Esgrima Na Pre Historia e No Brasil

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No Brasil, a esgrima comeou no perodo imperial, pois, enquanto o Brasil era colnia, alm de

no haver a presena de mestre darmas no pas, tambm no existia interesse dos


colonizadores na prtica do esporte.

No perodo imperial, devido ao interesse de Dom Pedro II, a esgrima comeou a surgir,
principalmente, no emprego do sabre nos corpos de tropa. Em 1858, estabelecida a esgrima
regimentalmente para os cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola Militar de Realengo,
havendo, inclusive, a fundao de uma escola de esgrima no Batalho de Caadores de So
Paulo.

No final do sculo XIX, j no Brasil Repblica, surge um movimento em prol da esgrima, na
Praia Vermelha. Em 1906, por iniciativa do Coronel Pedro Dias de Campos, do Batalho de
Caadores de So Paulo, criado o Curso de Formao em Ginstica e Esgrima, que ficou a
comando do Capito Balandie.

Em 1909, criado um curso de esgrima na Escola de Educao Fsica da Fora Pblica de So
Paulo. Em 1922, criado o Centro Militar de Educao Fsica, na Vila Militar, Rio de Janeiro, o
que incentiva a vinda do mestre darmas francs Lucien de Merignac e, tambm, a criao de
um ncleo de esgrima no Colgio Militar do Rio de Janeiro, por parte de Valrio Falco,
instrutor do estabelecimento.

O Exrcito Brasileiro contrata os servios do mestre Gauthier, instrutor de esgrima da Escola
Joinville le Point, da Frana, para ministrar esgrima aos militares no Brasil.

Em 1927, a Federao Paulista de Esgrima e a Federao Carioca de Esgrima se unem e criam a
Unio Brasileira de Esgrima, com o apoio da Liga de Desportos do Exrcito e da Marinha.

A Unio Brasileira de Esgrima se filia a Federao Internacional de Esgrima, e, em 1936, o Brasil
participa dos Jogos Olmpicos de Berlim. Em 1937, criado, pelo Exrcito, o Curso de Mestre
dArmas, nico do Brasil e que funciona at os dias de hoje, mantendo-se como o nico do
pas.

Aps a participao brasileira nos Jogos de Berlim, a equipe de esgrima nunca deixou de
participar do diversos eventos internacionais e de manter relaes estreitas com a Escola de
Educao Fsica do Exrcito, local onde atualmente realizado o Curso de Mestre dArmas.
Revista de Educao Fsica 2007

Jacques Chiganer Cramer Ribeiro
Felipe Keese Diogo Campos


HISTRIA DA ESGRIMA, DA CRIAO ATUALIDADE



INTRODUO

Entende-se por esgrima como o combate em que so utilizadas armas brancas para atacar e
defender-se. Inicialmente, era utilizado para caa e sobrevivncia. Entretanto, com a evoluo
das armas e da humanidade, passou a se tornar arma de combate, sendo abolida somente
com o surgimento das armas de fogo. Atualmente, existe apenas a esgrima esportiva, sendo
esta dividida em trs diferentes tipos de armas, a saber: espada, florete e sabre,
representando os antigos armamentos utilizados em combate e treino.

Cada arma da esgrima possui sua regra, zona de pontuao e forma de toque, sendo que, na
espada e no florete, o toque s pode ser de ponta e, no sabre, com a ponta, o corte e o contra-
corte.A pista de esgrima possui 14 metros de comprimento e dois metros de largura; os pontos
so indicados por duas lmpadas que existem no aparelho marcador de toques, uma verde e
outra vermelha, acendendo sempre do lado do atleta que realizou o toque, fazendo com que
este receba um ponto.

Atualmente, as competies de esgrima so disputadas em duas fases: uma classificatria,
onde os atletas so divididos em grupos e todos do grupo jogam entre si at um deles marcar
cinco toques, no tempo mximo de trs minutos; e uma eliminatria, que disputada at
quinze pontos, em trs tempos de trs minutos, com um minuto de repouso entre eles. O
objetivo deste artigo descrever a evoluo histrica da Esgrima, desde o seu surgimento na
pr-histria at o esporte praticado nos dias atuais.

REVISO HISTRICA DA ESGRIMA

A origem da esgrima remonta a pr-histria, quando o homem empregou, pela primeira
vez, um pedao de madeira para se defender ou atacar, garantindo a sua sobrevivncia.
Todavia, s com o surgimento dos metais foram criadas, de fato, as primeiras armas de
combate, sendo, inicialmente, empregadas por chefes de grupos ou tribos.

