Ciclos Economicos
Ciclos Economicos
Ciclos Economicos
Não tendo recursos, a solução encontrada foi aliar-se aos holandeses que financiaram a
implantação do cultivo e transformação da cana-de-açúcar no Brasil. Em troca, os
holandeses ficaram com a comercialização do produto na Europa.
Engenho era o nome dado à grande propriedade latifundiária que explorava a produção
de açúcar, formada pelas plantações, a casa-grande, a capela, a senzala e a própria
fábrica do açúcar (engenho). Eram desmatadas imensas áreas para o plantio da cana-de-
açúcar.
Na casa-grande funcionava a administração do engenho. Nela também residia o
proprietário e sua família.
A capela ficava próxima à casa-grande. Era o local das orações dos habitantes do
engenho.
Na fábrica do açúcar (engenho) trabalhavam parte dos escravos na moenda, na casa das
caldeiras e na casa de purgar.
Na casa das caldeiras, o caldo era fervido em grandes tachos até engrossar.
E na casa de purgar o melaço da cana era colocado em fôrmas de barro para secagem
até endurecer. Era a rapadura de hoje. Estes blocos (rapaduras) de açúcar eram enviados
a Portugal. De lá seguiam para a Holanda onde recebiam o refinamento. E assim os
holandeses faziam a sua parte no acordo que era a comercialiazação do açúcar na
Europa.
[editar] Pecuaria
A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses,
levando o povoamento do litoral para o interior. Com o aumento da produção de cana
de açucar no litoral brasileiro, o gado que era usado como força matriz nos engenhos,
além de serem fornecedores de carne e couro, foram empurrados para o interior do
Brasil, uma vez que a monocultura da cana demandava cada vez mais areas maiores no
litoral em função do solo ser mais favorável aquela cultura.
Outra importante atividade impulsionada pela mineração foi o comércio interno entre as
diferentes vilas e cidades da colônia, proporcionada pelos tropeiros.
[editar] Diamantes
Os primeiros diamantes no Brasil foram encontrados por volta de 1729, tendo logo
despertado a atenção da Coroa Portuguesa. A primeira legislação visando regulamentar
a sua exploração foi o Regimento dos Superintendentes e Guardas-mores das Terras
Minerais, comum a toda a região. Esse regulamento genérico despertou viva resistência
entre os mineradores e, em termos fiscais, mostrou-se ineficaz com relação aos
diamantes, cujas características (pequenas dimensões e elevado valor) incentivavam a
sua ocultação e contrabando.
O seu principal centro produtor foi o Arraial do Tijuco (atual Diamantina), na Comarca
do Serro do Frio, marcado, além do seu natural isolamento geográfico, pela severidade
da legislação diamantífera – materializada, por exemplo no chamado "Livro da Capa
Verde" - e pelo rigor da fiscalização da Metrópole. Em 1734 era ali foi instituída a
Intendência dos Diamantes. No ano seguinte (1735), a extração foi proibida por cinco
anos, até que se encontrasse uma maneira mais eficaz de controle por parte da Coroa, e,
principalmente, até que se recuperassem os preços internacionais do quilate, abalados
pela abundância da oferta.
Superada esta fase inicial, institui-se, em 1740, o sistema de arrematação por contratos,
que perdurou até 1771. Os historiadores indicam que, entre 1740 e 1770, foram
extraídos mais de 1.666.569 quilates, levando à queda, em 75%, do preço dos diamantes
no mercado mundial.
A partir de 1771, foi criada a Real Extração, sob controle direto da Coroa. Este sistema
perdurou até mesmo depois da Independência do Brasil (1822), sendo a Real Extração
extinta por Decreto apenas em 1832. Estima-se que neste período, até 1810, cerca de
três milhões de quilates foram extraídos.Salmão Preto.
Para um país carente de capitais, seria necessário investir o tanto quanto possível nas
exportações, buscando alcançar uma balança superavitária. Contudo, tal feito fora
complicado pela completa falta de produtos manufaturados no país, que resultou num
aumento considerável das importações, criando um déficit contínuo. A maior parte das
importações eram tecidos, vinhos, sabões comestíveis, perfumarias, dentre outros. Até a
década de 1850, itens como carvão, maquinaria, cimento, ferro, ferramentas e artigos de
ferro representavam 11% das importações brasileiras em relação à Grã-Bretanha. Mas o
processo de industrialização constante do Brasil faria com que este percentual
alcançasse 28% em 1889.[6] Com o passar das décadas em que surgiram novas
tecnologias e com o aumento da produtividade interna, as exportações aumentariam
consideravelmente, possibilitando alcançar o tão almejado equilíbrio na balança
comercial. Durante a década de 1820, o açúcar equivalia à cerca de 30%, o algodão
21%, o café 18% e couros e peles 14% do total das exportações. Apenas vinte anos
depois, o café alcançaria 42%, enquanto o açúcar 27%, os couros e peles 9% e o
algodão 8% do total das exportações. Entretanto, isto não significou uma diminuição na
produção desses produtos, pelo contrário, mas "refletia uma diferença no crescimento
relativo desses setores". Neste período de apenas vinte anos, as "exportações brasileiras
dobraram em volume e triplicaram em valor nominal", enquanto seu valor em libras
esterlinas aumentou em 40%.[4]
Estrada de ferro em Petrópolis, 1885. O advento dos trens tornou o transporte de carga
menos oneroso e mais rápido, diminuindo consideravelmente o custo de produção.
