer horrível aos seus ouvidos, mas o verbo “extinguir”
(que não tem trema e, portanto, se pronuncia como “gui” de
“guitarra”), na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo,
apresenta a forma “extingo”. Como vimos, é essa a forma que dá
origem a todo o presente do subjuntivo – extinga, extingas,
extinga, extingamos, extingais, extinga. Essa conjugação é
seguida, também, pelo verbo “distinguir”;
(D) Olha o “advir” aí, gente!!! Você já sabe: “Os sonhos que advierem
da contínua sedução...”;
(E) ESTA FOI A RESPOSTA CORRETA. “Podido” é o particípio (que os
antigos chamavam de “particípio passado”, alguém aí se lembra
disso?) do verbo “poder”. Curiosidade: você sabia que, segundo a
norma culta, o verbo “poder” não admite construção no imperativo?
Item INCORRETO
Comentário.
Agora já perdeu a graça. Foram tantas as vezes que esse verbo apareceu
que teríamos um curso completo só com o verbo “advir”. O correto é “por
isso, advieram perguntas mais complexas.”.
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(A) Há protestos que são ouvidos somente quando incomodam nossos
tímpanos, quando atingem a exacerbação de um grito a que ninguém mais
pode se mostrar surdo.
(B))Se é praxe do Estado agir apenas quando lhe convir, não se espere que
viesse a tomar quaisquer providências somente porque seja do nosso
interesse.
(C) Medidas repressivas, tomadas em diferentes épocas por diferentes
governos, vêm sobejamente demonstrando a ineficácia da força frente às
questões sociais.
(D) Precisamos nos convencer, de uma vez por todas, de que a economia
privada raramente se preocupa com o alcance social das metas pragmáticas
que ela se propõe atingir.
(E) No início da globalização, muita gente julgava que por meio dela não
apenas se multiplicariam, mas também se distribuiriam com justiça os
dividendos econômicos.
Gabarito: B
Comentário.
Agora, o verbo em questão é convir, também derivado do verbo “vir”.
Após a correção, teríamos: “Se é praxe do Estado agir apenas quando lhe
convier...” (futuro do subjuntivo).
Relembrando: o futuro do subjuntivo é um tempo derivado da 3ª pessoa do
plural do pretérito perfeito do indicativo (eles vieram – [quando] ele vier /
[quando] lhe convier).
Um cuidado muito grande que você deve tomar é nas questões de
concordância verbal (tema da próxima aula) que abordem verbos derivados
do “vir”, do “ter” e terminados de forma nasal (õe / õem), como os
derivados do “pôr”. Isso porque não há alteração fonética entre a forma
singular e a plural (contém / contêm, dispõe / dispõem, convém / convêm).
Isso costuma ser um “prato cheio” para “pegadinhas”, especialmente as da
ESAF. Não vamos nos aprofundar aqui no assunto. Teremos uma aula
todinha para falar sobre concordância.
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(B) Por vezes, uma comparação da nossa cultura com a de outros povos
restitue-nos o desejo de uma sociedade em que nada obstrui o caminho
natural da justiça.
(C) Se viajar de avião já constitui, para essa leva de jovens, uma
experiência assombrosa, imagine-se o assombro deles quando haverem de
entrar em contato com nossas leis.
(D) Em suas tribos, os jovens sudaneses entretiam-se com as práticas da
vida concreta, sem a preocupação de atentarem para intermináveis códigos
de leis casuísticas.
(E)) Deveríamos agir segundo valores com os quais reouvéssemos o sentido
do que é social, e não sob a pressão de códigos que advieram de uma
progressiva indigência moral.
Gabarito: E
Comentário.
(A) O verbo “provir” é derivado de vir e indica a procedência. Assim,
“Os jovens que provieram do Sudão...”;
(B) Já estudamos os verbos terminados em –UIR (questão 11) e vimos
que, ao contrário dos outros verbos de 3ª conjugação, esses
recebem a letra “i” na 3ª pessoa do singular – “... uma comparação
... restitui-nos...”;
(C) Há impropriedade na forma “quando haverem de entrar em
contato...”. Deve ser empregado o futuro do subjuntivo do verbo
“haver” – “quando houverem de entrar...”, uma vez que indica um
fato hipotético referente ao futuro. “Haverem” é a forma do
infinitivo flexionado na 3ª pessoal do plural, inadequada à
passagem;
(D) O verbo “entreter” é derivado do “ter” e como ele se conjuga – “...
os jovens sudaneses entretinham-se ...”;
(E) RESPOSTA CORRETA. Vale a pena observar a correta conjugação do
verbo defectivo reaver. Este verbo é derivado do verbo “haver”
(significa possuir novamente, recuperar, “haver” de novo), mas só
se conjuga nas formas em que o verbo “haver” apresentar a letra
“v”. Assim, no presente do indicativo, só possui as formas de 1ª e
2ª pessoas do plural: reavemos, reaveis. Conseqüentemente, não
possui presente do subjuntivo nem imperativo. Nos demais tempos,
conjuga-se como o verbo “haver”, por exemplo: “Ele reouve o
relógio roubado.”, “Eu reaverei cada tostão que ele me roubou”
ou, como apresentado na questão “reouvéssemos”.
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Gabarito: B
Comentário.
(A) A forma “desavir” significa “suscitar desavença” (essa palavra você
deve conhecer – significa “discórdia”, “discussão”, “briga”).
Apesar de não ser derivado do verbo “vir”, segue sua conjugação – “os
corruptos nem sempre se desavieram com instituições...”;
(C) O verbo “deter” é derivado do “ter” – “Caso não detivéssemos...”;
(D) O verbo “intervir” é derivado do “vir” – “Quando os estados nacionais
não intervêm nas instituições corrompidas...”;
(E) Mais uma vez, observa-se o uso inapropriado do verbo “haver”; em
“Se tivessem prevalecido as boas causas pelas quais nossos
antepassados haveriam de lutar,...”, o verbo auxiliar “haver”, que
forma uma locução verbal com o principal “lutar”, se reporta a um fato
hipotético, devendo ser conjugado no futuro do pretérito do
indicativo.
CORRELAÇÃO VERBAL
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Esse tipo de questão, normalmente, o candidato consegue acertar usando o
“ouvido”. Observe que alguma coisa parece estar errada na construção: “Se
você se acomodasse com a situação, ela se tornará efetiva.”. Isso acontece
porque não houve correlação entre a forma verbal da primeira oração
(acomodasse) – que indica hipótese, possibilidade - com a da segunda
(tornará) – que indica certeza.
A título de curiosidade (e somente com esse propósito – nada de ficar
decorando listas), seguem alguns exemplos de construções corretas sob o
aspecto de correlação verbal:
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Gabarito: A
Comentário.
Na opção correta, vemos um exemplo de relação entre um verbo no
pretérito imperfeito do subjuntivo (respeitasse) e outro no futuro do
pretérito (deveria) – caso f.
Note que as orações reproduzem fatos que se situam no plano da hipótese,
o que justifica o emprego dessa relação verbal.
Quanto às demais construções, uma opção de conjugação verbal que
respeitaria a correlação entre os verbos seria:
(B) “O que tem ficado implícito na simplificação sistemática da realidade é
o desrespeito aos eleitores que a prezam.” – todos os verbos, nessa
opção, apresentam conceitos, devendo ser conjugados no presente do
indicativo.
(C) “Não houvéssemos ultrapassado as dimensões das comunas medievais,
poderíamos ter decisões que não dependeriam do sistema
representativo.”. Esse período reproduz a relação verbal apresentada
corretamente na opção A – verbo no pretérito imperfeito do subjuntivo
(houvéssemos) combinado com verbos no futuro do pretérito do
indicativo (poderíamos / dependeriam).
(D) “Vindo a ocorrer a insultuosa infantilização dos votantes, reagiriam
estes, negando-se a votar em quem os subestimava.” – a forma de
gerúndio “vindo” apresenta uma condição, equivalendo ao verbo no
pretérito imperfeito do subjuntivo – “se viesse a ocorrer...”, o que
levaria o verbo subseqüente ao futuro do pretérito (reagiriam).
(E) “Seria possível que chegassem a um acordo a dona do cachorrinho e a
mãe da criança asmática, desde que se dispusessem a ponderar a
razão de cada uma.” – essa construção estava correta até que se
conjugou indevidamente o verbo da oração condicional. Por estabelecer
essa circunstância, o verbo deveria estar no pretérito imperfeito do
subjuntivo.
24 - (CEAL – Advogado / Junho 2005)
Os tempos e os modos verbais apresentam-se adequadamente articulados
na frase:
(A) Fôssemos todos atores, o culto das aparências será a chave que nos
libertasse do nosso destino.
(B) Os atores sempre nos enganarão, a cada vez que encarnarem os
personagens de que costumam se fantasiar.
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(C) Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaríamos
todos preocupados com o papel que desempenhemos.
(D) Desde idos tempos os atores gozariam de uma admiração que só não
será maior por conta da desconfiança que temos de todo fingimento.
(E) O autor estaria convencido de que nosso vizinho seja capaz de fingir tão
bem quanto um ator, quando tivesse desfilado com um carro que não é seu.
Gabarito: B
Comentário.
Na opção correta, o verbo “enganar” no futuro do presente do indicativo
(enganarão) estabelece um nexo com o verbo “encarnar” no futuro do
subjuntivo (encarnarem). Na seqüência, o verbo “costumar” indica um fato
que é usual de acontecer.
Estariam corretas as seguintes construções:
(A) “Fôssemos todos atores, o culto das aparências seria a chave que nos
libertaria do nosso destino.” – Situações hipotéticas devem ser
apresentadas em construções cujos verbos estejam no pretérito
imperfeito do subjuntivo (fôssemos) combinados com verbos no futuro
do pretérito do indicativo (seria / libertaria).
(C) “Enquanto o culto das aparências for a chave do sucesso, estaremos
todos preocupados com o papel que desempenhamos.” – a forma
verbal “for” (futuro do subjuntivo) leva a situação para o futuro, o que
exige a forma verbal correspondente também nesse tempo –
“estaremos” (futuro do presente). Como o verbo “desempenhar” indica
uma situação real, poderia ser conjugado no presente do indicativo.
(D) “Desde tempos idos os atores gozam de uma admiração que só não é
maior por conta da desconfiança que temos de todo fingimento.” –
como o fato narrado é continuado e se reflete ainda no momento atual,
os verbos das orações devem estar conjugados no presente do
indicativo (gozam / é / temos).
(E) “O autor estaria convencido de que nosso vizinho era capaz de fingir tão
bem quanto um ator, quando tivesse desfilado com um carro que não
era seu.” – está correta a relação entre o futuro do pretérito do
indicativo (estaria) e o pretérito mais-que-perfeito composto do
subjuntivo (tivesse desfilado). O problema está na conjugação das duas
passagens do verbo “ser”, que apresenta um fato real situado também
no passado.
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Gabarito: C
Comentário.
Uma possibilidade de construção seria: “Não seria necessário que se
tivesse muita informação acerca da teoria dos buracos negros para que se
viesse a entender o de que aqui estivera tratando.”. Isso porque, mais uma
vez, os verbos retratam situações hipotéticas.
Gabarito: C
Comentário.
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Para relacionar-se com o verbo que situa o fato no campo da possibilidade, a
forma verbal seguinte deve estar no futuro do pretérito do indicativo. O
que poderia dificultar a identificação deste verbo é a colocação pronominal.
Como veremos em uma das próximas aulas, é proibido empregar o pronome
oblíquo após um verbo no futuro do indicativo (tanto futuro do presente
como do pretérito). São duas opções de colocação deste pronome: antes do
verbo (próclise), desde que não inicie período (outro caso de proibição) ou
no meio do verbo (mesóclise). É essa a forma de “tê-las-íamos”, que
equivale a “teríamos + a”.
A grafia dessa forma verbal também nos possibilita comentar sua
acentuação. O pronome acabou por separar o verbo em duas partes: “te /
íamos”. Cada “pedacinho” do verbo foi acentuado como se formasse uma
unidade lingüística própria. O segmento “tê” recebeu o acento circunflexo
por ser um monossílabo tônico, enquanto que “íamos” foi acentuado
segundo a regra das proparoxítonas (í-a-mos). É assim que se faz. Por isso,
a forma “seqüestrá-la-íamos”, apresenta dois acentos agudos – o primeiro,
em virtude de “seqüestrá” formar uma palavra oxítona terminada em a (a
sílaba tônica foi sublinhada); o segundo, de acordo com a regra das
proparoxítonas (í-a-mos).
VOZES VERBAIS
O verbo pode ser flexionado em vozes: ativa, passiva, reflexiva e, segundo
Evanildo Bechara, recíproca.
Por enquanto, só nos interessam as duas primeiras.
1 – VOZ ATIVA
O sujeito é o agente da ação verbal.
2 – VOZ PASSIVA
O sujeito recebe ou sofre a ação verbal. Divide-se em :
2.1 – VOZ PASSIVA ANALÍTICA – O que é maior: uma análise ou
uma síntese? Certamente, uma análise. Assim, a construção oracional em
voz passiva analítica apresenta mais elementos do que na sintética,
porque são empregadas locuções verbais, com os verbos auxiliares ser /
estar acompanhados do particípio de certos verbos ativos (sou visto, estava
abatido), além de apresentar, muitas vezes, a figura do agente da passiva.
2.2 – VOZ PASSIVA SINTÉTICA – Para “sintetizar” a construção, é
eliminado o agente da passiva e, em vez de uma locução verbal de cunho
passivo, o verbo (ou uma outra locução) é acompanhado do pronome “se”,
que recebe o nome de pronome apassivador. Iremos estudar, em
concordância, uma forma simples de identificar essa construção de voz
passiva sintética e saber diferenciá-la de sujeito indeterminado. Por
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enquanto, iremos nos ater a estudar a transposição das vozes verbais,
objeto de muitas questões da Fundação Carlos Chagas.
3 – VOZ REFLEXIVA
O sujeito, ao mesmo tempo, pratica e sofre a ação verbal.
4 – VOZ RECÍPROCA
O sujeito é expresso por mais de um agente e a ação é praticada por todos,
uns em relação aos outros.
São muitas as questões em provas da Fundação Carlos Chagas que abordam
a transposição da voz ativa para a passiva, ou vice-versa.
Por isso, vamos verificar o procedimento necessário para essa
transformação.
O termo que exercia a função sintática de objeto direto na voz ativa será
o sujeito da voz passiva.
No lugar de um verbo (ou uma locução verbal), teremos uma locução verbal
com idéia de passividade (inclusão do verbo ser/estar).
O elemento que exercia a função de sujeito da voz ativa será, na voz
passiva analítica, o agente da passiva.
Não há alteração nos demais complementos, como objeto direto, predicativo
do objeto ou complementos adverbiais, que continuarão a exercer as
mesmas funções.
Veja o esquema abaixo:
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o sujeito, formando:
Deu-se o livro ao aluno.
Gabarito: B
Comentário.
Para a construção de voz passiva, é necessário que haja, na construção de
voz ativa, um objeto direto. Isso porque esse termo exercerá, na voz
passiva, o papel de sujeito paciente. Por isso, os verbos deverão ser
TRANSITIVOS DIRETOS OU TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS.
Na questão, o verbo do item B é transitivo indireto – “O papel (SUJEITO)
caberá ao deus Mercado (OBJETO INDIRETO).”. Não existe objeto direto.
Nas demais opções, os termos que exercem a função de objeto direto são:
(A) “um recado claro”; a locução “estão dando” apresenta o verbo “dar”
como principal. Este verbo, na construção, é transitivo direto.
(C) “a concentração de renda”; a locução verbal “vem favorecendo” tem
como verbo principal “favorecer”, que é transitivo direto também.
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(D) “sua população de humilhados”; o verbo “exibir” é transitivo direto.
(E) “futuro algum”; novamente, uma locução verbal (“estão vendo”)
apresenta um verbo principal transitivo direto (ver).
Gabarito: E
Comentário.
Quando se fala em transposição de voz verbal, devemos tomar dois
cuidados:
1 – manter a conjugação verbal no mesmo tempo e modo da construção
anterior;
2 – identificar o objeto direto da voz ativa, pois será este o sujeito da
construção passiva, com quem o verbo irá fazer a concordância.
Como vimos, o objeto direto da voz ativa será o sujeito da voz passiva.
Assim, na construção original, dinheiro exerce a função de complemento
verbal direto. Como o verbo está no presente do indicativo (gasta), a forma
passiva correta será: “Dinheiro é gasto por ele que nem água.”
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(D) As reuniões de moradores não obteriam êxito caso eles agissem como
candidatos numa eleição.
(E) As promessas mirabolantes e a retórica vazia vêm alimentando o
discurso da maioria dos candidatos.
Gabarito: B
Comentário.
O que irá gerar essa impossibilidade de transposição de vozes é a ausência
de um objeto direto na construção de voz ativa, termo que exerce a
função de sujeito da voz passiva. Assim, devemos identificar qual dos
verbos grifados NÃO É transitivo direto ou transitivo direto e indireto.
(A) Em “Aprecio uma reunião”, o verbo é transitivo direto (“uma
reunião” – objeto direto);
(B) Em “parece ser o desmentido”, estamos diante de uma locução
verbal e, para identificar a transitividade da locução, devemos
analisar o verbo principal. Em “parece ser”, o verbo principal é
“ser”, que, na construção, é um verbo de ligação. A expressão “o
desmentido” exerce a função sintática de predicativo do sujeito.
Assim, não é possível a transposição para voz passiva dessa
construção.
(C) O verbo “perder” é transitivo direto, sendo “as eleições” o seu
complemento.
(D) O vocábulo “êxito” é o objeto direto do verbo “obter”.
(E) Na locução “vêm alimentando”, o verbo principal (“alimentar”) é, na
construção, transitivo direto, apresentando, como complemento “o
discurso da maioria dos candidatos”.
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Gabarito: C
Comentário.
Na construção, “ocorrer” é um verbo transitivo indireto – “Soluções
meramente técnicas não ocorrem a um economista ético.”, não sendo
possível, portanto, a construção de voz passiva.
