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RUPTURAS EM R$ 1 Bi
5 E LTIMO FASCCULO
COORDENAO E PRODUO
PATROCNIO
APOIO
VOLUME 5
SORTIMENTO E PLANOGRAMA
INADEQUADOS GERAM PERDA
DE VENDAS
Toda loja procura oferecer solues que atendam as necessidades da
clientela. Seu grande desafio, varejista, conhecer esta clientela, identificando quais
produtos e servios devero ser oferecidos para corresponder s suas expectativas, formatando um sortimento sempre completo e competitivo.
E Voc tem de fazer isso apesar das limitaes: o espao, em geral, menor do que o
desejvel; a cada dia so lanados novos produtos, os quais eventualmente atraem a
curiosidade ou interesse do pblico, j que os hbitos de consumo da populao so
influenciados por informaes em tempo real e o estilo de vida da sociedade muda constantemente.
Na perspectiva da loja como negcio gerador de resultados, preciso dar preferncia
na gndola aos produtos de melhor giro (maximizando as vendas) e de boas margens
(otimizando a lucratividade). Tambm necessrio dar preferncia a fornecedores que
permitam uma operao eficiente e mantenham os custos e perdas nos menores patamares possveis, trazendo, assim, os melhores resultados.
Mas o sortimento no pode ser composto apenas por campees. Muitas vezes, os
produtos de maior venda so aqueles que deixam as menores margens. E h outros
tantos produtos que tm volumes relativamente baixos, mas que complementam o volume de venda e podem ser os determinantes da preferncia do consumidor pela loja.
Obviamente no existe uma receita universal aplicvel a qualquer loja. O sortimento
depende do tamanho e formato da loja, do estilo de vida e hbitos de consumo do pblico que a freqenta, alm da concorrncia e dos fornecedores.
O que se observa na prtica que quando o sortimento est aqum das necessidades
dos consumidores, ocorre perda de vendas. E quando ele excessivo, resulta em prejuzos causados pela manuteno dos estoques parados e por rupturas.
Por mais experiente que possa ser o varejista, mesmo em uma loja de pequeno porte,
que trabalhe talvez com cinco a seis mil itens, difcil acompanhar o desempenho de
cada um, confrontar este resultado com o dos produtos concorrentes diretos e indiretos,
verificar se os lanamentos agregam algum valor merecendo ou no entrar no sortimento. Mais: ele necessita decidir se os lanamentos devem substituir itens existentes
na loja, ocupando seu espao na prateleira, ou se ser melhor agreg-los ao sortimento
existente, reduzindo o espao expositor ocupado por outros.
Fazer este tipo de anlise algo bastante complexo e demanda ferramentas especficas. Veja, alm de tentar olhar a loja na perspectiva de quem nela compra, Voc deve
procurar entender no s o momento de compra, mas tambm a ocasio de consumo,
para poder oferecer as solues mais completas e convenientes para a vida dos clientes.
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Pense, por exemplo, na situao de um crescente grupo de pessoas que procura manter hbitos de alimentao saudvel, ingerindo uma refeio leve a cada trs ou quatro
horas e intercalando lanches entre as refeies principais.
Temos a uma oportunidade potencial: alm dos produtos j oferecidos para as 3 refeies bsicas, os clientes deste grupo tambm buscam uma ampla variedade de alimentos para as refeies intermedirias, as quais, muitas vezes, so consumidas fora de
casa, seja no ambiente de trabalho, estudo ou lazer/esporte. O cardpio desta ocasio
possivelmente deva incluir um iogurte (diet?), uma fruta, queijo branco, um suco ou
ainda um sanduche light (provavelmente feito com po integral).
Explorar esta oportunidade de consumo de modo competente exige um sortimento
completo, assegurando que o consumidor encontre na loja tudo o que necessrio para
aquela ocasio de consumo. Um sortimento apenas parcial fora o consumidor a complementar a compra em outro estabelecimento o pior cenrio para o varejista, j que
desse modo ele praticamente manda o consumidor comprar na concorrncia.
A soluo a ser oferecida, portanto, passa pela definio do sortimento (quantas marcas/sabores de iogurte trabalhar), qual a variedade de frutas que oferecer e ainda se a
loja produzir ou no sucos e sanduches o que poder acarretar importantes mudanas na operao e no uso do espao e talvez at no tipo de embalagem para os produtos consumidos fora de casa.
