Guia-Cobras-Regiaomanaus PPBio CENBAM PDF
Guia-Cobras-Regiaomanaus PPBio CENBAM PDF
Guia-Cobras-Regiaomanaus PPBio CENBAM PDF
Guia de Cobras
Cobras
Guia de
Snakes
Guide to the
Rafael de Fraga
Albertina Pimentel Lima
Ana Lcia da Costa Prudente
William E. Magnusson
Cobras
Guia de
Snakes
Guide to the
Rafael de Fraga
Albertina Pimentel Lima
Ana Lcia da Costa Prudente
William E. Magnusson
Cobras
Guia de
G943
ISBN: 978-85-211-0122-2
Snakes
Guide to the
Rafael de Fraga
Albertina Pimentel Lima
Ana Lcia da Costa Prudente
William E. Magnusson
Editopa Inpa
Manaus - 2013
Prefcio | Preface
A Amaznia um dos maiores centros
de biodiversidade em nosso planeta, e
as cobras esto entre os elementos mais
marcantes de sua fauna. As espcies
aqui apresentadas so verdadeiramente espectaculares, elas incluem algumas
das maiores cobras do mundo, como a
Sucuri, que se esconde invisvel na gua
para capturar capivaras que chegam para
beber, e a Surucucu-pico-de-jaca, que se
camufla muito bem com o corpo enrolado ao lado de uma trilha na floresta,
espera de uma mucura descuidada. E
em outros lugares da floresta esto algumas outras cobras incrivelmente belas como as mortais Cobras-corais, com seus
corpos cobertos por anis brilhantes, e
as muitas espcies inofensivas que esto
protegidas dos predadores porque imitam as cores de suas parentes venenosas. A diversidade de tamanhos, formas,
padres, tons e as caractersticas ecolgicas so verdadeiramente surpreendentes. Cada habitat tem suas prprias cobras, da nobre Jibia at as pequenas
Cobras-cegas semelhantes a minhocas.
Mas, embora a regio de Manaus
contenha uma incrvel diversidade de
Rick Shine
Professor de Biologia Evolutiva e membro laureado do Conselho Australiano de Pesquisa |
Universidade de Sydney
Professor in Evolutionary Biology and Laureate Fellow of the Australian Research Council |
University of Sydney
Agradecimentos | Acknowledgments
Ns agradecemos imensamente a todos os herpetlogos que tm se dedicado ao estudo de cobras na Amaznia, cujos esforos foram traduzidos
em base de consulta para a maioria
das informaes apresentadas neste
livro. A Fundao de Amparo Pesquisas do Estado do Amazonas (FAPEAM), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico
(CNPq) e a Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior
(CAPES) forneceram apoio financeiro
durante a elaborao deste livro, na
forma de bolsas de estudos concedidas a R. de Fraga. O Instituto Nacional de Pesquisas da Amaznia (INPA),
o Programa de Pesquisas em Biodiversidade (PPBio), o Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade da
Amaznia (CENBAM) e a Santo Antnio Energia S. A. forneceram inestimvel apoio logstico durante as coletas de dados em campo. Pela grande
ajuda em campo, sem a qual no poderamos concluir este livro, agradecemos ainda a Edivaldo Farias, Maria
10
11
12
72
77
78
Sumrio | Contents
20
22
31
36
43
44
50
54
56
64
Introduo
Introduction
Origem e evoluo das cobras
Origin and Evolution of snakes
Anatomia e locomoo de cobras
Anatomy and locomotion of snakes
O que as cobras comem?
What do snakes eat?
As cobras trocam de pele
Snakes shed their skin
Onde vivem as cobras?
Where do snakes live?
Como as cobras percebem o ambiente?
How do snakes sense the environment?
O que mata as cobras?
What kills snakes?
Como as cobras se defendem?
How do snakes defend themselves?
Como as cobras reproduzem?
How do snakes reproduce?
82
84
87
Leptotyphlopidae
92
Epictia tenella 94
Typhlopidae
96
Typhlops reticulatus 98
Anomalepididae
100
Typhlophis squamosus 102
Aniliidae
104
Anilius scytale 106
Boidae
108
Boa constrictor 106
Corallus caninus 112
Corallus hortulanus 114
Epicrates cenchria 116
Eunectes murinus 118
Boa constrictor 120
Colubridae
120
Colubrinae 123
Chironius fuscus 124
Chironius multiventris 126
Chironius scurrulus 128
Dendrophidion dendrophis 130
Drymoluber dichrous 132
Mastigodryas boddaerti 134
Oxybelis aeneus 136
Oxybelis fulgidus 138
Pseustes poecilonotus 140
Pseustes sulphureus 142
Rhinobothryum lentiginosum 144
Spilotes pullatus 146
Elapidae
224
Micrurus averyi 226
Micrurus hemprichii 228
Micrurus lemniscatus 230
Micrurus spixii 232
Micrurus surinamensis 234
Viperidae
236
Dipsadinae 151
293 Bibliografia
Bibliography
302 Autores
Authors
Introduo | Introduction
As cobras estimulam fortes emoes nas pessoas, e por conhecerem
pouco sobre elas, a maioria da populao do mundo ocidental as teme e
odeia. Quem as estuda e conhece mais
profundamente, admira e respeita, ou
ainda as trata com reverncia, como
no caso dos devotos de religies em
que elas tm alguma importncia como
entidades espirituais. No Brasil, apenas algumas espcies so peonhentas
e podem causar ferimentos graves, a
grande maioria totalmente inofensiva aos humanos. As cobras so capazes de deslizar sobre folhas e galhos
sem fazer barulho, e passam despercebidas para a grande maioria das pessoas quando andam pelas florestas e
campos. Mas embora sejam difceis de
serem visualizadas, elas so numerosas em espcies, indivduos e hbitos
de vida. Neste livro, apresentamos uma
pequena janela para o mundo maravilhoso das cobras.
20
21
para entender porque ns as consideramos ilustrativas da beleza e exuberncia biolgica da Amaznia (Figura 1).
22
23
24
note in Figure 2 is that snakes (Serpentes) are part of a larger group popularly known as lizards.
The Bifurcata group consists of animals with a forked tongue and a Jacobsons organ. This organ is a structure
located at the base of the brain, with
connections to the upper and inner region of the mouth, which has the sensorial function of interpreting the micro-particles captured by the tongue,
to find food and protection from predators (see the topic How do snakes
sense the environment?). However, in
some groups, vision is well developed,
and can be utilized to locate prey. Bifurcata is subdivided into two groups:
Gekkota and Unidentata.
Gekkota is a group of lizards that
have developed the sense of smell
and vision to locate prey, with the resulting loss of the forked tongue and
Jacobson organ. It is represented in
the Amazon by geckos (Figure 3), and
some species are quite common in
25
26
27
28
neste livro, as Serpentes sero consideradas como grupo natural (monofiltico). Todas as cobras tm corpo alongado, as patas anteriores so ausentes e as
posteriores podem ser ausentes ou vestigiais, como em alguns representantes
das famlias Boidae (Jiboias) e Pythonidae (Ptons, no ocorrem naturalmente no Brasil), na forma de espores localizados prximos cloaca (Figura 5).
Essas estruturas so consideradas vestigiais, embora possam ter funo reprodutiva em rituais de corte ou em combates entre machos disputando uma
fmea. Por isso patas vestigiais geralmente so mais evidentes em machos.
Lagartos como o Monstro-de-Gila
(Helodermatidae) da Amrica do Norte
e o Drago de Komodo (Varanidae) so
peonhentos (capazes de injetar veneno utilizando os dentes), e a maioria das cobras no considerada peonhenta. No entanto, o aparelho mais
adaptado para inoculao de veneno
est presente nas cobras.
A maioria das cobras capaz de
deslocar os ossos associados boca
para poder engolir presas grandes, uma
29
30
paratus most highly adapted for injecting venom is found in some snakes.
Most snakes are capable of dislocating the jaw bones to swallow large
prey, an adaptation also found in species of Pygopodidae, lizards with reduced legs that are close relatives of
the geckos. This important event in the
evolutionary history of the snakes appeared in an ancient group called Scolephidia, today consisting only of fossorial snakes which live in underground
tunnels. These animals can open the
|| Figura 6 - Alguns animais sem patas se
assemelham muito a cobras, e por isso
so frequentemente confundidos. Apesar
da semelhana no formato do corpo, os
anfisbendeos pertencem a um grupo
de lagartos sem patas evolutivamente
distinto das cobras, como esta
Amphisbaena fuliginosa.
Figure 6 - Some legless animals closely
resemble snakes, and so are often
confused. Despite the similarity in body
shape, the Amphisbaenids belong to a
group of legless lizards evolutionarily
distinct from snakes, such as this
Amphisbaena fuliginosa.
Anatomia e locomoo de
cobras
Os rgos internos das cobras so
muito parecidos com os de outros vertebrados, mas sofreram modificaes
anatmicas para se ajustarem ao formato cilndrico e alongado de seu corpo.
Alguns rgos, que geralmente ocorrem
em pares em outros animais, foram perdidos ou consideravelmente reduzidos
nas cobras. Os pulmes, por exemplo,
so rgos que necessitam de espao para expandirem durante a respirao. Possuir dois pulmes expandindo
a cada ciclo respiratrio poderia ser um
problema para as cobras, em funo do
espao interno reduzido do seu corpo.
Esse problema foi resolvido, com a reduo de tamanho ou a perda completa do pulmo esquerdo. Para compensar
essa perda e garantir que as trocas gasosas sejam realizadas com eficincia,
o pulmo direito de todas as cobras
grande e bem desenvolvido.
31
das gnadas foi perdida, como em Tantilla melanocephala, espcie que pode
ser encontrada na regio de Manaus.
Tambm adaptado ao formato cilndrico e alongado do corpo das cobras, o
estmago uma continuao do esfago, e difcil distingui-los. O fgado alongado e bilobado. Assim como
outros lagartos e aves, as cobras no
possuem bexiga urinria, elas excretam cido rico, uma substncia mais
slida que a urina. Essa uma adaptao contra a perda excessiva de gua.
A temperatura do ambiente um
fator importante para a vida das cobras, porque elas so ectotrmicas.
Isso significa que no podem manter
altas temperaturas corporais por meio
de processos qumicos internos, iniciados com a energia obtida dos alimentos, como fazem os mamferos e
as aves. Algumas espcies de Ptons
podem aumentar a temperatura corprea por contraes musculares, mas
geralmente elas fazem isso apenas
para incubar os ovos. Assim como outros lagartos, as cobras so excelentes termorreguladoras. Graas ao seu
corpo alongado, a rea de superfcie
bastante grande em relao massa corporal, por isso elas podem rapidamente tirar vantagem de fontes externas de calor. Pelo mesmo motivo,
as cobras podem ganhar ou perder calor muito rapidamente em condies
extremas, e portanto, geralmente no
ocorrem em regies com temperaturas
muito elevadas ou muito baixas, mas
32
and elongation of the body. Some organs that usually occur in pairs in
other vertebrates were lost or reduced
considerably in snakes. For example,
lungs need space to expand during
breathing. Possessing two lungs expanding each respiratory cycle could
be a problem for snakes, due to the
reduced internal space in their bodies. This problem was resolved with
the reduction or complete loss of the
left lung. To compensate this loss and
to ensure that gas exchange is carried
out with effectively, the right lung in
all snakes is large and well developed.
The gonads (testes and ovaries) generally occur in pairs, located on both
sides at the rear of the body cavity, but
in some fossorial snakes with a very
slender body, one of the gonads has
been lost, such as in Tantilla melanocephala, a species that can be found in
the Manaus region. Also adapted to the
cylindrical form and elongated body of
snakes, the stomach is a continuation
of the esophagus, and it is difficult to
distinguish them. The liver is elongated and bi-lobed. Snakes do not have a
urinary bladder, they excrete uric acid,
a substance more solid than urine. As
in other animals, this is an adaptation
against excessive loss of water.
The temperature of the environment is an important factor in the
lives of snakes, because they are ectotherms. This means that they cannot maintain high body temperatures
33
34
tir de contraes de msculos dispostos em lados opostos da coluna vertebral. As contraes ocorrem em ciclos
que seguem a direo da poro anterior (cabea) para a poro posterior
do corpo (cauda). Por apresentarem o
corpo relativamente mais robusto, algumas cobras como Jiboias (Boa constrictor) e Surucucus-pico-de-jaca (Lachesis muta) no conseguem realizar
essas ondulaes laterais. Elas utilizam um movimento semelhante ao de
lagartas, com contraes na superfcie
ventral do corpo, formando ondas regulares na pele. Essas ondas percorrem
todo o corpo na direo cabea-cauda,
impulsionando o animal para frente ou
para cima.
A locomoo tambm sofreu adaptaes interessantes em ambientes extremos. Por exemplo, para se locomoverem por sobre a areia escaldante de
desertos, algumas cobras conseguem
manter apenas dois pontos de apoio
entre o corpo e o substrato. Alternando pontos diferentes do corpo, elas
conseguem evitar contato prolongado com a areia, quente suficiente para
lhes causar ferimentos. O solo arenoso
do deserto no permite a manuteno
de tneis subterrneos, mas algumas
cobras conseguem realizar movimentos semelhantes natao por baixo
da areia, para evitar exposio excessiva ao calor extremo. Cobras marinhas
geralmente possuem a cauda achatada (comprimida lateralmente) e a uti-
35
36
37
As cobras desenvolveram diferentes estratgias para capturar suas presas. Algumas espcies simplesmente as seguram com os dentes at que
no ofeream resistncia ingesto.
