Principios e Tecnicas Do Serviço de Andares
Principios e Tecnicas Do Serviço de Andares
Principios e Tecnicas Do Serviço de Andares
do Servio de Andares
Curso de Princpios e
Tcnicas do Servio de
Andares
ndice
1.
2.
Estabelecimentos Hoteleiros
13
3.
25
4.
33
5.
Os Clientes
49
6.
55
7.
Segurana no Trabalho
63
8.
A Seco de Andares
69
9.
75
10.
Os Tecidos
81
11.
A Cama
87
12.
Limpeza de Instalaes
91
13.
Seces de Apoio
103
14.
Decorao Floral
117
15.
Roubos e Assaltos
121
16.
Primeiros Socorros
125
17.
Situaes Especiais
135
Evoluo do Turismo
O fenmeno turstico est relacionado com as viagens, com a visita a um local
diferente do da residncia habitual. Em termos histricos pode dizer-se que o turismo se
iniciou quando o homem passou a viajar. A vontade de conhecer outros povos e
estabelecer relaes com diferentes civilizaes foi uma constante na sua evoluo.
No entanto, o tipo de viagens e os seus objectivos foram adoptando formas bem
distintas ao longo dos tempos, muitas vezes, em funo das necessidades individuais e
colectivas das populaes.
Para uma melhor compreenso das caractersticas correspondentes aos diferentes
estdios, opta-se por uma diviso em trs pocas histricas:
poca Antiga
poca Moderna
poca Contempornea
poca Antiga
Esta poca retrata as viagens desde as primeiras civilizaes, at meados do
sec.XVIII. Segundo McIntosh, as primeiras viagens tero surgido com os Babilnios por
volta do 4000 a.C., ou seja, h cerca de 6000 anos.
enorme valor devido f crist, inimiga da luxria. S no sc.XVII renasce por ser
considerada gua santa com poderes curativos, que ainda hoje so grandemente
procurados.
S.Pedro do Sul, fica a norte da Serra do Caramulo, entre o rio Vouga e o macio
da Gralheira. Esta estncia termal originria da poca romana mas, s em 1910
mandada edificar pela rainha D.Amlia, por decreto rgio de 1895. Reza a histria que
D.Afonso Henriques, ter procurado nela alvio para os padecimentos do acidente de
Badajoz.
Impossveis de contornar, so tambm as termas do Luso. Localizadas a norte de
Coimbra, numa franja da serra do Buaco, a 15km do rio Mondego, as suas conhecidas
guas e o seu poder curativo foram descobertas em 1726. S em 1890, com um estudo
do Dr.Manuel Bento de Sousa, as suas guas comeam a ser utilizadas em doenas
internas. As primeiras instalaes datam de 1854, e mais tarde um pouco, em 1886, foi
edificada sobre esta a Casa da Associao, destinada ao convvio e lazer dos
banhistas.
poca Moderna
A partir do sc.XVIII assiste-se a grandes mudanas, tanto a nvel tecnolgico
como econmico, social e cultural. Estas transformaes alteram o significado das
viagens. As camadas mais privilegiadas optam por viajar para adquirir conhecimentos e
novas experincias. A revoluo industrial, a inveno da mquina a vapor e o
aparecimento de novas ideias favorecem a abertura ao mundo e, por toda a Europa
constroem-se novas e melhores estradas.
As viagens martimas disparam em melhorias na segurana, rapidez e capacidade
de passageiros, com o aparecimento do barco a vapor.
com as Grand Tour que nasce o conceito de turismo como hoje entendido, e
pela primeira vez, as pessoas viajam como turistas. Estas, so um fenmeno social, que
se baseia em pioneiros fluxos de viagens no sec.XVIII, por puro prazer.
As Grand Tour, eram autnticas viagens clssicas, onde o gosto pelas artes, pela
arquitectura dos antigos e o culto das runas, eram absorvidos como valores estticos
sublimes.
Na Inglaterra, em 1830 j existiam linhas-frreas, o que proporcionava
deslocaes maiores em tempos menores e com significativa comodidade. Tambm
neste ano aparecem os primeiros hotis (substituindo os albergues e as hospedarias),
famosos hoteleiros ainda hoje de renome internacional, como o Ritz e Pullman.
Em 1822 surge o primeiro agente de viagens, Robert Smart. No entanto, em
1841 que nasce o turismo organizado, com Thomas Cook. Faz-se pela primeira vez
uma viagem colectiva (570 pessoas), a pretexto de um Congresso sobre Anti-Alcoolismo,
no qual Cook estava envolvido como presidente de uma Associao. Assinala-se aqui o
nascimento da actividade turstica mundial.
Cook realizava cada vez mais viagens planificadas e estendeu o seu raio de aco
por toda a Europa. Exposies como a de1851, na Gr-Bretanha, ou em 1855 na Frana,
renem mais de 565 mil visitantes, e todas as viagens so organizadas por Cook.
Seguindo esta linha ascendente, em 1865 realizam-se as primeiras excurses aos
Estados Unidos, Mdio Oriente e ndia.
A primeira viagem ao mundo feita em 1872. Em Portugal tambm so criadas as
primeiras agncias de viagens, como a Agncia Abreu, em 1840, ainda hoje em
funcionamento.
Na primeira dcada do sec.XX, entra-se na chamada Belle poque. As inovaes
e transformaes tecnolgicas e sociais, o aparecimento do telgrafo e do telefone,
geram um novo conceito de lazer na vida das pessoas.
poca Contempornea
No incio do sc.XX estavam criadas as condies para que o turismo fosse
considerada uma actividade de enorme importncia. Acontecimentos como a I Grande
Guerra (1914-18), a Grande Crise de 1929 (Crise na Bolsa de Valores de Nova Iorque) ou
a Guerra Civil de Espanha (1936-39), no foram suficientes para abalar o Turismo.
Contudo, a II Guerra Mundial (1939-45) provoca o seu declnio e quase extino.
no perodo ps-guerra, mais precisamente, nos anos 50 que o turismo volta a
emergir, acompanhando a maior fase de progresso econmico e social da Europa at
data.
Nestes ltimos 45 anos (1945-1990), o Turismo registou tremendos avanos, que
se podem localizar e definir em trs distintos perodos:
A OIT aprova nesta altura, a elevao para trs semanas do perodo de frias
pagas. Os principais efeitos fizeram-se sentir de imediato. O aumento do tempo livre
(novas medidas de tempo de trabalho), o turismo passa a concentrar-se na procura do
produto do qual todos querem usufruir sol e mar (a chamada poca dos 3 S sun, sea,
sand) e o turismo internacional torna-se uma preocupao poltica, sendo o turismo
interno ainda um subproduto deste.
10
11
12
2. Empreendimentos Hoteleiros
Estabelecimentos Hoteleiros
Como dispe o art.2 do Dec.Lei 167/97 de 4 de Julho, o estabelecimento hoteleiro
um empreendimento turstico, destinado a proporcionar servios de alojamento e outros
de apoio, com ou sem refeies, mediante um pagamento monetrio.
Classificao e Categorias
Segundo o Dec.Regulamentar n.36/97, no captulo I art.3, os estabelecimentos
hoteleiros so classificados por grupos de diferentes categorias. Para isto, contribuem os
requisitos mnimos das instalaes, do equipamento e do servio fixado na coluna
correspondente a cada categoria.
13
Hotis
Hotis Resort
Estalagens
As
estalagens,
segundo
art.39
do
Dec.Regulamentar
36/97,
so
14
Pousadas
Mediante
art.43
do
Dec.Regulamentar
36/97,
as
pousadas
so
Hotis Apartamentos
Segundo
art.30
do
Dec.Regulamentar
36/97,
consideram-se
hotis
apartamentos, aqueles que, no mnimo, 70% das unidades de alojamento estejam afectas
explorao turstica do empreendimento.
Estas unidades (apartamentos), esto disponveis dia a dia a turistas, pela
entidade exploradora.