Nas demais formas, o objeto direto é:
(A) “uma distinção entre dois tipos de economistas”;
(B) “um padrão ético de base”;
(D) “o ritmo do desenvolvimento”;
(E) “os desafios da modernidade”.
Gabarito: D
Comentário.
Lembrem-se de seguir os dois passos para realizar a transposição de vozes:
1 – observar a conjugação verbal original (tempo/modo) e mantê-la na
locução verbal de voz passiva;
2 – identificar o objeto direto da voz ativa, que será o responsável pela
flexão verbal (concordância) na voz passiva.
(A) “Os eleitores consideram os políticos profissionais uma espécie
daninha”.
Temos, aqui, uma construção que apresenta um objeto direto e um
predicativo de objeto direto. Esse verbo “considerar”, nessa construção, é
chamado de verbo transobjetivo, pois requer como complemento, não
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só o objeto, mas também o predicativo do objeto. Note que somente o
complemento não atenderia à exigência verbal:
“Os eleitores consideram os políticos profissionais...” – você logo
perguntaria: “consideram o quê?”. A resposta será o termo que exerce
a função de predicativo do objeto direto (uma espécie daninha – ou
seja, o que se declara a respeito do objeto – qualidade, situação,
estado...).
Na transposição para a voz passiva, o objeto direto (políticos
profissionais) exercerá a função de sujeito paciente.
Não se esqueça de observar a conjugação do verbo – “consideram” está
no presente do indicativo.
Então a construção de voz passiva seria: “os políticos profissionais
são considerados pelos eleitores uma espécie daninha”.
Não foi à toa que a banca sugeriu “é considerada”. Tentava confundir o
candidato e levá-lo a considerar “espécie daninha” o objeto direto da
oração em voz ativa. Ainda bem que você já sabia que esse termo é o
predicativo do objeto, não é mesmo?
(B) Vamos seguir o “passo a passo” da transposição? Então:
1 – conjugação verbal: “menosprezam” – presente do indicativo;
2 – objeto direto da voz ativa: “o homem comum”;
Então: “O homem comum é menosprezado pelos mesmos
cidadãos.”
(C) “a candidatura do cidadão comum nos incomoda “ - Desta vez, o
objeto direto do verbo “incomodar” está representado no pronome “nos”.
Sabemos que é transitivo direto ao substituir o pronome por um nome
(não adianta trocar o “nos” por “a nós”, uma vez que os pronomes “ele,
ela, nós, vós, eles, elas”, quando oblíquos, são SEMPRE regidos por
preposição). Então, a construção-teste poderia ser: “alguém incomoda o
menino.”. Viu? O complemento ligou-se diretamente ao verbo. Logo,
“incomodar” é transitivo direto e “nos” é o objeto direto.
Como o verbo está no presente do indicativo, a construção de voz passiva
seria: “Nós somos incomodados pela candidatura do cidadão
comum.”.
(D) Em “queremos justificar nossa preguiça cívica”, há duas orações. A
primeira é “queremos”. A segunda, subordinada à primeira, é “justificar
nossa preguiça cívica”, em que “preguiça cívica” exerce a função de
objeto direto de “justificar”. Assim, há duas formas possíveis de
transposição – oração reduzida de infinitivo (“ser nossa preguiça cívica
justificada”) ou desenvolvida em uma oração subordinada objetiva
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direta (“que nossa preguiça cívica seja justificada”) – ESTÁ
CORRETA A OPÇÃO.
(E) Em “a chave que nos liberta do nosso destino”, o verbo “libertar” tem
dois complementos: objeto direto (nos) e objeto indireto (do nosso
destino). Como o verbo está no presente do indicativo, a forma passiva
seria: “nós somos libertados do nosso destino [pela chave]”.
Item CORRETO.
Comentário.
O pronome “se”, em construções com verbos transitivos diretos ou
diretos e indiretos, é pronome apassivador (construção de voz passiva).
Assim, em “a conveniência de se acelerar a política...”, o sujeito paciente da
forma verbal “acelerar” é “política”, equivalendo a “a conveniência de que a
política seja acelerada...”. Se houver a substituição de “política” por
“empréstimos”, este elemento, que é o sujeito da forma verbal, exige a
flexão do infinitivo – “de se acelerarem os empréstimos”, o que seria
equivalente a “de que os empréstimos sejam acelerados”.
Item INCORRETO.
Comentário.
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Na transposição para a voz passiva, o elemento que, na voz ativa, exerce a
função de objeto direto passaria a ser o sujeito da voz passiva.
Feita a substituição do pronome relativo “que” pelo termo antecedente, na
voz ativa, teremos: “Maquiavel passa a compreender o conceito de virtude.”
A locução verbal “passa a compreender”, na voz passiva, recebe o verbo
“ser”, sendo registrada como “passa a ser compreendido”, no masculino
para concordar com o núcleo do sujeito paciente – o conceito de virtude
(termo que era o objeto direto da voz ativa).
A nova construção, na voz passiva, seria, então: O conceito de virtude
passa a ser compreendido por Maquiavel.
Gabarito: D
Comentário.
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Analisaremos cada uma das assertivas:
I – VERDADEIRO. A locução verbal de tempo composto têm sido,
apresentada no item “a”, indica uma ação que apresentou certa continuidade
no tempo. Em uma construção com somente o verbo ser (“os últimos anos
são marcados”), haveria tão-somente a indicação de um fato estático no
tempo.
II – FALSO. Em “os prognósticos, catastróficos ou redencionistas, a respeito
do futuro foram substituídos por decretos”, o termo “decreto” exerce a
função de agente da passiva. Ele, no início de uma frase, ou seja, na função
de sujeito, levaria a construção para a voz ativa. Devemos, então, observar
a conjugação verbal da voz passiva. Em “foram substituídos”, o verbo
principal está no pretérito perfeito do indicativo. Assim, a forma de voz ativa
seria: “Decretos substituíram os prognósticos, catastróficos ou
redencionistas, a respeito do futuro.”.
III – FALSO. Na construção passiva analítica “os prognósticos foram
substituídos por decretos”, o sujeito paciente está representado por “os
prognósticos”.
A forma passiva sintética correspondente seria, portanto, “substituíram-se
os prognósticos”, devendo o verbo se flexionar no plural para concordar
com o núcleo do sujeito: “prognósticos”. Está INCORRETA a proposição.
A ordem, portanto, é V – F – F.
Gabarito: A
Comentário.
Primeiramente, deve-se observar atentamente a conjugação do verbo
auxiliar da locução verbal presente na oração de voz passiva.
Em “são favorecidos”, o verbo auxiliar “ser” está no presente do indicativo,
devendo o verbo “principal” ser conjugado da mesma forma. O segundo
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passo é verificar qual elemento exerce a função de objeto direto da voz
ativa. Este é o termo que, na voz passiva, exerce a função de sujeito – os
integrantes da advocacia pública. Finalmente, o elemento que, na voz
passiva analítica, estiver exercendo a função sintática de agente da passiva
será o sujeito da voz ativa: regras.
Assim, a construção passiva será: “Regras favorecem os integrantes da
advocacia pública.”.
Gabarito: B
Comentário.
Vamos fazer o “passo a passo”. Em “instituições macabras que os homens –
lamentavelmente – criam contra sua própria humanidade”:
1 – conjugação verbal: o verbo está no presente do indicativo;
2 – objeto direto: está representado pelo pronome relativo “que”, que tem
como referente “instituições macabras”. Portanto, após a substituição do
pronome relativo pelo antecedente e a colocação da oração na ordem direta,
a voz ativa seria: “Os homens criam instituições macabras contra sua
própria humanidade.”.
O sujeito da voz passiva, portanto, será o termo que exercia a função de
objeto direto da voz ativa – instituições macabras.
Assim, a construção de voz passiva será:
“Instituições macabras são criadas pelos homens contra sua própria
humanidade.”
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Transpondo a frase acima para a voz ativa, a forma verbal passa a ser
(A) desenvolveu.
(B))desenvolvam.
(C) se desenvolve.
(D) tinham desenvolvido.
(E) são desenvolvidas.
Gabarito: B
Comentário.
1 – Em “para que o talento seja desenvolvido por circunstâncias externas”, o
verbo auxiliar (seja) está conjugado no presente do subjuntivo.
2 – O sujeito da voz passiva (o talento) será o objeto direto da voz ativa e
o agente da passiva (circunstâncias externas) irá exercer, na voz ativa, a
função sintática de sujeito.
Assim, a construção de voz ativa será: “... para que circunstâncias
externas desenvolvam o talento.”.
Gabarito: C
Comentário.
1 – conjugação verbal: na voz ativa, o verbo está conjugado no futuro do
pretérito do indicativo.
2 - O objeto direto está representado por “elementos da escrita usual”.
Assim, a forma de voz passiva seria:
“Elementos da escrita usual seriam retirados pela escrita das leis e
atos normativos.”
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Gabarito: A
Comentário.
Substituindo o pronome relativo pelo seu antecedente e colocando a oração
na ordem direta, a construção de voz ativa será:
“A criminalidade precisa ser combatida com energia pelo poder
público.”
O primeiro verbo auxiliar da locução “precisa ser combatida” está conjugado
no presente do indicativo. Note que a locução verbal está formada por três
verbos – PRECISAR + SER + COMBATER, com dois auxiliares (precisa, ser) e
um principal (combater).
Na voz ativa, continuará havendo uma locução verbal, mas, agora, com dois
verbos – PRECISAR (auxiliar) + COMBATER (principal), sendo eliminado o
verbo “ser”, que denota a passividade da construção.
O agente da passiva (poder público) exercerá a função de sujeito na voz
ativa, e o sujeito paciente (a criminalidade) será o objeto direto.
Assim, teremos:
“O poder público precisa combater a criminalidade.”
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Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser,
corretamente,
(A) converteu-se.
(B) é convertido.
(C) tinham convertido.
(D) são convertidas.
(E) deveriam ser convertidas.
Gabarito: A
Comentário.
1 – conjugação verbal: o verbo da voz ativa (“converte”) está no presente
do indicativo.
2 – objeto direto: desta vez, a construção de voz ativa apresenta dois
complementos – objeto direto (as pessoas) e objeto indireto (em
funcionários de turno do sistema). Este último elemento continuará, na
voz passiva, a exercer a função sintática de objeto indireto, ao passo que o
objeto direto passará a ser o sujeito da voz passiva.
Assim, a forma passiva será: “As pessoas são convertidas por isto em
funcionários de turno do sistema.”
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS.
1 - (TRT 8ª Região – Técnico Judiciário / Dezembro 2004)
“ ... para tudo que se refira ao mundo físico ...”
O verbo aparece nos mesmos tempo e modo em que se encontra a forma
grifada acima na frase:
(A) ... e prossegue, aceleradamente, com o extraordinário desenvolvimento
tecnológico ...
(B) ... que já nos vem do precedente...
(C)) ... que confiram sentido a sua vida.
(D) ... para que o objetivo de consumo se fosse convertendo...
(E) ... se tornou a motivação central do homem...
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4 - (TRT 23ª Região – Técnico Judiciário / Outubro 2004)
Há quem diga que isso não é urbano...
O verbo empregado no mesmo tempo e modo que os do verbo grifado acima
está na frase:
(A) ... que eu criei em 1985...
(B) ... em que a ocupação da Amazônia foi uma prioridade.
(C) ... a população ia para os núcleos urbanos.
(D) Alguns colegas não gostam dessa abordagem...
(E)) ... que nossa urbanização seja igual à da Europa...
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7 - (Assistente de Defesa Agropecuária MA / Março 2004)
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas
da frase apresentada.
Os alimentos devem ser ...... em água limpa para que a população não ......
a ter problemas de saúde.
(A) cozinhados - venhe
(B) cozinhados - vem
(C) cozidos - venhe
(D) cozidos - venha
(E) cozidos - vêm
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10 - (TRE AP – Analista Judiciário / Janeiro 2006)
Faça isso com a cabeça de um macaco.
É exemplo de emprego do mesmo modo do verbo grifado acima UM dos
verbos que aparecem na frase:
(A) Não serão aceitas justificativas, quaisquer que sejam os motivos
alegados.
(B) Saiba que valores devem ser respeitados, em qualquer tempo e
lugar.
(C) Todo explorador desejaria entender como se reduzem cabeças.
(D) É necessária a existência de critério que justifique determinados atos
de violência.
(E) Espera-se que ele possa entender as razões de certos costumes em
determinadas civilizações.
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(C)) Seria preciso que refizéssemos os cálculos da energia que estamos
gastando.
(D) Só damos valor às coisas quando elas já escasseiaram.
(E) Se não determos os desperdícios, pagaremos cada vez mais caro por
eles.
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(A) Com base na legislação vigente, os promotores propuseram às
autoridades responsáveis as penalidades cabíveis.
(B)) Alguns policiais requiseram o cumprimento do dispositivo legal para
garantir sua segurança durante as diligências.
(C) Estudam-se alterações no conteúdo de certas leis para que elas dêem
resultados positivos no controle da violência.
(D) Apesar de rígidas, as condições de encarceramento para criminosos
ainda não contêm a ocorrência de atos de violência.
(E) Ninguém ainda se deteve para analisar os resultados da aplicação
rigorosa de penalidades aos detentos.
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(D)) As conseqüências que advirem da escolha pela qual você optou, são de
sua responsabilidade, além do mais porque lhe advertimos sobre os riscos
envolvidos.
(E) Os bons psicoterapeutas ensinam que, em vez de uma pessoa querer ser
outra, é mais interessante que ela busque inventar o que pode fazer com o
que já é.
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(C) Medidas repressivas, tomadas em diferentes épocas por diferentes
governos, vêm sobejamente demonstrando a ineficácia da força frente às
questões sociais.
(D) Precisamos nos convencer, de uma vez por todas, de que a economia
privada raramente se preocupa com o alcance social das metas pragmáticas
que ela se propõe atingir.
(E) No início da globalização, muita gente julgava que por meio dela não
apenas se multiplicariam, mas também se distribuiriam com justiça os
dividendos econômicos.
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(E) Se tivessem prevalecido as boas causas pelas quais nossos antepassados
haveram de lutar, estaríamos hoje numa sociedade mais justa.
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(B) Para que se venha a entender o de que aqui tratarei não será necessário
ter muita informação acerca da teoria dos buracos negros.
(C) Não foi necessário que se tenha muita informação acerca da teoria dos
buracos negros para que se viesse a entender o de que aqui estivera
tratando.
(D) Não seria necessário que se tivesse muita informação acerca da teoria
dos buracos negros para que se entendesse o de que lá eu tratava.
(E) Para que se pudesse entender o de que aqui trataria, não seria
necessário ter muita informação acerca da teoria dos buracos negros.
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(C) está sendo gasto.
(D) será gasto.
(E))é gasto.
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(D)) queremos justificar nossa preguiça cívica. (seja justificada)
(E) a chave que nos liberta do nosso destino. (é libertado)
32 - (Procurador BACEN / Janeiro 2006)
É um fator a mais a favor da conveniência de se acelerar a política de
redução dos juros.
Julgue a proposição feita em relação ao segmento grifado acima:
I. Substituindo-se a política de redução dos juros por os empréstimos, a
frase passaria a ser de se acelerarem os empréstimos.
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(C) F – F - V
(D) V – F - F
(E) V – V - F
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Item CORRETO
Comentário.
A concordância verbal se faz com o núcleo do sujeito.
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Gabarito: D
Comentário.
Vamos analisar cada uma das opções, a começar pela primeira:
(A) Temos de verificar se o pronome “se” que acompanha o verbo
“aludir” é um pronome apassivador (construção de voz passiva) ou é
um índice ou partícula de indeterminação do sujeito (caso de sujeito
indeterminado).
Vimos na questão anterior a forma de analisar esse tipo de
passividade – para formar voz passiva:
1 – o verbo deve ser transitivo direto ou direto e indireto;
2 – deve ser apresentada uma idéia passiva.
Os demais verbos (transitivo indireto, intransitivo, verbo de
ligação), se estiverem acompanhados do pronome “se”, estarão
formando o sujeito indeterminado e o pronome correspondente
chama-se índice ou partícula de indeterminação do sujeito.
Usa-se construção de sujeito indeterminado quando não se sabe - ou
não se quer dizer – quem é o agente da ação verbal. Também é
usado em orações de sentido genérico, vago. São duas as formas de
construção do sujeito indeterminado:
Forma 1 - o verbo (exceto transitivo direto ou direto e indireto)
permanece na 3ª pessoa do singular acompanhado do pronome se
(índice / partícula de indeterminação):
Necessitava-se, naqueles dias, de novas esperanças. (verbo transitivo
indireto)
Estava-se muito feliz com o resultado das provas. (verbo de ligação)
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Gabarito: E
Comentário.
Esse é um tipo muito comum de questão da Fundação Carlos Chagas.
A flexão exigida ora é no plural, ora é no singular.
Relembramos que, como vimos na questão anterior, os sujeitos
apresentados sob a forma oracional levam o verbo correspondente
para a 3ª pessoa do singular.
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Item INCORRETO
Comentário.
Há dois erros na construção. O primeiro já está “manjado” – o verbo
não concorda com o núcleo do sujeito: “O fato (...) não eliminam as
semelhanças...” – a distância entre o núcleo do sujeito e o verbo e a
proximidade do complemento verbal no plural (as semelhanças)
podem iludir o candidato em relação à correção dessa passagem.
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Gabarito: E
Comentário.
Analisemos cada uma das opções.
(A) A flexão do verbo haver está correta (“Sempre houve
quem...”). O problema está na flexão do verbo esbanjar. Seu sujeito
é o pronome indefinido “quem”, que leva o verbo à 3ª pessoa do
singular: “Sempre houve quem esbanjasse os recursos naturais.”.
(B) Agora, a flexão do haver está incorreta. Como tem o sentido
de existência, é impessoal e fica na 3ª p.sing.: “Se não houver
trabalho nem produção, não haverá atividade econômica.”.
(C) Olha o pronome “se” junto de um verbo transitivo direto
(Alguém alimentava alguma coisa) com idéia passiva (“muitas ilusões
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Gabarito: E
Comentário.
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Gabarito: A
Comentário.