As constritoras, como o bodeos e alguns colubrdeos, enrolam seu corpo ao redor da presa, formando alas.
Esse comportamento tem o objetivo de
reduzir o espao disponvel para a expanso da caixa torcica da presa para
a respirao, acarretando em morte
por asfixia e parada cardaca. Geralmente, as cobras iniciam o processo
de ingesto somente aps a morte da
presa (Figura 10).
Viperdeos adultos, como Jararacas
do gnero Bothrops e Surucucus Lachesis muta, caam por espreita pequenos mamferos, como roedores e
marsupiais (mucuras). A maioria das
espcies permanece enrodilhada espera de uma presa que cruze o seu caminho a uma distncia adequada para
o alcance do seu bote (movimento de
ataque surpresa), que pode chegar a
um tero do comprimento do seu prprio corpo, ou mais, no caso da Surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta).
Durante o bote o corpo da cobra
projetado em direo presa, para
que os dentes inoculadores de veneno possam alcan-la. Aps o envenenamento a presa liberada, e geralmente consegue fugir por alguns
metros, at que o veneno cause paralisia de seus membros locomotores e
38
39
40
Leptotyphlopidae
Epictia tenella
Typhlopidae
Typhlops reticulatus
Jacars Alligators
Tartarugas Turtles
Minhocas Earthworms
Centopias Centipedes
Cupins e formigas (adultos e ovos) Termites and ants (adults and eggs)
Morcegos Bats
Aves Birds
Girinos Tadpoles
Peixes Fish
Sapos Frogs
Family / Species
Cobras Snakes
Famlia / Espcie
X
X
Anomalepididae
Typhlophis squamosus
Aniiliidae
Anilius scytale
X
X
Boidae
Boa constrictor
Corallus caninus
Corallus hortulanus
X
X
X
X
X
X
X
X
41
Epicrates cenchria
Eunectes murinus
X
X X
X
X
X
X
X
X
Colubridae (Colubrinae)
Chironius fuscus
Chironius multiventris
Chironius scurrulus
Dendrophidion dendrophis
Drymoluber dichrous
Mastigodryas boddaerti
Oxybelis aeneus
Oxybelis fulgidus
Pseustes poecilonotus
Pseustes sulphureus
Rhinobothryum
lentiginosum
Spilotes pullatus
Tantilla melanocephala
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Colubridae (Dipsadinae)
Apostolepis sp.
Atractus latifrons
Atractus major
Atractus schach
Atractus snethlageae
Atractus torquatus
Clelia clelia
Dipsas aff. catesbyi
Drepanoides anomalus
Erythrolamprus aesculapii
Helicops angulatus
Helicops hagmanni
Hydrodynastes gigas
Hydrops martii
Hydrops triangularis
Imantodes cenchoa
Leptodeira annulata
Leptophis ahaetulla
Liophis breviceps
Liophis reginae
Liophis typhlus
Liophis sp.
Oxyrhopus occipitalis
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?
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X
X
X X
X
X
X
X X
X
X X
X
X
?
X
X
X
X
X
Oxyrhopus vanidicus
X
Philodryas argentea
X
X
Philodryas viridissima
X
X
Pseudoboa coronata
X
Pseudoboa martinsi
X
Pseudoboa neuwiedii
X
Siphlophis cervinus
X
X
Siphlophis compressus
X
Taeniophallus brevirostris
X
X
Taeniophallus nicagus
X
Umbrivaga pygmaea
X
Xenodon rabdocephalus
X X
Xenopholis scalaris
X
Elapidae
Micrurus averyi
X
Micrurus hemprichii
X
Micrurus lemniscatus
X
X
Micrurus spixii
X
Micrurus surinamensis
Viperidae
Bothrops atrox
X
X
Lachesis muta
X
X
X
X
X
X
X
X
43
44
Os olhos das cobras ganham aspecto opaco durante a ecdise (Figura 13),
devido ao acmulo de fludos entre a
velha e a nova camada de pele. Durante esse perodo as cobras tm a viso
prejudicada e ficam mais suscetveis
a predadores, por isso geralmente se
mantm escondidas em abrigos.
45
|| Figura 14 - A Periquitamboia
Corallus caninus possui cauda
prensil com fora suficiente
para suspender o corpo em um
galho.
Figure 14 - The Emerald Tree
Boa Corallus caninus has a strong
prehensile tail, which is able to
suspend the body from a branch.
46
hbitats pelas cobras, de modo a favorecer a presena de algumas espcies e ausncia de outras (Figura 16).
Ento, algumas espcies so encontradas mais frequentemente em certos
tipos de ambientes em Manaus. Apesar de muitas cobras se movimentarem
muito, e frequentemente cruzarem diversos lugares dentro da floresta, elas
procuram por lugares adequados para
caar, dormir ou regular a temperatura
do corpo (termorregulao). Algumas
Local characteristics, such as availability and size of the streams, can influence the distribution of snakes, so
that some species are favored and others excluded (Figure 16). Thus, some
species are found more frequently in
certain types of environments around
Manaus, such as near or in streams, in
tree falls or in places with many termite mounds. However, most snakes
move around a lot as they seek places to rest or feed, so most species can
be found in most places at some time
47
Tabela 2. Tipos de hbitats onde as cobras da regio de Manaus so encontradas com mais frequncia, e perodo do dia em que esto ativas, caando
ou se movimentando. [M = movimentao, F = forrageio (caa), R = repouso, T = termorregulao]
Table 2. Types of habitat where snakes in the region of Manaus are found more
often, and the time of day in which they are active, hunting or moving. [M =
move, F = foraging (hunting), R = resting, T = thermoregulation]
Atividade /
Activity
Subsolo Underground
gua Water
Diurna Diurnal
Noturna Nocturnal
Hbitat / Habitat
M/F/R
M/F/R
Famlia / Espcie
Family / species
Leptotyphlopidae
Epictia tenella
Typhlopidae
Typhlops reticulatus
48
Anomalepididae
Typhlophis squamosus
Aniiliidae
Anilius scytale
Boidae
Boa constrictor
Corallus caninus
Corallus hortulanus
Epicrates cenchria
Eunectes murinus
Colubridae (Colubrinae)
Chironius fuscus
Chironius multiventris
Chironius scurrulus
Dendrophidion dendrophis
Drymoluber dichrous
Mastigodryas boddaerti
Oxybelis aeneus
Oxybelis fulgidus
Pseustes poecilonotus
Pseustes sulphureus
Rhinobothryum lentiginosum
Spilotes pullatus
Tantilla melanocephala
Colubridae (Dipsadinae)
Apostolepis sp.
Atractus latifrons
Atractus major
Atractus schach
Atractus snethlageae
Atractus torquatus
Clelia clelia
Dipsas aff. catesbyi
Drepanoides anomalus
Erythrolamprus aesculapii
Helicops angulatus
Helicops hagmanni
Hydrodynastes gigas
Hydrops martii
Hydrops triangularis
Imantodes cenchoa
Leptodeira annulata
Leptophis ahaetulla
M/F/R
M/R
M/F
M/F
X
X
X
X
X
M/F/R
M/F/R
M/F/R
M/F/R
M/F/R
M/F/R
M/F/R
M
M
M
M
M
M
M/F
M/F/R M/R
M/F
M/F M/F/R
M/F
M/F
M/F/T M/R/T
M/F
M/F
M/F
M/F
M/F
M/F
M/F
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M/F
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M
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M/F/R
M/F/R
M/F/R
R
R
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M/F/R
M/F/R
M/F/R
M/F/R
M/F/R
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X
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X
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R
M/F
R
M/F
R
M/F
M
M/F/R
M/F M/F/R
M
M/F/R
F
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M/F/R
M/F/R
M/F/R
M/F/R
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X
X
X
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X
X
X
X
X
X
49
Liophis breviceps
Liophis reginae
Liophis typhlus
Liophis sp.
Oxyrhopus occipitalis
Oxyrhopus vanidicus
Philodryas argentea
Philodryas viridissima
Pseudoboa coronata
Pseudoboa martinsi
Pseudoboa neuwiedii
Siphlophis cervinus
Siphlophis compressus
Taeniophallus brevirostris
Taeniophallus nicagus
Umbrivaga pygmaea
Xenodon rabdocephalus
Xenopholis scalaris
Elapidae
Micrurus averyi
Micrurus hemprichii
Micrurus lemniscatus
Micrurus spixii
Micrurus surinamensis
Viperidae
Bothrops atrox
Lachesis muta
50
M/F
M/F
R
M/F
R
M/F
M/F
M
M/F
M/F
M
M
M/F/R
M
M/F
M/F/R
M/F/R
M/F/R
M
M/F/R
M/F
M
M/F/R
M
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M/R
M/F/R
M
M/F/R
M/F
M/F
X
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X
M/F
M/F
M/F/R
M/F/R
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M/F
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M/F
M/F
M/F
M/F
X
X
X
X
X
X
M/F/R
M/F/R
M/R
X
X
orientao. Para compensar essa condio, elas possuem sistemas de percepo bastante complexos, provavelmente herdados de seus ancestrais que
viviam em tneis subterrneos.
As cobras no possuem ouvidos externos, como a maioria dos lagartos
(essa uma tima maneira para diferenciar lagartos que parecem cobras
das cobras verdadeiras). No entanto, as cobras percebem sons de baixa
frequncia, e so capazes de perceber
movimentos que passam muitas vezes
despercebidos por ns. Os sons conduzidos pelo substrato so transmitidos ao osso quadrado (que conecta a
maxila mandbula), que por sua vez
transmite a outros ossos localizados
em uma estrutura homloga ao ouvido
mdio de outros vertebrados.
Cobras possuem um sistema de percepo qumica formado pela ao conjunta entre a lngua bfida (Figura 17) e
51
52
noite, na regio de Manaus representadas pelas Jararacas e Surucucus (gneros Bothrops e Lachesis).
Alguns pitondeos (Ptons, no ocorrem naturalmente no Brasil) e bodeos,
como as espcies do gnero Corallus
(Periquitamboia, Cobra-papagaio), possuem receptores trmicos localizados
ao longo da boca, entre as escamas labiais (Figura 18B). Essas fossetas so
utilizadas para perceber diferenas de
temperatura entre os corpos das presas
e o ambiente, mas possivelmente um
sistema menos eficiente em comparao ao dos viperdeos.
Todas as cobras que possuem fossetas loreais localizadas entre os olhos
Some pythons, which do not occur naturally in Brazil, and boas, such
as species of the genera Corallus (tree
boas), have thermal receptors located
along the mouth, in pits between the
labial scales (Figure 18B). These pits are
used to perceive differences in temperature between the prey and the background, but the system is believed to
be less effective than that of the vipers.
All of the snakes with loreal pits located between the eyes and the nostrils are venomous, but the true coral snakes and some species with rear
fangs (see the topic Snake bites) are
venomous and do not have pits. Snakes
that have labial pits are not venomous.
53
54
|| Figura 19 - As formigas podem causar ferimentos graves em outros animais, como essa
Cobra-cip Chironius multiventris, cujos ossos da cauda foram expostos aps um ataque.
Figure 19 - Ants can cause serious injuries in other animals, such as this South
American Sipo Chironius multiventris, whose tail bones were exposed after an attack.
55
Como as cobras se
defendem?
Estratgias de defesa podem definir o limite entre a vida e a morte,
considerando que a floresta est repleta de predadores espreita, prontos para devorar suas presas. No por
serem perversos, mas apenas por que
precisam se alimentar. Quanto maior a
capacidade de um animal se defender,
mais alta ser a chance de sobrevivncia a um ataque de predador.
Ao longo de sua histria evolutiva,
as cobras desenvolveram muitas estratgias para evitar o ataque de predadores.
Muitas espcies podem utilizar diferentes estratgias comportamentais ou qumicas, com o propsito de tentar convencer o predador a desistir do ataque.
Muitas espcies de cobras possuem
colorao bastante crptica, o que sig-
56
|| Figura 20 - A Jararaca-nariguda
Bothrocophias hyoprora se camufla muito
bem sobre as folhas em decomposio
no solo da floresta.
Figure 20 - The Toadhead Pitviper
Bothrocophias hyoprora is well
camouflaged on the leaf litter on the
forest floor.
|| Figura 21 - A
camuflagem uma
estratgia de defesa
muito eficiente para as
cobras, como a Cobracip Oxybelis aeneus que
facilmente confundida
com galhos de rvores.
Figure 21 - Camouflage
is a very efficient defense
strategy for snakes, such
as the Brown Vine Snake,
which is easily confused
with the branches on
which it rests.
57
Diferente da camuflagem, as espcies que utilizam mimetismo no evitam serem vistas. Mimetismo uma
estratgia de defesa em que espcies
inofensivas se assemelham a espcies
venenosas ou txicas, na colorao,
padres de desenhos do corpo, e em
alguns casos no comportamento defensivo. Aparentemente o mimetismo
uma tima estratgia defensiva, porque pode manter predadores afastados
ao identificarem uma presa como potencialmente perigosa. O exemplo mais
conhecido de relacionamento mimtico
em cobras ocorre entre as Corais verdadeiras e falsas, onde espcies no
peonhentas so beneficiadas pela semelhana com espcies peonhentas.