A classificao dos mesmos, baseia-se na sua localizao, qualidade das
instalaes, equipamentos, mobilirio, servios prestados, e traduzem-se por categorias
de 2,3,4 e 5 estrelas.
Penses
Este tipo de alojamento turstico, caracteriza-se com base na qualidade das suas
instalaes, equipamentos e mobilirio, bem como, os servios prestados aos clientes,
nas categorias de albergaria de 1, 2 e 3 (art.37 do Dec.Regulamentar 36/97).
15
Motis
Requisitos Obrigatrios
Devido enorme diversidade de estabelecimentos hoteleiros, a legislao prev
(atravs do Dec.Regulamentar 36/97 de 25 de Setembro), um conjunto de requisitos
mnimos obrigatrios para a aprovao e funcionamento dos mesmos.
Qualquer tipo de instalao necessria, deve ser levada a cabo sem a menor
perturbao, susceptvel de afectar o meio ambiente, a comodidade ou qualidade dos
mesmos.
16
Devem possuir uma rede interna de escoamento de guas para a rede pblica ou,
se na falta desta, devero ter em funcionamento um sistema de tratamento devidamente
controlado e adequado ao volume normal do estabelecimento.
Este controlo deve incidir, de acordo com as normas de qualidade da gua em
vigor, sobre a proteco sanitria, a potabilizao da gua e a sua manuteno. Para
este
efeito,
devem
ser
efectuadas,
regularmente,
anlises
fsico-qumicas
ou
microbiolgicas.
Artigo 6 - Quartos
17
Artigo 7 - Suites
A suite constituda por (no mnimo), um quarto, uma casa de banho completa e
uma sala. Todas estas divises comunicam entre si, atravs de uma antecmara de
entrada.
A cama ou camas, s podem estar instaladas no quarto.
Artigo 8 - Apartamentos
18
19
Artigo 15 - Piscinas
Artigo 16 - Lojas
Podem instalar-se lojas dentro dos estabelecimentos, desde que, estas no afectem
o trio ou zona de estar, e estejam em harmonia com a classificao do estabelecimento.
mesmos.
Tomar nota e informar logo que possvel, qualquer mensagem ou chamada para os utentes.
Os
servios
prestados
os
correspondentes
preos
praticados
pela
21
Artigo 21 - Informaes
22
Artigo 24 - Refeies
Nos preos dirios dos alojamentos est sempre includo o consumo, sem
limitaes, de gua e electricidade.
Em caso de estabelecimentos situados em zonas termais, deve ser claramente
divulgado, juntamente com o preo do alojamento, se o servio est ou no includo.
23
Definio de Conforto
A percepo de conforto diferente de pessoa para pessoa. Mas existem alguns
conceitos que se tornam unnimes:
24
Iluminao natural
Climatizao e ventilao
1- Direco
O departamento de Direco o responsvel por todos os outros departamentos e
pessoal. Todos os encarregados so delegados e so-lhes atribudas responsabilidades
pela Direco, para o cumprimento das tarefas especficas nas suas reas.
Estes so os departamentos comandados pela Direco:
(8)
Andares
(7)
Economato e
Adega
(6)
Cozinha
(9)
Manuteno
(1)
Direco
(2)
Relaes
Pblicas
(3)
Administrao
(4)
Recepo
(5)
Restaurao
25
Planificao
Motivao
Controlo
Organizao
Coordenao
Tcnicas
Financeiras
Contabilsticas
Comerciais
Segurana
2- Relaes Pblicas
O departamento de Relaes Pblicas gerido pelo Chefe de relaes Pblicas e
, o responsvel por todas as aces em prol da conservao e melhoramento da
imagem do hotel, tanto fora como dentro deste.
26
para o hotel.
departamentos afectados
3- Administrao
A pessoa responsvel por este departamento o Director Administrativo e competelhe planificar, coordenar e supervisionar todas as actividades financeiras do hotel, bem
como organizar todo o trabalho dos restantes departamentos neste sector.
Assim sendo, todo o tipo de documentos de carcter geral ficam a seu cargo, como
por exemplo, contratos, contas bancrias, aplices de seguros, entre outros.
4- Recepo
A organizao deste departamento levada a cabo pelo Chefe de Recepo ou, na
ausncia deste, o 2 Chefe de Recepo (se o hotel possuir estes postos de trabalho).
o responsvel pela ateno dispensada ao cliente, e realiza toda a gesto de
reservas, desde a recepo, facturao e controlo de sadas e entradas.
27
Controlo de reservas
Controlo de ocupao
Facturao
Programa de reservas
B) Turno da Tarde
Controlo de Reservas
C) Turno da Noite
Fecho do Dia
Controlo de Reservas
Controlo de Entradas
Auditoria Nocturna
5- Restaurao
Este departamento um elemento fundamental de negcio dentro do hotel.
O Director de Alimentao e Bebidas ou, na ausncia deste, o Chefe de Mesa ou
Maitre, tm a seu cargo toda a organizao. Desde de o servio prestado a clientes
internos, como tambm em convenes, festas, banquetes, casamentos, etc
Esta diversidade de oferta depende, essencialmente, da sua categoria e capacidade
da cozinha.
28
6- Cozinha
Este departamento est intimamente ligado ao anterior, e pode estar subdividido
dependendo dos servios que oferea. O Chefe de mesa, como responsvel, planifica o
trabalho seguindo factores determinantes:
A localizao da cozinha
Capacidade do restaurante
H que ter em ateno, a importncia do tipo de oferta de uma cozinha num hotel
de cidade com restaurante, e um hotel na praia especializado em grandes grupos.
7- Economato e Adega
O bom funcionamento deste departamento da responsabilidade do Chefe de
Economato e Adega. Est encarregue do armazenamento, conservao, reposio e
controlo, de todas as matrias-primas e produtos alimentares necessrios ao bom
funcionamento do hotel. Vrios departamentos dependem desta organizao (cozinha,
menaje, lavandaria, limpeza, produtos de boas vindas, impressos, etc
8- Andares
Pelo facto de, este manual se basear no estudo completo do Servio de Andares,
diremos apenas que uma das suas principais tarefas , a limpeza e conservao em bom
estado dos quartos e outras zonas comuns do hotel, tais como, o hall, os sales, os
elevadores entre outras. A pessoa coordenadora deste servio a Governanta, que
tambm dirige todo o pessoal desta rea, incluindo a empregada de andares.
29
9- Manuteno
Este um departamento com alguma dificuldade em termos de funcionalidade. A
qualidade dos servios prestados por um hotel, depende directamente do bom
funcionamento dos equipamentos. Apesar de os hotis terem permanentemente uma
pessoal especializada em tarefas de carcter preventivo (acondicionamento dos
equipamentos com mais tendncia a avariar), normalmente, os hotis realizam
subcontratos de manuteno.
Existem contudo, aces de controlo e seguimento:
Equipamentos de ar condicionado
Equipamento de Energia
Instalaes Elctricas
guas e Saneamento
Equipamentos
Outras Instalaes
Tendo em conta a grande concorrncia no sector hoteleiro e uma vez, que j no se
trata apenas de pernoitar (os clientes procuram cada vez mais, servios que tornem mais
agradvel a sua estadia), tm surgido outro tipo de instalaes complementares, como
por exemplo:
30
Ginsio e sauna
Transportes prprios
Compenditur Dep. Recursos Didcticos
Animao
Piscina
31
32
Servio
Assegurar que todas as reas esto limpas e em perfeito estado de utilizao.
Satisfao
Controlar, para que as normas de qualidade institudas pela empresa sejam cumpridas.
Produtividade
Assegurar que todo o trabalho levado a cabo dentro da margem de gastos, prestabelecida pela administrao na verba que foi atribuda ao departamento.
33
Governanta de Andares
Esta funcionria providencia toda a limpeza e arranjos dirios dos andares e
coordena todo o pessoal sob as suas ordens. a responsvel pela apresentao, tanto
dos funcionrios, como dos andares e controla todo o bom funcionamento do
equipamento.