Nos anos 1820, o Brasil exportou cerca de 11 mil toneladas de cacau, enquanto em 1880
o valor foi de 73.500 toneladas.[7] Entre os anos 1821 e 1825, exportou-se 41.174
toneladas de açúcar, que atingiu o incrível valor de 238.074 toneladas entre 1881 e
1885.[8] Até 1850 a produção de borracha fora insignificante, mas em entre 1881 e 1890,
alcançou o terceiro lugar nas exportações brasileiras.[9] Foram ao todo cerca de 81
toneladas entre 1827 e 1830, atingindo 1.632 toneladas em 1852, e em 1900 foram
24.301.452 toneladas.[7] Exportou-se também, cerca de 3.377.000 toneladas de café
entre 1821 e 1860, enquanto entre 1861 e 1889 alcançou 6.804.000 toneladas.[10] A
inovação tecnológica também contribuiu para o crescimento das exportações,[4] como
citado anteriormente. A principal razão foi à adoção da navegação a vapor e de
ferrovias, que permitiu ao transporte de carga tornar-se bem menos oneroso e muito
mais rápido.[11] O valor absoluto das exportações do Império em 1850 era o mais
elevado da América Latina (o triplo da Argentina, que estava em quarto lugar) e
manteria esta posição (inclusive em termos econômicos gerais) até o final da
monarquia. [12]
A renda per capita brasileira em 1890 era de $770 (em valores de 1990).[19] Para se ter
uma idéia do potencial econômico do país durante o Império, caso "tivesse podido
manter o nível de produtividade conquistado em 1780 e conseguido ampliar as
exportações com ritmo igual ao verificado na segunda metade do século XIX, sua renda
per capita em 1950 seria comparável à da média dos países da Europa Ocidental, e o
país não se teria atrasado tanto".[20] Ou seja, no início da segunda metade do século XX,
não só o país seria mais rico, mas o povo brasileiro também, que por sua vez teria uma
condição de vida muito superior a existente atualmente.
[editar] Agricultura
A Indústria brasileira tem sua origem remota nas oficinas artesanais datadas do início do
século XIX. A maior parte dos estabelecimentos industriais surgiram no Sudeste
brasileiro (principalmente na província do Rio de Janeiro, Minas Gerais e mais tarde,
São Paulo), e de acordo com a Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação,
77 estabelecimentos foram registrados entre 1808 e 1840 e receberam a classificação de
"fábricas" ou "manufaturas". Contudo, a maior parte, cerca de 56 estabelecimentos, na
realidade se encaixavam na categoria de "oficinas artesanais" e estavam voltados para
os ramos de sabão e velas de sebo, rapé, fiação e tecelagem, alimentos, fundição de
ferro e metais, lã e seda, dentre outros. Utilizavam como mão-de-obra tanto elementos
livres como também escravos.[27]
Fábrica de Ferro de São João de Ipanema em Sorocaba, província de São Paulo, 1884.
A promulgação da tarifa Alves Branco, entretanto, viria a modificar tal quadro. Tinha
por objetivo aumentar a arrecadação do Estado e incentivar o crescimento da indústria
nacional, logrando sucesso em ambas as empreitadas.[30][31] A súbita proliferação de
capital foi direcionada para investimentos nas áreas de serviços urbanos, transportes,
comércio, bancos, indústrias, etc…[32] A maior parte do capital investido nas indústrias
foi direcionado ao ramo têxtil.[33] Contudo, num crescimento industrial sem precedentes,
surgiram múltiplos estabelecimentos manufatureiros, tais como de: fundição e
maquinaria, sabão e velas, vidros, cerveja, vinagre, galões de ouro e prata, calçados e
cordoaria, couros, calçados e cordoaria, sabão e velas, chapéus e tecidos de algodão.[34]
Também pode ser citada a criação de uma indústria metalúrgica em Ponta da Areia, na
cidade de Niterói, que inclusive construiu navios a vapor.[35] É provável que a indústria
têxtil tenha sido a mais beneficiada pelo fato de ser a mais antiga em atividade no país.
Surgiu em 1830, com a instalação da fábrica Santo Antonio do Queimado na cidade de
Salvador, capital da província da Bahia. O setor têxtil foi bastante dinâmico no período
monárquico e recebeu grandes investimentos até 1890, quando entrou em decadência.
Várias modernizações ocorreram, principalmente entre os anos 1840 e 1860, quando
fábricas de alto nível de capacitação tecnológica foram criadas capazes de competir com
outros centros internacionais importantes. Outras melhorias surgiram com a
implantação de fábricas e forjas voltadas para a produção de peças para os
estabelecimentos têxteis.[36] O pólo industrial que surgiu na província da Bahia expandiu
consideravelmente o seu alcance econômico atingindo o sul do Ceará, Piauí e até
mesmo Minas Gerais. [37]
Poços petrolíferos em Arroio dos Ratos, província do Rio Grande do Sul, 1885.
