Resumo de Cirurgia Geral
Resumo de Cirurgia Geral
Resumo de Cirurgia Geral
(E) Analise completa do paciente sondagem vesical, toque retal para verificar se h
sangue na ampola retal, leses, fraturas.
Resposta Hormonal:
Nutrio em Cirurgia
Dr. Joo Paulo Esposito
Dieta
Dieta
Dieta
Dieta
geral
hipossdica paciente hipertenso
hipogordurosa paciente com hiperlipidemia
hipoglicmica pacientes com diabetes.
Complicaes:
o lceras gstricas e esofgicas refluxo
o Estenose esofgica refluxo leva a um processo inflamatrio que pode
estenosar.
o Aspirao
o Sinusite
Na posio gstrica o limitante a velocidade de esvaziamento
Na posio enteral o limitante a osmolaridade.
Laparotomia: seco do flanco (=celiotomia) ato pelo qual o cirurgio realiza a abertura
da parede abdominal.
Requisitos:
Assepsia (esterilizao) e antissepsia (diminuio do potencial de
contaminao instrumento e pele do paciente)
Tcnica cuidadosa
Exposio
Conhecimento anatmico
Eventual ampliao
Sntese adequada (sutura)
Boa cicatrizao
A cavidade abdominal fixa nas paredes latero-posterior e mvel na parede anterior.
responsvel pela conteno dos rgos abdominais.
Planos abdominais: epitlio, camada gordurosa, fscias superficial e profunda, msculos
transverso, oblquo interno e oblquo externo, alm do peritnio parietal.
A aponeurose pouca vascularizada e responsvel pela sustentao e manuteno da
tenso da parede abdominal.
Peritnio: membrana serosa que envolve quase todos os rgos abdominais.
A cavidade abdominal submetida a grandes variaes de presso devido respirao e
expulso do contedo abdominal.
Irrigao:
Artria epigstrica (corre pela bainha do m. reto abdominal); ramo da a. femoral.
Etapas da laparotomia:
Laparotomia: abertura cirrgica da cavidade abdominal
Explorao da cavidade abdominal para avaliar extenso da patologia e para
identificar outras possveis patologias no diagnosticadas previamente.
Realizao da cirurgia propriamente dita.
Inventrio ou reviso da cavidade abdominal para que se tenha certeza de que a
cirurgia est completa e bem feita e para verificar se no foram esquecidos corpos
estranhos na cavidade.
Fechamento da cavidade.
Classificao das laparotomias:
Quanto finalidade:
Eletivas: quando tm um objetivo definido e conhecido.
Exploradoras: quando o objetivo definir diagnstico.
Via de drenagem de colees lquidas
Com relao cicatriz umbilical:
Supraumbilical
Periumbilical
Infraumbilical
Com relao linha mdia do abdome:
Medianas (sobre a linha mdia)
o Supraumbilical
o Infraumbilical
o Xifo-pbica
Paramedianas, direita ou esquerda
Quanto direo:
Longitudinais
Transversais
Oblquas
o Subcostal Kocher
o Diagonal epigstrica
o Estrelada infraumbilical Mc Burney
Quanto complexidade:
Simples: uma inciso
Escolha da inciso: a inciso ideal a que permite o acesso fcil do rgo visado,
oferecendo espao suficiente para que as manobras cirrgicas sejam executadas com
segurana; deve possibilitar a reconstituio da parede de maneira perfeita, sob o
aspecto anatmico, funcional e esttico, permitindo ampliao rpida e pouco
traumatizante. Alm disso, quando mais perto do rgo for feita a inciso da parede,
com maior rapidez ele ser atingido, mantendo distancia de proeminncias sseas (no
permite flexibilidade).
Obs.: cicatrizes antigas fibrose (pode haver aderncias).
Obs2.: na emergncia, as incises medianas so as mais adequadas pois permite uma
inciso ampla, geral e precisa. Porm, em pacientes hemodinamicamente estveis
podem ser abordados com laparoscopia (vdeo) pacientes instveis podem reagir com
o CO2 administrado.
