Livro - SEGREDOS DA MAGIA

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SEGREDOS DA MAGIA

DE
UMBANDA
E

QUIMBANDA

W.W. DA MATTA E SILVA


(Mestre Yapacany)

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Woodrow Wilson da Matta e Silva (1917-1988), Mestre Yapacany. Grão-Mestre


e fundador da “Umbanda Esotérica”, foi o médium que mais serviços prestou ao
Movimento Umbandista. Revelou a Umbanda como sendo, em sua expressão mais
elevada, o “AUMBHANDAN”, Conjunto ou Código de Leis Divinas.

Autor de nove obras, escritas sob a influencia dos altos mentores da Corrente
Astral de Umbanda, fundamentou profundos aspectos metafísicos, esotéricos,
mágicos etc., tanto práticos como teóricos, sobre Umbanda, destacando-a tanto do
grupo dos “cultos africanos” ou Candomblés, como das “macumbas”, do
sincretismo Católico Romano e do sistema Espírita ou Kardecista.

Sua obra principal e mais conhecida é “Umbanda de Todos Nós”, considerada


até mesmo a “bíblia da Umbanda”, epíteto cuja explicação se encontra no fato de
que esta obra foi a primeira a expor os verdadeiros fundamentos da Lei e Doutrina

2
de Umbanda, tornando-se, desde sua publicação em 1956, um guia seguro para
milhares de adeptos umbandistas.

Suas demais obras são:

Umbanda – Sua Eterna Doutrina,


Doutrina Secreta da Umbanda,
Lições de Umbanda e Quimbanda na Palavra de um Preto-Velho
Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda,
Segredos da Magia de Umbanda e Quimbanda,
Umbanda e o Poder da Mediunidade,
Umbanda do Brasil e
Macumbas e Candomblés na Umbanda.

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Atenção leitor… (págs. 6)

Introdução… (7)

Advertência… (13)

A Umbanda… (17)

A condição de ser negro e uma das razões de ser dos chamados


“Pretos-Velhos” da Umbanda… (21)

A mediunidade na Umbanda… (23)

Quedas e fracassos dos médiuns… Causas principais: -Vaidade,


dinheiro (pelo abuso da Lei de Salva… Regras da dita Lei) e sexo.
Horrores que os esperam no Astral, pelo que “semeares embaixo,
colherão em cima”… As advertências dos Guias e Protetores…
Disciplina – Castigo – Abandono… (29)

O caso dos chamados “Médiuns Conscientes” na mecânica de


incorporação ou transe. Confusão, dúvidas, sugestão anímica,
teste…(40)

O que o médium umbandista tem necessariamente de observar, para a


boa manutenção de suas condições mediúnicas… (46)

Umbanda e Candomblé – Moisés e as práticas da magia africana.


Kardecismo. A “Grande Doutrina dos Espíritos” está nas “mãos” da
Corrente Astral de Umbanda. Preconceito ou “Racismo Espirítico”
kardecista… (48)

Protetores e Médiuns – “Casamento Fluídico” etc. Diferença vibratória


entre os médiuns feitos ou manipulados normalmente pelo Astral para

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a função mediúnica na faixa kardecista e os médiuns especialmente
manipulados para a Corrente ou Faixa Umbandista… (53)

O que é Magia… As Forças da Magia Branca… As Forças da Magia


Negra… A necessidade de autodefesa… O ataque infernal dos Magos
Negros das Trevas… (57)

A Operação Mágica para imantação ou assentamento de um “congá”


(santuário) e cruzamento de terreiro (tenda, centro, ou cabana da
Corrente Astral de Umbanda)… (63)

Um poderoso elemento de autodefesa do “congá” na Alta Magia de


Umbanda… O disco de aço polido inoxidável, as agulhas de atração e
repulsão, os sete pedaços de carvão virgem, o copo etc. Como proceder
às indispensáveis imantações astromagnéticas desses elementos… (68)

Cuidados especiais com as ervas dos chamados “Amacys” – a fim de


não desequilibrar as Linhas de Forças Neuro-Mediúnicas no ato do
Reajustamento Vibratório… Nenhuma erva pode ser colhida nem
triturada pelo elemento feminino… Como proceder à imantação… (70)

Sobre os Hinos ou Pontos Cantados, como expressão religiosa, mística


e mágica… (73)

Sobre as cachoeiras, as matas, os rios, as pedreiras virgens, o mar etc.


…(76)

Os poderosos e sutis efeitos mágicos das flores, luz de lamparina e


cores, na Alta Magia de Umbanda – Em face de seus elementos ou
sítios consagrados para Reajustamentos Vibratórios: -as praias, os
mares, as cachoeiras, as pedreiras, os rios, as matas, os bosques, os
campos etc…. (79)

Do alto valor terapêutico, mágico e propiciatório dos defumadores, de


acordo com a natureza do signo da pessoa, na hora favorável de seu
Planeta Regente ou Governante… (82)

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Ritual ou a Operação Mágica para a Imantação das Pembas… (87)

Ritual do Fogo – Limpeza Astral do Terreiro ou a Queimação Fluídica


de Larvas… (91)

O Talismã e o seu verdadeiro segredo Astromagnético de preparação.


De como imantá-lo para uso diverso e auto-defesa no kabalismo da
Alta Magia de Umbanda. Os Pontos Neuro-Receptivos e Neuro-
Sensitivos do cérebro em correspondência de Signos, Planetas, Orixás
etc., em face dos Talismãs e dos chamados “Amacys” de cabeça. Mapa
de Correlações… (93)

É Força de Pemba… Sim “Sinhô”… (110)

Sobre as encruzilhadas de ruas, os cemitérios e os chamados Cruzeiros


das Almas dos mesmos… (116)

Respondendo a perguntas… (123)

Sobre a chamada cachoeira de Coroa Grande (Tinguçu) e a patética


ignorância dos “Babás-homens” e das “Babás-mulheres” que para lá
acorrem… (128)

Uma resposta especial… (135)

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Os ensinamentos deste livrinho são aplicáveis, úteis e de alta eficiência... é só

experimentar.
Foram pautados no que há de mais simples, certo, positivo e comprovado, pois são
experimentações ou operações de alta magia (branca) de Umbanda...

Os ensinamentos aqui deixados fazem parte da magia ou da tradição mágica


verdadeira, cujos segredos estão nas páginas da Kabala Ária ou Nórdica (detalhes
na introdução) e que são inerentes à corrente astral de Umbanda. Essa Kabala foi
ocultada desde o famoso Cisma de Irshu, ocorrido na Índia, há 5500 anos mais ou
menos. Todavia, a sua duplicidade existe no astral e é de livre acesso às nossas
entidades espirituais...

Portanto, nós – iniciado umbandista – em que questões de magia, não levamos


muito em conta o que se diz nessa outra Kabala, que foi empurrada para o
Ocidente, deturpada, falsificada e da qual o ocultismo ocidental está cheio,
saturado, isto é, “seguindo as águas turvas de uma corrente que não veio
diretamente da fonte original”...

Ao revelarmos certas operações da alta magia de Umbanda, fazemo-lo seguindo


a nossa linha doutrinária, que sempre foi, é e será a de contribuir cada vez mais
para a melhoria de todos os irmãos e particularmente para os que se dedicam a
essas práticas e necessitam muito de elementos de autodefesa.

Assim procedendo, também estamos iluminando o nosso Karma e nos pondo


em relação cada vez maior com os altos mentores de nossa corrente...

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Este livro é mais um atendimento urgente que fazemos, ou melhor, que

lançamos no seio desses irmãos umbandistas que o solicitaram, através de centenas


de pedidos e sugestões diversas, quer por escrito, quer pessoalmente...

Eles reconheceram a necessidade imediata de se escudarem em maiores


conhecimentos práticos, como forças, como defesas precisas, simples e objetivas,
pois (segundo confessaram) estão saturados de tanto ler e reler os tratados que
versam sobre as chamadas ciências ocultas, mormente os que tratam sobre
MAGIA, visto não terem conseguido extrair deles algo de suficientemente positivo
e que realmente pudessem aplicar nos seus Terreiros ou Tendas, para o bem
comum...

Isto porque, na maioria desses tratados teóricos sobre Magia, dado o complicado
“falatório” sobre astros e astrologia esotérica, selos planetários e baquetas mágicas,
salamandras, ondinas e elementais que, ora dizem ser larvas, ora dizem ser
“tinturas de idéia”, ora afirmam ser “espíritos da natureza” e misturam ainda
nessa “salada” uma série de exorcismos, resultando tudo em grossa confusão,
deixando a mente do estudante assim como que presa de um extenso cipoal de
suposições...

Desse mal se queixam também os próprios estudantes de ocultismo – não


umbandistas...
E todos estão certos – até certo ponto; pois essas obras são assim mesmo.

Então, esses irmãos umbandistas costumam interrogar-nos assim: Irmão da


Matta e Silva, sendo a Umbanda uma poderosa Corrente e tendo dentro de si os
aspectos religioso, filosófico, cientifico, simbólico, mitológico, ritualístico ou
litúrgico, os fenômenos da mediunidade, até o da metafísica, o terapêutico e
mágico ou de MAGIA – porque não aprendermos as “coisas” mágicas que nos são
mais afins e úteis? Sendo os nossos caboclos e pretos-velhos verdadeiros Magos,
devemos ou não pautar nossos estudos segundo seus ensinamentos ou suas
praticas?...

É claro que sim! E para isso (cumprindo parte que nos toca) estamos
respondendo com esse livrinho que trata de MAGIA e dos seus aspectos altamente
positivos, para que possam defender-se das forças antagônicas, bem como

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praticarem a caridade, escudados nos meios ou nas forças positivas da Magia, pois

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a massa humana que leva seus “casos e suas coisas” para os Terreiros de Umbanda
e por lá costuma “despejá-los” não os leva a outros lugares, isto é, jamais pediria
num Centro Kardecista ou numa Igreja socorro para certos tipos de mazelas, ou
para certa classe de necessidades...

E os umbandistas de entendimento e de fato sabem que não se faz a caridade


apenas dando pão, dinheiro e prece. Há sofrimentos vários, há mazelas tremendas,
por via de influencias do baixo-astral, que requerem CARIDADE e da boa, e que
somente poderá ser feita através da manipulação de determinadas forças,
dependendo tudo do conhecimento que se tenha de certos elementos de MAGIA...

E é com o pensamento fixo na Caridade que o umbandista iniciado usa os


elementos ou os conhecimentos próprios da Magia Branca, pois ele sabe que o
caminho máximo da salvação é a Caridade; todavia, também sabe que é necessário
percorrê-lo com AMOR e SABEDORIA...

Pois ninguém alcança a verdadeira iniciação, ou melhor, nenhuma criatura sobe


os degraus da Evolução apenas com amor, nem tampouco somente com a
sabedoria.

AMOR e SABEDORIA, esse o duplo aspecto. Um se completa com o outro.


Devem ser inseparáveis numa verdadeira iniciação – são imprescindíveis à
iluminação de uma criatura. AMOR é caridade, é bondade, é renuncia, é a
doutrina, é tudo aquilo que há de belo e de sublime nos Evangelhos atribuídos ao
Cristo-Jesus; e SABEDORIA é a ciência das Leis de Deus, é no plano relativo o
conhecimento que se deve adquirir das forças internas, quer da natureza das
coisas visíveis e palpáveis, quer da natureza daquilo que é só sensível ou mesmo
invisível.

E como a MÃE de todas as Ciências que os humanos sábios foram catalogados


no decorrer dos séculos ou dos milênios foi a MAGIA, nada mais lógico do que
procurar nas raízes, na Matriz, os conhecimentos relativos e indispensáveis para se
chegar à SABEDORIA (não a Sabedoria-Absoluta, que essa é atributo interno do
Supremo Manipulador da Natureza – DEUS).

Assim, vamos encontrar neste livro coisas que se relacionam mais com os
conhecimentos da ordem mágica, ou seja, com a Senda da Sabedoria. Vamos
abordar conhecimentos ditos mais como das ciências ocultas, porque o que esses
irmãos umbandistas nos solicitaram foi: maiores meios de fazer a Caridade, sob
todos os aspectos, isto é, sob uma série de humanos desajustamentos e aflições
várias que escapam às vias de socorro usuais.

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O que nos pediram – é claro – foi certas aplicações de MAGIA da UMBANDA
que os possam capacitar e enfrentar condições especiais, sem que sofram os
impactos do mal combatido...

Portanto, não nos vamos estender nesse livro sobre os assuntos que já constam
ou que já estão versados em nossas obras anteriores, em número de quatro, com
várias edições e, portanto, de excelente aceitação.

Nelas o leitor umbandista, ou não, encontrará de tudo sobre Umbanda. Poderá


consultá-las, na certeza de que elas representam o pensamento interno da Corrente
Astral de Umbanda – o mesmo que dizer, de nossos “caboclos, pretos-velhos” etc.

Porque – convém frisarmos aqui – nós não nos dedicamos a escrever sobre
“folclore” e nem tiramos “diploma de escritor umbandista” pelos livros dos Srs.
Édson Carneiro, Artur Ramos, Nina Rodrigues e outros dignos e esforçados
observadores dos costumes religiosos, sociais, etc., dos negros, através dos
chamados “candomblés”... Nós escrevemos sobre UMBANDA de fato e de direito,
isto é, sobre a Umbanda esotérica e estamos firmados em 26 anos de estudos e
práticas, como médium e sobre médiuns...

Umbanda – já o provamos exaustivamente – não é e nunca foi culto africano ou


ritual de nação africana, também chamado “candomblé”.

Essas quatro obras onde tudo isto está sobejamente provado são: “Umbanda de
Todos Nós” – um tratado com 350 págs, e centenas de clichês diversos; “Sua Eterna
Doutrina” – com 200 págs; “Lições de Umbanda e Quimbanda – na palavra de um
preto-velho” – com 170 págs; e “Mistérios e Práticas da Lei de Umbanda” – com
210 págs.

Agora uma palavrinha especial a nossos irmãos que se dizem, ou não, “magistas,
esoteristas, ocultistas, orientalistas, etc.” esses mesmos que assumem ares de “peito
oco, fofo, balofo” de tanta vaidade e falsa sapiência e que de seus gabinetes
pretendem ditar conceitos sobre Umbanda, julgando-a “coisa de 3a classe”...

Vocês, irmãos, não sabem coisa alguma a respeito da Corrente Astral de


Umbanda! E vamos dizer logo de uma vez: quase nada sabem também a respeito
do que vocês chamam de “seus conhecimentos sobre as chamadas ciências
ocultas”, porque esses “conhecimentos” estão em mais de 80% apoiados em bases
falsas, isto é, em ensinamentos deturpados, interpolados, retalhados, forjados,
cópias de cópias de primitivas alterações...

Em que vocês se firmam mais para encher o “peito de empáfia”? É na dita


Tradição Iniciática ou esotérica, o mesmo que dizer, na KABALA.

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Mas, dizemos-lhes nós: esta correta essa Kabala (ou Tradição) que vocês tanto
estudam e seguem? NÃO! Porque, vocês não sabem? Diremos... “de cá da
Umbanda”.

Saibam que todos os conhecimentos dos antigos magos Iniciados Egípcios,


herdados da primitiva Tradição ou ORDEM, foram sintetizados e “guardados” nos
quadros murais em número 78, descobertos na Pirâmide de Memphis. Eles eram e
são a essência da Sabedoria dada aos eleitos e por eles assim arquivados para a
posteridade...

Somente os iniciados de fato, os magos de fato, podiam e podem interpretar os


segredos ali representados...

Hermes Thot ou a sua Escola tinha esses 78 quadros, que se denominaram


Arcanos Maiores e Arcanos Menores, reproduzidos em forma de lâminas de ouro,
formando uma espécie de LIVRO.

Esse Livro era considerado, e ainda o é, como a chave da Kabala, da Magia e


também a chave da proto-síntese cientifico-religiosa.

Daí, desse livro, foi que compuseram o chamado “Taroth” em 78 cartas, também.

Dessa fonte original, dessa Tradição da Sabedoria Antiga, foi que os iniciados
prepararam a dita Kabala, que, em hebraico ou em egípcio antigo, significa o
mesmo, isto é, Tradição...

Porém, acontece que a Kabala verdadeira, do conhecimento dos Magos Egípcios


era designada como ÁRIA ou NÓRDICA. Essa é que continha os segredos de tudo,
enfim, as fórmulas corretas, os conhecimentos aplicáveis etc., e que foi “ocultada”
de fato, logo que se iniciou o famoso Cisma de Irshu, na Índia, porque atingiu logo

o Egito e outros países...


No entanto, aconteceu que os hebreus, aprendendo somente aquilo que lhes
quiseram revelar sobre essa Kabala Ariana, logo a seguir, baseados na
interpretação irregular de seus Arcanos, compuseram também (na falta daquela)
uma que passou a ser conhecida como Kabala Hebraica, quase toda alterada.
Portanto, uma falsificação da verdadeira...

Tanto é que começaram por dividir os Arcanos em 22+56, gerando logo com isso
profunda deturpação na “passagem dos mistérios”, pois foge à base da
Numerologia Sagrada (revelada na Umbanda de hoje), visto o certo ser 21+57 ou
seja, 21 Arcanos Maiores e 57 Arcanos Menores...

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Ora, é desta Kabala Hebraica, mal interpretada, adulterada, que o ocultismo
ocidental está cheio, através de vastíssima literatura. Livros e mais livros sobre
Kabala x Kabalismo foram sucessivamente sendo lançados, uns copiando os erros
de outros, até os nossos dias...

Então, por que esses pretensos magistas, ocultistas etc., menosprezam a


Umbanda que se firma na verdadeira Tradição e eles na falsa tradição
“empurrada” pelos orientais?

Digamos mais algumas coisas a eles: É um fato comprovado por todas as


autoridades, historiadores e pesquisadores idôneos que, nos estudos que
procederam nos livros sagrados de todos os povos do Oriente, inclusive em suas
inscrições petrográficas, hieróglifos etc., todos comprovaram que a Luz iniciática,
as ciências ou a proto síntese científico religiosa veio do OCIDENTE...

Tanto é que os sacerdotes brâmanes e os próprios mahatmas afirmavam que da


Terra de MU (a antiga Atlântida, que ligava a América do Norte à África, que
ficava dentro da imensa Terra de Gondwana, a Lemúria dos indianos, que é o que
se compreende hoje como a América do Sul, África e Oceania) é que lhes veio a
Tradição, ou seja, a antiga Sabedoria das coisas humanas e divinas ou ainda a
ORDEM, a Lei do Verbo ou as revelações das leis eternas...

Essa ORDEM já vinha firmada entre os Atlantes que, possivelmente receberam-


na dos Lemurianos e estes de uma original raça troncal, que foram os primeiros
habitantes (como reino hominal propriamente dito) do planeta terra.

E foi também praticamente provado por LUND, Ameguino e outros que estes
primeiros habitantes surgiram na era terciária, precisamente aqui, nessa região que
se denominou Brasil, pois o seu planalto central foi a primeira região a emergir do
pélago universal.

Esses primitivos habitantes do Brasil se chamavam mesmo “brasilanos”. Estes


brasilanos tinham seus sábios (magos) que eram denominados Payés.

Bem, ainda para efeito de conexão ou exemplo de relação, foi comprovado que
os sinais astronômicos derivaram dos sinais adâmicos “wattânicos” (primitivo
alfabeto) que as Academias dessa citada Ordem ensinavam como de origem
divina, isto há uns 100 mil anos.

Todavia, a velha crônica de Lê Sincele (George), as listas de Manethon


(historiador), os livros de Hermes, os de Job, os tijolos da Babilônia, as inscrições
petrográficas do México, do Peru e sobretudo as do Brasil, da Europa, Ásia, da

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África etc., confirmam a existência dessa remota Academia e desses sinais
astronômicos em suas formas mais primitivas e rudimentares.

E ainda: Diodoro, Cícero, Oppert fazem remontar as observações astronômicas


dos caldaicos, em Babilônia, a uma época de 473 mil anos, antes da expedição de
Alexandre, provando pelas suas inscrições que esse povo já havia determinado
eclipses solares e lunares periódicos e os movimentos planetários, 11.542 anos
antes de Cristo, com absoluta precisão...

Ora, um estudo comparado sobre a origem dos signos e da grafia deixa evidente
que os próprios sinais do alfabeto adâmico são nada mais nada menos que
derivações dos sinais usados originariamente pelos nossos payés daquelas eras...
com isso queremos dizer que a grafia original, mãe de todas as grafias, teve seu
berço aqui no Brasil...

E pela interpretação dos sinais deixados nas pedras de varias regiões do Brasil, e
mesmo por dentro da verdadeira e antiqüíssima tradição de nossos aborígines
ressaltam os ensinamentos sobre uma antiga Ordem ou Academia, dita já como o
“Tuyabaé-Cuaá”...

É por isso, com esses simples indícios, que se vê a veracidade das informações
dos veneráveis mahatmas indianos, quando, sendo mais explícitos, ensinavam que
foi RAMA, um celta europeu, que difundiu por todo o Oriente os mistérios de uma
Academia, de uma Ordem etc. Essa Ordem que vinha através dos milênios
conservando a verdade iniciática, sofreu um tremendo impacto no último ciclo de

36.525 anos, chamado como a duração do Reinado dos Deuses (dos magos),
segundo a velha crônica dos Egípcios...
Porque foi no final desse ciclo que se deu o famoso Cisma de Irshu (histórico e
descrito no Ramayana), onde derrubaram todas a Academias dessa Ordem de
Rama e formaram a Ordem Yônica, porque a primitiva se chamava Ordem
Dórica... É essa Ordem Dórica, original e verdadeira que a Umbanda de nossos
tempos representa, pretende e luta por restaurar, pelo menos na consciência dos
escolhidos... para que eles doutrinem, lutem e lancem as sementes da Verdade...

Porque, a Corrente Astral de Umbanda, nessa 1a Fase de Ação no Brasil e por


dentro dessa coletividade chamada dos “cultos afro-brasileiros”, teve um objetivo
e se apresentou assim: com “caboclos, pretos-velhos etc.”, porém, na 2a Fase de
Ação, a se iniciar dentro de poucos anos, essa Corrente vai revelar novos
aspectos...novos horizontes. É só, srs. “magistas, esoteristas, ocultistas etc.” ...

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Irmão Leitor: Agora que você está pretendendo ler este livro e, naturalmente,

pelo seu titulo você espera encontrar nele muitos ensinamentos úteis, práticos e –
porque não dizê-lo? – a orientação segura que você esperava sobre Magia da
Umbanda, saiba que, realmente, vai encontrar esses ensinamentos... todavia, deve,
antes de tudo, meditar sobre os simples conselhos que estamos dando abaixo, a
título de advertência...

Irmão: Se você pretende praticar a Sagrada Magia de Umbanda de coração


limpo e no firme propósito de servir a seus semelhantes na linha justa da
caridade, então leia todo o livro, que as “portas do astral” se abrirão para você,
cada vez mais, enfim, o seu entendimento receberá maiores clarões...

Irmão: Se você pretende aurir nessa obra os conhecimentos necessários à sua


defesa pessoal, sem jamais ferir ou pretender ferir o seu próximo, então leia-a, que
será recompensado. Nele você encontrará esses legítimos meios...

Irmão: Se você espera achar nesse livro os meios corretos para a justa melhoria
em suas humanas condições, leia-o ... até isso você encontrará...

Porém, se você tem o coração negro, tem ódios, rancores, ciúmes, vaidades
anormais e quer de alguma forma explorar ou prejudicar a qualquer de seus
semelhantes, feche o livro, não leia, não tente usar o que aqui se ensina, porque
você vai cair num “abismo tremendo” – vai se envolver com forças de tal ordem
que passará a um mero joguete sob seus impactos...

Porque, saiba, irmão magista, ocultista, esoterista, umbandista, etc.: para se


praticar ou para se por em contato com as Sagradas Forças da Magia Branca é
imprescindível que se tenha o coração limpo e a mente serena, isto é, os
pensamentos voltados única e exclusivamente para o BEM...

Assim, faça um exame da consciência, analise friamente suas condições morais,


enfim, seus sentimentos e leia com bastante calma o “Sermão da Montanha”... ei-lo:

“Bem aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus... Bem
aventurados os que choram, porque eles serão consolados... Bem aventurados os

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mansos, porque eles herdarão a terra... Bem aventurados os misericordiosos,
porque eles alcançarão a misericórdia... Bem aventurados os limpos de coração,
porque eles verão a Deus... Bem aventurados os pacificadores, porque eles serão

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chamados filhos de Deus... Bem aventurados os que sofrem perseguição, por causa
da Justiça, porque deles é o reino dos Céus.... Bem aventurados sois vós, por
minha causa” (Matheus, 5,6,7)

... Leu? Meditou? Então? Sente que pode se harmonizar com esse “sermão”?
Sente que ele interpretou seu coração, seus sentimentos?...Se realmente sentiu essa
harmonia, essa compreensão – pode ler esse livro...

Porque – convém repisarmos, para tirar qualquer dúvida de seu pensamento: se


você é um desse que quer aprender as coisas mágicas e sagradas da Corrente
Astral de Umbanda para fins escusos ou inconfessáveis, você não é umbandista, é
um falso umbandista... Então – cuidado sobre o uso que se pretende fazer daquilo
que aprender aqui...

Atente: não se movimentam elementos de Magia Branca para fins de magia


negra. Isso é suicídio psíquico... entendeu?

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Não importa que você – meu irmão seja Umbandista, Ocultista, Magista,
Esoterista, Espírita ou lá o que for!...

Você tem uma “gota de luz”?

Se a tem, precisa já, derramá-la sobre os que ainda não a possuem...

Pois você deve saber que estamos no fim de um Ciclo onde a seleção, a
escoimação ou o expurgo, são condições já decididas pelas Hierarquias Superiores
e você precisa cumprir a sua parte!...

Então, porque essa indiferença, se você sabe e tem meios de elucidar, doutrinar
etc.? O que está esperando?

A sua indiferença, o seu comodismo podem não ser conivência direta com o
erro, com a exploração, mas talvez seja uma covardia espiritual...

Você sabe que todos os que podem de alguma maneira cooperar no combate a
ignorância religiosa, à exploração sob qualquer aspecto já estão com o “dedo do
astral” em cima? Já foram apontados, fichados para esse mister?

Você quer ser “fichado” nos Tribunais Superiores, como indiferente? Porque sua
indiferença possivelmente já foi assim classificada: ou é comodismo do egoísta ou
conivência ou covardia espiritual...

Não se iluda com certas “formulas filosóficas” que pregam o desprendimento de


tudo...

Ninguém foge a luta moral, ao combate espiritual, sem cair nas injunções

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sombrias do seu próprio Karma, pois ninguém dá as costas ao cego de espírito, aos
de entendimento ofuscado e sobretudo aos que somente estão esperando “uma
gota de luz”, tendo meios pra isso, sem que sofra as conseqüências de sua covardia
espiritual...

Sim...Você está meditando sobre isso? Mas, está claro. O caso se resume nisso:

você podendo, não faz, tendo para dar, não dá...

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Ah! Já sei... Você é apenas um acomodado, não quer contrariar ninguém, Pois
sim – você vai ser incomodado por outros lados...

Irmão Umbandista, Magista, Esoterista etc.: cumpra a sua parte


desassombradamente ! Você tem uma gota de luz!... Derrame-a sobre a ignorância
de seus outros irmãos...

Desencarne levando esse “crédito” para a sua ficha karmica, que é o de ter feito
todo o possível para ajudar na evolução de seus semelhantes, esclarecendo-os.

Se você é desse que vivem lendo obras espiritualistas, esotéricas, espíritas e


mesmo os Evangelhos, só para o seu “bem-estar”, não se preocupando em
elucidar, quando tem oportunidade, saiba que isso é uma forma de egoísmo muito
prejudicial... a você mesmo. Porque, você não desconhece o efeito dessa Lei:
“dando é que nos credenciamos a receber”...

Sim, não adianta pensar e procurar uma evasiva. Atente: -aquele que se inteira
das grandes verdades pelas luzes que lhes são próprias deve espalhá-las, deve
reparti-las, sempre que puder, sem que, com isso, queira apagar sozinho a “imensa
fogueira do mundo”... porém, dê o seu “copo de água”...

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Umbanda, vamos definir mais uma vez, ainda que em linhas simples, pois

muitos irmãos, ao lerem este livro, talvez ainda não tenho tomado conhecimento
das obras anteriores de nossa autoria e já citadas na Introdução – é uma poderosa
Corrente Espiritual, mantida do Astral para a massa humana e afim aos terreiros,
às tendas e Cabanas. Mantida, é claro, pelos espíritos que denominamos de
Caboclos, Pretos Velhos e Crianças...

Essa Corrente Astral de Umbanda, é uma das mais fortes integrantes do


Governo Oculto do Mundo e por isso lhe foi confiada uma grande missão no Brasil

– Coração do Mundo, Pátria do Evangelho...


Essa Missão, foi a de ajudar e guiar uma coletividade mais pobre, mais humilde,
mais necessitada, quer no aspecto humano propriamente dito, quer na doutrina
das Leis do Pai Eterno... Essa coletividade foi denominada como a dos adeptos dos
cultos afro-brasileiros.

Muito embora essas condições estejam, hoje em dia, bastante superadas e a


influência da Umbanda já tenha se projetado, se firmado mesmo em todas as
classes sociais, o fato é que o impulso primitivo de sua razão de ser ou de atuar,
aqui no Brasil, foi a de incrementar a evolução desta dita imensa coletividade que
se vinha arrastando dentro de práticas e concepções ligadas aos aspectos confusos
e degenerados dos chamados cultos africanos (ou rituais de nação), a par ou de
mistura com certas influências oriundas dos ritos de nossos aborígines...

Esse duplo aspecto que vinha norteando as linhas afins dessa massa, ainda
recebeu a influência do catolicismo, e nos últimos 50 anos, a do espiritismo dito
como de Kardec.

Foi quando as Hierarquias Superiores acharam por bem intervir diretamente e


fizeram com que se criasse do Astral para esta massa dos adeptos dos cultos
afrobrasileiros,
todo esse poderoso Movimento que, logo, foi definido ou esclarecido
como “Umbanda”.

A Umbanda de alguns anos para cá foi enriquecida com uma vasta literatura,
por onde se consta, que ela pode ser codificada a qualquer momento, bastando
para isso que a escolha seja feita por dentro do que há de mais certo e de mais

21
interno.

22
A Umbanda se revela de uma atração irresistível para o povo, porque nela os
fenômenos da mediunidade surgiram como uma espécie de alavanca que sustenta
e movimenta os terreiros...

Nas Tendas, nos dias de sessão, esse mesmo povo, isto é, os crentes, os
simpatizantes e os necessitados, sabem que costuma “baixar” o pai fulano, o
caboclo sicrano e correm para receber seus passes, entrar numa corrente de
descarga com uma boa defumação, além de lhes ser facultado se aconselharem
com as entidades dos médiuns de confiança, a fim de “desabafarem” suas
amarguras, suas mazelas, enfim, seus casos e suas coisas íntimas... tudo isto
espontaneamente (Conhecemos muitos católicos-umbandistas, sim porque eles
existem aos milhares ou até milhões, que vão à missa, rezam, fazem promessa e pagam,

vão batizar os filhos e parentes por lá e até casa-los também... mas se aconselhar, isto é,
confessar, lá isso não! Na hora de confessar é mesmo com o Caboclo e Preto Velho na
tenda ou no terreiro que eles vão...) movidos pela fé ou pela confiança (é claro que
estamos nos referindo as Tendas de Umbanda de fato, onde em verdade se pratica

a caridade pela caridade).

A Umbanda, tem uma espécie de “força misteriosa” no atrair e agradar as


pessoas de todos os entendimentos... Porque, já esta provado, é uma Religião
genuinamente popular, do “povo pobre” e isto se dá por vários fatores
importantes, dos quais vamos ressaltar apenas quatro: A) Pela absoluta tolerância e
ausência de qualquer preconceito de cor ou de raça, pois não se pergunta ao
necessitado de onde vem ou a que religião pertence etc., B) Pela riqueza de sua
liturgia, ou seja, pela variedade de seus rituais de terreiro a terreiro. Pelos quais
cada um se coloca segundo seus graus de afinidade. C) Pela dita manifestação dos
fenômenos da mediunidade, que são o vértice ou a razão de ser exterior, tudo isso
a par com a fama que corre sobre tal e qual terreiro com seu caboclo fulano ou
preto velho sicrano. D) Pelos aspectos mágicos, isto é, pela terapêutica astral com
suas defumações, seus banhos, etc...

A maioria desses aspectos, numa verdadeira casa “umbandista”, tem sua


seqüência natural dentro da Magia Branca dos “caboclos e dos pretos velhos”, que
nunca se afastam, convém sempre frisarmos, da linha justa da caridade...

E os conhecimentos corretos e aplicáveis desse quarto aspecto, o da Magia, que


no passado foram privilégios só das elites que somente faziam uso deles para seus
interesses próprios, ou melhor, para os de sua classe social, foram-lhes “cassados”
como justo castigo ao egoísmo...

O Astral Superior achou por bem estender um denso véu no entendimento


dessas elites e foi quando começaram a embaralhar tudo, a não compreender mais

23
o que vinham praticando, ou seja, foram esquecendo os conhecimentos legados
pela antiga tradição... Perderam as chaves mais simples de certas aplicações da
Magia Branca.
Essas elites ficaram apenas no “encantamento” das formulas mágicas, vazias,
teóricas e ainda hoje se pode constatar tudo isso nessas grandes sociedades ou
Escolas que dizem conservar o “segredo”, o mistério real da “Magia”... da vaidade,
isso sim...

