Osteopatia - Parte2
Osteopatia - Parte2
Osteopatia - Parte2
Nota:_________________________________________________________
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A INSPECÇÃO
I – O Exame Estático
A inspecção pretende buscar indicações sobre a estática geral do
paciente, e também sobre a patologia presente:
. ao nível lombar, uma atitude antálgica em flexão, uma atitude
antálgica directa ou cruzada associada a uma inversão da curvatura
lombar, deve levar à suspeita de uma hérnia discal.
. ao nível cervical, uma atitude antálgica deve levar à suspeita de
uma hérnia discal.
Um torcicolo antálgico em lateroflexão-rotação oposta é quase
sempre devido a uma causa traumática ou degenerativa, desde que
eliminada a possibilidade de uma patologia tumoral da dobradiça
craniocervical.
II – O Exame Dinâmico
É necessário examinar de maneira global os movimentos do tronco,
assim como da coluna lombar, estando o paciente em posição sentada
(cervicais) ou de pé (lombares e torácicas).
É necessário estudar os movimentos activos em:
. flexão/extensão;
. lateroflexão;
. rotação;
. lateroflexão-rotação homolaterais.
Nota:_________________________________________________________
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A PALPAÇÃO
I – A Palpação do Dermátomo:
Seu objectivo é colocar em
evidencia uma celulalgia reflexa: esta se
traduz por um espessamento e uma dor
na pele do dermátomo correspondente
ao segmento da lesão. As zonas de
dermalgias reflexas estão relacionadas
com a irritação das ramificações
cutâneas sensitivas do ramo posterior
ou anterior dos nervos raquídeos.
. ao nível da face posterior e anterior do
tronco, as dermalgias correspondentes
aos dermátomos, salvo algumas
excepcionais, como por exemplo o
ramo posterior de T12, enerva os
tegumentos sacroilíacos. Por isso, uma
disfunção toracolombar pode simular
uma lesão lombossacra ou sacrilíaca.
Universidade Profissional do Norte 55
Manual Técnico de “Osteopatia”
Uma disfunção de C5-C6 ou T1-T2 pode, da mesma maneira, ser
responsável por uma dor interescapular na zona
T5.
. ao nível dos membros inferiores, a topografia é
ligeiramente menos nítida.
II – A Palpação do
Miótomo:
Pretende-se colocar em
evidencia uma hipotenia
muscular e sobretudo uma
hipertonia, um espasmo
muscular que se evidencia por
uma sensação de cordão à
palpação. É necessário para esse
estudo conhecer a enervação
metamérica dos músculos, a
enervação raquídea dos
membros, do tronco e pescoço.
Esses músculos são muitas
vezes responsáveis por dores
referidas e apresentam um ponto
gatilho, cuja palpação desperta a
dor da qual habitualmente o
paciente se queixa. Ela pode
estimular as dores pseudo-
radiculares nas ciáticas ou nas
cervicobraquialgias.
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Nota:_________________________________________________________
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A PALPAÇÃO DINÃMICA
OS TESTES DE MOBILIDADE
I – Os Testes Fisiológicos
Consiste em fazer executar de maneira activa movimentos em uma
direcção dada, com a finalidade de estudar a resposta da articulação testada.
Se a mobilidade fisiológica é percebida, a articulação está livre. Por
exemplo, o teste mais utilizado em osteopatia é o teste fisiológico em
lateroflexão: quando a coluna está em posição neutra, ou seja, sem flexão
nem extensão, a rotação se efectua na convexidade, portanto a lateroflexão
de um lado será acompanhada automaticamente de uma rotação do lado
oposto que pode ser palpada sem nenhum problema.
Na lateroflexão esquerda, se a posteridade da vértebra testada é
percebida à direita, ela está livre. Caso contrário ela está fixa.
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Universidade Profissional do Norte 59
Manual Técnico de “Osteopatia”
A restrição articular é
percebida como a ausência de tope
articular em um ou em vários desses
parâmetros. As técnicas de thrust
têm como objectivo restaurar de
forma específica os parâmetros
fixados. Para isso utiliza-se um teste
descrito por Gillet, o quick scanning
a fim de localizar rapidamente os
espaços vertebrais fixados.