A esgrima pode ser dividida em quatro perodos. No primeiro, da pr-histria ao sculo XVI,
esto os primeiros relatos de esgrima em documentos egpcios, apresentando uma esgrima de
impacto, onde eram utilizadas armas de percusso. Nesse perodo, os gregos tambm se
utilizavam de armas muito parecidas com as dos egpcios, utilizando o metal para dar
pancadas. As armas gregas vieram a influenciar as romanas, que eram de mesmo aspecto,
porm mais curtas e largas. Inicialmente, seu uso era puramente guerreiro, porm, com o
passar dos tempos, as armas ganharam tambm um aspecto circense, sendo utilizadas por
gladiadores com a finalidade de entreter o povo. Nas arenas, os golpes ainda matavam por
percusso, contudo, para tornar os combates mais rpidos, os gladiadores inventaram o golpe
de ponta a cabea.

Este foi o emprego dado s armas brancas por muito tempo, at que o j decadente Imprio
Romano foi invadido pelos hunos, em 450 d.C., o que modificou o uso do armamento e iniciou
o emprego do cavalo, com arqueiros constituindo a elite guerreira nos campos de batalha. O
aparecimento destes arqueiros, oriundos da sia Central, deveu-se a uma tropa chamada
Akva, palavra de onde se originou Cavalaria. Esta tropa fez com que o animal, chamado de
equus pelos romanos, viesse a se chamar cavalo, e, a partir de ento, as espadas e os cavalos
passaram a dominar os combates. Face atuao dos hunos, surgiram as armaduras,
extinguindo os arqueiros e aumentando, novamente, a importncia das armas de percusso.

Enquanto a histria era assim escrita na Europa, os rabes expandiam seus domnios liderados
por Maom e seus ensinamentos. Entre 661 e 750 d.C., eles dominaram a Pennsula Ibrica e
trouxeram consigo novas tcnicas de forja e tmpera da lmina, tornando-as mais leves e
fortes, modificando, assim, o uso das armas no combate.O avano dos rabes na Europa foi
impedido por Charles Martelem, na Batalha de Poitiers, em 732 d.C. Aps a batalha,
sucederam-se inmeros combates entre cristos e sarracenos, porm sem nenhuma inovao
na esgrima.

Nesta poca, aparece o feudalismo na Europa e a escravido trocada pela servido.
Camponeses e senhores vivem em funo dos castelos e a guerra muda de carter.As lminas
se tornaram mais fortes e mais finas na extremidade, aumentando o uso da ponta. O golpe
principal ainda era atravs de pancadas, mas o modo de combate comeava a sofrer
modificaes. Em 1096, iniciam-se as cruzadas, que criaram inmeras lendas e mitos, como a
do Rei Ricardo Corao de Leo e do Rei Saladino, que mostravam a diferena da esgrima de
fora e armas pesadas de Ricardo Corao de Leo contra a sutileza da esgrima de Saladino.
Neste perodo, os cavaleiros da Europa se adestravam em torneios conhecidos com justas,
usavam armadura e protetores e introduziram a lana de guerra para o combate, que era mais
longa e alcanava os inimigos a uma maior distncia. No segundo perodo, que se deu do
sculo XVI at meados do sculo XVIII, as armas se tornaram maiores e mais pesadas, a fim de
aumentar o impacto dos golpes. Com isso, as armaduras tiveram que ser mais fortes e
resistentes, tornando-se to pesadas que o cavaleiro era incapaz de montar seu cavalo sem
auxlio. Essas novas vestes de combate, mais uma vez, modificaram as guerras e confrontos da
poca.

Os trs sculos seguintes vieram a caracterizar bem esse novo perodo. Por volta de 1560, os
exerccios entre cavaleiros eram bastante comuns, os senhores e seus sditos iam a outras
vilas para torneios, que comeavam pela manh e terminavam ao pr-do-sol. Eram seguidos
por tratamento aos feridos e grandes festas e banquetes. Porm, essa era de justas e torneios
chegou ao fim aps a morte de Henrique II, da Frana, perante sua prpria corte, tendo o
prprio Papa proibido sua continuao. Daem diante, no se veria mais lanas, espadas e
cavalosnos campos de batalha.

Entretanto, dois outros fatores j estavam contribuindo paramudanas na esgrima em
combate: o surgimento das armas de fogo portteis, que feriam os cavaleiros atravs das
couraas, e as novas espadas, com lminas mais resistentes e ponta fina, que cortavam e
feriam mortalmente em combate, atravs das articulaes da armadura. Assim, as grandes
espadas e as armaduras sairiam do cenrio, dando lugar a rapire e ao punhal, em lutas muito
mais velozes.
Para essa nova esgrima, criou-se um novo adestramento ao combate, treinando saltos sobre o
cavalo, que antes no eram possveis devido ao peso dos armamentos.

