51 - Povos Da Antiguidade Ocidental e Oriental

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Povos da Antiguidade Ocidental e Oriental

A Histria Comea na Sumria.

Vamos juntos dar uma voltinha ao passado e esmiuar e relembrar os principais


fatos dos povos da Antiguidade (incluindo Civilizao Egpcia e a Mesopotmica, bem
como fencios, hebreus e persas) e Antiguidade Clssica ou Ocidental (que envolvem
gregos e romanos). Essa escolha no inclui toda a histria da humanidade ocorrida entre a
inveno da escrita e a queda de Roma, em 476 d .C. uma seleo de povos e civilizaes
que foram o centro para a constituio do mundo europeu e foi nesse universo que se notou
pela primeira vez a preocupao em escrever histrias universais. Esse mundo europeu
passou a ser chamado de Ocidente e novamente nesse caso no estamos tratando de uma
noo precisamente geogrfica. Vejamos: a cidade de Atenas, na Grcia. considerada
ocidental e fica a aproximadamente uns mil quilmetros a oeste do Egito, que, no entanto,
considerado oriental: est no Oriente Prximo (prximo da Europa, claro!). Entretanto, a
cidade de Sidney, na Austrlia, fica a mais de 15 mil quilmetros a oeste de Atenas e, ainda
assim, considerada ocidental. Para a histria, o Ocidente no uma referncia geogrfica,
mas uma denominao de regies do mundo nas quais predominam povos de origem
europia.
A existncia da escrita faz uma diferena fundamental no estudo de sociedades j
extintas. Quando dispomos de achados arqueolgicos no-escritos, nossa anlise sobre
determinados povos fica limitada a questes relacionadas regio em que viveram. Objetos
em que a escrita foi preservada permitem um grande salto no conhecimento dos povos do
passado, pois, baseados em documentos escritos, podemos saber como pensavam, em que
acreditavam, como se estruturavam politicamente e como se organizava a sua sociedade.
O Egito contemporneo adquiriu um papel estratgico, a partir de 1869, por oferecer
aos europeus passagem terrestre e martima, pelo canal de Suez, para a sia e, por esse
motivo, sofreu presses para que essa facilidade fosse garantida. A expedio militar de
Napoleo Bonaparte durou de 1798 a 1801 e incluiu grande nmero de estudiosos, que
fizeram, pela primeira vez, extenso e exaustivo levantamento de informaes e objetos da
antiga civilizao local. Nessa ocasio foi descoberta a famosa Pedra de Roseta, que
permitiu a Jean Franois Champollion decodificar a escrita hieroglfica. Com isso, foi

possvel comprovar hipteses, elaborar conceitos e aprofundar a pesquisa histrica da