E para não nos estendermos aqui numa série infindável de provas ou conceitos,
é bastante citarmos o próprio “Jesus” quando admoestava assim “Ai de vós,
doutores da Lei, que tirastes a chave da ciência, vós, mesmos, não entrastes e
impedistes os que entravam”...

Todavia, podemos afirmar que esses citados conhecimentos aplicáveis de Magia


Branca ressurgiram dentro da Corrente Astral de Umbanda, nos ensinamentos
corretos de suas entidades militantes...

Porque, é um fato e nós reafirmamos sempre, a Umbanda tem magia. Suas


verdadeiras entidades sabem usar o “decantado” segredo mágico dessa força. Eles
são magos e a prova irrefutável disso é que, onde um desses caboclos, um desses
preto-velhos realmente “baixar” (isto é, onde realmente se encontrar um
verdadeiro médium deles), se tenha como certo que coisas boas, incríveis ao leigo,
são feitas, isso em todos os aspectos, segundo as humanas necessidades...

Então, como estávamos dizendo, essas elites que vinham e vêm ainda
“trancadas” no seu circulo, perderam o fio certo da dita magia – e coisa
assombrosa! – ela foi lançada no seio da massa humilde e necessitada, justamente
para os mais desprovidos de recursos, com sofrimentos vários e mazelas de toda
espécie e que não podem pagar a médicos e medicamentos caríssimos... sem falar
dos próprios ricos que, já cansados desses tratamentos “modernos”, acabaram
caindo na Umbanda, nos terreiros e se curaram...

Entretanto, não podemos negar, pelo contrario, temos até afirmado


veementemente que há percalços, há grandes arestas a cobrir e que incomodam a
seara umbandista. Isso porque o meio cresce tanto e tão rapidamente que não
escapou à penetração de elementos sabidos, exploradores e dos ignorantes também
que, por isso ou por aquilo, deram de “abrir terreiros”...

E por ai é que pega a coisa, vem a confusão, a mistura dos “alhos com os
bugalhos”, pois todos querem praticar a magia de nossos Caboclos e Pretos
Velhos...

24
Que uma pessoa possa suportar a vaidade do sabido, vá lá, porque ele pavoneia
sua vaidade, mas tem conhecimento, tem estudo... porém, tolerar a vaidade do
ignorante, vazio e cheio de bobagens, é simplesmente indigesto...

A par com tudo isso, os espertalhões criaram um sem-número de fetiches ou


“bugigangas mágicas” de tal ordem e em tal profusão que dá pena ver como a
“santa ingenuidade da massa” adquire essas “coisinhas” e o que é mais
deprimente... a pedido de certos terreiros...

É de uma infantilidade pasmosa, ver criaturas comprarem os mais caros cocares


de pena (que variam de 4 mil cruzeiros a 6 mil) e ao mesmo tempo se cobrirem de
colares de louça e vidro, para “receber seu protetor”... Ah! Infantilidade anímica!
Ah! Santa tolerância dos caboclos e dos pretos velhos, que olham para essas coisas
todas com a sublime compreensão dos que sabem ver o grau de entendimento de
“seus-filhos-de-fé” ...

Mas deixemos essas “arestas” de lado e vamos falar de mediunidade na


Umbanda, mais uma vez, porque se impõe, nessa altura e de conformidade com o
que está acontecendo por aí, quando os setores que a praticam ou dizem praticá-la
ainda não perceberam os gravíssimos perigos a que estão se expondo, pela
maneira como estão levando e mesmo alimentando “tanto mediunismo”...
abstrato.

Porém, antes de comentarmos mediunidade, permitam-nos uma ligeira


“doutrinação karmica” sobre a razão de ser da cor negra e que entrará como uma
espécie de calmante, na excessiva sensibilidade que muita “gente boa” tem... em
relação à Umbanda...

25
A CONDIÇÃO DE SER NEGRO E UMA DAS RAZÕES DE SER
DOS CHAMADOS “PRETOS-VELHOS” DA UMBANDA

Nesta oportunidade, somos obrigados a levantar certos esclarecimentos, para

certos setores espiritualistas, esotéricos, pelo “pavor” que lhes inspira a


Umbanda...

Aliás não é bem “pavor”; é ojeriza... sentem “alergia”, não se misturam....

Eles – as criaturas desses setores (não são todos), muitos até doutrinadores e
luminares do Espiritismo de Kardec – ainda não conceberam bem porque se diz –
Brasil – Coração do Mundo – Pátria do Evangelho...

Irmãos – isto aqui é um país sem preconceitos. A América do Norte é longe.


Mas, vamos ao citado esclarecimento. A condição de ser negro ou de encarnar na
situação física de uma epiderme negra é, ou simples necessidade karmica ou
disciplina karmica, também.

No primeiro caso, o espírito já vem reencarnando em raças ou famílias de


epiderme escura ou negra, dado que não se libertou ainda de uma série de desejos
e impressões de fundo nitidamente atávico ou fetichista, inerente à citada raça
negra...

Enfim, não se libertou ainda de todo um sistema de impressões atávicas,


fetichistas, místicas que se encontram “armazenadas” em seus núcleos vibratórios
ou em sua matriz-períspirítica (ver esse assunto em nossa obra “Lições de Umbanda e
Quimbanda – na palavra de um preto-velho”), inclusive das fortes tendências ou
vibrações instintivas que continuam em sintonia com seu estado d’alma e que o faz
cair na corrente karmica reencarnatória, que o conduz sempre aos mesmos núcleos
humanos afins...

Fica, portanto, claro que é a Lei Karmica que ajusta, dentro de um processo que a
necessidade do espírito requer...

No segundo caso, tudo se relaciona a uma questão de disciplina ou castigo


karmico: entram nisso os egoístas, prepotentes, orgulhosos, desapiedados, enfim,
seres que tripudiaram sobre a miséria dos outros, quando foram na vida humana
“grão-senhores”, assim como altos sacerdotes, cientistas, industriais, senhores
feudais (no Brasil – senhores de Engenho), muitos dos quais se serviram dos
elementos da raça negra, em passadas encarnações, como escravos, tratando-os

26
mas como animais de carga e por isso tudo recebem como disciplina,
reajustamento ou castigo karmico, a condição de reencarnarem ligados a uma
epiderme negra...

Nós, iniciados umbandistas, podemos identificá-los a cada passo. Nossa


penetração psico-astral revela existirem neles humilhação, vexame e até ódio, por
estarem naquela condição, porque, não acontecendo isso com eles pela necessidade
simples que tem de assim encarnarem e sim como disciplina ou castigo a suas
arrogâncias (eles que no passado foram “senhores brancos” e desprezavam a cor
negra), é certo que o grau de evolução que lhes são próprios está muito acima do
grau de maior parte de seus semelhantes na cor...

Também é certo, certíssimo, que muitos seres evoluídos do plano astral solicitam
e obtém dos Tribunais de cima, permissão para cumprirem missão ou mesmo para
completarem alguma coisa que ainda lhes falta karmicamente, encarnando
voluntariamente no seio de famílias de cor, assim como um teste ao grau de
humildade que adquiriram e querem que seja comprovado em suas fichas
karmicas...

Assim é que várias de nossas entidades ditas como “pretos-velhos”, no grau de


Guias e Protetores, usam a “roupagem fluídica” de um corpo astral negro, mesmo
no citado plano astral e daí poderem militar na Corrente Astral de Umbanda...

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A MEDIUNIDADE NA UMBANDA

Já temos escrito muito sobre mediunidade e, pelos esclarecimentos que demos,

temos a certeza de que centenas, milhares de criaturas, de irmãos, já conseguiram


se libertar, isto é, já quebraram os grilhões que prendiam a certas práticas
“mediúnicas”...

Conseguiram essa libertação porque, lendo e meditando, vendo e comparando


(segundo as simples elucidações contidas em nossas obras) romperam os “véus”
que lhes obscureciam o entendimento e eles passaram a ver esses aspectos
corriqueiros de certas sessões em suas justas condições...

E é por isso que doutrinam por todos os lados: “a pior cegueira é a da


ignorância”... e o único remédio para ela se chama – esclarecimento.

Nós temos cumprido a nossa parte nesse mister – graças a Jesus, o Mestre de
Justiça do Planeta Terra!

Não há escapatória, não há evasivas em face dos Tribunais do Astral para aquele
que ilude, que explora e alimenta a boa fé do ignorante... sabendo conscientemente
que deve e pode esclarecê-lo!

E nós estamos, como sempre, esclarecendo mais um pouco; vamos dizer “duras
verdades”, porém, necessárias... Não nos move a vontade de destruir, atacar,
criticar! Não! Apenas somos movidos por uma força imperiosa que, do astral,
ordena que digamos a verdade – sempre a verdade...

Portanto, devemos reafirmar em alto e bom som: mediunidade, ou melhor,


médiuns de afinidade direta da Corrente Astral de Umbanda existem!

Apenas não estão todos por aí, aos milhares, nas sessões de todas as noites, como
se fosse a coisa mais banal desse mundo “receber” (incorporar) centenas e centenas
de entidades...

Como se falanges e mais falanges de “caboclos e preto-velhos” estivessem à


disposição deles – “médiuns”, prontas a entrar em função a um “simples toque de
um botão elétrico”... em atendimento ao simples fato de assim desejarem...

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Como se as condições reinantes na maioria dessas sessões estivessem de acordo,
em sintonia, para que, dentro da Lei de afinidade, eles encontrassem campo para
os legítimos contatos mediúnicos!

Dissemos acima que médiuns da Corrente Astral de Umbanda existem, mas não
estão por aí, assim... às ordens de qualquer um...

É impossível que outros – não apenas nós – ainda não se tenham apercebido de
que, há anos, já se fez sentir sobre todos os ambientes que praticam ou invocam as
manifestações mediúnicas, a força de uma lei que, já em 1956, em nossa obra
“Umbanda de Todos Nós”, denominamos como de retração!

Sim! Houve e continua havendo grande retração dos fenômenos mediúnicos ou


espíritas propriamente ditos, sobre dezenas, centenas talvez de criaturas que
portavam, de berço, o dom da mediunidade e apenas estavam aguardando o
tempo justo do desabrochar!

Mas – porque isso aconteceu e está acontecendo? ...

Ora, porque mercantilizaram a mediunidade, expuseram-na nos balcões dos


mais variados e inconfessáveis interesses e dos mais tortuosos desejos e, não é só:
expuseram os médiuns inexperientes em panoramas de vaidosas encenações, de
tais humanas atrações que, os que não baquearam, caindo de vez, envolveram-se
tanto e tanto que acabaram a “ver navios”... ficaram sós, sem assistência de seus
protetores que foram ... “oló”...

Dizem que essas coisas todas e outras mais são sinais dos tempos, males da
época, fim de ciclo!...

Cremos que sim! No entanto, precisamos fazer algo mais, todos, trabalhando,
combatendo, doutrinando em benefício dos que ainda podem se salvar e dos que
ainda não caíram nos abismos das quedas, dos fracassos. Lancemos, enfim, um
brado de alerta nos predispostos... e, particularmente, aos que andam em busca do
caminho certo e que “não querem comprar nem vender ilusões”...

Porque, em qualquer Tenda de Umbanda onde houver sinceridade, limpeza


moral etc., é possível, é quase certo, ter a assistência desses humildes trabalhadores
da seara do Cristo-Jesus – chamados “caboclos, pretos-velhos e crianças”...

Para isso é necessário que criem as condições indispensáveis a suas presenças!


Porque, mediunidade é sublime missão, é luz redentora! É ter humildade, é ter
compreensão, é ter simplicidade! Não queremos dizer, assim, que todos sejam
perfeitos! Não! Perfeito só o Pai – como disse Jesus...

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Porém, que cada qual se capacite e passe a entender claramente que, com sujeira
de corpo, de alma ou de ações, NINGUÉM PODE SER UM VEÍCULO DE FATO
E DE DIREITO DE CABOCLO OU PRETO-VELHO!!!

Assim, vamos iniciar agora mais uma de nossas conversações francas e diretas...

...Você, meu irmão umbandista, que dirige uma sessão, é chefe-de-terreiro, como
se diz vulgarmente – tem o “seu terreiro”, cheios de médiuns? Claro – você o tem...

...Você é dos “tais” que “desenvolve” os seus médiuns rodando-os


desesperadamente e jogando sobre eles as fumaçadas de um possante charuto ou
de um rijo cachimbo, desse que até tem uma figura com chifres? E ainda diz por
cima disso tudo, quando eles dão cabeçadas às tontas e mesmo caem no chão:
“você precisa ter mais fé... caboclo quer pegar você firme, mas você está muito
duvidoso dele”...

...Pois bem, meu irmão – se você faz isso, não passa de “um cego, guia de
cegos”...

... Meu irmão “chefe-de-terreiro”: você é desses que sugestionam uma criatura,
afirmando que ela é médium mesmo, que tem um bonito caboclo ou um poderoso
preto-velho e mesmo um grande “orixá”, só para prendê-la no seu terreiro e
acrescentar mais um a sua corrente ou ao número dos que ali já estão nessa
esperança, produzindo assim mais um candidato ao neuro-animismo e à
mistificação inconsciente? É? ...

Pois bem – você está agindo mal, está alimentando a boa fé dos ingênuos, dos
ignorantes, está vendendo ilusões e a qualquer instante você poderá cair em “maus
lençóis”... porque, você esta querendo “mascarar” os outros, com sua própria
“máscara”. (Porque oh! Irmão – sugestionar uma pessoa para ser “médium” é
empulhar, ou melhor, é predispor o seu psico-somatismo a sensíveis e mesmo a graves
irregularidades ou transtornos... Conhecemos pessoas de um animismo tão profundo,
que, “por dá cá aquela palha, recebem “espíritos”, às vezes, até deitados na alcova”... E
jamais podemos esquecer as ações de uma certa criatura que possui a mais perfeita
máscara artística que já vimos num neuro-anímico. Ele chegava até a se emocionar,
chorar mesmo... “quando via os espíritos”, ou seja, “as suas entidades protetoras”, que,
naquela altura, já as contava em número de onze. Tudo nele, em matéria de
mediunidade, era mais perfeito do que nos outros – pois chegava até a “testar” a
mediunidade dos outros... Suas entidades [afirmava] são de alta função e
iluminação...“Possui” um “caboclo” que [segundo ele] é assim como uma espécie de
chefe de polícia lá no astral... Tem “guias” caboclos, caboclas, bispos, padres, médicos
famosos e iluminados do astral... até o Bezerra de Menezes ele “tem” [pois essa criatura
neuro-anímica veio do kardecismo e virou “tata de umbanda”]
Foi quando sua vaidade neuro-anímica se expandiu tanto, que ele “arranjou” ou se fez
“médium” até de um MANU [Manu – no alto ocultismo indiano ou na filosofia oriental,

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vem a ser o mesmo que um Cristo Planetário]... Vejam! É para rir ou para chorar?...E
desses está tudo cheio por ai... A turma só quer “receber” Manus, Mestres orientais,
caboclos chefes de legiões, médicos famosos etc... Que é que se pode fazer com essa
turma de neuro-animicos? Nada! Apenas orarmos sempre, para que eles deixem de
“vender tanta ilusão a si próprios”...)

... Meu irmão – “poderoso babalaô, tata, pai-de-santo, babá ou como quer que
lhe chamem: você é desses que, além disso tudo, ainda inventam preceitos de toda
sorte, vão às cachoeiras, ao mar, à mata (e à “encruza” também) e “empassocam” a
cabeça das pessoas tidas como médiuns com bebidas e ervas confusas e ainda
enchem o pescoço dos ditos com esses lindos colares de louça e vidro e até os
envaidecem mais, determinando que eles adquiram esses vistosos cocares de penas
multicores para se exibirem e dar mais encenação a sua sessão?... É? ...

Então, oh! “poderoso irmão”, a sua situação em face da lei, esta mal parada, mal
situada. Nessas condições você pode esperar a qualquer instante um “estouro” do
baixo-astral no seu terreiro...

Você está “brincando de umbanda”, ou está brincando com a verdade? A


tolerância também tem um limite...

Meu irmão em Cristo-Jesus: você é um desses tais que ainda fazem “camarinha”
com raspagem de cabeça e sangue na dita, para “firmar o orixá”, nos “seus” filhos-
de-santo?

E ainda diz que isso é Umbanda de fato?

Não façam isso assim – dizendo que é de Umbanda... Pode ser de tudo que você
queira, menos de Umbanda.

Meu bom irmão, filho do mesmo Pai, que vem da mesma essência de todos nós,
que é ou quer ser umbandista: vamos cumprir a nossa parte, vamos cooperar com

o Cristo-Jesus, dentro da Corrente Astral da Umbanda!...


Vamos fazer a caridade, vamos ajudar os nossos semelhantes, vamos promover
as condições adequadas para que os médiuns de fato possam surgir, possam
realmente desenvolver os dons que já tenham trazido do berço!

E para isso é preciso que você tenha na devida conta apenas esses simples
fatores...

Mediunidade é coisa espontânea... Ninguém bota um dom na cabeça de


ninguém! Quem faz isto são os Mentores Karmicos, antes mesmo do individuo
encarnar... Isto é outorga, é concessão e consta na ficha karmica da criatura! É
coisa que é posta em cima – não embaixo!...

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Então, quando as criaturas que portam esse dom (em qualquer uma de suas
modalidades) surgirem em seu terreiro, forneça-lhes as condições adequadas para
que possam desabrochar!...

Médiuns precisam de ambientes serenos, precisam de harmonia e sobretudo que


esses ambientes se pautem na linha justa da moral!... para se expandirem
verdadeiramente!...

Então, para que essa barulhada de tambores, de palmas e de gritos? É carnaval?


É terreiro de Umbanda ou escola de samba?

Esse alarido todo é para atordoá-lo? Para confundi-lo? Para estourar a


sensibilidade neuro-medianímica de seus plexos nervosos?

Você não sabe – pois fique sabendo agora: com tambores, gritos e palmas, os
médiuns acabam se atrofiando completamente! E é por isso que no seu terreiro tem
muita gente “vestida de médium”, mas médium mesmo que é bom, não tem nem
um...

Porque esses irmãos todos que estão ai, cercando você, uniformizados,
denominados por você médiuns, estão confiando-lhe as suas questões espirituais,
íntimas etc.; assim, é claro que você está assumindo uma tremenda
responsabilidade karmica sobre eles! Portanto, cuidado, não os iluda com supostos
dons mediúnicos...

E finalmente, meu irmão: você tem o direito de ter o seu terreiro, a sua sessão. O
que você não tem direito é de alimentar – tornamos a dizer – a ignorância do
ingênuo ou do crédulo, em seu benefício...

O que você precisa fazer e com urgência é o seguinte: promover as suas sessões,
com paz, com harmonia espiritual e sobretudo com honestidade.

O que você precisa fazer, sempre, é pedir humildemente a Jesus – O Mestre de


Justiça do Planeta Terra, a Sua mercê, através desses caboclos e desses pretos-
velhos, que você tanto invoca e que são também seus mensageiros...

E o que você deve fazer já é alertar os que estão cegos pela vaidade e pelo
fanatismo destruidor, para que não caiam nos abismos dos fracassos e das
quedasmediúnicas!...

Mostre-lhes certos panoramas do meio, cite exemplos e ajude aconselhando –


cumpra a sua parte!

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Diga-lhes que o médium – seja em que corrente for – é uma antena, sujeita as
forças positivas e ao choque das negativas!

Olhe, você quer saber em pormenores como é que os médiuns baqueiam?

Quer saber quais são as três vias que os conduzem às mais desastrosas quedas?
Pois então leia na outra página, e com muita atenção, o que ali se encontra (Já
demos em nossa obra “Lições de Umbanda...” algo sobre isso; em “Mistérios e
Práticas...”, fomos mais longe um pouco. Porém, recebemos tantos apelos para que
rasgássemos mais os véus, pormenorizando mais ainda essa “espinhosa questão” que,
agora, vamos ser mais claros e diretos. É preciso, é imperioso.)

33
QUEDAS E FRACASSOS DE MÉDIUNS... CAUSAS PRINCIPAIS:
VAIDADE, DINHEIRO (PELO ABUSO DA LEI DE SALVA...
REGRAS DA DITA LEI) E SEXO. HORRORES QUE OS ESPERAM
NO ASTRAL PELO QUE “SEMEAREM EMBAIXO, COLHERÃO
EM CIMA”... AS ADVERTÊNCIAS DOS GUIAS E PROTETORES...
DISCIPLINA – CASTIGO – ABANDONO...

Esses são assuntos áridos, sobre os quis todos se escusam de falar ou de


escrever e, quando o fazem, é por alto, indiretamente...

Nós vamos abordar essa questão de maneira mais direta possível, pois visamos
assim, tão-somente, a levar um brado de alerta àqueles que estão predispostos a
esses erros e mesmo para os que já caíram neles, visto termos a esperança de que
nossa sincera advertência ainda possa chegar a tempo do recuo, da salvação ou da
regeneração...

Ora, é com grande tristeza, bastante desolado mesmo e sem o menor resquício
de querer ser melhor do que ninguém (pois também temos nosso karma bem
pesado, por erros de pretérito), que vimos, dentro de uma serena e acurada
observação, quase que direta, sobre pessoas e casos, testemunhando, constatando,
como é grande o número de médiuns fracassados ou decaídos e, o que é pior, sem
termos visto ou sentido neles o menor desejo de reabilitação sincera, pautada na
escoimação real de suas mazelas, de suas vaidades, de suas intransigências etc.

O que temos observado cuidadosamente na maioria desses médiuns-fracassados


são os tormentos do remorso que, como chagas de fogo, queimam-lhes a
consciência, sem que eles tenham forças para se reerguerem moralmente, pois se
enterraram tanto no pântano do astral-inferior, se endividaram tanto com os
“marginais do astral” que, dentro dessa situação, é difícil mesmo se libertarem de
suas garras...

Isso porque o casamento de fluidos entre esses médiuns-fracassados e esses


“marginais do astral” – os kiumbas – já se deu há tanto tempo, que o divórcio, a
libertação se lhes apresenta dentro de tais condições de sofrimento, de tais
impactos, ainda acrescidos de renuncia indispensável a uma série de injunções,
que o infeliz médium-decaído prefere continuar com seus remorsos...

É duro, duríssimo mesmo, se libertar de um kiumba que entrou, há muitos anos,


na faixa de um aparelho pelas suas antenas mediúnicas em distúrbio e cujo

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legítimo protetor ou guia – caboclo ou preto-velho – o tenha abandonado por
causas morais, principalmente quando o seu caso foi sexo ou dinheiro.

Mas situemos desde já, dentre os diversos meios pelos quais os médiuns têm
fracassado, os três aspectos principais ou os três pontos-vitais que os precipitam
nos abismos de uma queda mediúnica etc. Ei-los:

I – A vaidade excessiva, que causa o empolgamento e lança o médium nos


maiores desatinos, abrindo os seus canais-medianímicos a toda sorte de influências
negativas.

II – A ambição pelo dinheiro fácil, exaltada pelo interesse que ele identifica nos
“filhos-de-fé” em lhe agradar, em lhe presentear, para pedir favores, trabalhos,
pontos, afirmações etc., que envolvem elementos materiais.

III – A predisposição sensual incontida, que lhe obscurece a razão, dada a


facilidade que encontra no meio do elemento feminino que gira em torno de si por
interesses vários e que comumente se deixa fascinar pelo “cartaz” de médium-
chefe... de “chefe-de-terreiro”, babá etc.

Como a coisa começa a balançar a moral-mediúnica desses aparelhos?

O 1º CASO – O da vaidade excessiva: uma criatura, homem ou mulher, tem o


dom mediúnico. Naturalmente que o trouxe de berço, isto é, desde que se
preparava para encarnar. Em certa altura de sua vida, manifesta-se a sua
mediunidade. Eis que surge o protetor – caboclo ou preto-velho.

Como no médium de fato e da Corrente Astral de Umbanda a entidade também


é de fato, é claro que ela faz coisas extraordinárias. Cura. Ajuda. Aconselha. Tem
conhecimentos irrefutáveis etc...

São tantos os casos positivos do protetor através da mediunidade do médium,


que logo se forma em torno dele uma corrente de admiração, e de fanatismo
também.

A maioria dos elementos que o cercam, diante das coisas que vêem, são levados
a agradar, a bajular, e com essas coisas, inconscientemente, vão-lhe incentivando a
vaidade latente. Isso de forma contínua. A maioria desses médiuns não estudam,
porque também não receberam ou não se interessam por uma preparação
mediúnica adequada.

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O protetor faz o que pode e deve (respeitando o livre-arbítrio), isso é, ensina,
doutrina, alerta pelos canais mediúnicos: na manifestação, nas intuições, nos avisos
etc.

Mas acontece sempre que o médium, devido a fortes predisposições à vaidade,


começa por não dar muita atenção aos conselhos, às advertências que o seu
protetor vem fazendo... chega a ponto de se julgar o tal, quase um “pequenodeus”.
Ele pensa que a força é dele... que o protetor é dele – é propriedade sua...

O médium vai crescendo em gestos, em palavras, pois que todos se acostumam a


acatá-lo em respeitoso silêncio, quando não, pelo medo ou por interesse próprio...
Vai crescendo a sua vaidade e logo começa a fazer exibições mediúnicas...

Ele começa a praticar uma coisa que será fatalmente a sua cova... Passa a
“trabalhar” sem estar corretamente mediunizado (ou seja, pede apenas a irradiação
do “guia” de sua preferência sobre ele). A sua entidade protetora pode usar certos
meios para manifestar o seu desagrado, mas respeita também o seu livre-arbítrio, é
claro... pois até as Hierarquias Superiores respeitam esta faculdade.

Então, começam os desatinos, as bobagens e as confusões e a respectiva falta de


penetração nos casos e coisas. Começa a criar casos, a ter preferências e outras
coisas mais. Não obstante as reiteradas advertências do protetor, ele continua... Eis
que surgem os “transtornos”. Os seus canais-mediunicos, dada a faixa-mental que
ele criou com os efeitos de sua excessiva vaidade, abre portas aos kiumbas, que
entram na dita faixa...

Daí tem início uma série de absurdos, de envolvimento negativos etc. O


ambiente do terreiro sai da tônica de outrora. Tudo se altera. Nessa altura o
médium percebe apavorado que o seu protetor mesmo – aquilo que era bom, foi
embora... deixou de sentir a positividade de suas fluidos benéficos...

No principio ele tem um tremendo abalo...depois...ah! depois, ele vai se


acostumando com os fluidos dos kiumbas etc., e mantém a sua excessiva vaidade
de qualquer forma... não quer perder o “cartaz”...

Porém, as curas, a antiga eficiência, não há mais... muitos percebem e dão o


fora... compreendendo que o “seu fulano não é mais o mesmo” e alguns até
passam a olhá-lo com desprezo... e se afastam ironizando dele, muito embora, no
passado, tenham se beneficiado com sua mediunidade.

O pobre médium que fracassou pela excessiva vaidade no íntimo é um sofredor,


muitos se desesperam com o viver da arte de representar os caboclos, os pretos

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velhos etc... Enfim, ser um “artista do mediunismo” também cansa, porque a
“descrença” é o “golpe de misericórdia” em suas almas.

O 2o CASO – O da ambição pelo dinheiro fácil. Aqui é preciso que se note a


diferença entre o médium de fato que cai pela ambição desenfreada do vil metal e
do “caso” em que se incluem centenas e centenas de espertalhões, desses vândalos
que usam o nome da Umbanda e de suas entidades a fim de explorarem a
ingenuidade da massa, de todas as maneiras. Esses são bem reconhecidos... Seus
“terreiros” são enfeitados, há muita bebida, os “comes e bebes” são constantes, há
muita roupagem vistosa, enfim, esses “terreiros” se caracterizam pelos cocares de
penas multicores, pelos tais capacetes de Ogum, pelas espadas, pelas capas de
cores, pelos festejos que fazem sob qualquer pretexto, onde os médiuns exibem
tudo isso e mais os pescoços sobrecarregados de colares de louça e vidro como se
fossem “condecorações”... Tudo nesses ambientes é movimento, encenação,
panorama...

São verdadeiras arapucas, onde tudo é duvidoso. Por ali se paga tudo. Desde
uma consulta até um dos tais “despachos”, até as famigeradas “camarinhas” com
seus obis e orobôs para “firmar o santo na cabeça”... do paspalhão que acredita
nisso. Esses antros de exploração, que chafurdam o bom nome da Umbanda na
lama da sujeira moral e espiritual, são fáceis de ser reconhecidos. De vez em
quando os jornais dão notícias deles...

Mas voltemos ao caso do médium de fato, que fracassou pelo dinheiro...

É sabido que a Corrente Astral de Umbanda manipula constantemente a Magia


positiva (chamada de magia-branca) sempre para o bem de seus filhos-de-fé ou
para qualquer um necessitado, venha de onde vier...

A magia, dentro de certas necessidades ou casos, requer determinados


elementos materiais. São velas, flores, ervas, plantas, raízes, panos, pembas e até o
fumo e certas bebidas... O fato é o seguinte: quando há mesmo necessidade disso,
a entidade pede e a pessoa TRAZ, ou providencia, satisfazendo a Lei de Salva (O
que uma entidade pede, independente de seu médium, dentro da Lei de Salva, numa
operação mágica, é uma coisa. E o uso legal da Lei de Salva por um médium-magista, é
outra coisa. Em nossa obra a caminho do prelo “Umbanda e o poder da mediunidade”
está esclarecida, de vez, essa questão).

A coisa quando é manipulada pelas entidades – os caboclos, os pretos-velhos –


costuma sempre dar certo. O resultado é satisfatório... De sorte que quase todo
mundo que “gira” pelos terreiros, pelas Tendas, sabe disso. Daí é que entra na
observação do médium a facilidade, a presteza com que as pessoas se dispõem a
fazer um “trabalhinho” para o seu bem, para abrir ou melhorar seus caminhos,
etc....

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De princípio ele obedece tão-somente às ordens do seu protetor, quanto a esses
aspectos. Depois, através de presentes, de agrados diversos dos beneficiados, ele
começa a pensar seriamente na facilidade do dinheiro...

Então lança mão de uma chave: a questão da salva...em dinheiro para seu anjo-
de-guarda, para o cambono etc.

Aí, já começou a imperar nele a ambição pelo ganho fácil, por via desses
trabalhos... Então, começa a exceder a regra da salva (dentro da magia) e sobre a
qual ele já foi bem esclarecido, porque essa salva existe, na Umbanda em relação
com a Quimbanda. E como é isto? Diremos: o médium recebe ordens para fazer
determinado trabalho, reconhecidamente necessário, quer seja para um
“desmancho” de baixa-magia, quer seja para um encaminhamento ou
desembaraço qualquer de ordem material ou de um proveito qualquer, tudo
dentro da linha justa, isto é, que jamais implique no prejuízo de alguém... Quer
seja uma descarga, um “desmancho” ou proveito qualquer, se for manipulado
dentro da movimentação de certas forças mágicas e que impliquem em elementos
de oferenda para certas falanges de elementares, à pessoa para quem é feito esse
trabalho se pede a dita salva. Essa salva pode constar de certo número de velas ou
de azeite para iluminação ou para posterior uso do médium ou de uma
compensação financeira relativa, da qual parte deve ser dada de esmola pelo dito
médium, na intenção de sua guarda. Essa é uma lei da magia que existe, nós não a
inventamos, nem ninguém, e sobre a qual não podemos nos estender em detalhes
maiores.

Todavia, devemos esclarecer que essa lei de compensação da Magia, ou para os


trabalhos de cunho nitidamente mágico é indispensável. E uma espécie de fator
de equilíbrio entre a ação, a reação e o desgaste relativo ao operador (Então
repisemos: é claro que estamos fazendo referência aqui aos médiuns-magistas, isto é
aqueles que sabem e podem movimentar elementos de ligação mágica, para fins
adequados... Não estamos incluindo nisso essa “corja” de espertos, de exploradores que
interpenetram o citado meio umbandista, justamente para fazer meio de vida, criando a
indústria de umbanda. Porque essa “máquina” está montada e é impressionante
verificar como funciona.

E a propósito: Aqui cabe a todos os umbandistas dignos que felizmente existem aos
milhares, fazer a seguinte pergunta: que fazem essas tais “uniões, federações, primados,
confederações, colegiados e congressos” que, nunca jamais em tempo algum ousaram
levantar suas vozes em defesa da dignidade dessa mesma Umbanda, desses mesmos
caboclos e pretos-velhos, desses mesmos “orixás” que dizem representar...)

Na Umbanda, já o dissemos: essa lei (ou esse fator) se denomina Salva, e é tão
antiga que podemos identificar seu emprego entre os primitivos e verdadeiros
Magos e Sacerdotes Egípcios, com a denominação de Lei de AMSRA.

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Disso também nos falam os Rosacruzes em seus ensinamentos ou instruções
internas (esotéricas).

Agora, compete ao magista, seja ele de que corrente for, não abusar, não
exceder, não ambicionar, não derivar para o puro lado da exploração...

Ora, o médium-magista então, ambiciosamente, começa a abusar disso. Começa


por se exceder na lei de salva, pedindo mais dinheiro. Passa a cobrar grosso em
tudo e por tudo. Inventa “trabalhos” de toda espécie, assim como “desmanchos” e
afirmações para isso e aquilo...

E os aflitos, os supersticiosos, os impressionáveis, os filhos-de-terreiro, dão e


sempre com prazer, visto esperarem sempre uma melhoria ou uma vantagem
qualquer por via disso (aliás a tendência da maioria das pessoas que freqüentam
“giras”, é pagar, gostam de o fazer).

Assim – ele, o médium – de tanto fazer trabalhos materializados, sempre por


conta própria, mas tudo relacionado com os “exus” (que é o espantalho para essa
maioria de ignorantes, de simples, de ingênuos etc.) e que envolvem materiais
grosseiros, acaba chafurdado na vibração pesada dos espíritos atrasados, que
passam a rondá-lo ou a viver em torno dele, ansiosos por esses tipos de
oferendas...