O domnio do manejo e da fabricao de armas passou da Espanha, na Pennsula Ibrica, para
a Itlia, onde surgiram os primeiros tratados e estudos de esgrima, que apesar de serem
confusos, comearam a criar a sua base

Os primeiros tratados falavam sobre a posio de guarda, a esquiva, o golpe face, bem como
do uso da espada e do punhal para a defensiva. As espadas, nessa poca, eram bastante longas
e com a ponta perfurante, chamadas durindanas.

Os italianos vencem inmeras dificuldades no incio dessa supremacia. Foram feitos novos
estudos sobre ataques de ponta, defesas com o punhal e com a capa, golpe ao pescoo e ao
rosto, tendo o homem, enfim, descoberto que o golpe de ponta podia ser realizado a uma
maior distncia, sendo, portanto, mais seguro.

Deste modo, comearam a ser difundidos todos os golpes da esgrima, apresentando solues
para a utilizao do armamento em todos os tipos de situao, incluindo a retirada em caso de
grande desvantagem.

Como o material de combate para essas novas situaes foi muito modificado, deu-se fim
lana e ao escudo e comeou-se a utilizar a espada e a adaga.

Por volta do sculo XVII, surgem as primeiras pistolas com capacidade para um ou dois
cartuchos. Elas no fizeram o homem deixar a espada, pois, em caso de falha das armas de
fogo, elas deveriam ser utilizadas, mas mudaram mais um pouco a face do combates. Nesse
sculo, o domnio das espadas passa dos italianos para os franceses, surgindo a uma rivalidade
esgrimstica que dura at os dias atuais.

Na Frana, surgiram as primeiras escolas de esgrima. As pistas eram desenhadas no cho,
tendo sido criados novos golpes e escritos mais tratados, mudando, novamente, a tcnica de
combate na esgrima. A posio de guarda passou a ser abordada de uma nova forma: criou-se
o golpe perna do adversrio, o a fundo, assim como o uso da mo desarmada no combate.
Surge, tambm, nesse perodo, uma grande rivalidade entre a espada, cujo principal golpe era
o de ponta, e o sabre, que o principal golpe era o de corte. Vrios duelos foram realizados para
se determinar o melhor armamento, mas nenhum resultado foi alcanado.

O material comeou a evoluir, tornando a esgrima mais parecida com a dos dias atuais.
Surgiram as luvas, a mscara, os punhais, os coletes para os mestres, bem como os floretes,
armas de treinamento mais leves e com golpes no letais.

Com Luis XIV, a esgrima francesa chegou ao pice. Surge o a fundo, j na sua concepo atual
de ataque. Era o tempo dos mosqueteiros, que se tornaram muito mais famosos pelo uso de
suas espadas do que de seus mosquetes. Os golpes com o uso das espadas e das adagas foram
aperfeioados, bem como o jogo de pernas, passando a dar grande movimentao ao
combate.Foram feitos estudos do uso da lanterna para cegar o adversrio e dos ataques ao
brao para, primeiro, ferir o adversrio e, depois, mat-lo. Assim, entrou o sculo XVIII, com o
incio do uso racional das armas brancas, dando incio esgrima moderna. As lminas ficaram
mais curtas e as defesas mais eficazes, os golpes passaram a ser de ponta e a utilizao da
perna se tornou muito complexa e eficaz nos deslocamentos. Com o surgimento dos duelos, a
utilizao da espada passou a ser meio de vida ou morte, aumentando em muito a quantidade
de treinamentos. Para evitar ferimentos nos olhos, durante os treinos, nasceram as
convenes de esgrima. Dois esgrimistas, por exemplo, no podiam atacar simultaneamente,
isto , se um deles atacasse, era necessrio que o atacado se defendesse para poder atacar
depois. Essas convenes so a origem das regras de sabre e florete da atualidade. Como a
histria sempre se repete, a nobreza comeou a se matar atravs de inmeros duelos,
dizimando diversas cortes.Os duelos no eram restritos somente aos homens, as mulheres
tambm duelavam pela sua honra.