A semelhana ocorre tanto na colorao e padres de desenho do corpo (sequncias de anis pretos, vermelhos,
brancos e amarelos) como tambm
no comportamento. Esse padro serve
para advertir os predadores de que se
trata de uma cobra peonhenta (Figura 22). Na regio de Manaus a maioria
das Cobras-corais verdadeiras e falsas
ativa durante o dia e noite. Mas para
espcies exclusivamente noturnas, no
sabemos exatamente como o mimetismo pode ser eficiente, porque embora
muitos predadores consigam identificar
os anis coloridos como sinal de alerta, na escurido isso no possvel.
Contudo, muitos predadores de cobras,
como Quatis, procuram presas noturnas
durante o dia, em abrigos como buracos ou sob folhas. Encontrar algo seme-
58
59
60
it is a true or false
Coral-snake can be
a dangerous task.
In many cases,
distinguishing between venomous
and non-venomous species is not
easy. In this book,
we outline differences between
true and false Coral-snakes in the
region of Manaus,
which can distinguish species that
are harmless and
dangerous to humans. However, if you find any snake
and have doubts as to whether it is venomous, the best thing is leave it alone.
All species of snakes have a pair of
glands at the base of the tail that release unpleasant chemicals to deter
predators. In many species, such as
Dipsas aff. catesbyi, Leptodeira annulata and Siphlophis compressus, these
secretions smell like a decomposing
body in advanced state of putrefaction. Some generalist predators may
avoid eating carrion, because of the
likelihood of bacteria that can cause
diseases, but there are no studies
showing what predators are deterred
by these secretions.
Other species use intimidation as a
defense strategy (Figure 23), especially
Autotomia um
comportamento
defensivo no qual
um animal perde
parte ou partes do
prprio corpo, geralmente a cauda.
Isso bastante
comum em lagartos, mas raro em
cobras. No entanto, foi observado
em indivduos das
Cobras-cip Dendrophidion dendrophis e
Drymoluber dichrous. A parte amputada da cauda se movimenta por espasmos musculares durante alguns minutos aps a ruptura. Esse comportamento
provavelmente atrai a ateno do predador enquanto a cobra tem oportunidade
de fugir. De forma diferente de muitos
grupos de lagartos, as cobras no regeneram a cauda amputada.
Na tabela 3 apresentamos os principais comportamentos defensivos exibidos pelas cobras na regio de Manaus.
Alguns comportamentos so bastante
frequentes entre as espcies, como a liberao de uma secreo ftida pela cloaca, mas algumas espcies exibem comportamentos bastante especializados,
como a Falsa-jararaca Xenodon rabdocephalus, capaz de simular a prpria morte.
61
Leptotyphlopidae
Epictia tenella
X
Typhlopidae
Typhlops reticulatus
Anomalepididae
Typhlophis
squamosus
Aniiliidae
Anilius scytale
X X
Boidae
Boa constrictor
X
Corallus caninus
X
Corallus hortulanus X
Epicrates cenchria X
Eunectes murinus
X
Colubridae (Colubrinae)
Chironius fuscus
X X X X X
62
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X X
X X
X
X
X
X X
X
X
Vmito Regurgitation
Tanatose Thanatosis
Constrio Constriction
Envenenamento Poisoning
Bote Strike
Mordida Bite
Achatamento Flattening
Family / Species
Famlia / Espcie
Chironius multiventris X X
Chironius scurrulus X X
Dendrophidion
X
dendrophis
Drymoluber dichrous X
Mastigodryas
X
boddaerti
Oxybelis aeneus
X
Oxybelis fulgidus
X X
Pseustes poecilonotus X X
Pseustes sulphureus X X
Rhinobothryum
X
lentiginosum
Spilotes pullatus
X
Tantilla
melanocephala
Colubridae (Dipsadinae)
Apostolepis sp.
Atractus latifrons
Atractus major
Atractus schach
Atractus snethlageae
Atractus torquatus X
Clelia clelia
Dipsas aff. catesbyi X X
Drepanoides anomalus X
Erythrolamprus
aesculapii
Helicops angulatus
X
Helicops hagmanni
Hydrodynastes gigas
X
Hydrops martii
Hydrops triangularis
Imantodes cenchoa X
Leptodeira annulata X X
Leptophis ahaetulla
Liophis breviceps
Liophis reginae
X
Liophis typhlus
X
Liophis sp.
?
Oxyrhopus occipitalis
X X X
X X X
X X
X X
X X X
X
X
X
X X X
X X
X X X
X X
X
X
X
X X
X X
X X
X X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X X X
X
X
X X
X X
X X
X
X
X X X
X
X
X
X
X X
X
X X
X
X
X
X
?
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
63
Oxyrhopus vanidicus
Philodryas argentea
Philodryas viridissima
Pseudoboa coronata
Pseudoboa martinsi
Pseudoboa neuwiedii
Siphlophis cervinus
Siphlophis compressus
Taeniophallus
brevirostris
Taeniophallus nicagus
Umbrivaga pygmaea
Xenodon
rabdocephalus
Xenopholis scalaris
Elapidae
Micrurus averyi
Micrurus hemprichii
Micrurus lemniscatus
Micrurus spixii
Micrurus surinamensis
Viperidae
Bothrops atrox
Lachesis muta
X
X
X
X
X X
X X
X X
X X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X X X
X X
64
completely formed, though sometimes still encased in a thin transparent egg shell. This strategy is used by
some Brazilian species, such as Pit Vipers (species in the genera Bothrops,
Bothriopsis, Bothrocophias), Boas and
Anacondas (Boa constrictor, Epicrates,
Eunectes and Corallus), and the False
Coral-snake Anilius scytale.
Male snakes, as in other lizards,
have paired sexual organs called hemipenes. They remain inverted within the
base of the tail when not in use. Because of this, in many species, the tail
65
66
67
68
Ducke <http://ppbio.inpa.gov.br>). In
snakes, the females release chemical
substances (pheromones) which attract
the males. Occasionally, two males are
attracted to the same female, and a
fight may occur. The combat is generally not violent and looks like a dance
in which the males intertwine and try
to maintain their heads higher than
the opponents. This behavior lasts
until one of them tires and quits the
fight. This is commonly seen in Vine
Snakes of the genus Chironius and Rattlesnakes in the genus Crotalus.
In many animals, especially endotherms that regulate body temperature
using energy obtained from food, such
as birds and mammals, the parents
spend much time caring for their offspring. This is an advantageous strategy when the environment doesnt provide conditions for the development
of the eggs outside the females body,
or when the quantity of energy needed for the offspring to reach independence is greater than the energy that
can be stored in the egg. Parental care
after hatching is common in Caimans,
but most snakes deposit their eggs
(oviparous species), or offspring (viviparous species) and give no further
care. The offspring are born capable of
fending for themselves, although they
may be more susceptible to predators
than are the adults.
The Asian King Cobra Ophiophagus
hannah is largest venomous snake in
69
Na regio de Manaus, aparentemente a nica espcie de cobra que apresenta cuidado parental a Surucucu-pico-de-jaca, Lachesis muta. As fmeas
depositam os ovos em buracos no solo,
e os mantm protegidos at a ecloso,
envolvendo-os com o prprio corpo.
In the Manaus region, the only species of snake that is known to show
parental care is the Bushmaster, Lachesis muta. The females deposit the
eggs in holes in the ground and coil
around them until hatching.
In Table 4 we present the reproductive modes and maximum known numbers of offspring generated by snakes
in the Manaus region. Some small species produce small litters, such as the
Blind-snake Epictia tenella, capable of
generating a maximum of three eggs at
a time. Large species can produce large
clutches, such as the Green Anaconda
Eunectes murinus, capable of generating up to 80 neonates at a time.
70
Ovpara
Oviparous
Vivpara
Viviparous
10
4
X
12
X
X
X
X
X
60
10
10
25
80
Colubridae (Colubrinae)
Chironius fuscus
Chironius multiventris
Chironius scurrulus
Dendrophidion dendrophis
Drymoluber dichrous
Mastigodryas boddaerti
Oxybelis aeneus
Oxybelis fulgidus
Pseustes poecilonotus
Pseustes sulphureus
Rhinobothryum lentiginosum
Spilotes pullatus
Tantilla melanocephala
Colubridae (Dipsadinae)
Apostolepis sp.
Atractus latifrons
Atractus major
Atractus schach
Atractus snethlageae
Atractus torquatus
Clelia clelia
Dipsas aff. catesbyi
Drepanoides anomalus
Erythrolamprus aesculapii
Helicops angulatus
Helicops hagmanni
Hydrodynastes gigas
Hydrops martii
Hydrops triangularis
Imantodes cenchoa
Leptodeira annulata
Leptophis ahaetulla
Liophis breviceps
Liophis reginae
Liophis typhlus
Liophis sp.
Oxyrhopus occipitalis
Oxyrhopus vanidicus
Philodryas argentea
Philodryas viridissima
Pseudoboa coronata
Pseudoboa martinsi
Pseudoboa neuwiedii
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
8
7
11
6
6
6
6
10
11
11
3(?)
12
3
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
?
3
12
5
9
8
20
?
3
2
20
20
30
?
?
5
7
6
?
5
5
?
17
12
8
13
5
?
9
71
Siphlophis cervinus
Siphlophis compressus
Taeniophallus brevirostris
Taeniophallus nicagus
Umbrivaga pygmaea
Xenodon rabdocephalus
Xenopholis scalaris
Elapidae
Micrurus averyi
Micrurus hemprichii
Micrurus lemniscatus
Micrurus spixii
Micrurus surinamensis
Viperidae
Bothrops atrox
Lachesis muta
72
X
X
X
X
X
X
X
12
9
?
?
?
8
3
X
X
X
X
X
?
2
5
12
12
X
43
13
Humanos so fascinados
por cobras
73
74
75
Utilidades prticas de
cobras
76
Os chineses antigos colocavam cobras nos pores dos navios para exterminar ratos e evitar que eles transmitissem doenas fatais aos tripulantes.
Com menor freqncia, essa tcnica
tambm utilizada na Amaznia Brasileira, onde os rios so as principais vias
de trnsito de pessoas e mercadorias,
e Jiboias podem ser utilizadas para o
controle de ratos nos pores de barcos.
O veneno produzido por algumas espcies, como Jararacas, pode ter aplicaes na medicina, utilizado para a
produo de medicamentos contra doenas como a hipertenso. Ainda so
raras as pesquisas nessa rea no Brasil, mas venenos de cobras possivelmente tm muitas propriedades medicinais ainda no descobertas.
Outro uso de cobras por humanos
a criao em cativeiro para o comrcio
de animais de estimao (Figura 30).
No Brasil, essa prtica ainda pouco difundida, mas nos Estados Unidos
milhes de dlares so movimentados
anualmente pela indstria pet, com o
comrcio de cobras e material de apoio
tcnico para criadores. preciso lembrar que a criao e comrcio de animais silvestres no Brasil precisam ser
autorizados e documentados pelos rgos ambientais competentes. Caso
contrrio caracteriza crime de trfico e
pode levar o responsvel priso.
77
Mordidas de cobras
As cobras possuem os dentes organizados em diferentes arranjos, que resultam em uma classificao em quatro
categorias (Figura 31): glifas, opistglifas, solenglifas (ou quinetglifas) e proterglifas. As cobras glifas,
como Cobras-cip (por exemplo, gneros Chironius, Dendrophidion e Pseustes), Jiboias (Boa constrictor) e Sucuris (gnero Eunectes) no possuem
presas inoculadoras de veneno. Uma
mordida pode at machucar, mas sem
risco de envenenamento.
78
As cobras opistglifas, como a Cobra-papagaio (Oxybelis fulgidus), Falsas-corais (gnero Oxyrhopus, Erythrolamprus aesculapii e outras) possuem
um par de presas na regio posterior
da boca, com sulcos por onde escorre
o veneno. A mordida pode ter consequncias leves a moderadas, como febre e inchao local, ou graves, como
morte em crianas. Este o caso das
cobras do gnero Philodryas.
Snake bites
Snake dentition can be classified in
four categories (Figure 31): aglyphs,
opistoglyphs, solenoglyphs (or chinetoglyphs) and proteroglyphs. The aglyphous snakes, such as the Vine Snakes
(e.g. species of the genera Chironius, Dendrophidion and Pseustes), Boas
(Boa constrictor) and the Anaconda
(genus Eunectes) do not have fangs for
79
80
81
Serpente ou cobra?
Venenoso ou peonhento?
Em alguns pases de lngua inglesa, o termo cobra utilizado apenas
em referncia s Najas, que ocorrem na
frica e sia. Mas no Brasil, no existe diferena alguma entre serpente e
cobra. Nesse livro, utilizamos o termo
cobra, por ser mais tradicionalmente
utilizado pela populao brasileira.
82
83
Reserva Ducke
Reserva Ducke
84
85
86
years, especially after being included as a research site in some important programs, such as PELD - Pesquisas Ecolgicas de Longa Durao (Long
Term Ecological Research), of the Conselho Nacional de Desenvolvimento
Cientfico e Tecnolgico (CNPq) (National Counsel for Scientific and technological Development), and PPBio
Programa de Pesquisa em Biodiversidade (Research Program in Biodiversity), of the Ministrio de Cincia, Tecnologia e Inovao (MCTI) (Ministry of
Science, Technology and Innovation).