A sua entidade protetora, como sempre, já lhes deu vários alertas que ele não
levou na devida consideração, pois o dinheiro está entrando que é uma beleza...

E nessa situação o aparelho já está “cego e surdo” a qualquer advertência e o seu


caboclo ou o seu preto-velho, que, para ele, já são incomodativos, visto temer que
se manifestem mesmo de fato nele e levantem toda essa sujeira, desmoralizando-o
(como tem acontecido), se afastam e deixam-no envolvido com o baixo-astral, com
quem já esta conluiado... pois ele, o médium, tem o sagrado direito de usar o seu
livre-arbítrio como bem queira... já o dissemos.

Porém, chega dia em que esse infeliz aparelho necessita de uma firme proteção
para um caso duro e apela para a presença do verdadeiro guia e NADA... Abalado,
dentro de um tremendo choque, aterrado mesmo, ele verifica que os fluidos são de
exu e de outros, bastante esquisitos e que lhe causam mal-estar e que não tinha
percebido antes, claramente.

Alguns ainda param, fazem preceitos, para o anjo da guarda, enfim, pintam o
sete, para ver se o protetor volta... porém, NADA...

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Então, comumente se deixam enterrar mais ainda nesses aspectos, porque afinal
de contas o dinheiro é coisa boa e traz muito consolo por outros lados.

Todavia, apesar da fartura do dinheiro fácil reconhecem depois de certo tempo


que é um dinheiro maldito... passam a viver com a consciência pesada, irritados e
sempre angustiados. O fim de todos eles tem sido muito triste... ou surgem
doenças insidiosas, ou os vícios para martirizá-los por toda a vida ou acabam seus
dias na miséria material, pois a moral já é uma cruz que ele carrega desde o
princípio de seu fracasso mediúnico...

Agora falemos do 3o CASO – A queda pelo fator Sexo. Esse é um dos aspectos
mais escabrosos, um dos mais escusos e uma dos mais difíceis de ser perdoados
pela entidade protetora...

É um caso que está intimamente ligado ao 1o, ou seja, o da vaidade excessiva.


Um se completa, quase sempre, com o outro, e às vezes os três juntos.

Temos em nossos 26 anos de Umbanda, assistido, constatado, identificado,


positivamente, a situação ou as condições de vários médiuns que caíram
desastrosamente por causa do elemento sexo...

É que esse é um dos fracassos mais duros de ser suportado, não resta a menor
dúvida, porque mais do que nos outros, a MORAL do médium fica na LAMA em
que ele se SUJOU. Por mais que eles digam e se desculpem de toda forma,
ninguém se esquece, ninguém consegue apagar da lembrança a causa do seu
fracasso....

É uma MANCHA, que, mesmo que ele tenha se regenerado completamente ,


mesmo assim, não se apaga...

Já dissemos como é que o médium de fato é logo envolvido pelas criaturas, com
admiração, bajulações e fanatismo. Ele sente um constante endeusamento em torno
de si e quase que sem sentir vai caindo na faixa da vaidade.

Particularmente (convém repetir) se sente muito visado pelo elemento feminino,


que tem a propensão para se deixar fascinar pela mediunidade, mormente quando
a vê num homem bem apessoado.

Bem, todo médium que trabalha na faixa da luz, no combate a todas as mazelas,
especialmente contra o baixo-astral – convém sempre que o lembremos – é avisado
constantemente pelas entidades protetoras de que sua regra de todo instante é o
“orai e vigiai”...

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Por quê? Porque o baixo-astral que ele contraria, por força de sua mediunidade
positiva, fica na sombra aguardando uma oportunidade para atacá-lo...

Logo, se ele tem um ponto fraco qualquer, nesse caso, uma forte predisposição
sensual, é certo que esse mesmo baixo-astral lançará mão de todos os recursos para
instigá-lo nessa parte...

Então, como não podem atacar diretamente, costumam fazê-lo, lançando sobre
ele a tentação do sexo através de algum elemento feminino que o cerca e que por
sua própria natureza é fraco. Isso no caso do homem-médium. No caso da mulher-
médium é a mesma coisa. Essa cai mais depressa. Lançam o elemento masculino
sobre elas e pronto... quase não tem muito trabalho, pois a mulher tem uma ponte
de contato maior, muito maior do que o homem, para o baixo-astral – é sua natural
vaidade que é logo decuplicada... e pronto... é difícil escapar (há exceções, é claro.
Estamos nos referindo à causa comum do fracasso).

Mas que não haja dúvidas do seguinte: o médium é alertado, pela sua entidade
protetora, de todos os aspectos negativos que o cercam. Exercem uma constante
vigilância sobre ele e nada acontece a esse médium se ele está dentro da moral ou
da “linha justa”. Agora, se esse médium, usando de seu livre-arbítrio, dentro de
uma incontida predisposição, já por ter criado pela vaidade uma série de
condições negativas, vira as costas à moral e à “linha justa”, construiu a ponte de
contato mental ou vibratório para as influências inferiores. Dentro dessas
condições ele está repelindo as influencias benéficas e protetoras de suas
entidades, que se vêem jogadas a um segundo plano...

E é por tudo isso que, nessas questões, nesses casos de médiuns-fracassados por
causa de forte incontinência sexual ou pelo irrefreável sensualismo em torno de
mulher ou moça de seu próprio terreiro, não tem desculpa... ou melhor: um ou
outro, excepcionalmente, dadas certas condições particularíssimas de sua vida,
foram desculpados, porém, dentro do ultimatum de ser o primeiro e o último...

Porque, infelizmente, é duro mas nós vamos dizer: todos os fracassos, todas as
quedas de médiuns, quer seja homem ou mulher, tem se dado, invariavelmente,
com elementos ou criaturas que estão dentro do terreiro ou que fazem parte do
corpo-mediúnico, isto é, criaturas que estão sob a responsabilidade moral e
espiritual do médium-chefe...

Não é que estejamos nos arvorando de Juiz – longe disso! Quem somos nós para
isso... Estamos nos baseando, tão-somente, na observação fria, no fato inconteste
de que, quase todos eles – os médiuns decaídos – foram abandonados pelos seus
protetores imediatamente e esses protetores não mais voltaram...

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E se abandonaram e não mais voltaram é porque não desculparam o ERRO ou
os erros... E é claro, patente que, se esses protetores não mais voltaram a ter
ligações mediúnicas com o seu “aparelho”, é porque ele NÃO SE REGENEROU,
não entrou no sincero arrependimento, indispensável à verdadeira reintegração
moral-mediúnica...

Assim falamos porque, além da observação direta, além dos esclarecimentos


dados sobre o assunto por uma entidade amiga, temos acolhido as lágrimas de
remorso de inúmeros irmãos que foram, no passado, médiuns de fato e que depois
de terem usufruído por muito tempo de toda uma aparente situação, acabaram
rolando pelo caminho da doença, da miséria material e moral...

Assim, queremos reafirmar aqui, em tintas negras, para esses irmãos médiuns
que estão predispostos ou que PROSTITUIRAM a sua mediunidade e que
CONTINUAM dentro dessas condições, isto é, sem terem até o presente
procurado o caminho da REGENERAÇÃO, sinceramente, humildemente, que a
LEI É DURA e eles não podem nem imaginar o ABISMO DE HORRORES que os
esperam do outro lado da vida...

Esses médiuns decaídos, fracassados, que persistem no caminho do erro,


quando desencarnarem se verão face a face com o cortejo de horrores, blasfêmias,
ameaças e clamores de vingança daqueles que eles envolverem em suas tramas de
erros, interesses mesquinhos, por via de seus trabalhos, de suas consultas erradas,
de toda má orientação que deram a seus semelhantes. Por via da influência inferior
que acolheram.

Verá todo aquele baixo-astral, que ele arrebanhou para servi-lo através dos
preceitos grosseiros em que ele se transviou, RIR SATÂNICAMENTE, fazendo
valer seus diretos de conluio, isto é, arrebatá-lo para o seu lado...

Verá, quando transpuser o túmulo (se desprender dos laços carnais, pela
“morte”) como num panorama tétrico, o desfilar em sua própria consciência de
todos os seus desacertos.

A sua imaginação apavorada, exaltada, fará uma revisão tão precisa de seu
passado, que tremendos pesadelos astrais o acometerão como hediondos
fantasmas que não dominará e nem sequer poderá afastar de sua mente-
espiritual...

Angustiado, acovardado, se verá presa desse astral-inferior e dos irmãos que ele
enganou e prejudicou na vida terrena...

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Ele será arrebatado – quase sempre é assim – pelo astral inferior por muito
tempo, até que a Providência Divina lhe dê uma chance para libertação...

Agora devemos reafirmar duas coisas. 1a – Que nem todos os médiuns, por que
são da Corrente de Umbanda e por força dessa circunstância tem de lidar com os
efeitos do baixo-astral, tendem fatalmente a serem atacados, a serem envolvidos,
enfim, a fracassar... Não! Nos da corrente dita como kardecista, essas situações
também acontecem ... “aqui como lá, maus fados há”...

Conhecemos também vários médiuns de fato que tem a proteção do seu


“caboclo, de seu preto-velho”, desde o princípio, há 15, 20 e mais anos. Nunca se
desviaram da linha-justa e nunca sofreram nada a não ser as naturais injunções ou
provações de seus próprios karmas...

A 2a reafirmação é a seguinte: que no caso de todos os médiuns fracassados, os


seus protetores muito lutaram para evitar as suas quedas; fizeram o possível e o
“impossível”. Muitos desses “caboclos, desses pretos-velhos”, chegam até a
disciplinar, a castigar mesmo o aparelho, antes do abandono final. Por vezes,
jogado numa cama, com pertinaz moléstia, por meses e até por um, dois e mais
anos.

Dão-lhes certos tombos na vida material. Fazem ficar desempregados, passando


necessidades etc. É como se diz na “gira de terreiro”... “fulano está apanhando que
só boi de canga”...

Esses médiuns que estão dentro dessas condições disciplinares ficam revoltados,
chegam até a xingar os seus guias etc., e costumam “correr outra gira”, para ver “o
que é que há com eles”.

E lá vão se queixar ao protetor do outro, que naturalmente já sabe do que se


trata. É quando “preto-velho” diz com muita propriedade: “em surra de preto-
velho eu não boto a mão”... ou então, “quando caboclo bate, não reparte
pancada”...

Depois de uma séria disciplina, alguns desses médiuns se emendam, ficam com
medo e não facilitam mais, isto é, começam a dominar a excessiva-vaidade ou
voltam à linha-justa quanto à ambição pelo dinheiro ou às cobranças desregradas,
ou sobrepujam as suas predisposições sensuais incontidas...

Porém, a maior parte desses médiuns, mesmo passando por uma disciplina, um
duro castigo, mesmo assim, voltam a inclinar-se desastrosamente nas antigas e
adormecidas predisposições... então “caboclo ou preto-velho”, vê que não há mais
jeito... não adiantou o castigo, nem advertência, nem nada...

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Assim, é um fato, é uma verdade que nenhum desses médiuns-fracassados ficou
com o seu protetor, em sua guarda, depois de terem errado, persistindo no erro.

Esses “médiuns” costumam se desculpar, depois, dizendo que caíram vítimas de


demandas muito fortes etc... mas não! Foi “força de pemba” mesmo. Foi a Lei que
faz executar sobre eles o “semeia e colhe”...

A “força de pemba” às vezes é tão grande, desce com tanta rapidez sobre o
médium que prostituiu sua mediunidade que muitos são levados ao suicídio, à
embriaguez e a vergonhas maiores...

Você, meu irmão umbandista (ou não) que acaba de ler tudo isso, sabe lá o quão
doloroso é, para um médium, depois de ter sido admirado, acatado, respeitado,
tido sua fase de glória mediúnica, acabar completamente desmoralizado,
desprezado, em face de sua moral-mediúnica, sua moral-doméstica e social que
ficou a ZERO?....

Porque, meu irmão umbandista – cremos que você compreendeu bem o caso –
não é o erro em si, porque errar é humano e afinal todos nós podemos escorregar,
de uma forma ou de outra! A questão é cometer o mesmo erro, é persistir nos
MESMOS ERROS. Caboclo e preto-velho não são CARRASCOS, mas não podem
acobertar erros nem a repetição dos mesmos erros....

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O CASO DOS CHAMADOS “MÉDIUNS CONSCIENTES” NA
MECÂNICA DA INCORPORAÇÃO OU TRANSE... CONFUSÃO,
DÚVIDAS, SUGESTÃO ANÍMICA, TESTE

Agora que acabamos de tecer algumas considerações sobre certos aspectos da

mediunidade na Umbanda (o que é indispensável em todos os nossos livros),


vamos entrar com um ângulo especial; vamos elucidar mais uma vez a questão do
chamado “médium consciente” de incorporação...

O denominado dom consciente é um dos fatores de maior perturbação,


confusão, desacertos e erros... quer na Corrente de Umbanda, quer na própria
corrente kardecista.

Nesta é que foi criada tal qualificação, geradora das eternas dúvidas...

Mas examinemos o caso de maneira mais simples possível, porque se impõe


mais uma vez novos esclarecimentos... relembrar verdades.

O que nós na Umbanda qualificamos de mecânica de incorporação é o mesmo


que o chamado transe mediúnico na doutrina kardecista.

No kardecismo ou em suas obras básicas, diz-se que o médium quando em


transe pode ficar inconsciente, semi-inconsciente e consciente.

Troquemos isso em miúdos: quando inconscientes no transe, não sabe de nada


do que está se passando, quer com o seu corpo físico, quer no ambiente ou com as
pessoas etc., nessa dita ocasião.

Ele – o médium – está tomado completamente, quer no seu psiquismo, quer no


seu sistema nervoso, quer nas partes motoras de seu organismo: por isso está
inconsciente – caiu em sono profundo... a entidade incorporante dominou tudo e
passa a comunicar-se...

No segundo aspecto – o semi-inconsciente, o médium apesar de dominado em


suas partes sensoriais e motoras, ou seja, se a entidade incorporante, consegue
dominar o seu corpo físico (inclusive pelo órgão vocal), consegue também envolver
ou frenar todo o seu sistema nervoso ou neuro-sensorial e faz uma espécie de
ligação ou “casamento fluídico” com o psiquismo do médium em transe, o qual
por via disso fica com o seu citado psiquismo assim como que em passividade,
deixando que a comunicação da entidade incorporante se processe firmemente

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(sim, porque na maioria dos casos, mesmo que tente interferir, não tem forças: bem
entendido – se é médium de fato e de direito) ou que possa fluir através dele,
inclusive por sentir que seus órgãos sendo dele – médium – naquela ocasião ou no
transe não são mais dele (temos que usar termos assim, para descrever um
fenômeno que somente os que têm mesmo esse dom poderão confirmar que
estamos dizendo exatamente o que se passa).

Dá-se com o médium semi-inconsciente uma espécie de afastamento forçado de


sua vontade, de sua ação ou força de interferir na atuação ou na comunicação da
entidade incorporante: todo ele fica frenado durante o citado transe...

Nessa altura – convém repetirmos – o médium semi-inconsciente não tem


domínio direto sobre seus órgãos motores, ou seja, em seu corpo físico, nem pode
dominar as reações nervosas que por acaso ocorram e por incrível que pareça, até o
seu órgão vocal passa a retransmitir passivamente a palavra (ou a comunicação),
impulsionando completamente por outra inteligência operante, que tanto pode
ser o seu protetor ou guia ou mesmo um espírito qualquer...

Quando o médium semi-inconsciente tem de fato esse dom bem equilibrado ou


em estado de bom funcionamento, acontece quase sempre um outro fenômeno
curioso com ele: durante a ocasião em que se processou a incorporação, de tudo o
que se passou (ou passa com ele ou em torno dele), ou guarda ligeiras recordações
ou acontece mesmo esquecer e ainda lhe é difícil reter corretamente na memória as
comunicações faladas ou cantadas (no caso de ser da Umbanda)...

Guarda apenas na memória, por vezes, o sentido ou as impressões boas ou más


causadas por ela – a comunicação – ou pelo próprio espírito incorporante sobre as
outras pessoas... Mas, isso acontece quando o médium tem de fato e de direito o
dom da mecânica da incorporação...

Antes de falarmos do chamado dom da mediunidade ou de “médium


consciente”, devemos ressaltar mais alguma coisa sobre essas duas modalidades
acima descritas.

Na Corrente Astral de Umbanda, de fato e de direito, os Guias e Protetores –


nossos caboclos e pretos-velhos, são, sem a menor dúvida: os primeiros,
verdadeiros magos, entidades de conhecimentos profundos, mestres na alta magia,
com centenas de reencarnações (muitos já isentos disso) e com lições e experiências
em vários setores da vida humana e astral...

Quanto aos segundos... os Protetores, embora estejam abaixo daqueles, são


entidades evoluídas, tem conhecimentos seguros sobre várias coisas e

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principalmente das leis kármicas. Foram grandes rezadores, curandeiros, médicos,
advogados em suas sucessivas reencarnações.

Enfim: por menor que seja o grau evolutivo desses espíritos como Guias e
Protetores (na Umbanda) sempre estão acima do grau evolutivo de seus eventuais
médiuns ou aparelhos...

Assim sendo, dadas suas luzes, seus graus de adiantamento, é raro escolherem
um médium da chamada fase de incorporação inconsciente...

Porque, esses, são aparelhos “mais brutos”, são assim como que “pegados à
força” e isso não condiz com a natureza vibratória deles...

Esses raros aparelhos inconscientes – simples veículos ou “cavalos”, estão mais


condicionados aos ambientes mediúnicos inferiores, assim como os terreiros de
quimbanda ou seja: a essa mistura humana de “candomblé e umbanda” com seus
rituais confusos e espalhafatosos, barulhentos etc...

Então – os nossos Guias e Protetores gostam mais de escolher as criaturas que


portem o dom na fase de semi-inconsciência. É a modalidade mais adequada,
mais apropriada à Corrente Astral de Umbanda (com acentuada propensão dos
Guias para escolher médiuns de dons mais elevados, como seja, à clarividência, a
vidência e principalmente os de sensibilidade psíquica astral extraordinária)...

Porque os médiuns da modalidade acima são mais firmes, adquirem uma


grande confiança em seus protetores espirituais, em suma, uma poderosa
convicção mediúnica em si e neles, em conseqüência das comunicações, conselhos,
trabalhos, efeitos etc. E é justamente por isso, por causa desse ângulo, que muitos
acabam fracassando. Mas deixemos isso agora de lado, visto mais para adiante se
encontrar um estudo quase que completo sobre o assunto.

E é em relação com o exposto que podemos asseverar que as entidades no grau


de GUIAS costumam operar mais através de aparelhos já bastante evoluídos, já
com adiantado discernimento, ou seja, já bem conscientes da responsabilidade
decorrente de uma missão ou da condição mediúnica. Por isso é que esses são
raros...

Quanto às entidades no grau de PROTETORES, seguem mais ou menos as


pegadas dos Guias, isto é, também procuram aparelhos em condições as melhores
possíveis... e mesmo assim, quer uns, quer outros, costumam se “transviarem”...

Então o que podemos dizer dos aparelhos que são tão-somente simples veículos,
geralmente forçados a essa função mediúnica? Não tem e não querem (a maioria,

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há de haver exceções) nenhum esclarecimento, mesmo porque, não estão ainda em
condições de um alcance maior ou de um entendimento já acessível à leitura, à
doutrina etc...

São esses que comumente “acontecem” nos terreiros de baixa tônica espiritual e
que são levados ou “pegados à força” pelos seus protetores ou espíritos afins... e
assim sendo, quase todos são da mecânica de incorporação, fase dita como
inconsciente, pelo menos permanecerão nessa fase até melhorarem em seus graus
evolutivos. Sim, porque há os que melhoram, evoluem também...

Feitas essas considerações, tratemos agora diretamente da decantada e espinhosa


questão dos chamados “médiuns-conscientes”...

Cremos ter ficado bastante claro que o médium cujo dom o situou, na mecânica
de incorporação ou transe, na fase inconsciente ou semi-inconsciente, é porque,
obrigatoriamente, tem que se sentir atingido, ou seja, dominado, semidominado,
envolvido, frenado etc., em três pontos capitais, nas partes: psíquica, sensorial e
motora...

Se assim não fora, é porque positivamente não é médium de incorporar


espíritos; não tem o dom mediúnico na mecânica de incorporação ou transe.

Pois bem: como admitirmos ser ele consciente, isto é, vendo tudo, sabendo
tudo, tão lucidamente, a ponto de dizer o que quer e até “torcer” de moto-próprio
e reconhecer que está “incorporado” ou que uma entidade está incorporada nele?
Sim, porque encosto já entra noutro aspecto: é coisa que fere, que contunde, que
atua, que transtorna, que irrita seu corpo astral, mas não é contato-mediúnico, não
é dom –é sim atuação negativa. É ou não um paradoxo, um absurdo?

Pois se diz – e está provado – que é denominado assim como “médium


consciente”, porque fica tão lúcido, tão senhor de todos os seus atos “mediúnicos”
que invariavelmente, duvidam de si e dos outros também... pois se não são nem
vibrados, nem ao menos sentem nem os característicos tremores, sacolejos, os
fluidos magnéticos de contato em certas zonas, de plano conhecimento dos
verdadeiros médiuns de incorporação, que identificam até quando é de “caboclo
ou preto-velho” etc... pelas ditas zonas neuro-sensoriais do corpo físico, que as
entidades logo influenciam quando tomam contato e fazem “ponto”, ao preceder
da incorporação propriamente dita...

Pois o que acontece e está acontecendo, confundido, causando dúvidas cruciais,


são três fatores que ninguém quer levar em consideração: a vaidade, o animismo e
a mediunidade de irradiação intuitiva – a mais comum de acontecer numa corrente
de Umbanda.

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No primeiro fator, a criatura quer ser médium de incorporação de qualquer jeito.
Tem essa vaidade; quer o “seu caboclo ou o seu preto-velho” também, porque os
outros os tem. Então “forja” as ditas incorporações e se apresenta mascarado com
um ou com outro.

No segundo fator, temos o tão discutido animismo, que é uma própria exaltação
do espírito da criatura, sugestionado, devido a seus ardentes desejos, a seu
misticismo, alimentados pelas ondas vibratórias (de pensamentos) do ambiente e
acaba apresentando-se também “com o caboclo fulano ou sicrano”...

No terceiro fator, temos justamente o desvio “nevrálgico” de criatura médium


mesmo.

Sendo que, nesse caso, que é o da maioria, a criatura tem a mediunidade de


irradiação intuitiva e não se conforma com isso. Ele também quer “o seu caboclo”
visível, sensível e palpável ou para todo “mundo ver”...

O que acontece então? Ele que poderia receber as irradiações de uma boa
entidade protetora, em seu estado normal, assim como que telepaticamente e,
pelas intuições projetadas em seu campo mental, ser muito útil, cumprindo a sua
parte, termina nem se prestando a isso nem as outras coisas...

Assim, digamos logo de vez: quer nas sessões kardecistas, quer nas de
Umbanda, os médiuns que mais dão “mancadas” (desculpem o termo de gíria),
embaraçam tudo, confundem tudo e dão mais trabalho são exatamente esses
considerados como “médiuns-conscientes”, porque vivem na tola pretensão de
“incorporar” entidades que só existem nas suas imaginações...

Uns fazem assim pela pura ignorância dos simples, outros por serem
sugestionados pelos “seus chefes-de-terreiro” a isso e ainda outros mais porque,
mal orientados desde o principio, criaram um tal “cascão” de sugestão anímica
que, se lhes for provado que não estão incorporando nada, ficarão
perturbadíssimos, tal o impacto da verdade a que muitos não tem resistido...

Em suma: o denominado médium consciente, ou melhor, o chamado dom de


mediunidade consciente não existe como fazendo parte da mecânica de
incorporação ou transe... Essa denominação somente pode se aplicar aos médiuns
sim, mas de irradiação intuitiva, que é tão boa e tão útil quanto as demais. Isto é
que é o certo. Quanto ao mais é querer tapar o sol com uma peneira.

E os que quiserem mais detalhes, procurem ver nossa obra “Lições de


Umbanda...”, págs. 97 e 98...

49
E ainda como finalíssima: e porque tudo isso assim é, quase todos tem
verdadeiro pavor de uma palavra “tabu” a qual ninguém aplica se quer ter paz nas
sessões (quer de umbanda, quer kardecistas) e mesmo se não quer espantar os seus
“médiuns”... Esse “tabu” chama-se TESTAR... Ninguém quer ser testado em seus
“mediunismos”...

50
O QUE MÉDIUM UMBANDISTA TEM NECESSARIAMENTE DE
OBSERVAR, PARA A BOA MANUTENÇÃO DE SUAS
CONDIÇÕES MEDIÚNICAS

A) Manter o justo equilíbrio em sua conduta moral, emocional e espiritual...

B) Não fazer uso de bebidas alcoólicas, a não ser em casos excepcionais.

C) Manter-se (segundo suas posses) dentro de racional alimentação, evitando,


tanto quanto possível, as carnes em conserva de qualquer espécie.

D) Nos dias de função mediúnica, alimentar-se (caso possa) somente de leite,


ovos, frutas, legumes e verduras..

E) Isentar-se do ato sexual de véspera e no dia de sessão...

F)
Evitar a convivência de pessoas maldosas, viciosas, intrigantes, faladeiras
etc., que possam irradiar negativos sobre sua aura, a fim de que não entre
em repulsão, como reação de suas defesas naturais, provocando assim
desgastes de energia necessária a outros fins...

G) Usar banhos e defumadores apropriados, sempre que sua sensibilidade


medianímica acusar qualquer alteração...

H) Todos os meses, na fase da Lua Nova, usar um composto de vitaminas (em


líquido ou drágeas) do complexo B e que seja associado a fósforo orgânico
ou vegetal ou mesmo glicerofosfatos, de qualquer laboratório idôneo. Se não
puder, use então três colheres de sopa, diárias, de suco de agrião. Isso é
importante. O médium despende muita energia nervosa, por via dos fluidos
que dá e mesmo pela constante concentração etc...

I)
Ter especial cuidado, se o seu terreiro for de tambores, palmas e curimbas
violentas, porque isso provoca muita excitação nos plexos-nervosos e
principalmente na circulação ou no aparelho circulatório. É comum ao
médium, depois de três anos nessas condições, passar a sofrer do coração
ou do dito sistema cardio-circulatório. Ou aparece pressão baixa ou alta ou
dilatação na veia aorta e às vezes tudo junto. Porque, dentro dessas
vibrações altamente excitantes, todo o sistema nervoso do médium se agita
em demasia e em conseqüência as irradiações, as incorporações, enfim, os
fluidos de contato de seus protetores ou de qualquer espécie de espírito que
possam atuar sobre ele, agem também nessas condições de excitação... Por
isso é que há muitos tremores, quedas, tonturas, muita agitação nos nervos
motores; o médium transpira em excesso, ora está com as extremidades e o
rosto quentes, ora estão frios etc. Há que observar isso, se o médium quer se
“salvar” desses transtornos...

OBS.: Então – meu irmão médium? Leu e está meditando no assunto? Você está

51
dentro desse caso? Porque nesse negócio de “receber” caboclos, tremendo,

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gritando, gingando, pulando, suando, caindo, cansando, é claro que você assim
não esta “recebendo” o seu “caboclo” – você está sim mais é “lutando contra
ele”... ou com alguém que quer se passar por ele. O.K. ?.

53
UMBANDA E CANDOMBLÉ – MOISÉS E AS PRÁTICAS DE
MAGIA AFRICANA. KARDECISMO. A “GRANDE DOUTRINA
DOS ESPÍRITOS” ESTÁ NAS “MÃOS” DA CORRENTE ASTRAL
DE UMBANDA. PRECONCEITO OU “RACISMO ESPIRÍTICO”
KARDECISTA...

Temos que situar mais uma vez essa questão, pois persiste a confusão, pelos
três lados...

Esse movimento novo que se processou sobre os chamados cultos afrobrasileiros


que vinham e ainda vêm dentro de uma mixórdia tremenda, através
dos espíritos ditos como “caboclos, pretos-velhos e crianças” – espíritos evolutivos,
mensageiros de LUZ da seara do Cristo Planetário, é o que é a Umbanda
propriamente dita.

As práticas, os ensinamentos diretos da Corrente Astral de Umbanda não têm


nada, em sua natureza essencial e verdadeira, de extraídos desses ditos cultosafros.
Nem a doutrina, nem o sistema filosófico, científico, mágico etc. têm relação
direta com os chamados candomblés...

Ora, o candomblé ou o ritual de nação africana puro não cultiva espíritos


evolutivos, considerados por eles eguns – almas dos mortos ou dos antepassados.
São repelidos nesses rituais. Evocam o que eles dizem como “orixás”, voduns etc.,
que são entidades que nunca passaram pela vida terrena e que são altamente
situadas nas Hierarquias Superiores e, portanto, inadmissíveis que possam
“baixar” ou mesmo influir sobre médiuns ou pretensos médiuns que se
movimentam debaixo de práticas barulhentas, a par com matanças de animais,
sangue etc...

Na Umbanda que nossos caboclos e pretos-velhos militam – esses mesmos que


por lá pelos candomblés tem que ser, forçosamente, repelidos, visto serem eguns –
não se admitem gritaria, tambores barulhentos à moda carnaval e, muito menos,
matança de animais, sangue etc., em oferendas para “orixás” e sobretudo como ato
obrigatório nas camarinhas, ou seja, como ritual sagrado do iniciado ou, como por
lá dizem, de “iaô”... Agora o que os humanos seres estão praticando como
umbanda ou como candomblé – isso é lá por conta deles. Podem fazer o que bem
quiserem ou entenderem dizendo até que foi Deus quem mandou...

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Desconfiamos que essa turma de espíritos encarnados que ainda estão aferrados
aos citados candomblés foi ou pertenceram à turma de Moisés, pois já se vão mais
de 2 milênios e eles ainda não se despregaram dessas coisas...

É por isso que um “famoso babalaô” certa ocasião, em conversa, nos disse: “eu
não estou errado; sigo até a Bíblia de Moisés e como você sabe (referindo-se a
nossa pessoa) ele era um grande sacerdote e mago, até Deus falava com ele. Pois
ali, no Velho Testamento, se ensina como sagrar sacerdotes, e eu sigo a coisa como
ela é”. Fiquei quieto, porque lá em ÊXODO 29, se encontra essa referência ou
ensinamento direto para sacerdotes:

“Farás aproximar também o novilho diante do tabernáculo do testamento e


Aarão e seus filhos imporão as mãos sobre a sua cabeça, e tu o degolarás na
presença do Senhor, junto da porta do tabernáculo do testemunho. E tendo tomado
do sangue do novilho, o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e o resto do
sangue derramará ao pé dele. Tomarás também toda a gordura que cobre as
entranhas, e o redenho do fígado, e os dois rins, e a gordura que está por cima
deles, e oferecerás (tudo isto) queimando-os sobre o altar; mas as carnes do novilho
e o seu couro, e os excrementos queimarás fora do acampamento, por ser (uma
hóstia) pelo pecado”... ver. 10 a 14

VEJAM! Que podemos dizer a eles – “esses pais-de-santo mais sabidos”? Isso !

Deixem esses aspectos superados do chamado Velho Testamento e enveredem


pelo que há de bom – pela parte moral do Novo Testamento, que é para poderem
reencontrar “A Grande Doutrina dos Espíritos” que a Corrente Astral de Umbanda
preconiza!

E não confundam! Nós não estamos apreciando, diretamente, a personalidade


religiosa e mágica de Moisés, não obstante temos nos valido dele ou das coisas que
praticava, duas vezes, nessa obra, a fim de confrontar.

Apenas ressaltamos certos ângulos que, religiosos, sacerdotes, pastores e outros,


não querem ou tem pavor de ver e muito menos comentar de jeito nenhum, pois...
incomodam, e se eles pudessem, apagariam do Velho Testamento e quiçá do Novo
também...

Mas, voltemos ao candomblé ou aos rituais de nação africana...

Candomblé, conforme vem sendo praticado no Brasil há mais de quatro séculos,


é um sistema de práticas já superadas, em face da evolução dos tempos que
correm.

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Nós estamos no fim de um ciclo em que, forçosamente, as luzes da verdade terão
que brilhar...

Porém reconhecemos que temos de ajudar nossos irmãos remanescentes de


antigos sistemas e que ainda permanecem aferrados a eles, por sucessivas
encarnações.

Trabalho impressionante, majestoso, titânico, esse da Corrente Astral de


Umbanda, quando iniciou sobre ou por dentro dos citados cultos afro-brasileiros
esse movimento novo da doutrina, luz e escoimação...

Tem que surgir os encarnados escolhidos, para ajudá-los por baixo, nesse
edificante movimento que os nossos “caboclos e pretos-velhos” iniciaram do astral.

Não só apenas nós fomos escolhidos para isso!...

Agora – mais uma palavrinha aos nossos bons irmãos (em Jesus) kardecistas!

A Umbanda – prezados irmãos – não é o A, B, C do kardecismo! Não faz parte e


nem é ao menos “província” dele, segundo conceito atribuído a Emmanuel, por
intermédio de Chico Xavier – esse exemplo de humildade, esse espelho onde os
que se dizem espíritas deviam se mirar...

Saibam que a verdadeira e eterna doutrina dos espíritos não é apenas essa
doutrina limitada, cerceada, que um grupo de espíritos revelou e o sr. Allan
Kardec popularizou pela chamada codificação – segundo o entendimento e as
necessidades daquela época, há mais de um século e por isso mesmo é que ficou
denominada como Kardecismo.

A Doutrina Kardecista pode ser e é pequena parte da Doutrina dos Espíritos,


parte primária e necessária, porque é um “galho da frondosa árvore da verdade”.