No final do sculo XVIII, iniciou-se o terceiro perodo da esgrima.La Bosire criou a mscara,
semelhante a dos dias atuais. A esgrima sofreu uma grande mudana nos seus treinamentos
em escola, surgindo a frase darmas, que a troca sucessiva de golpes com velocidade, agora
sem o risco de ferimento nos olhos, devido ao uso da mscara. Nessa poca, apareceram as
armas semi-automticas que causaram o total desaparecimento de lanas, de espadas e de
cavalos de guerra. A ltima carga de cavalaria da histria, porm, foi a realizada pela Polnia
contra os blindados alemes na Segunda Guerra Mundial. Com todos esses acontecimentos, a
esgrima perdeu sua caracterstica blica, ficando restrita ao carter esportivo. Todavia, ainda
persistiam os duelos, moda naquela poca, mas que foramextintos no incio do sculo
XIX.Portanto, a ferida, que antes determinava o vencedor, foi substituda pelo rbitro,
tornando necessrio o toque com bastante nitidez e clareza de movimentos. Com isso, a
esgrima se tornou mais acadmica, sendo a agilidade e a velocidade, fatores antes primordiais
para a sobrevivncia, relegadas a um segundo plano, nessa nova esgrima de desporto, esttica
e sofisticada. Em 1896, a esgrima foi introduzida nos Jogos Olmpicos de Atenas, sendo, at os
dias atuais, esporte olmpico. Em 1913, surgiram as regras internacionais de esgrima,
alcanando, enfim, seus objetivos atuais: a educao fsica e mental de seus praticantes.

Em 1936, nos Jogos Olmpicos de Berlim, surgiu o primeiro aparelho eltrico de esgrima para a
arma de espada, eliminando, dessa forma, a antiga votao dos juzes sobre a materialidade
do toque nessa arma. Assim, a forma esttica de se praticar esgrima foi substituda por um
modo dinmico, com golpes velozes e fulminantes, sedimentados na grande preparao fsica,
tornando a esgrima, novamente, um esporte tipicamente agonstico.

A ESGRIMA NO BRASIL

No Brasil, a esgrima comeou no perodo imperial, pois, enquanto o Brasil era colnia, alm de
no haver a presena de mestre darmas no pas, tambm no existia interesse dos
colonizadores na prtica do esporte. No perodo imperial, devido ao interesse de Dom Pedro II,
a esgrima comeou a surgir, principalmente, no emprego do sabre nos corpos de tropa. Em
1858, estabelecida a esgrima regimentalmente para os cursos de Infantaria e Cavalaria da
Escola Militar de Realengo, havendo, inclusive, a fundao de uma escola de esgrima no
Batalho de Caadores de So Paulo. No final do sculo XIX, j no Brasil Repblica, surge um
movimento em prol da esgrima, na Praia Vermelha.

Em 1906, por iniciativa do Coronel Pedro Dias de Campos, do Batalho de Caadores de So
Paulo, criado o Curso de Formao em Ginstica e Esgrima, que ficou a comando do Capito
Balandie.

Em 1909, criado um curso de esgrima na Escola de Educao Fsica da Fora Pblica de So
Paulo. Em 1922, criado o Centro Militar de Educao Fsica, na Vila Militar, Rio de Janeiro, o
que incentiva a vinda do mestre darmas francs Lucien de Merignac e, tambm, a criao de
um ncleo de esgrima no Colgio Militar do Rio de Janeiro, por parte de Valrio Falco,
instrutor do estabelecimento.

O Exrcito Brasileiro contrata os servios do mestre Gauthier, instrutor de esgrima da Escola
Joinville le Point, da Frana, para ministrar esgrima aos militares no Brasil.

Em 1927, a Federao Paulista de Esgrima e a Federao Carioca de Esgrima se unem e criam a
Unio Brasileira de Esgrima, com o apoio da Liga de Desportos do Exrcito e da Marinha.

A Unio Brasileira de Esgrima se filia Federao Internacional de Esgrima, e, em 1936, o Brasil
participa dos Jogos Olmpicos de Berlim. Em 1937, criado, pelo Exrcito, o Curso de Mestre
dArmas, nico do Brasil e que funciona at os dias de hoje, mantendo-se como o nico do
pas.

Aps a participao brasileira nos Jogos de Berlim, a equipe de esgrima nunca deixou de
participar de diversos eventos internacionais e de manter relaes estreitas com a Escola de
Educao Fsica do Exrcito, local onde atualmente realizado o Curso de Mestre dArmas.

CONCLUSO

A esgrima, alm de esporte olmpico presente desde a primeira edio dos Jogos Olmpicos da
Era Moderna, , tambm, um importante instrumento histrico da humanidade, pois existe
desde os primrdios e evoluiu junto com a arte da guerra e dos combates, at se tornar o
esporte atual. A esgrima moderna pode ser praticada por pessoas de qualquer faixa etria e de
ambos os gneros, pois dividida por categorias, perdendo totalmente seu significado blico.
De fato, um dos poucos esportes em que um idoso leva vantagem sobre uma pessoa jovem
em razo de sua experincia.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

ADVANCE LUNGE, THE FENCING SITE. Fencing history, a timeline of fencing history.
FENCING FAQ. history of fencing where did it start?

KEESE F. Manual de esgrima. Rio de Janeiro: EsEFEx, 2007.