In fact, the Reserva Ducke is a great
place for research, because it represents a large area of well preserved forest and is very close to the urban center
of Manaus. On one hand the closeness
of the reserve to the city represents a
risk for the conservation of the forest
and all the species that live there, but
on the other hand it greatly facilitates
the logistics of scientific study.
The Reserva Ducke has excellent research infrastructure, with well defined
trails marked with pickets, strategically located camps, and a base station
with accommodations, classroom and
laboratory. The reserve is also utilized
as a large open-air classroom. Many
university courses are taught in the
reserve, and primary and secondary
teachers take their students to the Botanic Garden on the southern edge of
the reserve, which is also open to the
general public.
87
88
89
90
Leptotyphlopidae
92
legend that
they sting
with the tail
that is widespread in Brazil. The members of this
family live in
subterranean
tunnels, and
are more frequently seen
after heavy
rains, when
the tunnels
flood. Only
one species is
known from
the Manaus
region, Epictia tenella, easily recognized by yellow spots on the head and the tip of
the tail.
93
| Leptotyphlopidae
Epictia tenella
(Klauber, 1939)
Referncias/references: Duellman & Sallas, 1991; Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999.
94
Typhlopidae
96
97
| Typhlopidae
Typhlops reticulatus
(Wagler, 1824)
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Martins & Oliveira, 1999.
Fotos/Photos: Ricardo A. Kawashita Ribeiro (A, B); Christine Strssmann (C)
98
Anomalepididae
A famlia Anomalepididae (Scolecophidia) representada por quatro gneros e 18 espcies, distribudos pela
Amrica do Sul e Central. No Brasil,
esto presentes dois gneros e sete
espcies. So semelhantes aos membros das famlias Leptoyphlopidae e
Typhlopidae, mas diferem por possurem um nico dente no osso dentrio
e cabea coberta por escamas pequenas, no diferenciadas das escamas do
resto do corpo. So cobras pequenas,
com comprimento mximo em torno
100
101
| Anomalepididae
Typhlophis squamosus
(Schlegel, 1839)
Descrio - Comprimento at 26 cm
Description - Length up to 26 cm in
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999.
102
Aniliidae
104
This family only has only one genus (Anilius) and one species (Anilius scytale), with at least two morphotypes known, all restricted to
the Neotropical region. The morphotype which occurs in Manaus region
is widely distributed throughout the
Amazon basin, and found in eastern
Peru and Ecuador, northern Bolivia,
southern Colombia, northern Brazil,
French Guiana and Venezuela. Another morphotype is currently known
only from the east and south of Venezuela. The difference between the
two morphotypes is in the number of
ventral scales (the morphotype that
occurs in Manaus has more than 225,
the one which occurs in Venezuela
has less than 225) and the width of
the red and black bands (the morphotype that occurs in Manaus has red
bands that are larger than the black
bands and the black bands are larger
in the Venezuelan morphotype). Due
to this color pattern, Anilius scytale
is known as a coral snake, but it is
not venomous. The body is cylindri-
105
| Aniliidae
Anilius scytale
(Linnaeus, 1758)
Descrio - Comprimento at 81 cm
em machos e 1,2 m em fmeas. A colorao dorsal formada por faixas vermelho-alaranjadas e pretas (B). As escamas
dorsais so ligeiramente maiores que as
escamas ventrais, e tm formato hexagonal. A cabea vermelho-alaranjada com
um anel preto na altura dos olhos (A e C).
Os olhos so pequenos em relao cabea e as pupilas redondas (A). No ventre a colorao amarelo-creme, com faixas pretas. Algumas dessas faixas podem
se fusionar, formando anis (D). As escamas ventrais no ocupam toda a largura do ventre. A cauda curta e possui
a mesma colorao do restante do corpo
na superfcie superior, enquanto as escamas subcaudais (regio ventral da cauda)
apresentam manchas vermelho-alaranjadas, sendo a extremidade da cauda totalmente vermelho-alaranjada (D).
Similar species - It can be confused with true coral snakes of the genus Micrurus, but is easily differentiated by ventral yellow-cream coloration.
Moreover, the ventral scales of the true
coral snakes cover the entire width of
the underside. No true Coral-snake in
the Manaus region has only black and
red bands.
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986;
Duellman, 1978; Martins & Oliveira, 1999
106
Boidae
A famlia Boidae possui cinco subfamlias: Boinae, com quatro gneros e 28 espcies distribudas pelas
Amricas; Candoiinae, com apenas
um gnero (Candoia) e cinco espcies distribuidas no sudeste da sia
e ilhas ocenicas entre sia e Oceania; Erycinae, com um gnero (Eryx) e
12 espcies distribudas pela frica,
sul da Europa e sul da sia; Sanziniinae, com dois gneros e trs espcies
de distribuio restrita ilhas ocenicas no sudeste da frica; e Ungaliophiinae, com quatro gneros e cinco
espcies distribudas do Panam aos
Estados Unidos. No Brasil esto presentes apenas espcies da subfamlia Boinae, com o registro de quatro
gneros e 13 espcies. Os membros
desta subfamlia apresentam mdio
(Jiboias e Salamantas, gneros Corallus e Epicrates) a grande porte (sucuri Eunectes murinus, maior espcie
de cobra do mundo em volume corpreo). Possuem caracteres bastante antigos, como vestgios sseos da
cintura plvica e de patas posteriores,
108
The family Boidae has five subfamilies: Boinae, with four genera and 28
species, distributed throughout the
Americas; Candoiinae, with only one
genus (Candoia) and five species distributed throughout Asia and oceanic islands between Asia and Oceania; Erycinae, with one genus (Eryx)
and 12 species distributed throughout Africa, southern Asia and southern Europe; Sanziniinae, with two
genera and two species for which
distributions are restricted to islands in southeastern Africa, and Ungaliophiinae, with four genera and
five species distributed from Panama
to Mexico. In Brazil, only the species
of the subfamily Boinae are present,
with four genera and 13 species registered. The members of this subfamily are represented by medium (Boa
Constrictors and Rainbow boas of the
genera Corallus and Epicrates) to large
species (Anaconda Eunectes murinus,
the snake species with the largest
body mass). They have ancient characters, such as vestigial pelvic bones
and back legs that look like spines located near the tail that are generally
more evident in males. The jaws and
the head are extremely extensible, enabling them to eat large prey. These
snakes are exclusively constrictors,
which use muscular force to immobilize and kill prey by stopping blood
circulation and breathing. The head is
triangular and covered by irregularly
distributed small scales. The subfamily Boinae contains viviparous species,
in which the young develop inside
the mothers body and are born completely formed. Species of the genera
Corallus and Epicrates have labial pits
with thermal detectors, located in the
lip scales. Four genera of the subfamily Boinae are found in the Manaus
region, and they are represented by
the following species: Boa constrictor, Corallus caninus, Corallus hortulanus, Epicrates cenchria and Eunectes
murinus.
109
| boidae
Boa constrictor
(Linnaeus, 1758)
alcanar mais de quatro metros de comprimento. A colorao dorsal predominantemente cinza nos jovens (B) e
castanha nos adultos (C). Manchas em
forma de silhuetas de morcego ou borboletas, marrons ou marrom-avermelhadas, esto presentes ao longo de todo o
dorso (D). Nas laterais do corpo as manchas so ovais (C). A cauda possui manchas avermelhadas arredondadas e bordejadas de preto, tanto na regio dorsal,
quanto ventral (B, C e F). Uma faixa marrom, estreita na regio dos olhos, comea no focinho, passa pela ris e termina
na regio do pescoo (A, B e C). A cabea triangular, coberta por escamas pequenas e irregulares (E). A regio ventral
da cabea creme com pontos pretos e
manchas acinzentadas bordejadas de
preto (F). O ventre creme com muitos
pontos pretos de diversos tamanhos (F).
Vestgios de membros posteriores (patas) esto presentes prximos cauda,
como dois pequenos espores curvados.
attain more than four meters in length. The dorsal coloration is predominately grey in juveniles (B) and brown in
adults (C). Patches in the pattern of silhouettes of bats or butterflies, brown
or maroon are present the entire length of the back (D). On the sides of the
body the spots are oval (C). The tail
has round reddish spots with black boarders, on the top and underside (B, C
and F). A brown band, narrow in the
eye region, begins on the snout, passes through the iris and ends in the
neck region (A, B and C). The head is
triangular, covered by small and irregular scales (E). The under surface of
the head is cream with black dots and
grayish spots bordered with black. The
underside is cream with many black
dots of various sizes (F). Vestiges of
legs are present the near the tail as two
small curved spines.
Referncias/ References: Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986; Henderson et
al., 1995; Martins & Oliveira, 1999
110
d
e
| boidae
Corallus caninus
(Linnaeus, 1758)
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon &
Soini, 1986; Henderson, 1993; Henderson et al., 1995; Martins & Oliveira, 1998; Henderson
et al., 2009
Foto/Photo: Srgio A. A. Morato (C)
112
| boidae
Corallus hortulanus
(Linnaeus, 1758)
em machos e 1,7 m em fmeas. O dorso apresenta combinaes de cores: manchas marrom-escuras sobre fundo castanho (B); manchas pretas e laranjas sobre
fundo cinza-azulado (C); e manchas amarelo-escuras sobre fundo amarelo (D).
Com exceo do ventre, o corpo apresenta um emaranhado de linhas brancas, que
lembram uma malha de renda (A, B, C,
D e E). A colorao do ventre pode ser
branca, creme ou acinzentada, e as manchas escuras se estendem transversalmente (F). A cauda prensil. A cabea
bem destacada do pescoo, com formato
triangular e escamas pequenas irregulares
na regio superior (E). Um par de faixas
longitudinais se estende do focinho at
o final da cabea, sendo interrompidas
pelos olhos (A). A boca franjada, devido presena de fossetas labiais (A). As
ris so amarelas ou marrom-escuras, com
bordas douradas e as pupilas so verticais
(A, B, C e D). noite, sob a luz de uma
lanterna, os olhos refletem um brilho forte. Os membros locomotores posteriores
(patas) vestigiais esto presentes em forma de dois espores na regio da cloaca,
sendo mais evidentes nos machos.
confundida com Bothrops atrox, mas difere pela boca franjada e por no possuir fossetas loreais.
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986;
Dixon et al., 1993; Duellman, 1978; Henderson, 1993; Stafford & Henderson, 1996;
Martins & Oliveira, 1999
114
B
c
| boidae
Epicrates cenchria
(Linnaeus, 1758)
Similar species - The pattern of reddish iridescence with spots which resemble eyes on the sides of the body
distinguish E. cenchria from any other
snake in the Manaus region.
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986;
Duellman, 1978; Henderson, et al., 1995; Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999
116
| boidae
Eunectes murinus
(Linnaeus, 1758)
Espcies semelhantes - Sucuris jovens podem ser confundidas com indivduos de Helicops hagmanni, mas estes
possuem colorao vermelha no ventre
e escamas dorsais quilhadas.
Referncias/References: Beebe, 1946; Belluomini & Hoge, 1958; Belluomini et al., 1977;
Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986; Duellman, 1978; Murphy, 1997;
Martins & Oliveira, 1999
118
d e
| boidae
Boa constrictor
(Linnaeus, 1758)
Colubridae
120
odontinae has two genera and 11 species distributed through south and
southwestern Asia; Sibynophiinae is
represented by two genera and 11
species, distributed from Panama
to Mexico; Dipsadinae contains 101
genera and 732 species distributed
throughout the New World from Uruguay to Canada; and Colubrinae, with
100 genera and 701 species widely
distributed through the New and Old
Worlds, in southern Europe, Africa
and Asia. Dipsadinae and Colubrinae
are present in Brazil and in the entire Amazon. Distinguishing between
them is not easy because the classification is based on DNA and morphology of the hemipenes, and both can
only be observed in the laboratory.
The family Colubridae, in the definition of Pyron et al. (2013), includes
approximately 57 % of all species of
snakes. The species are characterized by a large variety of sizes, colors,
shapes, habits, scalation, anatomies,
and behaviors. For this reason we will
present the species grouped in subfamilies.
121
| colubridae
Colubrinae
A subfamlia Colubrinae est representada na regio de Manaus por nove
gneros e 13 espcies de cobras muito geis, que podem fugir em alta velocidade de uma situao de perigo.
Algumas espcies se defendem vigorosamente, como as Caninanas Spilotes pullatus e Pseustes sulphureus,
que frequentemente elevam o corpo,
inflam a regio do pescoo, vibram a
cauda e desferem botes. Mas no causam sintomas graves em humanos,
porque no possuem dentes inoculadores de veneno. As duas espcies do
gnero Oxybelis presentes na regio
de Manaus, no entanto, possuem dentio opistglifa, e produzem veneno capaz de causar inchao, febre e
sudorese excessiva. Quase todas as
espcies de Colubrinae na regio de
Manaus so arborcolas, mas frequentemente se deslocam pelo solo. A exceo Tantilla melanocephala, a menor espcie de Colubrinae presente na
regio, com cerca de 40 cm, que vive
entre as camadas de folhio no solo
da floresta.
