Literatura Silvio Lucio
Literatura Silvio Lucio
Literatura Silvio Lucio
Meu av
Totnio Rodrigues
Tomsia
Rosa
Onde esto todos eles?
Esto todos dormindo
Esto todos deitados
Dormindo
Profundamente.
Manuel Bandeira, Libertinagem.
No conhecido poema de Bandeira, aqui parcialmente reproduzido, a experincia do afastamento da festa de
So Joo
a) de ordem subjetiva e ocorre, primordialmente, no plano do sonho e da imaginao.
b) Reflete, em chave saudosista, o tradicionalismo que caracterizou a gerao modernista de 1922.
c) Se d predominantemente no plano do tempo e encaminha uma reflexo sobre a transitoriedade das coisas
humanas.
d) Assume feio abstrata, na medida em que evita assimilar os dados da percepo sensvel, registrados pela
viso e pela audio.
e) figurada poeticamente segundo o princpio esttico que prev a separao ntida de prosa e poesia.
Resposta
Instruo: (Unifesp/SP) Leia o poema de Oswald de Andrade e responda s questes abaixo
Senhor feudal
"Se Pedro Segundo
Vier aqui
Com histria
Eu boto ele na cadeia.
3. (Unifesp/SP) Considere as seguintes caractersticas do Modernismo brasileiro:
I. Busca de uma lngua brasileira;
II. Versos livres;
III. Ironia e humor.
Nos versos de Oswald de Andrade,
a) Apenas I est presente.
b) Apenas III est presente.
c) Apenas I e II esto presentes.
d) Apenas I e III esto presentes.
e) I, II e III esto presentes.
4. (Unifesp/SP) Considerando os pressupostos do Modernismo e da potica oswaldiana, correto afirmar que
a aluso a D. Pedro II, figura da corte portuguesa, sugere
a) A reafirmao da base literria brasileira, decalque dos valores europeus.
b) A negao do valor da literatura portuguesa e apresenta a brasileira como insupervel.
c) A stira ao referencial artstico portugus e, por extenso, critica a importao de valores literrios europeus.
d) O confronto entre a arte literria brasileira e a portuguesa, elucidando a inevitvel influncia desta para a
formao daquela.
e) A pouca influncia recebida da arte literria portuguesa, o que confere autenticidade literatura brasileira.
Brasil
"O Z Pereira chegou de caravela
E preguntou pro guarani da mata virgem
Sois cristo?
No. Sou bravo, sou forte, sou filho da Morte
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crtica dos valores sociais de uma forma implcita, com ironia, digresses e absoluta perfeio formal, Alusio
faz crtica social explcita e busca personagens patolgicos estereotipados, com os quais desenvolve a teoria
do determinismo.
e) Machado foi um talento mltiplo: romancista, contista, poeta, crtico literrio, cronista e teatrlogo, assim
como Mrio de Andrade, modernista do incio do sculo XX. Ambos usaram de ironia nos seus escritos,
renovaram a linguagem literria brasileira, desrespeitaram a sintaxe tradicional e pesquisaram as
manifestaes folclricas nacionais.
Resposta
9. (UEPB) Leia:
Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola, nem afirmaram ter postulados
rigorosos em comum. O que os unificava era um grande desejo de expresso livre e a tendncia para
transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoo pessoal e a realidade do pas.
CANDIDO, Antonio e CASTELLO, Jos Aderaldo.
Presena da literatura brasileira. Modernismo. So Paulo: Difel, 1981. p. 9.
Considerando as informaes apresentadas no texto e os estudos sobre o modernismo brasileiro, identifique
a(s) proposio(es) verdadeira(s):
01. A ausncia de postulados rigorosos contribuiu para que autores como Manuel Bandeira e Mrio de
Andrade no se tornassem representativos no cenrio da literatura brasileira.
02. Os embelezamentos tradicionais do academismo, mencionados no texto, esto associados poesia de
Cassiano Ricardo e de Oswald de Andrade.
04. A tendncia para transmitir [...] a realidade do pas significava, para os modernistas de 1922, realizar uma
leitura crtica das nossas tradies culturais, como ocorre em Macunama, de Mrio de Andrade.