Laparotomia mediana:
A inciso pode ser longa, de incio, ou ampliada depois; permite, pelo afastamento das
margens, que qualquer rgo seja trabalhado, tanto intra-abdominal como
retroperitoneal. No segmento supraumbilical, a seco longitudinal da linha branca
(lmina aponeurtica resultante da fuso das lminas das bainhas dos msculos reto
abdominais) condiciona maior incidncia de evisceraes ps-operatrias e de
eventraes, pois nela se concentram linhas de foras resultantes da contrao dos
msculos largos do abdome, que tracionam a linha branca para ambos os lados e
exercem fora de separao nas bordas da sutura aplicada.
Vantagens:
Bom acesso e rpido
Fcil extenso
Fcil execuo e sutura
Relativamente avascular
Desvantagens:
Mais dolorosa
Menos cosmtica
Laparotomia paramediana:
Vantagens:
Bom acesso
Facilmente prolongveis
Desvantagens:
Mais demorada (maior nmero de estruturas aponeurticas)
A inciso paramediana pararretal interna (Lennander) lateral a linha branca, ou seja,
desvia-se da zona de maior tenso. Permite acesso fcil, pouco sangrante, pode ser
ampliada; no h seco de nervos ou msculos (msculo reto abdominal afastado).
Pode ser a direita ou esquerda da linha alba, acima ou abaixo da cicatriz umbilical.
A inciso pararretal externa tem risco de leso dos nervos que penetram no msculo
pela borda lateral. executada no segmento infraumbilical, quando h possibilidade de
mnima leso de nervos, pois permite bom acesso ao ceco, ao apndice e aos anexos
uterinos direitos, se feita direita, e ao colo sigmoide e aos anexos uterinos esquerdos,
se esquerda.
Laparotomia transversal:
Sendo a abertura na direo das linhas de tenso predominantes no abdome, resguarda
as bordas suturadas da tendncia ao afastamento condicionado. As leses dos nervos
intercostais so mnimas ou nenhuma, pois o traado lhes quase paralelo. A abertura
mais demorada e o sangramento maior.
Vantagens:
Mais cosmticas
Menos dor
Menor chance de eventrao
Desvantagens:
Lesiona msculos
Sangramentos
Mais demorada
Extenso limitada
Nas crianas, a inciso ideal a transversa, pois assim consegue-se explorar tanto o
abdome como o trax.
Laparotomias oblquas:
As incises oblquas seccionam o plano sagital ou transversal e os planos musculares
podem ou no ser seccionados, dependendo da extenso da inciso.
As incises mais conhecidas so a inciso subcostal (Kocher) e a estrelada de Mc Burney
na fossa ilaca direita. A inciso de Kocher segue paralelamente o rebordo costal e podese estender do apndice xifoide ao flanco. direita permite acesso vescula biliar e s
vias biliares e esquerda est indicada nas esplenectomias e nas adrenalectomias. A
inciso de
Mc Burney, indicada nas apendicetomias, a abertura feita por divulso das camadas
musculares.
Epnimo
Tipo de
inciso
Indica
o
Inciso de
Lennander
Inciso de Mc
Burney
Inciso de
Davis
Inciso de
Chevron
Paramediana
pararretal interna
Oblqua na FID
Vescula
biliar
Apendicite
Transversa na FID
Apendicite
Transversa
supraumbilical
Incisao de
Pffanisthiel
Inciso de
Kocher
Transversa
infraumbilical
Subcostal direira
Acesso ao
abdome
superior
Cesareana
Vescula
biliar
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Suturas:
Fio adequado e sutura por planos (restituio
da vitalidade dos tecidos)
Fios absorvveis: peritnio parietal
(catgut ou vicril)
Fios inabsorvveis e monofilamentosos
Obs.: na criana se faz sutura com pontos
separados para no retrair a cicatriz quando
a criana crescer.
Obs2.: ns muito apertados podem causar
necrose no tecido.
Obs3.: no se deve fazer sutura contnua em
aponeuroses, pois caso um ponto estoure,
toda a sutura se solta.
Limites:
Superior: plano subcostal (abaixo das costelas)
Inferior: plano transtubecular (tubrculo da crista ilaca)
Topografia da parede anterolateral:
Pele
Tecido subcutneo
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Leso de parnquima pulmonar sem comunicao com o meio externo. Ex.: trauma
fechado.