F 10 – Quick scanning ao nível das torácicas altas
Esse exame consiste em testar
a possibilidade de deslizamento anterior de cada nível vertebral com a
ajuda da mão do osteopata colocada atrás do
paciente. Seu braço cranial estabiliza a cintura
escapular do paciente, a mão do outro braço, em
pronação e em flexão das metacarpofalangeanas
realiza o teste, empurrado para a frente e verificando
a resposta elástica da coluna. Os níveis vertebrais
colocados em evidencia serão de maneira analítica.
III – Os Testes de Pressões Laterais Contrárias
Esse teste F 11 – Quick scanning ao
consiste em nível torácicas altas
provocar uma
rotação vertebral induzida por uma
pressão lateral contra o processo
espinhoso da vértebra implicada, com a
ajuda da polpa do polegar.
Essa pressão lateral, quando a
F 11 – Quick scanning ao nível cervical
vértebra está fixa, provoca dor
suprajacente e subjacente. Com a ajuda
de uma pressão sobre o processo espinhoso do lado oposto, induz-se uma
rotação contrária. Pergunta-se ao paciente se a dor é maior quando se testa
a vértebra em relação a suprajacente ou em relação a subjacente, para saber
como se deve ajustar essa vértebra (lesão ascendente ou descente).
A CINESIOLOGIA APLICADA
L4 L5 S1 S2 S3
Músculos Tensor da fáscia lata
Glúteos Glúteo médio
Glúteo máximo
Glúteo mínimo
Pelvi-trocante- Quadro femoral
rianos Gémeos
Obturatório interno
Piriforme
Região Semitendinoso
Posterior Semimembranoso
Da Coxa Bíceps
Região Tibial anterior
Antero-externa Extensor longo dos dedos
Da Perna Extensor longo do hálux
Fibular longo
Fibular curto
Região Flexor longo dos dedos
Posterior Tibial posterior
Da perna Flexor longo do hálux
Gastrocnêmios
Solear
Músculos Abdutor do hálux
plantares Flexor curto dos dedos
Outros músculos plantares
Quadro 11: plexo sacro, enervação motora segmentar, segundo D. Laplane
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Exemplo:
Existe uma lesão metamérica C5, que provoca uma debilidade no
teste do deltóide anterior. A “terapia localização” de C5 provoca um
reforço desse músculo, se a causa do deficit de força é vertebral.
AS DIFERENTES TÉCNICAS
DO TRATAMENTO OSTEOPÁTICO
Nota: _________________________________________________________
B) - A Noção de Densidade
Nota:_________________________________________________________
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A – As Técnicas Estruturais
Trata-se de todas as técnicas, sejam quais forem os tecidos aos quais
se dirigem, que vão no sentido da barreira, contra a restrição da mobilidade.
Todas essas técnicas obedecem à lei de não dor; toda a técnica
dolorosa será proscrita.
O princípio geral dessas técnicas é o de ir no sentido oposto ao da
restrição da mobilidade afim de romper as aderências e regular o tônus
muscular, acrescentando uma força suplementar realizada pelo osteopata ou
pelo paciente, para restaurar a função e a mobilidade articular.
Nota:_________________________________________________________
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1) – As Técnicas Rítmicas
Nessa categoria de manipulação, o controle do ritmo de aplicação da
técnica, assim como a repetição, são preponderantes. Cada movimento
a) - As Técnicas de Stretching
O objectivo dessas técnicas é estirar os ligamentos, as fáscias, os
músculos e os tendões, utilizando alavancas. Utiliza-se uma amplitude
pequena para actuar sobre os elementos articulares, uma grande
amplitude actuará sobre os elementos externos, ou seja, os músculos. A
força deve ser aplicada lenta e gradualmente, com a finalidade de
produzir uma mudança e um relaxamento nos tecidos.
À medida que os tecidos relaxam, aumenta-se o estiramento, para
aproveitar o novo comprimento adquirido.
b) – As Técnicas de Pompage
Essas técnicas se dirigem essencialmente às aponeuroses e aos
ligamentos. Para liberar as tensões a esse nível é necessário passar pelas
estruturas ósseas e pelas estruturas aponeuróticas, é necessário tentar
aproximar o máximo possível as zonas de inserções.