Pode ainda receber os hspedes, receber reclamaes dos mesmos e guardar
objectos por eles esquecidos. Tem ainda a responsabilidade de superintender o
tratamento da roupa e na falta de governanta de rouparia, assume as suas tarefas.
34
O trabalho de uma governanta de andares exige para alm de uma boa resistncia
fsica, tambm uma capacidade de relacionamento interpessoal, organizao, chefia,
uma boa dose de diplomacia e discrio. Ter que manter em todas as ocasies uma
apresentao cuidada, ter conhecimentos da lngua inglesa e eventualmente noes
bsicas de outras lnguas estrangeiras.
Ser pontual
35
Recepo
Supervisiona todo o controlo de ocupaes dos quartos e informa a mesma sobre todos
os objectos esquecidos ou depositados por clientes.
36
Lavandaria e Rouparia
Este controlo feito directamente pela governanta e tem como apoio uma encarregada.
Realiza todo o tipo de inventrios e colabora na reposio de roupa, bem como na roupa
deixada em depsito nos apartamentos.
Servios Tcnicos
responsvel por toda a informao ao tcnico de reparaes sobre possveis avarias,
assim como o controle de reparao das mesmas.
Todo o papel da governanta de andares sustenta-se principalmente sobre informaes,
contudo, a responsabilidade de supervisionar tudo o que consumido no hotel e
aconselhar nas melhores escolhas, tambm faz parte das suas tarefas.
Apesar de as suas funes abrangerem todo o hotel, nos quartos que se constata com
maior intensidade, a competncia, sentido de esttica e ordem da governanta de
andares.
37
Organigrama de Andares
(2) Governanta
(3) Sub-governanta
(4) Encarregada de
(5) Encarregada da
(6) Encarregada da
Andares
Rouparia
Limpeza
(8) Lavadeiras
(9) Empregadas da
(7) Empregadas de
Limpeza
Andares
(11) Engomadeiras
(10) Valet
(12) Costureiras
Definio de Organigrama
a representao grfica da estrutura organizativa de uma empresa.
38
A Empregada da Noite
Muda a roupa utilizada nas casas de banho durante o dia, esteriliza os copos e
completa o arranjo dos quartos a pedido dos clientes (cama extra, etc).
39
Apresentao cuidada
Horrios de Trabalho
fundamental cumpri-los, tendo em conta que a hotelaria uma indstria de laborao
contnua, havendo muita rotao de turnos.
Faltas
S devem ter lugar em situaes excepcionais. So permitidas por lei cinco faltas
seguidas ou dez intercaladas, correndo sob pena de despedimento.
40
Justificao de Faltas
Quando por motivos de fora maior, o funcionrio sabe que vai faltar, deve avisar com
antecedncia empresa, para que esta assegure a ausncia. Todas as faltas devem ser
justificadas por meio escrito.
Trocas de Horrios ou Folgas
S devem efectuar-se por motivos de fora maior e com o conhecimento e aprovao da
governanta e do servio de pessoal.
A Chegada ao posto de Trabalho
Deve sempre chegar com alguma antecedncia de modo a poder vestir a sua farda e
tomar o pequeno-almoo sem interferir com o servio.
O Abandono do Posto de Trabalho
Nenhum profissional deve abandonar o posto de trabalho antes da chegada do seu
substituto de forma a no prejudicar o servio. Mais do que ser a imprensa a impor
devem ser os profissionais a fomentar um bom ambiente de trabalho.
41
Apresentao Pessoal
Nunca deve ser descurada. O penteado (cabelo preso), a sobriedade (no usar
maquilhagem forte ou ornamentao exagerada), o uso correcto da farda e calado
adequado (calado preto e salto mdio), evitar o uso de perfumes fortes, ter sempre uma
postura correcta (ser simptica sem abusos) e ter sempre uma postura correcta perante
colegas e clientes (no aceitar convites de ambas as partes).
Ainda nesta linha de ideias, a Farda parte integrante e dignificante da posio
ocupada e como tal, deve estar sempre em perfeitas condies. O tecido deve ser
escolhido de acordo com as vrias estaes. Atendendo aos movimentos necessrios,
recomenda-se roupas que se possam ajustar. Cada funcionrio deve ter, no mnimo,
duas indumentrias, e o calado deve estar apropriado (no usar tnis ou calado
similar).
Hierarquia
Seja qual for a organizao, o bom desempenho das funes de cada um, est
dependente de uma boa Estrutura Hierrquica. Um hotel comporta vrias seces e
chefias. No entanto, para que cada uma delas funcione correctamente, necessita que
todas as outras funcionem perfeitamente.
Para isso, cada funcionrio dever receber e cumprir ordens apenas de um chefe e
estas devem ser sempre que possvel por escrito, a fim de evitar erros, confuses ou
dvidas.
42
(2) Sub-governanta de
Andares
(3) Chefe de
Lavandaria/Rouparia
(6) Lavadeira
(7) Roupeira
(8) Costureira
(9) Engomadeira
43
Recepo
Governanta
Empregada de
Andares
44
Empregada de
Andares
Empregada de
Andares
Hierarquia de um hotel
(2) Marketing
(5) Contabilidade
(4) Financiamento
(6) Pessoal
(10) Director
Alojamento
(12) Director
Alimentos e Bebidas
(13) Chefe de
(14) Chefe de
Vendas
Compras
(15) Chefe de
Reservas
(18) Chefe
de Cozinha
(17) Chefe de
Economato,
Adega e Armazm
(16) Chefe de
Recepo
(19) Chefe de
Pastelaria
(20) Telefonista
(21) Maitre
Restaurante
(22) Recepcionista
(24) Coordenador
Banquetes e
Convenes
(23) Governanta
45
Planificao
necessrio estabelecer objectivos a atingir.
Organizao
O sistema interno encarrega-se de repartir os trabalhos de acordo com o grau de
autoridade.
Coordenao
Estabelecem-se comunicaes entre todos os membros da organizao.
Controlo
Todos os cargos tero princpios de autoridade e responsabilidade.
Os Horrios
O horrio de trabalho corresponde ao momento da hora de entrada ate hora de
sada. Em hotelaria existem 3 tipos de horrio:
Fixo
Rotativo
Contnuo
46
47
48
5- Os Clientes
Um bom atendimento
No voltou regio
49
Formas de Acolhimento
A ateno para com o cliente deve existir desde o incio at ao fim da sua estadia.
A recepo torna-se por isso, uma das mais importantes seces, uma vez que o
primeiro contacto e a primeira impresso do cliente com esta.
O pessoal recepcionista desempenha um papel extremamente importante na
fidelizao do cliente. Usando de delicadeza, cortesia, boa educao e simpatia, devem
transmitir uma imagem de seriedade e honestidade para conquistar a credibilidade do
cliente.
Devem ser profissionais com capacidade cultural e estar bem informados de forma
a poderem fazer sugestes, e ter o domnio de algumas lnguas, bem como serem
possuidores de uma forte estrutura moral.
A recepo deve estar em local de destaque e ser facilmente identificada. Os
profissionais desta seco devem ter especial ateno a presentao, que deve primar
pelo bom gosto e higiene pessoal.
50
Mos
Devem estar sempre cuidadas (anis e pulseiras devem ser discretas).
Cabelo
Dever ter sempre um aspecto limpo e bem penteado.
Cara
Os homens devem fazer a barba todos os dias ou ento cuid-la de forma higinica. As
mulheres devem usar maquilhagem suave e retoc-la sempre que necessrio.
Produtos Cosmticos
Os perfumes ou colnias devem ser suaves de forma a no incomodar colegas nem
clientes.
Sempre que o hspede se dirigir recepo ou a outro funcionrio, este deve parar
imediatamente o seu trabalho e ouvi-lo atentamente.
51
Articular bem as palavras, falar em tom alto, mas sem gritar ou em excesso (Hotel
Estrela, bom dia! Em que lhe posso ser til?).