Agradecimentos,

Jaques Cramer, pela autorizao na divulgao do presente artigo.
Esgrima
Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.
Nota: Espadachim redireciona para este artigo. Para o personagem fictcio da Marvel, veja
Espadachim (Marvel Comics).

Este artigo ou seco contm uma lista de fontes ou uma nica fonte no fim do texto, mas
esta(s) no so citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das
informaes. (desde janeiro de 2009)
Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodap citando as fontes, inserindo-as no
corpo do texto quando necessrio.
Esgrima

Pictograma.
Autoridade mxima FIE
Participantes Individual ou equipes de trs a quatro indivduos
Local de disputa Pista metlica de 14m de comprimento e 1,5 a 2m de largura
Pontuao at 5 pontos em quadros de poule e at 15 pontos em chaves eliminatrias
Equipamento arma (espada, florete ou sabre), equipamento protetor (mscara, jaqueta,
meia-jaqueta, cala, meia e protetor de seios) e equipamento eltrico (fio-de-corpo e fio-de-
mscara)
Olmpico desde 1896


Durante um combate de esgrima, o esgrimista da direita executa um "afundo."


A defesa de "prima" contra o golpe de florete do atacante.
A esgrima (do antigo provenal escrima do vocbulo germnico skirmjan, "proteger") um
desporto que evoluiu da antiga forma de combate, em que o objectivo tocar o adversrio
com uma lmina ao mesmo tempo que se evita ser tocado por ele. Existem trs disciplinas de
esgrima: o florete, a espada e o sabre, diferindo no s no formato da lmina mas tambm nas
zonas do corpo onde um toque vlido e tambm como as armas funcionam.
ndice [esconder]
1 Histria
2 Da Antiguidade Alta Idade Mdia (antes de 1350)
3 A Baixa Idade Mdia (1350 a 1500)
3.1 A escola alem
3.2 A escola italiana
4 O comeo do perodo moderno (1500 a 1700)
5 O perodo moderno (1700 a 1918)
6 Armas de competio olmpica
6.1 Florete
6.2 Espada
6.3 Sabre
7 A pista e a roupa
8 Regras gerais
9 Esgrima eltrica
10 Esgrima nos pases
11 Referncias
12 Ver tambm
13 Ligaes externas
[editar]Histria

A histria da esgrima em si tem uma origem de, pelo menos, trs mil anos. Pinturas Egpcias e
Gregas mostram guerreiros empunhando espadas. A Bblia tambm se refere a muitas espadas
ao longo dos dois testamentos. Um templo japons construdo em 1170 a.C., mostrava alguns
guerreiros semi-despidos, empunhando armas pontiagudas, com bicos de proteco.1
A esgrima nessa poca era muito mais que um simples desporto, era uma maneira de
combater, como tal no havia nenhuma regra precisa, porm surge a preocupao com a
tcnica para aplicar e defender-se dos golpes. Em Roma, existiam escolas de gladiadores onde
se formavam os doctore armarum, especialistas na arte de combater com armas brancas para
entreter o pblico. Na idade mdia, a esgrima se diversificou devido aos vrios formatos de
espadas e sabres existentes.
[editar]Da Antiguidade Alta Idade Mdia (antes de 1350)

No se sabe da existncia de nenhum manual de esgrima anterior Baixa Idade Mdia (exceto
por algumas instrues de luta grega, (veja P.Oxy. III 466)), embora a literatura Antiga e
Medieval (Sagas Vikings e Contos Alemes) mencionam feitos e conhecimentos militares; alm
de arte do perodo mostrar combates e armamentos (Tapearia de Bayeux, a Bblia Morgan).
Alguns pesquisadores tentaram reconstruir antigos mtodos de lutas como o Pancrcio e
tcnicas de combate dos gladiadores usando como referncia estas fontes e testes prticos,
embora estas recriaes sejam mais especulativas do que baseadas em instrues reais.
[editar]A Baixa Idade Mdia (1350 a 1500)



Guardas com espada de duas mos (Manuscrito de 1452).
[editar]A escola alem
A figura central das artes marciais medievais na Alemanha Johannes Liechtenauer. Pai da
esgrima alem, Liechtenauer que nasceu provavelmente no comeo do sculo XIV,
possivelmente em Lichtenau, Mittelfranken (Franconia). O que se sabe sobre ele, junto com
seus ensinamentos, est preservado no Manuscrito 3227a e nos vrios manuais dos seus
alunos e sucessores. De acordo com esse manuscrito, Liechtenauer era um grande mestre que
viajou por muitas terras para aprender sua arte. Nos manuscritos do sculo posterior, a
sociedade do Liechtenauer (Gesellschaft Liechtenauers) conhecida como um grupo de
mestres de esgrima que se consideravam discpulos de Liechtenauer, que detinham seus
ensinamentos.
[editar]A escola italiana
O primeiro manuscrito em lngua italiana que se tem notcia o manuscrito Flos Duellatorum
de Fiore dei Liberi, encomendado pelo Marqus de Ferrara por volta de 1410. Neste manual
ele documentou tcnicas que envolvem combate corpo-a-corpo, adaga, espada de uma mo,
espada longa, lanas e alabardas, combate com e sem armadura. A esgrima italiana com armas
medievais ainda representada por Filippo Vadi (14821487).
[editar]O comeo do perodo moderno (1500 a 1700)