Porém convenhamos que os ensinamentos via Kardec precisam com urgência de


extensos reparos ou nova transfusão de idéias.

Porque – convém repetirmos mais uma vez – quem está agora, no Brasil, com a
missão de repropagar “A Grande Doutrina dos Espíritos” é a Corrente Astral de
Umbanda!

Porque vocês – irmãos kardecistas, em maioria, ficaram aferrados a essa parte


primária da “Grande Doutrina dos Espíritos” que entenderam por bem propagar
através de Kardec... Mas será preciso lembrá-los de que em todas as partes do
mundo já surgiram os precursores da “Grande Doutrina dos Espíritos” com novas

56
obras, novos esclarecimentos e novas interpretações, revelações etc., sobre todos os
aspectos: metafísico, científico, mágico, religioso, astral, social, etc. ?

E para não irmos muito longe, fiquemos aqui no Brasil mesmo, com as obras de
André Luiz, Emmanuel, Irmão X etc., psicografadas pelo sr. Francisco Cândido
Xavier...

Ora, é só lê-las com atenção que se vê, embora com os véus do cuidado literário
ou do ajustamento à linha doutrinária da Federação Espírita Brasileira, muito,
muito mesmo da verdadeira Umbanda de nossos caboclos e pretos-velhos!

Convém ainda lembrar que, no passado, essas obras de André Luís e outros
foram combatidas ferozmente pela maior parte da corrente genuinamente
kardecista, que até chegou a considerar e propalar ser o Chico Xavier um
perturbado, obcecado etc... para, posteriormente, serem consideradas já como os
clássicos do kardecismo “moderno”...

Irmãos kardecistas – não queiram confundir aquilo que as “humanas criaturas”


praticam como “umbanda”, com a Umbanda de fato e de direto de nossas
entidades militantes!

Irmãos kardecistas – não vamos definir mais uma vez as diferenças. Para mais e
para menos, que existem nos sistemas kardecistas e umbandistas. Nesse livro já
consta uma série de confrontos entre o ser médium kardecista e umbandista, que
aclara bem a questão.

Apenas vamos relembrar para vocês que na verdadeira Umbanda não há


preconceitos de espécie alguma; temos realmente o correto sentido da caridade e
fraternidade!

Nós não “inchamos o peito” para nos qualificarmos de espíritas, ao mesmo


tempo que repudiamos os espíritos desencarnados que não se apresentam com a
“cor definida ou afim”... Compreenderam? Não? Pois – vá lá!

Porque vocês kardecistas (há honrosas exceções, é claro), em seus Centros, em


suas sessões, tem pavor dos “espíritos de negros” (desencarnados é claro) – no
caso, nossos pretos-velhos e dos de índios, no caso, nossos chamados caboclos?
Isso é preconceito ou “racismo espirítico”?...

Porque, já assistimos, e são fatos muito comentados no meio umbandista mais


culto, aos casos em que, nas sessões de mesa kardecista, por força de certas
circunstâncias, aconteceu “baixar” preto-velho e caboclo. Santo Deus! Que
inquisição!

57
O Presidente ou o ilustrado Doutrinador, fisionomia severa, cenho carregado,
oratória querendo “pular” pela garganta fora, em tom inquisitorial, interrogava:
Quem és? De onde vens? Que queres aqui? Fala! – Aqui não é lugar para isso!

Quer dizer: o subconsciente traindo-se, como quem acusa, “isso aqui não é
terreiro”... é casa de branco!

Irmãos – vocês são espíritas cristãos, fraternistas ou racistas espiríticos?

É isso que Kardec ensinou em suas obras? É isso que estão aprendendo nas obras
de Chico Xavier?...

58
PROTETORES E MÉDIUNS – “CASAMENTO FLUÍDICO” ETC.,
DIFERENÇA VIBRATÓRIA ENTRE OS MÉDIUNS FEITOS OU
MANIPULADOS NORMALMENTE PELO ASTRAL PARA
FUNÇÃO MEDIÚNICA NA FAIXA KARDECISTA E OS MÉDIUNS
ESPECIALMENTE MANIPULADOS PARA A CORRENTE OU
FAIXA UMBANDISTA...

O
“casamento fluídico” de uma entidade espiritual protetora sobre o médium

é um processo de base que, geralmente, leva anos para se consolidar em ação ou


função mediúnica positiva, eficiente...

É um fato ser um processo, ou melhor, uma operação de base, porque, não


somente vem de berço, isto é, vem como uma condição nata conferida à criatura,
bem como, na maior parte das vezes, antes mesmo do espírito encarnar, quando
ainda no plano astral aceitou ou foi posto a par dessa condição mediúnica, como
um acréscimo que seu reajustamento karmico exige ou indica lhes ser de grande
conveniência...

Ora é preciso que se compreenda que, se apenas os simples laços da simpatia


entre humanos dependem de sutis vibrações afins ou de certos fatores de
entrelaçamento eletromagnéticos, portadores de profundas reminiscências ou de
impressões armazenadas na alma, geralmente de passadas encarnações, como é
que um entrelaçamento fluídico mediúnico, que é coisa seriíssima, poderia se
processar assim, de repente, por dá cá aquela palha?...

Expliquemos: -Não é um processo simples, comum, isso, de uma inteligência


operante e independente – no caso de um guia ou protetor, um ser desencanado –
poder agir sobre as condições físicas, sensoriais e psíquicas de outra inteligência
operante encarnada, ou seja, um médium...

Isso tem forçosamente que se processar através de uma constante manipulação


energética entre as partes – protetor e médium – por anos, e às vezes sem o
sucesso planejado no plano astral...

Essa manipulação, invariavelmente (salvo situações especiais) começa desde


quando o ser desencarnado se prepara ou é preparado para a reencarnação...

Técnicos do astral nesse mister procedem às sutis adaptações das “cargas


energéticas” especiais de acréscimo nos centros vibratórios (chakras, centros

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anímicos, ou núcleos vibratórios, como são denominados na Umbanda esotérica)
do ser que vai reencarnar com esse dom mediúnico, a par com a natureza
vibratória da entidade protetora ou do espírito que foi encarregado de ser o
responsável direto pela dita manifestação da mediunidade nessa criatura-
médium...

Essa entidade ou esse espírito protetor não é escolhido por acaso, geralmente
tem ligação astral com o futuro médium ou teve ligações consangüíneas de
encarnações passadas, tudo isso promovendo reajustamento karmico, ou ainda,
pode ser um seu mentor de Agrupamento Iniciático ou de Escolas do Astral, no
caso do futuro médium não ser de mediunidade em karma probatória e sim, de
karma evolutivo ou missionário.

Portanto, sem querermos levantar nessa obra tese mais ampla sobre o assunto, é
bastante adiantarmos mais que, pelo ato de encarnar ou de ir ocupar um corpo
físico, já por isso o espírito sofre uma série de injunções próprias à nova natureza
das coisas em que caiu...

Daí ele obscurece, esquece tudo e então é que entra em cena o seu protetor ou o
responsável mediúnico, a fim de proceder as competentes, imprescindíveis e
restantes adaptações energéticas sobre todo o sistema nervoso ou neuro-sensorial
do médium, visto já terem sido feitas as primeiras adaptações no seu corpo astral
quando ainda desencarnado e faltar as outras, sobre o dito corpo físico, para que
possa acontecer (entre as partes) o verdadeiro “casamento fluídico”... levando-se
em conta o indiscutível fator de ser mesmo através desse corpo físico que a
mediunidade propriamente dita tem seqüência para o exterior humano ou para
comprovação e utilidade das outras criaturas...

Então? Como é que se vêem por ai médiuns, ou criaturas ditas como tal,
“receberem” os Guias e Protetores de outros médiuns que “morreram” ou
desencarnaram até de pouco tempo, para se envaidecerem deles ou disso?...

Então? Como é que se vêem por ai médiuns ou pretensos médiuns “receberem”


a entidade protetora de seu antigo médium-chefe, pai-de-santo ou babalaô, assim
como uma espécie de “tradição de terreiro”, para ficarem com o “reino nas mãos”?

Então? Como é que médiuns ou pretensos médiuns “podem receber” os guias e


protetores próprios de outros médiuns, ainda vivos, só porque saíram do terreiro
deles, supondo que aqueles não os tenham mais em suas guardas, para dessa
encenação fazer motivo de descrédito para os mesmos?

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Já o dissemos uma vez: tolerar a ignorância dos simples de espírito é possível,
mas tolerar a ignorância do vaidoso, do “salafra”, é impossível. Só “força de
pemba” mesmo é que pode consertá-los.

É ainda em relação com o exposto, vamos proceder a certo confronto sobre a


natureza vibratória dos médiuns puramente adaptados no astral para função
mediúnica na corrente kardecista e os adaptados, nesse mesmo astral, para a
corrente umbandista...

Entre um e outro há uma diferença vibratória mediúnica considerável. Senão,


vejamos.

O médium kardecista (ou qualquer outro, de qualquer setor, que não seja de
Umbanda) dentro da lei de afinidade, de ação e reação mediúnica, foi adaptado
tão-somente para ser um veículo dos espíritos daquela faixa, isto é, com um plano
de ação funcional circunscrito ao sistema empregado por essa corrente, o qual é
limitado ou seja: ali não há Magia ou forças mágicas específicas postas em ação; ali
não há terapêutica vegeto-astromagnética (defumações, banhos) como condição
indispensável; ali não há cabalismo, ou o uso de sinais riscados; ali não há ação
mágica entre forças visíveis e invisíveis, por via de oferendas, preceitos, trabalhos
etc., ali não há obrigações ou responsabilidades em reação com sítios de
reajustamentos vibratórios, assim como mar, praia, cachoeira, mata, rio, bosque,
campos, encruzilhadas etc; ali não se joga com as forças em reação com a influência
dos astros ou astrologia esotérica; enfim ali não há preceitos, “amacys” especiais,
batismos de lei, sobre médiuns ou pessoas iniciandas; ali não se cuida de talismã,
oração cabalística, preparo e “desmancho” de certos trabalhos oriundos de baixa-
magia; ali não se dá seqüência a pedidos ou benefícios de ordem humana ou
material, por via da ação específica de forças ou de elementos adrede preparados;
não há rituais ou liturgia em função de sistemas particulares ou gerais...

Portanto – a condição de ser médium da faixa kardecista não exigiu dessa


criatura uma adaptação ou uma manipulação toda especial de acréscimo
energético desde “lá em cima, até cá embaixo”...

Ele – o médium kardecista – não foi especialmente manipulado para receber


caboclos, pretos-velhos etc., entidades fortes, magos afeitos às lides da Magia e
dos quais não é um vinculo afim, e nem vai também, por força de sua condição
vibratória mediúnica, lidar com Exus, demandas ou forças contundentes
originárias do astral-inferior e um sem-número de coisas mais que é desnecessário
citar aqui...

61
Então, fica patente que a adaptação que recebeu foi para funcionar como simples
veículo, dentro de condições que podemos dizer assim como de “normalidade
funcional mediúnica”...

Não é que os genuínos médiuns umbandistas tenham essa função “anormal”;


compreenda-se, estamos usando termos comparativos ou acessíveis à maioria dos
entendimentos, porque, já o dissemos, receberam ou recebem como acréscimo
energético uma manipulação especial, adequada às funções ou ao meio em que vai
atuar ou exercer a mediunidade...

Assim, não tem cabimento essa doutrina de se dizer que o médium tanto é de lá
como de cá... Isso é erro ou ignorância... Não devem fazer isso, podem “estourar” o
médium que é daquele campo vibratório (kardecista), a não ser que esteja por lá...
por engano ou por não ter achado ainda seu caminho certo. Agora, qualquer
verdadeiro médium da corrente de Umbanda, pode funcionar nas sessões
kardecistas, sem o menor abalo vibratório, porque a sua adaptação energética,
sendo de acréscimo, supera tudo o que por ali possa acontecer...

Mas – se duvidam, tirem um genuíno médium kardecista de suas sessões de


mesa e o coloquem nas sessões de terreiro, debaixo de pontos-cantados,
defumadores etc., para ver o que lhe pode acontecer!

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O QUE É MAGIA... AS FORÇAS DA MAGIA BRANCA... AS
FORÇAS DA MAGIA NEGRA. A NECESSIDADE DE
AUTODEFESA... O ATAQUE INFERNAL DOS MAGOS NEGROS
DAS TREVAS...

Temos lido muitos tratados de Magia e verificamos – como todos – que no

fundo quase nada ensinam de diretamente prático. Todos são confusos, pautando-
se mais na linha teórica, cada qual procurando definir a Magia de várias formas e
jamais o fazendo com a clareza suficiente...

De sorte que essa questão de magia, se equipara ao que também pretendem


definir como elementais ditos também como “espíritos da natureza” por uns e por
outros como “espíritos naturais” etc. O fato é que essas duas questões são o que há
de mais confuso mesmo na literatura esotérica ou do chamado ocultismo.

Não pretendemos entrar aqui com uma série de citações de famosos autores.
Seria um desnecessário desfile de impressões. Apenas vamos nos servir de um dos
mais conceituados neste mister, para demonstrarmos que foi, talvez, o único que
mais se aproximou da realidade ou que mais entendimento alcançou sobre o caso.

Diz Papus, em seu Tratado Elementar de Magia Prática que: “Para ser mágico
não é bastante saber teoricamente, não é suficiente ter manuseado este ou aquele
tratado; é mister desenvolver um esforço próprio, pois que é dirigido
freqüentemente cavalos cada vez mais fogosos que um cocheiro pode tornar-se
perito no ofício”...

E prossegue: “O que distingue a Magia da ciência oculta em geral é que a


primeira é uma ciência prática, ao passo que a segunda é principalmente teórica”
etc...

“A Magia, sendo uma ciência prática, requer conhecimentos teóricos


preliminares, como todas as ciências práticas. Entretanto pode-se ser mecânico
depois de ter passado pela Escola de Artes e Ofício (engenheiro mecânico), ou
mecânico depois de simples aprendizagem (operário-mecânico). Há mesmo em
certos lugarejos operários em magia que produzem alguns fenômenos curiosos e
realizam certas curas, porque eles aprenderam a fazê-las vendo como eram feitas
por quem lhes ensinou. São chamados geralmente de ‘feiticeiros’ e, com franqueza,
são injustamente temidos” ...

63
Então, diz logo a seguir que, sendo a Magia prática, é uma ciência de aplicação e
que um dos elementos básicos a ser usado pelo operador deve ser em primeiro
lugar a sua vontade; ela é que é o principio diretor, o cocheiro que conduz todo o
sistema. E logo interroga: “Mas em que vai ser aplicada essa vontade? Sobre a
matéria, nunca”.

E deixa bem claro que essa vontade deve ser dirigida sobre o plano astral
através de um intermediário... “o qual por sua vez vai reagir sobre a matéria”...

E continua adiantando mais o seguinte: “antigamente podia-se definir a Magia


como a aplicação da vontade às forças da natureza”... Hoje, porém, essa definição é
muito vaga e não corresponde à idéia que um ocultista deve fazer da Magia
Prática.

E é fora de dúvidas que são forças da natureza que o operar põe em ação sob o
influxo de sua vontade. Porém, que forças são essas?”...

E para não nos estendermos mais com o pensamento de Papus, citemos como
final a sua definição de magia: “A Magia é a aplicação da vontade humana,
dinamizada, à evolução rápida das forças vivas da natureza”...

Então fica bastante claro que há magia, há o magista (ou operador), há um


princípio que pode movimentá-la e esse é a vontade (ou o pensamento) e que esse
precisa de um intermediário para agir sobre as citadas “forças da natureza”...

Agora entremos nós, de forma simples e direta, com o nosso conceito interno
sobre o caso em foco...

A Magia não tem como base (como pregam certos ocultistas) a força dos astros
ou a chamada astrologia esotérica. A Magia é em realidade uma ação poderosa do
fluido-matriz que se infiltra em tudo, através dos tatwas ou linhas de força, esses
mesmos que dão formação aos citados planetas ou astros. Para sermos mais claros,
a Magia é precisamente esse fluido-matriz magnético, que promove a ação dessas
outras forças tidas como de atração, repulsão e coesão. Portanto, está quer na
natureza íntima de um simples átomo, quer na natureza complexa de um grande
corpo celeste...

Assim, a Magia é a única força básica de que o espírito se serve para imantar,
atrair, fixar sobre si mesmo os elementos próprios da “natura naturandis”, assim
como as infinitesimais partículas de energia universal, que, por via da ação
(desconhecida) mágica desse fluido-matriz magnético, se transformam em átomos
físicos propriamente ditos... É ainda em conseqüência dessa imantação que o
espírito procede sobre si (na maioria dos casos auxiliados pelos chamados técnicos

64
siderais) que surgem os ditos como corpo mental, corpo astral e daí as condições
para o próprio corpo físico ou humano...

Esse fluido-matriz magnético – essa magia – o espírito sempre o teve como


próprio de sua natureza vibratória, como uma mercê conferida pelo Poder
Supremo, desde o momento em que ele desejou a VIA KARMICA que depende de
energia ou de matéria...

Todavia se essa força age com ele e sobre ele, porque é a própria razão de ser de
seus “núcleos vibratórios ou chakras”, ele não sabe disso, ou melhor, não tem
consciência dela, não tem domínio sobre ela, enquanto não aprender a conhecê-la
e usá-la.

Então, quando dizemos que o espírito não tem consciência nem domínio direto
sobre ela, queremos que se subentenda que quase a totalidade dos espíritos
encarnados e mesmo os desencarnados a desconhecem completamente. Até a
ciência oficial da Terra, não a conhece, assim como também não conhece a natureza
da eletricidade propriamente dita.

Porém, as poucas criaturas que tiveram um vislumbre desse fluido-mágico,


dessa magia, e alcançaram alguns conhecimentos sobre ela, chegando até ao meio
de aplicar alguns de seus movimentos, fizeram disso “chaves” de altos segredos...

Essas criaturas foram iniciados, chamados depois de Magos – porque deram um


nome a esse fluido-mágico e este foi o de Magia...

Então para rematarmos essa série de considerações, digamos ainda o seguinte: é


ainda usando a força desse fluido magnético mágico que os Construtores Siderais
“criam” os corpos celestes, assim como também podem promover a desagregação
deles...

E é devido ao conhecimento que alguns raros magistas ou mentalistas tiveram


sobre a existência desse tão citado fluido-matriz, que criaram a teoria da magia
mental. Entretanto, não disseram claramente que, para haver o que chamam de
Magia Mental, é preciso que a vontade ou o pensamento dinamizado por ela se
ligue a algo ou atraia algo e se projete, irmanado a esse algo, que já devem ter
percebido ser o fluido-magnético mágico, que por força dessa junção, dessa
projeção, adquire o aspecto de uma operação ou de uma ação mágica ou de Magia
Mental...

Mas como essa forma de operar com a magia mental é privilégio apenas de
magistas do Astral Superior (já na categoria de Magos) de fato e isso é aquisição
milenar, dependeu de muito estudo, de iniciação de verdade, nós vamos situar
através desse livrinho alguns dos movimentos ou das operações mágicas da

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Corrente Astral de Umbanda, nos quais entram em jogo os dois aspectos acima
citados, porém, apoiados num terceiro elemento, ou seja, com as coisas mais
adequadas as nossas atuais condições mentais, morais, karmicas etc.

Então fixemos a nossa regra: para toda operação mágica, é necessário que haja
ritual, é necessário que haja elementos materiais de ligação, fixação e projeção... em
coordenação com vontade, pensamento e fluido-magnético.

Podemos nos firmar no conceito de F. Ch. Barlet, quando ensina: “A Magia


cerimonial é uma operação pela qual o homem procura obrigar, pelo próprio jogo
das forças naturais, as potências invisíveis, de diversas ordens (sim, porque na
Umbanda toda operação mágica esta implicitamente ligada a potências espirituais
ou a seres espirituais de várias categorias), e agir de acordo com o que pretende
obter das mesmas.

“Para esse fim, ele as capta, as surpreende, por assim dizer, projetando, por
efeito das correspondências que a Unidade de Criação deixa imaginar, forças de
que ele mesmo não é senhor, mas as quais podem abrir sendas extraordinárias. Daí
esses símbolos mágicos, essas substâncias especiais, essas condições rigorosas de
tempo e de lugar que se torna precioso observar sob pena de correr graves
perigos, pois se houver alguma falha, ainda que ínfima, no modo de dirigir a
experiência, o audacioso estará exposto à ação de potencias em comparação com as
quais não passa de um grão de areia.

A Magia cerimonial é absolutamente idêntica a nossa ciência oficial. Nosso


poder é quase nulo comparado ao do vapor, ao da eletricidade, da dinamite; no
entanto, por combinações adequadas, por forças naturais de igual poder,
armazenamos essas potências, constrangemo-las a transportar ou estraçalhar
massas que nos aniquilariam, a reduzir a alguns minutos de tempo distâncias que
levaríamos vários anos a percorrer, enfim, a prestar mil serviços”...

Resumindo: tudo que se possa entender como Magia se enquadra na Magia


Cerimonial. Não há magia ou força mágica em ação, sem Ritual...

Assim é que todos os pesquisadores dos assuntos esotéricos admitem que a


Magia foi e é a ciência-mãe...

Dela extraíram todas as ciências subseqüentes, ou melhor, ela foi a base, o ponto
de partida.

Na Magia foram buscar os mantras, as orações cabalísticas de defesa e mesmo de


ataque aos maus gênios, aos espíritos satânicos, também as formulas de prece etc.,
para doutrinar os espíritos dos mortos perturbados e perturbadores; e ainda as
rezas misteriosas que ainda hoje em dia existem e são empregadas pelos

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curandeiros, rezadores, benzedeiras etc., aliadas à terapêutica ou ao uso de ervas
(ah! Moisés, Moisés) na cura de mordidas de cobra, bicheiras, enfim, a uma série de
males do corpo humano (como o chamado “ventre-virado ou emborcado” que a
medicina denomina gastrenterite aguda e geralmente não cura, pois esses males
tem um prazo de 9 dias de ataque agudo, findo os quais é fatal, se não rezar, assim
como as doenças chamadas de “sete-couros, fogo-selvagem” etc.), bem como as
que partem do corpo astral: quebranto ou mau-olhado, encosto etc...

Enfim – tudo veio da Magia e é magia...

Dentro do que há de mais aproximado sobre magia, os magistas admitem uma


subdivisão que nós também adotamos na Umbanda. Ela situa certos aspectos ou
partes de uma maneira simples e que orienta bastante. Ei-la:

A) Magia-natural, quando trata da produção de fenômenos surpreendentes e


aparentemente prodigiosos, servindo-se de atos e meios puramente
naturais.

B) Magia-cerimonial, quando se ocupa das cerimônias e operações


pertencentes às obras de invocações, evocações, conjuros e outros meios de
apelo ao invisível e comunicações com ele (essa parte é praticada quer na
Umbanda com amplitude e no Kardecismo... em parte).

C) Magia-talismânica é aquela que trata da preparação de talismãs, amuletos e


outras preparações análogas;

D) Magia-kabalística é aquela que, partindo do conhecimento geral da Kabala


(sim, mas da Kabala Nórdica ou Ariana, que é a verdadeira, somente
ensinada pelos nossos Guias e Protetores da Corrente Astral de Umbanda,
pois não aceitamos “in totum” essa Kabala Hebraica falsificada e
“empurrada” pelos judeus há séculos e da qual o ocultismo ocidental está
cheio e segue), trata de suas operações e processos práticos.

Finalmente: pelo exposto, podemos chegar à conclusão, clara e direta, de que


MAGIA é uma só realidade que está por dentro de tudo e assim sendo é,
essencialmente, a força-matriz que anima de moto próprio, a natureza íntima de
todos os elementos em ação ou vibração; é, empregando um sentido oculto, a
“alma viva das coisas”...

Então fica patente que a ação da Magia se processa naturalmente, conforme


acima está dito, e extraordinariamente quando usada, atraída ou imantada pela
inteligência operante, isto é, vontade, pensamentos, desejos, através de certos
elementos ou coisas...

Portanto, temos no mais simples dos conceitos: se um operador ligar a força de


sua vontade, de seus pensamentos, de seus desejos a certos elementos materiais

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inferiores (carnes, sangue, bebidas alcoólicas fortes, bruxas de pano, farofas em
temperos excitantes, alfinetes, barro, panos de cor preta e outras coisas mais) e
movimentar tudo isso dentro de rituais e invocações afins, acontecerá uma ação
mágica de ordem grosseira que, de qualquer forma, surtirá efeitos, tudo de
conformidade com os conhecimentos do operador e o meio onde essa operação for
processada, que, ou será difusa, confusa, desordenada e assim sendo retornará ao
seu ponto de partida e recairá no dito operador, ou terá uma ação direta, mesmo
nesse plano e as forças coordenadas seguirão ou se projetarão para o objetivo
visado...

Isso assim, conforme está dito, chama-se MAGIA NEGRA...

E o contrário disso – nem precisamos descrever mais – chama-se MAGIA


BRANCA; é em síntese, a coordenação de forças mágicas numa ação positiva para
fins positivos etc...

Assim é que certas regiões do astral mais ligadas à crosta terrestre, e mesmo
cavernas ou vales sombrios, estão infestadas de “moradores”...

Esses são os magos negros das trevas... De lá, desses ambientes, ficam à espreita
de todas as oportunidades para saírem como enxames, a fim de promover,
alimentar, acoitar toda ação baixa, ligada a “trabalhos” de ordem mágica inferior...

Esses infelizes “quimbandeiros” ou mesmo esses pobres ignorantes que se


prestam a promover esses tais “despachos ou ebós”(oferendas), inclusive essas tais
de “camarinhas” com matança de animais, sangue etc., estão – coitados! – presos
nas “garras” desses citados magos negros das trevas...

São entidades astrais tão satânicas, de inteligências tão aguçadas para o mal que
não recuam diante de nada.

E se dissermos que a “polícia de choque” do baixo astral (nossos Exus-de-Lei) e


certos “esquadrões-de-socorro” existentes nesse mesmo astral promovem contra
eles verdadeiras “blitz” de envolvimento, frenação, fiscalização e combates, até
com “armas fluídicas apropriadas”, muitos leitores ficarão assim como que
“matutando” em nossa afirmação...

Eis, portanto, a necessidade que tem o magista-positivo, isto é, aquele que usa as
forças da Magia Branca para socorrer os seus semelhantes, de conhecer meios,
defesas etc., a fim de estar sempre prevenido contra o infernal ataque desses magos
negros do astral ou das trevas, porque são os mais visados por eles, visto serem
um constante estorvo a suas ações nefandas sobre os encarnados socorridos...

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A OPERAÇÃO MÁGICA PARA IMANTAÇÃO OU
ASSENTAMENTO DE UM “CONGÁ” (SANTUÁRIO) E
CRUZAMENTO DE TERREIRO (Tenda, Centro ou Cabana da
Corrente Astral de Umbanda)

Todo médium umbandista que, chefiando ou na direção de um agrupamento

qualquer, tenha recebido “ordens e direitos de trabalho” e se disponha a abrir o


seu terreiro, isto é, fundar uma Tenda, obediente aos imperativos de certas regras,
dentro de certos fundamentos... enfim, deve compreender que, não se “assenta”
um “congá”, não se forma uma corrente assim como estão fazendo por toda parte,
hoje em dia... “num abrir e fechar os olhos”...

A questão de um assentamento de “congá” não é tão simples, ou melhor, não se


resume em colocar uma mesa num salão com tantas e quantas imagens e estátuas...

Deve se compenetrar de que o assentamento de “congá” exige, logo de


principio, a respectiva imantação, pois o “congá” com suas imagens e seus objetos
de fixação mágica ou astro-magnética é o principal ponto de apoio objetivo, direto,
geral, dos filhos-de-fé e de todos que por ali vão em busca de alguma coisa de
ordem moral, espiritual ou humana propriamente dita...

O “congá” é, portanto, uma das mais fortes ligações para os movimentos das
forças mágicas, mediúnicas, astrais etc.; é o elo comum para que as entidades
apliquem as ligações astro-magnéticas, pela magia sugestiva, provindas das
correntes mentais que nele se apóiam, quando os crentes vibram nele, ou através
dele, para tal ou qual “santo ou orixá”, pela fixação mental sobre tal ou qual
imagem ou estátua.

Portanto, esse “congá” deve ser assentado dentro de certas regras, pois tudo na
vida obedece a certas leis, tem o seu “mistério”...

A questão da quantidade e qualidade das imagens ou estatuas não importa; cada


qual usa as que quiser, as que julgas necessárias ou as que julgar lhes sejam mais
afins ou sugestivas. O mais importante é o que vamos recomendar ou
discriminar...

A operação mágica propriamente dita, para assentamentos de “congá”...

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A) Escolha as suas imagens e a mesa para elas de acordo; todavia essa mesa
deve ter 90 cm de altura... Feito isso, o médium-chefe deve escolher o dia de
seu planeta regente, para esse assentamento (isso é fácil de saber: em
qualquer obra de astrologia esotérica, pelo Almanaque do Pensamento ou
mesmo em nossas obras), porque, assim procedendo, está conjugando forças
afins, correntes vibratórias simpáticas para o “congá” e especialmente para

o seu próprio corpo-astral (dele, o médium chefe)... e tanto é que só deve


proceder a essa operação de imantação ou assentamento durante a fase da
Lua Nova para a crescente. Em qualquer uma dessas fases, contanto que no
dia de seu planeta, e dentro delas...
B) Deve colocar esse “congá” de frente para o Oriente ou seja, para o ponto
cardeal Leste. Isso é muito importante, pois todas as correntes benéficas,
todas as linhas de forças superiores, costumam ter uma seqüência mais forte
pela corrente Aérea (elemento Ar ou Tatwa VAYU) que vem do Leste ou
Este...

Considerar que, “ter” o “congá” de “frente” para o leste, é ter as imagens


todas colocadas com a frente para esse ponto cardeal... Caso isso não seja
possível, pelo menos considerar com precisão as instruções subseqüentes...

C) Tendo posto sua mesa com as respectivas imagens ou estátuas e já sabedor


do dia e de seu planeta regente para proceder à operação de imantação de
seu “congá”, o médium-chefe aguarda o ponto do meio-dia (12 horas) para
proceder à 1a defumação de limpeza astral do ambiente e mesmo das
estátuas... Porém, antes dessa defumação, deve colocar no dito “congá” (na
mesa) os seguintes elementos: 1 bacia pequena, contendo água do mar e
pétalas de flores diversas, quatro tigelinhas de louça, uma com sal, uma com
pó de carvão virgem, uma com areia do mar, e a última com o pó ou as
raspas de sete pembas de cores diversas (branco, amarelo, azul, vermelho,
verde, laranja e violeta). Colocar também sete velas de cera.

Essa primeira defumação (em defumador de barro) para o ponto do meio-dia,


deve ser dada com as seguintes ervas: folhas de levante, folhas de manjericão e
folhas de alho (de preferência roxo), isto é, daquelas cascas finas que revestem o
próprio dente de alho (porque da palha ou da chamada de réstia não serve).
Assim, ao faltar 7 minutos para as doze horas, o médium-chefe acende as três velas
de cera em louvor, uma de Oxalá (Jesus), uma para os três Arcanjos – Gabriel,
Miguel e Rafael, e uma para seu Protetor de cabeça e naturalmente acompanha
tudo isso com as suas orações e com seus pedidos...

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Concluída essa 1a defumação com o “congá” já iluminado, o médium-chefe
espalha por todo o salão bastante folhas de guiné-pipiu e se prepara para a 2a
defumação, às 15 horas...

Essa 2a defumação deve ser com os seguintes elementos: folhas de maracujá


(todas secas, é claro, porém que tenham secado à sombra, isto é, sem que tenham
apanhado diretamente os raios solares).

Então o médium-chefe prepara todo o seu pessoal (o corpo mediúnico que


tenha) para a 3a defumação final e propiciatória que será feita às 18 horas. Ao
aproximar-se essa hora, colocar os médiuns em círculo, isto é, em Corrente
Vibrada (todos se unem, dando as mãos), de forma que fiquem de frente para o
“congá”, contanto que a mão esquerda de um médium-feminino fique pousada
sobre a mesa do “congá” e a mão direta de um médium-masculino feche essa
corrente, pousando-a por sua vez sobre o dito “congá”...

Formada essa Corrente (sempre com o “congá” iluminado) deve se proceder à


seguinte defumação propiciatória: benjoim, incenso e mirra ou então com o
sândalo puro. A seguir, o médium-chefe se ajoelha em frente ao “congá”, leva a
mão esquerda ao coração e levanta a direita em atitude de súplica, para proferir a
seguinte Oração...

Jesus – Mestre e Senhor de Justiça do Planeta Terra! Em nome de Tuas sagradas


palavras – “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, nesse instante, evocamos a Tua
misericórdia e a Tua permissão para consagrarmos esse “congá” para o (aqui dizer

o nome do caboclo ou preto-velho responsável pelo dito médium-chefe ou melhor,


o seu “chefe-de-cabeça”).
Esperamos, Senhor de Justiça, que Tua santa permissão desça sobre a Corrente
Astral de Umbanda e que ela vibre sobre o nosso “congá”, nessa hora bendita...

E sobretudo, contamos com a Tua santa benevolência, para elevarmos nossos


pensamentos e ajoelhados (toda corrente de médiuns fica de joelhos) podermos
reafirmar hoje e sempre: Louvado Seja Deus, a Suprema Consciência Una (dizer
essa afirmação 3 vezes).

Assim, que a força e a vibração de todas as Falanges de Caboclos, Pretos-Velhos


e Crianças da Sagrada Corrente Astral de Umbanda possam nos assistir nessa
cerimônia... e logo pronuncia em voz firme e pausada, esses mantrans, próprios da
Corrente Astral de Umbanda:

SAMANY Y YARACY; YACY YA ACUÃ; YUREMÁ CÁ-Á – YARY...