Uma vez definido o sortimento de produtos e servios criada uma promessa ao
cliente da loja. E ele tem o direito de esperar encontrar sempre o sortimento completo
no estabelecimento. Alis, a escolha/preferncia pela loja pode ocorrer exatamente pela
oferta adequada.
quantitativas: perda de vendas e margens dos produtos faltantes e, eventualmente, de itens complementares para a ocasio de consumo considerada;
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comercializao
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o nmero de itens aumenta constantemente, sendo muitos inativos ou de baixo desempenho, o que causa grande impacto na exposio dos produtos no ponto-de-venda;
muitas lojas j avanaram no conceito de exposio, estimulando vendas casadas, ou
seja, agrupando os produtos por ocasio de consumo (macarro com queijo ralado,
aparelhos de barba e gel, etc.). Entretanto, esta lgica no utilizada no momento da
definio e anlise da linha de produtos da loja.
picos de vendas (especialmente no fim do ms) geralmente acarretam problemas de logstica e o produto falta no ponto-de-venda;
desordem no depsito
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rece melhor e acaba comprometendo o planograma (quando existe). Com essa ao, ele
pode at criar confuso na mente dos consumidores acostumados com a forma de exposio anteriormente estabelecida.
claro que mudanas podem e devem ocorrer, com vistas a garantir o melhor atendimento e a melhor exposio. Mas qualquer mudana deve ser feita de forma planejada, considerando a categoria, setor e o prprio conjunto da loja, e no realizada de
forma aleatria e isolada.
Outra distoro no sortimento ideal pode ser causada pelos prprios fabricantes,
quando as caixas de despacho com a quantidade mnima vendida suportam muitos dias
ou semanas de cobertura de vendas da loja.
Sempre que o varejista resolve trabalhar com o produto em questo, so gerados
diversos problemas, tais como pagamento da mercadoria muito antes de ser vendida,
manuteno de elevados estoques de retaguarda. Como resultado, caixas permanecem
abertas aps o primeiro reabastecimento da gndola, trazendo risco de danos s embalagens, perda de produtos, controles pouco precisos gerando desnecessariamente estoques virtuais, custos elevados e muitas outras situaes indesejveis.
Diante de embalagens incompatveis com o giro do produto na loja, o varejista fica
com o dilema de priorizar a operao, no trabalhando com o produto apesar da insatisfao que possa causar ao consumidor, ou manter o princpio de oferecer o sortimento ideal para quem se abastece na loja, porm sofrendo o nus dos problemas acima.
Fica claro, portanto, que muitas vezes faltam informaes e processos adequados definio do sortimento ideal para cada loja. O problema agravado quando h conflitos entre
os objetivos do vendedor do fornecedor, dos compradores do varejo e do gerente de loja,
resultando no s em desempenho aqum do ideal, como tambm em perdas e rupturas.
Felizmente, existem algumas aes que podem ser postas em prtica imediatamente,
inclusive pelo pequeno varejo. So sugestes do comit criado pela ECR Brasil para
ajud-lo no combate a rupturas. Veja a seguir!
DEFINIO DO SORTIMENTO.
aes recomendadas:
Passo 1:
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Trata-se de um
Ela atende a
concorrentes que oferecem os produtos e servios que a loja oferece ou pretende oferecer aos clientes?
Quais so os
parada aos concorrentes atuais? Como fazer para deixar claro este diferencial competitivo em nossa loja?
H algum grupo de
PASSO 2:
ESTABELECER CRITRIOS
A partir desta definio, e tendo em conta as limitaes fsicas (tamanho e
localizao da loja) e materiais/tcnicas (capacidade financeira, acesso a fornecedores,
equipamento disponvel, qualidade da equipe), podem-se estabelecer alguns critrios que auxiliem a definir as solues oferecidas.
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Se definirmos que nossa loja ter como foco principal a oferta de alimentos diferenciados segmento em que pretendemos ser os melhores em produtos frescos torna-se
claro que neste grupo devemos ter um amplo sortimento, muita variedade, frescor, diferentes embalagens e apresentaes, e servios variados.
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EXEMPLO
Nesta loja do Po de Acar, os consumidores encontram um setor de Especialidades em Cafs. Placas definem cada espcie de caf, seu processo de
produo, e fornecem dicas sobre seu consumo. Tambm encontram um agradvel local para saborear a bebida tranqilamente.