Qual a nacionalidade
52
Cliente Habitual
Este tipo de cliente tende a hospedar-se com uma certa regularidade e at em pocas
certas. Atendendo sua regularidade, a unidade passa a recebe-lo de uma forma familiar
tratando-o pelo nome prprio (Dr., Eng. ou Sr. .), uma vez que os seus hbitos so
conhecidos.
Os funcionrios devem fazer de tudo para que a sua escolha se mantenha.
Cliente Passante
Atravs de uma rpida pesquisa aos ficheiros da unidade, verifica-se que este cliente
est ali pela primeira vez. H que usar de todos os meios para satisfazer este cliente.
Isto porque, mediante a sua satisfao, no s poder tornar-se cliente habitual como
fazer publicidade satisfatria junto dos seus familiares, amigos e conhecidos.
Cliente V.I.P.
A palavra V.I.P. usada internacionalmente e significa Very Important Person (pessoa
muito importante). Utiliza-se em referncia a pessoas ligadas a cargos polticos,
empresas, artistas, etc
Toda a equipa hoteleira deve estar avisada com antecedncia sobre a chegada deste
cliente, de forma a preparar com a mxima eficincia a sua chegada. Estes clientes so
particularmente importantes dando prestgio ao nome do hotel.
Os equipamentos e roupas devem ser de qualidade superior. O quarto ter arranjos
florais e ate um cesto de frutos variados. O ambiente devera ser levemente perfumado,
etc
53
Cliente Empresas
Nos tempos que correm, este mercado torna-se cada vez mais importante, uma vez que
quase todas as empresas utilizam unidades hoteleiras quer para os seus os quadros,
quer para os seus convidados ou a efectivao de festas, congressos ou reunies,
patrocinados pelas mesmas.
Este mercado tem contribudo grandemente para a melhoria das ocupaes das unidades
hoteleiras em poca baixa, da a sua real importncia.
Terceira Idade
Estes clientes, devido sua idade, esperam receber da unidade um tratamento
confortvel e acolhedor, bem como maior ateno do pessoal, especialmente das
empregadas de andares.
Para alm desta especial ateno, o ambiente proporcionado a estes clientes deve ser
alegre e vivo.
Crianas
A empregada de andares deve ser uma pessoa paciente e capaz de controlar as suas
emoes, mesmo que o barulho possa perturbar o seu desempenho de funes.
Somente em situaes extremas a empregada dever chamar a ateno dos pais,
usando de delicadeza e simpatia.
54
Uniformes de Trabalho
Os uniformes das empregadas de andares, assim como o vesturio de todos os
trabalhadores, variam de hotel para hotel consoante alguns factores:
Categoria do Hotel
A tradio do estabelecimento
Uniforme da Manh
Dever ser mais folgado, pois neste perodo que se que se realiza o trabalho
mais duro na preparao dos quartos.
55
Deve fechar frente com botes, bolsos grandes para poder transportar as chaves
(nunca os produtos de limpeza) e ausncia de formas, para no dificultar os movimentos.
Avental
Normalmente est includo no traje de servio. O design varia segundo o estabelecimento
e deve ter em conta a comodidade e a liberdade de movimentos.
Calado
Esta pea tem uma importncia fundamental, uma vez que dela depende a comodidade
da prestao do servio. Todo o peso do corpo est sobre os ps, durante o dia de
trabalho.
O calado usado dever ser o mais confortvel possvel, no esquecendo a apresentao
(socos abertos ou fechados, brancos).
Luvas
Apesar de ser aconselhada a sua utilizao, no constituem parte obrigatria do
uniforme. Contudo, permitem uma maior maneabilidade e devero ser fabricadas com um
tecido resiste.
Uniforme da Tarde
Durante a tarde a empregada dever estar mais na presena de clientes, por este
motivo o uniforme era mais formal e menos agressivo.
Traje de Servio
O uniforme da tarde mais vistoso que o da manh. Utilizam-se tecidos escuros (preto).
Avental
preferencialmente branco para estar em harmonia com o traje.
56
Calado
O calado um dos elementos diferenciadores do traje da tarde. Geralmente utiliza-se
um sapato de taco mdio, preto e suficiente cmodo.
Higiene Pessoal
Assim como na vida privada, tambm no posto de trabalho o asseio um factor
determinante e dizem algo sobre a pessoa. A empregada de andares uma vez que realiza
o seu trabalho em reas ntimas reduzidas, e est em permanente contacto com os
clientes, tanto nos corredores como nos quartos, deve cuidar ao mximo da sua higiene
pessoal.
Cabelo lavado e penteado. aconselhvel utilizar o cabelo apanhado para evitar a sua
queda nos aposentos dos clientes e tambm mais prtico para o desempenho de
funes.
Uma vez que todo o trabalho feito com as mos, estas devero estar sempre limpas e as
unhas curtas e bem pintadas.
Ps cuidados.
57
Elevar as pernas, sempre que for possvel, durante alguns minutos em cada duas horas
de trabalho.
Evitar tomar banhos com gua muito quente ou vestir roupas muito apertadas.
Comportamento a adoptar
Deve o mais possvel, passear a p e praticar desporto, andar longos perodos de
tempo descalo, subir e descer escadas (renunciar aos elevadores) e nadar e caminhar
sobre a areia.
58
Temperatura e Humidade
A temperatura do local de trabalho deve variar consoante o trabalho
desempenhado. Em locais fechados onde se realizem trabalhos sedentrios, a
temperatura deve situar-se entre os 17 e os 27 C. Se estes trabalhos requererem algum
esforo, deve baixar-se a temperatura para os 14 a 24 C.
Para obter estas condies necessrio, ter uma boa ventilao e vesturio
adequado.
A humidade deve situar-se entre os 30% a 70%, excepto nos locais com
electricidade esttica onde o valor mnimo aconselhvel de 50%.
Manipulao de Cargas
A
manipulao
manual
de
uma
carga
pode
apresentar
risco
se
for
59
O Esforo Fsico
O exerccio desta actividade pode exigir aos trabalhadores, que realizem tarefas
que podem representar esforo fsico. Isto acarreta riscos.
Os esforos que exigem a interveno da coluna vertebral so frequentes, as
descidas, subidas ou transporte de cargas so dirias, os perodos de repouso nem
sempre so suficientes e o ritmo imposto tem que ser mantido.
Contribuem ainda para este risco, alguns factores individuais como, a falta de
aptido, no estar calado ou vestido de forma confortvel, a falta de conhecimentos e
formao tornam os profissionais desadaptados ou ento a pr-existncia de problemas
dorsais.
Ter uma postura correcta to fcil como ter uma incorrecta, uma questo de
hbito.
Para minorar os riscos fsicos, as empregadas de andares devem ter em conta os
seguintes aspectos:
Costas
Nunca se deve pegar num objecto sem dobrar os joelhos (se os joelhos estiverem
rgidos todo o esforo recai nos msculos da parte inferior das costas). Este conselho
tambm se aplica em caso de ter que empurrar um objecto pesado.
60
Como permanecer de p
Para estar de p ou mesmo a andar, importante ter a cabea erguida, os ombros
para trs esticando o pescoo, flectir ligeiramente os joelhos e repartir o peso do corpo
pelas duas pernas.
61
62
7- Segurana no Trabalho
Usos e costumes.
63
Causas Bsicas
Causas Imediatas
Por estes motivos necessrio actuar sobre os factores que so mais fceis de
debelar. Estes so inevitavelmente os actos inseguros e as falhas tcnicas.
Queimaduras
As queimaduras acontecem frequentemente com a manipulao de matrias
quentes (sopas, molhos, guas para infuses). Para evitar este tipo de acidentes deixamse aqui alguns conselhos:
64
Ao utilizar fogo a gs, acender sempre primeiro o fsforo ou isqueiro, e s depois a boca
de gs. Nunca o contrrio.