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Ato contínuo o médium-chefe se levanta, vai ao “congá” e apanha a bacia que
contém as pétalas e vai jogando-as sobre as imagens, sobre a cabeça dos médiuns e
de todos, ao mesmo tempo que pronuncia essa frase mágica: “Salve Oh! SAMANY
(dizer sete vezes)....

Depois, pode desfazer a corrente (os médiuns que estavam ajoelhados se


levantam), e cantar os pontos que se julgar necessários em louvação aos Guias e
Protetores, durante mais ou menos uns 15 minutos...

D) Ficando essa parte do assentamento do “congá” com suas defumações, suas


orações, suas evocações mágicas, seus pontos cantados etc., pronta, o
médium-chefe se prepara para o Cruzamento do Terreiro propriamente
dito....

Pondo os médiuns novamente em Corrente Vibrada, ele traça (sobre o piso do


salão) com uma pemba branca o triângulo da Linha de Oxalá (com um vértice
apontado para o referido “congá”) e uma cruz em forma de X, assim:

Norte – D
A – Leste ou Oriente
Oeste – C
B – Sul

Na ponta A, coloca o recipiente que contém o Sal; na ponta C, coloca o recipiente


que contém areia do Mar; na ponta D, coloca o recipiente que contém o pó de
Carvão virgem; e na ponta B, o recipiente que contém o pó das sete Pembas de
cores. Logo se acende uma vela de cera em cada um desses pontos citados e dentro
do triangulo colocar a bacia que tem água do mar e da qual já foram retiradas as
pétalas na operação anterior (obs.: não esquecer que desde o princípio esses
elementos estavam sobre a mesa do “congá”, justamente para complementar todo

o Ritual de Imantação e Cruzamento).


E) Tudo assim armado, dentro desse Ritual de alta Magia, o médium-chefe fica
de frente para o Oriente ou para Leste (para onde o Sol nasce) e faz a
seguinte invocação:

Ó Deus! – Senhor da Vida e de todos os elementos cósmicos!... Permite, Senhor


Supremo, que, por intermédio do Cristo-Jesus – O Oxalá de nossa Umbanda, seja
dada a cobertura ao (aqui dizer o nome do guia-chefe do “congá”, caboclo ou
preto-velho etc.), para que ele, do astral, possa conjugar os elementos do fogo, da
terra, do ar e da água nesse cruzamento e assim fixar suas vibrações nesse Terreiro
que nasce para a Luz e a Caridade...

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Então, o médium-chefe levanta a vela que está acesa para cada ponto cardeal e
faz o sinal da cruz (vela na mão direita, sinal da cruz à altura de sua cabeça) e vai
pronunciando as seguintes palavras mágicas: SAMANY – YÁ : ACAUÃ...

Tudo sendo feito de princípio a fim, conforme estamos discriminando, não deve
se apagar esse ponto do triangulo e da cruz que está no meio do salão com os
elementos sal, areia do mar, pós etc; esse preceito deve permanecer no salão
durante três dias.

Assim sendo, pode-se proceder a uma sessão de chamamento de protetores com


os médiuns que estiverem em condições de dar passividade a eles, a fim de
imantar mais ainda, todos esses elementos que entraram nessa preparação ou
nesse Ritual de Alta Magia de Umbanda...

Obs. Final: Findos os três dias, os elementos que estavam fixando o cruzamento
propriamente dito devem ser encaminhados e se procede assim: vedar as
tigelinhas pela boca com papel, a fim de que não se derrame nada; botar a água do
mar da bacia num vidro ou garrafa; arranjar um pano branco e copiar com pemba
amarela sobre esse pano o ponto do triângulo e da cruz; levar 4 velas de cera; uma
garrafa de vinho branco; mel de abelha e flores e também a bacia.

Tudo isso pronto, pode levar à mata ou ao mar, ou à cachoeira ou mesmo a um


rio (um desses 4 lugares será escolhido, de acordo com a natureza vibratória de seu
Guia espiritual, isto é, se ele for Caboclo de Oxossi – vai para uma mata; se for
Caboclo de Ogum – vai para uma mata ou para a beira-mar (praia), ele é quem
decide; se for Caboclo da vibração de Xangô – vai para uma cachoeira ou mesmo
para uma pedreira; se for um caboclo da vibração de Oxalá – vai para um campo
ou mesmo para um rio; se for cabocla da vibração do mar ou de Yemanjá – vai para

o mar ou para uma praia; se for preto-velho – vai para uma mata, de preferência ao
pé de um tronco de árvore grande...
Em qualquer um desses locais, abre o pano, bota tudo em cima, conforme estava
na posição anterior (no salão), acende as 4 velas de cera em louvor do Guia-Chefe e
se pede para que ele dê o caminho adequado ou de direito. Nessa ocasião não
esquecer de botar a água do mar que está na garrafa ou vidro dentro da bacia e
adicionar o vinho branco e o mel de abelhas. Depois arma-se o preceito com as
flores que levaram, tudo de acordo.

O ponto que ficou riscado no salão, não deve ser apagado; ele fica até se apagar
com o tempo, não importa que seja pisado... Isso tudo é assim, assim deve ser
feito, porque assim é que é um assentamento e cruzamento de um “congá”, dentro
das fixações mágicas da Lei de Umbanda.

73
UM PODEROSO ELEMENTO DE AUTODEFESA DO “CONGÁ” –
NA ALTA MAGIA DE UMBANDA... O DISCO DE AÇO POLIDO
INOXIDÁVEL, AS AGULHAS DE ATRAÇÃO E REPULSÃO, OS
SETE PEDAÇOS DE CARVÃO VIRGEM, O COPO ETC... COMO
PROCEDER AS INDISPENSÁVEIS IMANTAÇÕES
ASTROMAGNÉTICAS DESSES ELEMENTOS

Ao darmos seqüência a mais essa parte prática, devemos salientar a

necessidade que tem um médium Dirigente de estar sempre atento quanto à defesa
vibratória do ambiente astral de seu Terreiro ou Tenda...

Isso porque é sabido que nas sessões de Umbanda dá de tudo, entra de tudo.
Casos e mais casos, descargas e mais descargas de tudo quanto é gênero de
mazelas dos crentes ou dos filhos-de-fé...

Eis porque, por essas e mais outras coisas, é imprescindível que o médium chefe
tenha sempre suas “defesas mágicas em dia”, sabendo-se que o próprio “Congá” é
um ponto de atração, fixação e repulsão de elementos diversos e mesmo dos
citados negativos. Tudo converge diretamente para o “congá”: -vibrações de fé, de
aflição, de desespero, de socorro, de angustias várias etc.

Então é imprescindível mesmo que esse “congá” funcione preparado, isto é,


tenha sua autodefesa na Magia astro magnética. Uma das mais importantes é o
ponto do disco de aço de atração e repulsão. Esse consta de:

A) Um disco de aço polido puro ou tipo niquelado (contanto que tenha aço)
do tamanho (circunferência) que se queira ou possa...

B) Três agulhas de aço (podem ser dessas de costura ou de vitrola)


C) Sete pedaços ou pedras de carvão virgem, polidas ou raladas de acordo que
fiquem com formas triangulares.
D) Um copo de vidro grande e de qualquer formato...

Tendo providenciado esse material, preparar outros elementos indispensáveis a


sua imantação astromagnética da seguinte forma:

1) Colher uma quantidade de areia do mar em águas limpas, numa


hora favorável da LUA e na parte noturna, e trazê-la.
2) Queimar carvão vegetal virgem, numa hora favorável do SOL – na
parte do dia. Após isto, colher apenas as cinzas e tê-las à mão ...

74
3)
Então, no segundo dia da Lua na fase minguante (quando o fluido
lunar concentra a seiva ou a sua corrente eletromagnética na raiz das
coisas) e por ocasião do nascimento do sol, ir misturando, essa areia
do mar e as cinzas, em bacia ou recipiente, o disco de aço, os carvões
e as agulhas ligadas, cada uma, a um pedaço de carvão por linhas
(três agulhas, três carvões). É claro que o citado disco, carvões,
agulhas, devem ficar cobertos de areia (dessa mistura).

4)
Feito isso, colocar o copo em cima e enchê-lo metade com água do
mar e metade com o sumo destas três ervas: – guiné, vassoura-preta e
arruda macho, também triturados nesta ocasião...

5)
Feito isto, esperar mais ou menos uma hora (com tudo exposto aos
raios solares para que haja transfusão de elementos) e recolher esse
material à sombra, aguardando-se a noite a fim de expô-lo ao sereno,
durante três dias dessa fase lunar do minguante...

6)
Quando chegar a parte da manhã, sempre ao nascer do SOL,
derramar em cima do local (parte da areia) por onde estão o disco, as
agulhas, e os carvões a 1a terça parte desse sumo de erva, que está
dentro do copo. No segundo dia, derramar a 2a terça parte e no
terceiro dia, derramar a ultima parte do dito sumo.

7)
Durante os três dias (que englobam três manhãs), convém que seja
iluminado com luzes de lamparina, na quantidade de 3, 5 ou mesmo
7 (isto é, mais ou menos às 21 horas) botar no sereno e acender as
ditas lamparinas, com uma quantidade de azeite suficiente para
umas 6 ou 7 horas e fazer orações, pontos etc., na intenção dos Guias
e Protetores do médium-chefe ou, se for o caso de o preparador não
ser o médium-chefe, fazer na intenção de seus protetores afins.

8)
Finda essa operação mágica de três dias, recolher o material, limpar
tudo, o disco, os carvões, desprendendo as agulhas deles e
imediatamente colocar o citado disco debaixo do “congá”, tendo o
copo em cima, cheio de água do mar (na falta dessa, botar água
comum com sal), contendo também as agulhas imantadas...

Isso sendo feito direito e com as boas intenções, se transforma num poderoso

núcleo – mágico astromagnético de auto-defesa do “congá”, isto é, do ambiente

vibratório do terreiro, podendo até dar-se que as agulhas, de acordo com as

75
condições reinantes, tomem formas triangulares ou cruzadas... (a água do dito

copo se muda sempre que estiver suja ou empoeirada).

Obs. Final: Esse Ponto do Disco de autodefesa serve também para os ambientes

domésticos, comerciais, e trabalhos comuns etc...e é só o interessado proceder de

conformidade com as regras dadas...

76
CUIDADOS ESPECIAIS COM AS ERVAS DOS CHAMADOS
“AMACYS” – A FIM DE NÃO “DESEQUILIBRAR” AS LINHAS DE
FORÇA NEURO-MEDIÚNICAS NO ATO DO REAJUSTAMENTO
VIBRATÓRIO... NENHUMA ERVA PODE SER COLHIDA NEM
TRITURADA PELO ELEMENTO FEMININO... COMO PROCEDER
À IMANTAÇÃO...

Outro caso a ser rigorosamente observado pelo médium-magista (sim,

porque, na Umbanda, quase tudo que se faz ou se pratica nos terreiros está sempre
dentro ou em relação com as correntes de ação ou de ordem mágica) é o dos
chamados de “amacys”, ou seja, o uso terapêutico ou astromagnético dos vegetais
ou ervas, quer nos defumadores, banhos e para fins propiciatórios e medianímicos,
sobre médiuns ou iniciandos...

Essa operação, que costumam praticar na maior parte dos terreiros sem os
cuidados que tal caso requer, é um dos fatores mais responsáveis por uma série de
distúrbios ou alterações em pessoas submetidas à eles...

Senão – vejamos: se o caso fosse apenas de se por ervas quaisquer na “cabeça”


dos médiuns, debaixo de ritos confusos, mesmo sabendo-se que as ervas ou
plantas também têm suas vibrações planetárias propícias, afins ou particulares,
levando-se em conta a boa vontade, a fé, ou a sugestão sincera do ato – vá lá, muito
embora sem maiores proveitos...

Mas o caso é que, além dessas ervas, que na maioria dos casos são misturadas
assim como de “orelhada” serem de planetas diferentes ou “inimigos”, isto é, que
não são afins, se repelem, como se pode interpretar pela astrologia esotérica,
portanto, vão “entrar na cabeça do médium assim como que mal aplicadas, têm
ainda a sobrecarga de serem postas de mistura com bebidas alcoólicas diversas e
outros ingredientes absurdos...

Ora, é crassa ignorância, para não dizermos estupidez, o uso desses chamados
“amacys” nessas condições...

Irmãos Umbandistas que querem ou que se dizem ser médiuns-magistas – não


façam mais isso assim!...

Vocês estão prejudicando a seus irmãos de lei e isso implica em gravíssima


responsabilidade a que vocês terão que responder! Errar é humano, porém,
persistir no erro é crime, tem castigo! Mormente em erros de ordem espiritual!

77
O ato de se aplicar o chamado “amacy” é coisa seriíssima – é operação de

consagrar, implica na invocação de forças, sejam elas quais forem, sobre a natureza

espiritual ou medianímica, vibratória, de outrem...

Mas se você que está lendo tudo que acabamos de dizer, é um bem

intencionado e apenas vinha fazendo assim porque não sabia, vamos de agora por

diante fazer o melhor possível. O caminho mais certo e simples é esse. Preste

atenção. Eis as regras:

A) Nenhuma planta ou erva para “amacy” pode ser colhida, triturada e muito
menos ser submetida como ato de consagrar outra pessoa, por elemento do
sexo feminino. Lembre-se: em nenhuma corrente religiosa, iniciática,
esotérica, mágica, templária etc., do MUNDO, foi dado à mulher a outorga,

o poder de iniciar varões nem mesmo a suas iguais de sexo... Na Umbanda,


jamais constou que essa OUTORGA também lhe fosse dada... O comando
vibratório da MULHER é passivo, úmido, lunar, esquerdo – é aquilo cuja
natureza tem como eterna função gerar, receber, ou seja, feita para ser
eternamente fecundada pelo princípio ativo, direito, de ação positivamente
fecundante... e esse é o HOMEM, o varão...
B) Observar pelo menos que as ervas sejam afins ao planeta regente ou
governante da pessoa que vai receber o “amacy”, quando não, que as
plantas ou ervas sejam rigorosamente SOLARES, assim como: arruda,
guiné, levante, maracujá, erva-cidreira etc., Em nossa obra “Mistérios e
Práticas...” encontra-se toda essa identificação sobre ervas e planetas...

C) Observar que ervas para “amacy” devem ser colhidas verdes e postas logo a
sombra, a fim de evitar os raios solares depois de colhidas. Colhê-las se
possível (isto é que é o certo) na hora favorável do planeta governante da
pessoa ou iniciando que vai receber o “amacy” e triturá-las logo nessa hora
ou em outra hora favorável do dito planeta regente...

D) Adquirindo esse sumo de ervas, pô-lo em recipiente de vidro (que é


isolante, por isso é que tais guias ou colares de louça e vidro não servem
para guias de força eletromagnética. São apenas de efeito sugestivo) e expôlo
ao sereno ou a influência lunar , 1 ou 3 noites em sua fase de Nova a
Crescente e que esse sumo seja iluminado com as luzes de lamparina, 1 ou 3,
na intenção das Forças Espirituais que vão ser invocadas no ato daquele
“amacy” ou consagração mediúnica, que, naturalmente, devem ser as
proteções afins da pessoa...

E) Procurar fazer esse “amacy” numa hora favorável do dito planeta


governante da pessoa ou médium iniciando e naturalmente dentro de um
ritual adequado, e mesmo que o terreiro use tambores, nesse ato, não usálos

78
de forma alguma, senão estraga tudo... E ainda: na ocasião do “amacy”,
a pessoa deve ficar de frente para o Oriente.

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F) O resto do sumo das ervas postas na cabeça do iniciando ou pessoa deve ser
posto imediatamente num vaso que tenha uma planta cheirosa, a fim de não
diluir esses restos sobre condições negativas...

G) Repetimos: No “Almanaque do Pensamento” existe um horário astrológico,


que, à falta de outro mais interno, serve bem para essas identificações de
horas favoráveis... E lembre-se: Umbanda é Magia e com magia não se
brinca. Procure aprender pelo menos isso, para ser útil e honesto em relação
aos outros irmãos que estão na sua dependência espiritual mediúnica...

80
SOBRE OS HINOS OU PONTOS CANTADOS COMO
EXPRESSÃO RELIGIOSA, MÍSTICA E MÁGICA

É
um fator tradicional, histórico e iniciático que todos os povos ou raças dentro

de suas variadas expressões religiosas, místicas e mágicas, invocavam e invocam


suas divindades, seus “deuses”, suas forças ou suas entidades espirituais, através,
não somente da palavra falada, mas, muito mais, da palavra cantada, que tomou
varias denominações ritualísticas ou litúrgicas. Como sejam: hinos, salmos,
cânticos sagrados, mantras e “macrôons”, pontos cantados etc.

Então sabemos que a palavra falada ou cantada não é uma propriedade nossa,
foi-nos dada por outorga, pois que, sendo nada mais nada menos do que o próprio
som articulado, este som é universal e em sua essência traduz o próprio Verbo
Divino, ou seja, a voz das Potencias Superiores, do Cristo Planetário etc...

Ensinam os mestres do ocultismo indiano ou oriental e os do ocidental que todo


aquele que possuir uma parcela do poder consciente da palavra, deve usá-la
“medida, pesada e contada”.

Ela pode movimentar poderosas forças sutis da natureza, pela magia de suas
vibrações, dentro de certas inflexões que podem tomar os seus sons, devido a
determinados fonemas, vogais etc...

Assim é que certas palavras, através de um hino, cântico ou ponto, são de uma
poderosa força invocatória. Pode provocar fenômenos...

Portanto, quando entram no aspecto cantado, esse poder duplica, porque pode
emitir maiores vibrações na tônica mística, religiosa e especialmente na magia.

As escolas da ioga ou do ocultismo oriental, e mesmo do ocidental, ensinam


cuidadosamente que cada força ou elemento básico da natureza tem o seu som
próprio. Então, cada palavra que pronunciamos, sendo sons articulados, tem
forçosamente que ter suas correspondências astrais ou no éter e se um magista
sabe que certos sons emitidos pelo canto de certas palavras no mundo físico
despertam sons afins no plano invisível e incita alguma força no lado oculto da
natureza, ele também sabe que isto é devido ao efeito positivo de harmonia deles,
do ritmo vibratório que se empregar, bem como também sabe que cânticos
barulhentos, gritantes, desenfreados, projetados mais pelo aspecto instintivo dos

81
humanos seres, são de efeitos negativos, prejudiciais e de atrações inferiores, pois
vão se corresponder com seus elementos afins no mesmo éter astral...

Assim é que temos constatado em certos pontos-cantados de nossa Corrente


uma força de inflexão e de expressão tal que empolga, domina e produz até
fenômenos psíquicos e espiríticos ou fenomênicos: temos portanto em ação o que
os hindus chamam de mantras cantados (porque há os falados também) que
entram em estreita ligação com o que chamam de tatwas e na Escola Umbandista,
denominamos de Linhas de Força...

Então, se coordenarmos pontos cantados com frases de inspiração religiosa, de


acordo com a chamada escala musical, temos os hinos religiosos, que despertam os
sentimentos místicos e mesmo a fé...

No entanto, quando são coordenados com acentuada repetição rítmica de certas


palavras, frases, sílabas ou vogais, dentro de determinadas inflexões musicais ou
cantadas, possam a vibrar em relação com as forças mágicas correspondentes no
éter astral – é um hino ou ponto-mantrâmico...

É onde entra a regra: os mantras constam de sons rítmicos. O som é o mais eficaz
e poderoso agente mágico e a primeira chave para abrir a porta de comunicação
entre seres do plano físico e os do plano astral...

Agora podemos reafirmar o conceito oculto dos pontos ou hinos da Corrente


Astral de Umbanda, como certas combinações de vogais, sílabas, palavras ou frases
ritmicamente dispostas e relacionadas com o aspecto místico e mágico da dita
corrente e que são cantados dentro de determinadas inflexões a fim de se porem
em relação com as vibrações correspondentes no éter astral...

Portanto, entra no entendimento de qualquer um, lendo o exposto, que


batucadas, gritos, palmas, cantorias ditas como “curimbas”, muitas vezes
compostas com frases ridículas, sem exprimirem uma imagem de ligação ou
correlação, conforme cantam por aí, por esses “terreiros rotulados de umbanda”,
são nada mais nada menos do que projeções vibratórias confusas que vão
diretamente afinar com o que há, também, de mais confuso no astral...

São essas “cantorias batucadas” pontos de atração para espíritos atrasados ou


para o astral inferior.

Nossos Caboclos e Pretos-Velhos, e mesmos os Exus-de-Lei, jamais ensinaram


isto em tempo algum...

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É incrível, e por que não dizê-lo logo, indecente se ver como certos “terreiros ou
certos médiuns” expõem ao ridículo a nossa Umbanda, “cantando para os
protetores deles” as mais extravagantes cantorias que dizem ser os seus pontos
cantados... e é por causa dessas coisas mesmo que já se foram os tempos em que as
entidades de fato ensinavam os seus pontos de raiz ...

Deturparam tudo (até surgiram pretensos radialistas, charlatões do samba e da


batucada, que, na ambição desenfreada, inescrupulosa, se fantasiaram de
umbandistas e vivem “cheirando” pelos terreiros em busca da inspiração que lhes
falta, para adulterar os pontos de nossas entidades, a fim de comercializá-los, em
horrorosos discos de “macumba”, do “folclore” etc.), chafurdaram tudo ao som
desses tambores de carnaval e escolas de samba, essa é que é a verdade.

Cabe aos umbandistas dignos, esses que tem amor à Umbanda e respeito de fato
a suas entidades militantes, corrigir tanto possível essa situação.

Cabe a qualquer umbandista, principalmente se for médium, protestar, mesmo


dentro dos terreiros que porventura esteja, dentro de uma necessidade qualquer ou
em cumprimento da sagrada missão mediúnica, contra esse estado de coisas.

Cabe-lhe interpelar o “seu chefe de terreiro” sobre essa situação, porque, se esse
chefe é um dirigente digno, compete a ele zelar por aquilo que pratica, ensina e se
responsabiliza... Compete a ele – chefe de terreiro – provar que Umbanda não é
sujeira, casas de aconchegos e conchavos, casas de samba “pra baixar o santo”...

83
SOBRE AS CACHOEIRAS, AS MATAS, OS RIOS, AS PEDREIRAS
VIRGENS, O MAR ETC...

Como vamos entrar, de agora por diante, somente com partes discriminativas

e práticas, devemos chamar atenção dos umbandistas sobre os elementos


cachoeiras, matas, mar, rios e pedreiras virgens, tão de uso para as nossas práticas
ou rituais de cunho nitidamente mágico ou vibratório...

Os prezados irmãos umbandistas devem saber que esses lugares são sítios
particularmente consagrados à Corrente Astral de Umbanda, desde épocas
remotas, pelo Astral Superior.

É lamentável que inúmeros irmãos praticantes, por ignorância, façam desses


sagrados ambientes elementais depósito de sujeiras, quer materiais, quer astrais
(ou melhor: psíquico-astrais).

Sim! Porque é comum se verificar, nas cachoeiras, nas matas, nos rios etc., os
mais absurdos, rasteiros e grosseiros materiais que por ali depositam a título de
“preceitos” ou de oferendas.

É comum vêem-se panelas, alguidares, garrafas, fitas, velas, bruxas de pano,


alfinetes, assim como rabadas de porco, carnes sangrentas, e até sangue puro de
animais abatidos...

Isso é crassa ignorância, é cega maldade! É desconhecimento completo do valor


sagrado, espiritual e vibratório desses sítios, dos que assim procedem.

Esses ambientes elementais, consagrados à Corrente Astral de Umbanda, não


servem, ou melhor, não são próprios para sintonizarem com ondas de
pensamentos sujos, negativos e ainda mais ligados a coisas materiais inferiores e
relacionadas com os movimentos de magia negra!

Esses sítios de natureza limpa são condensadores de energia ou de correntes


eletromagnéticas positivas. São, por isso mesmo, lugares indicados e propiciatórios
para os reajustamentos vibratórios dos filhos-de-fé da Umbanda e devem merecer

o respeito e o uso adequado.


Vamos inserir aqui a resposta que uma de nossas entidades militantes deu, em
certa ocasião, a um desses filhos-de-fé, sobre o assunto. Foi uma resposta simples e

84
adequada ao entendimento de quem perguntou, na época, ao Pai Ernesto, um
“preto-velho” de fato e direito. A pessoa perguntou-lhe assim...

“Pergunta: As obrigações que fazemos nas cachoeiras, matas, mar etc., têm
algum valor?...”

“Resposta do Pai Ernesto de Moçambique: No período da escravatura, devido


ao rigor imposto pelos senhores que eram católicos, os escravos, não podendo
praticar livremente os seus cultos, se refugiavam nesses lugares com essa
finalidade, tornando-se assim, para eles, sítios sagrados e que no Astral Superior
foi e ainda lhes é reconhecido como mercê.”

“Por isso é que ainda determinam a seus filhos de terreiro ali comparecerem, a
fim de que possam receber reajustamentos vibratórios”.

Ora, por essa resposta simples se vê que, de há muito, esses sítios foram
consagrados, particularmente, à Corrente Astral de Umbanda, de vez que, pela
parte de nossos índios, eles (esses citados sítios) já o eram desde os primórdios de
sua raça...

Sabemos que os magos dos primitivos tupinambás, tupis-guaranis etc., os ditos


como pajés (payés), caraíbas, e outros, costumavam consagrar em cerimônias
mágicas de alta significação, certos recantos de rios, lagos, matas, praias, para a
execução de ritos especiais e práticas secretas...

Assim, todos os médiuns umbandistas de fato, isto é, que tem um protetor de


verdade, devem estar cientes de que, nas zonas vibratórias de uma cachoeira, de
uma mata, de uma praia limpa, de um rio, não “habita” quiumba, ou melhor,
nenhuma classe de espíritos atrasados faz pousada e nem sequer pode se
aproximar, porque esses sagrados ambientes têm guardiões e mesmo porque, os
espíritos atrasados, perturbadores, viciados, mistificadores etc., não sentem
nenhuma atração por lugares limpos, de vibrações eletromagnéticas positivas.
Para eles são ambientes de repulsão.

Portanto, é de liminar entendimento que esses quiumbas, esses ditos espíritos


atrasados e mesmo os próprios exus de faixa inferior (os considerados como
“pagãos” e outros) não recebem nenhuma oferenda, seja ela qual for, nas
cachoeiras, matas, praias, rios e pedreiras...

É afrontar os guardiões mais elevados desses locais e, sobretudo, é provocar a


ira de certa classe de elementares “ditos como espíritos da natureza”, colocar
oferendas grosseiras, inapropriadas, nesses ambientes, isso sem falar no
aborrecimento que causa a nossos caboclos e pretos-velhos que têm esses sítios
como seus núcleos de trabalho, de reuniões espirituais, para a manipulação de

85
certas forças mágicas e até para absorverem os fluidos eletromagnéticos
indispensáveis, com os quais fortalecem e “revestem” seus corpos astrais, para a
luta de todo instante (dentro da atmosfera interior da crosta terrestre), com as
correntes do mal ou os espíritos das trevas...

Então, compete ao umbandista consciente respeitar e fazer respeitar,


contribuindo, tanto quanto possível, para que esses sítios sagrados conservem sua
natureza local limpa. E é um dever, quando se chegar nesses locais, varrê-los das
sujeiras materiais que encontrarem, isto é, recolherem os restos de oferendas
grosseiras, inadequadas e fazer uma cova (um buraco) e enterrá-los. Estarão assim
prestando um grande serviço às verdadeiras entidades de nossa Umbanda. E não
tenham medo de o fazer. Nada acontecerá, porque terão, imediatamente, o
beneplácito de cima, para isso...

Porque, todos sabem disso – existem até “cegos e ignorantes de tal jaez” que
vão a estes locais fazer descargas de fogo (com pólvora), debaixo de
ensurdecedoras batucadas (com os tais tambores de carnaval)...

Não estão vendo, oh! Cegas criaturas, que esse tipo de descarga requer outros
lugares? Os ambientes adequados para isso são outros!

86
OS PODEROSOS E SUTIS EFEITOS MÁGICOS DAS FLORES, LUZ
DE LAMPARINAS E CORES, NA ALTA MAGIA DE UMBANDA –
EM FACE DE SEUS ELEMENTOS E SÍTIOS CONSAGRADOS
PARA REAJUSTAMENTOS VIBRATÓRIOS: AS PRAIAS, OS
MARES, AS CACHOEIRAS, AS PEDREIRAS, OS RIOS, AS
MATAS, OS BOSQUES, OS CAMPOS ETC...

Dentro de um fundamento que não podemos absolutamente detalhar, nessa

obra de alcance popular, mas que podemos afirmar e ensinar como altamente
superior e eficiente, tenha-se na devida conta que a iluminação fornecida (uso
mágico) pela queima de azeite, seja ele qual for (porém, o melhor é o azeite doce), é

o tipo de luz consagrado à Corrente Astral de Umbanda, para efeitos de Alta


Magia...
É certo que não podemos nem estamos aconselhando a se desprezar o uso da
iluminação proveniente das velas comuns ou de cera. Servem, sempre serviram.
Tem uso e indicação adequados, os quais já ensinamos em obras anteriores.

Porém, estamos agora levantando novos ângulos da Alta Magia de nossa


Corrente, ou seja, de nossos caboclos e pretos-velhos...

Assim é que afirmamos tal e qual nossas entidades: “mironga de congá está no
fundo das coisas e só podemos vê-las de lamparina acesa”

Realmente, “congá pra ser congá” de Umbanda tem que ser iluminado somente
com luz de lamparina (usar o azeite apropriado, as velinhas ou grizetas etc. em
recipiente de vidro ou louça ou mesmo de barro, tamanhos de acordo).

Mas antes de entrarmos nos detalhes subseqüentes tenha-se sempre na devida


conta que, “para pedidos ou benefícios de ordem material, seja qual for a
iluminação usada, a quantidade é par; e para os pedidos ou afirmações de ordem
espiritual, mediúnica, moral etc., a quantidade de luzes terá que ser em número
ímpar...

Tendo logo isso ficado assente, vamos orientar quanto à natureza vibratória dos
sítios consagrados para reajustamentos, pedidos, preceitos, afirmações da
Umbanda, em relação com as correntes espirituais e segundo o valor mágico ou
astro-magnético deles...

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A) O mar ou as praias, os rios e cachoeiras: são núcleos elementais ou
eletromagnéticos, cuja força vibratória entra na função de receber, levar e
devolver trabalhos de qualquer natureza, isso é, não firma trabalhos
duradouros, cujos efeitos podem ser rápidos, seguros etc., porém, agem por
períodos ou por tempos contados a repetição dos preceitos... Têm que ser
alimentados, isto é, trabalhos mágicos, oferendas simples, certos preceitos
etc., ali são postos, se não forem aceitos no prazo de 1, 5, 7 semanas ou luas,
tem que ser repostos (alimentados)... Especialmente o mar, pela sua
natureza vibratória – devolve tudo. Não se deve fazer trabalho de Magia
Negra no mar, porque fatalmente, o infeliz que for fazer isso, pedir o mal,
receberá rapidamente o retorno...

B)
As matas, os bosques, as pedreiras, os campos: são núcleos vibratórios ou
eletromagnéticos, cujas forças espirituais e mágicas exercem ação de firmar,
perseverar, de resistência etc., assim sendo, o efeito é consolidar... Então, os
preceitos (preceitos, oferendas, batismos, afirmações etc.) ali aplicados, são
os mais firmes e de natureza efetiva. Esses elementos não devolvem nada.
Toda espécie de afirmação de ordem elevada deve ser aplicada nesses sítios
vibratórios, especialmente à margem das cachoeiras e das pedreiras que
fiquem perto de arborização ou matas...

Essa parte estando bem lida e compreendida, vamos situar outros elementos.

C) As flores, sendo elementos naturais de grande influencia mágica superior,


convém ao magista conhecer seus reais valores...

Assim temos: para os trabalhos, pedidos ou afirmações de qualquer natureza

positiva, para o Mar, as Praias, as Cachoeiras, os Rios – flores brancas, para que as

forças vibratórias invocadas, na ação mágica, em relação com as correntes

espirituais ou invisíveis, devolvam aquilo que está pedindo, dentro naturalmente

da linha justa de um certo merecimento, em estado de pureza etc., ou quando não,

pelo menos que dêem, uma solução qualquer, segundo as necessidades.

Obs.: os trabalhos (preceitos, oferendas etc.) que forem levados a esses sítios,

devem ser postos sobre panos, na seguinte condição:


1) Sempre com flores brancas a serem postas em cima de pano da cor Verde:
para fins de recuperação ou melhoria de saúde física ou de doenças
nervosas (luzes pares).
2) Com flores brancas em cima de pano de cor Amarela (ou tonalidade dela)
dourada ou puro: para vencer demanda de ordem moral, astral ou
espiritual (luzes ímpares).

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3)
Com flores brancas em cima de pano da cor Azul: para pedidos ou
afirmações de ordem mediúnica, espiritual; para vencer concursos, exames,
cursos etc., (luzes ímpares).

4)
Com flores brancas em cima de pano da cor Vermelha: para firmar um
trabalho de pedidos para soluções urgentes e que demande muita energia,
ou auxílios importantes para vencer, assim como questões judiciárias ou
processos etc., (luzes ímpares).

5)
Com flores brancas em cima de pano da cor Rosa: para trabalhos ou
pedidos de ordem sentimental, amorosa, assim como noivados, casamentos
etc., (luzes pares) dentro de uma necessidade normal, não se confundido
isso com o que chamam de “amarração”...