A discusso, entretanto, pode ser mais ampla do que a mera deciso de incluir alguns
dos produtos regularmente vendidos para consumo em casa e que tambm possam ser
consumidos na loja.
Tomemos como exemplo a categoria cuidados com os cabelos e pensemos na extenso que pode ter, acompanhando a evoluo dos hbitos de uso e da oferta de
produtos neste campo.
Antigamente, talvez poca de nossas avs, lavava-se o cabelo com sabo em barra,
idealmente sabo de coco. Com o passar do tempo, os fabricantes desenvolveram sabes
especficos para cabelos batizados ento de xampu.
Mais frente, sempre com vistas ao atendimento especfico de grupos de consumidores, este item nico sabo lquido para cabelos passou a ser formulado de modo especial para os diferentes tipos de cabelos ento identificados: secos, oleosos ou normais.
No paramos a: cada um destes grupos foi novamente subdividido, formulando-se
produtos especficos para cabelos secos, oleosos ou normais que fossem lisos, crespos,
cacheados, ressecados, tingidos, etc.
Em termos de varejo, iniciamos com um nico item, passamos a trs grupos e depois
talvez a 20. E no ficamos nisso. Dada variedade de fabricantes, cada qual conquistando a preferncia de diferentes consumidores (basta analisarmos os hbitos de uso destes
produtos em nossa prpria casa), passa a ser necessrio formular polticas indicando
como trabalhar cada um destes cerca de 20 grupos de consumidores: quantas marcas?
quantas fragrncias? quantos tamanhos de embalagem?
A ttulo de exemplo, imaginemos que vamos trabalhar com trs marcas premium,
duas intermedirias e duas de combate, cada qual com quatro fragrncias. Teremos
ento 20 grupos x 7 marcas x 4 fragrncias, ou seja, 560 itens s pensando em xampu.
Agregam-se a estes os condicionadores, cremes para pentear e demais produtos destina-
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dos aos cuidados com os cabelos (escovas, pentes, grampos, eventualmente secadores,
etc.). Sem considerar o importante segmento de tinturas, podemos chegar facilmente a
um sortimento da ordem de 1.000 itens s na soluo cuidados com os cabelos.
Ser que isto compatvel com nossa proposta de loja? Temos espao? Faz sentido do
ponto de vista comercial e operacional? Caso no faa, quais as alternativas? Trabalhar
com menos marcas? Menor variedade de fragrncias? Menos tipos de cabelos? Simplesmente no trabalhar com esta categoria, usando o espao que ela consumiria para trabalhar com outros produtos?
Estas so decises que precisam ser tomadas com foco estratgico, quando se pensa
no negcio como um todo, e no por um comprador frente a uma oferta tentadora de
um vendedor/representante do fabricante, que oferece verbas e apoio para colocar novos itens em linha.
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PASSO 4:
PASSO 5:
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ponto de mudar radicalmente a maneira com que o consumidor interage com determinadas necessidades. Caso, por exemplo, do iPod, que revolucionou o mercado da msica.
Para assegurar a continuidade da lgica e princpios definidos, preciso estabelecer
claramente as responsabilidades e o processo inerentes manuteno do sortimento, indicando quem deve participar da definio da linha, do sortimento de cada loja
(se houver mais de uma) e da exposio dos produtos (planogramas).
Especialmente no que se refere linha, recomenda-se ter um Comit de Linha, com
participao das reas comercial, de logstica e operaes/loja. Mesmo que uma nica
pessoa seja responsvel por mais de uma destas reas/funes, sua responsabilidade bsica deve ser a de manter atualizado o sortimento, atravs de duas atividades regulares:
avaliao de novos itens, seja por tendncias de demanda ou pela oferta de fornecedores e
Este comit precisa de um processo que auxilie as anlises de cada proposta, avaliando objetivamente qual a razo da introduo ou excluso de cada item no sortimento, qual o impacto no processo de compra, na exposio, no recebimento, armazenagem
e na reposio de gndola. Tambm deve permitir a avaliao do resultado que a incluso ou excluso poder trazer (inclusive para a categoria) e sua contribuio para a
proposta estratgica definida anteriormente.