Sendo localizada a zona de trabalho, a pompage será realizada via
alternância de tracções no eixo da estrutura a estirar, e de relaxamento, até
que se obtenha uma sensação de diminuição das tensões e da dor.
c) – As Técnicas de Articulação
Essas técnicas se dirigem aos elementos periarticulares e são
baseadas nos movimentos passivos e repetitivos, associados a uma ou
várias alavancas e a um fulcro (ponto fixo) a fim de aumentar a potência.
O osteopata recebe permanentemente informações dos tecidos e
aumenta ou diminui a intensidade de sua acção em função de suas
sensações.
A utilização de um movimento rápido e curto no final da amplitude,
permite produzir mudanças mais rápidas nos tecidos.
e) – As Técnicas de Inibição
Essas técnicas se dirigem ao espasmo muscular, consistindo em
exercer uma pressão perpendicular, às fibras musculares: essa pressão é
mantida durante um longo momento, até que o músculo relaxe, e então se
diminui a pressão lentamente.
A técnica é aplicada em função das reacções dos tecidos e do ritmo
respiratório.
A inibição permite obter um aumento de circulação local e uma
diminuição da resposta aferente.
Nota:_________________________________________________________
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2º Principio: O Thrust
O thrust necessita da utilização de uma força mínima se:
- a posição do osteopata é correcta com relação ao plano articular;
- se a tensão é colocada correctamente.
- busca-se então o plano articular, ou seja, o local onde há a sensação
que, apesar da tensão, a articulação está pronta para liberar-se, para
separar-se a 90º.
É somente em seguida que se pode realizar a manipulação com uma
força mínima.
- o thrust é efectuado por contracção breve explosiva dos músculos
posteriores, dorsais e tríceps dos osteopatas, precedida de um
relaxamento deste último. É isso que permite a alta velocidade da
manipulação que surpreende as defesas articulares.
a) – As Técnicas Indirectas
A colocação em tensão e o thrust são realizadas unicamente com a
ajuda das alavancas superiores:
- a posição do osteopata: Seu corpo é colocado no espaço de tal
maneira que fique na vertical em relação à articulação que deve
manipular. Seu centro de gravidade deve ser colocado acima da
lesão;
- a posição do paciente: Deve permitir colocação das alavancas
necessárias para a normalização. Essa posição deve ser cómoda e
indolor, a fim de obter o relaxamento.
- a forma do contacto: O manuseio deve permitir ao osteopata passar
de uma técnica de tecido mole a uma técnica de thrust sem perda de
contacto.
- o plano articular: Está determinado pela anatomia, permitindo
definir em que direcção a força redutora deve ser aplicada em arco de
circulo, em um plano curvo;
- as alavancas: A redução do slack, a redução do jogo articular, são
permitidas pela combinação dos parâmetros de movimento maiores,
mas também menores.
Nota:
As técnicas indirectas permitem uma adaptação fisiológica. Devem
ser utilizadas sempre que a lesão não possa ser analisada correctamente ou
quando é impossível utilizar outra técnica. Não permitem a redução de uma
específica mas restauram a mobilidade.
b) – As Técnicas Directas
Utiliza-se uma forma de contacto simples (pisiforme) ou duplo
(duplo tenar ou duplo pesiforme), directamente sobre as articulações a
manipular. O slack se realiza com a ajuda dos contactos directos sem
grande alavanca.
A articulação é colocada na posição mais neutra possível, o enforque
é sobre a manipulação que deve ser a mais rápida possível, pois as forças
devem ser absorvidas pelos tecidos. Os tecidos capsuloligamentares devem
ser surpreendidos.
O contacto deve ser feito depois de haver sido efectuado um tissue
pull ou seja, um estiramento cutâneo no sentido da redução para eliminar o
deslizamento da pele.
O empurrar redutor que corrige a rotação está quase sempre
associado a um movimento de torção dos punhos que participam da
correcção da lateroflexão.
As técnicas directas são particularmente úteis quando a torção é
indesejável nos tecidos, ou também quando é impossível pela dor, por
contractura muscular ou degeneração.
A técnica directa é seguramente a técnica mais delicada a utilizar,
mas é muito eficaz e possui um grande poder reflexógeno.
Essas técnicas são quase sempre utilizadas sobre camas providas de
almofadas de evitação que permitem absorver o excesso eventual das
forças. Sem dúvida, ainda que útil, a almofada não é indispensável.