6)
Com flores brancas em cima de pano de cor Roxa: trabalhos ou pedidos, a
fim de invocar auxílios para uma situação tormentosa, casos de ordem
passional etc., (luzes ímpares).

7)
Com flores brancas, sobre pano de cor Laranja: quando se necessitar de que
as forças benéficas favoreçam com fartura ou melhoria de vida, social,
funcional, material (luzes pares).

Obs.: O operador ou a pessoa quem interessar os pedidos ou os trabalhos, não


deve jamais esquecer que a iluminação desses preceitos ou oferendas deve ser feita
tão-somente com lamparinas e de conformidade com a natureza do caso, que já
frisamos ser pares ou impares. Bem como se podem acrescentar a isso outras
oferendas normais que se queira ou que já ensinamos em outras obras nossas.

Aviso importante: se o operador ou a pessoa interessada firmar esses trabalhos


dentro da hora favorável de seu planeta regente ou governante, ainda melhor
(hora favorável do planeta necessitado).

Agora atenção – para não repetirmos desnecessariamente os itens numerados e


acima descritos de acordo com a natureza vibratória de suas ações ou reações, é só
observar-se as questões relacionadas com a letra A, que fala de matas, pedreiras,
bosques etc., e variar apenas nas Flores que devem ser Amarelas ou Vermelhas (e
tonalidades).

Assim: com flores amarelas ou vermelhas aplicar o que está indicado nos itens 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7 e ter na devida conta também a obs. final.

89
DO ALTO VALOR TERAPÊUTICO, MÁGICO E PROPICIATÓRIO
DOS DEFUMADORES, DE ACORDO COM A NATUREZA DO
SIGNO DA PESSOA, NA HORA FAVORÁVEL DE SEU PLANETA
REGENTE OU GOVERNANTE...

As defumações com as maravilhosas ervas da flora brasileira são de alto valor


terapêutico, mágico e propiciatório...

O uso das defumações é tão antigo, que não há povo, raça, que não tenha feito
uso dele, de acordo com os ensinamentos de seus primitivos magos ou sacerdotes.

Todavia, os maiores conhecimentos nesse mister nos vêm dos antigos magos dos
tupinambás, dos tupi-guaranis, esses Payés (pajés), caraíbas etc., oriundos ou com
segredos do “Caá-yari”, através das entidades espirituais que militam na Corrente
Astral de Umbanda...

O seu valor terapêutico e mágico é de comprovada eficácia (quando de sua


aplicação correta) e não há Tenda de Umbanda que não faça largo uso dessas
defumações.

Vamos tratar aqui da aplicação de certas ervas ou plantas para defumações no


alto aspecto mágico, ou astromagnético, da forma mais simples possível.

É bastante dizermos que certas ervas queimadas em determinadas horas, podem


isolar o local até de surtos epidêmicos, assim como o eucalipto macho, as sementes
de girassol, as sementes da imburana, se usadas em defumações nas horas
favoráveis de Saturno...

Não precisamos fazer grandes citações ou comprovações, é bastante tomarmos


como exemplo o caso de Moisés (tido como autor do Pentateuco, da Bíblia... Certos
fatores relacionamentos com a Bíblia e Moisés são sumamente contraditórios,
complexos. Há incongruência, discordâncias aberrantes. Porém, quase todos os que se
esmeraram em provar essas coisas, acabaram sempre dizendo que mesmo assim a Bíblia
diz a verdade etc. Todavia, chegaram até a provar que ela é obra de vários autores, assim
como, por exemplo, no Gênesis identificaram 4 autores – o autor “J”, o “E”, o “JE” e o
autor “P”. Assim é que se diz também que Moisés “brigou” foi com o Ramsés II, e não
com o seu filho Menephtah etc.), o maior mago judeu daqueles tempos bíblicos, que,
para dominar o Faraó Menephtah, filho de Ramsés, sob cujo o jugo estava o povo
judeu escravizado, fez uso das forças da Magia Negra, quando lançou as
decantadas 10 pragas (a fim de intimidá-lo) sobre os egípcios, ao mesmo tempo

90
que isentava o seu povo de seus efeitos, usando também forças da Magia Branca,
através do uso secreto de defumadores especiais...

Esses defumadores, é claro, eram compostos de certas ervas ou raízes aromáticas


de seu conhecimento secreto, o qual aprendeu entre os magos negros da Índia,
inclusive com o famoso Ravana, que posteriormente chegou a combater, vencendo-

o em demanda de Magia Negra...


Moisés foi, incontestavelmente, um grande mago negro e uma das provas disso
está no Velho Testamento (Bíblia), cheio de atos de Magia Negra, com oferendas de
sacrifícios de animais, implicando no holocausto de sangue e outras coisas...

Mas voltemos à questão das pragas sobre o povo egípcio, que foram atos de
terrorismo para que Menephtah cedesse às pretensões de Moisés.

Quando Moisés preparava então seus elementos de Magia, e os fazia espalhar


pelos pontos desejados, inclusive pelo próprio palácio do Faraó, tinha sempre o
cuidado de mandar a Aarão – um de seus auxiliares mais diretos – distribuir pelas
casas, terreiros e pomares do povo judeu “cativo” (o qual vivia muito bem e não
queria sair de lá, do Egito, diga-se de passagem) as raízes apropriadas, a fim de
serem queimadas em fogareiros de barro, para que ficassem isentos dos citados
efeitos de suas pragas ou de seus ataques de Magia Negra.

Se Moisés existisse agora, no Brasil e com suas práticas, por certo seria apodado
de “macumbeiro, feiticeiro, pai-de-santo e até de umbandista” etc... É interessante
notarmos que os Protestantes que vivem “de Bíblia na mão” e apodam os
Umbandistas de macumbeiros, idólatras e outras coisas mais, o que interpretam
das diabruras de Moisés a esse respeito?

Porém, como o nosso caso aqui, não é tratar dos aspectos verdadeiros da vida
desse grande mago e se citamos tudo isso foi apenas para lembrarmos que
defumadores não são coisas da Umbanda de nossos dias, voltemos ao propósito
direto dessa questão...

Então vamos às regras para aplicação correta dos defumadores, na Alta Magia
Astromagnética...

A) A pessoa que necessitar de uma defumação propiciatória, mágica ou


terapêutica, para fins de saúde (desagravação de elementos morbosos
astrais, que possam estar sugando através de seu corpo-astral; para fins de
vitalizar sua aura; aumentar o seu potencial de magnetismo pessoa no
âmbito de seus negócios, de seu ambiente de trabalho, bem como será muito
útil aos vendedores, corretores etc.), enfim a tudo que se queira predispor

91
para um benefício de ordem material, dentro das normas justas ou naturais
da vida, deve identificar...

B) O seu Signo para saber qual o seu Planeta regente ou Governante...

C) As horas favoráveis do dia ou da noite de seu Planeta Governante ( O


“Almanaque do Pensamento” do ano, é o mais simples para estas
questões)...e escolha uma, quer na parte diurna ou noturna. Caso tenha
dificuldade nisso, procure uma pessoa mais familiarizada com esses estudos
e peça explicações. É muito fácil de se aprender.

D) Feito isto, sabendo a hora que você quer, então prepare a sua defumação
pessoal ou de ambiente da seguinte forma...

E) Adquira um vaso de barro apropriado para defumações (só se deve usar


barro) e carvão virgem.

F)
Escolha dentre essas ervas Solares, 1, 3, 5, 7, para aplicá-las na dita
defumação. Ei-las: folhas ou flores de Maracujá, folhas de Erva Cidreira
(melissa), folhas de Eucalipto, folhas de Levante, folhas de Laranja, folhas
de Jasmim-cheiroso, folhas de Hortelã, folhas ou flores de Laranja, folhas de
Limão verdadeiro, folhas ou flores de Girassol, folhas de Alecrim-cheiroso,
folhas de figo (figueira)...

G) Tendo essas plantas ou ervas à mão, é só escolher e usar. Apenas tenha o


cuidado de adquiri-las verdes e secá-las à sombra, isto é, não deve expô-las
aos raios solares para secar...

Obs. Especial: O ato de defumar na hora favorável de seu planeta, consta de


fazer com que as ervas sejam postas no carvão em brasa e de forma que a fumaça
possa envolvê-lo bem. Outrossim: nessa ocasião, mentalize, tanto quanto possa
fixar pelo pensamento, a cor verde pura.

Agora, se o seu caso vai depender de uma boa defumação de descarga


(desagregação de larvas etéreas etc.) porque você esta ou desconfia que esteja mal
influenciado por causas diversas ou que esteja recebendo vibrações negativas ou
qualquer espécie, mesmo em seu ambiente familiar ou de seu negócio, então
proceda nas seguintes condições...

A) Escolha sempre uma hora favorável da LUA e proceda à defumação,


conforme o item E, e obs. especial, mudando apenas, na caso, a cor, que será
AZUL, no ato de mentalizar.

92
B) Para isso escolha entre as seguintes ervas LUNARES (1, 3, 5, 7): folhas de
Lágrimas de Nossa Senhora, folhas de Quitôco, flores ou folhas de Manacá,
folhas de Erva da Lua, folhas de Mãe-boa, folhas de Panacéia, folhas de
Avenca, folhas ou flores de Rosa Branca ou Vermelha, folhas do Picão do
Mato, folhas de Chapéu de Couro, folhas de Mastruço, folhas de Poejo, Erva
de Santa Bárbara, folhas de Unha de Vaca.

2a Obs. Especial: Apenas em qualquer combinação que faça dessas ervas, é


imprescindível misturar cascas de dente de alho (não confundir com a palha que se
fazem as réstias) ou casca seca de limão verdadeiro. Após esta defumação (que
pode aplicar em si ou em outros irmãos), que deve ser feita com a roupa limpa e de
banho tomado, pode-se jogar os restos em qualquer depósito comum, porque o
fogo queima tudo, nada fica de negativo.

Adendo: podemos adiantar que as raspas do fruto ou da semente de Imburana,


as raspas da raiz seca ou mesmo da erva ou mesmo as folhas conhecidas como
Dormideira (sensitiva), as flores e folhas do Maracujá, as raspas do fruto do
Bicuíba, as flores e folhas ou sementes do Girassol, usadas em defumação, são
poderosos revigorantes e calmantes neurocerebrais ou do sistema nervoso de um
modo geral.

Podem ser aplicadas (em combinação de 1, 2, 3 ou todas juntas) nas horas


favoráveis da LUA, quando à noite e nas horas favoráveis do SOL, quando de dia.

As pessoas nervosas (com esgotamento nervoso, “surmenage”) têm nessa


terapêutica das defumações com estas plantas, seguros meios de melhorarem
muito, isto é, um poderoso complemento ou auxiliar em seus tratamentos...

Isso porque, quase todas as fraquezas nervosas são de fundo psíquico, isto é,
morais, emocionais e espirituais (por distúrbios mediúnicos, por atuações
espiríticas e mesmo por cargas de baixa magia).

Ora, sabemos que as fraquezas e os abalos nervosos (mesmo os que são


produzidos por excessos físicos, cansaço etc.) começam por desequilibrar
primeiramente o corpo-astral e é por isso que os seus sintomas principais e mais
deprimentes são os que martirizam o paciente pelo seu psiquismo, ou seja, pela
qualidade dos pensamentos negativos que ele passa a gerar, assim como cismas,
manias, medos, temores injustificados, angústias diversas a que, normalmente, não
ligaria.

Assim é que essa defumação vitalizante, calmante etc., vai impregnar os seus
centros nervosos mais sutis, alimentando-os, e que estão, justamente, no seu
“perispírito” ou corpo-astral.

93
Daí se infere claramente que, além de produzirem, também, uma limpeza de
larvas e outras agregações morbosas astrais, vai tonificar citados centros nervosos
mais sutis e mais poderosos, porque são eles que dominam todos os plexos
nervosos físicos propriamente ditos na medicina oficial.

Tanto é que, se os responsáveis pelas casas de saúde pudessem experimentar


essa terapêutica dos defumadores, veriam que os doentes experimentariam
grandes melhoras e muitos deles dali sairiam mais depressa...

94
RITUAL OU A OPERAÇÃO MÁGICA PARA A IMANTAÇÃO DAS
PEMBAS...

A
pemba preparada funciona, nos trabalhos de Umbanda, como uma espécie
de instrumento mágico por excelência...

Porém, as pembas adquiridas nas casas comerciais sem esse preparo, sem essa
imantação, são, apenas, pedaços de giz bruto, aos quais foi adicionado um corante
qualquer, a fim de obterem as cores desejadas...

Não é verdade que tenham vindo da África, que tenham recebido tal e qual
elemento de “força da natureza” ou tal e qual poder proveniente de uma química
qualquer de tal ou qual localidade... Isso é “força de propaganda” apenas...

Todavia, mesmo assim, elas servem para riscar os sinais cabalísticos, os


chamados pontos-riscados e os mais variados símbolos da preferência dos
terreiros.

Servem assim ditas como “pembas comerciais”, como serviriam também


qualquer giz de forma comum – tipo escolar...

Porque, se uma entidade de fato pegar de um giz (incorporada num médium, é


claro), de uma pemba, de um carvão ou de um lápis – qualquer um desses
elementos se transforma, por força de sua atuação através dos sinais riscados que
imprimiu, ou traçou, num instrumento mágico. Isso, é claro, nas “mãos” de um
caboclo ou preto-velho.

No entanto, o que vamos ressaltar aqui é a operação mágica de imantação de


pembas – condição quase desconhecida pelos que se dizem ou se intitulam “paisde-
santo, babalaôs, chefes-de-terreiro, tatas, etc.” – que tem o seu tríplice valor.

O médium umbandista de fato e de direito deve saber distinguir, perfeitamente,

o aspecto Magia ou de força mágica, do religioso propriamente dito.


Para isso deve saber mais que certa ordem de trabalhos exige condições especiais
e elementos particulares ou afins a certas forças ou a certas operações, não usáveis
nas cerimônias puramente religiosas ou espirituais...

95
Então, ele pode adquirir as pembas nas casas do gênero, porém deve saber
prepará-las, pois com magia não se brinca e quanto maior for o cuidado com os
instrumentos mágicos, maior segurança, maior efeito...

Portanto, coerente com a nossa linha doutrinária – que é a de elucidar,


esclarecer, explicar sempre, para o meio umbandista, vamos discriminar os Rituais
Mágicos para Imantação de Pembas...

Isso fazemos, porém lembramos ou melhor, advertimos com bastante clareza:


estamos ensinando coisas que se aplica tão-somente à Magia Branca da Corrente
Astral de Umbanda, isto é, a essa força que só pode ser usada ou manipulada
para servir ao próximo, dentro da linha da Caridade. Sair desse aspecto para o
lado negro é suicídio.

Nós jamais ensinamos Magia Negra a ninguém; conhecemos esse aspecto a


fundo, mas os sombrios horrores, os nefandos envolvimentos desse citado aspecto
não é caminho para quem já possua uma “gota de luz no entendimento”...

Então, vamos reafirmar o seguinte conceito: a pemba, desde que preparada


dentro de certas condições astromagnéticas, tem seu valor triplicado nos trabalhos
de ordem mágica...

Deve ser usada para os pontos de autodefesa, de segurança geral, de abertura de


caminhos ou de desembaraços diversos, qualquer cruzamento e especialmente nos
casos de “desmanchos de trabalhos” oriundos da baixa magia, enfim, para
descargas de corrente negativa de qualquer espécie. Então, vamos aos rituais de
preparação.

Ritual para o preparo Mágico das PEMBAS BRANCAS OU DE QUALQUER


COR, para qualquer entidade – caboclos, pretos-velhos e crianças de qualquer
Linha ou Vibração... da Corrente Astral de Umbanda....

A) Ter as PEMBAS em estado virgem (sem uso).

B) Ter uma bacia ou recipiente de madeira com um furo nos fundos.

C) Colher durante a fase da lua CHEIA (qualquer dia), em praia limpa, areia

do mar (um litro cheio mais ou menos).

D) Ter três pedaços de carvão vegetal.

E) Ter num vidro a seguinte infusão ou sumos dessas ervas solares: folhas de

arruda; folhas de levante; folhas de maracujá.

F) Ter três agulhas virgens (agulhas de coser).

G) Verificar pelo Almanaque do Pensamento (do ano corrente) quando a LUA

96
entra na fase de NOVA.

H) Ter 3 velas de cera de tamanho regular.

97
I) Ter um pouco da essência ou do perfume de sândalo...

Todo esse material estando pronto, o preparador se inteira do dia em que a LUA
entra na fase de NOVA e no dia seguinte, ao romper do SOL (quando ele “nasce”)
bota a bacia em local exposto a seus raios...

Logo depois, põe dentro da dita bacia uma camada de areia do mar, os três
pedaços de carvão virgem e as três agulhas; depois acaba de encher com areia
restante.

A seguir vai colocando a quantidade de PEMBAS que desejar (brancas ou de


cores) com mais de metade enterrada na dita areia.

Isto feito, acende as TRÊS velas de cera, e oferece às entidades protetoras das
TRÊS BANDAS – Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças... Nessa ocasião, faz uma
firme concentração e pede aos Gênios da hora, aos Orixás de LUZ, que imantem as
pembas com a natureza dos elementais, segundo a sua fé (do preparador), a sua
pureza de intenções etc...

Acabando de dizer isso, curva-se e faz três inspirações profundas e lentas e


começa a expirar (exalar) para cima das ditas pembas. No intervalo de cada
inspiração e exalação (depois de soprar o seu hálito nas pembas) diz a seguinte
palavra mágica (tem força de mantra) – A-NA-CA-UAM... lentamente...

Depois disso, as pembas começam a ser banhadas com o perfume de sândalo,


para 15 minutos depois banhar ou ensopar as pembas com o sumo das ervas
citadas no item B. Deixar as velas queimar até a metade. Apagá-las.

A noite, procede à mesma imantação, isto é, repete tudo e deixa as velas se


acabarem, queimando até o fim...

No dia seguinte, levanta as pembas para a superfície da areia e deixa-as secar


completamente ao Sol...

OBS.: Pode guardar a bacia com o seu conteúdo. Servirá para outras
preparações. Não esquecer de guardar as pembas em caixa separada e com
identificação de imantadas. Agora, atenção: essas pembas, não podem ser usadas
por médiuns em desenvolvimento nem por pessoas não capacitadas... Outrossim, é
claro que o preparador terá que estar de corpo e alma limpos, isto é, não pode ter
relações sexuais na véspera desse preparo.

A muitos comodistas parecerá complicado esse ritual e naturalmente darão


(como sempre o fazem) preferência comprá-las e usá-las tal como vêm. Esses são os

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mesmos cujos “guias” receitam os banhos da casa tal, os pozinhos para despertar
amor etc. Isso aqui não é para esses “comerciais”. Isso é para umbandistas de
fato.

99
RITUAL DO FOGO – LIMPEZA ASTRAL DO TERREIRO OU A
QUEIMAÇÃO FLUÍDICA DE LARVAS...

Bem, caro irmão médium – Dirigente ou chefe de tenda de Umbanda e,

portanto, responsável direto pela boa manutenção psico-astral dela – você costuma
fazer a “limpeza astral” de seu terreiro todos os meses?....

Não? Talvez você pense que somente os usuais defumadores de todas as sessões
sejam suficientes...

Não! Não são suficientes! E lembre-se: quanto mais você zelar pela harmonia
vibratória do ambiente dessas sessões, tanto melhor...

Lembre-se mais que, durante as várias sessões do mês e segundo a natureza dos
casos, das coisas, das descargas que por ali tem seqüência, forçosamente vão se
acumulando elementos astrais negativos de toda espécie, assim como larvas
fluídicas mentais (dos humanos pensamentos) e astrais, e também outras
qualidades de larvas, geradas, projetadas e mesmo “despejadas” no ambiente de
seu terreiro, por espíritos inferiores, “kiumbas” etc, muitos dos quais, contrariados
por terem sido afastados de pessoas ali socorridas, e como ato de vingança,
deixam-nas (a essas larvas que, geralmente, tem a forma de baratas pequenas) em
certos recantos, em certas coisas e objetos quaisquer...

Então se torna necessário que você faça todos os meses essa limpeza astral ou
essa “queimação de larvas” fluídicas... sobretudo porque é em cima de você que
esses “kiumbas”, esses espíritos contrariados (muitos até autênticos magos negros
das trevas) e mesmo as pessoas socorridas vibram ou “despejam” suas condições
mórbidas! Certo?...

Portanto, vamos providenciar o Ritual do Fogo, para purificar o ambiente,


operação essa que se faz da seguinte forma:

A) Todos os meses (ou sempre que julgar necessário), escolha o 3o dia em que a

lua esteja na sua fase de CHEIA (quando ela está vampirizando tudo,

sugando a seiva das coisas, ou seja: atraindo tudo e sendo “copulada” pelos

elementos ativos da natureza) e numa hora favorável (desse dia) do SOL ou

de MARTE (diurna ou noturna) proceda assim...

B) Escolha 2 médiuns do sexo feminino e 2 do sexo masculino. Prepare, com

arame grosso, três hastes ou bengalas desse arame, sendo que, na ponta de

cada uma, coloque um chumaço de algodão bem preso. Após, distribua

100
assim: -2 para os médiuns homens e 1 para o médium mulher. Faça-os
embebe-los em álcool e acenda-os (tochas). Todos os três médiuns saem
percorrendo todos recantos do terreiro, todas as dependências, “congá”,
tudo enfim, como se estivessem queimando o ar (como realmente estarão),
ao mesmo tempo que o 4o médium, mulher, segue-os fazendo uma vigorosa
defumação somente com cascas de dente de alho, até saírem pela parte da
porta principal do dito terreiro, onde serão (essas bengalas com o chumaço
ardente) depositadas no chão, cruzadas e por sobre elas botar o vaso de
defumação, até se apagar tudo. Depois deverão ser cobertas de folhas
verdes da planta conhecida como “comigo ninguém pode” e envolvidas
com papel para serem encaminhas, ou aos campos, as matas, a uma água
corrente, ao mar ou mesmo a uma encruzilhada de campo. Naturalmente
que esse Ritual do Fogo deve ser acompanhado de pontos-cantados
adequados ao fim, bem como o “congá” deve ser iluminado.

Tudo isso feito assim, é simples, certo, altamente eficiente e indispensável!


“Saravá” então as forças do Bem, que não desamparam os bem intencionados...

101
O TALISMÃ E O SEU VERDADEIRO SEGREDO
ASTROMAGNÉTICO DE PREPARAÇÃO... DE COMO IMANTÁLO
PARA USO DIVERSO E AUTODEFESA NO KABALISMO DA
ALTA MAGIA DE UMBANDA... OS PONTOS NEURORECEPTIVOS
DO CÉREBRO, EM CORRESPONDÊNCIA DE
SIGNOS, PLANETAS, ORIXÁS ETC., EM FACE DOS DITOS
TALISMÃS E DOS CHAMADOS “AMACYS” DE CABEÇA...

Não é preciso nos estendermos muito sobre o remotíssimo uso dos talismãs.

Todos os povos jamais deixaram de ter os seus talismãs ou amuletos. Os egípcios


foram quem mais aplicaram o valor desses talismãs, até na psicoterapia, pois eram
mestres no seu preparo.

Não há tribo ou raça de qualquer parte do mundo que não faça uso de amuletos
ou talismãs, desde as mais primitivas formas, as mais elevadas ou cientificas...

Assim é que muitos apenas ou usam por superstição, outros por sugestão
mística ou religiosa e outros, mais pelo aspecto oculto ou kabalístico, mágico etc.

Bentinhos, santinhos, escapulários, rosários, fitinhas bentas, orações etc., são


talismãs para o católico; patuás diversos, com pontos riscados, figas e raízes,
colares de louça e vidro ou de frutos e sementes e inúmeras coisinhas mais são
talismãs para os umbandistas menos cultos ou esclarecidos; dentes e unhas de
bichos, figas de osso ou pontas de chifres, pedras etc., também são talismãs para a
turma do candomblé; e até o livro, como a Bíblia, é um poderoso talismã para os
protestantes...

De sorte que o TALISMÃ é todo ou qualquer objeto que uma pessoa tenha e use,
mantendo sobre ele uma especial corrente de pensamento, quer pelo aspecto
sugestivo, religioso, de convicção extra, de fé etc., quanto a seus eventuais efeitos
ou influências benéficas...

Esse é talismã puramente sugestivo, místico e que, naturalmente, também tem o


seu valor... Porém, não é desse tipo de talismã que vamos ressaltar aqui. Esse é o
comum ou o corriqueiro.

Vamos entrar com o verdadeiro segredo astromagnético dos talismãs, pelo


ângulo científico e mágico propriamente dito, segundo a natureza astral vibratória
de cada pessoa...

102
Não vamos nos estender muito sobre os considerandos; vamos direto à questão,
ou seja, à maneira de como prepará-los ou imantá-los, pois são talismãs
planetários de verdade e não jóias ou bugigangas de aparência ou vaidade; entram
em jogo os sete metais próprios à natureza particular de cada planeta que rege o
nascimento de cada pessoa, acrescidos de sua natureza kabalística (lei de pemba),
com o seu sinal ou ideograma próprio...

Todos os ocultistas, magistas etc., devem saber algo da “natureza oculta” dos
metais... “que são dotados de certas virtudes terapêuticas, de forças particulares
de ação e reação mágica...”

Então firmemos o conceito: “os talismãs astromagnéticos, preparados sob as


condições corretas de alta Magia de Umbanda, se transformam em poderosos
acumuladores de sutilíssimas energias ou forças cósmicas que estimulam os nossos
poderes internos, ao mesmo tempo que captam e projetam vibrações protetoras e
de autodefesa para seu possuidor. Enfim, o talismã aumenta as nossas energias
latentes e é um “escudo de proteção”...

Portanto, de princípio estamos apresentando esse mapa, para que o interessado


fique conhecendo as suas identificações particulares – de “natureza oculta”.

Agora que já foi estudado o MAPA das Correlações, vamos apresentar logo os
desenhos dos TALISMÃS, com as especificações, abaixo, os materiais necessários,
para que não haja dúvidas. A única dificuldade (se é que o seja) é de o interessado
mandar fazê-lo por um gravador etc. Esses não são adquiridos já prontos,
conforme os outros que estão à venda como jóias etc... Naturalmente que há
talismã, como o do Signo de Leão, que deve ficar caro, porém, tanta gente ai
adquire colares (de penas multicores) caríssimos (de 4 a 6 e até 25 mil cruzados, só
para exibir o “seu caboclo” etc.) com a maior facilidade...

Eis os desenhos discriminativos; é só estudá-los com calma...

MAPA DAS CORRELAÇÕES MAGICAS OU ASTROMAGNÉTICAS PARA


IDENTIFICAÇÃO DOS TALISMÃS

ORIXALÁ:

Planeta afim: Sol;


Metal afim: Ouro;

103
Signo do Planeta: Leão;
Natureza do Signo: Fogo (elementos etéreos ou ígneos);
Forma geométrica da molécula de força (correntes astromagnéticas) afins ao signo
do planeta: A de um Triângulo Eqüilátero;
O ideograma do chakra ou o ponto kabalístico próprio (Lei de Pemba): o mesmo
desenho que está assinalado pela letra B e dentro do triângulo do Talismã do
Signo de Leão.

Talismã do Signo de Leão

A) Placa do Disco de aço inoxidável ou niquelado com 3, 5 ou 7 cm de


diâmetro.

B) Placa de ouro em forma de um triângulo eqüilátero, de tamanho relativo e


sobre a qual está o relevo (lei de pemba). Essa placa de ouro por ser
chumbada ou colada.

C) Desenhos em baixo-relevo de triângulos...

YEMANJÁ:

Planeta afim: Lua;


Metal afim: Prata;

104
Signo do Planeta: Câncer;
Natureza do Signo: Água (elementos líquidos)
Forma geométrica da molécula de força (correntes astromagnéticas) afins ao signo
do planeta: A de um Octaedro;
O ideograma do chakra ou o ponto kabalístico próprio (Lei de Pemba): o mesmo
desenho que esta assinalado pela letra C, no Talismã do Signo de Câncer.

Talismã do Signo de Câncer

A) Placa do Disco de aço inoxidável ou niquelado, com 3, 5 ou 7 cm de


diâmetro.
B) Ao centro um octaedro de prata maciça (esculpido, limado, preso ou
chumbado) tamanho de acordo...
C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba)

YORI (crianças):

Planeta afim: Mercúrio;


Metal afim: Mercúrio;
Signos dos Planetas: Gêmeos e Virgem;

105
Natureza dos Signos: Gêmeos – Ar (elementos gasosos ou aéreos); Virgem – Terra
(elementos sólidos);

Forma geométrica da molécula de força (correntes astromagnéticas) afins ao signo


do planeta: Gêmeos – A de um Icosaedro; Virgem – A de um Cubo;
O ideograma do chakra ou o ponto kabalístico próprio (Lei de Pemba): o mesmo
desenho que está assinalado com a letra C no Talismã do Signo de Gêmeos e
Virgem...

Talismã do Signo de Gêmeos

A) Placa do Disco de aço inoxidável ou niquelado, com 3, 5, ou 7 cm de


diâmetro.
B) Desenho do icosaedro em baixo-relevo (tamanho de acordo), tendo no
centro o desenho, também em baixo-relevo, do “ideograma”. (lei de pemba).
C) Cápsula de vidro, contendo o mercúrio (ou azougue), tamanho e
quantidade relativos (*)
D) Desenhos dos “ideogramas” em baixo-relevo...

Talismã do Signo de Virgem

A) Idem
B) Desenho em baixo-relevo de um cubo
C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba)

106
D) Cápsula de vidro, contendo o mercúrio (ou azougue), tamanho e
quantidade relativos (*)

Obs*: Somente os talismãs correspondentes ao planeta Mercúrio não podem ter o


metal em estado de massa, sólidos; porque, como se sabe, o azougue é metal
líquido, superior aos demais, tanto é que pode penetrá-los e corroê-los. Por isso
tem que ser posto numa cápsula de vidro.

XANGÔ

Planeta afim: Júpiter;


Metal afim: Estanho;
Signo dos Planetas: Sagitário e Peixes;
Natureza dos Signos: Sagitário – Fogo (elementos etéreos); Peixes – Água
(elementos líquidos);

Forma geométrica da molécula de força (correntes astromagnéticas) afins ao signo


do planeta: Sagitário – A de um Triângulo Eqüilátero; Peixes – A de um
Octaedro;
O ideograma do chakra ou o ponto kabalístico próprio (Lei de Pemba): o mesmo
desenho que esta assinalado pelas letras C, nos Talismãs dos Signos de Touro e
Libra...

Talismã do Signo de Sagitário

107
A) Placa do Disco de aço inoxidável ou niquelado, com 3, 5 ou 7 cm de
diâmetro.

B) Placa de estanho em forma triangulada (presa, chumbada ou colada) em


cujo centro está o desenho em baixo-relevo do “ideograma” (lei de pemba)

C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas”...

Talismã de Peixes:

A) Placa do Disco de aço inoxidável ou niquelado, com 3, 5 ou 7 cm de


diâmetro.
B) Octaedro em massa de estanho, preso ao centro (pode ser limado, esculpido
etc.) tamanho de acordo...
C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba)

108
OGUM:

Planeta afim: Marte;


Metal afim: Ferro;
Signo dos Planetas: Áries e Escorpião;
Natureza dos Signos: Áries – Fogo (elementos etéreos); Escorpião – Água
(elementos líquidos);

Forma geométrica da molécula de força (correntes astromagnéticas) afins ao signo


do planeta: Áries – A de um Triângulo Eqüilátero; Escorpião – A de um
Octaedro;
O ideograma do chakra ou o ponto kabalístico próprio (Lei de Pemba): o mesmo
desenho que esta assinalado pelas letras C, nos Talismãs dos Signos de Áries e
Escorpião...

Talismã do Signo de Áries

A) Placa do Disco de aço inoxidável, ou niquelado com 3, 5 ou 7 cm de


diâmetro.

B) Placa de ferro polido em forma de triângulo eqüilátero, tamanho de acordo,


colada, presa, chumbada, etc.) e sobre a qual está o desenho do
“ideograma”.

C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba).

109
Talismã do Signo de Escorpião

A) Idem
B) Octaedro de ferro polido, em massa, tamanho de acordo (para fixar,
chumbar, colar etc.) no centro...
C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba).

110
OXOSSI:

Planeta afim: Vênus;


Metal afim: Cobre;
Signo dos Planetas: Touro e Libra;
Natureza dos Signos: Touro – Terra (elementos sólidos); Libra – Ar (elementos
gasosos);

Forma geométrica da molécula de força (correntes astromagnéticas) afins ao signo


do planeta: Touro – A de um Cubo; Libra – A de um Icosaedro;
O ideograma do chakra ou o ponto kabalístico próprio (Lei de Pemba): o mesmo
que esta assinalado pelas letras C, nos Talismãs dos Signos de Touro e Libra...

Talismã de Touro

A) Placa do Disco de aço inoxidável, ou niquelado com 3, 5 ou 7 cm de


diâmetro.
B) Cubo de cobre, em massa limada, polida etc., tamanho de acordo, (para
fixar, pregar, chumbar etc.) no centro do disco.
C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba).

111
Talismã do Signo de Libra

A) Idem

B)
Icosaedro de cobre em massa (polida, limada) para pregar, fixar ou
chumbar, tamanho de acordo e sobre o qual está um desenho no
“ideograma”, ao centro.

C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba).

YORIMÁ (pretos-velhos):

Planeta afim: Saturno;


Metal afim: Chumbo;
Signo dos Planetas: Capricórnio e Aquário;
Natureza dos Signos: Capricórnio – Terra ; Aquário – Ar (elementos aéreos ou
gasosos);

Forma geométrica da molécula de força (correntes astromagnéticas) afins ao signo


do planeta: Capricórnio – A de um Cubo ; Aquário – A de um Icosaedro
O ideograma do chakra ou o ponto kabalístico próprio (Lei de Pemba): o mesmo
desenho que esta assinalado pelas letras C, nos Talismãs dos Signos de
Capricórnio e Aquário...