Academie de l-Espee (Girard Thibault, 1628).
No sculo XVI, muitas tcnicas do antigos manuscritos foram reimpressas com as tcnicas
modernas de impresso, notadamente por Paulus Hector Mair(por volta de 1540) e Joachim
Meyer (por volta de 1570).
Neste sculo a esgrima alem tendeu-se ao enfoque esportivo da arte. Os tratados de Paulus
Hector Mair e Joachim Meyer descendem dos ensinamentos dos sculos anteriores na tradio
de Liechtenauer, mas com novas e distintas caractersticas. O manuscrito de Jacob Sutor
(1612) um dos ltimos da tradio alem..
A escola italiana representada pela Escola Dardi, com mestres como Antonio Manciolino e
Achille Marozzo. No final do sculo XVI, a rapieira italiana ganha muita popularidade em toda a
Europa, principalmente com o manual de Salvator Fabris (1606).
Antonio Manciolino (1531) (italiano)
Achille Marozzo (1536) (italiano)
Angelo Viggiani (1551) (italiano)
Camillo Agrippa (1553) (italiano)
Diogo Gomes de Figueiredo (1682) (portugus)
Jernimo Snchez de Carranza (1569) (espanhol)
Giacomo Di Grassi (1570) (italiano)
Giovanni DallAgocchie (1572) (italiano)
Henry de Sainct-Didier (1573) (francs)
Frederico Ghisliero (1587) (italiano)
Vincentio Saviolo (1590) (italiano)
George Silver (1599) (ingls)
Luis Pacheco de Narvez (1600) (espanhol)
Salvator Fabris (1606) (italiano)
Nicoletto Giganti (1606) (italiano)
Ridolfo Capoferro (1610) (italiano)
Joseph Swetnam (1617) (ingls)
Francesco Antonio Marcelli (1686) (italiano)
Bondi' di Mazo (1696) (italiano)
[editar]O perodo moderno (1700 a 1918)

Desde os primeiros Jogos Olmpicos da era moderna (1896) que a esgrima faz parte das
modalidades olmpicas, sendo uma das quatro modalidades que fazem parte dos Jogos
Olmpicos desde a primeira edio.
As disputas masculinas comearam nas olimpadas com o florete e o sabre em 1896. A espada
foi introduzida nas disputas masculinas nos Jogos Olmpicos de 1900.
Em 1924 as mulheres comearam a participar dos jogos olmpicos, mas somente na
modalidade de florete individual, e at 1992 as mulheres continuaram a jogar somente na
modalidade do florete. A partir de 1996 elas comearam a competir nas olimpadas na
modalidade da espada tambm. E a partir de 2004 elas comearam a competir nos jogos
olmpicos com o sabre.
Apesar do termo "luta de esgrima" ser freqentemente usado, no esgrimir nunca se tem uma
"luta de esgrima" ou "luta esgrima," mas sim "joga esgrima", pois o esgrima um esporte.
[editar]Armas de competio olmpica



De cima para baixo: florete, espada e sabre.
[editar]Florete


Superfcie vlida no florete: torso, e uma parte da barbela da mscara 1.52cm abaixo do
pescoo. (Note que a CBE no inclui a poro da barbela como superfcie vlida no Brasil.)
O florete a arma mais comum entre os esgrimistas por ser uma arma de lmina mais flexvel
e mais leve do que a espada e que se joga com mais delicadeza no toque, no torso somente.
Esta tambm era a nica arma tradicionalmente que as mulheres usavam em muitas
competies.
uma arma boa para o incio da aprendizagem. Exige postura, agilidade, equilbrio e
flexibilidade alm de um agudo senso de tempo de reao que caracteriza todos os esgrimistas
fascinados por este desporto. Medindo uns 90 centmetros com lmina, a arma inclui o copo
(ou casoleta, em italiano) e pega (as partes pelas quais o esgrimista protege e segura a arma,
respectivamente) so menores do que na espada (que protege a mo toda zona vlida, na
espada), e no sabre (que tem proteo adicional para o brao) facilitando o manejamento gil
da arma. H a pega italiana que simples, como um punhal de faca e a pega francesa que
similar a pega de um arpo. A lmina de forma trapezoidal mais flexvel do que a da espada,
mas no tanto quanto a do sabre.
[editar]Espada