Nota:
Ás vezes existe um feed-back causado pelos tecidos ou pelo
psiquismo do paciente, que provoca reacções dolorosas. É difícil utilizar a
força mínima necessária ao tratamento. Devido à “memória” muscular, é
necessário repetir várias vezes os processos terapêuticos. A rapidez do
resultado está relacionada com o estado de saúde do paciente, da
cronicidade dos seus tecidos. É raro efectuar-se um só tratamento
milagroso.
Todas as manipulações com thrust podem constituir uma técnica
articular (mobilização passiva específica) ou de pompage a partir do
momento em que o thrust não é realizado.
B) – As Técnicas Funcionais:
O princípio é ir no sentido da lesão, no sentido oposto à barreira, no
sentido da facilidade até ao ponto neutro da mobilidade, e de manter esta
posição de equilíbrio tridimensional até à libertação total dos elementos
periarticulares. Essas técnicas, que vão no sentido da redução do espasmo
muscular, fazem com que a aproximação das inserções do músculo
espasmódico reduza a sua tensão. A disparidade entre as fibras intrafusais
diminui, e o sistema nervoso central diminui a actividade gama, o que
permite ao músculo relaxar-se.
Nota: _________________________________________________________________________________________
d) – As Técnicas Neuromusculares
A técnica neuromuscular é um antigo método hindu de manipulações,
modernizada e aperfeiçoada por Stanley Lief (osteopata).
Os tecidos moles provocam dores importantes, que são:
- localizadas;
- gerais.
O Diagnóstico
1) – A Avaliação do Tônus:
a) – As Mudanças da Pele
Sobre uma região de afecção aguda, a pele está estirada e é difícil seu
deslizamento.
b) – O Endurecimento
Para perceber-se deve-se aumentar a pressão dos dedos, fazendo traços
profundos, com a finalidade de obter um diagnóstico preciso. Sente-se
sobre os dedos um aumento da resistência ao nível dos tecidos.
A pele e os músculos superficiais mostrarão uma tensão e uma
imobilidade que indicarão a presença de fibrose.
2) – A Sensibilidade
Ela pode indicar problemas reflexos nas afecções crónicas ou agudas.
Ela dará também informações erradas, já que os músculos superficiais e a
pele estão ricamente providos de receptores sensíveis.
3)– A Temperatura
Uma afecção aguda provocará um aumento da temperatura. Quando
existe tensões crónicas, aparecerão isquemias relativas, com uma
diminuição da temperatura, levando a uma alteração fibrótica subjacente.
Nota: _________________________________________________________________________________________
O Tratamento Neuromuscular
Várias técnicas neuromusculares estão disponíveis para tratar
correctamente os pacientes.
As principais são:
- traços profundos e lentos. No total, passa-se três vezes sobre a
mesma zona;
- manobra de rolamento;
- vibrações sobre os músculos (para eliminar o espasmo do psoas,
por exemplo);
- técnicas de percussão (como na espondiloterapia de Abrames).
Nota:_________________________________________________________
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AS TÉCNICAS VISCERAIS
I – Introdução
As vísceras asseguram o funcionamento do corpo em seu conjunto.
Existem lesões próprias às vísceras, como existem lesões osteopáticas das
vértebras, ou das diferentes articulações.
As vísceras não são consideradas de maneira diferente da articulação.
As vísceras que sofrem, manifestam muitas vezes seus problemas à
distância.
Tem-se assim:
- as dores projectadas sobre uma superfície distante do órgão;
- as dores ao nível do órgão.
IV – As Técnicas Indirectas
Essa técnica utiliza um apoio directo sobre a víscera que a coloca em
tensão, e é a mobilização passiva de uma alavanca que actuará sobre o
órgão. É utilizada quando não se pode alcançar um órgão por um método
directo.
1) – Os objectivos
As metas dessas técnicas são de suprimir:
- as aferências nervosas nociceptivas viscerais;
- os espasmos do trato gastrointestinal;
- as tensões fasciais;
- o angioespasmo e a estase local, provocando um estado de calma
tissular.
2) – Princípios do Tratamento:
Utiliza-se uma colocação de mãos antero-posterior que permite
realizar uma compressão do órgão, ficando atento à mobilidade.
Comprime-se a víscera e espera-se que a direcção primária lesional
se anuncie espontaneamente.
As duas mãos vão no sentido dessa direcção e impedem o retorno ao
sentido inverso, o paciente respira amplamente.