antiga civilizao egpcia.
Posteriormente, a Inglaterra, consolidada como maior potncia econmica e militar do
sculo XIX, foi impondo seu poder e influncia sobre o Egito, at colocar funcionrios
ingleses em postos estratgicos do governo egpcio. Minada a soberania do pas, o Egito
tornou-se protetorado britnico em 1914. Nesse perodo, estudiosos ingleses foram os
principais pesquisadores arqueolgicos e uma das escavaes mais importantes levou
descoberta da tumba do fara Tutancmon ,em Luxor por Howard Carter e Lorde
Carnavon, em 1922.
A Mesopotmia hoje ocupada pelo Iraque e uma parte pelo Ir. No final do sculo
XIX, a regio era dominada pelo Imprio Turco Otomano, aliado da Alemanha, que, como
todas as potncias europias na poca, procuravam expandir o seu territrio ou a sua
influncia sobre a frica e a sia. Por isso, os primeiros estudiosos das civilizaes que
pesquisaram a regio foram principalmente alemes, que fizeram escavaes sistemticas
entre 1899 e 1917. O Portal de Ishtar, importante monumento, foi levado para a Alemanha,
l reconstrudo e at hoje est em Berlim. Em 1920, aps a primeira Guerra Mundial e o
esfacelamento do Imprio Otomano a Mesopotmia passou ao domnio ingls. As
escavaes do final do sculo XIX foram estimuladas pela decifrao da escrita
cuneiforme, encontrada em tbuas de argila, feita no incio daquele mesmo sculo. Isso
permitiu no s o conhecimento dos povos mesopotmicos, mas tambm dos persas e
fencios, civilizaes com as quais mantinham relaes. O estudo dos caracteres
cuneiformes permitiu aos pesquisadores analisarem textos legais, contratos de
propriedades, produo e comrcio, entre outros documentos. Importantes e diversos
objetos histricos e arqueolgicos desses povos antigos foram transferidos para os
principais museus da Europa, Inglaterra, Alemanha, Frana e do Vaticano.
Os povos da Mesopotmia Antiga eram politestas, ou seja, acreditavam na existncia de
vrios deuses. Na concepo destes povos, os deuses poderiam praticar coisas boas ou ruins
com
os
seres
humanos.
Os deuses da religio mesopotmica representavam os elementos da natureza (gua, ar,
Sol, terra, etc). Diversas cidades possuam seus prprios deuses. Marduque, por exemplo,
era o deus protetor da cidade da Babilnia, na poca do reinado de Hamurabi. Em funo
do domnio desta cidade sobre a Mesopotmia, este deus tambm passou a ser o mais
importante
em
toda
regio.
Uma deusa que ganhou muita importncia na Mesopotmia foi Ishtar. Era representada
nua
e
simbolizava
o
poder
da
natureza
e
da
fertilidade.
Os mesopotmicos tambm acreditavam na existncia de heris, demnios e gnios.
Praticavam adivinhaes e magias. Os mesopotmicos construam zigurates, espcies de
templos em formato de pirmides, e acreditavam que os deuses habitavam estas
construes. Somente os sacerdotes podiam entrar nos templos. Estes sacerdotes eram
considerados espcies de intermedirios (que nem nos tempos atuais) entre os deuses e a
pessoas. Eles no precisavam trabalhar no campo, pois tinham a funo de conduzir a
construo de diques e canais de irrigao.

Principais deuses da religio mesopotmica:


- Marduque - deus protetor da cidade da Babilnia
- Enlil - deus do vento e das chuvas
- Shamach - deus do Sol
- Ishtar - deusa da chuva, da primavera e da fertilidade
- Anu - deus do Cu
Na maravilhosa obra de Deuses Tmulos e Sbios de C. W. Ceram (Crculo do Livro),
vamos encontrar a maravilhosa histria das antigas civilizaes. medida que vamos
conhecendo melhor a histria da humanidade, comeamos a sentir o dbil sopro da
eternidade a encontrar provas de que em cinco mil anos de histria pouco se perdeu.
Verificamos que muito do que era considerado bom hoje considerado mau, do que outrora
foi verdadeiro hoje falso, mas que, no obstante, as foras do passado continuam vivas e
exercendo sua influncia em ns, embora no tenhamos disso conscincia clara. o
momento sbito e assustador em que se percebe o que significa ser humano, em que se
compreende que estamos mergulhados na torrente de inmeras geraes, cuja herana
trazemos conosco. A maioria de ns no tem conscincia da grandeza dessa herana (que
somos os nicos animais a arrastar consigo) e raramente sabe como utiliza-la
convenientemente. Nosso pensamento e sentimento, j fora pensado e sentido na Babilnia.
Mas ficamos estarrecidos quando verificamos e comprovamos que a sabedoria babilnica j
fora herdada de um povo muito mais antigo do que os babilnios semticos, mais antigo,
com efeito, do que os antigos egpcios.
No livro do cientista norte-americano Noah Kramer de pesquisa cientfica, A Histria
Comea na Sumria (History begins at Sumer). Ele determinou com bom humor, nada
menos que vinte e sete First (primcias), coisas, experincias ou acontecimentos, que na
Histria humana foram apontados pela primeira vez por esse povo.
1. As primeiras escolas.
2. O primeiro caso de leve suborno.
3. O primeiro caso de criminalidade juvenil.
4. A primeira guerra de nervos.
5. Primeiro Congresso de duas Cmaras poltico.
6. O primeiro historiador.
7. O primeiro caso de um abatimento de imposto.
8. Cdigos: o primeiro Moiss.
9. O primeiro precedente jurdico.
10. A primeira farmacopia.
11. O primeiro almanaque para camponeses.
12. A primeira experincia de jardinagem.
13. A primeira cosmogonia e cosmologia da humanidade.
14. As primeiras leis morais.
15. O primeiro J.

