COLOIDES
COLOIDES
COLOIDES
Este trabalho tem como finalidade esclarecer o que são colóides, sistema coloidal, e
soluçoes. Este trabalho apresenta um conteúdo rico em informações necessárias
para que se possa compreender a função e, como se é usado as soluções colóides e
os sistemas. Com a absorção do conteúdo apresentado neste trabalho, será muito
mais simples a compreensão dos assuntos derivados do mesmo.
Coloides
Na dispersão coloidal :
• as partículas dispersas têm diâmetro entre 1 e 100 nm
• são agregados de moléculas ou de íons comuns, ou macromoléculas, ou macroíons
isolados
• não se sedimentam sob a ação da gravidade, nem sob a ação dos centrifugadores
comuns, mas sim sob a ação de ultracentrifugadores
• não são retidas por filtros comuns, mas o são por ultrafiltros
• não são detectadas ao microscópio comum, mas o são com o auxílio do microscópio
eletrônico e do ultramicroscópio.
Na suspensão:
• as partículas dispersas têm diâmetro maior que 100 nm
• são agregados de moléculas ou de íons
• sedimentam-se pela ação da gravidade ou dos centrifugadores comuns
• são retidas pelo filtro comum e são detectadas a olho nu ou com o auxílio de
microscópios comuns.
Tipos de concentração
% em massa:
massa de soluto / massa de solução ´ 100
% em volume:
volume de soluto / volume de solução ´ 100
(só é usada quando soluto e solvente são ambos líquidos ou ambos gasosos)
concentração em g/L:
massa de soluto em gramas /volume de solução em litros
concentração em mol/L:
quantidade de soluto (mol)/volume de solução em litros
concentração em molalidade:
quantidade de soluto (mol)/massa do solvente em kg
concentração em fração molar de soluto:
quantidade de soluto (mol)/quantidade de solução (mol)
Diluição e titulação
Diluição é uma operação em que se acrescenta solvente à solução. A quantidade de soluto
permanece constante.
Titulação é uma operação de laboratório através da qual se determina a concentração de
uma solução A medindo-se o volume de uma solução B de concentração conhecida, que
reage completamente com um volume conhecido da solução A.
Colóides
Estado coloidal - Tipo de dispersão na qual as partículas dispersas têm dimensão entre 1 e
100 nm.
Colóide reversível ou liófilo ou hidrófilo - A passagem de sol a gel é reversível. As
partículas dispersas têm película de solvatação, que estabiliza o colóide.
Exemplos: proteínas em água, amido em água, gelatina em água e a maioria dos colóides
naturais.
Colóide irreversível ou liófobo ou hidrófobo - A passagem de sol a gel é irreversível. As
partículas dispersas não têm película de solvatação e, por isso, são instáveis.
Exemplos: hidrossol de metais (ouro, prata, etc.), hidrossol de enxofre e a maioria dos
colóides artificiais.
A purificação dos colóides é feita por diálise, eletrodiálise ou ultrafiltração.
Os colóides apresentam as seguintes propriedades: efeito Tyndall, movimento browniano e
adsorção.
Colóides protetores são colóides liófilos que estabilizam os colóides liófobos, impedindo a
sua coagulação. O mais usado é a gelatina.
Importância dos colóides:
• Biológica - os processos vitais estão associados ao estado coloidal.
• Industrial - fabricação de medicamentos, tintas, cremes, cosméticos, pedras
preciosas (rubi, safira, etc.), sílica-gel, filmes fotográficos, etc.
• Culinária - preparo de geléias, maionese, creme chantilly, etc.
Sistemas coloidais
São misturas instáveis de duas fases imiscíveis (fase dispersa e meio de dispersão).
A fase dispersas são as partículas coloidais e o meio de dispersão é a fase em que
as partículas se distribuem formando o sistema coloidal. As definições de colóides
estão resumidamente definidas na tabela abaixo.
3 - Adsorção
a)Coloca-se em dois tubos de centrífuga 2 mL de água e gotas de azul de metileno.
Coloca-se em um pouco de carvão ativo e no outro um pedaço de carvão,
aquecendo em seguida em banho-maria. Os tubos são centrifugados.
4 - Destruição de colóides
4.1 Coagulação mútua de colóides
Mistura-se 0,5 mL de sol de Fe(OH)3 com 0,5 mL de As2S3.
4.2 Coagulação pela ação de eletrólitos
Realizam-se simultaneamente 3 ensaios:
Mistura de1 mL de sol As2S3 com duas gotas de NaCl 1 M.
Mistura de1 mL de sol As2S3 com duas gotas de MgCl2 1 M
Mistura de1 mL de sol As2S3 com duas gotas de AlCl3 1 M
5 - Colóide protetor
5.1 Prata coloidal
Simultaneamente dois ensaios são realizados
Mistura de 2 mL de água destilada com 3 gotas de solução de AgNO3 0,1 M e 3
gotas de solução aquosa de NH3. São adicionadas 5 gotas de formol e o sistema é
aquecido em banho-maria.
Mistura de 4 mL de dispersão de gelatina a 1% com 3 gotas de solução de AgNO3
0,1 M e 3 gotas de solução aquosa de NH3. São adicionadas 5 gotas de formol e o
sistema é aquecido em banho-maria.
5.2 AgBr coloidal
Simultaneamente foram feitos os dois ensaios:
Mistura de 1 mL de água destilada com 3 gotas de solução de KBr 0,1 M. São
adicionadas 4 gotas de solução de AgNO3 0,1 M e o sistema é agitado.