É necessário seguir toda direcção suplementar que se anuncie
espontaneamente e que não está na diagonal do movimento primário.
Ao final da técnica, somente a mobilidade fisiológica do órgão deve
ser percebida sob a mão do osteopata.
Nota:_________________________________________________________
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1) – Os Objectivos
Os objectivos dessa técnica são de suprimir:
- os espasmos dos esfíncteres que perturbam o trânsito intestinal;
- as aferências do arco reflexo medular patológico.
2) – Princípios do Tratamento:
Em um primeiro tempo provoca-se a dor pela palpação do ponto
gatilho visceral.
Em um segundo tempo, busca-se a posição de relaxamento das
tensões de equilíbrio funcional ou estrutural, tridimensional, que faz
desaparecer a dor do ponto gatilho.
É necessário manter a posição de equilíbrio até que se obtenha o
relaxamento dos tecidos, levando o paciente a respirar amplamente.
A BIOMECÃNICA DA
REGIÃO SACROILÍACA
AS DISFUNÇÕES OSTEOPÁTAS
DA ARTICULAÇÃO SACROILÍACA
I – As Lesões Ilíacas:
Estão relacionadas com o exagero dos
movimentos fisiológicos do ílio em relação
ao sacro. A força lesional é induzida pelos
membros inferiores.
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II – As Lesões do Sacro
Estão relacionadas com o exagero dos movimentos fisiológicos de
notação e contranotação do sacro (unilateral e bilateralmente) com relação
aos movimentos do tronco.
Existe torção, mas não cisalhamento ao nível da sínfise pública.
Nota:
Lesão sacra e patologia pelviana:
Uma torção sacra pode ser induzida por
uma patologia visceral afectando o sistema
miofacial: é frequente o caso de patologias
Ciatalgia S2:
dor referida a
partir da parte
baixa do
ligamento
sacroilíaco
anterior em
seguida a uma
lesão posterior
unilateral da
base sacra
(ápice anterior 1 – Base sacra posterior à direita
+ + + ). 2 – L5 em FRS direita
3 – 2 semi-eixo transverso direito
4 – Ápice sacro Antero-superior à direita
D: 47 5 – Perna curta à direita
As lesões da D: 48ª – Lesão posterior unilateral do sacro à
pelve e ciática direita
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O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO
DAS LESÕES DA PELVE
I – A Anamnese
Quando se suspeita da existência de uma fixação sacroilíaca, deve-se
fazer o diagnóstico diferencial entre uma pélviespondilite anquilosante e
um transtorno coxofemoral (ver o capitulo sobre os membros).
As dores nocturnas que não se acalmam com o repouso, as dores em
todos os movimentos devem levantar a suspeita de um transtorno
inflamatório da articulação (a associação lombalgia e dor do calcanhar é
evocadora de uma espondilite anquilosante).
Universidade Profissional do Norte 87
Manual Técnico de “Osteopatia”
As características da dor ligada à sacroilíaca são as seguintes:
- dor na marcha;
- dor ao subir escadas;
- dor unilateral;
- dificuldade de colocar as meias;
- dificuldade para levantar-se de uma cadeira;
- a dor não se agrava com a tosse.
II – A Palpação
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Nota:_________________________________________________________
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IV – Os Testes Ortopédicos
V – Os Testes de Mobilidade
Em lateroflexão do tronco:
- do lado da lateroflexão à base sacra
adianta-se. Se
F 17 – Testes de Fabere não é o caso,
está fixada
posteriormente;
- do lado oposto à lateroflexão a base do sacro
se torna posterior. Se não é o caso, está fixada
em anterioridade.
I – As Técnicas Semi-directas
A – Generalidades
As técnicas com thrust são, sem sombra de dúvida, as mais eficazes
para o tratamento da pelve, exceptuando-se as técnicas de Sacro-Occipital-
Technic de De Jarnette - onde utiliza-se cunhas para realizar um sistema de
bloching da pelve.