Circular com alguma distncia de segurana dos recipientes com contedos em ebulio e
ter cuidado com salpicos destes (azeite, gua).
Regra geral os incndios numa fase inicial so fceis de controlar mas, em poucos
minutos podem tomar propores incontrolveis. por este motivo, deve-se contar
sempre com sistemas de deteco e extino adequados (detectores, extintores, bocas de
incndio, alarmes, etc).
O uso de Extintores
Nem todos os extintores servem para qualquer tipo de incndio. Antes de utilizar
um extintor h que ter em conta dois aspectos:
Assim, cada extintor indicado para determinado tipo de fogo. Um extintor para
fogos do tipo A ou B, significa que s serve para apagar fogos de materiais slidos e
lquidos.
65
Tipo
Combustvel
Extintor
Agua, p, espuma.
CO2, espuma.
P, CO2.
Metais
Agentes especiais
Com componentes
elctricos
Cortes
Quando se utilizam objectos cortantes na manipulao de alimentos h que ter em
ateno algumas normas mnimas de segurana:
Quando se utiliza uma faca para cortar um alimento, este deve estar assente sobre uma
superfcie lisa e plana. Segura-se o alimento com uma mo e os dedos para dentro (caso
o corte seja feito de cima para baixo).
A faca deve estar bem afiada e ter um tamanho adequado (as facas mal fiadas obrigam a
empregar muita fora, por isso perder o controlo).
Nunca se deve cortar no sentido da mo que segura o alimento ou virar a lmina para ns
prprios.
66
No se devem deixar objectos cortantes em locais com pouca visibilidade (no deixar
copos partidos nas extremidades do saco do lixo, facas em bancas cobertas com gua ou
espuma).
67
68
8- A Seco de Andares
A seco de Andares
Trata-se de uma seco de enorme importncia, da qual depende uma parte do
alojamento. a que ocupa a maior parte do edifcio, no s pelo nmero de quartos
como tambm pela rea que compreende este servio.
De igual modo, tambm o alojamento, o que assegura maiores receitas e maior
rentabilidade. Contudo, esta rentabilidade est dependente de 3 factores:
As instalaes
O conforto
Os servios
As Instalaes
So de enorme importncia, e compreendem entre outros:
Os acessos
Ar-condicionado
Casas-de-banho
Corredores
Iluminao
Quartos
69
Todas as diligncias devem ser tomadas no intuito de o cliente pensar que, tudo foi
preparado e decorado para o receber.
O Conforto
Apesar de todas as seces contriburem para isto, a seco de andares
decisiva na impresso do cliente.
Cabe governanta zelar pelo bom ambiente geral, instruindo as empregadas de
andares a manterem o silncio necessrio durante a execuo das tarefas.
Os cuidados primordiais devem ir de encontro ao conforto desejado pelos clientes.
Os quartos devem ser alegres, bem mobilados e decorados e sempre limpos e
arrumados.
Os Servios
O bom funcionamento do estabelecimento depende do cumprimento, por parte de
cada um dos funcionrios de regras. Isto s possvel se existir disciplina de grupo.
Basta um dos indivduos desrespeitar as regras para que o desempenho do grupo
seja posto em causa.
Da mesma forma, necessrio saber aceitar uma chamada de ateno vinda de
um superior, sem tentar impor as suas ideias. Estas no devem ter lugar na presena dos
colegas para que estes no se apercebam.
Zona de Hspedes
Nesta zona esto includos, para alm do quarto, o bar, o restaurante, a sala de
estar e as zonas de lazer.
70
O Quarto
a parte principal do alojamento, deve por isso, ter o mximo de comodidade,
uma vez que l que o cliente vai passar a maior parte do tempo.
Devido diversidade de clientes (e a sua nacionalidade) e ao tamanho dos
quartos, decidiu-se pela seguinte designao internacional:
Single
Quarto destinado a ser ocupado por uma s pessoa. Em casos excepcionais (lotao do
hotel), pode ser colocada mais uma cama, com autorizao da Direco do hotel.
Double
Quarto destinado a ser ocupado por duas pessoas. Existem trs modalidades de doubles:
2 camas com uma mesinha de cabeceira ao meio, 2 camas juntas com as mesinhas
laterais, ou uma cama de casal.
Alguns hotis dispem de doubles com uma sala de estar, que est normalmente
separada do quarto por um biombo ou outro mvel.
Twin
Quarto destinado a ser ocupado por duas pessoas. Composto por duas camas (medida
de corpo e meio), separadas pelas mesinhas-de-cabeceira.
Suite
Trata-se de um aposento com um ou dois quartos, uma ou duas casa de banho e uma
sala de estar comum.
71
Quartos Comunicantes
So tambm chamados de quartos familiares porque comunicam entre si atravs de
portas internas. Normalmente destinam-se a casais com filhos, podendo alojar tambm
grupos de amigos.
Aposentos Transformveis
Denominam-se de quartos suplentes e so utilizados em caso de lotao do hotel.
Dependendo das necessidades do hotel, tanto podem transformar-se em quartos, como
em salas de estar ou em salas de reunies.
Zona de Servio
Esta zona tem como funo apoiar o servio de andares, armazenando todos os
produtos de limpeza, armrios para roupa de andares e equipamentos de limpeza
(aspiradores, etc).
72
O Ofcio ou Copa
Trata-se de um pequeno compartimento da zona de andares, normalmente
localizado a meio do andar, onde se guardam todos os materiais e utenslios necessrios
ao servio.
73
74
Equipamento do quarto
Na ltima dcada o mobilirio ascendeu num sinal inconfundvel de qualidade que
define a categoria do hotel.
Mobilirio de base
A seleco do mobilirio de quarto rege-se por vrios critrios, mas deve
responder sempre s normas mnimas.
1 Cama com a respectiva roupa existe uma enorme diversidade, sendo as seguintes
normalizadas:
75
A Cama
Estrado
Sommier
Caractersticas
deve ter rodas para ser deslocado com facilidade
metlico, de lminas de madeira ou lminas de
metal
Particularidades
geralmente, h dois por quarto
resistente, higinico e ligeiro
l, molas ou ltex
lavvel
Cobertor
Lenis
Colcho
Capa
Almofadas
Equipamento diverso
So denominados assim todos os equipamentos que so fornecidos pelo hotel, em prol
da comodidade do cliente.
76
Equipamento electrnico
No quarto (excepto alguns casos) existem trs tipos de equipamento electrnico:
Telefone: a sua utilizao tornou-o nas ltimas dcadas um objecto essencial. Pode ser fixo ou
mvel.
Rdio: funciona com estaes radiofnicas pr-estabelecidas ou msica interna do hotel.
Televiso: a maior parte dos hotis, conta j com antenas parablicas para responder as
necessidades de clientes estrangeiros.
77
Servio de Mini-Bar
Habitualmente, na maior parte dos hotis, os clientes podem contar com este
servio que inclui diversos tipos de bebidas, desde as alcolicas s guas, entre
aperitivos, sumos ou frutos secos.
O controlo deste servio pode ser manual ou automtico.
78
Servio de Mini-Bar
Mini-Bar
Data:______________ Quarto:______________
Artigo
Unidades
gua Mineral c/ gs
gua Mineral s/ gs
Cerveja
Soda
Tnica
Coca-Cola
Brandy
Champanhe
Gin
Porto
Whisky
A Empregada
___________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
Interveno
Preo
__________
__________
__________
__________
__________
__________
__________
__________
__________
__________
__________
Facturao
79
Reposio do Mini-Bar
Mini-Bar Quartos
Data: ___________ Quarto: __________
Artigo
Preo
Valor
COCA-COLA
Euros _____________
LARANJA
Euros _____________
CERVEJA
Euros _____________
GUA MINERAL
Euros _____________
WHISKY
Euros _____________
GIN
Euros _____________
CHAMPANHE
Euros _____________
Total ____________
Reposio
80
Sada
10 Tecidos
81
Resistncia ao calor
Normalmente, todas as peas de roupa so submetidas ao calor, ou na lavagem,
ou na passagem a ferro.