122
123
| colubridae Colubrinae
Chironius fuscus
(Linnaeus, 1758)
males and 1.5 m for females. The coloration of the scales on most of the back
is brown, more reddish in the neck region (A and F). Two black stripes are
present in the center of vertebral column (B). The scales adjacent to the vertebrate column have distinct keels from
the neck to the cloaca (E). The underside of the head is white, and gradually
darkens until it turns black in the tail
region (C). The edges of the belly scales can be reddish. The top of the head
is brown (C) and sides are reddish, with
two black stripes in the region behind
the eyes, more evident in adults (A and
C). The irises are gold to dark brown
and the pupils are round. When threatened, this species tends to inflate the
neck region (F).
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986; Dixon et al.,
1993; Martins & Oliveira, 1999
124
| colubridae Colubrinae
Chironius multiventris
Schmidt & Walker, 1943
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Dixon et al., 1993; Duellman, 1978;
Martins & Oliveira, 1999
126
| colubridae Colubrinae
Chironius scurrulus
(Wagler, 1824)
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1982; Dixon & Soini, 1986; Dixon et al.,
1993; Duellman, 1978; Gasc & Rodrigues, 1980; Martins & Oliveira, 1999
Fotos/ Photos: Vincius T. de Carvalho (A, B)
128
| colubridae Colubrinae
Dendrophidion dendrophis
(Schlegel, 1837)
with some species of Liophis, but these dont have cream bands with black
boarders, black bands with cream colored boarders and yellow skin between
the dorsal scales. It differs from juveniles of Chironius fuscus by not having
a combination of reddish color on the
neck region, two black stripes along
the back and the underside gradually
darkening from the head until the tail.
Referncias/ References: Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986; Duellman,
1978; Martins & Oliveira, 1999
130
| colubridae Colubrinae
Drymoluber dichrous
(Peters, 1863)
132
Similar species - Adults can be confused with Clelia clelia adults, but differ because C. clelia has a uniform shiny black
dorsal coloration and a white underside.
Juveniles can be confused with Mastigodryas boddaerti juveniles, but they differ
by the irregular dark brown bands over the
back and a completely white underside.
| colubridae Colubrinae
Mastigodryas boddaerti
(Sentzen, 1796)
em machos e 1,5 m em fmeas. Os adultos possuem colorao marrom da cabea at o final da cauda, com uma linha
longitudinal mais clara em cada lado do
dorso (B). O ventre todo branco, da
cabea ao final da cauda (D e F). Juvenis possuem faixas marrom-claras e
marrom-escuras intercaladas por todo o
dorso, e a regio dorsal da cabea marrom (C). A regio ventral da cabea
branca com manchas escuras em juvenis (E). A ris cinza com uma faixa
dourada na regio superior, e a pupila
redonda (A).
dem ser confundidos com jovens de Drymoluber dichrous, mas esta possui faixas marrom-claras estreitas e uniformes
intercaladas por faixas marrom-escuras
ou marrom-avermelhadas. Alm disso, a
regio ventral da cabea branca imaculada em D. dichrous, branca manchada de preto em M. boddaerti.
Referncias/ References: vila-Pires, 1995; Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978;
Martins & Oliveira, 1999
134
| colubridae Colubrinae
Oxybelis aeneus
Wagler, 1824)
Similar species - It can be confused with Philodryas argentea, but differs by not having green longitudinal
stripes along the length of the body.
Referncias/ References: Beebe, 1946; Fitch, 1970; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon &
Soini, 1986; vila-Pires, 1995; Sasa & Solrzano, 1995; Martins & Oliveira, 1999
136
| colubridae Colubrinae
Oxybelis fulgidus
(Daudin, 1803)
em machos e 2 m em fmeas. A colorao dorsal verde-escura, da cabea at a cauda (A e B). O ventre verde-claro ou amarelado da cabea at a
extremidade da cauda, com um par de
linhas longitudinais brancas ou amareladas na borda das escamas (A e D). A
cabea comprida, com o focinho bastante proeminente (A e C). As ris so
douradas com manchas escuras, e as
pupilas so redondas (A).
males and 2 m for females. The dorsal coloration is dark green from the
head to the tail (A and B). The underside is light green or yellowish from the
head to the end of the tail, with a pair
of longitudinal white or yellow lines
along the edge of the ventral scales (A
and D). The head is long with a prominent snout (A and C). The irises are
golden with dark spots, and the pupils
are round (A).
focinho proeminente, pode ser confundida com Philodryas argentea, mas difere por no possuir linhas longitudinais verdes.
Referncias/References: Beebe, 1946; Fitch, 1970; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon &
Soini, 1986; vila-Pires, 1995; Sasa & Solrzano, 1995; Martins & Oliveira, 1999
138
| colubridae Colubrinae
Pseustes poecilonotus
(Gnther, 1858)
Referncias: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986; Starace,
1998; Martins & Oliveira, 1999
140
| colubridae Colubrinae
Pseustes sulphureus
(Wagler, 1824)
ter mais de 2 m de comprimento. O dorso verde-amarelado a marrom-esverdeado (A e B), com manchas escuras
transversais que se distribuem ao longo do corpo, e se tornam mais largas e
mais prximas entre si a partir da metade posterior do corpo (B). As escamas do dorso so fortemente quilhadas
e possuem manchas pretas nas extremidades (B e C). A pele entre as escamas
amarela (D). O ventre amarelo-esverdeado (D). A cabea esverdeada,
mais escura na regio dorsal e mais clara nas escamas labiais (A e C). Os olhos
so escuros e as pupilas redondas (A).
Quando ameaada eleva o corpo e infla
a regio do pescoo (D).
142
| colubridae Colubrinae
Rhinobothryum lentiginosum
(Scopoli, 1785)
Descrio - Comprimento at 1,3 m
males and 1.6 for females. The coloration of the back and underside consist
of black and white rings. The white rings over the back have a red band inside with black-bordered scales (A, B
and D). The head has black scales with
white borders, light reddish spots to
the rear, and a white nuchal collar. The
eyes are dark and the pupils noticeably
small (A and C).
Similar species - It can be confused with true Coral-snakes of the genus Micrurus, but none of the true Coral-snakes in Manaus have white bands
with reddish rings in their center.
Referncias/ References: Cunha & Nascimento, 1978; Cunha et al., 1985; Starace, 1998;
Martins & Oliveira, 1999
144
| colubridae Colubrinae
Spilotes pullatus
(Linnaeus, 1758)
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986;
Murphy, 1997; Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999
146
| colubridae Colubrinae
Tantilla melanocephala
(Linnaeus, 1758)
Descrio - Comprimento at 43 cm
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon
& Soini, 1986; Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999
148
| colubridae
Dipsadinae
A subfamlia Dipsadinae est representada na regio de Manaus por 21
gneros e 36 espcies, com ampla variedade de cores, tamanhos e hbitos de vida. Algumas espcies arborcolas frequentemente se deslocam
pelo solo, como Philodryas argentea e
Leptodeira annulata, outras raramente descem das rvores, como Philodryas viridissima, que habita o dossel da floresta e por isso raramente
avistada na regio de Manaus. Esta
subfamlia tambm abriga espcies
estritamente aquticas (gneros Helicops e Hydrops), e espcies que passam muito tempo entre a camada de
folhio no solo (gneros Taeniophallus
e Apostolepis). A maioria das espcies inofensiva a humanos, mesmo as opistglifas, como espcies de
Oxyrhopus e Pseudoboa. A Mussurana
Clelia clelia opistglifa, no entanto pode ser til para as pessoas, pois
se alimenta de cobras peonhentas,
como Jararacas. As cobras opistglifas do gnero Philodryas se defendem
vigorosamente quando ameaadas e
produzem veneno relativamente txico, capaz de causar sintomas leves a
moderados em humanos, como febre
e inchao, e raramente consequncias
mais graves, como um caso confirmado de morte em criana por Philodryas
olfersii no sul do Brasil.
150
151
| colubridae Dipsadinae
Apostolepis sp.
Descrio - Comprimento at 40 cm
Description - Length up to 40 cm in
152
| colubridae Dipsadinae
Atractus latifrons
(Gnther, 1868)
Descrio - Comprimento at 51 cm
males and 61 cm for females. The designs on the body vary widely, but are
always similar to the Coral-snakes. At
least three patterns are known, but we
do not know if all occur in the region
of Manaus: # 1 - Sequences of two black bands separated internally by a white band and externally by a red band
(B and E). A red band is present on the
neck (A). # 2 - Body predominantly red
colored, with black bands accompanied
by white spots irregularly distributed
throughout the body (C). # 3 - Black
body with white lines that form narrow
rings (D). The eyes are always dark and
pupils are round (A). When threatened
it can behaves like Coral-snakes, flattens the body and raises the tail (E).
Referncias/ References: Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986; Martins &
Oliveira, 1999
Fotos/Photos: Saymon Albuquerque (A, B, E); Laurie Vitt (D)
154
| colubridae Dipsadinae
Atractus major
(Boulenger, 1894)
Descrio - Comprimento at 60 cm
em machos e 62 cm em fmeas. O dorso coberto por escamas de colorao
predominantemente creme sobre um
fundo negro, que resulta em um tom
acinzentado (B). Ao longo de todo o
corpo esto presentes manchas negras
transversais e irregulares (B). A regio
dorsal da cabea marrom-avermelhada e as escamas laterais so creme (A e
C). O ventre amarelo-creme, com diminutos pontos pretos no centro das
escamas. Os pontos aumentam em tamanho e nmero em direo cauda
(D). Os olhos so avermelhados e as pupilas arredondadas (A e C)
156
| colubridae Dipsadinae
Atractus schach
Cope, 1861
Descrio - Comprimento at 36 cm
Description - Length up to 36 cm in
em machos e 42 cm em fmeas. A colorao dorsal varia de marrom a marrom-alaranjada com manchas marrom-escuras de diferentes tamanhos e formatos,
distribudas irregularmente do pescoo at o final da cauda (A, B e C). Jovens tem colorao dorsal alaranjada
com manchas escuras irregularmente
distribudas ao longo de todo o corpo,
e uma linha escura da cabea regio
do pescoo (C). Adultos podem ter uma
mancha marrom-escura sobre a nuca e
duas manchas claras triangulares na regio dorsal da cabea (D). As escamas
labiais so creme, com algumas manchas marrom-escuras abaixo dos olhos
e na regio do focinho (A). O ventre
branco, com pequenas manchas escuras
mais concentradas na regio da cabea
e na cauda (E). Os olhos so avermelhados e as pupilas redondas (A).
158
| colubridae Dipsadinae
Atractus snethlageae
Cunha & Nascimento, 1983
Descrio - Comprimento at 45 cm
Description - Length up to 45 cm in
em machos e 47 cm em fmeas. A regio dorsal do corpo, da cabea cauda, marrom escura, com faixas transversais avermelhadas (B). Em cada lado
da cabea est presente uma mancha
amarelo-creme localizada na regio
atrs dos olhos (A e C). A ris avermelhada e as pupilas redondas (A). O
ventre formado por escamas de fundo
creme com pontos pretos que aumentam em nmero em direo a cauda e
cobrem quase todas as escamas ventrais no tero final do corpo (D).
males and 47 cm in females. The dorsal region of the body, head and tail
is dark brown with reddish transversal bands (B). There is a yellow-cream
spot located on each side of the head
behind the eyes (A and C). The iris is
reddish and the pupils are round (A).
The underside belly scales have a cream background with black dots which
increase in number towards the tail and
cover almost all the ventral scales in
the last third of the body (D).
Referncias/References:: Cunha & Nascimento, 1978; Cunha & Nascimento, 1983; Martins
& Oliveira, 1999
160
| colubridae Dipsadinae
Atractus torquatus
em machos e 75 cm em fmeas. A colorao dorsal varia em diversas tonalidades de marrons: marrom-escura (A),
marrom-avermelhada (B) ou marrom-esverdeada (C). Podem estar presentes
pequenas manchas dorsais pretas bem
visveis, distribudas ao longo do corpo
(B) ou podem ser menos evidentes ou
ausentes (C e D). Apresenta um colar
nucal preto bem evidente (E), menos
perceptvel em exemplares com colorao mais escura (A e D). Lateralmente,
a cabea amarela ou creme (A e B),
e em vista dorsal esto presentes manchas pretas na altura dos olhos (E). O
ventre creme, e ode ser mais escuro
nas regies da cabea e da cauda (F). A
ris levemente avermelhada e as pupilas arredondadas (A).
males and 75 cm for females. The dorsal coloration can be dark brown (A),
reddish brown (B) or greenish brown
(C). It may have distinct small black
dorsal spots, distributed all along the
body (B) or they can be less evident or
absent (C and D). It has a distinct black
neck collar (E), less perceptible in individuals with darker coloration (A and
D). Laterally, the head is yellow or cream (A or B), and there are black dorsal
spots at the level of the eyes (E). The
underside is cream, and can be darker
in the regions of the head and of the
tail (F). The iris is light reddish and the
pupil round (A).
b
e
f
d
Referncias/Refences: Cunha & Nascimento, 1978; Cunha & Nascimento, 1983; Martins &
Oliveira, 1999
Foto/Photo: Rodolfo Paes (D)
162
| colubridae Dipsadinae
Clelia clelia
(Daudin, 1803)
Referncias/references: Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon & Soini,
1986; Murphy, 1997; Martins & Oliveira, 1999; Marques et al., 2005
Fotos/Photos: Laurie Vitt (A, B, C, D, E)
164
| colubridae Dipsadinae
166
| colubridae Dipsadinae
Drepanoides anomalus
(Jan, 1863)
Descrio - Comprimento at 51 cm
Description - Length up to 51 cm in
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986; Starace,
1998; Martins & Oliveira, 1999
168
| colubridae Dipsadinae
Erythrolamprus aesculapii
(Linnaeus, 1766)
Descrio - Comprimento at 77 cm
Description - Length up to 77 cm
em machos e 93 cm em fmeas. Os desenhos do corpo variam muito, mas sempre lembram as Cobras-corais. Apresentamos trs padres, mas no sabemos
se todos ocorrem na regio de Manaus:
#1 - Dois anis pretos separados por um
branco no centro. Cada grupo de anis
separado por um anel vermelho (B e
C). #2 - Dorso vermelho, com estreitos
anis pretos de bordas creme (D). #3 Primeira metade do corpo vermelha, e a
partir da segunda metade se distribuem
sequncias de dois anis pretos com um
branco no centro, separados por anis
vermelhos (E). O focinho branco (B,
D e E) ou amarelo-dourado (A e C) nos
trs padres. Os anis podem ser incompletos ou irregulares no ventre. Uma
faixa dourada pode estar presente acima das pupilas redondas (A).