Sistema valvulado
Colapso do pulmo afetado
Retorno venoso prejudicado
Ventilao prejudicada do pulmo contralateral
Desvio de mediastino para o lado oposto
Quadro clnico: desvio da traqueia causando desconforto respiratrio, ausncia unilateral
de murmrios vesiculares, estase jugular, percusso com hipersonoridade (cavidade com
ar), cianose tardia.
Tratamento: descompresso imediata
Obs.: o diagnstico clnico e no radiolgico.
Pneumotrax aberto:
H conexo com o meio externo (bala, facada).
Ocluso do defeito
Drenagem pleural
Tratamento definitivo
Afundamento torcico:
Fratura de vrias costelas
Re-expanso pulmonar
Oxigenoterapia
Reposio volmica criteriosa
Analgesia
Intubao: critrios de insuficincia respiratria grave
Hemotrax volumoso:
Perda de sangue 1500 mL.
Leso de vasos pulmonares ou sistmicos
Colapso ou distenso de veias jugulares
Choque com murmrios vesiculares ausentes e percusso macia
Pode haver desvio de mediastino devido ao grande acmulo de sangue, que empurra as
estruturas adjacentes para o lado oposto.
Indicaes para toracotomia: sangramento acima de 700 mL inicialmente; sangramento
de 100 mL/h; paciente instvel com PA baixa e taquidispneico; grande enfisema
subcutneo.
Tamponamento cardaco:
Quadro Clnico: diminuio da presso arterial, estase jugular, bulhas cardacas
abafadas, atividade eltrica cardaca sem pulso.
Tratamento: manter vias areas prvias, reposio volmica e pericardiocentese.
Acidentes Cirrgicos
Dr. Airton Zogaib
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Prfuro-cortante
Contato com mucosa ocular, oral, pele com soluo de continuidade
Acidentes com pele ntegra (ex.: espirra sangue ou pus na mo ou no brao)
Equipe Cirrgica
Dr. Airton Zogaib
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Choque
Dr. Joo Paulo Esposito
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Identificao do choque:
Taquicardia
Vasoconstrio choque hipovolmico e cardiognico (sudoeste fria descarga do
sistema simptico)
Em uma hemorragia intensa (ex.: ruptura do bao), a relao contedo-continente
fica desequilibrada - a PA cai, sendo reconhecida pelos barorreceptores que
informam ao bulbo e este d a ordem de vasoconstrio.
Diminuio do dbito cardaco menor volume de sangue, menor retorno venoso
(lei de Frank-Starling quanto menor o dbito cardaco, menor o fluxo).
Estreitamento da presso de pulso choque hipovolmico
Diminuio da presso arterial mdia
Diminuio do fluxo de sangue
Cuidado com os mecanismos de compensao
A presso venosa central no choque hipovolmico diminuda, devido ao menor dbito
cardaco, enquanto que no choque cardiognico elevada, pois no h perda de lquido,
mas sim, falha no bombeamento cardaco, levando a um acmulo de sangue do lado
direito do corao, e aumento de sangue venoso.
No choque hipovolmico, apesar de haver vasoconstrio, a dbito cardaco diminudo,
havendo queda da presso arterial (60x40mmHg).
No choque sptico h um espaamento da presso arterial (170x30mmHg), a presso
diastlica cai pois h vasodilatao das arterolas, enquanto que a presso sistlica
aumenta para tentar compensar, aumentando a frequncia cardaca.
Choque hemorrgico
Tipo de choque hipovolmico
Mais frequente
Inicie o tratamento para o choque hemorrgico em primeiro lugar dar volume ao
paciente.
A histria da paciente importante, por exemplo, em um paciente com insuficincia
cardaca, o excesso de volume pode causar edema pulmonar. Avaliar outras leses
concomitantes e o tipo de choque.
Trauma de bacia sangue fica represado no espao extravascular (hematoma de
retroperitneo).