Por este motivo, consoante a origem das fibras h que ter em ateno os tipos de
tecidos e as temperaturas a que vo estar sujeitas. Por exemplo, fibras delicadas no
naturais, no suportam temperaturas superiores a 30C e exigem movimentos mecnicos
reduzidos e suaves.
O mesmo se aplica passagem a ferro, onde tecidos naturais suportam
temperaturas at 200C e tecidos no naturais, suportam no mximo os 110C.
82
enorme
variedade
fibras
acabamentos
utilizados,
torna-se
Existem ainda outros smbolos que adicionados aos referidos atrs, alteram o seu
significado:
Cruz de Santo Andr, que sobreposta a qualquer dos quatro smbolos, probe a operao
correspondente.
Um trao ou barra horizontal, que quando colocado em baixo de certos smbolos indica:
83
Lavagens
Temperatura mxima de lavagem: 95C.
Aco mecnica normal.
Enxaguamento normal (sem vigilncia de
temperatura).
Hidroextraco ou toro normal.
84
Passagem a ferro
Consideram-se trs temperaturas mximas de passagem a ferro, representadas
normalmente por um, dois ou trs pontos dentro da silhueta do ferro.
Limpeza a seco
O crculo que simboliza limpeza a seco completado com indicaes, referentes
ao tipo de solvente que se pode utilizar nesta operao, adio de gua aps a aco
do solvente, s condies de aco mecnica durante a operao e temperatura de
secagem.
85
86
11-A Cama
Histria da cama
Ainda que o aparecimento da cama se perca nos meandros da histria, algumas
pinturas egpcias mostram que este povo possua j camas de diferentes estilos.
Contudo, eram reservadas aos faras e membros da nobreza e eram feitas com
armaes de madeira e cintas de couro e corda entrelaadas. Os pobres dormiam em
colches muito simples.
Tambm os gregos dormiam em camas de madeira, to altas, que era
necessrio um banco para subir e deitar-se.
J os romanos, apesar de dormirem em camas muito similares s dos gregos,
ornamentavam-nas com pinturas, embutidos de marfim, penas ou peles.
Os persas, tambm possuam as suas camas com dossel, que eram enfeitadas
com bordados e metais preciosos.
Entre o Sc.XIII e o sc.XIV, as camas evoluram e nesta altura apresentavam j
um aspecto muito parecido com o que conhecemos hoje. Da mesma forma, os
colches foram-se alterando. A inveno dos colches de molas e dos sommies no
sc.XIX, permitiu uma nova concepo de construo muito mais simples.
Hoje em dia as bases das camas so em madeira ou metal, mantendo-se uma
parte mais elevada cabeceira.
87
88
Cama espanhola
Tem obrigatoriamente um estrado e sobre este colocado o colcho. A cobrir o
colcho coloca-se um protector de pano bem esticado.
Aps a colocao do lenol de baixo, bem esticado e sem rugas, pem-se o
lenol de cima, tendo o cuidado de deixar o monograma bem centrado e virado para
cima, para tal, a dobra do lenol deve ser experimentada.
Seguidamente, coloca-se o cobertor ou manta bem junto cabeceira do colcho
e estica-se, at aos ps, onde ser posto debaixo do colcho juntamente com os
lenis.
Faz-se a dobra e verifica-se se o monograma ficou centrado, e enfia-se a roupa
lateral debaixo do colcho, deixando as esquinas bem feitas.
Por fim, pe-se a colcha comeando pelos ps, encaixando bem as esquinas.
Estica-se at cabeceira e faz-se uma dobra semelhante do lenol de cima para
albergar as almofadas. Colocam-se as almofadas sobre a dobra e enrolam-se at
cabeceira, verificando que ficaram bem cobertas pela colcha.
Cama francesa
A forma de vestir a cama assemelha-se bastante anterior. Em muitas regies
francesas, utiliza-se uma espcie de colcho de penas muito fino, para cobrir o
colcho, e sobre o qual se coloca o lenol de baixo.
O lenol de baixo mais comprido (cerca de 1 metro), porque as almofadas
ficam albergadas aqui. Isto , a ponta do lenol que fica virada para a cabeceira
enrolada en torno das almofadas.
Estas so redondas, de forma cilndrica e quase sempre de penas.
O resto da operao exactamente igual ao da cama espanhola.
89
Cama inglesa
Nesta, a almofada colocada da mesma forma que na cama francesa, o que
implica que tambm estes lenis de baixo sejam maiores do que o normal.
A cama feita com o lenol de cima e uma manta mas, em vez da colcha pe-se
um edredo de penas e um almofado, tambm de penas, sobre a almofada.
Tudo isto coberto pela colcha de dia, o que faz que quando terminada a
operao, parea que o cliente ainda se encontra deitado.
Cama alem
A cama alem, bem como as camas nrdicas, diferem muito das camas
mediterrnicas.
O colcho alemo composto por quatro peas independentes. Isto faz com que
a cama tenha um rebordo para evitar que este se desloque. Ao contrrio dos franceses,
os colches alemes so duros, porque so feitos de l muito apertada ou crina
durssima.
O colcho propriamente dito constitudo por trs pequenos colches, sobre os
quais assenta o lenol de baixo. O quarto pequeno colcho consiste numa espcie de
cunha, do mesmo tamanho e largura dos restantes colches, mas um pouco mais
estreito. Este colcho envolto por um lenol mais pequeno, e posto cabeceira da
cama, com a parte mais fina da cunha virada para o centro da cama. Por fim coloca-se
um edredo de penas, metido numa capa lavvel e um almofado com uma fronha
igual do edredo. Este edredo com a capa, funciona como lenol de cima, manta e
colcha.
90
Processos de limpeza
estritamente necessrio que a profissional domine, no s o conhecimento
sobre todos os produtos de limpeza, bem como as tcnicas de desempenho das
tarefas.
tambm muito importante que conhea as superfcies a limpar (diferentes tipos
de tijoleiras e madeiras).
Limpeza e desinfeco
Os hteis devem ter instalaes e equipamentos de fcil limpeza e manuteno,
para garantir custos oramentais ajustados e um esforo e dedicao optimizada.
Devido ao uso variado das instalaes, o lixo tambm ele muito variado:
Micrbios.
91
O servio deve ser levado a cabo em horrio morto para no prejudicar o bemestar dos clientes.
A empregada utiliza um pano para o p com abrilhantador para os mveis e deve ter
em conta o material de que feito o cho.
Estes devem ser limpos com aspirador e posteriormente uma limpeza mais profunda
com detergente lquido.
Produtos de limpeza
Os produtos de limpeza so extremamente importantes, mas de nada servem se
no forem utilizados correctamente.
Antes de usar qualquer produto h que ler atentamente o rtulo e em caso de
dvida, a empregada deve consultar o seu superior. O resultado poder ser o oposto
ao esperado e ate apresentar consequncias graves.
Um dos principais e fundamentais a gua. o mais simples e dever ser
sempre acompanhado por um detergente, para que a limpeza seja mais profunda.
92
No campo dos detergentes temos uma vasta oferta, desde os mais leves aos
mais activos.
Detergentes sintticos derivam do petrleo e formam um conjunto de produtos
qumicos. Podem ser usados com ou sem gua e quando adicionados a esta, fazem
espuma. A ltima fase desta limpeza feita com gua em abundncia.
Detergentes alcalinos so recomendados apenas para superfcies muito sujas que
devem ser posteriormente bem limpas e secas, devido s suas substncias alcalinas.
Detergentes neutros estes so os mais comuns e utilizados. De cor verde, so
compostos por substncias alcalinas e cidos fracos.
Agentes abrasivos especficos para limpar materiais sanitrios e esmaltes. No
devem ser utilizados em demasia porque podem danificar a superfcie a limpar.
Lixvia produto desinfectante que deve ser usado com muito cuidado.