As técnicas semi-directas em decúbito lateral do tipo lumbar roll são
as mais utilizadas para a coluna lombar, as principias são parecidas. Essas
técnicas são realizadas com a ajuda de um apoio do joelho do osteopata
sobre a perna do paciente. Esse movimento de KicK (como executado pelo
membro inferior no momento de accionar o pedal de ligar a motocicleta)
é capital na técnica. Graças a isso no momento da redução podemos abrir a
articulação. O objectivo do movimento do kick é abrir a articulação em sua
parte posterior. Uma técnica com grande movimento de kick não é uma
técnica violenta, é uma técnica com muita abertura articular. Esse
movimento permite uma grande abertura posterior graças ao apoio anterior
sobre a sínfise pública e graças à grande alavanca utilizada, o fémur.
Nota:_________________________________________________________
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Universidade Profissional do Norte 94
Manual Técnico de “Osteopatia”
A posição de flexão ou discreta extensão do membro inferior
permite conduzir as tensões e abrir o pólo anterior da articulação ou o
pólo superior. Em seguida será necessário somente orientar a força
correctora no eixo de um ou outro lado:
1- Direcção do thrust
2 – Posição em flexão máxima do membro inferior
D: 51 – Posição do membro inferior para focalizar
D: 50 – Acção do movimento de kick induzido as tensões sobre o grande braço auricular e direcção
pelo apoio do joelho do osteopata sobre a perna do thrust para o pólo inferior da sacroilíaca
do paciente
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Nota:
Em caso de torção sacra, realiza-se um thrust para a base anterior de
um lado, e um thrust para a base posterior do lado oposto.
D – A Técnica com Cilha para o Sacro (Walton)
Essa técnica é utilizada quando as técnicas precedentes são
insuficientes para liberar a articulação devido à cronicidade da lesão.
O paciente está em decúbito ventral, a pelve cilhada contra a mesa,
ao nível das espinhas ilíacas póstero-superiores. O osteopata está do lado
oposto à lesão, ele coloca um braço sob o tórax do paciente, de tal maneira
que seu ombro se encaixe no cavo auxiliar do paciente (o braço deste
descansa sobre a escápula do osteopata). Sua outra mão toma um contacto
pisiforme sobre a lesão.
O osteopata constrói uma alavanca em lateroflexão-rotação
homolateral para colocar em tensão a articulação. Ele realiza um thrust
sobre a sacroilíaca graças a um boby drop produzido pela flexão dos seus
joelhos.
Esse thrust é de grande suavidade, apesar das aparências mostrarem
o contrário, e é também extremamente potente.
II – As Técnicas Directas
Essas técnicas de, essência quiroprática, necessitam da utilização de
uma mesa de quiroprática provida de um drop pélvico, o drop é uma
almofada que permite absorver o excesso eventual da força induzida pelo
thrust.
Possuem grande eficácia, inofensiva quando são executadas
correctamente, e não utilizam nenhuma colocação em tensão prévia da
articulação a tratar. As alavancas são colocadas unicamente com a ajuda de
contactos directos.
O paciente está em decúbito ventral, o quadril descansa sobre o drop
pélvico. O osteopata de pé à altura da pelve, toma um contacto pisiforme
sobre o osso a manipular. Esse contacto é reforçado por um contacto
pisiforme da outra mão sobre a tabaqueira anatómica da primeira mão.
O osteopata cuidará de realizar um estiramento cutâneo no sentido da
redução e dirigirá o seu contacto por um movimento de pronoção do punho.
O ponto do contacto pode ser:
- a espinha ilíaca postero-superior para um ílio posterior;
- o isquio para um ílio anterior;
- a hemibase sacra para uma lesão posterior do sacro;
- o ápice sacro para uma lesão anterior do sacro.
O TRATAMENTO
NEUROMUSCULAR DA REGIÃO PÉLVICA
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO
DA COLUNA LOMBAR
GENERALIDADES
Lasègue è positivo.
- Tipo V: existe um fragmento
livre do núcleo. Esta situação
crónica está associada a uma
degeneração discal. O paciente vai
apresentar episódios de lombalgia
com ou sem ciática (depende da
É doloroso levantar da
cama, a posição sentada, o
endireitamento a partir da
anteflexão do tronco
desencadeia uma dor viva, mas
a tosse e a defecção são
indolores.
Ao nível lombar, as
disfunções somáticas são
classificadas da seguinte
maneira:
- lesão de posterioridade (ERS):
existe a lesão de imbricação do
D: 56 – Tipo VII: Discartrose
lado da posterioridade (é
Tratamento: repouso, analgésicos, manipulações necessário abrir a faceta
Classificação das lesões discais segundo Charnley
lesada);
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