Referncias / References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978;
Dixon & Soini, 1986; Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999
Fotos / Photos: Ricardo A. Kawashita Ribeiro (A, C); Laurie Vitt (B, E)
170
| colubridae Dipsadinae
Helicops angulatus
(Linnaeus, 1758)
males and 73 cm in females. The dorsal scales are heavily keeled. The dorsal
coloration is made up of large dark brown spots, which continue on the side
of the body forming finer bands. The
dark spots are interspersed with narrow
light brown bands, which are a continuation of the large light brown spots
from the side of the body (B). The dorsal region of the head is light brown
(C) and the underside is white (D). The
eyes and the nostrils are high on the
head, a characteristic of aquatic snakes
(A and C). The irises are reddish and
the pupils round, but sometimes almost
elliptical (A and C). The underside is
red-orange in juveniles (D) and cream
in adults (E), with bands or square black spots. Square spots form a checkerboard appearance on the anterior portion of the underside (D and E).
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Gasc & Rodrigues,
1980; Dixon & Soini, 1986; Henderson et al., 1995; Martins & Oliveira, 1999
172
| colubridae Dipsadinae
Helicops hagmanni
Roux, 1910
Descrio - Comprimento at 62 cm
em machos e 94 cm em fmeas. A colorao dorsal marrom-acinzentada ou
creme, com manchas pretas ou marrons
em forma de crculos (A e B). As escamas dorsais apresentam quilhas bem
definidas (E). O ventre tem colorao
de fundo avermelhada, com bandas
pretas retangulares que partem da regio ventro-lateral (D). A regio dorsal
da cabea marrom ou creme, com um
conjunto de manchas marrom-avermelhadas (A e C), formando um desenho
que lembra uma seta (C). Os olhos e as
narinas so localizados em posies superiores em relao cabea, caracterstica de animais aquticos (A e C). As
ris so douradas com faixas pretas radiais e as pupilas so redondas (A e C).
Description: Length up to 62 cm in
males and 94 cm in females. The dorsal coloration is grayish brown or cream, with black or brown spots in the
form of circles (A and B). The dorsal
scales are strongly keeled (E). The underside has a reddish background color with rectangular black bands which
start at near the belly (D). The dorsal
region of the head is brown or cream,
with a group of reddish brown spots (A
and C), forming a design resembling an
arrow (C). The eyes and nostrils are located high on the head, a characteristic of aquatic animals (A and C). The
irises are golden with black radial stripes and the pupils are round (A and C).
Similar species: They can be confused with juvenile Anacondas Eunectes murinus, but easily differentiated
by the red coloration on the underside
(yellow-cream in Anacondas) and the
presence of keeled dorsal scales (smooth in Anacondas).
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Cunha & Nascimento, 1981; Martins
& Oliveira, 1999
174
| colubridae Dipsadinae
Hydrodynastes gigas
(Dumril, 1853)
176
| colubridae Dipsadinae
Hydrops martii
(Wagler, 1824)
Descrio - Comprimento at 60
cm em machos e fmeas. A colorao
tem um padro que lembra ao de uma
Cobra-coral, formado por anis de cor
bege com escamas centrais de pontas
laranja, intercalados por anis de cor
preta com as pontas das escamas brancas. Essas pontas brancas das escamas
dorsais formam crculos descontnuos em cada lada dos anis pretos (A e
B). O padro de desenho do ventre
quase uma extenso do dorso, mas sem
as escamas com extremidades laranja
(D). A cabea levemente triangular,
bege, com a regio do focinho preta seguida por uma faixa amarela ou bege,
uma pequena mancha branca com borda amarela abaixo dos olhos e uma faixa branca nas laterais do pescoo (A e
C). As narinas so posicionadas na regio superior do focinho, caracterstica
de cobras aquticas (A e C). Os olhos
so pequenos, pretos e as pupilas redondas (A).
178
Description - Length up to 60 cm in
both males and females. The coloration
has a pattern which resembles that of
a Coral-snake, formed by beige colored
scales with orange tipped central scales, interspersed with black colored rings with the tips of the scales white.
The white tips of the dorsal scales form
discontinuous circles on each side of
the black rings (A and B). The pattern
on the underside is almost an extension of the back, but without the scales
with orange edges. The head is slightly
triangular, with a black snout region,
followed by a yellow or beige band, and
a small white spot with a yellow boarder below the eyes and a white stripe
on the sides of the neck (A). The nostrils are positioned on the top region
of the snout, a characteristic of aquatic
snakes (A). The eyes are small and black, and the pupils are round (A).
| colubridae Dipsadinae
Hydrops triangularis
(Wagler, 1824)
Descrio - Comprimento at 70 cm
Description - Length up to 70 cm in
180
| colubridae Dipsadinae
Imantodes cenchoa
(Linnaeus, 1758)
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon
& Soini, 1986; Martins & Oliveira, 1999
182
| colubridae Dipsadinae
Leptodeira annulata
(Linnaeus, 1758)
Descrio - Comprimento at 80 cm
Description - Length up to 80 cm
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon & Soini,
1986; Duellman & Salas, 1991; Sasa & Solrzano, 1995; Vitt, 1996; Murphy, 1997;
Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999
184
| colubridae Dipsadinae
Leptophis ahaetulla
(Linnaeus, 1758)
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon
& Soini, 1986; Murphy, 1997; Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999
186
| colubridae Dipsadinae
Liophis breviceps
Cope, 1861
Descrio - Comprimento at 58 cm
Description - Length up to 58 cm in
orange underside and white ventral region of the tail with black spots are a
combination exclusive to this species
in the Manaus region.
188
| colubridae Dipsadinae
Liophis reginae
(Linnaeus, 1758)
Descrio - Comprimento at 76 cm
Description - Length up to 76 cm in
gus differs by not having green coloration on the first third of the body.
190
| colubridae Dipsadinae
Liophis typhlus
(Linnaeus, 1758)
Descrio - Comprimento at 74 cm
Description - Length up to 74 cm
in males and 85 cm in females. In Manaus, there are at least three dorsal coloration patterns: green (A), red-brown
(B) and blue-gray (C). The skin between the dorsal scales is white, with black
lines which result in a streaked appearance (A, B and C). In the green pattern, the underside of the head and the
first third of the body are greenish (E),
and more yellow in the tail region. In
the red brown-pattern, the underside is
orange, with orange spots on the rear
of the body (F). In the blue-gray pattern, the underside is white with a few
dark dots (G). The labial scales are whitish (A, B and C). The irises are reddish,
with a gold stripe on the upper part,
and the pupils are round (A). When
threatened, this species flattens the
body (D).
Espcies semelhantes - Liophis reginae difere por possuir colorao marrom na cabea e nos dois teros finais
do corpo, sendo o primeiro tero verde
ou verde-amarelado. Philodryas viridissima no possui linhas pretas na pele
entre as escamas, e possui o ventre verde claro.
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Michaud & Dixon,
1989; Martins & Oliveira, 1999
192
e
f
g
| colubridae Dipsadinae
Liophis sp.
Descrio - O dorso marrom-es-
curo, com duas linhas laterais amarelas que se estendem at a cauda (B).
Nas laterais, prximo ao ventre, as escamas dorsais so amarelas com bordas
marrom-escuras (B). O ventre creme
com faixas pretas transversais entre as
escamas (D). A cabea marrom-escura uniforme, com as escamas labiais de
cor creme (A e B). Uma faixa amarelo-ouro est presente no pescoo (C) e a
mesma colorao se estende pelas laterais da regio anterior do corpo (B).
As ris so vermelhas e as pupilas redondas (A).
Similar species - Usually not confused with other species in the Manaus
region, due to the combination of red
eyes and yellow band on the neck.
194
| colubridae Dipsadinae
Oxyrhopus occipitalis
(Wied-Neuwied, 1824)
Descrio - Comprimento at 82 cm
Description - Length up to 82 cm in
Espcies semelhantes - Em Manaus, colorao dorsal vermelha, cabea escura e focinho amarelo formam
uma combinao exclusiva de O. occipitalis.
196
| colubridae Dipsadinae
Oxyrhopus vanidicus
(Lynch, 2009)
Descrio - Comprimento at 81 cm
Description - Length up to 81 cm in
Referncias/ References: Duellman, 1978; Duellman & Salas, 1991; Starace, 1998;
Martins & Oliveira, 1999; Lynch, 2009
198
| colubridae Dipsadinae
Philodryas argentea
(Daudin, 1803)
200
| colubridae Dipsadinae
Philodryas viridissima
(Linnaeus, 1758)
Descrio - Comprimento at 65 cm
Description - Length up to 65 cm
em machos e 83 cm em fmeas. Adultos so totalmente verdes, com uma tonalidade de verde-folha na regio dorsal do corpo e da cabea (B e D), mais
clara no ventre (E). A regio ventral da
cabea branca (A e E). As ris so vermelho-alaranjadas e as pupilas so redondas (A).
Referncias/ References: Beebe, 1946; Dixon & Soini, 1977; Cunha & Nascimento, 1978;
Dixon & Soini, 1986; Duellman & Salas, 1991; Starace, 1998; Martins & Oliveira, 1999
202
| colubridae Dipsadinae
Pseudoboa coronata
Schneider, 1801
Descrio - Comprimento at 1 m
Description - Length up to 1 m in
204
| colubridae Dipsadinae
Pseudoboa martinsi
Zaher, Oliveira & Franco, 2008
Descrio - Comprimento at 1 m
Description - Length up to 1 m in
males and 1.1 m in females. The dorsal region has a black longitudinal stripe over the vertebral column, and an
orange longitudinal stripe on each side
(A and B). The front of the head is black, the back of the head and neck are
orange in adults (C) and cream or white in young (D). The underside is white, or variable tones of cream (E). The
subcaudal scales are simple and not divided as in the majority of the other
snakes in the Manaus region (F). The
eyes are red and the pupils are elliptical (A).
Espcies semelhantes - A combinao entre faixa longitudinal preta sobre a coluna vertebral e duas faixas laterais laranja diferenciam esta espcie
de qualquer outra na regio de Manaus.
206
| colubridae Dipsadinae
Pseudoboa neuwiedii
(Dumril, Bibron & Dumril, 1854)
Descrio - Comprimento at 1 m
Description - Length up to 1 m in
Espcies semelhantes - Muito semelhante a Pseudoboa coronata, frequentemente pode ser diferenciada
apenas pela contagem de escamas (P.
coronata possui 17 fileiras de escamas
dorsais no meio do corpo e P. neuwiedii
possui 19). Difere de Drepanoides anomalus por esta apresentar as escamas
dorsais manchadas de preto. Pode ser
diferenciada dos juvenis de Clelia clelia
por estes apresentarem escamas subcaudais divididas.
208
| colubridae Dipsadinae
Siphlophis cervinus
(Laurenti, 1768)
Descrio - Comprimento at 76 cm
Description - Length up to 76 cm in
e
d
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon & Soini,
1986; Nascimento et al. 1987; Murphy, 1997; Prudente et al., 1998; Starace, 1998;
Martins & Oliveira, 1999
210
| colubridae Dipsadinae
Siphlophis compressus
(Daudin, 1803)
Descrio - Comprimento at 1 m
Description - Length up to 1 m in
males and 1.4 m in females. The dorsal region of the body is pinkish-red,
with a series of dark transverse bands
on the sides of the body (A, B and C).
The neck region has a wide band that
covers the whole dorsal surface (A, B
and C). The underside is white (F). The
triangular head is orange-red in adults
(A and D). The young have a white neck
collar (C and E). The eyes are red and
the pupils vertical (A).
Espcies semelhantes - A combinao entre colorao avermelhada sobre o dorso e cabea, e faixas pretas
transversais bastante peculiar e exclusiva desta espcie na regio de Manaus, sendo dificilmente confundida
com outra espcie.