Choque no hemorrgico
Cardiognico:
Histria do paciente: cardiopatias, infartos, doena de Chagas, HAS, disfuno
miocrdica
Monitorao por ECG
Pericardiocentese choque restritivo (palidez, sudorese fria, anria, trauma derrame
pericrdico, facada, tiro)
Puno de Marfan 45 para esquerda e 45 para baixo (guiada por ECG)
Ultrassonografias
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Trauma
Dr. Airton Zogaib
Paciente politraumatizado:
- Trauma fechado
- Trauma aberto
Hipteses sindrmicas:
Abdome agudo (tipos)
Choque (tipos)
Distrbio hidroeletroltico
Politraumatizado
Trauma de abdmen fechado choque traumtico hemorrgico
choque traumtico hipovolmico
anemia aguda
Trauma craniano/cervical/coluna dorsal/torcica
Obs.: importante discutir o mecanismo de trauma (sendo os piores, o trauma frontal,
atropelamento, queda de altura, automobilstico, ferimento por arma de fogo e ferimento
por arma branca).
Leso por desacelerao: crebro chicoteado para frente e para trs, numa
contrarreao, batendo na calota craniana.
rgos fixos em traumas por desacelerao so piores no conseguem se adaptar ao
movimento e podem arrebentar (aorta, vasos da base, bao, pncreas, rim, fgado,
mesocolo, mesentrio das alas).
Em ferimentos por armas de fogo, importante discutir o mecanismo do tiro, se foi de
baixo para cima, cima para baixo, mulher ou homem que atirou.
DB = descompresso brusca
Irritao peritoneal:
1. Estomacal HCl
2. Duodeno HCl + bile + bicarbonato
3. Fezes
4. Bile (perfurao da vescula)
5. Urina
6. Sangue
A vscera que causa o maior pnemoperitnio o colo.
Com exceo da bile, todos os elementos que caem no peritnio, fruto de ruptura,
causam aumento da frequncia cardaca e presso arterial normal ou pouco diminuda.
J na presena de bile, h uma diminuio da frequncia cardaca e presso arterial
baixa.
A primeira atitude a ser tomada tratar o choque infuso de soro fisiolgico EV. Avaliar
dbito urinrio, hemograma.
Fazer reanimao cardiopulmonar se necessrio.
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Incises Cervicais
Dr. Joo Paulo Esposito
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Lmina
pr-traqueal
da
fscia
cervical: limitada a parte anterior
do pescoo; possui uma parte
muscular fina que reveste os
msculos infra-hiideos e uma parte
visceral que reveste a glndula
tireoide, a traqueia e o esfago; se
funde lateralmente com a bainha
cartica.
Lmina
pr-vertebral
da
fscia
cervical: forma uma bainha tubular
para a coluna verebral e os msculos
associados a ela.
O espao entre as fscias viscerais e a
fscia
pr-vertebral
(profunda)
tem
comunicao com o mediastino, portanto,
infeces neste espao podem evoluir para mediastinite (40% de bito).
Tratamento: drenagem e antibioticoterapia.
Tringulo Anterior:
Regio suprahiidea glndulas partidas e submandibular, nervo hipoglosso, assoalho
da boca, nervo marginal da mandbula (leso lado do rosto cado). Local menos
frequente de traumas.
Regio infra-hiidea cartilagens tireoidea e cricoides, traquia, glndula tireoide e
paratireoides, esfago cervical, nervo larngeo superior e recorrente.
Tringulo Posterior:
Formado pela clavcula e borda posterior do msculo esternocleidomastoideo.
Contm o plexo braquial, ducto torcico (drena MMII, cavidade abdominal, hemitrax E,
MSE, metade E da face), ducto linftico direito (hemitrax D, metade D da face).
Obs.: leso no plexo braquial causa dficit motor do brao.
Nervo acessrio inerva o trapzio
Msculo Omo-hiideo
Nervo frnico leso causa paralisia ipsilateral do diafragma
Fossa supraclavicular: artria e veia subclvia, ducto linftico, pleura.
Limites:
Medial orda posterior do msculo esternocleidomastoideo
Lateral borda anterior do msculo trapzio
Inferior 1/3 mdio da clavcula
Regio carotdea:
Estruturas abaixo do esternocleidomastoideo: artria cartida comum e bifurcao,
nervo vago, veia jugular interna.
Trauma Cervical
Diviso clnica:
Zona 1 rea horizontal entre as clavculas e a cartilagem cricoidea. Local de passagem
das artrias e veias subclvias, ducto torcico, plexo braquial.
Zona 2 rea horizontal entre a cartilagem cricoidea e o ngulo da mandbula. Local
mais frequente de leses.
Zona 3 rea horizontal entre o ngulo da mandbula e a base do crnio.