08. O desejo de expresso livre no se manifesta na poesia de Mrio de Andrade, pois o poeta no adota as
inovaes formais, presentes na obra de outros autores modernistas.
16 . A tendncia para transmitir [...] a emoo pessoal manifesta-se em poemas de Manuel Bandeira, que
resgata o lirismo potico.
A soma dos valores atribudos (s) proposio(es) verdadeira(s) igual a _________________
10. (UEPB)
Carta-poema
Excelentssimo Prefeito
Senhor Hildebrando de Gis,
Permiti que, rendido o preito
A que fazeis jus por quem sois,
Um poeta j sexagenrio,
Que no tem outra aspirao
Seno viver de seu salrio
Na sua limpa solido,
[...]
Que imundcie! Tripas de peixe,
Cascas de fruta e ovo, papis...
No natural que me queixe?
Meu Prefeito, vinde e vereis!
Quando chove, o cho vira lama:
So atoleiros, lodaais,
Que disputam a palma fama
Das velhas maremas letais!
[...]
Mandai calar a via pblica
Que, sendo um vasto lagamar,
Faz a vergonha da Repblica
Junto Avenida Beira-Mar!
Manuel Bandeira
O texto, acima, tem funo
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a) Referencial.
b) Potica.
c) Conativa.
d) Apelativa.
e) Metalingstica.
11. (PUC-RS) O poema Cano do Exlio, do poeta Gonalves Dias, foi revisto pelos ________, por meio de
releituras que ________ sua forma e sua concepo ________ de nao.
a) Parnasianos refutam romntica.
b) Simbolistas enaltecem idealista.
c) Modernistas satirizam idealista.
d) Simbolistas reforam crtica.
e) Modernistas exaltam impressionista.
Vou-me Embora pra Pasrgada
Vou-me embora pra Pasrgada
L sou amigo do rei
L tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasrgada
Vou-me embora pra Pasrgada
Aqui eu no sou feliz
L a existncia uma aventura
[...]
E como farei ginstica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
[...]
Em Pasrgada tem tudo
outra civilizao
Tem um processo seguro
De impedir a concepo
Tem telefone automtico
Tem alcalide vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando estiver mais triste
Mas triste de no ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
L sou amigo do rei
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasrgada.
12. (PUC-RS) O carter ________ do poema se revela pela referncia possibilidade de viver plenamente a
vida, sem quaisquer impedimentos.
a) Confessional
b) Satrico
c) Catico
d) Sincrtico
e) Hermtico
Para responder questo abaixo, numerar a Coluna B, que contm imagens construdas pelo poeta, de acordo
com a Coluna A, que indica as estrofes do poema.
Coluna A
1. Primeira estrofe.
2. Segunda estrofe.
3. Terceira estrofe.
4. Quarta estrofe.
5. Quinta estrofe.
Coluna B
(__) O poder sobre o Estado e sobre as mulheres.
(__) O domnio sobre a tecnologia.
(__) A possibilidade de viver de forma natural.
(__) A referncia a atitudes destrutivas.
13. (PUC-RS) A numerao correta da Coluna B, de cima para baixo,
a) 3 4 1 5
b) 2 3 5 4
c) 1 4 3 5
d) 1 2 3 4
e) 2 3 4 5
14. (PUC-RS)
Para responder questo, ler o texto que segue.
Irene no cu
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no cu:
Licena, meu branco!
E So Pedro, bonacho:
Entra, Irene. Voc no precisa pedir licena.
Manuel Bandeira, poeta modernista, revela no texto em questo uma das suas fortes caractersticas, qual seja,
a tendncia a
a) Tematizar o cotidiano em linguagem cifrada e metafrica.
b) Excluir personagens associadas s minorias marginalizadas.
c) Recorrer ao mundo real para abordar questes metafsicas.
d) Associar subjetividade e objetividade.
e) Sublimar seus problemas de sade.
Resposta
15. (PUC-PR) Leia o poema Neologismo, de Manuel Bandeira, e assinale a alternativa correta relativa
interpretao do texto.