Agora o que a banca quer é saber em qual a opção os verbos ficarão
no singular.
(A) Vamos começar pela segunda lacuna. O verbo haver é o
principal da locução. Como apresenta idéia de existência, é impessoal
e obriga o verbo auxiliar a ficar no singular – “pode haver muitas
coisas”.
Na primeira lacuna, temos o verbo constar, que, no sentido de “ser
evidente ou com aparência de verdade”, pode ser intransitivo
(normalmente com sujeito oracional – “Consta que ele se
aposentou.”) ou transitivo indireto (Algo consta a alguém). O que
consta a nós, ou seja, o sujeito do verbo “constar” está representado
pela oração já analisada (“... que pode haver muitas coisas...”).
O sujeito oracional leva o verbo correspondente à 3ª pessoa do
singular: “Não nos consta que pode haver muitas coisas em
comum...”. Ambos os verbos ficam no singular, sendo essa a
resposta correta.
(B) Agora, em vez do verbo haver, foi empregado o verbo existir,
que possui sujeito e com ele deve concordar (Alguma coisa existe). O
que existe? O núcleo do sujeito é “condições”. Assim, a construção
seria “Além da fisiologia do corpo, existem, como traço comum entre
nós todos, as condições de vida concreta que...”.
Agora, encontramos um pronome relativo “que”. O que é um
pronome relativo e como funciona a concordância em construções
como essa?
Pronome relativo é assim chamado por fazer referência a algum
outro termo (substantivo, pronome substantivo, oração substantiva)
já mencionado anteriormente (ANTECEDENTE).
O pronome relativo dá início a uma oração que atribui a esse
antecedente uma característica, estado ou condição. Por esse motivo,
a oração iniciada pelo pronome relativo é uma oração subordinada
adjetiva. Assim, concluímos que SEMPRE UM PRONOME RELATIVO
DÁ INÍCIO A UMA ORAÇÃO ADJETIVA.
Para respeitar as regras de concordância, deve-se observar a qual
termo o pronome relativo está se referindo, e com ele será feita a
concordância verbal.
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Gabarito: C
Comentário.
(A) O verbo “compreender” é transitivo direto (alguém compreende
algo) e está sendo usado em construção de voz passiva sintética (ou
pronominal). Como o sujeito paciente está no plural (as lições de O
Princípe), o verbo também deve ser flexionado nesse número –
“Compreendam-se as lições de O Príncipe...”.
Na seqüência, vamos analisar a seguinte passagem: “como exemplos
de análises a que não se devem furtar toda gente interessada”.
Feita a substituição do pronome relativo pelo antecedente e
organizada a oração na ordem direta, teremos:
“Toda gente interessada não se devem furtar a exemplos de
análises.”
O verbo principal da locução “se + dever + furtar” é “furtar”, que, no
sentido de “desviar-se de algo”, é transitivo direto (pronominal) e
indireto (Alguém se furta a algo). O pronome “se”, portanto, não
constrói voz passiva. Ele é, na verdade, um pronome reflexivo
(“Alguém furta a si mesmo a algo”). O verbo “dever” é auxiliar na
locução verbal e deve se flexionar na medida que o verbo principal
(furtar) o faria. Como o sujeito é singular (núcleo: gente), a locução
verbal deve permanecer no singular – “... a que não se deve furtar
toda gente interessada.”.
(B) Vamos sublinhar o núcleo do sujeito para verificar a
concordância. “A problemática divisão da Itália em principados, (...),
fizeram ...” Ops, houve um erro aí. Se o núcleo é “divisão”, o verbo
deverá ser conjugado na 3ª pessoa do singular – “A problemática
divisão (...) fez...”.
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Gabarito: E
Comentário.
(A) O verbo incendiar, na construção, é transitivo direto e foi
apresentado na forma passiva, sendo o sujeito representado por
“mais carros”. Por isso, deve se flexionar o verbo no plural: “Mesmo
que não se incendeiem mais carros...”.
Outro deslize de concordância foi na flexão do verbo “querer” em “...
já estão dados a quem os queiram ver e ouvir”. O sujeito do verbo é
o pronome indefinido “quem”, que leva o verbo para a 3ª pessoa do
singular. O que pode influenciar nessa indevida flexão é a
proximidade do pronome oblíquo “os” (referente a “recados”).
Vamos, então, substituir o pronome oblíquo pelo substantivo
correspondente e confirmar a concordância verbal: “...os recados (...)
já estão dados a quem queira ver e ouvir os recados.”.
(B) O que não abre novos caminhos? Resposta: ‘Incendiar tantos
automóveis nas ruas’ – sujeito oracional exige o verbo na 3ª
pessoa do singular – “Incendiar tantos automóveis nas ruas não abre
novos caminhos.”.
(C) Essa opção exigia bastante atenção. Quem se expôs em sua
fraqueza e em sua subserviência? Resposta: “O Estado”. Assim, a
forma nominal de infinitivo deve ser empregada no singular – “Ao se
expor em sua fraqueza (...), vê-se quão reduzido se encontra o
Estado.”.
(D) Verbo “caber” novamente, e com sujeito oracional (“promover
em conjunto o planejamento de suas vidas”). O verbo fica no
singular – “Se coubesse a todos os cidadãos promover...”.
(E) Estamos diante de uma construção perfeita em voz passiva
pronominal – fogueiras são vistas e gritos são ouvidos. Assim,
“Ainda que se vejam as fogueiras e se ouçam os gritos dos
manifestantes,...”. Na seqüência, o emprego adequado do verbo
haver – “... não há sinais de medidas...”. E, para terminar, a flexão
do verbo em decorrência da concordância com o termo antecedente
do pronome relativo “que” – “... sinais de medidas que levem à
solução da crise social que a tantos (a crise) vitima.”. Dá até gosto
ler uma coisinha tão bem feita como essa, você não acha?
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Item INCORRETO
Comentário.
Eu sei que você já leu essa questão. Foi lá na aula demonstrativa,
mais precisamente na questão 3. Naquela oportunidade, comentamos
os erros de ortografia e demos uma “palhinha” sobre a locução verbal
com uma preposição inadequada (deverá “de” compor).
Agora, aproveitamos para apresentar uma forma CORRETA de
construção de voz passiva, presente nesse parágrafo.
Em “Quanto aos três grandes desafios que se deve enfrentar...”,
temos uma construção interessante: DEVER + SE + INFINITIVO +
SUBSTANTIVO NO PLURAL.
Vamos substituir o pronome relativo “que” por seu antecedente para
fins de análise.
Há duas possibilidades de construção e, conseqüentemente, de
análise:
1) “Três grandes desafios se deve enfrentar.” (conforme
apresentado na questão)
Neste caso, o sujeito da forma verbal “deve-se” é a oração reduzida
de infinitivo “enfrentar três grandes desafios.”. Não há possibilidade
de transposição para a voz passiva analítica. Como o sujeito está sob
a forma oracional, o verbo fica na 3ª pessoa do singular – deve-se.
Já na oração que exerce a função de sujeito (“Enfrentar três grandes
desafios” - classificada como oração subordinada subjetiva reduzida
do infinitivo), o sintagma sublinhado exerce a função sintática de
objeto direto do verbo “enfrentar”.
2) “Três grandes desafios se devem enfrentar.” (flexionando-se
no plural o verbo “dever”)
Agora, há uma locução verbal – “deve enfrentar” – acompanhada do
pronome apassivador “se”. O sujeito, nessa construção, é “três
grandes desafios”. Como todo e qualquer verbo auxiliar, no caso da
voz passiva, o verbo “dever” se flexiona no plural para concordar
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Gabarito: D
Comentário.
O erro da opção (D) está exatamente na indevida flexão verbal do
verbo “dever”.
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Gabarito: E
Comentário.
Mencionamos anteriormente que uma das possibilidades de análise
da construção “DEVER + SE + INFINITIVO” seria como locução verbal
de voz passiva pronominal (sintética). Se o sujeito paciente estiver
no plural, o verbo auxiliar deverá ser flexionado.
Nessa questão, o que a banca propõe é a forma de voz passiva
analítica em uma construção idêntica.
O sujeito, no caso, é “as aparência enganosas de exatidão”.
O verbo auxiliar é “dever”. Assim, na voz passiva analítica, a
construção adequada seria: “Devem ser evitadas as aparências
enganosas de exatidão.”.
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(B) Mesmo que não ...... (TER) havido outras razões, bastaria a do
desemprego generalizado para motivar esses duros protestos.
(C) Ainda ...... (DEVER) ocorrer nas periferias das grandes cidades, a
despeito das medidas repressivas, muita contestação violenta por
parte dos desempregados.
(D) A toda e qualquer medida violenta que se ...... (VIR) a tomar
contra os jovens, reagirão estes com força proporcional.
(E) Uma política séria de distribuição de renda é uma providência
com a qual ...... (PRECISAR) preocupar-se os responsáveis pelo
Estado e pelo mercado.
Gabarito: E
Comentário.
(A) A concordância do verbo da lacuna deve ser feita com “o que”
(expressão composta pelo pronome demonstrativo “o” e pronome
relativo “que”, equivalente a “aquilo que”). Assim, o verbo é
conjugado na 3ª pessoa do singular, independentemente do número
(singular ou plural) do elemento que vem após o verbo “ser” – “O
que se segue (...) são as manifestações violentas...”. O verbo
que preenche a lacuna fica no singular, pois.
Além da concordância com a expressão “o que”, um dos casos de
concordância mais especiais, e que merece o nosso comentário, é
com o verbo ser (“... são as manifestações...”).
Por estabelecer uma relação entre o sujeito e o seu predicativo, a
concordância pode se dar tanto com o primeiro (Tudo é flores.)
quanto com o segundo elemento (Tudo são flores.).
Há, contudo, algumas regras que prevalecem sobre essa faculdade.
Qualquer que seja a sua função sintática (sujeito ou predicativo),
prevalece a concordância com o elemento que estiver representado
por:
1ª – um pronome pessoal reto: “Todo eu era olhos e coração.
(Machado de Assis)”;
2ª – uma pessoa, em detrimento de outro que seja uma “coisa”
(substantivo, pronome substantivo, oração substantiva): “Ovídio é
muitos poetas ao mesmo tempo, e todos excelentes.” (A.F.Castilho).
Havendo elementos personativos (representam pessoas) em ambas
as funções, a concordância é facultativa com o sujeito ou com o
predicado, a não ser que em um deles haja um pronome pessoal,
caso em que prevalece a concordância com este elemento (cai na 1ª
regra de prevalência).
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Gabarito: A
Comentário.
O examinador deseja saber em qual das opções ambos os verbos são
empregados no plural. Vamos à análise de cada uma delas.
(A) Verbo desprezar é transitivo direto, apresenta idéia passiva e
está acompanhado do pronome “se” (apassivador). Resultado? Verbo
no mesmo número do sujeito paciente – os atores. “Já que se
desprezam os atores...”. Na seqüência, o verbo corrigir, transitivo
direto, com idéia passiva e pronome apassivador. Qual é o sujeito
paciente? “as mentiras da vida de cada um”, cujo núcleo é
mentiras. Resultado? Verbo no plural também – “não se corrigem
as mentiras ...”. É essa a resposta correta!
(B) O que se impõe a esses eleitores? Resposta: “Admitir os
preconceitos ...”. Sujeito oracional leva o verbo para a 3ª pessoa do
singular – “A esses eleitores impõe-se admitir os preconceitos...”.
Em seguida, o pronome relativo “que” se refere ao substantivo
“preconceitos”. Contudo, devemos analisar qual o elemento que
exerce a função de sujeito do verbo “nutrir”: “... os preconceitos de
que se nutr... seu julgamento”. O sujeito é julgamento – ele (o
julgamento) é nutrido dos (alimentado pelos) preconceitos. Assim, o
verbo, que faz parte da construção passiva, deve com “julgamento”
concordar – “...de que se nutre seu julgamento.”. Os dois verbos,
portanto, devem ser empregados no singular.
(C) Quando o pronome indefinido “nenhum” estiver acompanhado de
substantivo no plural, o verbo deverá permanecer na 3ª pessoa do
singular. Assim, o verbo auxiliar da locução formada por “deixar de
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Item INCORRETO
Comentário.
Em construções como “um dos (...) que”, a concordância pode ser
feita com o numeral “um”, permanecendo o verbo no singular, ou
com o complemento, caso em que vai para o plural. Essa faculdade
permite que se dê ênfase ao elemento individual (singular) ou aos
elementos que compõem o grupo (plural). Assim, não está correta a
afirmação de que a forma plural do verbo é preferível, já que as
duas estariam igualmente corretas.
Observe como a FCC abordou mais uma vez esse assunto.
Item CORRETO
Comentário.
Conforme mencionamos na questão anterior, as duas formas verbais
– no singular ou no plural – estariam igualmente corretas.
Essa questão nos lembra de outra, que trata, dentre outras coisas, de
concordância com termos partitivos.
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Gabarito: A
Comentário.
Não há muito o que comentar em relação à opção A (correta). Vamos
analisar as incorreções das demais.
(B) O núcleo do sujeito é maravilhas. Deve, pois, o verbo concordar
com ele – representam (caso clássico). Em seguida, o pronome
relativo “que” tem por antecedente o substantivo “paraíso”, com o
qual o verbo e o adjetivo (foram feitas) da oração adjetiva devem
estar em harmonia – “As maravilhas da geologia, da fauna e da flora
do Brasil Central representam um paraíso que não foi feito para o
turismo de massa de visitantes”.
(C) Novamente, há deslize de concordância, tanto verbal quanto
nominal, no período. “As visitas [núcleo] a algum santuário
ecológico devem ser agendadas com antecedência e feitas em
pequenos grupos de turistas, monitorados [os grupos – correta
construção] por guias treinados.”.
(D) Vimos inúmeras vezes nessa aula que a concordância se faz com
o núcleo do sujeito.
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Item INCORRETO
Comentário.
Como acabamos de (re)ver, o sujeito composto anteposto ao verbo
exige a concordância gramatical – “O direito das pessoas e o direito
da sociedade não podem ficar interferindo um sobre o outro”.
Gabarito: E
Comentário.
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Gabarito: B
Comentário.
Nesta opção, temos um caso de concordância com número
percentual. Observemos que há dois elementos com os quais o verbo
poderá se harmonizar – o numeral (25%) e o complemento (cujo
núcleo é vegetação). Assim, as duas possibilidades de flexão verbal
são:
– “25% da vegetação original da Mata Atlântica restam ...”(numeral
maior do que 1 – verbo no plural); ou
- “25% da vegetação original da Mata Atlântica resta ...”
(complemento no singular).
Caso o número percentual venha acompanhado de determinante
(pronomes, artigos, adjetivos), a flexão passa a ser com o numeral –
“Os 25% da vegetação se encontram devastados...”.
Esse mesmo tratamento recebe construções com números
fracionários (concorda com o numerador ou com o complemento –
“Dois quintos da turma saíram-se / saiu-se bem na prova), com
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Gabarito: D
Comentário.
Nessa opção (D), vemos um caso de sujeito posposto ao predicado
nominal. São dois os núcleos do sujeito: citação e registro.
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Gabarito: C
Comentário.
O que importa menos que a atitude de Hawking, para Umberto Eco?
Resposta: Suas correções teóricas. Assim, o núcleo do sujeito exige
que o verbo se flexione no plural: “...importam menos as correções
teóricas de Hawking que sua atitude mesma”.
Os demais verbos são empregados no singular:
(A) Agora, temos clara a função da expressão “é que”. Note que ela
não deverá se flexionar e pode ser retirada do texto sem prejuízo
gramatical – “É com episódios como esse que se pode dar aos jovens
alunos um exemplo de atitude científica.”
A expressão só serve para destacar “com episódios como esse”, o
que não aconteceria se fosse excluída a expressão denotativa de
realce.
(B) “Nenhuma, entre as formas de fundamentalismo, merece a
admiração e o respeito de Umberto Eco.” – sobre essa concordância,
já falamos – questão 14, opção (C).
(D) A construção passiva “basear-se” (= é baseada) tem como
sujeito paciente “a ciência moderna”, mantendo o verbo no singular –
“... os princípios em que se baseia a ciência moderna...”.
(E) Inúmeras vezes vimos que o sujeito oracional leva o verbo para a
3ª pessoa do singular. Essa opção é idêntica à questão 3, item (B).
“Quando urge desmentir hipóteses de fato injustificáveis, não deve
hesitar o cientista responsável.”.
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Gabarito: D
Comentário.
Já comentamos a diferença entre os verbos existir e haver. Como o
sujeito da locução verbal “dever + existir” tem como núcleo o
substantivo “razões”, o verbo auxiliar será empregado no plural.
Esse mesmo substantivo é o referente do pronome relativo da oração
“que o façam defender”, justificando, assim, a flexão verbal do verbo
“fazer”. Em seguida, houve o adequado emprego do pronome
oblíquo “as” em referência ao mesmo substantivo. Por fim, cabe-nos
comentar o emprego do pronome oblíquo “lhe” em “... tenho de
aceitar-lhe os argumentos”.
Perceba que a construção poderia ser “tenho de aceitar os seus
argumentos”. Contudo, o autor optou por substituir o pronome
possessivo seus pelo oblíquo lhe.
Compare essa estrutura com as seguintes:
- “Beijou-lhe o rosto” – o seu rosto;
- “Roubou-me a bolsa” – a minha bolsa.
Nessas orações, o pronome oblíquo está sendo usado com valor de
possessivo. Assim, esse pronome oblíquo, apesar de ligado ao verbo
(beijou-lhe / roubou-me / aceitar-lhe), tem valor possessivo e sua
função é a de adjunto adnominal (a mesma função que seria
exercida por um pronome possessivo – seu rosto / minha bolsa / seus
argumentos).
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Gabarito: A
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Comentário.
Essa construção deixa clara a função sintática do que segue o verbo
haver – objeto direto. Por isso, o verbo se mantém no singular –
“Sempre haverá os que lucram...”. O verbo “resultar” tem como
núcleo do sujeito “ônus” (resulta de quaisquer iniciativas), enquanto
que o verbo “carecer” apresenta como sujeito “as instituições
públicas” (carecem de confiabilidade).