112
Talismã de Capricórnio

A) Placa do Disco de aço inoxidável, ou niquelado com 3, 5 ou 7 cm de


diâmetro.
B) Cubo de Chumbo, em massa (polida), tamanho que se queira, para fixar,
pregar ou colocar... no centro do disco.
C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba).

Talismã do Signo de Aquário

A) Idem
B) Icosaedro de chumbo, em massa (polido, limado etc.) para fixar ou prender
no centro do disco. Tem “ideograma” no centro, em baixo-relevo.
C) Desenhos em baixo-relevo dos “ideogramas” (lei de pemba).

113
Agora que o interessado já ficou sabendo como pode fazer o talismã como objeto
propriamente dito, tendo-o à mão, pronto, vamos dizer como vai imantá-lo, com as
forças astromagnéticas em relação com a alta Magia da Lei de Umbanda. Atenção,
portanto: não podemos nem devemos entrar nos profundos detalhes da razão ou
do porque dos elementos e dessa operação; porém é o que há de mais verdadeiro
em questões de magia prática, útil, simples e eficiente. Então...

A) Colher, numa hora favorável da LUA, quando estiver em sua fase de


NOVA, areia do mar, em águas limpas... em quantidade razoável e trazê-la.
B) Depois queimar carvão virgem numa hora favorável de Marte, nessa mesma
fase lunar. Logo a seguir, recolher as cinzas...

C) Essas coisas estando à mão, aguardar a passagem da Lua de sua fase de


cheia para minguante (que é quando o fluido lunar concentra
verdadeiramente a seiva ou seu eletro-magnetismo na raiz das coisas ou
dos vegetais e dos metais, também... operação essa que pode ser feita com
calma, visto essa passagem durar mais ou menos duas horas, que é quando
os 5 tattwas perfazem um ciclo de mudança de 2 horas) para poder misturar
esses dois elementos: cinza e areia do mar.

D) Escolher para fazer essa mistura quando o tempo estiver bom, sem chuvas
etc., e em recipiente de vidro ou louça colocar a areia e a cinza.

E) A seguir, colocar nesse recipiente, e coberto com a tal mistura, o Talismã que
já deve estar pronto e naturalmente é o correspondente ao Signo do
interessado...

F)
Ao mesmo tempo que o interessado já providenciou o que acima está
ensinado, deve ter também o sumo dessa planta que chamam de dormideira
(sensitiva), em raiz, folhas etc., e colocá-lo dentro do copo, bem cheio, que

114
deve ficar em cima da areia, tendo naturalmente o talismã enterrado, por
baixo. Deixar então tudo isso em local conveniente, pois vai ficar ao relento
três dias. Também não esquecer de iluminar esse “preceito mágico”, com
três luzes de lamparina, na intenção das forças afins à pessoa ou para a
Corrente Astral de Umbanda.

G) Logo ao romper do Sol, na manhã seguinte, dirigir-se ao local, em jejum, e


virar-se para o Oriente ou para o lado do Sol, retirar o talismã, pô-lo entre as
duas mãos, e colocar o pé direito em cima da areia (por o copo com o sumo
da erva de lado) e fazer o seguinte ato respiratório: sete respirações
profundas, sendo que, no ato de expelir o ar, fazê-lo pela boca para cair em
cima do talismã que está entre as mãos...

Essa respiração, que consta de dois tempos, deve ser feita assim: na fase de
inalação (narinas), à proporção que for enchendo de ar os pulmões, deve ir
mentalizando fortemente a letra I, como se estivesse sibilando-a no ato de absorver

o ar. Manter o ar preso por segundos. Depois expeli-lo lentamente pela boca em
dois tempos: na primeira parte desse ato de expelir o ar, faça-o ciciando a sílaba ci
e, na fase final desse sopro, como se estivesse soprando a letra o, para que a força
final dessa expiração recaia toda sobre o talismã que está entre as mãos. Então é
claro que, nessa operação, usou 7 vezes o termo ICIÓ (mantra).
Repetir essa operação descrita 3 dias, ou seja, 3 manhãs, ao romper do Sol.

Agora, cada vez que terminar essa respiração, esse sopro, repor o talismã no
recipiente, coberto da mesma mistura, e apanhar o copo com o sumo da erva e
molhar o talismã, por cima da areia. Repor o copo em cima, com o resto do sumo,
que deve dar para 3 vezes. Ao findar essa imantação de 3 dias, retirar o talismã,
que está pronto para ser usado. Pode conservá-lo no bolso do lado direito do
corpo, ou usá-lo com uma corrente no pescoço. Quando for dormir, conservá-lo de
lado, em cima de uma mesinha, um copo de água perto.

Estamos dando ainda um esquema de correlações etc., para outras aplicações


mais profundas desses talismãs individuais: uso psico-astral magnético.

Em qualquer situação difícil, levar o talismã à zona apropriada de seu Signo,


concentrar e pedir proteção às forças afins. Sendo que esse contato com a dita zona
se faz segurando o talismã com três dedos: polegar, indicador e médio, da mão
direita. Isso somente nas zonas assinaladas por LETRAS, em número de 12. Essas
12 zonas também são próprias para receber os chamados “amacys” de cabeça,
cujos sumos de ervas devem ser friccionados suavemente nelas, isto é, na zona
identificada pelo Signo do médium ou iniciando, no ato dessa cerimônia...

115
E quanto aos pontos correspondentes aos números de 1 a 5, o contato dos
talismãs sobre eles obedece às discriminações indicadas em cada um. É bastante a
pessoa se recolher a um ambiente calmo e aplicar o dito contato com o seu talismã,
invocando ou orando às suas forças afins ou para a Corrente Astral de Umbanda. E
é só, o desenho da cabeça e o esquema dizem tudo.

Obs. Final: Essa mistura de areia e cinza que foi usada no preparo
astromagnético do talismã deve ser enterrada para ser misturar com a própria
terra...

Esquema das correlações astromagnéticas sobre zonas neuro-receptivas, para


uso prático dos talismãs, dos denominados “amacys” etc.

Ponto A: correspondente a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


LEÃO (Astro SOL – Linha de OXALÁ)

116
Ponto B: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de
GÊMEOS (Planeta governante MERCÚRIO – Linha de YORI).

Ponto C: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


VIRGEM (Planeta MERCÚRIO – Linha de YORI)

Ponto D: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


ÁQUARIO (Planeta SATURNO – Linha de YORIMÁ).

Ponto E: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


PEIXES (Planeta JÚPITER – Linha de XANGÔ).

Ponto F: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


SAGITÁRIO (Planeta JÚPITER – Linha de XANGÔ)

Ponto G: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


CÂNCER (Satélite LUA – Linha de YEMANJÁ).

Ponto H: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


ÁRIES (Planeta MARTE – Linha de OGUM).

Ponto I: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


TOURO (Planeta VÊNUS – Linha de OXOSSI).

Ponto J: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


ESCORPIÃO (Planeta MARTE – Linha de OGUM).

Ponto K: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


CAPRICÓRNIO (Planeta SATURNO – Linha de YORIMÁ).

Ponto L: corresponde a certa ZONA neuro-receptiva ou magnética do nativo de


LIBRA (Planeta VÊNUS – Linha de OXOSSI).

Ponto 1: ZONA de estímulo neuro-sensitivo ou psíquico para combater a cólera, o


ciúme, o ódio etc. (contato somente do lado esquerdo).

Ponto 2: ZONA de estímulo neuro-sensitivo ou psíquico para reavivar a memória,


as lembranças, etc. (contatos quer à esquerda, quer à direita).

Ponto 3: ZONA de estímulo neuro-sensitivo ou psíquico para combater a tristeza, a


melancolia (contato somente do lado esquerdo da cabeça).

117
Ponto 4: ZONA de estímulo neuro-sensitivo ou psíquico para firmar a
concentração, a meditação (contato frontal).

Ponto 5: ZONA de estímulo neuro-sensitivo ou psíquico para “fortalecer a


vontade, combater as depressões” etc. (contato frontal)

118
“É FORÇA DE PEMBA”... SIM “SINHÔ”...

É força de pemba... é Lei


Se errou... se extraviou...
Ninguém pode dá caminho
Ninguém pode dá malei...

.....

Só quem pode dá malei


É “preto-véio” de seu “congá”...
Assim mesmo é preciso
Que se endireite e volte cá...

Esse ponto nós o ouvimos (e jamais o esquecemos) de um certo “preto-velho”,

num antigo e extinto terreiro de um amigo e irmão de lei (já falecido) – médium de
fato e de direito, numa ocasião memorável...

Resumamos o caso em foco, para podermos dizer ou dar positivamente, certos


conselhos a certos médiuns...

“Preto-Velho” estava firme no “reino” (o aparelho era bom mesmo –


incorporava bem)... Desde que chegou, foi cantando... tirando sempre esse ponto
acima...

Os “cambonos” – gente viva de idéia, traquejados, foram logo após algum tempo
certificarem-se do porque desse ponto, com “preto-velho”...

Ele balançou a cabeça pra lá e pra cá, deu umas fumaçadas com o seu “pito” e
disse usando linguajar de guerra, mais familiar a todos os entendimentos: “Uai
gente – suncês nun tão alembrado daquele fio daqui, o fulano?”

Eles então logo lembraram desse caso e responderam: “estamos sim, meu
velho”...

E “preto-velho” logo retrucou: “pois bem – zi fulano vem pur ai, ta case
chegando nesse congá de preto-véio”... e acrescentou: “óia fios, arrecebam ele bem,
oviro?” ... E pôs-se a repetir esse ponto acima grafado...

Abramos um parêntese ligeiro, para recordarmos o tal caso de fulano...

119
Como tantos outros em outros terreiros, nessa apareceu um filho-de-fé, doente,
aflito, cheio de mazelas e confusões, principalmente na parte mediúnica espiritual,
porque realmente era médium (dentro do seu grau) e vinha sofrendo mais por falta
de apoio e boa orientação.

“Preto-velho” cuidou, tratou, reafirmou suas condições mediúnicas, enfim,


levantou-o de todo...

Depois de muito tempo – já firme – fez o seu batismo de lei, ato que implica
num juramento espontâneo, consciente da lealdade à faixa espiritual que o
acolheu, zelou e levantou...

Mas – é o caso corriqueiro de centenas e centenas de médiuns ou de irmãos que


procedem assim – a certa altura começou a se envaidecer e a ter ambições próprias
de chefiar; tornou-se um tanto ou quanto arrogante, olhando os outros com
superioridade...

Começou a criar casos. A fazer sessões por conta própria em sua casa, na casa
dos outros médiuns mais ingênuos etc... A “ovelha” estava se desgarrando do
“aprisco”...

Aconteceu o que, forçosamente, acontece nesses casos... Um choque hoje, outro


amanhã e o ambiente do terreiro vai ficando “irrespirável” para o tal médium e ele
lá se foi... não obstante os conselhos de “preto-velho” – aos quais não deu muita
importância... porque “pensava estar seguro, pois também não tinha seus
protetores”?

Nesses casos – repetimos – que acontecem em profusão e não há Tenda que não
se queixe disso, o médium extraviado segue sempre dois caminhos: ou abre
terreiro por conta própria ou começa a correr gira – de terreiro em terreiro... pois
ele quer exibir seus “protetores”, suas artes mágicas...

Com esse aconteceram as duas coisas e nada deu certo para ele (como não tem
dado para os outros também – se saíram de uma gira digna, honesta, sincera)...

O terreiro que abriu, acabou fechando (quando não acaba fechando é porque
descambou ou para o animismo estilizado ou para o vale tudo) de tantos e tantos
“estouros” e contra-tempos astrais, intrigas e outras coisinhas mais...

Daí começou a ficar desconfiado... e se auto-interrogava de consciência pesada:


“será que é força de pemba”? Quanto mais pensava, mais adquiria essa certeza.
Mudou. Foi “correr gira”... Foi se apegar com outros...

120
Não deu certo... e iniciou uma romaria de terreiro em terreiro. Fez preceitos de
toda ordem (sim porque acabam caindo mesmo “nos tais terreiros que de
umbanda só tem o nome” – até “camarinha” fazem), firmou a “cabeça”, fez o santo
várias vezes. Nada. Aqueles contatos positivos que tinha lá no terreiro de “pretovelho”
que ele traiu... nada... sumiram como por encanto.

As antigas confusões voltaram... na vida, no lar, nos negócios etc. Ai ele medrou
mesmo de verdade... “será força de pemba” – meu Deus? – ruminava ele, dia e
noite, com sua mente apavorada, sugestionada, perturbada...

Ainda suportou muito, por causa de sua vaidade, “de não querer dar o braço a
torcer”... pensando na humilhação da volta...

Porém, acabou sendo mesmo aconselhado por outrem que já tinha passado por
essa situação e decidiu-se...

Foi quando – nessa noite – resolveu voltar, assim como quem estava com
saudade... querendo rever os velhos companheiros de lá...

E “preto-velho” cantava... sabia e cantava.. esperando (ah! velho de fato e


direito)... quando apareceu ele – a “ovelha transviada”. Desconfiado, “cabreiro”,
como se diz na gíria de terreiro...

Todos os companheiros antigos ficaram alegres (já estavam preparados),


encorajaram-no apontando para o “preto-velho”: “olha, fulano – o velho tá te
esperando”...

Emocionado, aproximou-se da entidade amiga, ajoelhou-se e não disse nada...


não tinha o que dizer, ou melhor, disse tudo nesse gesto de ajoelhar...

“Preto-velho” disse para ele – lembramos bem: “levanta, meu fio, só se ajoêia
quando se reza pra Zamby ou pra Oxalá e esse “preto-véio” não é merecedor
disso”.

Deu-lhe o “malei” que pedia; vários conselhos de conforto e voltou com outro
pontinho (indefinível para muitos dos que ali estavam), com a mão por cima de
sua cabeça. Ei-lo:

“Na ladêra de pilá


É... tombado
Bota fogo ni sapê
Pra nacê ôta fulo...”

121
Foi quando o médium arrependido não pode e desabafou, emocionadíssimo –
“eu sei meu velho – foi força de pemba sim sinhô”...

(Significado oculto do pontinho que o tal médium logo aprendeu: “na ladeira de
pila”, quis dizer – no caminho da vida espiritual mediúnica... “É...tombado...” quis
dizer: caiu, derrapou, se extraviou, errou etc.”... “Bota fogo ni sapê”, quis dizer:
destrua as mazelas morais, psíquicas, suas vaidades, seus erros”... “Pra nacê ôta
fulo”, quis dizer: regenerar para criar outras forças novas, forças espirituais, morais
etc.”...)

Assim, extraindo desse caso o saldo moral, vamos dar alguns conselhos, nesse
sentido. Cremos ser oportuno.

A) Irmão médium: se você anda por ai, às tontas, fazendo “cabeça”, se


enterrando cada vez mais de “terreiro em terreiro” – não continue assim; volte
para a sua Tenda, de vez que você sabe que ela é digna, se pauta na linha justa da
caridade, da moral, da humanidade e da sinceridade. Porque fez isso? Cuidado !
Você esta prestes a entrar, se já não entrou na “força de pemba... sim sinhô”...

B) Irmão médium – você que saiu de sua Tenda ou terreiro, “fofocando”


(desculpem o termo), cheio de vaidade, pensando ser o tal e até difamando o seu
médium-chefe ou dirigente – cuidado com a “força de pemba...sim sinhô” (Essa
expressão é muito conhecida e citada no meio. Ela significa uma espécie de disciplina
imposta pelo guia ou pelos protetores afins e responsáveis pelo médium da Corrente
Astral de Umbanda, quando ele se extravia, quando erra, por causas diversas...)

C) Irmão médium – você foi causa de quizília, conscientemente , em sua Tenda e


de lá saiu, cheio de empáfia, pensando já ter os conhecimentos de lei “pra abrir
terreiro ou agrupamento”? ...

Você provocou cisões – por causa dessa sua imbecil vaidade? Pois saiba: “você
semeou maus ventos e vai colher tempestades”... se já não as colheu!...

Você foi desleal e ingrato? Se você foi isso e o fez em gira de “preto-velho”, você
vai ver o que “é força de pemba...sim sinhô”...

Traição, ingratidão, deslealdade, difamação, não tem perdão – assim como você
pensa! Cuidado! “É na força de pemba... sim sinhô”.. que você vai ver quanto está
lhe custando ou vai custar tudo isso...

122
Quizílias (que você semeou no terreiro) em família? Abandono de amigos e
traições? Choques morais? Também podem lhe acontecer, porque, “força de
pemba... é a lei”.. não “dorme” não senhor...

Você abriu terreiro? – com que ordens e direitos de trabalho? Cuidado com o
astral inferior, que na certa, já sabe que você é faltoso, está errado e com toda
certeza já o envolveu e deu-lhe alguns “tombos”...

Você caiu, machucou-se, quebrou costelas, pernas, pés etc.? Pensa que foi mero
acidente? Coitado!... Isso “é força de pemba... sim sinhô”... que o baixo astral
aproveita pra judiar -pois você está “desguarnecido”, essa é que é a verdade...

Quem mandou trair os sagrados compromissos que assumiu com “preto-velho”?

“Preto-velho” é a Lei – representa as Ordens e os Direitos de Trabalho da


Sagrada Corrente de Umbanda... mas, não é mau, nem castiga diretamente; mas
sabe que “força de pemba... é a lei” que você infringiu, traiu e que tem de processar

o seu curso de ação e reação normal, ou seja: o que semeares, isso colherás...
E seus “guias e protetores”? – Na certa que você pode pensar que lhe estão
dando cobertura. Qual!

Você está nessa altura é mesmo com um belo “quiumba”, matreiro, velhaco,
sugando-o, envolvendo-o, dominando-o... isso sim!

Guias e Protetores de fato não acobertam erros, vaidade, quizília, ignorância e


deslealdade...

Obs.: Isso tudo não tem endereço certo. É pura doutrina. É recado do astral que
estamos dando. Nós não temos casos especiais que nos tenham abalado a esse
ponto. Nós estamos acima disso... Graças a Deus. Somos completamente
indiferentes a certas “águas passadas”...

Quando se diz que o médium faltoso está “pembado” é porque ninguém pode
dar jeito na situação dele (ninguém quer botar a mão na combuca); nenhum Guia
ou Protetor de outra “gira” pode interferir, socorrê-lo... pois “é força de pemba”
mesmo que ele está enfrentando, é a lei interna moral-espiritual que infringiu e
portanto... está sendo disciplinado...

Essa disciplina, às vezes, é sutil, porém, segura... O médium errado leva anos até
debaixo dela, enfrentando certos impactos, certos tombos duros, de um lado e de
outro, sem se aperceber de que está “apanhando”, mesmo porque “força de pemba
é lei... sim sinhô”...

123
Muitos médiuns, de acordo com a gravidade de seus erros e com a dureza de
seus corações. Vão até ao suicídio, como já tem acontecido por esses “congás”
afora.

124
SOBRE AS ENCRUZILHADAS DE RUAS, OS CIMITÉRIOS E OS
CHAMADOS CRUZEIROS DAS ALMAS DOS MESMOS

Revela lamentável falta de entendimento ou total ignorância das mais simples

regras da Corrente Astral de Umbanda, a criatura que se diz ou que pretende ser
umbandista praticante, quando faz os chamados “despachos” para exu nas
encruzilhadas de nossas ruas...

Muitos ao procederem assim, ou têm consciência do mal que estão fazendo – do


que duvidamos muito – ou estão cegos pelo “fanatismo tradicional” de certos
“terreiros” que os induzem a levar oferendas para exu nas encruzilhadas de ruas.

Já o dissemos e reafirmamos agora, alto e bom som, que Exus de Lei, guardiões
ou cabeças de legião, não fazem o seu “habitat vibratório” nesses ambientes, isto é,
não operam diretamente nessas encruzilhadas.

É preciso lembrarmos mais uma vez que, quem opera, quem infesta esses
lugares, são as diversas classes de espíritos atrasados, dentro os quais os chamados
kiumbas – esses grandes marginais do astral...

É necessário sempre se ter em mente que as encruzilhadas de ruas são


verdadeiros sugadouros das mais diversas ondas de pensamentos, mormente as
negativas de toda espécie, pois que são pontos onde as criaturas passam por
caminho que se cruzam, criando e alimentando assim um constante cruzamento
vibratório de pensamentos que se repelem ou se atraem, por afinidades, e por
causa disso mesmo são escolhidas as encruzilhadas como os pontos de
concentração preferidos pelo que há de mais baixo no astral inferior...

E para darmos mais um simples exemplo de relação, é bastante lembrarmos que


em quase todas as encruzilhadas de ruas existem botequins nas suas esquinas, isto
é, casas onde ingerem bebidas alcoólicas, embriagam-se, brigam e proferem
palavrões etc...

Já por aí se vê que a formação vibratória desses ambientes tem, forçosamente,


que ser baixa.

Espíritos viciados, perturbados, odientos, vingativos, brigões, enfim, tudo


quanto se pode qualificar como marginais do astral dos mais inferiores planos e
condições, procuram ávidos esses pontos de concentração – chamados
encruzilhadas de ruas – para vampirizar, perseguir e saciar desejos, bem como

125
atacar, perturbar e seguir os encarnados que por ali passarem de “portas abertas”,
isto é, dentro de condições vibratórias afins. Assim é que, quando se bota um
desses tais “despachos”, aí é que eles vibram de contentamento, porque caem
vorazes em cima da oferenda e marcam logo a aura ou o corpo-astral do infeliz
ofertante, para segui-lo e daí poderem se insinuar sutil e seguramente em seu
psiquismo, a fim de sugerir-lhe, sempre que desejarem, mais oferendas, ou seja,
mais “despachos” etc... Não largam mais a presa e acabam fazendo do pobre e
ignorante ofertante um escravo.

Portanto, cremos que ficou bastante claro e compreensível, que não é nesses
ambientes de encruzilhadas de ruas que o verdadeiro Exu “habita” ou tem seu
“campo vibratório de trabalho”, sabendo-se que o exu de lei (assim como o Sete
Encruzilhadas, Marabô, o Tranca-Ruas, Tiriri, a Pomba-Gira e outros, tão
difamados e vilipendiados pela ignorância e pela maldade de maus filhos-de-fé)
cumpre uma função karmica, não é nenhum espírito boçal, ignorante ou atrasado,
no sentido que lhes emprestam, pois muitos desses exus citados já foram em
encarnações passadas, até reis ou altas personalidades, na ciência e na política, no
militarismo e até grandes sacerdotes num passado longínquo. O porque de terem
decaído ou se colocado nessas condições karmicas, só eles é quem sabem, ou
melhor, só quem pode responder a isso corretamente são os Tribunais do Astral,
que os colocaram nessa faixa, ou nessa função, porque, não resta a menor dúvida,
são grandes magos negros, tem conhecimentos poderosos neste mister... e
naturalmente a eles está afeto o trabalho de controlar, frenar as variadas legiões de
marginais do baixo astral...

Assim é que, se um necessário trabalho não for encaminhado através deles – os


exus de lei, esses que estão (repetimos) dentro de uma função karmica, não tomam
conhecimento direto por nenhuma oferenda posta nessas encruzilhadas de ruas, a
não ser que, em condições excepcionais, peçam que ali sejam depositadas.

Fora disso, botar oferendas nesses locais é alimentar o astral-inferior e viciado


que não faz nada e ainda fica em cima do infeliz que assim procede, rondando-o e
instigando-lhes a mente com sutis sugestões, para que ele volte sempre a esses
ambientes, com os mesmos tipos de oferendas.

A mesma coisa acontece com os ambientes dos cemitérios, porém, a coisa por ali
assume de fato aspectos perigosíssimos. Vamos clarear aqui os entendimentos,
porque, depois de se ler isso, achamos difícil uma criatura, conscientemente, fazer
“trabalhos” ou oferendas nos cemitério ou nos seus cruzeiros, ditos das almas...

Bem – dentro do que há de mais certo, de mais positivo nos ensinamentos


ocultos ou esotéricos de todas as correntes e, principalmente, da nossa, os
cemitérios são considerados como verdadeiros depósitos de larvas, cascões

126
astrais, matérias em decomposição, odores e gases internos, formando tudo isso
uma espécie de ambiente astral altamente negativo e afim ao que há de mais
trevoso no baixo mundo astral...

Além disso, são locais que, pela sua própria condição ou finalidade, absorvem e
concentram pensamentos ou ondas mentais inferiores, assim como, de tristeza, de
saudade e prantos, de desespero e de agonias várias, dos humanos seres que para
ali ocorrem em visita a “seus mortos”.

Ora, não só é do conhecimento dos iniciados umbandistas, bem como o é de


todos os magistas e ocultistas de fato, que, pelos cemitérios, habitam ou fazem
pouso três classes principais de espíritos, duas das quais das mais baixas
condições...

No primeiro lugar (ou classe) vamos citar a dos espíritos perturbados por várias
causas e que, pela natural inferioridade de seus entendimentos, costumam ficar
assim como que “presos” a seus cascões astrais (que podemos considerar como
uma espécie de emanação do que resta de seus corpos físicos, aos quais eles se
aferram, alimentando assim, pelas ondas repetidas de pensamentos emitidos com a
persistência deles junto ao local das sepulturas, a consistência fluídica que dá
formação a esses citados “cascões”...)

Nessas condições, podemos considerá-los como (no linguajar comum aos


terreiros) “almas penadas”, aflitas, desesperadas, suicidas, homicidas, enfim, a
todos que, por violentas perturbações psico-espirituais, ainda não se libertaram
dessas ditas condições e permanecem nesses locais... até serem libertados pelos
grupos de socorro especializados nesse mister no mundo astral ou pelos nossos
Guias e Protetores da Corrente Astral de Umbanda...

Esses espíritos vivem penando por ali e são “presas” fáceis nas mãos de outra
classe de espíritos que costumam conduzi-los para todos os fins e que na gíria de
Quimbanda são denominados de “rabos de encruza” ou como nós chamamos na
Umbanda propriamente dita – “exus-pagãos”... do 1o e 2o ciclos.

Então, vamos qualificá-los como a 2a classe. Sobre esses “rabos de encruza” ou


“exus-pagãos”, vamos falar com certo cuidado. Não podemos nem devemos “abrir
muito o campo” para que disso não se aproveitem nossos irmãos “quimbandeiros
encarnados”... que andam à “espreita” de como penetrar nesse “mistério”...

Esses “rabos de encruza” são os verdadeiros intermediários dos Exus de Lei – os


cabeças de legião – para esse meio, isto é, para o meio dos outros espíritos que
vivem e agem nesse “campo vibratório” chamado de “morada dos mortos” ou
cemitérios...

127
Bem como só saem dali para “gravitarem” nas “órbitas” das encruzilhadas de
ruas, por isso mesmo é que tomam a denominação – de “rabos de encruza” – e o
fazem à cata dos restos dos despachos ou das oferendas, de mistura com os
“quiumbas” e muitas vezes, a serviço dos próprios Exus-Guardiões...

Esses exus-pagãos, quando no 1o Ciclo da fase de elementares, nem nome têm,


nem procuram tomar uma identificação própria.

Só começam a se preocupar com isso quando já no 2o Ciclo da fase de


elementares. Ai é que se fazem conhecer (de acordo com suas afinidades) como exu
caveira, porteira, exu das almas, exu cruzeiro etc., ou em sentido genérico, como a
“legião dos omoluns”...

Porque, convém lembrarmos, no 3o Ciclo ou na fase final dessa função ou


condição karmica, estão situados os Exus-Guardiões – cabeças de legião...

Existe uma forma especial de lidar com esses exus-pagãos. Existe uma maneira
apropriada de se ofertar para eles. Existem pontos-riscados especiais, aos quais eles
obedecem. Isso é “segredo de magia” dos Exus-Guardiões, dos Guias e Protetores e
de raros iniciados umbandistas – médiuns que tem realmente ordens e diretos de
trabalho.

Sobre isso nada podemos adiantar. O que podemos dizer é que eles são terríveis.
São, realmente, os “executores diretos” de certos trabalhos pesados de baixa-
magia. São os arrebanhadores diretos dos espíritos que descriminamos como da 1a
Classe ou das “almas penadas”...

Portanto, não é negócio, não aconselhável se lidar com eles sem a cobertura dos
exus-guardiões ou sem a ordem ou a direção dos Guias e Protetores – nossos
caboclos e pretos-velhos...

Eles são tão terríveis e astuciosos que, qualquer “despacho ou oferenda” que se
faça nos cruzeiros dos cemitérios, cai logo na faixa deles, pois fazem
imediatamente o “cerco” sobre os humanos ofertantes para tirar proveito...

E ai dos médiuns os pretensos médiuns, ditos “babás de terreiro” que foram


useiros e vezeiros nessas práticas! Se, realmente, não recuarem ou forem socorridos
em tempo – podem se considerar escravizados a eles...

Mormente quando a criatura praticante faz o tal despacho pretendendo o mal de


alguém! Ai é que eles tomam conta mesmo do infeliz encarnado ofertante.
Acompanham-no, tomam pé e o envolvem de tal maneira, se infiltram de tal forma
em suas ações psíquicas que acabam fazendo dele um “farrapo humano”,

128
prejudicando até os que, ingenuamente, estão em torno dele ou os que seguem a
sua orientação.

Agora vamos falar da 3a classe – que supera tudo o que dissemos sobre os outros

– a dos espíritos vampiros, ou melhor, pelo linguajar de guerra de nossos pretos-


velhos... “das hienas do baixo mundo astral”...
Esses vampiros ou hienas do baixo mundo astral são o que na interpretação
simples dos terreiros se chamam “omoluns”... (os quais dizem chefiar a linha das
almas – fazendo referência a essa citada primeira classe: almas penadas, aflitas etc.,

o que é um conceito errôneo).


Até nos “treme” a pena, ao nos prepararmos para levantar mais esse véu ou essa
questão, muito embora o façamos da maneira mais leve possível. Porém, temos
que o fazer no inadiável dever do esclarecimento e também no propósito de tentar
a salvação de irmãos que, cegos pela ignorância, por ali trafegam com “seus
despachos”, sem saberem que, com a repetição dessas práticas, estão assinando
suas “sentenças karmicas”, pois que ficam comprometidos, “presos” a esses
sugadores infernais e quando desencarnarem serão mesmo sugados para certas
regiões ou “antros de trevas do astral inferior”, por esses vampiros ou por essas
hienas a quem eles tanto alimentaram com oferendas grosseiras...

Pois que, esses espíritos vampiros não são nem o que podemos considerar como
os citados exus-pagãos, dos 1o e 2o ciclos de evolução na faixa vibratória dos Exus
de Lei...

São, em realidade, seres espirituais que, por circunstancias que fogem


completamente a uma explicação cabível nessa obra, nem ainda encarnaram uma
só vez... não tem nem um “corpo-astral” ainda aplicável ao Reino Hominal.

Vivem se “alimentam” dos odores ou das putrefações cadavéricas e sentem


irresistíveis desejos pela vida carnal, bem como por todo tipo de oferenda pesada,
que leve sangue, carnes, álcool e coisas similares...

Infelizes, desgraçados dos praticantes de baixa magia que botam esse tipo de
oferendas nos cruzeiros dos cemitérios ou mesmo dentro deles ou nos portões...

Vão provocar reações tão tremendas neles e em torno de si, nos seus ambientes
de trabalho, no lar etc., isto é, em seus familiares, sem falar no ambiente de seu
próprio terreiro – caso seja ele um desses tais “chefes-de-terreiro”.

Então, se for médium mesmo, vai sofrer tremendos impactos fluídicos de larvas
sobre sua aura ou seu perispírito (corpo-astral) que, em conseqüência, seus fluidos

129
neuro-mediúnicos decairão tanto, a ponto de os perderem completamente ou se
reduzirem a 20 ou 30% de sua vitalidade mediúnica. Há, em linguagem mais
simples, uma queda fatal na mediunidade de quem realmente a tenha...

Para darmos apenas mais um simples exemplo, podemos afirmar com toda a
certeza que, se a criatura médium for apenas uma vez a esses locais para fins de
tais trabalhos – ligados a esses tipos de oferendas, pode procurar imediatamente os
socorros espirituais de uma boa Tenda de Umbanda, porque, se não, vai ver o que
acontecerá para o futuro em sua vida...

E se o médium ofertante for mulher o caso estão assume outros aspectos. Eles –
as hienas do baixo astral -têm uma tremenda atração pelo sexo feminino, por
causa do catamênio (fluxo menstrual) e se infiltram por suas sutis correntes
nêuricas que têm ligação e que provocam o citado fluxo menstrual ou sanguíneo e
não saem mais da faixa da infeliz médium mulher...

Daí começa a aparecer nela – a mulher médium praticante dessas coisas – uma
série de distúrbios imprevisíveis e de “estouros” de toda espécie, inclusive
incuráveis doenças útero-ovarianas e acentuado histerismo, assim, em
conseqüência, é comum acontecer os desmantelamentos dos lares, os amantes,
enfim, vem a decaída, a queda fatal... Pudera! Ela está sendo “trabalhada”,
sugada, impulsionada e não sabe disso!...

E se a pobre médium for uma dessas tais “babás de terreiro” que vivem na
indústria dos “despachos” para os cemitérios e lá comparecer na fase de sua
menstruação ou mesmo quando já estiver com os sintomas precursores dela,
então.. nem é bom dizer o resto...

Mas – então? Estamos “proibindo” realizar “trabalhos” por ali? Não! Longe
disso! O que estamos é alertando para certos tipos de “trabalhos”, dentro de certas
condições e para certos fins, por quem não tem ordem e diretos de trabalhos. Por
quem não tem competência, por quem não tem os conhecimentos indispensáveis
dentro da linha justa da caridade, quando o caso requer a penetração nesses
ambientes...