Superfcie vlida na espada: o corpo inteiro.
A espada por ser uma arma que pode atingir o corpo todo do adversrio, deve-se jogar numa
posio mais vertical assim sendo, ela uma arma boa para jogadores mais altos
especialmente aqueles que no tem tanta agilidade para se flexionarem como no florete ou no
sabre. No quer dizer que os esgrimistas geis no possam jogar, mas nota-se que , das trs
armas, a mais adequada aos indivduos altos. Outro motivo para no se agachar muito com o
jogo da espada para no deixar o joelho muito a frente, pois poder ser facilmente um alvo
exposto.A lmina, mais dura de todas trs armas produz um toque forte e pontiagudo,
principalmente quando tocado na mscara do oponente.
[editar]Sabre


Superfcie vlida no sabre: tudo acima da cintura, exceto mos e nuca.
O sabre a arma de duelo mais violento e gil. A sua lmina mais flexvel de todas trs. O
atacante pode usar o sabre como um chicote em que a lmina to flexvel que nem o
bloqueio do adversrio poder bloquear a parte frontal da lmina do adversrio que se dobra
por cima da lmina do defensor. O sabre exige muita rapidez e uma preparao fsica muito
grande, pois o duelo muito rpido considerando que o toque pode ser feito no s com a
ponta mas com a lmina tambm, tanto quando o atacante ataca (corte) com a lmina, como
quando contra-ataca (contra-corte) com a lmina. Em contraste aos toques violentos da
lmina, tambm comum o esgrimista ser tocado, durante um combate, e nem sentir.
[editar]A pista e a roupa



Pista de esgrima: C linha central, G linha de guarda, D zona de dois metros (ou signales), R zona
de recuo (sada de pista)
A pista de esgrima tem catorze metros de comprimento, mais um metro e meio a dois metros
de recuo, zonas que tambm podem ser utilizadas. A largura da pista de um metro e meio a
dois. A pista ideal elevada do cho e usada com uma malha condutiva aterrada para o uso
eletrnico. Se um esgrimista sair da pista lateralmente para fugir de um golpe, poder retornar
porm dever andar 1m para trs. Se sair pelo fundo, ser dado ponto para o adversrio.
As vestimentas de esgrima so tradicionalmente brancas, os esgrimistas devem usar 1 -
Jaqueta; 2 - Luvas; 3 - Fios eltricos; 4 - Armas; 5 - Cala; 6 - Mscara; 7 - Plastrom.enquanto as
mulheres usam protetores especiais para os seios. Antes do surgimento dos sensores
eletrnicos, as armas eram mergulhadas em tinta para facilitar o trabalho dos juzes ou ento
utilizava-se giz na ponta para indicar o golpe.
[editar]Regras gerais

A etiqueta requer, em primeiro lugar, que os adversrios se cumprimentem ao entrarem na
pista. O movimento feito rapidamente com as armas, antes de colocarem as mscaras. Cada
esgrimista na pista cumprimenta o adversrio, o rbitro e os assistentes; em seguida colocam
suas mscaras.
As disputas podem ser individuais ou por equipes.
No florete vale tocar com a ponta da arma apenas no tronco do adversrio (frente e costas) e
na regio ventral. Na espada vale tocar com a ponta da arma em qualquer parte do corpo. No
sabre vale tocar com a ponta e com o corte ou contra-corte da lmina da arma. A regio que
deve ser atingida fica da cintura para cima, incluindo braos e excluindo as mos.
No florete e no sabre, existe o chamado "direito de passagem" ou "frase d'arma". Quem
comea o ataque tem prioridade de ganhar o ponto se houver toque simultneo. Se errar o
ataque ou se o adversrio conseguir se defender antes da resposta, a vantagem passa para o
adversrio. No caso de acontecer toques simultneos sem prioridade, ningum pontua. Na
espada, que no existe frase d'armas, em caso de toque simultneo, ambos os adversrios
ganham um ponto. Se houver empate num combate de espada, normal dar aos jogadores
alguns minutos para descansar antes que se continue o combate para o toque de desempate.
Em raras ocasies, quando continua se dando a situao de empate, possvel que haja um
sorteio que eleja o vencedor.
Nas competies, na etapa classificatria so necessrios cinco toques ou trs minutos para se
vencer. Na etapa eliminatria so precisos quinze toques ou nove minutos. Essas normas
podem ser flexveis dependendo do nvel territorial da competio e do rgo responsvel.
Os esgrimistas em um combate mudo ou no-eltrico (sem equipamentos eletrnicos) so
observados por um rbitro e quatro auxiliares. Em duplas, estes auxiliares ficam a dois passos
atrs de cada jogador, nos dois lados da pista e observam se h toque ou no no esgrimista
adversrio. Eventualmente, nos casos de dvida do rbitro, os auxiliares so convocados a
uma votao para verificar se houve pontuao ou no. O rbitro pergunta se houve
determinada situao e os rbitros podem responder "sim", "no" ou "absteno".
Se um dos jogadores perder a sua arma durante o combate, a seguinte regra se aplica:
Se a perda da arma ocorrer durante o mesmo movimento de ataque do adversrio e este
conseguir efetuar o toque no oponente desarmado, o toque ser vlido; mas o movimento de
ataque tem que ser contguo com o da perda d'arma do adversrio.
Se a perda d'arma ocorrer e o adversrio no conseguir terminar o ataque no mesmo
movimento, a tica chama para o adversrio esperar o oponente recuperar sua arma. O
combate pausado e o rbitro ento resumir o jogo assim que todos estiverem prontos ao
comando de "en garde". Os esgrimistas podero responder que esto prontos pela simples
posio de combate, ou caso ao contrrio podem sapatear com um p na pista para pedir mais
tempo.
[editar]Esgrima eltrica