16. Os primeiros provrbios.


17. As primeiras fbulas de animais.
18. A primeira logo maquia filosfica.
19. O primeiro paraso.
20. O primeiro No.
21. A primeira histria de ressurreio.
22. O primeiro So Jorge.
23. Gilgams era um heri sumeriano.
24. A primeira literatura pica.
25. A primeira cano de amor.
26. O primeiro catlogo de livros.
27. A primeira idade de ouro da paz
Ao ler isso, surgir em cada um a suspeita de que aqui um entusiasta tenha empregado,
de modo demasiadamente violento, a terminologia moderna na denominao de fenmenos
sociais que se deram sob outros cus h milhares de anos (h mais de 4 mil anos). Fica-se
com a respirao embargada, quando sabemos que as mais famosas histrias da Bblia,
foram escritas centenas de anos aps. O pior de toda a herana que os sumerianos e
babilnicos nos legaram foi a tendncia para atribuir s menores coisas e aos atos mais
insignificantes significaes mgicas. Por vezes a preocupao com o mgico tornou-se
uma espcie de loucura religiosa, que encontrou sinistras manifestaes em transportes de
feitiaria e crenas e infalibilidade. Essa influncia chegou ao Ocidente atravs de Roma
dos ltimos tempos e da Arbia mourisca.
Os cdigos morais que procuram regular o comportamento humano tm nos
acompanhado, desde a aurora da civilizao. Em algumas sociedades, um legislador
afortunado dita um conjunto de regras a serem observadas na vida diria e na maioria das
vezes alega ter sido instrudo por um Deus sem o que poucos teriam seguido as
prescries. Por exemplo, os cdigos de Ashoka (ndia), Hamurabi (Babilnia), Licurgo
(Esparta) e Slon (Atenas), que outrora dominaram civilizaes poderosas, esto hoje em
grande parte extintos. Talvez julgassem de formas errneas a natureza humana e pedissem
demasiado de ns. Talvez a experincia de uma poca ou cultura no seja inteiramente
aplicvel a outra.
As civilizaes grega e romana so consideradas a base histrica e cultural sobre
a qual se erigiu o que hoje chamamos de Ocidente. Das civilizaes antigas, essas so as
mais acessveis aos pesquisadores, porque muitas fontes escritas e resqucios arquitetnicos
e de outras artes foram preservados, o que no ocorreu com a mesma intensidade nas
civilizaes orientais. Pode se dizer que a produo cultural da Grcia e de Roma
influenciou culturas subseqentes de forma significativa, o que repercute at hoje, como a
derivao da lngua portuguesa do latim, falado pelos romanos. Tambm o grego foi
fundamental para a expanso do cristianismo e a preservao dos textos bblicos. As
culturas grega e romana, representados por nomes como Herdoto, Tuclides e outros
estudiosos que forneceram modelos iniciais para o registro e o estudo dos homens em
sociedade no tempo influenciaram pensadores, escritores, artistas, religiosos, juristas e
historiadores.

Na mitologia romana, Vnus era a deusa do amor e da beleza, presente em todas as


civilizaes. A evoluo de sua imagem reflete a das concepes de beleza (na pr-histria
era pequena e robusta). Entre os antigos gregos, as formas mais estilizadas de Vnus
(chamada Afrodite), obedeciam aos padres fixados por Pitgoras, o filsofo e matemtico
que viveu 500 anos antes do mitolgico Cristo.
A cidade de Pompia, encontrada em 1748, arrasada por uma erupo do vulco
Vesvio em 79 d.C., constitui um stio arqueolgico dos mais interessantes, pois a violenta
chuva de pedras e cinzas causada por essa erupo soterrou a cidade rapidamente. Esse
fenmeno, engessou a cidade, preservando-a praticamente como ela era naquele
momento. Foram encontrados cadveres calcinados de pessoas e animais na exata posio
em que se encontravam no momento da tragdia coberta por toneladas de pedras e cinzas.
Os estudos prosseguem at hoje.
Por simples bom senso,
no acredito em Deus.
Em nenhum.
Charles Chaplin
Desvende mais em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Polite%C3%ADsmo
O Cristo dos Pagos leia parte do livro na web:
http://books.google.com.br/books?id=kNSDQaD6rNoC&lpg=PA1&hl=ptPT&pg=PT23#v=onepage&q&f=false
http://www.historiadomundo.com.br/sumeria/religiao-sumeria#

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