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Sintomas: estridor, enfisema, dor, edema, dispneia, tosse, hemoptise, voz rouca.
Conduta: traqueostomia + sutura com interposio de flap muscular (para evitar fstulas
entre a traqueia e o esfago) + drenagem.
Preservar o mximo de traqueia possvel.
No fazer traqueostomia atravs da leso.
Traqueostomia:
Indicaes: intubao prolongada, trauma de face, neoplasias cervicais, paralisia
bilateral de cordas vocais.
Tcnicas: cricotireoidostomia, traqueostomia (planos).
Obs.: o grande problema da cricotireoidostomia que frequentemente evolui para
estenose de cordas vocais.
Complicaes: sangramento, infeco, obstruo, fstula, estenose de traqueia.
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Cicatrizao
Dr. Airton Zogaib
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Distrbios da cicatrizao:
Cicatrizao atrfica: tecido branco, fino, no se fez cicatrizao adequada.
Queloide: excesso de proliferao fibroblstica (tecido conjuntivo). Estende-se para
alem dos limites do ferimento original, infiltrando-se no tecido sadio adjacente.
Fatores predisponentes para formao de queloides: historia familiar, alteraes
cicatriciais (infeces, tenso excessiva na ferida), raa negra, regio lesada (trax,
ombros, orelhas).
Cicatrizao hipertrfica: caracteriza-se por estender-se de forma saliente acima do
nvel da pele, permanecendo, porm, sempre restrita rea do ferimento.
Retrao cicatricial
Operao = atos
Operaes fundamentais: direse, hemostasia, e sntese (atos feitos durante uma
operao ou procedimento).
Direse
Destinada a criar uma via de acesso atravs do tecido.
Inciso: secciona os tecidos moles por instrumentos de corte, produzindo ferimento
inciso.
Instrumentos de inciso: bisturi, bisturi eltrico, ou raios laser.
Obs.: evitar usar o bisturi eltrico na pele, pois o calor dissipa e queima a pele.
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Vias de acesso:
Extenso suficiente para boa visibilidade do campo operatrio
Bordas bem delimitadas e ntidas
Atravessar tecidos respeitando a anatomia regional e um plano de cada vez.
Evitar leso nervosa, ssea e vascular causar menor dano possvel.
Nuno comprometer grandes vasos e nervos da regio
Acompanhar de preferncia as linhas de fora da pele linhas de Kraissl
Seccionar a aponeurose na direo de suas fibras
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Hemostasia:
Segundo ato fundamental
Objetivo: impedir ou coibir o sangramento
Evita perda excessiva de sangue
Propicia melhores condies tcnicas
Favorece a recuperao da ferida abrevia a fase hemosttica da coagulao,
acelerando a cicatrizao.
Primria
Incruenta (geralmente a distncia do
de Smarch para reduzir o sangramento.
campo)
cirurgia
ortopdica
faixa
Preventiva ou corretiva
Definitiva
Quase sempre cruenta com leso do tecido
Ligadura: amarrao dos vasos com fios cirrgicos
Cauterizao: parada de sangramento de um vaso por formao de cogulo.
Fotocoagulao: uso de raio laser.
Sutura
Grampeamento
Obturao: aplicao de substncias exgenas para ocluir o vaso
Tamponamento: compresso da rea sangrante com compressa ou gaze.
Tempo nobre: ato cirrgico em si
Sntese
Quarto ato fundamental
Aproximao das bordas de tecidos seccionados ou ressecados (reconstituio)
Manuteno da contiguidade dos tecidos
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Agulhas:
Finalidade de transfixar tecidos, servindo de guia aos fios de sutura.
Agulhas retas
Agulhas curvas atraumticas (circulares)
Agulhas curvas traumticas (triangulares)
Porta agulha: principal instrumento para a sntese, pois ele que segura a agulha.
Mais utilizado o porta agulha de Hegar, porm, pode-se utilizar o de Mathieu.
Fios:
Usados para ligaduras vasculares que garantem uma hemostasia perfeita e para
aproximao dos tecidos.
Seleo baseada no baixo custo, adequada resistncia tensil.