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
a) O poema traduz o sentimento de mundo catico da poesia de Manuel Bandeira.
b) Est presente no texto o conflito entre o eu-lrico e o mundo.
c) O ritmo traduz, na quebra dos versos, a inquietude do poeta.
d) A inveno de palavras recurso usado por pessoas que falam pouco.
e) Para expressar o sentimento com maior vigor preciso inventar a palavra.
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16. (PUC-PR) Este fragmento de conhecido poema de Manuel Bandeira expe caractersticas permanentes de
sua poesia:
E quando eu estiver mais triste.
Mas triste de no ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
L sou amigo do rei Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasrgada.
Aponte a alternativa que contm a correspondncia dos versos com a permanncia temtica da obra de
Manuel Bandeira:
a) A vida provisria.
b) A percepo dos limites pessoais e a transformao da realidade.
c) O sentimentalismo incorrigvel.
d) Lirismo intimista e recusa dos lugares-comuns.
e) A linguagem coloquial irnica.
17. (UPE)
Jacqueline
Jacqueline morreu menina.
Jacqueline morta era mais bonita do que os anjos.
Os anjos!... Bem sei que no os h em parte alguma.
H mulheres extraordinariamente belas que morrem ainda meninas.
Houve tempo em que olhei para os teus retratos de menina como olho agora
[a pequena imagem de Jacqueline morta.
Eras to bonita!
Eras to bonita, que merecerias ter morrido na idade de Jacqueline
Pura como Jacqueline...
Manuel Bandeira. Estrela da Vida Inteira.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993, p. 157.
A leitura do poema de Bandeira autoriza a formulao das seguintes afirmaes. Analise-as.
I. O poema pertence primeira fase da produo do autor, muito marcada ainda pela idealizao do
Romantismo, como demonstram os versos 1, 2 e 3.
II. A oralidade uma das principais caractersticas do estilo de Manuel Bandeira, como se percebe no poema,
sobretudo no verso 4, com o verbo ser' na funo expletiva.
III. Outra caracterstica da poesia de Manuel Bandeira a nostalgia, que costuma acompanhar a voz lrica. No
caso do poema em anlise, o verso Eras to bonita, que merecerias ter morrido na idade de Jacqueline'
expressa uma nostalgia em relao beleza juvenil perdida.
IV. Do ponto de vista estrutural, temos no poema um eu-lrico que se dirige a um algum, como atestam as
marcas da presena de um interlocutor na estrutura de alguns versos.
V. O ritmo do poema marcado pelo uso de rimas regulares, de anforas, de paralelismos.
A afirmativa verdadeira nos itens
a) I, II e III, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III e V, apenas.
e) IV e V, apenas.
18. (Unifap) A linguagem literria entra em experincias revolucionrias. Os prprios artistas assumem a falta
de unidade: ns no sabemos o que queremos, sabemos o que no queremos, assim, tentam libertar-se da
arte mais acadmica e tradicional. Baseando-se na afirmao acima, assinale a alternativa correta.
( a) Trata-se do Simbolismo cuja linguagem figura expressa coisas vagas, nebulosas e msticas.
( b) Trata-se do Modernismo que prope um estilo de arte aberta, congregando vrias tendncias.
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( c) Trata-se do Romantismo que defende o nacionalismo ufanista, a fuga da realidade e o culto da morte.
( d) Trata-se do Realismo que aborda temticas sociais, com nfase ao determinismo e cientificidade.
( e) Trata-se do Arcadismo pois ressalta o incio da formao de nossa conscincia nacional e valoriza o culto
natureza.
19. (FURG-2007) Sobre o Modernismo brasileiro, pode-se afirmar que:
a) caracterizou-se pelo desejo de evaso e por afastar-se da sociedade contempornea.
b) revelou-se bastante heterogneo, devido orientao ideolgica distinta existente entre seus muitos grupos.
c) distanciou-se do Romantismo, uma vez que defendeu e praticou uma literatura marcada por um ufanismo
nacionalista.
d) em seu primeiro decnio, deu continuidade aos processos que marcaram a narrativa realistanaturalista.
e) defendeu, atravs de sua produo literria, o princpio da arte pela arte.