Agua oxigenada utilizada para desinfectar, que serve tambm para retirar manchas.
lcool utilizado para desinfectar e limpar ao mesmo tempo. Uma vez que seca
rapidamente, podem limpar-se equipamentos como o telefone, a fotocopiadora, etc.
Materiais de limpeza
Devem estar sempre limpos e arrumados, a fim de se conservarem em bom
estado e proporcionarem limpezas eficazes.
Vassoura quase utilizada exclusivamente para pequenas superfcies. Pode ser fixa
(vulgar) ou removvel (limpa facilmente por baixo de moveis).
O espanador um tipo de vassoura usada para limpar o p das paredes.
93
Aspirador serve para aspirar o p a seco e vem equipado com um saco para recolha
do p, devendo ser substitudo com frequncia.
Aspirador misto tanto limpa o p a seco, como a sua sujidade por forma lquida,
devendo apenas substituir o filtro. Aps a sua utilizao deve-se retirar o depsito e
limpar correctamente.
Mono limpeza uma mquina que desempenha vrias funes, desde aspirar o p,
polimento, esfregar e dar lustro, bastando mudar os discos. Traz normalmente um
depsito para o liquido de limpeza.
Mquina de alta velocidade alcana mais de 300 rpm. Apesar do inconveniente de
ser uma mquina que desloca num nico sentido, muito usada em superfcies que
necessitem de realar o brilho.
Mquina de detergente espumoso demonstra ser bastante eficaz na limpeza de
alcatifas. Possui um sistema de aspirao de espuma e sujidade, o qual deve ser
correctamente limpo aps a sua utilizao. Vem normalmente equipada com rodas.
Mquina de alta presso elimina a sujidade atravs da gua presso.
Mquina a vapor limpa as superfcies atravs de gua a vapor.
94
Telefone
Fotocopiadora
Fax
Computador
Mquina de escrever
Impressora
95
Limpeza de Solos
- Segurana
Caractersticas que devem ter:
- Resistncia
- Facilidade de manuteno
Duros
Classificao dos
Solos e
Procedimentos Gerais
de Limpeza
Mdios
Pavimentos txteis
Moles
96
Bids
Aparelhos
Sanitrios
Banheiras
Esmaltadas
W.C.
O interior deve esfregar-se com uma escova e um
agente de limpeza, e periodicamente usa-se um
desinfectante.
O assento, o autoclismo e a parte exterior so limpas com
um produto apropriado e secam-se com um pano.
97
Azulejos
Ladrilhos
Torneiras
Torneiras e
Autoclismos
Autoclismo
O seu interior deve limpar-se periodicamente
para evitar resduos que provoquem avarias ou odores
desagradveis.
Espelhos
Papeleiras
A
c
e
s
s
o
r
i
o
s
Armrios de banho
e
Farmcia
Doseadores de
Sabo e Papel
Aparelhos
Elctricos
98
V
i
d
r
o
s
Elementos
Procedimento
Limpeza de Quartos
Como realizar a limpeza dos quartos?
Antes de entrar devemos certificar-nos que o quarto est desocupado,
batendo na porta e chamando suavemente. Se no houver resposta entramos, mas
anunciando sempre a nossa presena. A porta ficara entreaberta e com o carro de
limpeza a obstruir a passagem de outras pessoas. tambm uma forma de o
cliente (em caso de voltar), no ser surpreendido pela nossa presena.
99
Por fim, fechar os blinders, correr os cortinados e passar mais uma vez o aspirador.
Limpeza da Casa-de-Banho
Como realizar a limpeza da casa-de-banho
Comear a limpeza pelos azulejos de cima para baixo com um agente bactericida.
100
101
102
13 Seces de Apoio
Recepo
A recepo o carto de visita do hotel, e onde o cliente tem o primeiro
contacto e forma a primeira impresso. uma das seces mais importantes e o
volume de negcios de uma unidade hoteleira, depende em grande parte, da
simpatia e desempenho destes funcionrios.
Os profissionais desta seco devem controlar e vigiar quem entra e sai do hotel.
Rouparia / Lavandaria
Para que esta seco funcione sem problemas, devera ser estipulado um
horrio de troca de roupas para cada seco.
Compenditur Dep. Recursos Didcticos
103
A empregada de andares deve levar a lista da roupa que vai deixar. Por sua vez,
recebe o mesmo nmero de peas acompanhado de uma nova lista. Se a rouparia
no dispuser da totalidade, dever preencher um impresso com as faltas, e o mais
rapidamente regularizar a situao.
Deve sempre verificar se as peas que recebeu esto correctas, e em caso de haver
erro, deve tomar nota para mais tarde reclamar.
As roupas de clientes para lavar ou passar a ferro, devem ser todas marcadas para
evitar extravios. E deve ser feita uma lista que anexada a uma cpia da factura.
Deve ter-se sempre muito cuidado com estas roupas para que no se estraguem.
Algumas unidades, sub-contratam empresas, especialmente para o servio de
limpeza a seco.
104
Recepo
Governanta
Empregada de
Andares
Empregada de
Andares
Empregada de
Andares
Controlo de roupas
Vale
Requisio
Pedido de manuteno
Inventario da roupa
105
Troca de roupas
Para que a lavandaria atenda a todos os pedidos, necessrio que exista
entre as vrias seces uma inter-conexo. Dever existir um documento com a
informao dos horrios de cada seco, que devem ser respeitados.
Horas
Seces
9:00
Economato
8:00
Andares
10:30
Andares
15:00
Andares
9:30
Restaurante
10:00
Cozinha
10:30
Bar-Cafetaria
15:30
Limpeza
16:00
Vestirios
106
Realizar a deslocao da roupa com cuidado e nunca por a roupa num lenol
com os cantos atados. Deve ser sempre utilizado o carro ou saco de
transporte adequado.
Troca de Roupas
Dia: _____________________
Andar: ________________________
Classe
Lenol de cima
Lenol de baixo
Fundas almofadas
Lenol cima M.
Lenol baixo M.
Fundas almofadas M.
Cobertor noite
Cobertor dia
Toalha de banho
Toalha fio
Tapetes
Mantas
Conforme Empregada:
Entregue limpa
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
____________
Conforme Rouparia:
107
Categoria
Standard
Hotel e Aparthotel
*****
Hotel e Aparthotel
****
3,5
2,5
3,5
Hotel e Aparthotel
108
Outra classificao
Standard Cidade
Categoria
Hotel e Aparthotel
*****
4,5
Hotel e Aparthotel
****
Hotel e Aparthotel
***
3,5
Outros
Outra classificao
Standard
Servio de Andares
Normalmente esta seco dispe de um stock de segurana de roupas
constitudo por:
Lenis
Toalhas de rosto
Toalhas de banho
Toalhas de bid
Tapetes
Cobertores
Colchas ou coberturas
Fronhas
Almofadas
Coberturas de lenis
Roupas de seco
A seco de andares necessita, no mnimo, das seguintes roupas:
Lenis: solteiro, casal e King Size
109
Rosto
Bid
Tapetes de cho
Cobertores
Colchas ou coberturas
Hotis
fora das
cidades
e
Aparthotel
Aparthotel
Hotis de
cidade
110
Prod. Boasvindas
Obrig. c/reposio
Obrig. s/reposio
*****
Touca de banho
****
***
Champ
**/*
Sabonete
****
***
***
*****
****
***
Sabonete
Sabonete, gel de banho, champ,
abrilhantador de sapatos
Sabonete, gel de banho, champ,
Abrilhantador de sapatos
Sabonete, gel de banho, champ,
abrilhantador de sapatos
**/*
Categoria
Servios Tcnicos
Dependo da dimenso do hotel, este servio poder estar a cargo de um
nico funcionrio ou de uma equipa completa de vrios tcnicos.
Seja qual for a situao, o importante que haja sempre algum pronto a dar
resposta aos problemas, a fim de diminuir o tempo de bloqueio.