A extinção do tráfico negreiro em 1850, ao contrário do que muitos autores alegam, não
providenciou uma "liberação" de crédito para a área industrial. Tal afirmação não possui
base documental alguma.[38] Contudo, o capital antes empregado no tráfico foi
direcionado a setores como os de: empresas de serviços urbanos, transportes, bancos e
comércio. Mas é possível que tenha contribuído indiretamente para o crescimento do
setor industrial através de empréstimos concedidos pos estabelecimentos bancários. [39]
Ao iniciar a década de 1850, havia cerca de 50 fábricas com capital superior a
7.000:000$000.[15]
Gaston d´Orléans, conde d´Eu, e dona Isabel, Princesa Imperial, ao lado de oficiais em
visita a usina dedicada a fabricação de armamentos militares.
Ao final da década de 1860, ocorre um novo surto industrial causado por dois conflitos
armados: a Guerra Civil norte-americana e a Guerra do Paraguai. Na primeira, a
produção de algodão foi interrompida pelo bloqueio realizado pelas forças da União
contra a Confederação. A segunda causou a emissão de moeda e o aumento de tarifas de
importação para cobrir os gastos com o conflito. O resultado foi um grande estímulo
não só para a indústria têxtil, mas também para outros setores, tais como: a química, de
cigarro, de vidro, papel, de couro, de instrumentos ópticos e náuticos, etc…[38] Durante a
década de 1870, graças a decadência da região cafeeira do vale do Paraíba e de algumas
áreas de produção açucareira, muitos fazendeiros investiram não somente na indústria
têxtil de algodão, mas também em outros setores manufatureiros. A implantação de uma
malha ferroviária por todo o território nacional também estimulou o surgimento de
novas atividades industriais, principalmente em São Paulo.[45] A indústria naval também
sofreu um grande impulso neste período. É a partir da década de 1870 que o processo de
industrialização do Brasil se torna constante e revela uma grande expansão.[46]
O café foi o produto que impulsionou a economia brasileira desde o início do século XX
até a década de 1930. Concentrado a princípio no Vale do Paraíba (entre Rio de Janeiro
e São Paulo) e depois nas zonas de terra roxa do interior de São Paulo e do Paraná, o
grão foi o principal produto de exportação do país durante quase 100 anos. Foi
introduzida por Francisco de Melo Palheta ainda no século XVIII, a partir de sementes
contrabandeadas da Guiana Francesa.
A economia cafeeira em São Paulo foi o grande motor da economia brasileira desde a
segunda metade do século XIX até a década de 1920. Como o Brasil detinha o controle
sobre grande parte da oferta mundial desse produto, podia facilmente controlar os
preços do café nos mercados internacionais, obtendo assim lucros elevados. Segundo
Celso Furtado, o maior problema deste sistema econômico era que, sendo o Brasil um
país abundante em terras disponíveis para a agricultura e em mão-de-obra sub
empregada, os lucros obtidos incentivavam novas inversões de capitais no setor,
elevando gradualmente a oferta de café a ser exportado. Por outro lado, a demanda
mundial de café tinha a característica de ser inelástica em relação ao preço e à renda dos
consumidores, isto é, o seu crescimento dependia fundamentalmente do crescimento
populacional dos países consumidores. Assim, tinha-se uma situação de crescimento da
oferta de café muito superior ao crescimento de sua demanda, indicando uma tendência
estrutural de baixa de preços no longo prazo.
O Ciclo da Borracha é também conhecido na Amazônia como a Belle Époque e foi uma
época de ostentação e fausto, porém começou a ruir com as bruscas quedas na cotação
internacional da borracha, graças a ampliação em demasia da oferta de látex, propiciada
pela biopirataria de milhares de seringueiras ao Oriente; emigração de famílias
capitalizadas e a I Guerra Mundial. Porém o factor determinante para seu ocaso foi a
pouca diversificação da economia amazônica, já que acreditavam que os altíssimos
lucros da borracha seriam eternos. Para se ter noção, a renda per capita de Belém do
Pará caiu quase cinco vezes de 1910 a 1920. Com o fim do ciclo, houve saqueamentos,
suicídios, emigração em massa, abandono de casarões, sucateamento. (1800 a 1930)o
ciclo da borracha recebeu essa denominação porque as industrias automotivas,estavam
precisando de bastante borracha para produção, então eles começaram à pegar borra cha
dos seringais da floresta amazônica e à exportar borracha para países vizinhos.
Desde a época colonial até 1930, a economia brasileira foi organizada economicamente
por meio da produção e exportação de algumas poucas " commodities " agrícolas, cujas
características centravam-se na produção de gêneros que interessavam ao mercado
internacional. Esse fato define a economia brasileira nesse período como primário-
exportadora.[49]
• Plano Cruzado
• Plano Bresser
• Plano Collor