20. (PUC/PR-2007) Assinale a alternativa correta para as caractersticas do Modernismo de 1922, tambm
chamado de fase herica.
a) esprito polmico e destruidor, valorizao potica do cotidiano, nacionalismo, busca da originalidade a
qualquer preo.
b) Temtica ampla com preocupao filosfica, predomnio do romance regionalista, valorizao do cotidiano,
nacionalismo.
c) Esprito polmico, busca da originalidade, predomnio do romance psicolgico, valorizao da cidade e das
mquinas.
d) Viso futurista, esprito polmico e destruidor, predomnio da prosa potica, valorizao da cidade e das
mquinas.
e) Valorizao potica do cotidiano, linguagem repleta de neologismos, nacionalismo e busca da poesia na
natureza.
21. (IBMEC/RJ-2007)
Sabi
Tom Jobim e Chico Buarque
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi l e ainda l
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabi
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Vou deitar sombra
De uma palmeira
Que j no h
Colher a flor
Que j no d
E algum amor
Talvez possa espantar
As noites que eu no queria
E anunciar o dia
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
No vai ser em vo
Que fiz tantos planos
De me enganar
Como fiz enganos
De me encontrar
Como fiz estradas
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De me perder
Fiz de tudo e nada
De te esquecer
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi l e ainda l
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabi
(IBMEC/RJ-2007) A cano Sabi apenas uma das inmeras releituras e citaes que o poema de
Gonalves Dias, Cano do Exlio recebeu a partir do Modernismo. Esse poeta pertenceu 1a gerao do
romantismo brasileiro. Nas opes abaixo, assinale a nica que no apresenta caracterstica desse estilo de
poca:
a) Nacionalismo, onde a exaltao da ptria somente enaltece as qualidades
b) Exaltao da natureza
e) Sentimentalismo e religiosidade
d) Indianismo, com a criao do heri nacional na figura do ndio
e) Conceptismo (jogo de idias) e cultismo (jogo de palavras).
22. (FURG-2007) Leia o texto seguinte, de autoria de Manuel Bandeira, e assinale a afirmativa correta.
Pneumotrax
Febre, hemoptise, dispnia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e no foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o mdico:
Diga trinta e trs.
Trinta e trs... trinta e trs... trinta e trs...
Respire.
O senhor tem uma escavao no pulmo esquerdo e o pulmo direito infiltrado.
Ento, doutor, no possvel tentar o pneumotrax?
No. A nica coisa a fazer tocar um tango argentino.
a) O poema tem como marcas o coloquialismo e a ironia, elementos caractersticos da produo potica de
Manuel Bandeira.
b) O poema apresenta uma mtrica e um ritmo regulares que revelam a influncia que Manuel Bandeira sofreu
do Parnasianismo.
c) O texto de Manuel Bandeira apresenta uma linguagem rara, caracterstica de sua poesia.
d) O poema reveste-se de um carter musical, revelando a vinculao que a poesia de Manuel Bandeira
mantm com o Simbolismo.
e) O poema apresenta versos de estrutura sinttica complexa, denunciando a influncia que o poeta sofreu da
experincia concretista.
23. (UFPR-2007) Considere a obra Meus poemas preferidos, de Manuel Bandeira, e o seguinte poema,
retirado dessa obra.
NAMORADOS
O rapaz chegou-se para junto da moa e disse:
Antnia, ainda no me acostumei com o seu corpo, com a sua cara.
A moa olhou de lado e esperou.
Voc no sabe quando a gente criana e de repente v uma lagarta listrada?
A moa se lembrava:
A gente fica olhando...
A meninice brincou de novo nos olhos dela.
O rapaz prosseguiu com muita doura:
Antnia, voc parece uma lagarta listrada.
A moa arregalou os olhos, fez exclamaes.
O rapaz concluiu:
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GABARITO:
1E 2C 3E 4C 5A 6E 7E 8D 920 10D 11C 12A 13C 14D 15D 16D 17E 18D 19B 20A 21E
22A 23 E 24E