Relao de Avarias
Departamento ___________________________
Descrio do Objecto________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
Dado s _________ Horas
Chefe de Servio
________________________
Tcnico
____________________
Economato
Local onde se encontram todos os produtos e material de limpeza,
necessrios seco de andares.
O controlo deste material deve ser feito com muita ateno e com a
requisio em mo, para que tudo confira com o encomendado.
O profissional desta seco dever ter sempre em ateno o stock e fazer as
encomendas em tempo certo, para nunca entrar em ruptura do mesmo.
Cada andar deve tambm fazer os seus pedidos, semanalmente, atravs de
uma requisio, visando o melhor aproveitamento do tempo.
111
Seco de Pessoal
Trabalhos administrativos
Preparao de salrios
Execuo de salrios
Registo de cadastros
Tratamento de informao
112
Estes locais devem estar sempre bem limpos e sendo estes locais
obrigatrios de passagem, devem possuir:
Uma boa iluminao
Uma decorao leve
Poucos ou nenhuns moveis
113
As chaves
Cada chave dever estar identificada com o nmero do quarto.
Quando um cliente chega ao hotel e se regista, -lhe entregue a chave do
seu quarto, e sempre que este se ausentar do hotel dever entregar a chave na
recepo, e levant-las novamente no regresso. Esta uma forma de controlar a
perda de chaves, ficando a recepo responsvel por todas as chaves do hotel.
Para alm destas chaves dos clientes, existem tambm as chaves mestras
que se destinam ao pessoal, dado a sua funcionalidade. Estas chaves abrem todas
as portas dos quartos de cada andar, evitando assim, que a empregada de andares
tenha que andar com um monte de chaves atrs de si.
Buscas
O hotel necessita de uma permanente comunicao entre pessoal para
assegurar a eficincia do servio prestado ao cliente.
Para isso conta com trs tcnicas:
Besouro
Telefones
Campainhas
Besouro
Este sistema consiste numa placa com os nmeros dos quartos e um sinal luminoso
vermelho. Sempre que o cliente toque no boto de chamada no seu quarto, a luz
acende na parte exterior da sua porta e ao mesmo tempo a empregada recebe um
sinal sonoro.
114
Telefones
A localizao normal e na seco do Ofcio e esto permanentemente ligados ao
Besouro. A empregada ao atender o telefone deve identificar o andar em que esta e
delicadamente passar a mensagem, que deve ser o mais curta possvel.
Campainha de alarme
Esta campainha esta colocada na casa de banho junto banheira. O seu objectivo
fornecer auxilio rpido caso o cliente se sinta mal.
RoomService
Este servio apenas prestado em hotis de maior categoria e assegura
assistncia aos clientes 24 horas por dia.
O RoomService presta servios de restaurante nos quartos dos clientes,
como o pequeno-almoo, almoo, lanche, jantar, canaps ou ceias, apesar de o
mais usual ser o pequeno-almoo.
Mise-en-Place do RoomService
Uma mise-en-place uma refeio em tudo idntica a uma refeio no
restaurante. por isso necessrio preparar todo o material.
Exemplo de uma mise-en-place para pequeno-almoo em room-service:
Por cada pessoa coloca-se:
Um prato de sobremesa ou de po
115
Um pires de pequeno-almoo
Uma chvena aquecida e colocada apenas no momento de servir o liquido
Uma colher de ch
Uma faca de sobremesa
Um guardanapo de ch (em pano ou papel)
116
14 Decorao Floral
117
unnime pensar que as cores do vida e que a sua falta torna qualquer
casa triste e montona, e ao mesmo tempo reflecte a personalidade de quem nelas
habita.
No existe cores bonitas e feias. O trabalho est em saber combin-las com
o espao a decorar. Os contrastes devem ser evitados.
Antes de iniciar um arranjo floral h que ter em ateno o local onde vai ser
colocado, e as cores em comum.
118
119
120
15 Roubos e Assaltos
Situaes Especiais
Apesar de todos os cuidados, por vezes acontecem situaes de roubo nos
estabelecimentos hoteleiros, perpetrados por indivduos conhecedores dos hbitos
praticados.
O facto de um estabelecimento hoteleiro estar com as suas portas abertas ao
pblico, devido actividade exercida, torna-se a sua maior vulnerabilidade, pois cria
as condies necessrias a indivduos mal intencionados.
Roubos Simples
Os roubos simples so cometidos nas zonas comuns do hotel, como o Hall
ou os corredores, por esquecimento de algum objecto, uma vitrina mal fechada ou
de fcil violao.
Para prevenir este tipo de situao, recomenda-se aos bagageiros que sejam
cleres a transportar a bagagem dos clientes para os quartos, e o pessoal da
recepo deve estar sempre com muita ateno s entradas e sadas e recolher
qualquer objecto esquecido.
121
Devemos salientar que estas situaes devem ser geridas com prudncia e
serenidade, pois pode de facto tratar-se de um cliente que se enganou no andar.
122
123
124
16 Primeiros Socorros
Primeiros Socorros
Os acidentes, como o nome indica, so situaes inesperadas, fortuitas e
desagradveis do qual vem a resultar prejuzo para algum, podendo ocorrer a
qualquer momento. Por isso, apresentam-se de seguida alguns procedimentos a ter
perante acidentes com feridos ou outras situaes que requeiram a presena de um
profissional de sade.
E necessrio que os hotis tenham um ou mais funcionrios com o curso de
socorrista, que estejam aptos a prestar os primeiros socorros.
Farmcia do Oficio
Todos os estabelecimentos devero possuir na seco de andares uma
farmcia de emergncia com o seguinte equipamento
1 Rolo de adesivo
gua oxigenada
lcool a 90
Alfinetes de segurana
Algodo
Amonaco (para reanimao de pessoas desmaiadas)
Paracetamol
Gaze esterilizada
Pomada para hematomas ou contuses
Mercurocromo
125
Aspirina
Colrio para os olhos
Pensos rpidos
Sais para indisposies digestivas
Termmetros
Tesoura
Tintura de iodo
Topifurazona (queimaduras)
Vaselina
Gel para picadas de insecto
127
128
Casos de hemorragia
A hemorragia consiste na perda de sangue devido a uma ruptura de um vaso
sanguneo. Podem ser externas ou internas. As externas devem-se a feridas no
exterior do corpo e as internas so geralmente mais graves. Quando aparecem,
saem pela boca, nariz, ouvidos ou na urina.
Se a empregada de andares encontrar uma vtima de hemorragia deve
imediatamente comunicar ao seu superior e proceder da seguinte forma:
Desapertar a roupa da vtima em volta do pescoo, trax e abdmen
Aquecer a vtima por frico
Pode eventualmente dar gua ou sumo, mas apenas se no existirem feridas
abertas no abdmen ou no houver sinais de hemorragia interna
129
130
131
Higiene
Aps prestarem auxlio a uma vtima, as empregadas de andares devem
proceder limpeza e desinfeco do local, e mudarem de vesturio em caso de
terem sujo ao ajudarem a vtima.
Desinfeco do quarto
Quando o cliente vagar o quarto, deve proceder-se a uma desinfeco
profunda, pulverizar o quarto com um desinfectante forte e deix-lo fechado por 48
horas. Por fim, realizar a limpeza habitual, mas mais incrementada.
Alguns hotis optam por chamar uma brigada especial para o fazer.
132
Concluso
Qualquer
das
situaes
estudadas
anteriormente
perturba
bom
133
134
17 Situaes Especiais
No roupeiro:
Se faltam cobertores, fronhas, almofadas da reserva e cabides
Se h artigos esquecidos pelo cliente
135
No quarto:
Se a roupa est certa e em bom estado
Se algo est danificado
Se falta alguma coisa
Se h algo esquecido (entre a roupa, debaixo do colcho ou da cama, dentro
das gavetas)
Na varanda ou terrao:
Verificar se h alguma coisa esquecida ou danificada
136
137