Em suma: só se deve fazer certos e necessários trabalhos nesse setor quando a


ordem parte de uma entidade mentora, de um Guia, de um Protetor, isto é, de um
caboclo ou preto-velho de verdade, que se responsabiliza e sabe como manda,
como faz e como encaminha o dito trabalho. Porque ele faz a cobertura espiritual,
toma precauções especiais, quer por cima, quer por baixo. Fora disso, é suicídio
mediúnico, espiritual ou karmico!

130
E finalmente: para demonstrarmos que nosso caso (ou missão) é esclarecer, guiar

etc., vamos dar algumas das principais precauções que o médium-umbandista

deve tomar, quando, por alguma circunstancia ou mesmo para fim de algum

trabalho necessário de ordem superior e na linha justa de uma descarga ou

obrigação de caridade, tiver de penetrar nesses locais – cemitérios...

A) Ao sair da Tenda ou de sua casa, acenda uma lâmpada (iluminação pelo


azeite) em louvor de sua Entidade de Guarda; faça suas orações de firmeza e
ponha um copo com água ao lado. A luz da lamparina deve permanecer até
se acabar todo azeite. A água de copo deve ser despejada (depois) numa
planta qualquer.

B) Não ponha no pescoço nenhuma “guia” particular de caboclo ou preto-


velho, como nenhum “talismã” que porventura possua. Se assim fizer, vai
abala a tônica eletromagnética deles e isso implicará depois numa “limpeza
e afirmação especial”...

C) Coloque em seus bolsos 3 dentes de alho e 3 pedras de sal grosso.

D) Ao chegar na entrada do cemitério (o portão), faça uma evocação mental


para sua Entidade de Guarda e para seu protetor mais afim, em nome de
Miguel Arcanjo, para que ele o possa acompanhar. De par com isso, leve um
pedaço de carvão virgem e faça uma cruz (riscar) em cada sapato (sola).

E) Depois que tiver realizado o que foi fazer, retire-se e logo à saída deixe ficar
os 3 dentes de alho e as pedras de sal...

F)
Ao chegar à porta de sua casa ou de seu terreiro, deve ser esperado com um
defumador de palha de alho ou outro apropriado, para uma vigorosa
defumação...

G) Não entre calçado. Bata bem os sapatos para escoimá-los de todo pó ou terra
proveniente do ambiente em que esteve. Trate de mudar toda a roupa que
vestiu para essa obrigação e imediatamente leve-a para a lavagem...

H) E sobretudo não se esqueça que tais obrigações têm quer ser realizadas
dentro do máximo respeito e ausência de qualquer conversação inadequada
a esse ato...

131
RESPONDENDO A PERGUNTAS

Em todos os nossos livros, somos obrigados a entrar com esta Seção, tamanho

é o número de cartas que recebemos e que na maior parte vamos arquivando,


tantos são os assuntos e as perguntar que nos fazem através delas...

Porém, ultimamente, se avolumou o número das que insistem com certas


perguntas, quase na mesma “toada”, isto é, com ligeiras diferenciações de termos
ou de sentido. Perguntam sempre o que sabemos e podemos dizer a respeito de
certas sacerdotisas, de certos videntes, médiuns disso e daquilo, de professores de
ciências ocultas que pelo Rádio dizem resolver tudo, de certos “doutores” ou
professores de africanismos, de cartomantes e quiromantes e sobretudo de certa
“turminha” que anda por ai de “caboclos com penacho e tudo”, fazendo misérias,
ou seja, de goelas abertas para o “santo dinheirinho” da “santa ingenuidade da
massa”... consultante...

Eis o que, mais ou menos, nos tem perguntado... Só podemos responder a isso,
abrindo este título: “No Império da Mistificação ou na Rede dos Espertalhões”.

Sim, parece incrível, para quem não esta “por dentro” dessa coisa toda, que
possa ainda existir tamanha quantidade de pessoas ingênuas, crédulas, ao ponto
de sustentar essa turma de vampiros, de espertos, de puladores que pululam por
aí, “mamando” nas tetas de tanta gente boba e – acreditem! – que gosta de pagar,
ou melhor, de comprar ilusões ou esperanças...

E como essa turminha de vigaristas sabe mexer com as vaidades e os anseios


desta massa consultante!...

Como essa turminha de cartomantes, quiromantes, médiuns disso e daquilo,


tatás de terreiro, videntes e outros “bichinhos sabidos” sabe envolver essa dita
massa consultante no malabarismo de suas intermináveis redes...

Dizemos assim, de conhecimento de causa, porque sempre tivemos “pontas de


lança” por dentro disso tudo; temos informantes por toda parte – não é arrogância
nem vaidade – e de quase todos os Estados do Brasil...

Simpatizantes, adeptos, seguidores conscientes, honestamente convencidos da


utilidade de nossas obras temos por toda parte...

132
Assim, tem-nos chegado cada informação, cada denuncia de “corar um frade de
pedra”!...

Até de Uruguaiana – ali juntinha da Argentina, temos informantes, que, em


recente comunicação, nos diziam que, revoltados com certas imoralidades numa
“sessão de umbanda”, pais de mocinhas acabaram com ela, a “punta del faca e a
lazo”... Quer dizer, há cretinos e canalhas mistificadores que se aproveitam do
nome da Umbanda, em toda parte...

Então, por aqui, por essa Guanabara – credo em cruz! Santo Onofre que nos
valha!...

Dá-nos vontade até de parodiar certo doutrinador quando diz (ou dizia): “Ah! se
eu pudesse falar”... (tudo o que sei, isto é, por escrito)... Porém, minha censura
íntima não deixa.

Mas vamos dizer alguma coisa, para toda essa gente boa e amiga que pergunta...

Meus irmãos – não caiam nessa “conversa mística”, nesse conto-do-vigário de


sacerdotisas improvisadas!

Esse negócio de sacerdotisas “receberem deuses e divindades, santidades do céu,


da terra, do mar e da lua” e por trás da cortina “cair nos transes da missa negra”...
é uma arapuca perfumada, é uma ratoeira perigosa... Cuidado com essas
“mariposas do astral”, meus irmãos!...

Não creiam, em absoluto, que humanas-criaturas, cheias de mazelas, de


vaidades e de tanta coisa mais, possam ser veículos de “espíritos santificados,
divinizados etc.”...

Meus irmãos – não se fanatizem! Aprendam a vê-las como realmente são!...

Perfumes, jóias exóticas, balandraus de luxo, roupões à oriental em curvas de


mulher insinuante, ou mesmo “ricas roupagens de santo” em babá cheirosa, jamais
despertaram a espiritualidade e muito menos... concentração no “bicho homem”!...

Ou vocês sabem da coisa e estão pedindo apenas confirmação?...

Irmãozinhos – deixem de ingenuidade! Ou será que vocês ficaram abobalhados


com elas?...

Bem, passemos a outro ângulo desse tema. Irmãzinhas – vocês não estão vendo
que esse negocio de cartomante e quiromante tipo cigana, que sabe tudo, vê tudo,

133
desmancha tudo e dá “felicidade” nos negócios do “duro metal e do mole coração”
é papa fina para se infiltrar na bolsa de vocês?...

Nesse aspecto temos pena mesmo do elemento feminino que é “roxinho” por
essas coisas. É quem dá o ganha-pão a essa turma...

Irmãzinhas – deixem de ir tanto a cartomantes, videntes etc.! Vocês acabam


(como tem acontecido) é arranjando uma bruta complicação para seus lares...

Elas – essas cartomantes vigaristas – têm várias “chaves em engrenagem”, sendo


as principais essas: “seu marido tem outra mulher... assim, assim, assim, ta, ta,
ta”... ou então, “você, minha filha, está com um trabalho feito em cima, pela outra,
assim, assim, assim, ta, ta e ta”...entenderam?...

Ora – vocês não sabem que essas cartomantes e similares querem é o rico
dinheirinho de vocês? E no fim vocês não sabem que tudo isso vem dar em
desconfiança, ciúmes, brigas e separação? Enfim, de qualquer maneira essas
espertalhonas acabam mesmo é envenenando a alma de vocês...

E quando essas “madamas do baralho” pegam moças velhotas que andam


“roxinhas para casar” e certas viúvas desconsoladas e indóceis por outro marido –
ah! meu santo Antônio de pemba – aí sim, é que a coisa rende!

E essas centenas de “médiuns espertalhões” que existem por aí, também, e que
são procurados avidamente, porque “trabalham” com exu fulano, pai sicrano,
etc.?... Êta industriazinha rendosa!

Como a turminha dos “corre-gira” gosta de dar o santo dinheirinho a eles!

Essa turminha dos “corre-gira” está tão viciada, tão sugestionada, tão cheinha de
superstição que se não lhe disserem que está “chumbada”, isto é, que há um
“trabalho feito”, por isso e por aquilo, ela não acredita no santo...

E é por tudo isso e mais outras que se formou o Império da Mistificação com
uma tremenda e extensa rede de espertalhões...

Eles já sentiram tão bem o ponto fraco dessa massa consultante, já penetraram
tão bem em sua irresistível tendência mística e fetichista, em sua ingenuidade que
é bastante um esperto qualquer pespegar um charutão na boca, arregalar os olhos,
dar dois pulos e dois berros, dizendo-se o “caboclo incha-peito ou mata-sete”, que
essa pobre massa consultante acredita logo...

134
Isso fazem com tal massa consultante de baixo, isto é, com o povinho simples,
crédulo, sem alcance intelectual e espiritual... Mas existe a massa consultante de
cima, isto é, os que estão social e intelectualmente muito acima daquela, como
sejam, médicos, advogados, altos funcionários, comerciantes bem situados e outros
mais que costumam se impressionar com “médiuns” que “recebem” entidades de
nomes pomposos, assim como se que apresentam mestres orientais, reis,
imperadores, príncipes, médicos famosos e principalmente de “deuses lunares”, e
de “sua santidade mãe fulana” etc... Pra essa massa consultante de cima é bastante
enfeitar o pavão, dizer-lhe que foram (em encarnações passadas) altas
personalidades etc.

E como passam as notas de Cabral em grossa escola! Ah! que beleza – como é
“suave” lidar com essa tal massa de “cima”... E como muita “criatura-médium”
vive por ai à tripa-fôrra... à custa deles!...

Mas – que temos nós diretamente a ver com isso? Diretamente nada. A nós não
incomodam, pelo contrário, fogem de nós “com o diabo da cruz”...

Toda essa turma de espertalhões nos conhece bem; range os dentes de ódio
quando alguém lhe fala de nossas obras etc...

Todavia, indiretamente, temos que ver com eles, pois é nossa missão doutrinar,
esclarecer etc.

Pois se existem os que confiam em nós, perguntam e pedem luzes – assim,


porque não dizer-lhes as verdades como elas são?...

Entretanto, nossas obras já formaram escola e atualmente já existem duas alas,a


de baixo e a de cima; a primeira é a dos exploradores, confusos e difusos, e a
segunda é a dos que procuram a Senda da Verdade e da Luz e essa é a da nossa
linha justa... Isso já é um acontecimento, é um fato!...

Portanto, temos alta responsabilidade moral-espiritual; temos gabarito


alicerçado nos entreveros doutrinários, no cumprimento de uma Missão, há mais
de 20 anos...

E sobretudo temos o sagrado compromisso que assumimos com a Corrente


Astral de Umbanda de, também como encarnado, cumprir a nossa parte, no
imperioso saneamento que se processa e que exige acima de tudo a Verdade!...

E é bom lembrarmos a certos setores que: Não adianta fazer onda; não tentem
jogar “pedras astrais” no nosso Caminho!...

135
Já o dissemos e vamos repetir: estamos escudados no sagrado direito da
Verdade, porque estamos de fato e de direito ordenados para dizer tudo o que já
temos dito em nossas obras...

“Jogar pedras em nosso escudo” é afrontar a justa ira daqueles que estão por
trás dele; é enfrentar o justo revide das Entidades executoras da Corrente Astral de
Umbanda – porque nós mesmos não tememos “nada”, mas é um fato sermos um
veículo necessário a essas Entidades... Portanto... cuidado!...

Estamos acostumados a enfrentar o impacto de tremendas lutas astrais e


humanas... mas acabamos sempre de pé! E os outros?... Ah! os outros... um dia
contaremos a história verdadeira de uma certa “luta de bastidores”... É só, irmãos
consultantes...

136
SOBRE A CHAMADA CACHOEIRA DE COROA GRANDE
(TINGUÇU) E A PATÉTICA IGNORÂNCIA DOS “BABÁSHOMENS”
E DAS BABÁS-MULHERES QUE PARA LÁ
ACORREM...

Chegou a vez de esclarecermos algo sobre essa tão popular a famosa

Cachoeira de Coroa Grande, e isso o fazemos em atendimento a centenas de


pedidos de informações relativas ao valor ou ao “nível” dos “trabalhos” ou dos
ritos que ali praticam os chamados de umbandistas...

Devemos esclarecer aos de maior entendimento que é simplesmente patética a


maneira pela qual essa maioria dos ditos como “babás-de-terreiro” (homens e
mulheres) pretendem “cultuar” as forças da natureza pura em relação com as
Correntes Vibratórias de Umbanda.

Quem já foi a essa cachoeira, tendo um certo de discernimento sobre as correntes


mágicas e espiríticas próprias da Umbanda, deve ter verificado que, por lá, fazem
de tudo, menos Umbanda...

Nesse livrinho estamos explicando o que são os sítios de reajustamento


vibratório da Corrente Astral de Umbanda, inclusive a cachoeira (que por várias
razões ou fatores de ordem mágica e científica, que não queremos explicar agora, é

o mais puro dentre todos)...


Assim façamos de mais essa resposta uma seqüência do que já foi dito, para
frisarmos de imediato e de princípio que, se alguém é médium de caboclo e preto-
velho, um veículo de fato, deve saber com toda a clareza (porque eles já devem ter
ensinado) que as cachoeiras, as matas, os rios, as pedreiras, as praias limpas etc.,
são sítios ou zonas consagradas, por mercê do Astral Superior, à Corrente Astral
de Umbanda e, portanto, são núcleos eletromagnéticos próprios aos
reajustamentos vibratórios de toda a sua faixa-afim, isto é, dos encarnados e
desencarnados.

Então, sendo ambientes de natureza limpa, especialmente selecionados para essa


finalidade, não podem ser, não podem servir de pontos de atração para os
espíritos inferiores, que por lá não tem permissão de fazer “morada” porque:

A) Sendo ZONAS limpas, exercem repulsão vibratória sobre esses citados


espíritos inferiores, atrasados, marginais do “baixo astral”, enfim, sobre
tudo que se possa enquadrar como “kiumba” etc., desde que não sejam

137
infestadas, poluídas, pelas baixas práticas e conseqüentes atrações afins das

humanas criaturas que assim procedem...

B) Essas ditas Zonas tem Guardiões próprios da citada Corrente Astral de

Umbanda, que os colocam como sentinelas, visto serem pontos de reunião,

de intercâmbio vibratório, de manipulações especiais de alta magia etc...

Isso bem entendido, podemos já definir diretamente no que, infelizmente,


transformaram essa maravilhosa cachoeira de Coroa Grande: “sujaram” a pureza
natural desse belíssimo sitio vibratório, posto que “criaram” dentro dela um
“infernal pântano do astral inferior”...

Infeliz do filho-de-fé ingênuo, ignorante, que se submeter a “afirmações de


cabeça” por ali... sai com a dita cabeça contaminada de larvas da pior espécie...

E não é preciso ser nenhum “doutor da lei” para entender o que acabamos de
afirmar. Senão, vejamos ligeiramente.

Logo na entrada, acumularam uma nauseabunda e pretensa “tronqueira de


exu”, onde se vê, em depósito (como oferendas, é claro), cachaça, dendê, panelas e
alguidar de barro, muitos com sangue ou carnes sangrentas, pipocas, charutos e
velas em profusão, bruxas de pano crivadas de alfinetes, e mais, ossos, fitas, dentes
de animais, farofas, tudo isso ainda de cambulhada com outros apetrechos da mais
baixa magia...

Isso logo na entrada desse “pântano”... onde qualquer irmão médium de aura
limpa deve se sentir mal, psiquicamente nauseado, porque deve sentir, pressentir,
sua sensibilidade acusará, ser aquilo (essa pretensa tronqueira, -clamorosa ofensa
até aos próprios exus), nada mais, nada menos do que “um monturo de baixas
vibrações” que, logo nessa passagem, irradia fluidos deletérios para todo lado...

Então, passando-se por esse “monturo”, para seguir a cachoeira propriamente


dita, tem-se a viva impressão de se ter penetrado num “cemitério de fetiches”, ou
melhor, numa espécie de caverna de omolum, tal a quantidade de materiais
grosseiros, inferiores, em completo desajuste com a natureza do ambiente
vibratório de uma cachoeira...

As panelas, os alguidares, as bruxas de pano e de barro, as mais disparatadas e


esquisitas “comidas de santo”, de mistura com as carnes sangrentas, o sangue puro
etc., por ali se constata em tamanha profusão e por toda a parte, que não sabemos
descrever melhor do que estamos fazendo. É um quadro vivo que nos faz pensar
estarmos mesmo no “reino astral da quiumbanda”...

138
Tudo isso assim é ou compõe o que se diz ou se entende como a Cachoeira de
Coroa Grande, onde as “babás e os babás” vão “fazer cabeças, batismos, amacys,
lavagens, preceitos, oferendas e os mais diversos trabalhos para fins confessáveis e
inconfessáveis”...

Em suma: poluíram estupidamente essa zona vibratória e de há muito tempo


passou a ser apenas um “charco da quimbanda” ... visto os Guardiões, as
sentinelas da pura Corrente Astral de Umbanda terem se retirado de lá, dando
cumprimento às ordens de cima...

E agora? Agora ainda vem o patético da coisa...

Os terreiros quando por lá vão chegando (maior parte de elementos femininos,


porque a supremacia na Umbanda, agora, está com as “babás-mulheres” numa
proporção mais ou menos de 70% e 30% de homens), logo se aboletam num canto
qualquer, colocam algumas estátuas de santo em cima das pedras, acendem velas,
batem palmas, batem os bombos, começam o samba e a cantoria, para em seguida,
rapidamente mesmo, “baixarem” os caboclos, as “sereias, os xangôs, as oxuns, as
nanãs etc.” tudo de charutão na boca... Samba dali, samba daqui, gritos, brados,
urros, gemidos etc. Assim começam todos a função ou os rituais...

Daí processam as mais infantis preparações, os mais patéticos e esquisitos


batismos ou “lavagens de cabeça”, sem procurarem saber ao menos o que os
terreiros estão fazendo logo acima uns dos outros, para saber se podem operar em
relação com o que estão praticando...

Sim! É patética, é crucial a ignorância desses nossos irmãos de faixa, porque


(pudemos verificar várias vezes), enquanto – por exemplo – certa “babá” lavava a
cabeça de sua filha-de-santo e outra batizava uma criancinha de meses de idade,
noutro terreiro acima processavam trabalhos pesados etc... Portanto, perto, nas
mesmas águas...

Isto nesse aspecto, porém, há outros piores, inclusive esse: os namorados, os


casais, nessas mesmas águas, vão se deleitar (fugindo ao calor etc.), dar expansão
as suas condições emocionais – digamos logo – dão, também, por um canto ou por
outro, expansão a certos estímulos sexuais... ao mesmo tempo que olham
divertidos, zombeteiros mesmo, para os terreiros com suas práticas... Sim! –
pudemos perceber essas coisinhas também... Vocês estão cegos – irmãos?

Ora, como se pode proceder, de sã consciência – a não ser por canastrice,


cegueira espiritual, ignorância crassa, ingenuidade, fanatismo bruto etc. – a certos
“amacys”, a determinados preceitos, que devem ser seriíssimos atos de magia
vibratória nos reajustamentos, numa zona onde tudo isso existe, se processa?

139
Onde impera a influência do baixo astral, que os homens quimbandeiros,
catimbozeiros e candomblecistas atraíram e em conseqüência lá ficaram, fizeram
“morada”?...

Onde estão os tão decantados “guias” e “protetores” ou mesmo os tais “orixás”


desses tais “babalaôs”, dessas tais “babas-mulheres” que permitem essas coisas
todas, feitas assim, naquelas condições, nessa Coroa Grande?...

Prezados irmãos, leitores e umbandistas, mais uma vez, um conselho: podem ir


as cachoeiras – ninguém tem anda com isso – porém, escolham as de ZONAS
LIMPAS onde não se encontram ainda as sujeiras citadas. A Cachoeira de Coroa
Grande não serve mais, não é mais SÍTIO ou ZONA aprovada pela Corrente
Astral de Umbanda. Foi CANCELADA por tempo indeterminado como sítio de
reajustamento vibratório desta Corrente. Essa é a VERDADE. Quem tiver caboclo
ou preto-velho de fato e de direito, pode se inteirar DISSO...

140
A POMBA-GIRA

Ainda dando seqüência a essa série de perguntas ou pedidos de informações,

vamos às seguintes questões suscitadas: “A perniciosa atração e envolvimento da


conhecida como “exu” Maria-Padilha”...

Comparemos a ignorância a uma espécie de profundo e escuro poço-mental, que


alimenta com suas “águas turvas” o psiquismo de inúmeras criaturas, embotandolhes
a razão, ou seja, o raciocínio, o entendimento etc.

Portanto, é tarefa difícil, duríssima, escoar de certos psiquismos suas “águas


turvas”, porém, não há que desanimar. Entremos com os límpidos canais de
esclarecimento.

Irmãos e irmãs (pois que temos 6 perguntas de homens e 22 de mulheres sobre o


caso) – desde quando, em que época, em qual terreiro de fato e de direito foi
constatado e confirmado pelos Protetores ou Guias de verdade que a quiumba
“Maria-Padilha” era ou é exu?...

Exu de quê? De qual campo vibratório? Exu pagão? Exu Guardião? Pois sim!

Irmãos – pelo que vocês dizem (nas cartas) deduzo claramente que caíram nas
redes infernais do “catimbó”, com suas “linhas de mestres e mestras”. Isso, sim!...

Mas, por que aconteceu isso? Ora, algumas coisas erradas, vocês andaram
fazendo ou fizeram em vocês; em algum ambiente sujo vocês se meteram...

Porque, creiam, procurem saber, indaguem dos guias e protetores – quem é


“Maria-Padilha”...

Por certo ficarão surpresos, quando eles disserem que “Maria-Padilha” não é e
nunca foi exu; é sim, uma maga-negra das “linhas do catimbó”... Cuidado com ela,
irmãs!

Toda médium que, por infelicidade ou por condições negativas quaisquer, tenha
traído e caído nas “malhas” dessa entidade negra, acaba sendo “estourada” por ela
mesma, compelida às decadências morais, para os desvios do sexo ou, quando não,
para o vício da embriaguez...

141
Essa maga-negra do “catimbó” (com sua imensa falange do mesmo nome) vive a
procurar faminta, sequiosa, por tudo quanto seja terreiro, médium-feminino
vaidoso, com certas tendências, ou com certas fraquezas, que lhe forneça pontos de
contato ou de atração para ficar de alcatéia sobre sua faixa-mediúnica,
magnetizando-a pela projeção de sutis e poderosos fluidos a sua vaidade de
mulher, até chegar aos estímulos neuro-sensuais...

Daí para se apoderar da médium, é fácil. É difícil a mulher resistir a certos


estímulos a sua vaidade, pois a maga-negra descobre logo qual os seus pontos
fracos que deve manipular, estimular etc...

Assim é que, de anos para cá, em quase todos os terreiros (sim, porque isso de
“Maria Padilha, Zé Pilintra, caboclo-boiadeiro” e outros, é importação recente, de
uma corja de pretensos “pais-de-santo” que vieram lá das bandas do Norte
explorar a praça daqui, da atual Guanabara, visto terem encontrado nesse nosso
bom povinho a mais santa das ingenuidades...) ditos de Umbanda, certas
“médiuns” deram para “receber”, ou melhor, para “trabalhar” com “exu Maria-
Padilha”...

O impressionante é que elas (as médiuns mulheres) ficam tão obcecadas com a
condição de serem “cavalos de Maria-Padilha” que fazem até questão de que todos
saibam disso. Santo Deus!...

Srs. Médiuns – Dirigentes – cuidado com elas! Se essas coisas estão acontecendo
em seus terreiros, abram os olhos, o “estouro” é certo a qualquer momento.

Observem friamente o psiquismo dessas pretensas médiuns, quando


“mediunizadas” e vejam se a coisa é duvidosa ou não é.

Porque está acontecendo, é um fato que vocês podem comprovar (se é que estão
por dentro do negócio) – a maioria das criaturas que se dizem médiuns de “Maria
Padilha”, ou estão debaixo de certos estímulos histéricos, ou têm vida irregular, ou
...sérios deslizes morais.

Corrijam-nas, irmãos Dirigentes, enquanto é tempo! Procurem salva-las da


decaída total... Elucidem, esclareçam a ignorância – vocês têm obrigação,
imperioso dever moral, de zelar, entre os humanos, pela dignidade da Sagrada
Corrente Astral de Umbanda!...

142
Outra questão: Pomba-gira, essa legítima e valente Exu Guardiã. Misérias e
imoralidades que cretinos de ambos os sexos praticam com o nome ou “sob a
capa” dessa Exu de lei.
Também já ultrapassaram as raias do incrível as coisas que andam fazendo por aí,
em certos ambientes sujos, que se rotulam de Umbanda.

Não devemos citar muitas coisas, porque causariam tais impactos, tais aversões
que...bem, citemos uma das coisas escabrosas que – pasmem! – já transformaram
numa espécie de “regra ou tradição”...

Pois não é que é quase do entendimento comum de certos terreiros a aceitação


ou a insinuação de que “os cavalos de Pomba-Gira” são de “cabeça fraca”, isto é,
tendem a se transviar, ter mais de um homem... por causa da “influência de Pomba
Gira”... porque misericórdia meu Deus! – dizem, “Pomba-Gira é mulher de 7
Exus”...

Só não diremos que tamanho absurdo é fruto da crassa ignorância que existe por
aí, porque também existem cafajestes – esses e essas que até alimentam essa
infâmia por interesses escusos e, é claro, diretos, pessoais.

Irmãos umbandistas – médiuns Dirigentes! Em nome de nossos Caboclos e


Pretos-Velhos e mesmo de nossos Exus Guardiões, combatam mais essa miséria
moral, essa aberração, por todos os meios e modos possíveis! Digam, doutrinem,
que isso não é assim...

Pomba-Gira é uma Exu Guardiã, da faixa vibratória feminina, necessária para a


manipulação (ou equilíbrio) de certos fluidos passivos ou astromagnéticos, entre o
pólo negativo e o positivo de todas as coisas, o mesmo que dizer, entre a esquerda
e a direita, o úmido e o quente, o lunar e o solar etc., nos trabalhos de cunho
essencialmente mágico ou de magia da Corrente Astral de Umbanda!...

Portanto, quando afirmamos acima que existem cafajestes infiltrados na


Umbanda, é porque temos notícia, informações “de vero” de que pretensos “paisde-
santo” são useiros e vezeiros no desvio de senhoras e moças, através do
“santo”, apoiados nessa infame “regra ou tradição”...

A covardia moral de certas criaturas chega ao ponto de “usar a influencia do


santo” para envolver desprevenidos elementos do sexo feminino na trama de seus
baixos instintos...

E não estamos dizendo novidade... os jornais, de vez em quando, publicam casos


semelhantes... E os canalhas fazem tudo isto com a capa da Umbanda...

143
UMA RESPOSTA ESPECIAL

Depois que começamos a situar essa questão de quedas e fracassos de

médiuns X dinheiro, vaidade e SEXO, apontando especialmente o ângulo doloso


desse último, fomos praticamente assaltados por tantas e tantas consultas pessoais,
a par com centenas de cartas sobre o assunto, que nos obrigaram a dar essa
resposta especial...

Cremos ter deixado patente em nossas obras que a moral-mediúnica é


indispensável ao equilíbrio da criatura médium, e logo apontamos os seus três
ângulos mais dolosos, dentro da Corrente Astral de Umbanda, em face da
responsabilidade que acarreta o seu movimento mágico e espirítico.

Portanto, desviar-se da linha justa é infringir, e quem está dentro dessa infração
tem que arcar com as inevitáveis conseqüências.

Todavia, nós apontamos diretamente para os ditos ângulos, ou melhor,


mostramos quais eram, e agora, nessa resposta especial, tentaremos clarear mais o
assunto solicitado, que é o Sexo X Sensualismo.

Bem, prezados irmãos em dúvida e de consciências aflitas, pela interpretação de


seus casos particulares ou singulares: nós ressaltamos quase que incisivamente
aquele ângulo grosseiro, comum, que vem acontecendo por aí, pelos terreiros... e
nós deixamos isso bem claro em nossa obra “Mistérios e Práticas da Lei de
Umbanda”, pág 71. Consultem-na.

Então, evidente que situamos a questão do desrespeito, desvio, queda, fracasso


etc., pelo sexo via sensualismo, dentro do metier sagrado, mágico, religioso de um
terreiro.

Não poderíamos situar em nossas obras, e em poucas linhas esses casos


karmicos de reencontros, reajustes e complementações súbitas e extraordinárias
que a Lei karmica faz executar entre duas criaturas muitas vezes presas pelos laços
do matrimônio com outras e sob condições de vida emocional adversa, e que são
incapazes de resistirem a tais reencontros karmicos.

Como enquadrar ângulos tão profundos da Lei karmica, assim, dentro desse
citado ângulo comum, grosseiro, rasteiro, de sexo via sensualismo?...

144
Certos casos têm seus aspectos karmicos particulares... transcendem ou
remontam a encarnações passadas. Dependem de um estudo especial... de uma
alta interpretação oculta, do por que aconteceu naquela altura e naquela hora...

E sobretudo ainda há os casos de Providência Karmica sobre uma criatura,


quando a Lei faz que reencontre aquele alguém, no momento em que (homem ou
mulher) mais necessita disso, como uma condição excepcional, ou como uma
providencia salvadora, a fim de promover determinados equilíbrios etc.
Mas isso, quando acontece, não vem apenas pela via do sexo e jamais pela do
sensualismo cru e nu, do desrespeito, desvio, aproveitamento etc.

Acontece no imperativo de certos anseios mais elevados, assim como pela


necessidade de que uma criatura sinta e mereça preencher seu psicossomatismo,
já em condições apáticas, deploráveis, no caminho da diluição afetiva, ou no
desencanto total, mormente se ela ainda tem o resto do Caminho a trilhar ou se
ainda não completou a sua missão, seja ela em tal ou qual setor...

E com isso não queremos dizer que duas criaturas se reencontrem e se amem
apenas “psiquicamente”... seria até ridículo e infantil tal conceito...Não. O sexo
vem fatalmente, complementando aqueles anseios elevados, dentro de sua justa
condição... Jamais pelo sensualismo grosseiro – pela atração estúpida da carne pela
carne...

E ainda existe a promoção de casos singularíssimos, quando a duas criaturas


serem casadas na encarnação anterior, e uma – a mulher – ter traído a parte,
miseravelmente... porém, consegue regenerar-se e passa a amar o esposo, para
logo desencarnar sem se redimir completamente...

Então, nessa encarnação, a mulher devedora renasce sob condições emocionais


terrivelmente adversas e sofre muito... tem anseios por algo que não chega...
súbito, reencontra, já comprometido, aquele a quem tanto traiu e amou naquele
final... Como essa criatura poderá resistir aquele mundo de ansiedade e impulsos
de redenção direta sobre aquela criatura homem?

Como essa criatura-homem, sabedora disso, pode resistir ou negar-lhe o prato


emocional, sentimental etc., de vez que uma injunção imperiosa da lei do equilíbrio
sobre essa criatura-mulher é de absoluta necessidade para complementar a sua
redenção, e conseqüentemente esgotar o seu karma (nesse caso) que se agita preso
a essa dívida, a esse perdão direto, objetivo?

“O dai de beber a quem tem sede” – deve ou não deve ter a sua interpretação e
aplicação corretas, pelo sentido oculto da regra? Como negar, diante desse
conhecimento, se a criatura-homem também necessita desse intercâmbio efetivo

145
que lhe estava faltando e sobretudo se, com isso, está promovendo a restauração
karmica daquela mulher devedora?

Em suma: o indivíduo médium, para manter a sua moral mediúnica, dentro do


Terreiro e de seu Lar, não é obrigado a se condenar a sujeições e a isenções
afetivas e sexuais e sob condições adversas, já que isso tudo pode prejudicar a
linha justa de seu equilíbrio psico-mediúnico etc...

Como vêem, não podemos definir esses ângulos karmicos especiais, assim com
explicações simples ou nos exemplos mais terra-a-terra possíveis...

Teríamos que escrever uma obra sobre tal assunto e na certa seríamos
condenado, pela maioria incapaz de penetrar ou de compreender esses arcanos da
vida...

Porém, o que dissemos aqui é o suficiente para os que nos pediram tanto uma
interpretação satisfatória entre a coisa grosseira do ângulo ressaltado em nossas
obras e a linha justa do ângulo puramente karmico de seus casos...

Digitalizado por P.S., sem fins lucrativos, para a Instrução e Bem dos integrantes
do Movimento Umbandista.
E-mail: [email protected]
Recomenda-se aos interessados em maiores fundamentos, que adquiram um
exemplar da obra “Umbanda de Todos Nós”, e também “Umbanda – A Proto-
Síntese Cósmica”, de F. Rivas Neto, prefaciada por W.W. da Matta e Silva, bem
como outras obras correlatas da Ícone Editora: www.iconeeditora.com.br

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