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a necessidade do consumidor?
contribuir para o crescimento do faturamento da categoria, ou apenas dividir vendas?
trata-se de um produto rentvel? Que impacto trar para a rentabilidade da categoria?
o fornecedor tem estudos para comprovar que os consumidores esto dispostos a
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Antes de decidir pela excluso de um item com estoque e giro zero, convm levantar
suas possveis causas, como falta de abastecimento na gndola, no-registro de quebras
ou transferncias, localizao inadequada, etc.
recomendvel que, antes de excluir um item com baixo giro, Voc analise se isso
no acontece devido a seu nvel de preo, falta de etiqueta de preo, localizao e/ou
embalagem inadequada, etc.
necessrio pensar de modo anlogo no s no que diz respeito ao sortimento regular, como s situaes especiais que ocorrem no varejo, particularmente durante promoes e em ocasies sazonais (Natal, Pscoa, Dia das Mes, etc.). Essas situaes tambm demandam a definio do sortimento e de sua localizao e exposio na loja.
No geral, esses eventos contribuem com importante parcela das vendas da loja. E,
muitas vezes, contam com grande nmero de lanamentos, o que demanda cuidado
redobrado na hora de selecionar os itens e formatar as campanhas, tanto pela falta de
histrico dos itens novos, como pela elevada concentrao de problemas de abastecimento e de gesto que ocorrem nestas ocasies.
Dentre os cuidados que devem ser tomados, inclui-se a clara definio das responsabilidades do fornecedor e do varejista, medidas especiais para cadastro dos itens promocionais e planejamento de como tratar rupturas durante a campanha. Tais rupturas
devem ser minimizadas por esquemas de reposio emergencial assegurada pelo fornecedor e por eventuais sobras.
Do ponto de vista estratgico, necessrio ter objetivos claros do que se pretende
alcanar com a campanha, considerando ainda o impacto sobre a categoria e, principalmente, estabelecendo uma mtrica que permita determinar se os objetivos foram atingidos. J no mbito operacional, recomenda-se fazer uma avaliao ao final de cada
evento, na busca de aprendizados para que problemas ocorridos sejam evitados em
campanhas futuras.
Enquanto a maioria dos varejistas trabalha permanentemente na avaliao de lanamentos, buscando manter sua oferta atualizada com o que a indstria desenvolve e
anuncia ao consumidor, algumas redes de grande sucesso caso da alem Aldi estabelecem um nmero fixo de itens em seu sortimento.Para garantir isso, s entra um
item novo se um outro for tirado de linha mediante justificativas muito fortes.
um critrio rigoroso, mas que se mostrou eficiente ao longo do tempo (no caso da
Aldi). Periodicamente revisto o nmero total de itens admitidos. Mas o sortimento s
aumentado por razes estratgicas, como quando a Aldi passou a trabalhar com refrigerados. E isto aps os fornecedores de produtos e de refrigeradores terem realizado uma
ampla reviso no tamanho das embalagens e dos correspondentes espaos disponveis
nos refrigeradores. O objetivo foi assegurar que a modulao permitisse utilizar 100% do
espao refrigerado, com vistas otimizao de processos e minimizao de custos.
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PASSO 6:
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na sinergia entre categorias, de modo que haja uma seqncia lgica e que, no
mesmo corredor, sejam posicionadas categorias muito visitadas (quentes) e pouco
visitadas (frias), de sorte que as primeiras aumentem a interao do consumido com
as ltimas, incrementando visibilidade e vendas; e
EXEMPLO DE LAYOUT
B Frios/Queijos/Iogurtes etc.
C Balas/bombons/tortas
D Congelados
F Massas/molhos
G Frios/embutidos/temperos/bacalhau
I Adega
M FLV
P Bazar
Q Higiene e beleza
N Flores
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O planograma a base da reposio, devendo ser conhecido e respeitado tanto pelos repositores (prprios ou terceirizados), quanto pela equipe operacional, que
muitas vezes tem a misso de orientar e ajudar o consumidor a encontrar o que deseja.
Para que os repositores entendam facilmente o planograma, pode-se colocar fotos
dos produtos (em baixa resoluo) no local que devem ocupar na gndola. Isso facilitar a comparao visual entre o planograma e a prateleira. Outro recurso valioso indicar nas etiquetas de gndola quantas frentes cada produto deve ter, o que evitar interpretaes bem ou mal intencionadas.