Estão incorretas as seguintes opções:
(B) Caso clássico – “A crescente disseminação de instituições que
trabalham contra os interesses populares constitui um verdadeiro
flagelo dos tempos modernos.” – a proximidade com elementos no
plural (instituições / interesses populares) pode acabar “mascarando”
o erro de concordância verbal.
(C) O verbo chamar, no sentido de tachar, atribuir um nome a algo, é
um verbo transobjetivo. Se você não lembrar o que isso significa,
dê uma olhada na Aula 1 – Verbos, questão 31, comentário à opção
(A). Esse verbo, além do objeto (direto ou indireto), exige um
complemento, que vem sob a forma de predicativo de objeto (que
pode estar antecedido ou não de preposição).
Eu chamei o rapaz (de) vagabundo.
A expressão “o rapaz” é o objeto direto do verbo “chamar”. Mas não
basta que se apresente o objeto. É necessário, também, apresentar o
nome que a ele foi atribuído – “vagabundo”.
O verbo “chamar”, nesta acepção, pode ser tanto transitivo direto
quanto transitivo indireto. Aliás, é o único verbo transobjetivo que
admite objeto indireto:
Eu chamei ao rapaz (de) vagabundo.
Voltando à questão, o verbo chamar tem por complemento a
expressão “a um tipo de iniciativas que...” – esse é o objeto indireto.
O predicativo, por sua vez, aquilo que a essas iniciativas se designou,
é “crime organizado” – predicativo do objeto indireto.
Em outras palavras, “Atribuir a um tipo de iniciativa (objeto
direto) o nome de “crime organizado” (predicativo do objeto)
é curioso”.
Não poderia, portanto, haver uma voz passiva nessa construção,
pois, além de “chamar” está sendo usado em sentido genérico, não
apresentando, portanto, um sujeito, a construção também não
possui objeto direto – há somente objeto indireto (“a um tipo de
iniciativa que investem contra a ordem social”) e predicativo do
objeto indireto (“crime organizado”).
Então, qual a função desse “se” em “chamar-se”? Exclusivamente de
realce, assim como na construção – “Foi-se embora todo o meu
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Gabarito: A
Comentário.
(A) O que deverá interessar ao plenário de cientistas? Resposta: “As
correções sobre a teoria dos buracos negros”. Como o núcleo
está representado por um substantivo no plural (correções), a
locução verbal também deverá se flexionar da mesma forma –
“Deverão interessar”.
Algumas pessoas poderiam imaginar um erro de pontuação a vírgula
que separa o verbo “fazer” de “as correções”. Contudo, deve-se
observar que “fazer” faz parte da oração de natureza adverbial que
se encontra intercalada na oração principal (“no pronunciamento que
Hawking se prepara para fazer”). Essa opção está correta.
Comentamos, em nossa aula de verbos, que você deve tomar muito
cuidado também na concordância verbal dos derivados de ter, vir,
pôr e outros verbos cujas terminações sejam nasais, pois, nesses
casos, não há alteração fonética entre as formas de 3ª pessoa do
singular e do plural. Lembra-se disso? Pois é, temos agora bons
exemplos.
(B) O pronome “se” com o verbo “opor” tanto pode ser reflexivo
como apassivador (no primeiro, significaria “colocar-se em oposição a
algo” e, no segundo, “algo ser apresentado em oposição a outra
coisa”).
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Gabarito: E
Comentário.
(A) Caso clássico – “... conflitos que uma boa exposição dos
argumentos não possa resolver”.
(B) “... as razões de cada candidato (...) acabam por se
dissolv....” (???) – o verbo auxiliar “acabar”, sem dúvida, deve ser
flexionado para concordar com o núcleo do sujeito – razões. Na
seqüência, vemos um caso de flexão do infinitivo. O sujeito do
infinitivo “dissolver” é o mesmo de “acabar” – razões. Como o
sujeito já foi apresentado, o verbo no infinitivo poderia se flexionar
ou não – “acabam por se dissolver” ou “acabam por se
dissolverem”.
Note que a primeira forma apresenta um texto mais conciso, limpo,
do que a segunda, em que se flexionou o infinitivo. Vamos estudar,
agora, os casos em que o infinitivo pode, deve ou não pode nem deve
se flexionar.
INFINITIVO
O infinitivo é uma das três formas nominais do verbo, junto com o
gerúndio e o particípio.
O infinitivo pode ser IMPESSOAL (não se flexiona em número ou
pessoa) ou PESSOAL (possui sujeito e com ele pode concordar,
havendo, nesse caso, flexão de número e pessoa).
O infinitivo PESSOAL pode se flexionar ou não, a depender da
construção.
Flexionar quer dizer conjugar em todas as pessoas, por exemplo:
vender, venderes, vender, vendermos, venderem.
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2 - Prefere-se a não-flexão:
a) quando o sujeito (plural) das duas orações for o mesmo:
Doenças desse tipo levam até cinco anos para ser /
serem tratadas.
Eles estão para ser / serem expulsos.
Saíram sem ser / serem percebidos.
Os pedidos levaram dez dias para ser / serem
analisados.
b) quando se tem um adjetivo antes da preposição:
São obras dignas de ser / serem imitadas.
Os alimentos estavam prontos para ser / serem
comercializados.
As presas pareciam fáceis de ser / serem apanhadas.
Apresentamos exercícios simples de ser / serem feitos.
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Gabarito: D
Comentário.
Caso clássico de deslize de concordância nas opções (A), (B) e (E):
(A) “A diminuição das chuvas na Amazônia pode ser considerada
uma amostra...”.
(B) “O controle dos recursos hídricos é desafio para os
ambientalistas...”.
(E) “O desrespeito à natureza provoca o aparecimento de fenômenos
climáticos jamais imaginados, como mostram as cenas da estiagem
na Amazônia.”.
A opção (C) é uma ótima oportunidade de comentar o emprego da
expressão “em que pese”.
Expressão equivalente a “a despeito de”, “apesar de” e outras que
apresentam idéias opostas, a expressão “em que pese” pode ser
empregada em duas construções:
1) diretamente ligada ao substantivo, realizando, assim, a
concordância do verbo “pesar” com este. Exemplo:
“Em que pesem os argumentos contrários, ele aprovou a
idéia.”
A idéia, nesse caso, é “ainda que os argumentos contrários tenham
peso / tenham importância, ele aprovou a idéia”.
Essa é a construção mais comum na linguagem cotidiana.
2) indiretamente, regendo a preposição “a” : “Em que pese aos
argumentos contrários, ele aprovou a idéia.”
Agora, tem-se em mente que “ainda que cause penar / prejuízo aos
argumentos contrários, ele aprovou a idéia”. Essa é a construção
clássica, presente em diversos textos literários.
Na questão, não se fez nem uma coisa, nem outra. Para a correção
do período, poderíamos flexionar o verbo: “Em que pesem as
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Gabarito: D
Comentário.
(A) Caso clássico – “A timidez dos investidores promete um
caminho lento...”.
(B) O problema nesse item é de regência verbal, assunto a ser
tratado mais adiante. O verbo ‘depender’ é transitivo indireto e rege a
preposição “de” – “... se disso depende o caminho da renda mista”
seria a forma correta da passagem.
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Gabarito: E
Comentário.
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Item INCORRETO
Comentário.
O que se faz necessário? Resposta: não apenas entender o
processo produtivo de bens e serviços, como também influir
na realização de objetivos definidos.
Vemos, aí, uma construção com sujeito composto, ligado por uma
série aditiva enfática (não apenas...como também), que permite, em
função de estar após o verbo (sujeito posposto), a concordância
atrativa (com o elemento mais próximo) ou gramatical (com todos).
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Por isso, esta aula está bastante ligada à próxima, que irá tratar de
Pronomes.
Outro assunto a ser estudado na aula de hoje é CRASE. A regência dos
verbos e nomes (adjetivos, advérbios e substantivo), quando exigir a
preposição “a”, pode provocar a ocorrência deste fenômeno (sim,
crase é o fenômeno, e não o acento, que se chama grave). Mas
vamos deixar para mais adiante esse aprofundamento. De início,
trataremos de sintaxe de regência.
Bons estudos.
QUESTÕES DE PROVA DA FCC - REGÊNCIA
1 - (TRT 13ª Região – Analista Judiciário / Dezembro 2005)
A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase:
(A) Continuamos a avaliar ...... seria melhor se você desistisse da
eleição.
(B) A fonte ....... saciará nossa sede fica no alto daquela encosta.
(C))Há sonhos ...... é impossível se desviar, quando se pensa no
futuro.
(D) Todos os momentos ...... devaneamos ficaram impressos na minha
memória.
(E) Dos livros ...... me ative nos últimos dias, apenas dois têm grande
valor.
Gabarito: C
Comentário.
Primeiramente cabe estabelecermos a distinção entre pronome
relativo e conjunção.
Como saber, afinal, se aquele “que” é uma conjunção ou um pronome
relativo “que”?
Vamos analisar a oração da opção (A). Para facilitar vamos substituir a
locução verbal pela forma simples do verbo principal.
Assim, supomos que o período fosse:
“Avaliamos que seria melhor se você desistisse da eleição.”
Tudo o que se segue após o verbo avaliar poderia ser substituído pelo
pronome substantivo ISSO:
“Avaliamos ISSO”.
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Gabarito: A
Comentário.
Vamos analisar lacuna por lacuna.
(A) “O prestígio ..... o texto de Maquiavel desfruta até hoje” – o verbo
desfrutar, na construção, é transitivo indireto com a preposição “de”
(Alguém desfruta de alguma coisa); o pronome relativo se refere a
“prestígio”. Logo a primeira lacuna deverá ser preenchida com “de
que”.
Em seguida, na passagem “pois é um tratado político ..... muitos têm
muito a aprender”, devemos analisar a transitividade do verbo
principal da locução verbal “ter a aprender”. O verbo aprender, por
estar acompanhado do advérbio “muito”, apresenta, na construção, a
forma transitiva indireta, acompanhado da preposição “com” (da
mesma forma que em “Eu aprendi muito com os meus erros”). Como o
pronome relativo substitui a expressão “tratado político”, a construção
deveria ser: “pois é um tratado político com que muitos têm muito a
aprender”.
Lacunas: de que / com que - esta é a resposta correta.
(B) O verbo “considerar” é transitivo direto. Na oração “Muitos
estavam habituados a considerar as qualidades morais” (termo este
que será substituído pelo pronome relativo), não há necessidade do
emprego de preposição alguma, já que o verbo considerar é
transitivo direto.
Assim, a primeira lacuna será preenchida somente com o pronome
relativo: “As qualidades morais que muitos estavam habituados a
considerar como tais...”.
Na segunda lacuna, o pronome relativo exerce a função de objeto
direto do verbo “tornar”. Este verbo é, na construção, transobjetivo,
ou seja, além do objeto direto, requer um predicativo do objeto direto
(já falamos sobre isso na Aula 1 – Verbos, questão 31).
Após a substituição do pronome relativo pelo substantivo (seu
antecedente), a construção seria: “Maquiavel tornou o tratado uma
obra basilar”, em que “o tratado” exerce a função de objeto direto e
“uma obra basilar”, predicativo do objeto direto. Para deixarmos
essa função de objeto direto bastante clara, vamos trocar o
substantivo por um pronome oblíquo: “Maquiavel tornou-o uma obra
basilar”.
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Observe que “obra basilar” tem valor adjetivo (atribui uma qualidade)
em relação a “tratado”, e com ele não se confunde.
O predicativo do objeto é uma função necessária à compreensão. Não
haveria nexo se este elemento faltasse ao período: “Maquiavel tornou
o tratado ...” – a pergunta provavelmente seria: tornou o tratado o
quê? O elemento que completa essa oração exerce a função de
predicativo do objeto.
Como o objeto direto não requer preposição, na segunda lacuna há
somente o pronome relativo: “no tratado que Maquiavel tornou uma
obra basilar”.
Lacunas: que / que
(C) “Muita gente costuma cultuar alguma coisa” – o verbo cultuar
(principal da locução) é transitivo direto. Assim, na primeira lacuna, há
apenas o pronome relativo que se refere a “valores abstratos”: “Os
valores abstratos que muita gente costuma cultuar...”.
No segundo período, o verbo valer-se exige complemento indireto
com a preposição “de” (Alguém pode se valer de alguma coisa). Essa
preposição irá anteceder o pronome relativo: “qualquer aplicação de
que pudesse se valer na análise da política.”.
Lacunas: que / de que
(D) O verbo utilizar é transitivo direto – “muitos utilizam o adjetivo
maquiavélico”. Não há necessidade de se empregar preposição
alguma – “O adjetivo ‘maquiavélico’, que muitos utilizam para
denegrir o caráter de alguém...”.
Na seqüência, o verbo discordar (verbo principal da locução verbal) é
transitivo indireto, com a preposição “de” (Alguém discorda de alguma
coisa). Observe que a oração está na ordem invertida: “os cientistas
políticos” é sujeito: “... ganhou uma acepção de que costumam
discordar os cientistas políticos.” (equivalente a “os cientistas políticos
costumam discordar da acepção”).
Lacunas: que / de que
(E) Alguém se entrega a alguma coisa – o verbo entregar-se
(pronominal) é transitivo indireto com a preposição “a”. Esta
preposição deve anteceder o pronome relativo que substitui “a leitura
de O Príncipe”: “A leitura de O Príncipe, a que muita gente até hoje
se entrega...”.
Na seqüência, temos um caso de regência nominal – o adjetivo
“envolvidos” exige a preposição “em” (Alguém se sente envolvido em
alguma situação). Esse complemento nominal já está representado por
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Gabarito: E
Comentário.
Pode parecer estranha num primeiro momento, mas está perfeita a
construção “Para entender o de que vou tratar”. Alguém entende
alguma coisa. O objeto direto do verbo “entender” é o pronome
demonstrativo “o”. Para ter certeza de que esse “o” é mesmo um
pronome demonstrativo, tente trocá-lo por “aquele” (outro
demonstrativo): “Para entender aquilo de que vou tratar”. Deu certo!
Então é demonstrativo mesmo. Só para lembrar, esse “o” não poderia
ser de maneira alguma um artigo definido (costumo brincar dizendo
que “artigo” é como ARROZ – só serve para acompanhar. Ele só pode
ser usado ao lado de um substantivo ou pronome substantivo,
implícito ou explícito: O meu carro é mais bonito que o seu [carro].).
De volta à questão, vimos que “o” é objeto direto de “entender”. O
pronome relativo “que”, acompanhado da preposição “de” (exigida
pelo verbo “tratar”), se refere a esse pronome demonstrativo. Por isso,
coloquialmente, ocorre essa contração – “Para entender do que vou
tratar”.
O que o examinador busca nessa questão é saber em qual das
construções apresentadas também está correto o emprego do
pronome relativo.
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Gabarito: E
Comentário.
O que será analisado, a partir dessa questão, é a transitividade do
verbo, que, como vimos, se refere à regência do verbo em
determinada construção.
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Gabarito: C
Comentário.
O verbo ter, na construção, é transitivo direto (objeto direto é “um
sistema de braços flutuantes”).
Vamos verificar a transitividade dos demais verbos:
(A) intransitivo – A expressão “na Amazônia” apresenta valor
circunstancial de lugar – é um advérbio e, portanto, exerce a função
sintática de adjunto adverbial.
(B) intransitivo – O mesmo ocorre com a expressão adverbial “no
início do século XX”, que apresenta um valor circunstancial de
tempo/momento.
(C) transitivo direto – O objeto direto é “o impacto sobre o ambiente”.
ESSA É A RESPOSTA CERTA!
(D) transitivo indireto – Esse é um emprego clássico de sujeito
indeterminado. Como vimos na aula sobre concordância, o sujeito
indeterminado se constrói de duas formas: com verbos transitivos
indiretos, intransitivos ou de ligação, na 3ª pessoa do singular
acompanhado do índice de indeterminação do sujeito “se”; com verbos
de qualquer transitividade, na 3ª pessoa do plural (sem o pronome).
Foi apresentada a primeira forma: “que se trata de variações médias
ao longo de três décadas” (objeto indireto sublinhado).
(E) Essa foi a opção mais difícil. O verbo tornar, na construção
apresentada, além do objeto direto (representado pelo pronome “se”),
exige também um outro complemento – o predicativo do objeto direto:
“mais relativa”. Esse é um verbo transobjetivo, que requer dois
complementos – objeto direto e predicativo do objeto direto.
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Gabarito: E
Comentário.
Novamente, foi exigida a transitividade do verbo ter, que, na
estrutura, é direta.
Os demais verbos têm a seguinte transitividade:
(A) acontecer - intransitivo
(B) O verbo agradecer é, na oração, transitivo indireto (objeto
indireto: “lhe”).
Esse é um verbo especial que merece alguns comentários. Constrói-se
com objeto direto para coisa e indireto para pessoa (Agradeço a Deus
[O.I.] sua salvação [O.D].). Também ocorre a sintaxe agradecer-lhe
por algo, por causa da significação “motivo ou causa” (verbo + objeto
indireto + adjunto adverbial de causa).
Na questão, foi dispensado o objeto direto, mantendo-se, somente, o
indireto (“lhe”).
(C) ser - verbo de ligação.
(D) acreditar – transitivo indireto, com a preposição “em”.
(E) Esse foi o gabarito. O verbo conhecer é transitivo direto (Alguém
conhece alguma coisa). Note que a estrutura apresentada possibilita
duas análises:
1 – Não se pode conhecer nada – o sintagma sublinhado é o sujeito
oracional do verbo “poder” – o verbo poder, na oração, é transitivo
direto e está construído em voz passiva (“não se pode isso”);
2 – Não se pode conhecer nada – “nada” é o sujeito da locução verbal
pode conhecer. O verbo principal (conhecer) é transitivo direto,
condição necessária para a construção de voz passiva. Como o que
está em questão é a transitividade do verbo, ainda que seja essa a
análise sintática, permanece correta a opção.
Mais sobre isso, veja no comentário à questão 10 da Aula 2 –
Concordância.
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Gabarito: E
Comentário.