Mistura de 1 mL de dispersão de gelatina a 1% com 3 gotas de solução de KBr 0,1
M e 4 gotas de solução de AgNO3 0,1 M e o sistema é agitado.
IV - Resultado e discussão
1 - Eletroforese
O sol de sulfeto de arsênio III (As2S3) migra para o eletrodo positivo, verificado
pela coloração amarela mais intensa no eletrodo positivo e pela coloração
praticamente incolor no eletrodo negativo. Desse modo, o sol analisado só pode ter
carga negativa: sua coloração mais intensa no eletrodo positivo é devido à atração
do eletrodo positivo pela carga negativa do sol e a coloração praticamente incolor
no eletrodo negativo causado pelas forças de repulsão entre cargas negativas.
1.2 - Precipitador de Cotrell
Com esse equipamento obtém-se partículas pretas a partir da fumaça do cigarro.
Como a fumaça é um colóide onde a fase dispersa é um sólido e o meio de
dispersão é um gás, há muitas partículas sólidas dispersas que através do
precipitador de Cotrell são precipitadas. A alta voltagem faz com que as partículas
adqüiram carga e migrem para um dos eletrodos (o de carga oposta), causando a
precipitação. Esse procedimento é necessário pois nesse tipo de colóide a fase
dispersa não tem carga.
2 - Preparação de colóides
2.1 Processos de condensação
Fe(OH)3 coloidal
O Fe(OH)3 é preparado através de uma reação química e portanto pelo processo de
dispersão. Essa reação foi a de hidrólise do íon Fe3+, descrita abaixo em sua forma
molecular.
Fe3+ + 3H2O ® Fe(OH)3 + 3H+
A formação do colóide só ocorre com água quente e é verificada pela coloração
castanha. Para efeito de comparação utilizou-se água fria ao invés de água quente,
resultando em uma solução amarelada que nada mais é que a cor de uma solução
do íon Fe+3. Pôde-se verificar então que a reação realmente só ocorre à quente e
que a cor amarela indica que não houve reação ao contrário da cor castanha que
indica a formação do colóide.
As2S3 coloidal
O colóide de As2S3 também foi preparado através de uma reação química de
As2O3 com H2S por combinação de íons. O ácido sulfídrico é obtido pela reação de
pirita (FeS2) com ácido clorídrico. As reações estão descritas abaixo:
As2O3 + 3 H2O ® 2 H3AsO3
2 H3AsO3 + 3 H2S ® As2S3 + 6 H2O
A formação do colóide é observada pela mudança de cor da solução de incolor
(As2O3) para amarelo (As2S3). Além disso, passando-se um feixe de laser pelo
produto amarelo obtido vê-se o caminho percorrido pela luz, indicando-se tratar de
um colóide (Efeito Tyndall).
Gel
Misturando-se solução saturada de acetato de cálcio com álcool forma-se
inicialmente um alcoosol de cor branca. Esse alcoosol é formado porque e acetato
de cálcio é muito pouco solúvel em meio hidroalcoólico, precipitando sob a forma de
colóide. Aos poucos esse álcool vai evaporando, ficando mais consistente e
transformando-se em um semi-sólido branco, o alcoogel. Quando esse alcoogel é
colocado sobre a tela de amianto e queimado resta apenas um resíduo sólido da
fase dispersa, tendo-se destruído o colóide. Esse resíduo é chamado de gel.
2.2 - Processos de dispersão
Ao misturar-se água e óleo vegetal verifica-se que inicialmente o óleo se
dispersa em água, mas depois se separam já que essa mistura é instável
uma vez suas polaridades são muito diferentes : a água é muito polar e o
óleo muito apolar e portanto não se misturam. Inicialmente o óleo se
dispersa em água, mas depois se separam já que essa mistura é instável.
Quando adiciona-se sabão à água e óleo forma-se uma emulsão : dispersão de
líqüido em líqüido, devido à ação emulsificante do sabão, diminuindo a
tensão superficial. Essa diminuição na tensão superficial faz com que a
emulsão não se destrua, já que essa tensão tende a diminuir a superfície
total. O sabão por ter uma longa cadeia apolar consegue solubilizar o óleo e
por ter uma cabeça polar é solúvel em água, sendo assim a emulsão
formada bem estável.
3 - Adsorção
Após a centrifugação verifica-se que no tubo de centrífuga com carvão ativo o
líqüido sobrenadante fica incolor enquanto que o com carvão comum continua azul.
Essa diferença pode ser justificada pela propriedade de adsorção: o carvão ativo
por estar mais finamente dividido que o carvão comum tem uma superfície maior e
portanto uma capacidade muito maior de adsorver o azul de metileno, retirando-o
portanto da solução.
4 - Destruição de colóides - Coagulação
4.1 Coagulação mútua de colóides
Observa-se a coagulação já que os colóides tem carga contrária e se destroem
devido à interação elétrica dos íons integrantes das duplas camadas dos sóis. O
As2S3 tem carga negativa e o de Fe(OH)3 tem carga positiva.
4.2 Coagulação por ação de eletrólitos
Verifica-se que neste caso quanto maior a valência do cátion maior a velocidade
coagulação maior o efeito coagulante. Desse modo a Al3+ é mais rápido que o
Mg2+ que por sua vez é mais rápido que o Na+. O íon efetivo para a coagulação de
um colóide é sempre o de carga contrária à carga do colóide e quanto maior a
carga do íon maior o poder coagulante. Essa afirmação está justificada pela tabela
abaixo, sendo o valor de coagulação a concentração mínima para ocorrer a
coagulação.
CONCLUSÃO