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Duelmann, 1978; Dixon & Soini,
1986; Murphy, 1997; Zaher & Prudente, 1998; Martins & Oliveira, 1999
212
| colubridae Dipsadinae
Taeniophallus brevirostris
(Peters, 1863)
Descrio - Comprimento at 48 cm
Description - Length up to 48 cm in
em machos e 35 cm em fmeas. O focinho curto, caracterstica que originou o nome da espcie (A). A colorao
dorsal e da cabea marrom-escura,
com duas faixas longitudinais castanho-claras, que gradativamente se tornam acinzentadas em direo cauda.
As bordas das escamas dessas faixas
tm pontos dourados, dando impresso
de que as faixas esto situadas sobre o
fundo marrom escuro (B). Lateralmente, as escamas do pescoo e da cabea
possuem pontos brancos, mais concentrados na regio labial (A e C). A regio
ventral da cabea preta, branca em
todo o resto do corpo (D). As ris so
reticuladas de marrom-escuro e dourado, e as pupilas so redondas (A).
Similar species - Taeniophallus nicagus differs by having pairs of light brown spots on the neck region, underside yellow on the majority of the body,
and white with black dots on the head
region.
214
| colubridae Dipsadinae
Taeniophallus nicagus
(Cope, 1895)
Descrio - Comprimento at 46 cm
Description - Length up to 46 cm in
Espcies semelhantes - Taeniophallus brevirostris difere por no possuir pares de manchas castanho-claras
na regio do pescoo, e possui o ventre
branco na maior parte do corpo e preto na regio da cabea. Liophis reginae
possui colorao verde no primeiro tero do dorso e no possui pares de manchas castanho-claras.
216
| colubridae Dipsadinae
Umbrivaga pygmaea
(Cope, 1868)
po at 23 cm em machos e 25 cm em
fmeas. Regio dorsal predominantemente marrom-escura, mais avermelhada na regio anterior, sobre a qual se
encontram duas faixas marrom-escuras
em forma de V: uma sobre o pescoo
e a outra posteriormente prxima. Nas
laterais do corpo esto presentes duas
linhas de escamas pretas, que iniciam
na regio da cabea e terminam na cauda (A e B). A pele entre as escamas
branca (B), sendo mais evidente quando assume postura de defesa. A cabea
marrom-avermelhada e as escamas labiais creme (A e C). O ventre alaranjado, sem manchas (D). Os olhos so
avermelhados, com uma faixa dourada
sobre as pupilas redondas (A).
218
| colubridae Dipsadinae
Xenodon rabdocephalus
(Wied, 1824)
Descrio - Comprimento at 75 cm
em machos e 87 cm em fmeas. A colorao dorsal formada por combinaes de diferentes tons de marrom, que
se distribuem ao longo do corpo em faixas irregulares (B) ou em formato de X
(C). Geralmente as faixas marrons de
tons mais escuros esto separadas por
faixas ou linhas marrom-claras ou creme
(B e C). As escamas dorsais so lisas. A
regio dorsal da cabea marrom-escura, e uma faixa lateral creme est presente acima dos olhos. Esta faixa pode
ser delimitada por linhas pretas (A e B).
O ventre creme, com desenhos pretos que variam entre pontos irregulares,
manchas que podem se unir formando
faixas irregulares e linhas estreitas entre as escamas (E). Jovens podem ser levemente avermelhados (D). As ris so
douradas com pontos pretos, e as pupilas so redondas (A e B).
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986;
Starace, 1998. Martins & Oliveira, 1999
Fotos/Photos: Vincius T. de Carvalho (A, B, D); Laurie Vitt (C)
220
| colubridae Dipsadinae
Xenopholis scalaris
(Wucherer, 1861)
Descrio - Comprimento at 33 cm
Description - Length up to 33 cm
Similar species - It can be confused with Atractus schach, but that species does not have longitudinal stripes
along the lateral region of the body in
tones of chocolate brown to yellow.
Referncias/References: Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon & Soini,
1986; Martins & Oliveira, 1999
222
| boidae
Boa constrictor
(Linnaeus, 1758)
Elapidae
224
distributed in the genera Leptomicrurus and Micrurus. These snakes usually have contrasting bright colors,
such as black,
red, white or yellow, which form
rings distributed
along the entire
body, but some
species are more
cryptically colored. They are
placid and rarely
bite humans. Only
the genus Micrurus occurs in the
Manaus region,
with five species:
Micrurus averyi,
Micrurus hemprichii, Micrurus lemniscatus, Micrurus spixii and Micrurus surinamensis.
These species have the color pattern
typical of coral snakes, with black,
red and white rings, except M. hemprichii, which does not have red rings.
225
| elapidae
Micrurus averyi
Schmidt, 1939
Descrio - Comprimento at 66 cm
Description - Length up to 66 cm in
males and 71 cm in females. The dorsal and ventral coloration is red with
narrow black rings bordered with white rings, evenly distributed along the
body (B and D). The tail is black, with
narrow white rings (B and D). The head
is black, with white spots behind and
below the eyes (A and C). The eyes are
small in relation to the head (A and C).
with the false Coral-snake Erythrolamprus aesculapii, but differs by not having a white or yellow-gold snout, large eyes in relation to the head and very
evident pupils. Atractus latifrons differs
by not having tail and body in different colors.
226
| elapidae
Micrurus hemprichii
(Jan, 1858)
Descrio - Comprimento at 88 cm
Description - Length up to 88 cm in
Espcies semelhantes - Facilmente confundida com a espcie no-peonhenta Oxyrhopus vanidicus, mas nesta
espcie os anis coloridos frequentemente no circulam todo o corpo. Alm
disso, M. hemprichii possui manchas
pretas nas bordas das escamas amarelas da cabea, ausentes em O. vanidicus.
Referncias/References: Greene, 1973; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986;
Jorge da Silva, 1993; Roze, 1996; Martins & Oliveira, 1999
228
| elapidae
Micrurus lemniscatus
(Linnaeus, 1758)
males and 1.1 m in females. Triads circling the whole body are formed by series of three black rings separated internally by two narrower white rings.
Triads are separated by red rings (A and
D). Many of the white and red dorsal
scales have black spotted edges (A and
B). The head is rounded, with a black
ring on the snout, a white stripe at the
level of the nostrils, a black stripe at
eye level and a red ring which extends until the posterior edge of the head
(C). The eyes are small in relation to
the head, black and with barely evident
pupils (A and C). When threatened, this
species will curl the tail (E).
Espcies semelhantes - Assemelha-se falsa-coral Erythrolamprus aesculapii, mas difere por no apresentar
focinho branco ou amarelo-dourado,
olhos relativamente grandes e pupilas
bem evidentes. Semelhante a Micrurus
spixii, mas nesta espcie os anis brancos so da mesma largura ou mais largos
que os anis pretos, todas as escamas
dos anis vermelhos e brancos apresentam extremidades pretas, e a regio dorsal da cabea preta. Micrurus surinamensis possui a cabea vermelha rajada
com linhas pretas entre as escamas.
230
| elapidae
Micrurus spixii
(Wagler, 1824)
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Dixon & Soini, 1986;
Roze, 1996; Martins & Oliveira, 1999
Fotos/Photos: Vincius T. de Carvalho (A, B, C)
232
| elapidae
Micrurus surinamensis
(Cuvier, 1817)
234
Viperidae
236
237
| viperidae
Bothrops atrox
(Linnaeus, 1758)
Descrio - Comprimento at 1 m em
Description - Length up to 1 m in
males and 2.1 m in females. The dorsal scales are overlapping and keeled
(B and C). The dorsal coloration is highly variable, with tones of tan, brown
and grey, and dark spots which form
triangular designs. The spots usually
have lighter borders (A, B and C). Some
juveniles have a more spotted pattern
and a white tail tip (D). The dorsal region of the head has the same coloration as the body, and the labial scales
can be white, yellow or spotted dark
brown in juveniles (A, B, C and D). A
transverse stripe darker than the predominant color extends from the eye to
the end of the head. Two large openings, the loreal pits, are located between the eyes and nostrils (A, B, C and
D). The coloration of the underside is
variable and may be yellow with few
(E) or many dark spots (F), white with
diffused (G) or well-defined (H) dark
spots, or gray with white spots (I). The
eyes are brown with many minute dark
dots and the pupils are elliptical (A).
238
e
f
g
c
h
i
| viperidae
Lachesis muta
(Linnaeus, 1766)
Referncias/References: Beebe, 1946; Cunha & Nascimento, 1978; Duellman, 1978; Dixon
& Soini, 1986; Martins & Oliveira, 1999
Foto/Photo: Paulo S. Bernarde (B)
240
Cobras-cegas vermiformes
Epictia
tenella
Comprimento
mximo 20 cm
Epictia
tenella
Maximum length
20 cm
Typhlops
reticulatus
Comprimento
mximo 52 cm
Typhlops
reticulatus
Maximum length
52 cm
Typhlophis
squamosus
Typhlophis
squamosus
Maximum length
26 cm
Comprimento
mximo 26 cm
Focinho pontudo
Focinho no pontudo
Pointed snout
3
243
Oxybelis
aeneus
Comprimento mximo
2m
Maximum length 2 m
2
Philodryas
argentea
Comprimento mximo
1,3 m
25
Clelia clelia
Comprimento mximo
2,3 m
Dorso marrom
Dorso marrom-claro, escuro ou esverdeado; cabea
lateralmente amarela ou creme
25
Atractus
torquatus
Pseustes
poecilonotus
Comprimento mximo
1,8 m
Clelia clelia
(adult)
Comprimento mximo
75 cm
Philodryas
argentea
Maximum length 1.3 m
(adulto)
Oxybelis
aeneus
5
Atractus
torquatus
Maximum length
75 cm
5
Greenish brown body, yellow lips
Pseustes
poecilonotus
Maximum length 1.8 m
244
245
6
10
Apostolepis sp.
Comprimento mximo
40 cm
Tantilla
melanocephala
Apostolepis sp.
Maximum length
40 cm
Comprimento mximo
43 cm
Corpo marrom-claro com duas faixas mais claras;
regio da boca branca
Mastigodryas
boddaerti
(adulta)
9
Corpo marrom-escuro com duas faixas marrom-claras
(adult)
Maximum length 1.5 m
9
Dark brown body with two light brown bands
Taeniophallus
brevirostris
10
11
246
11
19
12
13
Taeniophallus
brevirostris
Maximum length
48 cm
Comprimento mximo
48 cm
Faixas mais claras que a cor de fundo
Tantilla
melanocephala
Maximum length
43 cm
Mastigodryas
boddaerti
Comprimento mximo
1,5 m
10
10
11
11
19
12
13
247
Faixas castanho-claras
Dendrophidion
dendrophis
Comprimento mximo
1m
12
Faixas marrom-avermelhadas
Liophis
breviceps
Maximum length 1 m
12
Comprimento mximo
1,3 m
Parte de cima da cabea de colorao uniforme, sem
manchas
Drymoluber
dichrous
(jovem)
13
13
14
Faixas claras transversais bem visveis
Manchas claras arredondadas nas laterais da cabea
18
Atractus
snethlageae
Mastigodryas
boddaerti
(jovem)
Comprimento mximo
1,5 m
248
Chironius
fuscus
14
18
Comprimento mximo
47 cm
14
Comprimento mximo
1,6 m
Drymoluber
dichrous
(juvenile)
14
Chironius
fuscus
Liophis
breviceps
Maximum length
60 cm
Comprimento mximo
60 cm
Parte de cima da cabea com manchas escuras
Dendrophidion
dendrophis
18
Atractus
snethlageae
Maximum length
47 cm
18
Mastigodryas
boddaerti
(juvenile)
Maximum length 1.5 m
249
Umbrivaga
pygmaea
Comprimento mximo
25 cm
19
Faixas transversais bem visveis ao longo de todo o
corpo
Degrad de marrom-chocolate na parte de cima do
corpo a marrom-alaranjado nas laterais
20
21
Xenopholis
scalaris
Sem degrad
21
22
24
Imantodes
cenchoa
Comprimento mximo
1,2 m
22
Largura dos olhos menor que 30 % do comprimento
da cabea
Corpo marrom-acinzentado, cabea marromavermelhada
20
Dipsas aff.
catesbyi
20
Xenopholis
scalaris
Maximum length
35 cm
21
22
24
Imantodes
cenchoa
22
23
Atractus major
Maximum length
62 cm
Atractus major
Comprimento mximo
70 cm
250
21
Umbrivaga
pygmaea
Maximum length
25 cm
23
Comprimento mximo
62 cm
23
19
20
Comprimento mximo
35 cm
23
Dipsas aff.
catesbyi
Maximum length
70 cm
251
Helicops
angulatus
Comprimento mximo
73 cm
24
Maximum length
73 cm
24
Hydrops
triangularis
Boa constrictor
Comprimento mximo
4m
Boa constrictor
25
Maximum length 4 m
Hydrops
triangularis
Maximum length
70 cm
Comprimento mximo
70 cm
25
Helicops
angulatus
26
26
Lachesis muta
Lachesis muta
Comprimento mximo
2,9 m
26
252
27
28
26
Triangle shaped spots
27
28
253
Bothrops atrox
Comprimento mximo
2,1 m
27
27
Xenodon
rabdocephalus
Comprimento mximo
87 cm
28
Manchas redondas
29
32
Taeniophallus
nicagus
29
Comprimento mximo
46 cm
Manchas redondas por todo o corpo
Manchas em formato de olhos nas laterais do corpo
31
Manchas redondas marrom-avermelhadas; laterais da
cabea sem faixas bem evidentes
29
32
Taeniophallus
nicagus
Maximum length
46 cm
28
Epicrates
cenchria
30
Maximum length 2 m
Round spots along the body, not eye-shaped
Black round spots; black stripes at the sides of the
head clearly visible
Eunectes
murinus
Helicops
hagmmani
Round spots
29
31
Comprimento mximo
94 cm
254
28
Epicrates
cenchria
Comprimento mximo
8m
Xenodon
rabdocephalus
Maximum length
87 cm
28
Comprimento mximo
2m
30
Bothrops atrox
31
Eunectes
murinus
Maximum length 8 m
31
Reddish-brown round spots; sides of the head
without clearly visible stripes
Helicops
hagmmani
Maximum length
94 cm
255
32
33
Liophis
reginae
Comprimento mximo
81 cm
Maximum length
81 cm
32
34
34
36
36
35
35
Spilotes
pullatus
33
Comprimento mximo
2,5 m
34
Pseustes
sulphureus
35
34
No como anterior
Manchas circulares na regio dorsal, que podem se
fundir formando uma faixa em zigue-zague; jovens
possuem colar branco no pescoo
36
No como anterior
Not as previous
Circular spots on the dorsal region, which may merge
forming a zigzag band; young have white neck collar
Leptodeira
annulata
37
Liophis typhlus
Maximum length
85 cm
35
36
Comprimento mximo
83 cm
Pseustes
sulphureus
Maximum length 2 m
Liophis
typhlus
Comprimento mximo
85 cm
Spilotes
pullatus
Maximum length 2.5 m
Comprimento mximo
2m
256
Liophis reginae
36
36
Leptodeira
annulata
Maximum length
83 cm
Not as previous
37
257
37
38
39
Maximum length 1 m
Not as previous
Hydrodynastes
gigas
38
39
Not as previous
Hydrodynastes
gigas
39
Liophis sp.