O no-cumprimento do planograma um dos principais causadores de problemas no
varejo, pois elimina o padro estabelecido, sem o qual quaisquer aferies ou comparaes so impossveis, perdendo-se totalmente o foco da gesto. Este problema agravado quando ocorrem rupturas e a prtica da loja for a de encher o espao do produto
faltante com itens adjacentes, na esperana de esconder do consumidor a falha. Na verdade, o consumidor apenas perde mais tempo procurando o produto que deseja, e sua
frustrao aumenta ao no encontr-lo. Alm do mais, a loja tem enormes problemas
para restabelecer o planograma quando o produto faltante voltar.
Fica evidente que o varejo deve implantar um sistema rigoroso de aferio do planograma, com severas medidas em caso de seu no cumprimento.
procurar estabelecer a poltica de, sempre que possvel, descontinuar um produto toda vez que uma novidade for introduzida, para que o planograma o acomode com alterao mnima;
demarcar claramente
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Na medida do possvel, o planograma deve ser feito com base na rvore de Deciso
do Consumidor (ADC). Ela representa as sucessivas decises que o consumidor toma
para procurar e decidir a compra de um produto.
Como Voc viu acima, o primeiro critrio de escolha do shopper procurar creme dental que se aplica ao usurio (adulto ou infantil). Depois,
ele procura a marca favorita desse usurio e s ento analisa os benefcios oferecidos pelas subcategorias. Por isso, este planograma procura
oferecer facilidade ao shopper, agrupando verticalmente as diversas marcas para uso adulto e, horizontalmente as subcategorias (bsico, tripla
ao, branqueadores e para dentes sensveis). Note que as subcategorias de maior valor agregado foram posicionadas na altura dos olhos
dos consumidores para estimular sua compra. (Apesar deste planograma mostrar apenas cremes dentais, no podemos esquecer o quanto
importante apresentar toda a linha de higiene oral.)
claro que cada consumidor pensa e age de forma diferente, e a ADC feita com
base em um grupo significativo de pessoas. Comumente, os fabricantes realizam este
tipo de estudo e disponibilizam os resultados para os varejistas, como os apresentados
no final deste volume.
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Como exemplo, poderamos considerar a maneira pela qual as pessoas compram vinho.
A primeira deciso, quando o cliente se dirige ao setor de vinhos, talvez seja o tipo de
vinho: tinto, branco, ros.
Selecionados, por exemplo, os tintos, o prximo passo poder ser a busca pelo pas
de origem: Brasil, Argentina, Chile, Frana, Itlia, frica do Sul, EUA / Califrnia, etc.
A deciso seguinte poder ser o tipo/variedade da uva: pinot, cabernet, camenere,
etc.; depois talvez marca, safra e preo.
O processo pode ser mais longo ou mais curto, conforme o tipo de produto considerado. O importante ter em mente que a organizao da exposio o planograma deve refletir, portanto, este processo.
Se ficarmos no exemplo acima, e o planograma do setor de vinhos tiver como primeiro agrupamento o pas de origem, depois a regio, em seguida a safra, o preo, etc.,
a busca e a comparao de produtos sero enormemente dificultadas para quem adota
um processo diferente. Pense na dificuldade que o comprador ter para achar vinhos
cabernet de diferentes origens se eles estiverem expostos como exemplificado aqui. Certamente, sua experincia de compra no ser das mais felizes.
importante lembrar ainda que o planograma ideal considera a categoria, ou seja, a
soluo de compra ao agrupar os produtos conforme a ocasio de consumo. No exemplo dos vinhos, e conforme as decises anteriores do varejista, sua exposio poderia
incluir acessrios (saca-rolhas, cortadores de lacre, sistemas de fechamento a vcuo,
etc.), copos, aperitivos, livros sobre o tema, ou at adegas refrigeradas.
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PASSO 7:
os produtos que otimizem o giro. Mas esse objetivo gera a necessidade de novas com-
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pras para garantir a reposio dos itens vendidos. Por isso, preciso que Voc tenha
bem clara esta situao, evitando prticas do fornecedor como a de empurrar produtos inadequados loja, e o hbito do comprador de aceitar este
tipo de jogo. Para evitar isso, alinhe os objetivos e sistemas de remunerao dos dois
lados. Desse modo evitar conflitos entre as decises de ordem tcnica que fundamentam o sortimento correto e as tentaes propostas rea comercial ou ao
gerente da loja.
evidente que Voc, varejista, no deve abrir mo de receitas adicionais que possa
obter atravs da utilizao do espao expositor. Entretanto, isso deve ser feito de
modo que as decises comerciais estejam subordinadas s do sortimento. Isto , uma
vez definido o sortimento, compete rea comercial buscar as maneiras mais interessantes de manter a loja abastecida com os itens de maior apelo aos clientes, minimizando os custos e maximizando a rentabilidade.
crescente o nmero de empresas varejistas utilizando os servios de centrais de compras. Muitas delas esto capacitadas a ajudar seus clientes a reduzirem a presso direta
sobre cada loja ou rede, adotando critrios tcnicos para fundamentar o abastecimento.