O verbo em epígrafe é transitivo indireto (precisará de segmentos
setoriais). A construção verbal que apresenta idêntica transitividade é
a da letra (E) – valem para os advogados.
Vamos analisar a dos demais verbos:
(A) transobjetivo – objeto direto: “a”; predicativo do objeto direto:
“mais rápida”;
(B) transitivo direto – objeto direto: “a liberdade dos juízes”;
(C) transitivo direto – objeto direto: “a influência do Executivo”;
(D) verbo de ligação – predicativo do sujeito: “restrita”;
complemento nominal (liga-se ao adjetivo “restrita”): “a matérias
tributárias”. Essa era a pegadinha da questão. Muita gente deve ter
marcado essa opção como correta imaginando que o elemento que
exerce a função de complemento nominal seria objeto indireto – ledo
engano! Não foi à toa que a opção correta era a letra (E).
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Item CORRETO
Comentário.
Ambos os verbos têm, no texto, transitividade direta. O objeto direto
de oferecer é “melhor índice de qualidade de vida”, enquanto que o
do verbo registrar é “alto índice de satisfação de seus moradores e
empreendedores”.
Gabarito: D
Comentário.
O verbo em questão é empolgar, que, na oração, é transitivo direto.
Vamos analisar as opções:
(A) transitivo indireto - objeto indireto é “de problemas”. “O
campo” é o sujeito da oração.
(B) intransitivo – a expressão “sob uma conjuntura desfavorável”
exerce a função de adjunto adverbial.
(C) verbo de ligação – predicativo do sujeito: “a alta do petróleo”.
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Gabarito: A
Comentário.
Em relação à primeira lacuna, o verbo referir-se é transitivo indireto,
exigindo a preposição “a”. Como o pronome relativo substitui o
substantivo “liberdades”, a opção que pode preencher o espaço é a
que (sem acento grave). A única opção que apresenta essa forma é
(A).
Para confirmar o gabarito, veremos que a segunda lacuna deve ser
preenchida pelo pronome relativo cujo referente é “direitos” e pela
preposição “de”, exigência do verbo ocupar-se. Assim, a lacuna deve
ser preenchida com de que.
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Gabarito: C
Comentário.
Essa questão é o mote para tratarmos de regência nominal. O termo
regente, nesse caso, será um adjetivo, um advérbio ou um
substantivo. Esta palavra exigirá o emprego de determinada
preposição.
Na questão, são dois os substantivos empregados na forma original –
culto e acesso. O examinador sugere a troca, respectivamente, por
zelo e franquear (neste último caso, passa a ser regência verbal).
O substantivo zelo é usado costumeiramente com a preposição por,
mas admite também as preposições a, de, para e com. Assim,
eliminam-se as opções (A) e (E), que indicam a preposição em.
Já o verbo franquear é transitivo direto (Alguém franqueia alguma
coisa). A única opção correta é, portanto, a de letra C.
De todas as provas que pesquisamos, essa foi a única questão
exclusiva sobre regência nominal e uma das raras que abordam o
assunto.
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Gabarito: E
Comentário.
Quando um mesmo complemento servir a dois verbos, deve-se tomar
muito cuidado com a regência destes para que não haja prejuízo
gramatical.
Se os verbos apresentarem diferentes transitividades e/ou regerem
preposições diversas, deverá ser repetido o complemento em cada
ocorrência, respeitada a regência de cada um dos verbos. Vamos aos
exemplos:
(A) verbo ignorar = Alguém ignora alguma coisa = verbo transitivo
direto
verbo desconfiar = Alguém desconfia de alguma coisa = verbo
transitivo indireto com a preposição “de”
Não podemos colocar o mesmo complemento para ambos os verbos,
pois apresentam transitividades distintas. A estrutura mais adequada
seria: “ignorar as coisas e desconfiar delas”.
(B) verbo subestimar = Alguém subestima alguma coisa = verbo
transitivo direto
verbo descuidar = Alguém descuida de alguma coisa = verbo
transitivo indireto com a preposição “de”
A construção poderia ser: subestimar as coisas e descuidar delas (cada
verbo com o seu complemento).
(C) verbo suspeitar = Alguém suspeita de alguma coisa = transitivo
indireto com a preposição “de”
verbo negligenciar = Alguém negligencia alguma coisa =
transitivo direto
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CRASE
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Existem alguns casos em que o “a” recebe o acento grave (à) mesmo
não havendo esse encontro de dois “as”. São os chamados casos
especiais:
- locuções femininas, sejam elas adverbiais (à força, à vista),
adjetivas (à fantasia, à toa), conjuntivas (à medida que, à
proporção que) ou prepositivas (à espera de, à procura de);
- diante de masculino, em que esteja subentendida a
expressão “à moda de”, “à maneira de” (“Ele escrevia à
Machado de Assis.”, “O artilheiro fez um gol à Romário.”).
Cuidado: em “bife a cavalo” ou em “frango a passarinho” não
está subentendida essa expressão (não é à maneira do cavalo ou
do passarinho) e, por isso, não leva acento.
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Gabarito: E
Comentário.
Para confirmar a existência da preposição antes de “aqueles”, é
necessário, primeiramente, organizarmos a oração na ordem direta.
Para isso, partimos do verbo ser e, para haver lógica, do adjetivo
inútil. O que é inútil? Resposta: “recomendar desprendimento”.
O verbo “recomendar”, na construção, é transitivo direto e indireto
(Recomendar alguma coisa a alguém). O que se recomenda (ou seja,
qual é o objeto direto)? Desprendimento. A quem se recomenda
desprendimento (qual é o objeto indireto?) Àqueles [a + aqueles]
que alimentam um preconceito.
Então, seguindo a análise de TERMO REGENTE + TERMO REGIDO, o
termo regente, verbo “recomendar”, exige a preposição “a”. O termo
regido é o pronome demonstrativo “aqueles”. Houve crase, devendo
ser indicado com o acento grave: “Àqueles que alimentam um
preconceito é inútil recomendar desprendimento” – construção
perfeita.
Na seqüência, há outra ocorrência de crase:
TERMO REGENTE – verbo “reservar”: Alguém reserva alguma coisa a
alguém. Como está acompanhado do pronome “se” apassivador, o
pronome “este”, que se refere a “desprendimento” é o sujeito
paciente. Como vimos na aula sobre verbos, o objeto indireto da voz
ativa (Fulano reservou alguma coisa a alguém) continua a exercer a
mesma função na voz passiva (Alguma coisa foi reservada por Fulano
a alguém) - tópico “Vozes Verbais” da Aula 1 - Verbos.
Como o termo regente exige a preposição “a” e o termo regido
(“pessoas generosas”) admite artigo definido feminino plural, há
ocorrência de crase, estando correta a construção: “...este se reserva
às pessoas generosas”.
Os demais itens apresentam as seguintes incorreções.
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Itens CORRETOS.
Comentário.
I – O termo regente, a locução verbal “ter prestado”, é transitiva
direta (um serviço) e indireta, regendo a preposição “a” antes do
objeto indireto, que, na construção, são dois: poderosos
governantes e aqueles.
“ter prestado um serviço não apenas aos poderosos governantes, mas
também [ter prestado um serviço] aqueles que têm interesse...”
O primeiro termo regido (poderosos governantes) foi corretamente
precedido de preposição, formando “aos”. O segundo, contudo, está
incorretamente grafado. A preposição “a”, exigida pelo termo regente,
ao se encontrar com o pronome demonstrativo “aqueles” forma crase
– “...mas também àqueles que têm interesse...”.
II - Logo após, a locução adverbial feminina “à exaustão” recebe
acento grave: “... interesse em analisar à exaustão as práticas
políticas”.
Gabarito: A
Comentário.
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Gabarito: D
Comentário.
O termo regente, filiar-se, exige preposição “a”. O termo regido
“tradição” admite artigo definido feminino. Há crase: “Hawking filia-se
à tradição dos grandes cientistas”.
Na segunda passagem, o termo regente, curvar-se, exige a
preposição “a”, e o termo regido evidências admite artigo definido
feminino plural. Há novamente crase: “sempre souberam curvar-se às
evidências de um equívoco”. Como as duas ocorrências devem ser
acentuadas, essa é a resposta certa.
Vamos analisar as demais opções.
(A) O termo regente, verbo opor, é transitivo direto e indireto,
exigindo a preposição “a” (Alguém se opõe a alguma coisa). O termo
regido é “aqueles fundamentalistas”. A contração da preposição com o
“a” do pronome demonstrativo “aqueles” é indicada com o acento:
“àqueles”. Essa indicação está correta.
A segunda, no entanto, está incorreta. Em “não admitem rever os
resultados à que chegaram”, o pronome relativo “que” substitui “os
resultados” em uma oração subordinada adjetiva. O verbo chegar
exige a preposição “a”, que irá anteceder o pronome relativo. No
entanto, antes do pronome relativo, não há artigo definido feminino.
Assim, antes do pronome relativo, há apenas a preposição, não
havendo justificativa para a indicação de crase: “não admitem rever os
resultados a que chegaram”.
(B) O termo regente, verbo dispor-se (pronominal), é transitivo
indireto, exigindo a preposição “a” (Alguém se dispõe a alguma coisa).
O termo regido, contudo, é oracional, não admitindo, assim, um artigo
definido feminino. Há apenas a preposição: “Hawking dispôs-se a
apresentar...”. Está incorreta a indicação de crase.
Em seguida, o termo regente correções exige a preposição “a”. O
termo regido é precedido por um pronome possessivo feminino. Assim,
está correta a indicação de crase, por ser facultativo o emprego do
artigo definido feminino antes do pronome possessivo (“correções a/à
sua teoria dos buracos negros).
(C) O termo regente, verbo aspirar, no sentido de “desejar”, é
transitivo indireto, com a preposição “a”. O termo regido é “certezas
dogmáticas”, que admite o artigo definido feminino. Há crase,
corretamente indicada: “A quem aspira às certezas dogmáticas”.
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(B) à - à - a
(C) à - a - a
(D) a - a - à
(E) a - à - à
Gabarito: A
Comentário.
1ª lacuna: Termo regente: prender-se, verbo transitivo direto
(pronominal) e indireto, exigindo a preposição “a” (Alguém se prende
a alguma coisa). Termo regido: dificuldade, admite artigo definido
feminino. Há crase: “prende-se à dificuldade de acesso”.
2ª lacuna: Nesta opção, há duas possibilidades de construção – com
acento ou sem acento. Vamos à análise.
Termo regente: acesso, exige preposição “a” (Alguém tem acesso a
alguma coisa). Termo regido: informação e qualificação.
Termo regido:
Primeira possibilidade: Apesar de esses vocábulos admitirem
artigos definidos, não haveria o seu emprego por estarem usados
em sentido vago, genérico (não é uma certa informação, é
qualquer informação), como na oração “Informação e
qualificação são elementos indispensáveis a um candidato”.
Assim, haveria apenas a preposição: “dificuldade de acesso a
informação e qualificação”.
Segunda possibilidade: No emprego de palavras coordenadas, ou
seja, palavras que exerçam a mesma função sintática, em que
ambas sejam regidas pela mesma preposição, pode-se repetir a
preposição e, caso haja definição, contraí-la ao artigo (“acesso à
informação e à qualificação”). Neste caso, enfatiza-se cada um
dos elementos. Contudo, é desnecessária essa repetição se o
objetivo for enfatizar o grupo que esses elementos formam. Nesta
hipótese, os gramáticos indicam que, se não se repetir a
preposição, não se deve repetir o artigo, recaindo a ênfase no
conjunto. Assim, a preposição contraída com o artigo antecede
apenas o primeiro elemento (“acesso à informação e
qualificação”).
Assim, essa segunda lacuna poderia ser preenchida das seguintes
formas: a (sentido genérico – apenas a preposição) ou à (sentido
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Gabarito: B
Comentário.
1ª lacuna: Termo regente: limitar. Na construção, é transitivo direto
e indireto, regendo a preposição “a” (Alguém limita alguma coisa a
algo). Termo regido: poucas informações. Por estar usado em
sentido genérico, sem artigo definido (como em: “Dispomos de poucas
informações”; “Poucas informações são suficientes para
entendermos”). Assim, não há crase (somente preposição “a”): “É
preciso limitar as conclusões a poucas informações”.
2ª lacuna: Termo regente: limitar (o mesmo termo regente do
primeiro caso). Termo regido: discussões. Este vocábulo, ao contrário
do primeiro termo regido, está sendo usado em sentido específico: não
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Gabarito: A
Comentário.
1ª lacuna: Para começar, analise uma outra estrutura: “A loja funciona
das 10h .... 18h”. Há um artigo (contraído com a preposição “de”)
antes do primeiro elemento (das 10h). Então, deve haver artigo antes
do segundo. Como já existe uma preposição “a”, ocorre a fusão: “das
10h às 18h”. A isso se dá o nome de paralelismo sintático (Lembra? O
que acontece com um elemento ocorre também com os demais de
mesma função sintática).
Note, agora, que antes de “janeiro” há somente uma preposição
(“de”), não há artigo. Pois, se não há artigo antes do primeiro
elemento, não pode haver antes dos demais. A relação é “de ... a ...”,
somente com preposições. Por isso, não há crase: “de janeiro a julho”.
Paralelismo nele!
2ª lacuna: Na expressão “em comparação com” já existe uma
preposição (“com”), o que impossibilita a existência da preposição “a”.
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Gabarito: E
Comentário.
1ª lacuna: Indica-se, no primeiro período, a transposição de tempo.
Para isso, deve-se usar o verbo haver, que, no sentido de tempo
decorrido, não se flexiona (é impessoal, não possui sujeito). Essa
lacuna é preenchida por “Busca-se há muito tempo...”.
2ª lacuna: Termo regente: adequada, adjetivo que exige a
preposição “a” (Alguma coisa é adequada a outra). Termo regido:
expressão das leis, que admite artigo definido feminino. Há crase:
“uma linguagem adequada à expressão das leis”.
3ª lacuna: Termo regente: adequada (o mesmo da lacuna anterior).
Termo regido: “outras questões sociais”, que, por não estar
determinado (usado em sentido genérico: ‘tantas outras questões
sociais’ ou ‘quaisquer outras questões sociais’), não admite artigo:
“uma linguagem adequada (...) a outras questões sociais”.
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Gabarito: A
Comentário.
Essa questão apresenta um erro de regência, mas quem quisesse
acertar a questão deveria “tampar o nariz” e “engolir” a preposição da
primeira lacuna como correta.
1ª lacuna: Termo regente: situar-se, na acepção de “estar
localizado”, rege a preposição em, e não a preposição “a”, como
apresentado pelo examinador. Como em nenhuma das opções vimos o
respeito à sintaxe original do verbo, vamos relevar o erro, empregar a
preposição “a” e continuar a análise (É assim que se faz prova. Não
adianta “brigar” com a banca no momento em que se faz a prova:
tente acertar a questão; se errar, a briga começa na segunda-feira,
com os recursos).
Termo regido: margens, que aceita artigo definido feminino plural.
Assim, considerando a hipótese de ser empregada a preposição “a”, a
construção seria “que se situa às margens do rio Paraguai”.
Uma boa maneira de lembrar a regência de alguns verbos. Os que
indicam movimento, normalmente apresentam a preposição “a”
(chegar a, ir a, dirigir-se a), enquanto que os indicativos de “situação
estática” regem preposição “em” (situar em, morar em, residir em).
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Gabarito: C
Comentário.
Primeira ocorrência de crase - termo regente: referência, exige
preposição “a” (Alguém faz referência a alguma coisa); termo regido:
pronome relativo “as quais”, que se refere a “normas [da tribo]”. Há
crase: “As normas da tribo, às quais faz o autor referência...”. Na
dúvida, substitua “as quais” pelo relativo “que” : “As normas da tribo,
a que faz o autor referência...”. Você nota a existência da preposição,
que, associada ao “a” de “as quais”, forma crase.
Segunda ocorrência de crase – termo regente: visar, que, no sentido
de “ter como objetivo”, rege a preposição “a”; termo regido: boa
prática, que aceita o artigo definido feminino. Há crase: “visam à boa
prática de valores consensuais”. Na seqüência, o outro complemento
do verbo “visar” está antecedido do artigo indefinido, não ocorrendo
a fusão de dois “as”: “... e não [visam] a uma mera catalogação de
obrigações”.
Esta opção está inteiramente correta. Vamos à análise das demais:
(A) Para começar, vamos verificar se antes do topônimo (nome de
lugar) “América” podemos empregar o artigo definido feminino. Se o
topônimo aceitar um artigo definido feminino antes do nome do lugar
e houver um termo regente a exigir a preposição, haverá a ocorrência
de crase.
Para confirmar o emprego do artigo feminino, é plenamente válido o
teste com o verbo ‘morar’ – “Eu morei na (em + a) Bahia”. Então
“Bahia” é um topônimo que aceita o artigo definido feminino. Assim,
na construção “Eu fui à Bahia”, há crase por existir, como termo
regente, o verbo ir, que exige preposição a, e, no termo regido, o
substantivo Bahia, que aceita artigo definido feminino. Aplica-se,
portanto, a regra geral de análise termo regido - termo regente.
Vamos analisar “América”. Usando o verbo morar, a construção seria:
“Eu morei na América” (e não “em América”). Assim, concluímos que
“América” é um topônimo que aceita artigo definido feminino. Como o
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(D) a - a - à
(E) a - à - à
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(D) a - à - a
(E)) há - à - a
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PRONOMES
Pronome é o vocábulo que, ao pé da letra, “fica no lugar do nome”
(chamado de pronome substantivo) ou o determina (pronome adjetivo).
Para compreender melhor a função dos pronomes, precisamos saber o
conceito de coesão textual, pois essas palavras, assim como os
conectivos (conjunção e preposição – a serem estudados na próxima
aula), são responsáveis por estabelecer nexo entre as idéias do texto.
Coesão textual é a ligação entre os elementos da oração e delas em
relação ao texto. A incoerência de um texto muitas vezes se deve à falta
de coesão, exatamente porque a leitura fica prejudicada pelo emprego
inadequado de pronomes, conjunções ou outros elementos textuais,
inclusive a pontuação. Por exemplo, o uso inapropriado de “porquanto”
ou de “a ele” pode levar o leitor a uma conclusão diversa da que se
pretendia dar, ou até mesmo a nenhuma conclusão (alguns chamam de
“ruptura semântica”).