40
Corallus
hortulanus
Comprimento mximo
1,7 m
Liophis sp.
Not as previous
40
Corallus
hortulanus
Maximum length 1.7 m
40
Atractus
schach
38
39
No como anterior
258
37
Siphlophis
cervinus
38
Comprimento mximo
2,5 m
No como anterior
Siphlophis
cervinus
Comprimento mximo
1m
No como anterior
40
Atractus
schach
Maximum length
42 cm
259
Cobras verdes
1
Green snakes
Focinho pontudo
Focinho no pontudo
Oxybelis
fulgidus
Pointed snout
Oxybelis fulgidus
Maximum length 2 m
Comprimento mximo
2m
Philodryas
argentea
Philodryas
argentea
Comprimento mximo
1,3 m
ris amareladas
Chironius
scurrulus (jovem)
Comprimento mximo
2,4 m
Yellowish iris
Chironius
scurrulus
(juvenile)
Maximum length 2.4 m
ris avermelhadas
Reddish iris
Philodryas
viridissima
Comprimento mximo
83 cm
Regio ventral da cabea verde
Liophis typhlus
Comprimento mximo
85 cm
260
Philodryas
viridissima
Maximum length 83 cm
Liophis typhlus
Maximum length 85 cm
261
Leptophis
ahaetulla
Comprimento mximo
1m
Leptophis
ahaetulla
Maximum length 1 m
Ventre amarelado
Yellowish belly
Boca franjada
Corallus
caninus
Fringed mouth
Comprimento mximo
2m
Corallus caninus
Maximum length 2 m
Mouth not fringed
A boca no franjada
Pseustes
sulphureus
Maximum length 2 m
Comprimento mximo
2m
Chironius
multiventris
8
Ventral region of the head white color
Drymoluber
dichrous
262
Corpo vermelho
Drymoluber
dichrous
Maximum length 1.3 m
Comprimento mximo
1,3 cm
Chironius
multiventris
Maximum length 2.6 m
Comprimento mximo
2,6 cm
Regio ventral da cabea branca
Pseustes
sulphureus
Red body
263
Liophis typhlus
Maximum length 85 cm
Comprimento mximo 85 cm
2
Corallus caninus
(juvenile)
Comprimento mximo 2 m
Maximum length 2 m
Siphlophis
compressus
Siphlophis
compressus
4
Orange red body with a longitudinal black band
Pseudoboa
martinsi
Focinho amarelo
Oxyrhopus
occipitalis
Comprimento mximo 1m
Drepanoides
anomalus
Pseudoboa
martinsi
Maximum length 1.1 m
Corallus caninus
(jovem)
Liophis typhlus
Yellow snout
Oxyrhopus
occipitalis
Maximum length 1 m
Drepanoides
anomalus
Maximum length 83 cm
264
265
Cabea vermelha
Chironius
scurrulus
(adulta)
Comprimento mximo 47cm
Red head
(adult)
Maximum length 2.4 m
Pseudoboa
coronata (jovem)
Pseudoboa
coronata (juvenile)
Comprimento mximo 1m
Chironius
scurrulus
Maximum length 1 m
10
10
Pseudoboa
neuwiedii (jovem)
Pseudoboa
neuwiedii (juvenile)
Pseudoboa
coronata (adulta)
Comprimento mximo 1 m
Clelia clelia
(juvenile)
Maximum length 2.3 m
Pseudoboa
coronata (adult)
Maximum length 1 m
10
10
Pseudoboa
neuwiedii (adulta)
Comprimento mximo 1,2m
266
Pseudoboa
neuwiedii (adult)
Maximum length 1.2 m
267
Hydrops martii
Hydrops martii
Maximum length 60 cm
Brown color absent
Micrurus
hemprichii
Maximum length 88 cm
3
Oxryrhopus
vanidicus
4
Anis ou faixas brancas presentes
Sequencias de duas faixas pretas separadas por
uma faixa creme, entre duas faixas vermelhas;
todas as escamas com pontas pretas
Anilius scytale
Maximum length 1.2 m
5
White rings or bands present
Sequences of two black bands separated by
a cream band between two red bands; all
scales with black tips
Atractus latifrons
Comprimento mximo 61cm
268
Anilius scytale
Comprimento mximo 1,2m
Oxryrhopus
vanidicus
Maximum length 1 m
Comprimento mximo 1m
Dorso exclusivamente com faixas vermelhas e
pretas alternadas
Micrurus hemprichii
Atractus latifrons
Maximum length 61 cm
5
6
6
269
Micrurus
surinamensis
Comprimento mximo 1,6m
8
Micrurus
lemniscatus
Comprimento mximo
1,3cm
8
Micrurus spixii
Micrurus
lemniscatus
Micrurus spixii
270
Erythrolamprus
aesculapii
10
Micrurus
surinamensis
Erythrolamprus
aesculapii
10
Maximum length 93 cm
271
10
11
12
10
Micrurus averyi
Atractus latifrons
Atractus latifrons
Rhinobothryum
lentiginosum
Famlias
272
Atractus latifrons
Maximum length 61 cm
Atractus latifrons
Maximum length 61 cm
Micrurus averyi
Maximum length 71 cm
12
Comprimento mximo
1,6cm
12
12
11
11
11
Rhinobothryum
lentiginosum
Maximum length 1.6 m
Families
Aniliidae
(Anilius scytale)
Aniliidae
(Anilius scytale)
273
274
Leptotyphlopidade
(Epicita tenella)
Anomalepididae
(Typhlophis squamosus)
Anomalepididae
(Typhlophis squamosus)
Typhlopidae
(Typhlops reticulatus)
Leptotyphlopidade
(Epictia tenella)
Typhlopidae
(Typhlops reticulatus)
Viperidae
Viperidae
Boidae
Boidae
Elapidae
Elapidae
Colubridae
(Colubrinae)
Colubridae
(Colubrinae)
Colubridae
(Dipsadinae)
Colubridae
(Dipsadinae)
275
Boidae
1
2
Boidae
Epicrates cenchria
Epicrates cenchria
Corallus caninus
Corallus
hortulanus
Corallus hortulanus
Boa constrictor
Boa constrictor
Eunectes murinus
Eunectes murinus
1
2
Corallus caninus
Viperidae
Viperidae
1
276
Lachesis muta
Bothrops atrox
Lachesis muta
Bothrops atrox
277
Elapidae
Elapidae
Micrurus averyi
Micrurus hemprichii
Anal dividida
Micrurus surinamensis
Micrurus lemniscatus
Micrurus spixii
278
Micrurus averyi
Micrurus hemprichii
Anal divided
Micrurus surinamensis
Micrurus lemniscatus
Micrurus spixii
Colubridae (Colubrinae)
Colubridae (Colubrinae)
1
14 fileiras de dorsais
Spilotes
pullatus
10 a 12 fileiras de dorsais
1
2
Spilotes
pullatus
279
5
6
7
10
Chironius
multiventris
Chironius
multiventris
Chironius
fuscus
Chironius
fuscus
Fileiras paravertebrais lisas; ventrais 153-159; 107115 pares de subcaudais; jovens verdes no dorso e
ventre; adulto marrom-avermelhado
Chironius
scurrulus
Paravertebral rows of scales smooth; ventrals 153159, paired subcaudal 107-115; young green on
the back and belly, adults red
Chironius
scurrulus
12
12
15 fileiras de dorsais
17 fileiras de dorsais
Drymoluber
dichrous
Drymoluber
dichrous
Tantilla
melanocephala
Tantilla
melanocephala
Leptophis
ahaetulla
Anal inteira
Dendrophidion
dendrophis
Leptophis
ahaetulla
Anal entire
Anal dividida
10
Dendrophidion
dendrophis
Anal divided
10
Mastigodryas
boddaerti
Mastigodryas
boddaerti
11
280
11
5
6
7
10
281
11
12
13
Oxybelis aeneus
Oxybelis
fulgidus
Pseustes
sulphureus
13
13
Rhinobothryum
lentiginosum
Rhinobothryum
lentiginosum
Pseustes
poecilonotus
Pseustes
poecilonotus
Oxybelis aeneus
Oxybelis
fulgidus
Pseustes
sulphureus
282
12
13
Colubridae (Dipsadinae)
Colubridae (Dipsadinae)
1
11
1 internasal
2 internasals
Helicops
angulatus
Helicops
hagmanni
Hydrops
triangularis
Hydrops martii
Hydrops martii
Presena de subocular
Hydrodynastes
gigas
Hydrodynastes
gigas
Ausncia de subocular
Uma internasal
Duas internasais
Dorsais em 15 ou 17 fileiras
Helicops
angulatus
Helicops
hagmanni
Dorsal em 15 fileiras
Hydrops
triangularis
Dorsal em 17 fileiras
1
2
283
10
11
12
284
Um par de mentais
11
Atractus
latifrons
Atractus
snethlageae
Atractus
schach
10
6 dentes maxilares; dorso marrom a marromavermelhado com manchas transversais marromescuras; margens internas das escamas escuras e
externas marrom-claras
Atractus major
Atractus
torquatus
12
16
Dipsas aff.
catesbyi
13
10
11
12
11
Atractus
latifrons
Atractus
snethlageae
Atractus schach
10
Atractus major
Atractus
torquatus
12
16
Dipsas aff.
catesbyi
13
285
13
14
15
16
17
18
19
20
286
Imantodes
cenchoa
14
Leptodeira
annulata
15
Siphlophis
cervinus
Siphlophis
compressus
17
19
Erythrolamprus
aesculapii
18
Drepanoides
anomalus
13
14
15
16
17
18
Apostolepis sp.
20
31
Anal inteira
21
Anal dividida
25
19
20
Imantodes
cenchoa
14
Leptodeira
annulata
15
Siphlophis
cervinus
Siphlophis
compressus
17
19
Erythrolamprus
aesculapii
18
Drepanoides
anomalus
Apostolepis sp.
20
31
21
25
287
21
22
23
24
25
26
27
28
288
Xenopholis
scalaris
Prefrontais no fusionadas
22
Subcaudais inteiras
23
Subcaudais divididas
24
Pseudoboa
coronata
Pseudoboa
martinsi
Oxyrhopus
occipitalis
Oxyrhopus
vanidicus
Philodryas
argentea
Xenopholis
scalaris
22
23
24
Pseudoboa
coronata
Pseudoboa
martinsi
Oxyrhopus
occipitalis
Oxyrhopus
vanidicus
Philodryas
argentea
26
26
Menos de 38 subcaudais
Umbrivaga
pygmaea
Umbrivaga
pygmaea
Mais de 38 subcaudais
27
27
28
1 anterior temporal
28
30
2 anterior temporals
30
Liophis reginae
Liophis reginae
29
29
21
22
23
24
25
26
27
28
289
29
30
31
32
33
34
290
Liophis sp.
29
Liophis
breviceps
Taeniophalus
brevirostris
Taeniophallus
nicagus
Anal simples
32
Anal dividida
34
33
Xenodon
rabdocephalus
30
31
32
33
Liophis sp.
Liophis
breviceps
Taeniophalus
brevirostris
Taeniophallus
nicagus
32
34
33
Xenodon
rabdocephalus
Clelia clelia
Clelia clelia
Pseudoboa
neuwiedii
Pseudoboa
neuwiedii
Philodryas
viridissima
Philodryas
viridissima
Liophis typhlus
Liophis typhlus
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