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A anlise detalhada deste tipo de situao pode levar deciso de excluir do sortimento os itens em questo, a menos que se consiga receber as quantidades compatveis
com o giro do produto na loja e em condies logsticas adequadas.
PASSO 8:
qual o ticket mdio total, por categoria, por tipo de cliente, por perodo
(dia, semana, ms, ano)?
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Na medida em que estes e outros indicadores passarem a fazer parte dos controles e
das bases de tomada de deciso dos gestores da empresa, interessante que se estabeleam os nveis desejados de cada um, traando objetivos mensurveis que devem ser alcanados para melhorar o desempenho de produtos, categoria ou da prpria empresa.
PASSO 9:
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o produto est na loja e o cliente no encontrou. Providencie que haja algum para busc-lo imediatamente e explicar ao cliente onde encontrlo. Assim Voc no perder venda nem deixar que o cliente v concorrncia;
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Este apenas um dos exemplos do que est sendo feito em milhares de outras lojas.
Um trabalho que certamente reduzir em mais de R$ 1 bilho as perdas causadas por
rupturas no varejo de auto-servio. E que no terminar. Afinal, o combate a rupturas
deve ser contnuo, sem trgua. E quem ganha Voc!
Aguardamos o relato de suas experincias no combate a rupturas, bem como suas
crticas e sugestes sobre este e outros temas.
E-MAILS:
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VOLUME 5
ANEXOS
EXEMPLOS DE RVORES DE DECISO PARA VOC PRATICAR:
CHOCOLATE
BISCOITO
1. FORMATO
(tabletes, bombom, snack,
candy bar, etc.)
2. MARCA
3. SABOR
4. PREO
1. TIPO DE BISCOITO
(salgado, recheado, wafer, etc.)
2. MARCA
3. SABOR
4. PREO
5. GRAMATURA
REFRESCO EM P
ANTISSPTICO BUCAL
1. SABOR
2. MARCA
3. QUALIDADE
4. RENDIMENTO
5. PREO
1. ADULTO/INFANTIL
2. MARCA
3. PREO
4. SABOR/COR
5. TAMANHO
DESODORANTE
CALDO EM P
1. APLICADOR
(aerosol, roll-on, stick, creme, spray)
2. MARCA
3. PERFUME
1. SABOR
2. MARCA
3. PREO/PROMOO
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VOLUME 5
GLOSSRIO
RVORE DE DECISO. Apresenta a ordem de prioridade segundo a qual os compradores
bebs.
CD. Centro de distribuio.
CENTRO DE SOLUES. Exposio conjunta de produtos inter-relacionados, compondo uma
soluo de compra para o cliente, como alimentos, snacks, brinquedos e acessrios para animais de estimao.
GIRO. Nmero de vezes que o estoque foi vendido em determinado perodo de tempo. Exem-
plo: se o estoque de sabo de 100 caixas, e suas vendas mensais so de 500 caixas, o giro
do estoque de 5 vezes/ms.
ITEM OU SKU. cada marca, tamanho, fragrncia, etc. de cada produto. Exemplo: refresco em
mostra cada posio de produto/item e as dimenses dos fixadores utilizados para exibi-los.
a forma de comunicar a distribuio do sortimento a quem faz a reposio na loja.
PRODUTO PREMIUM. O melhor da categoria, o de maior valor agregado.
SHOPPER. Termo ingls que se refere ao comprador. a pessoa que compra efetivamente um
ou mais produtos na loja, mas no necessariamente os consome. Exemplo: dona de casa
(shopper) que compra biscoito recheado para seu filho (consumidor final).
SORTIMENTO. Mix de produtos oferecidos ao consumidor e expostos em gndolas, balces
refrigerados, etc.
VOLUME. Quantidade vendida em unidades, litros, ou quilos, etc.
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REALIZAO
COORDENAO E PRODUO
PATROCNIO
APOIO