Os pronomes podem ser:
pessoais: referem-se às três pessoas do discurso - a que fala (1ª
pessoa), a com quem se fala (2ª pessoa) e a de quem se fala (3ª
pessoa); dividem-se em retos e oblíquos – regra geral, os retos
exercem a função de sujeito ou de predicativo do sujeito,
enquanto que os oblíquos funcionam como complementos (objetos
diretos, indiretos ou adjuntos); os pronomes oblíquos devem
obedecer a certas regras de colocação (sintaxe de colocação
pronominal), a serem estudadas mais à frente;
possessivos: estabelecem relação de posse entre os elementos
regente e regido; como veremos adiante, há casos em que um
pronome pessoal oblíquo é usado com valor possessivo;
demonstrativos: indicam a posição dos seres no espaço e no
tempo (função dêitica dos pronomes demonstrativos) ou em
referência aos elementos do texto (função anafórica – referência
anterior - ou catafórica – referência posterior); também podem
substituir algum termo, expressão, oração ou idéia, evitando sua
repetição, no papel de termos vicários (“Há muito tempo eu
planejo sair de férias e vou fazê-lo no meio desse ano.” – fazê-lo
= fazer isso = sair de férias, ou “Eu lhe jurei que seria fiel e
vou sê-lo” – ser isso – ser fiel – o pronome permanece neutro,
sem flexão de gênero ou número, assim como acontece com o
“isso”);
indefinidos: têm sentido vago ou indeterminado;
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"aquele" (ou suas flexões). Exemplo: “Em 1998, João e Pedro fizeram a
prova para Auditor da Receita Federal. Este para Aduana e aquele para
Auditoria.” – Nesta construção, “este” é o referente mais próximo
(Pedro) e aquele, o mais distante (João).
Mais adiante, em uma das questões comentadas, falaremos sobre o
emprego do demonstrativo “mesmo” (e flexões).
Modernamente, reduziu-se o rigor no emprego do pronome
demonstrativo em referências textuais, inclusive em relação às provas
mas, em textos formais, deve-se observar o correto emprego dos
pronomes demonstrativos.
Agora, finalmente, trataremos do o conceito e o emprego dos
pronomes relativos, que, sem sombra de dúvida, são os mais
abordados nas questões da FCC.
PRONOMES RELATIVOS
O pronome relativo, como o próprio nome sugere, apresenta um
referente, ou seja, um termo já mencionado, substituindo-o na oração
adjetiva – “O número de candidatos que prestaram o concurso
aumentou significativamente.” – o pronome relativo “que” está no lugar
de “candidatos” (“os candidatos prestaram o concurso”).
Os pronomes relativos referem-se a termos antecedentes. Já falamos
sobre concordância e regência com pronomes relativos. Agora, veremos
quais são esses pronomes e como devem ser empregados na oração
subordinada adjetiva que iniciam, especialmente em relação aos seus
referentes e ao emprego da preposição porventura necessária.
Engraçado, sempre que abordo “pronomes relativos”, lembro a história
da Branca de Neve (é sério, acredite!). Dos sete anões, seis eram
fisicamente parecidos (pareciam gnomos), apesar de suas
peculiaridades (zangado, dengoso...), e um se destacava dos demais –
tinha um tipo físico completamente diferente (parecia um duende, além
de ser mudo) e recebia tratamento especial (dizem que era o preferido
da Branca de Neve, sei lá...).
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QUE Pode ser usado com qualquer antecedente, por isso chamado
de “pronome relativo universal”. Normalmente é empregado
em relação a “coisa”, já que os demais referentes têm
pronomes relativos específicos (lugar, quantidade, modo).
Aceita somente preposições monossilábicas, exceto sem e
sob.
O QUAL Assim como “que”, pode ser usado com qualquer antecedente.
Aceita preposição com duas ou mais sílabas, locuções
prepositivas, além de sem e sob (rejeitadas pelo “que”).
É usado quando o referente se encontra distante ou para
evitar ambigüidade: Visitei a tia do rapaz que sofreu o
acidente.
Quem se acidentou? O rapaz ou a tia dele? Para evitar a
dúvida, uso “o qual” para ele ou “a qual” para ela.
QUEM Somente usado com antecedente PESSOA. Sempre virá
antecedido de preposição – Ele é o rapaz de quem lhe falei.
ONDE Utilizado quando o referente for lugar, ou qualquer coisa que a
isso se assemelhe (livro, jornal, página etc.) – “A gaveta onde
guardei o dinheiro foi arrombada.”; pode ser substituído por
“em que”.
COMO Usado com antecedente que indique MODO ou MANEIRA – O
jeito como escreve mostra a pessoa que é.
QUANDO O antecedente dá idéia de TEMPO, também equivalente a “em
que” – Época de ouro era aquela, quando todos andavam
tranqüilos pelas ruas.
QUANTO O antecedente dá idéia de QUANTIDADE - normalmente
precedido de um pronome indefinido (tudo, tanto(s), todos,
todas) – Tenho tudo quanto quero. Leve tantos quanto quiser.
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Gabarito: C
Comentário.
Pode parecer estranho, mas, como qualquer outro pronome relativo, o
“cujo” deve ser antecedido por uma preposição caso esta venha a ser
exigida por algum termo presente na oração adjetiva. O verbo ‘contar’,
na acepção apresentada, exige a preposição ‘com’ (Alguém conta com
alguma coisa). Entre os substantivos “índio” e “reação”, há uma relação
(a reação do índio); assim, está corretamente empregado o pronome
relativo “cujo”, feita a devida flexão em gênero e número com o termo
subseqüente (reação). A estrutura “O índio jivaro, com cuja reação o
Sr.Matter não contava” está correta.
Vamos às demais opções (incorretas):
(A) O que mais veremos aqui, nas questões sobre pronomes, é o
incorreto “cujo o”. Já comentamos que esse pronome “Dunga”, diferente
de todos os demais, já apresenta a flexão de número e gênero em sua
forma, dispensando, por conseguinte, a indicação do artigo definido no
termo subseqüente. Além disso, esse pronome estabelece uma relação
entre o antecedente e o subseqüente, conforme bem demonstrado na
opção “C”. Não há essa relação entre “jornal” e “Sr.Matter” que
justifique o emprego do ‘cujo’. Não se afirma na oração “jornal do
Sr.Matter”.
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Gabarito: B
Comentário.
O termo regente “referência” exige a preposição “a” (Alguém faz
referência a alguma coisa). Como o pronome relativo “a qual” substitui
“cadeia econômica”, houve crase: “A cadeia econômica à qual o texto
faz referência...”. Está correta a construção.
(A) O verbo alimentar, naquela acepção, é transitivo direto (Alguém
alimenta alguma coisa). Assim, não há preposição a reger o pronome
relativo (“A inesgotabilidade da água é uma ilusão que não podemos
mais alimentar”). Não estaria errado o emprego de “a qual”, mas seria
mais adequado o emprego do pronome relativo “que”. Veja você mesmo
e compare.
(C) Muitas das questões que envolvem o emprego dos relativos
abordam também aspectos de regência verbal. Por isso, essa aula
encontra-se bastante ligada à aula passada. O erro deste item foi
novamente em relação à regência verbal – o verbo atravessar é
transitivo direto (“Alguém atravessa alguma coisa”). Assim, deve-se
alterar a construção para: “Os maus tempos os quais [que] estamos
atravessando...”.
(D) Olha o ‘cujo o’. Agora é barbada, não é? Aparecendo algum “cujo o”
ou “cujo a”, pode pegar a opção e riscar, rabiscar, furar a prova, só pra
mostrar quem é que manda ali...(rs...)
A construção correta seria: ‘A água é um elemento cujo valor ninguém
mais põe em dúvida”, sem preposição alguma antes do relativo, já que
o verbo pôr é transitivo direto neste sentido: Alguém põe alguma
coisa em dúvida (Ninguém põe o valor da água em dúvida).
(E) O verbo fugir, na construção, é transitivo indireto (Alguém foge de
alguma coisa). Antes do pronome relativo deve ser empregada a
preposição “de” – “A certeza de que ninguém mais pode fugir...”.
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Gabarito: C
Comentário.
Como gosta de um “cujo” essa banca, hem? Praticamente em todas as
questões de pronomes veremos um emprego desse pronome relativo,
ora correto, ora equivocado.
Nessa opção (C), entre “teor” e “frase” há uma relação (teor da frase).
Ambos são substantivos. Então, está correto o emprego do pronome.
Como o verbo da oração adjetiva (“discordar”) exige a preposição “de”
(Alguém discorda de alguma coisa), esta deve anteceder o pronome –
“A frase de cujo teor Giscard discordou...”.
Em seguida, a expressão “uma clara manifestação” tem como
complemento “o sentimento de superioridade”, apresentado na oração
anterior (“O discurso de Mitterrand era uma clara manifestação do
sentimento de superioridade”). Assim, no lugar do nome colocou-se
o pronome e, antes deste, a preposição que liga o substantivo
“manifestação” com seu complemento nominal – “sentimento de
superioridade” (representado pelo relativo “o qual”).
Em relação às demais opções, seguem os comentários.
(A) “Os moradores de um condomínio se envolvem ... uma discussão.” –
e aí? Qual foi a preposição que você imaginou? Alguém se envolve em
alguma coisa. Como no lugar do nome “discussão”, presente na oração
anterior, está o pronome relativo “a qual”, a preposição “em” deve
antecedê-lo: “O autor preza a discussão na qual se envolvem os
moradores de um condomínio...”.
Em seguida, o substantivo “aspiração” exige a preposição “a” (Alguém
tem aspiração a alguma coisa), assim como ocorre com o verbo aspirar,
no sentido de ter como alvo, como objetivo (Alguém aspira a um cargo).
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Gabarito: E
Comentário.
Agora, o examinador exige que ambas as formas grifadas estejam
corretas. Vamos às opções:
(A) A preposição “a” é exigência do termo regente referência. Contudo,
antes de pronome relativo “que” não há artigo. Por haver apenas um
“a”, não há crase – “A diferenciação entre profissionais, a que o autor
faz referência...”.
Não há um substantivo após o pronome relativo “cujo”, mas um verbo.
Por isso, é indevido esse emprego. Em seu lugar, deve-se usar o
pronome relativo “que”. A preposição está correta, pois é exigência do
verbo “depender” (Algo depende de outra coisa). “O rumo do processo
civilizatório” depende de um padrão ético. No lugar desse substantivo,
coloca-se o pronome, ficando assim a construção: “tem como critério
um padrão ético, de que [do qual] depende o rumo do processo
civilizatório”.
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Gabarito: A
Comentário.
O verbo gozar, no sentido de ter, possuir, rege a preposição de
(“Fulano goza de boa saúde.”) . O pronome relativo “que” retoma o
substantivo “simpatia”. A oração adjetiva, feita a devida substituição,
seria “Um ator não goza da simpatia junto ao eleitorado”. Assim, está
correta a construção “de que não goza um ator junto ao eleitorado”.
Adiante, na acepção empregada, o substantivo controvérsias requer a
preposição “sobre” (“Há controvérsias sobre a honestidade do político
profissional.”). Como entre “político profissional” e “honestidade” há
uma relação de subordinação (a honestidade do político profissional), é
apropriado o emprego do pronome relativo “cujo”: “estendida a um
político profissional sobre cuja honestidade há controvérsias”.
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Gabarito: D
Comentário.
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Gabarito: D
Comentário.
A partir de agora, é “vapt-vupt”. Você já está escolado com esse tipo de
questão. Vamos analisar, rapidamente, a regência do verbo e a
propriedade do emprego do pronome relativo.
Na opção correta, o verbo “valer-se” (principal da locução verbal “vem
se valendo”), pronominal (cujo sentido é “aproveitar-se”), exige a
preposição “de” (Alguém se vale de alguma coisa). Como o pronome
relativo “que” está (quase) sempre correto (só não cabe em construções
exclusivas do “cujo”), está certo o período: “As medidas repressivas de
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Gabarito: E
Comentário.
Ufa! Graças a Deus mudou o estilo de questão, não é mesmo? Acho que
ninguém mais agüentava aquela história de “cujo o” pra cá, “cuja a” pra
lá...
Devemos fazer a mesma análise que vínhamos fazendo até agora, só
que preenchendo a lacuna da forma correta.
1ª lacuna) O elemento dessa lacuna é o sujeito do verbo “cobrir”.
Pergunta: o que cobre toda a região? Dica: o verbo está no plural
(cobrem). Resposta: as árvores. Como esse substantivo exerce a função
de sujeito, não há preposição: devemos preencher com o pronome
relativo “que” ou “as quais”. A única opção é a letra (E). Levamos um
segundo para resolver a questão, hem? Na hora da prova, nada de
perder tempo. Marcou a opção correta e partiu para a próxima. Como
aqui estamos fazendo exercícios, vamos analisar as demais lacunas.
2ª) O que “evapora rapidamente” (verbo no singular)? Resposta: A água
da chuva. Essa expressão já foi mencionada na oração anterior e o texto
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G
abarito: E
Comentário.
1ª lacuna) A oração subordinada adjetiva, feita a devida substituição, é:
“Ele deverá invocar razões para justificar o que fez.”.
O verbo “invocar”, no sentido de “citar a seu favor”, é transitivo direto.
Assim, na lacuna, deve haver apenas o pronome relativo “que” (“As
razões que ele deverá invocar...”).
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Gabarito: D
Comentário.
Esse assunto já foi objeto de comentário na questão 23 da Aula 2 –
Concordância, e agora podemos ver mais um caso em que foi
empregado o pronome oblíquo com valor possessivo.
Em regra, os pronomes pessoais oblíquos são usados para representar
um nome (substantivo), evitando, assim, sua repetição. Podem se ligar
ao verbo por hífen (ênclise ou mesóclise) ou sem este sinal (próclise), e
sua colocação é assunto complexo, a ser apresentado mais adiante.
Os pronomes oblíquos são:
1ª pessoa – singular: me, mim, comigo / plural: nos, nós (usado
sempre com preposição), conosco
2ª pessoa – singular: te, ti, contigo / plural: vos, vós (sempre com
preposição), convosco
3ª pessoa – singular: ele, ela (usados com preposição), o / a (objeto
direto), lhe (objeto indireto), consigo (reflexivo)
plural: eles, elas (usados com preposição), os/as (objeto
direto), lhes (objeto indireto), consigo (reflexivo)
No entanto, o pronome oblíquo pode ser também usado com valor
possessivo. Vamos ao exemplo presente na opção (B), considerada
correta.
“Evocar a lembrança de outro colega” – a expressão sublinhada tem
valor possessivo, equivalente a “sua” (evocar a sua lembrança), ou
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Quando o verbo termina de forma nasal (-m, -ão, -õe), aos pronomes o,
a, os, as é acrescentada a letra “n”.
Exemplo: opção (C) – tomaram caminhos paralelos = TOMARAM + O =
tomaram-nos. Observe que, fora do contexto, não temos como afirmar
se o “nos” em “tomaram-nos” é o pronome oblíquo “os” ou “nos”
(“tomaram a nós”).
O que está incorreto na opção (D) é o emprego do pronome “lhe” em
substituição ao complemento direto “boa parte da vida”. Como o verbo é
transitivo direto, correta estaria a construção: a ocupá-la.
A partir dessa questão, abordaremos também um dos pontos mais
incidentes em questões que envolvem pronomes – COLOCAÇÃO
PRONOMINAL.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A fim de facilitar, resumimos a três todas as regras de colocação
pronominal:
1) REGRA GERAL:
Segundo a norma culta, a regra é a ênclise, ou seja, o pronome
após o verbo. Isso tem origem em Portugal, onde essa colocação é
mais comum. No Brasil, o uso da próclise é mais freqüente, por
apresentar maior informalidade. Mas, como devemos abordar os
aspectos formais da língua, a regra será ênclise, usando próclise
em situações excepcionais, que são:
¾ Palavras invariáveis (advérbios, alguns pronomes, conjunção)
atraem o pronome. Por “palavras invariáveis”, entendemos os
advérbios, as conjunções, alguns pronomes que não se
flexionam, como o pronome relativo que, os pronomes indefinidos
quanto/como, os pronomes demonstrativos isso, aquilo, isto.
Exemplos:
“Ele não se encontrou com a namorada.” – próclise obrigatória
por força do advérbio de negação.
“Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz.” –
próclise obrigatória por força da conjunção;
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2) EMPREGO PROIBIDO:
¾ Iniciar período com pronome (a forma correta é: Dá-me um
copo d’água. / Permita-me fazer uma observação.);
¾ Após verbo no particípio, no futuro do presente e no futuro do
pretérito. Com essas formas verbais, usa-se a próclise (desde
que não caia na proibição acima), modifica-se a estrutura
(troca o “me” por “a mim”) ou, no caso dos futuros, emprega-
se o pronome em mesóclise.
Exemplos: “Concedida a mim a licença, pude começar a
trabalhar.” (Não poderia ser “concedida-me” – após particípio é
proibido - nem “me concedida” – iniciar período com pronome
é proibido).
“Recolher-me-ei à minha insignificância” (Não poderia ser
“recolherei-me” nem “Me recolherei”).
3) EMPREGO FACULTATIVO:
¾ Com o verbo no infinitivo, mesmo que haja uma palavra
“atrativa”, a colocação do verbo pode ser enclítica (após o
verbo) ou proclítica (antes do verbo).
Exemplo:
“Para não me colocar em situação ruim, encerrei a conversa.”
“Para não colocar-me em situação ruim, encerrei a conversa.”
Assim, com infinitivo está sempre certa a colocação,
desde que não caia em um caso de proibição (começar
período).
NÃO CONFUNDA INFINITIVO COM FUTURO DO SUBJUNTIVO –
Na maior parte dos verbos, essas formas são iguais (para
comprar/quando comprar). Contudo, a regra da colocação
pronominal só se aplica ao infinitivo. Se o verbo estiver no futuro do
subjuntivo, aplica-se a regra geral.
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Gabarito: E
Comentário.