Equipamento de esgrima: 1 - Jaqueta; 2 - Luvas; 3 - Fios elctricos; 4 - Armas; 5 - Cala; 6 -
Mscara; 7 - Plastrom.
Como um combate pode tornar-se muito rpido, s vezes difcil distinguir, principalmente no
sabre e no florete, se algum toque foi dado. Por isso surgiu a esgrima eltrica, que a esgrima
praticada com equipamentos eletrnicos. Estes equipamentos surgiram com o intuito de
facilitar a observao de um combate. Fios ligados na roupa e na arma a um sistema eletrnico
registram os toques.
Existe um aparelho de sinalizao localizado entre a pista e o rbitro. No so necessrios os
auxiliares do rbitro na esgrima eltrica. A funo do rbitro observar o jogo e verificar o
cumprimento das regras, alm de falar a frase d'armas quando ocorrer toque nas modalidades
de florete ou sabre.
Na espada e no florete, uma vez que o esgrimista s pode pontuar com golpes feitos com a
ponta da arma, a mesma vem equipada com um sensor que lembra um boto que quando
pressionado (quando um esgrimista toca o adversrio) faz acender uma luz no aparelho de
sinalizao. No caso do florete a luz verde ou vermelha (um cor por cada esgremista) acende
para o toque vlido enquanto a luz branca para o toque na zona no vlida. A pista tambm
forrada com uma malha magntica, especialmente til para o jogo de espada; assim a luz
verde ou vermelha acende sempre que a ponta da lmina tocar no corpo do adversrio j
que a zona de toque vlido o corpo inteiro nenhuma luz acende quando a lmina tocar na
pista (para no confundir o rbitro como se fosse um toque abaixo, no p por exemplo).
Como a rea de toque (superfcie vlida) do florete e do sabre so diferentes, existe um
equipamento para essas armas que feito de fios de metal, geralmente h um colete para o
florete e um similar com mangas para o sabre (jibetos), alm de uma mscara de material
inoxidvel. Todo o equipamento tem o intuito de deixar fluir livre uma corrente eltrica
suficiente para a sinalizao do toque.
Quando a lmina toca os coletes metlicos ou a mscara metlica (usada no sabre), um
segundo sensor ativado. Para pontuar no florete necessrio que tanto a ponta entre em
contato com o colete do adversrio quanto a ponta seja pressionada, enquanto no sabre basta
que a lmina encoste no colete e/ou na mscara.
A ponta do florete pode ser pressionada fora da rea de toque, por isso existe a acusao do
toque invlido no florete.
Antes de qualquer combate, os equipamentos so testados, inclusive as pontas das armas para
verificar, com pequenos pesos colocados sobre a ponta de cada arma, que a ponta est
flexionando dentro de seu limite somente assim as armas no podero indicar toques falsos
como o prprio movimento rpido da lmina contra a presso do ar durante o jogo.
[editar]Esgrima nos pases

No Brasil os esgrimistas licenciados da Unio Brasileira de Esgrima (a antiga Confederao
Brasileira de Esgrima criada em 1927) so todos associados a Federao Internacional de
Esgrima (FIE).
Em geral, os tradicionais e grandes esgrimistas campees do mundo so os hngaros, os
franceses e os italianos. No Brasil como no resto das Amricas o esporte pouco difundido e
praticado.
Referncias

Evandro Duarte Oliveira Pgina visitada em 15 de Janeiro de 2009. Ncleo de Esgrima
Brasileira.

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