Fios
absorvveis:
categute (peritneo parietal,
cido poligalactico, polidioxanona
subcutneo),
Material de prtese:
cido poligliclico,
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Pr-Operatrio
Dr. Airton Zogaib
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Infeco
Dr. Airton Zogaib
da
invaso
proliferao
corprea
por micro-
Quantidade de micro-organismos
Fatores bacterianos:
Tipo e quantidade de bactrias presentes na ferida cirrgica:
Feridas limpas
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Falha de aproximao
Fatores do paciente:
Reduo do fluxo sanguneo para a inciso:
Uremia
Velhice
Obesidade
Cncer
Uso de imunossupressores
Fatores determinantes:
A infeco ocorre quando um dos seguintes fatores est alterado: stio cirrgico,
bactrias, defesa do organismo.
Limitao de trfego
Trfego preferencial
Salas cirrgicas:
Luz ultravioleta
Fluxo de ar laminar
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Presso positiva
Contato exgeno falhas na tcnica da equipe (falha na lavagem das mos, erro na
colocao das luvas);
Contaminao endgena (Ex.: colectomia, com contaminao pelo contedo fecal).
Emprego de clorexidine
Preveno:
Oxigenoterapia adequada
Antibioticoprofilaxia:
O antibitico usado para profilaxia no deve ser o mesmo usado para a terapia.
Meia vida conhecida, para que possa ser reajustada a dose intra-operatria caso seja
necessria (procedimentos demorados).
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Esse uso profiltico no deve exceder 72h, pois a passam a ser considerados
teraputicos. O uso do mesmo antibitico na profilaxia e na terapia pode causar
resistncia bacteriana.
Limpas:
No traumticas
Potencialmente contaminadas:
Penetrao nos
significante
tratos
gastrointestinal
ou
respiratrio
sem
contaminao
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Contaminadas:
Infectadas:
Tipos de infeco:
Comunitria: se adquire na comunidade. Ex.: pneumonia, HIV, abscesso de orelha
Nosocomiais: adquiridas no hospital; piores, por serem micro-organismos resistentes e
pacientes debilitados. Ocorre preferencialmente em pacientes de UTIs ou em psoperatrios.
Diagnstico de infeco:
Reconhecer sinais clnicos: febre, dor, calor, rubor.
Imaginar o patogno-fonte baseado em:
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Histrico operatrio
Exame fsico
Achados de imagem
Confirmao da infeco:
Exames laboratoriais
Infeces ps operatrias:
Infeco urinria
Infeco respiratria
Abscesso intraperitoneal
Peritonite
Septicemia
Infeco urinria:
>100.000 colnias de bactrias/mL
Relao direta com cateterismo vesical
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Infeco respiratria:
Frequente em cirurgias torcicas e abdominais dor ps-operatria faz com que o
paciente no expanda os pulmes adequadamente, causando atelectasias que se no
tratada pode evoluir para infeco e pneumonia.
Abscessos pulmonares ou empiemas
Associadas com sondas e drenos, uso prolongados de respiradores.
Abscessos intra-abdominais:
Decorrentes de operaes mais frequentes apendicectomias complicadas.
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Vdeo-Laparoscopia
Dr. Airton Zogaib
Objetivos:
Pequenas incises
Menor trauma
Melhor cicatrizao
Rpida recuperao
Princpios:
Pacincia na abordagem
Finesse na execuo
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Tcnica:
Anestesia geral
Trocateres e cnulas
Laparoscpios e co-adjuvantes
Sistema de vdeo
para
melhor
Pneumoperitneo:
Injeo de CO2 para que o abdmen distenda e permita melhor visualizao dos
componentes abdominais.
O insuflador constante e mantm a presso estabilizada entre 12-15 mmHg, e injeta de
3,5-40 L/min.
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Consequncias respiratrias
Intra-operatria:
Dificuldades:
Ns e suturas
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Custo
Contra-indicaes:
Choque,
doena
cardaca
grave,
doena
pulmonar
instabilidade hemodinmica ou intolerncia anestesia
grave,
coagulopatia,
Indicaes:
Diagnosticas: estadiamento de tumores, trauma abdominal, abdome agudo, afeces
ginecolgicas, ascite/colees insuspeitadas
Teraputicas: colecistectomia, apendicectomia, hrnias, outras
carregados
pela
Complicaes:
Embolia gasosa
Infeco
Falha no procedimento
manipulao