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Gabarito: E
Comentário.
Em “não ocorrendo ao czar”, o complemento verbal é indireto. Assim, o
pronome oblíquo não poderia ser “o”, usado para objeto direto, mas
“lhe” ou “a ele”, que se apresentam como objeto indireto. Eliminamos,
pois, as opções (A) e (D).
O próximo passo é verificar a posição do pronome em relação ao verbo.
Note que há um advérbio de negação antes do verbo (“não ocorrendo”).
Vimos que o advérbio, como palavra invariável que é, atrai o pronome
oblíquo, ou seja, não permite a ênclise pronominal. A única possibilidade
seria, então, “não lhe ocorrendo”.
O que impede a forma “lhe não ocorrendo” é a inexistência de um outro
termo invariável, que provocaria a apossínclese (colocação do pronome
entre dois termos invariáveis contíguos, como em “Espero que lhe não
diga a verdade...”).
A resposta certa, portanto, é letra (E).
Vamos continuar a análise da questão.
O substantivo “homens”, que já consta do texto logo no início do
parágrafo: “O czar caçava homens”, volta a aparecer mais adiante: “em
vez de homens”. Essa repetição pode ser evitada com o emprego de um
pronome demonstrativo. Note que a resposta considerada pela banca
como certa indica o pronome “destes”, com “t”. Vimos que, em
referência anafórica (termo em passagem anterior), o mais apropriado
seria “esses” (com “ss” de paSSado). Mas afirmamos que,
modernamente, tem havido flexibilidade no emprego desses pronomes.
Essa questão vem confirmar esse posicionamento pela banca da FCC.
Mesmo se referindo a um termo já mencionado, a banca aceitou o uso
de “destes”, em vez de “desses” (aliás, nem cogitou essa possibilidade
nas opções). A regra para o emprego do pronome “mesmo”, que se
estende ao pronome “tal” (e variações), já foi objeto de comentário na
questão 5.
Em relação à terceira passagem, o verbo “levar” requer complemento
direto (“andorinhas e borboletas”), sendo inapropriado o emprego do
pronome “lhes”. Eliminam-se, pois, as opções (B) e (C) – a propósito, o
que isto: “as levar-lhes”???? Ficou na dúvida e usou os dois
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Gabarito: D
Comentário.
Na primeira passagem, as duas formas estaria corretas: “a pratico” ou
“pratico-a”. Se você ficou na dúvida se poderia construir a primeira
forma, lembro que a proibição se refere a iniciar o período. Nessa
construção, o período é composto e já teve início em “Gosto”. Assim, o
pronome pode iniciar, sim, a segunda oração sem problema algum.
Na segunda passagem, o verbo “manter” apresenta um complemento
direto: “a democracia”. Assim, o pronome que deve substituir esse
nome é o oblíquo “a”. Eliminamos, pois, as opções (E) e (C), por
apresentar esta a forma de pronome reto (inapropriada como
complemento verbal). Estariam corretas as formas: “mantêm-na” ou “a
mantêm”.
O verbo “associar” é transitivo direto, devendo ser empregado o
pronome “a” (“nada disso me impede de associá-la” ou “de a associar”).
Por fim, o verbo “negar” também requer complemento direto, sendo
cabível o pronome “a”. Note que, antes do verbo, há o pronome relativo
invariável “que” (além de iniciar uma oração subordinada), atraindo o
pronome oblíquo para junto de si: “que a negam”.
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Gabarito: C
Comentário.
O verbo “considerar” é transobjetivo. O quê? Você já se esqueceu o
significado de “verbo transobjetivo”??? Não creio!!!
Transobjetivo é o verbo que requer, além do objeto, um predicativo
para esse objeto. Veja só: “O cidadão considera os políticos
profissionais...” o quê? Faltou alguma coisa, não é? Então, o que ficou
faltando foi o predicativo do objeto direto: “uma espécie daninha”.
Como o objeto é DIRETO, só admite o pronome oblíquo “os”. Como
existe uma palavra invariável antes do verbo, o pronome fica antes
deste: “o cidadão que os considera uma espécie daninha...”.
O verbo “eleger” requer complemento direto (O cidadão insiste em
eleger políticos). Então, o pronome adequado é “os”. Como o verbo está
no infinitivo (eleger), mesmo com uma preposição “em” antes do verbo
(“em eleger”), podemos colocar o pronome antes ou depois do verbo.
Lembre-se: com infinitivo está sempre certo (só não pode iniciar
período!): “insiste em os eleger” ou “insiste em elegê-los”.
Finalmente, o verbo “preterir” também é transitivo direto, exigindo o
pronome “os”. Do mesmo modo que na passagem anterior, o verbo está
no infinitivo, e com infinitivo está sempre certo: “em vez de os
preterir” ou “em vez de preteri-los”.
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Item INCORRETO
Comentário.
Esse é um dos casos de proibição. Não se pode colocar pronome após
particípio, futuro do presente ou do pretérito do indicativo.
Estaria igualmente incorreta a forma “Muito embora tenham-se
passado”, com o pronome em ênclise ao verbo auxiliar, uma vez que o
termo invariável (a locução conjuntiva “Muito embora”) antes do verbo
atrai o pronome: Muito embora se tenham passado”.
Já a construção “Muito embora tenham se passado”, apesar de comum
na “língua do povo”, não encontra respaldo na norma culta. Considera-
se inapropriado o emprego do pronome em próclise ao verbo principal
(se passado), ou seja, o pronome “solto” entre os verbos. Segundo a
norma culta, a única forma correta seria: “Muito embora se tenham
passado”. Mas, como já vimos que a banca da FCC admite alguns
“modernismos” (como o emprego de pronome demonstrativo “este” em
referência anafórica), devemos ser um pouco mais “complacentes” com
aquela colocação (tenham se passado).
Item INCORRETO
Comentário.
Esse é o caso de proibição mais conhecido do vasto público (e usado no
dia-a-dia, ou você já ouviu alguém no boteco pedir: “Dá-me uma
cerveja”???).
Segundo a ortodoxia gramatical (expressão muito usada por algumas
bancas, como a ESAF), não se pode iniciar período com o pronome
oblíquo. Assim, a proposta “Se deduz à leitura” estaria incorreta por dois
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Gabarito: B
Comentário.
O verbo “defender” está no infinitivo. Portanto, a colocação pronominal
está sempre certa (só não pode iniciar período). Como o verbo é
transitivo direto, o pronome adequado é “as”: “Foi para as defender”
ou “Foi para defendê-las”. Eliminamos três das cinco opções. Restam
somente as opções (A) e (D) – só a partir dessa análise, você já teria
50% de chances de ganhar esse ponto!
O verbo “informar” também é transitivo direto (pronome “a” =
“sociedade brasileira”) e está no infinitivo. As duas construções possíveis
são: “para a informar” ou “para informá-la”.
O verbo “criar” requer também complemento direto, sendo cabível o
pronome “a” em substituição a “a RDLI”. Como existe uma palavra
invariável antes do verbo, o pronome deve ficar em próclise: “que a
criamos”.
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Gabarito: B
Comentário.
O pronome relativo “que” atrai o pronome “se”: “Pesquisadores que se
envolveram” é a única construção possível.
Já na segunda lacuna, o “que” é uma conjunção, igualmente invariável,
atraindo, portanto, o pronome oblíquo: “sabiam que lhes seria difícil
impedir a extinção delas”.
Você viu que todas as opções relativas à segunda lacuna indicam o
pronome “lhes” ? Na ordem direta, a construção seria “impedir a
extinção delas seria difícil a eles”. Esse complemento nominal é regido
pela preposição “a” e o pronome que venha a substituí-lo deve ser o
oblíquo “lhe”.
Gabarito: D
Comentário.
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- onde, que deve ter como referente um lugar. Até aí, tudo bem, já que
esse “lugar” poderia ser a “estrada”. Mas teríamos eliminado essa
possibilidade no preenchimento da primeira substituição. As opções que
indicam “onde” propunham que, em substituição a “coibir a prática”
fosse empregado: (B) coibir ela, e (C) coibir-na – ambas inaceitáveis.
Então, mesmo que o candidato achasse que “onde” ficaria melhor do
que “cujo”, isso não seria mais possível - já havíamos eliminado essas
opções.
- cujo o - acho que nem precisamos mais falar sobre esse monstro,
não é? Você já está cansado de saber que isso está completamente
errado.
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Gabarito: A
Comentário.
Essa questão nos lembra bastante a de nº 11, que inicia essa série de
COLOCAÇÃO PRONOMINAL. Já mencionamos que o verbo haver, no
sentido de existência, é impessoal e não possui sujeito. O que se lhe
segue é o complemento (questão 9 da Aula 3 – Regência). Agora, essa
questão vem confirmar isso.
Vimos que os pronomes retos exercem apenas duas funções sintáticas:
sujeito (Ela é linda) ou predicativo do sujeito (minha irmã é ela). Não
podem esses pronomes exercer função de complemento (objeto direto).
Se surgir algum “ele/ela” como objeto direto ou indireto, é um pronome
oblíquo, que deverá sempre estar acompanhado de uma preposição (Eu
me dirijo a ela – objeto indireto / Todos ironizam a ela e não a mim –
objetos diretos preposicionados).
Assim, em substituição a “leis”, deveríamos usar o pronome oblíquo
“as”. Como existe um termo invariável antes do verbo (“quando há
leis”), a próclise é obrigatória: “quando as há em excesso ...”. Ficamos
apenas com duas opções: (A) e (D).
O verbo “reconhecer”, na construção, é transitivo direto. O objeto direto
é “o vício da excessiva particularização”. A expressão “nessas leis” tem
valor adverbial, podendo ser substituída por um pronome. A banca
propôs “nelas”, ou seja, o pronome oblíquo “elas” acompanhado da
preposição “em”. A forma “a elas” não seria adequada, por modificar a
preposição adequada à construção.
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PONTUAÇÃO
Bem, pessoal, estamos na reta final e nosso último assunto está sempre
presente em qualquer prova de Língua Portuguesa de qualquer banca
examinadora – Pontuação.
Nas provas da Fundação Carlos Chagas, o sinal de pontuação campeão
de ocorrências é a vírgula.
Nossa aula de hoje terá um novo formato. Inicialmente, apresentaremos
todos os conceitos pertinentes ao assunto. Em seguida, veremos as
questões, relembrando o que já foi apresentado na parte introdutória.
Preparado(a)? Então, vamos!
Na comunicação oral, o falante lança mão de certos recursos da
linguagem, como a entoação da voz, os gestos e as expressões faciais
para denotar dúvida, hesitação, surpresa, incerteza etc.
Quando se constrói a comunicação por meio da escrita, quem passa a
ter essa incumbência é a pontuação. Por isso, tanta gente associa
indevidamente o emprego de vírgula a uma pausa da respiração. Isso
não tem sentido. Se assim o fosse, tínhamos de colocar vírgula a cada
palavra escrita. Ou você, por acaso, prende a respiração ao escrever
uma oração sem vírgulas?
Afinal, qual é a utilidade de colocarmos sinais de pontuação no texto?
Além de estabelecer na escrita aquelas denotações expostas acima,
também se digna a eliminar ambigüidades que poderiam surgir em um
texto sem pontuação ou a destacar certas palavras, expressões ou
frases.
O texto que reproduzimos abaixo, cujo autor desconhecemos,
exemplifica bem as funções da pontuação.
“Um homem rico estava muito mal, pediu papel e pena. Escreveu
assim:
‘Deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais
será paga a conta do alfaiate nada aos pobres.’
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava ele a fortuna?
Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:
‘Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho.
Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada aos pobres.’
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:
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VÍRGULA
CASOS PROIBIDOS:
1 - Separar por vírgula elementos inseparáveis na ordem direta:
1.1 – sujeito do verbo;
1.2 – verbo do complemento verbal;
1.3 – termo regente do termo regido (complemento nominal,
adjunto adnominal);
1.4 – verbos que compõem uma locução verbal;
Algumas construções admitem, modernamente, a separação do sujeito
do verbo – “Quem avisa, amigo é.” – o sujeito do verbo ser é a oração
Quem avisa. Contudo, isso se justifica somente em casos especiais,
normalmente por questão de estilo, já que, na fala, costumamos pausar
após o verbo.
Observe que, se a oração não estiver na ordem direta, o deslocamento
dos complementos deverá ser indicado por vírgulas, sem que isso
constitua erro: “Por “adjuntos” (predicativo = complemento verbal),
entendem-se as condições em que...”.
Se surgir uma vírgula após um desses elementos “inseparáveis”,
verifique se não se trata de alguma intercalação de elementos. Para a
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PONTO
É a pausa máxima. Juntamente com o ponto de interrogação, de
exclamação e, em alguns casos, das reticências, representa a ruptura do
período, seja ele composto ou simples (oração absoluta). Quando os
períodos sucedem-se nas idéias que expressam, usa-se o ponto simples
para separá-los. Quando a ruptura é maior, representando, inclusive, a
mudança de um grupo de idéias a outro, marca-se essa transposição
maior com o “ponto-parágrafo”.
O ponto também é usado em abreviaturas (V.Sa./ Dr.Fulano/etc.).
Quando o ponto abreviativo coincide com o fim de um período,
emprega-se somente um, que passa a acumular as duas funções:
Ele foi à feira e comprou verduras, frutas, legumes etc.
Em relação à vírgula antes do “etc.”, encontramos divergências no
tratamento. Há os que buscam na etimologia motivo para dispensá-la,
uma vez estar presente, em seu significado, a conjunção e (etc. = et
cetera = e as demais coisas.). Há os que a justificam como mais
um elemento da enumeração, o que legitima essa pontuação. Por isso,
dificilmente isso seria objeto de questão de prova. Se a banca adotasse
(adotar) um desses posicionamentos, receberia uma enxurrada de
recursos com argumentação consistente para a anulação da questão.
PONTO-E-VÍRGULA
Dizer que é um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula não ajuda
muito, não é?
Trata-se de uma pausa de duração suficiente para denotar que o
período não se encontra encerrado totalmente mas que, também, não
pertence à oração anterior.
Basicamente, usa-se o ponto e vírgula, a depender do contexto, para
atribuir clareza ao texto.
Por exemplo, quando, na oração, já existem elementos entre vírgulas, o
ponto-e-vírgula é usado para subdividir os períodos:
A vida é dura; nada me tira, porém, a vontade de viver.
Ela não respeita ninguém; é, portanto, uma rebelde.
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DOIS PONTOS
Esse sinal marca, na escrita, a suspensão de uma frase não concluída.
Emprega-se, pois, para anunciar:
- uma citação:
Às margens do Ipiranga, gritou D.Pedro I:
- Independência ou Morte!
- uma enumeração:
Após o levantamento do inventário, devemos tomar as
seguintes providências: encerrar o balanço patrimonial,
convocar uma reunião extraordinária, providenciar uma
auditoria nas contas.
(Esses elementos também poderiam estar separados por pontos-
e-vírgulas, para maior clareza.)
- um esclarecimento, uma síntese ou uma conseqüência do que foi
enunciado:
A razão é clara: achava a sua conversa menos cansativa
que a dos outros homens.
PARÊNTESES
Servem para intercalar qualquer informação acessória, como uma
explicação, uma circunstância, uma reflexão, uma nota do autor.
Em relação aos sinais de pontuação, indica o Formulário Ortográfico:
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TRAVESSÃO
Segundo o Formulário Ortográfico, “emprega-se o travessão, e não o
hífen, para ligar palavras ou grupos de palavras que formam, por assim
dizer, uma cadeia na frase: O trajeto Mauá–Cascadura”.
A esse conceito, Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa)
acrescentou que “o travessão pode substituir os parênteses para
assinalar uma expressão intercalada”.
Assim, uma expressão explicativa ou simplesmente acessória
pode ser apresentada entre vírgulas, entre travessões ou entre
parênteses.
Se o período se encerra juntamente com essa expressão, o segundo
travessão ou a segunda vírgula pode ser substituída pelo ponto final.
Se a expressão indicada entre os travessões estiver dentro de uma
outra construção indicada entre vírgulas, não constitui erro a indicação
do segundo travessão e, em seguida, a vírgula que encerra o
deslocamento.
Apesar de seu tamanho – que causava terror a todos os
que não o conheciam –, a sua índole era de uma criança
inocente.
ASPAS
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Usam-se aspas para indicar uma citação (em todas as nossas aulas, há
exemplos desse emprego, inclusive aqui), para destacar uma expressão
ou palavra a que se queira dar relevo na construção, ou realçar
ironicamente alguma palavra ou expressão.
A isso eu chamo de “hipocrisia burra”.
Esse é o país do “jeitinho”.
Celso Cunha alerta para o emprego da pontuação no emprego de aspas:
“Quando a pausa coincide com o final da expressão ou sentença que se
acha entre aspas, coloca-se o competente sinal de pontuação depois
delas, se encerram apenas uma parte da proposição. Quando, porém, as
aspas abrangem todo o período, sentença, frase ou expressão, a
respectiva notação fica abrangida por elas.”
Ou seja, o mesmo tratamento dispensado pelo Formulário Ortográfico
aos parênteses.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer
enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime
admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções
interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
O ponto de exclamação, nesses casos, somente acompanha a
interjeição, não valendo como o fim da frase. Por isso, ele acumula a
função de vírgula:
Ai! que saudade da Bahia.
Perceba que a vírgula foi dispensada, porque a exclamação a substituiu.
Note também que o sinal de pontuação não encerrou a frase;
simplesmente acompanhou a interjeição. Se quiser usar inicial
maiúscula após esse ponto, tudo bem. Mais erudito, porém, é não usá-
lo.
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RETICÊNCIAS
As reticências são empregadas para marcar a interrupção da frase:
a) para assinalar interrupção do pensamento ou hesitação em enunciá-
lo:
- Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de
que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá...
(Júlio Dinis)
b) para indicar, numa narrativa, certas inflexões de natureza emocional
(de alegria, de tristeza, de raiva):
Mágoa de o ter perdido, amor ainda. Ódio por ele? Não... não
vale a pena...
(Florbela Espanca)
c) como forma de realçar uma palavra ou expressão, colocando-se as
reticências antes dela:
E teve um fim trágico... pobrezinho...já tão novo com tanta
responsabilidade!
Como sinal melódico, indica uma pausa maior quando associado a
outros sinais, como a vírgula, o ponto de interrogação ou de
exclamação.
Passai, ó vagas..., mas passai de manso! (C.Alves)
Certas pessoas merecem punição severa! ... esbravejou a
vítima.
Muitos gramáticos recomendam o uso de reticências (inclusive entre
parênteses), no início, no meio ou no fim de uma citação, para indicar
supressão no trecho transcrito, em cada uma dessas partes.
“Do mesmo modo que a frase não é uma simples seqüência de
palavras, o texto não é uma simples sucessão de frases. São
elos transfrásicos, (...), que fazem do texto um conjunto de
informações.” (Elisa Guimarães, “A Articulação do Texto”)
Celso Cunha, no entanto, faz distinção entre as reticências, como sinal
melódico de pontuação, e os três pontos que marcam a supressão de
palavras, expressões ou trechos de um texto.
"Modernamente”, continua o professor, “para evitar qualquer dúvida,
tende a generalizar-se o uso de quatro pontos para marcar tais
supressões, ficando os três pontos como sinal exclusivo de reticências."
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Gabarito: A
Comentário.
(B) A vírgula entre ‘macacos’ e ‘borboletas’ serve para isolar elementos
de uma enumeração. A indicação do último elemento com o emprego da
conjunção “e” dispensa a vírgula após “borboletas”. Além disso, a que se
segue, após ‘andorinhas’, separa o sujeito composto anteposto
(“Macacos, borboletas e andorinhas”) do verbo correspondente (“são”).
Em seguida, não há justificativa para o emprego de uma vírgula após
“tampouco”, uma vez que essa conjunção une a expressão “para o czar
naturalista” à anterior “não para o índio jivaro”.
A expressão “nem tampouco” une uma conjunção aditiva (nem = “e
não”) com um advérbio “tampouco” (= também não). Não se trata de
um erro ou uma redundância. É, na verdade, um recurso lingüístico de
reforço da negação (presente nos dois vocábulos, como vimos),
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Gabarito: D
Comentário.
(A) O único equívoco dessa opção foi a falta da segunda vírgula no
isolamento da expressão “assim”, que poderia, também, vir sem pausa.
Isso porque essa expressão tem valor adverbial, mas, por ser curta e de
fácil entendimento, dispensa a pausa indicada pela vírgula. Assim, deve-
se acrescentar uma vírgula antes desse vocábulo (“julga a maioria dos
eleitores que, assim, manifestam seu preconceito”) ou retirar a que o
sucede (“julga a maioria dos eleitores que assim manifestam seu
preconceito”).
(B) Há duas opções de construção da primeira passagem:
1 - colocam-se as expressões “por um lado” e “por outros” entre
vírgulas, empregando-se, após “lado”, um ponto-e-vírgula (por questão
de clareza textual): “Nômades, por um lado; devassos, por outros: é
com tais imputações...”; ou
2 - retira-se a vírgula após “Nômades” (“Nômades por um lado,
devassos por outros: é com tais imputações...”).
Em seguida, a vírgula após “revelam” separa o verbo de seu
complemento, “os preconceitos”.
Finalmente, não pode haver uma vírgula separando o pronome relativo
do restante da oração adjetiva (O certo seria “que se revelam os
preconceitos que alimentamos em relação aos atores”).
(C) A vírgula que isola o predicativo do sujeito “atores” do restante da
oração deve ser retirada para a correção do período: “somos todos
atores”.
(E) A expressão adverbial “ao mesmo tempo” deve ser isolada por
vírgulas. Poderia também dispensá-las, por ser um termo curto. O que
não pode é colocar somente uma. Faltou a segunda após “tempo”.
O substantivo ‘regime’ possui dois complementos: “de decisão pessoal”
e “de representação coletiva”. A vírgula antes da conjunção que liga os
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Gabarito: B
Comentário.
(A) Note como as questões se repetem. A exemplo do que ocorreu no
item (E) da questão 2, que acabamos de mencionar, a expressão “entre
os leitores” poderia ser isolada por vírgulas ou vir sem nenhuma pausa.
O erro está em indicar a vírgula somente uma delas, após “leitores”,
separando, assim, a conjunção do restante da oração subordinada
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Gabarito: B
Comentário.
A essa altura da aula, você já percebeu que as questões que envolvem
pontuação estão, em sua maioria, explorando erros de emprego da
vírgula, separando elementos inseparáveis (sujeito do verbo, verbo do
complemento, termo regente do termo regido etc.) ou mantendo apenas
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Gabarito: C
Comentário.
Todas as opções apresentam o mesmo texto, alterando, apenas, a
forma de pontuar. Estão corretamente empregados os sinais de
pontuação da opção (C). A partir da comparação com esse texto,
verificam-se os erros das demais opções.
O complemento do verbo ‘proteger’ é ‘os animais’. Entre esses termos
não pode haver uma vírgula (opção A).
As expressões “especialmente os silvestres” e “que são cobiçados por
seu valor comercial”, por terem valor explicativo, devem ser isoladas
por vírgulas (erro das opções B, D e E).
A ligação entre os termos “cobiçados” e “por seu valor comercial”, por
sua vez, não poderia ser interrompida por uma vírgula (opções A e E), o
mesmo ocorrendo em relação à expressão “grupos de empresários”
(opção D).
A vírgula que separa a forma verbal “uniram” de seu complemento
indireto “aos ambientalistas” (opções A e E) também deve ser retirada.
Itens CORRETOS
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Comentário.
I - Todas essas expressões têm valor adjetivo em relação a “a Capital
do Mato Grosso do Sul” e, por formarem uma enumeração formada por
elementos de igual função sintática, devem ser separadas por vírgulas.
II - As expressões mencionadas no item anterior, de valor adjetivo em
relação a Campo Grande, apresentam o motivo pelo qual é alto o índice
de satisfação de seus moradores e empreendedores. Assim, o conjunto
possui natureza adverbial explicativa, sendo possível sua indicação por
vírgula (como no texto) ou por travessão (conforme proposto pelo
examinador).
Item INCORRETO.
Comentário.
Vimos na Aula 2 – Concordância os casos em que a expressão “é que”
tem caráter de realce, podendo ser retirada do texto sem prejuízo. O
exemplo dado foi “José é que trabalhou, mas os irmãos é que se
aproveitaram do seu esforço.” – José trabalhou, mas os irmãos se
aproveitaram do seu esforço.
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(A) Ao dizer que escolhe seu campo e toma posição, o autor demonstra
coragem, pois o assunto de que trata é melindroso e excita muitas
paixões.
(B) O autor demonstra coragem quando escolhe seu campo e toma
posição: o assunto de que trata, a par de ser melindroso, excita fortes
paixões.
(C) Escolher um campo e tomar posição exige coragem, sobretudo
quando o assunto de que se trata é melindroso, ou quando provoca
fortes paixões.
(D) Exige muita coragem, escolher um campo e tomar posição; ainda
mais quando o assunto por ser melindroso, excita as mais fortes
paixões.
(E) Por se tratar de um assunto melindroso, que excita fortes paixões, o
autor demonstrou muita coragem, não hesitando em escolher seu
campo e tomar posição.
Gabarito: D
Comentário.
O erro mais comum de pontuação é a vírgula separando o sujeito do
predicado.
Na opção (D), o verbo “exigir” foi separado de seu sujeito. Eu pergunto
a você: qual é o sujeito de “exigir”, ou seja, o que “exige muita
coragem”? Resposta: “escolher um campo e tomar posição”. O sujeito é
oracional. Assim, a vírgula após “coragem” está separando elementos
inseparáveis. Mais adiante, o sujeito “o assunto” foi separado de seu
verbo “excita”, uma vez que não foi colocada uma vírgula para iniciar a
intercalação da expressão “por ser melindroso”.
Por fim, um ponto-e-vírgula após “posição” não seria adequado, uma
vez não haver necessidade de uma pausa tão grande nessa passagem.
Em seu lugar, bastaria empregar uma vírgula.
Feita a correção, a estrutura seria: “Exige muita coragem escolher um
campo e tomar posição, ainda mais quando o assunto, por ser
melindroso, excita as mais fortes paixões”.
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Gabarito: A
Comentário.
Essa questão trata de diversos assuntos já estudados em nossos
encontros.
Na opção A, considerada correta, é apresentada a função do tempo
composto no pretérito perfeito do indicativo. Como vimos na Aula 1 –
Verbo, o pretérito perfeito composto denota continuidade do ato,
com início no passado. Está correta, portanto, a afirmação da opção
(A).
Vamos às opções incorretas:
(B) O que o examinador sugere, nesta opção, é a transposição da voz
verbal, para a voz ativa, com “decretos” (o agente da passiva) na
função de sujeito.
A forma verbal de voz ativa “tinham substituído” (verbo auxiliar TER +
verbo principal no particípio), sugerida pelo examinador, equivale, na
voz passiva, a “tinham sido substituídos” (verbo auxiliar TER + verbo
auxiliar SER + verbo principal no particípio).
Contudo, não é essa a construção de voz passiva presente no texto.
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Gabarito: A
Comentário.
Agora, iremos estudar o emprego da vírgula em orações subordinadas
adjetivas.
As orações adjetivas podem ser explicativas (com vírgula obrigatória) ou
restritivas (com vírgula proibida). Não existe caso de vírgula opcional
em orações adjetivas.
Assim, ao retirar a vírgula que antecede uma oração adjetiva
explicativa, iremos transformá-la em uma oração adjetiva restritiva.
Vamos a um exemplo que, de tão banal, facilita a compreensão.
“Vicente visitou sua namorada que mora no Ceará.”
Pergunta: quantas namoradas Vicente possui?
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Resposta: Com certeza, mais de uma. Isso porque a oração “que mora
em Fortaleza” tem valor adjetivo restritivo (equivalente a “namorada
cearense”). Ou seja, em outras palavras, do universo de namoradas de
Vicente, a que mora no Ceará recebeu sua visita.
Já em “Vicente visitou sua namorada, que mora no Ceará”, estamos
afirmando que ele tem só uma namorada e que esta namorada mora no
Ceará. Notou a diferença que uma simples vírgula emprega na vida
sentimental do Vicente? Depois ficam falando por aí que o cara é
mulherengo. Pobrezinho!!! O problema é só de pontuação!
Esse é o raciocínio que iremos levar para as questões que envolvem a
pontuação em orações subordinadas adjetivas. Com vírgula: explicativa;
sem vírgula: restritiva.
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Gabarito: B
Comentário.
Cuidado com o enunciado. O examinador não busca a opção em que
haverá prejuízo gramatical com a retirada da vírgula, mas a em que
haverá alteração semântica (“sentido na frase”).
Observamos que essa alteração ocorre com a retirada da vírgula que
inicia a oração subordinada adjetiva explicativa. Do modo com é
apresentada na construção, a oração “que combatem o obscurantismo
fundamentalista” indica essa prática por todos os cientistas a quem
Umberto Eco presta homenagem.
A partir da retirada do sinal de pontuação, haveria mais de uma
“espécie” de cientista, e só aos cientistas que combatem o
obscurantismo fundamentalista o pensador italiano só renderia
homenagens.
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(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
Gabarito: D
Comentário.
Na oração I, com a vírgula, afirma-se que o autor se preocupa com
todos os jornalistas, pois eles (todos eles!) têm sua liberdade de
expressão ameaçada. Após a retirada do sinal, a oração deixa de ter
valor explicativo e passa a ser restritiva. Assim, de todos os jornalistas
existentes no planeta, a preocupação do autor é em relação àqueles
cuja liberdade de expressão se encontra ameaçada. Há, portanto,
alteração semântica com a retirada da vírgula.
O mesmo acontece na oração II – após a retirada da vírgula, afirma-se
que, do universo de jornalistas, aqueles que costumam cuidar de seus
próprios interesses não preservam sua independência.
Já na oração III, a retirada da vírgula não provoca nenhuma alteração
no sentido da frase. A expressão “também” admite ser colocada
diretamente na oração, sem pausas: “O direito à livre informação é dos
jornalistas e também da sociedade como um todo”.
Assim, houve alteração somente nas orações dos itens I e II.
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(E) I, II e III.
Gabarito: E
Comentário.
Assim como na questão 10, todas as opções apresentam construções de
orações subordinadas adjetivas, em que o emprego da vírgula provoca
alteração de sentido e do alcance dessas orações.
I – Entende-se que as instituições criadas pelo homem (todas elas)
podem acarretar graves dissabores. A partir da retirada da vírgula,
afirma-se que o homem se aplica a criar somente instituições que
podem lhe causar dissabores.
II – Com a vírgula, entende-se que todos os regimes autoritários são
nefastos e decorrem diretamente do desvirtuamento das instituições. Já
sem a vírgula, são nefastos os regimes autoritários que decorrem do
desvirtuamento das instituições (caráter restritivo).
III – A partir da retirada da vírgula, não se impute defeito somente às
instituições que possuem o propósito de permitir que os homens se
organizem.
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(D) I e II.
(E) II e III.
Gabarito: A
Comentário.
Vemos, no item I, uma oração adjetiva. A vírgula atribui a essa oração
um caráter explicativo (primeira forma), enquanto que sua ausência dá
à oração um valor restritivo (segunda forma). Assim, a mudança da
pontuação provoca alteração semântica.
Já o item II é um bom exemplo do emprego do ponto-e-vírgula. Diante
de uma construção que apresenta vírgulas, o ponto-e-vírgula
proporciona clareza ao texto, não acarretando nenhuma alteração no
sentido da construção.
III – Expressões de valor explicativo podem vir entre vírgulas,
travessões ou parênteses. Temos nesse item um bom emprego desses
sinais de pontuação. A observação de que “o sistema de braços
flutuantes foi inventado pelos ingleses” é mencionada no texto
originalmente entre travessões. A sugestão de troca dos travessões
pelos parênteses é perfeitamente válida, já que esses sinais se
equivalem nesse emprego.
Note como houve, tanto após o segundo travessão quanto após o
parêntese que encerra o período, o emprego da vírgula que inicia uma
oração adjetiva em relação aos “braços flutuantes”. Essa vírgula é
obrigatória em virtude do caráter explicativo dessa oração.
tempos em tempos. Duas críticas lhe são feitas: limita a liberdade dos
juízes e pode permitir a influência do Executivo em questões nas quais a
vinculação satisfaça objetivos políticos dos governantes. As duas
alternativas não serão perigosas se a aplicação for restrita a matérias
tributárias e previdenciárias.
Não há modo de assegurar a celeridade dos processos sem a disciplina
eficaz. Os prazos já existem na lei, mas valem apenas para os
advogados privados, pois, caso não os respeitem, o direito perece. Os
juízes, os membros do Ministério Público e os integrantes da advocacia
pública são favorecidos por regras que lhes permitem intervir no
processo segundo o ritmo que lhes convenha. A razoabilidade da
duração dos processos não decorre do número de recursos possíveis,
mas do andamento lento entre os atos dos juízes, da máquina oficial e
da inexistência do controle da produtividade dos agentes públicos.
No alusivo à transparência, esta será boa para a magistratura. Há
julgamentos que, por exceção, podem correr em segredo de Justiça. A
regra compatível com a Constituição é a da transparência plena,
sobretudo nas sessões administrativas dos tribunais para questões
internas, materiais ou funcionais. (...)
Sejam quais forem as opiniões a respeito do projeto aprovado, sendo
bom que venham contraditórias, o fato é que se está dando um passo à
frente.
(Walter Ceneviva. Folha de S. Paulo, A4, 8/07/2004)
... as opiniões a respeito do projeto aprovado, sendo bom que venham
contraditórias, o fato é...(último parágrafo)
Observe as alterações feitas em relação à pontuação original do
segmento grifado acima:
I. ... do projeto aprovado − sendo bom que venham contraditórias −
II. ... do projeto aprovado (sendo bom que venham contraditórias)
III. ... do projeto aprovado : sendo bom que venham contraditórias.
Estão corretas SOMENTE as alterações feitas em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
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Gabarito: D
Comentário.
Não haveria necessidade de leitura do texto. Ele só foi apresentado para
que o candidato perceba que, muitas vezes, a questão que envolve
aspectos gramaticais dispensa a leitura do texto na íntegra. No máximo,
deve-se ler apenas um parágrafo ou dois. Como a prova para a qual
estamos nos preparando terá 40 questões de Língua Portuguesa, sairá
em vantagem o candidato mais objetivo. Havendo a necessidade de
“ganhar tempo”, pule as questões de interpretação e tente resolver
primeiramente as que abordam conceitos gramaticais. Leia somente o
que realmente for necessário. Depois, com mais tranqüilidade, volte às
questões que pulou e resolva-as. Assim, otimiza-se o tempo de prova.
Conforme afirmamos na questão anterior, por ter valor explicativo, a
construção “sendo bom que venham contraditórias” pode ser
apresentada entre vírgulas (originalmente no texto), entre um par de
travessões (sugestão I) ou entre parênteses (sugestão II).
Já a indicação de dois pontos e do ponto final não é cabível, pois haveria
uma interrupção na estrutura a que teria continuidade em “o fato é ...”.
Estão corretas, portanto, somente as alterações dos itens I e II.
::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Encerramos, aqui, nosso curso de revisão com exercícios. Acredito que,
a partir da resolução de questões anteriores e dos comentários aqui
expostos, tivemos uma ótima oportunidade de rever os principais pontos
da disciplina e perceber a forma com que a banca da Fundação Carlos
Chagas explora os conhecimentos.
Não vou desejar sorte, pois esta só é imprescindível na hora do chute.
Como espero que você tenha na ponta da língua (e da caneta) a
resposta certa para todas as questões, não terá necessidade de sorte.
Desejo, sim, uma excelente prova!
Grande abraço.
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II. Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia. Nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia; nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
III. .... têm um sistema de braços flutuantes – inventado pelos ingleses
–, que sobem e descem...
... têm um sistema de braços flutuantes (inventado pelos ingleses), que
sobem e descem...
Com a alteração dos sinais de pontuação, ocorreu também alteração de
sentido SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
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