Hatsumi - Cordas Vibrantes
Hatsumi - Cordas Vibrantes
Hatsumi - Cordas Vibrantes
CORDAS VIBRANTES
ACADMICOS:
BIANCA DE SOUZA FRAGA
GUILHERME MORAES DE SOUZA
GUILHERME MOSCATO MALAVAZI
TURMA:
ENGENHARIA QUMICA 008
MARING PARAN
15/09/2010
PROFESSORA:
HATSUMI MUKAI
Resumo
Neste experimento foi utilizado um sistema composto por um alto falante, um
gerador de frequncia e um amplificador capazes de gerar ondas estacionrias em um
fio qualquer, atravs das chamadas oscilaes foradas. Com o auxlio deste sistema,
criou-se uma srie de situaes que diferiam entre si devido ao nmero de ventres
presentes na corda e a tenso aplicada na mesma, e ento analisou-se a dependncia da
frequncia de vibrao a cada um destes itens, simultaneamente ao comprimento e
densidade do fio, sendo que esta foi determinada com o auxlio de uma trena e de uma
balana semi-analtica, e tambm obteve-se a velocidade de propagao de uma onda
em estado estacionrio.
Por fim, comparou-se os resultados obtidos em cada parte analisada.
Introduo:
Ondas um dos principais assuntos na fsica. Um dos mais interessantes
exemplos so as ondas ssmicas que se propagam tanto no interior quanto na superfcie
terrestre. Estaes sismolgicas so projetadas principalmente para registrar ondas
ssmicas geradas por terremotos, mas elas tambm registram ondas ssmicas geradas por
qualquer grande liberao de energia prxima superfcie terrestre, tal como uma
exploso.
Para vermos a importncia das ondas no mundo moderno, basta considerarmos a
indstria musical. Cada pea musical que voc escuta desde algumas bandas ao mais
eloqente concerto transmitido na Internet, depende da produo de ondas e a deteco,
a informao transportada pelas ondas pode necessitar ser transmitida ou gravada e
depois reproduzida. A importncia econmica do controle de ondas musicais tremenda
e a recompensa para engenheiros e fsicos que desenvolvem novas tcnicas de controle
pode ser gratificante.
Os instrumentos de corda constituem, basicamente, de fios esticados (cordas)
presos em ambas as extremidades. Se a extremidade de uma corda esticada e presa
oscilar, uma onda peridica se propagar ao longo dela, ser refletida na extremidade e
retornar invertida, em relao onda incidente. Se continuar a vibrar a corda, existiro
duas ondas se propagando ao longo da corda, indo uma de encontro outra que iro
interferir entre si.
De modo geral, a onda resultante poder ser uma onda qualquer, mas se vibrar a
extremidade da corda com determinadas freqncias, as duas ondas podero interferir e
dar origem a uma onda estacionria de grande amplitude. As freqncias com que as
ondas estacionrias so produzidas so as freqncias naturais ou freqncias
ressonantes da corda, e as diferentes ondas estacionrias que podero se estabelecer
nessa corda correspondem aos modos ressonantes de vibrao.
As extremidades fixas da corda so pontos que no vibram, chamados ns. Entre
dois ns, temos pelo menos um ventre.
So trs as variveis que um msico deve controlar para obter as vrias notas de
freqncias de certo instrumento com cordas vibrantes:
com roscas especiais (cravelhas), ele controla a intensidade da trao (fora) na corda:
com maior trao, mais agudo o som, logo um valor de frequncia maior;
com a mudana de uma corda mais grossa para uma mais fina, ele altera a densidade
linear da corda: aumentando-se, obtem-se um som mais agudo, portanto, uma
freqncia menor;
com o dedo, ele controla o valor de L, a poro vibrante da corda: quanto maior o
comprimento, o som mais grave e a freqncia menor.
Desse modo, a frequncia natural da voz humana tambm determinada pelo
comprimento, espessura e massa das nossas cordas vocais. Assim mulheres que tm as
cordas vocais mais curtas possuem voz mais aguda (maior frequncia) que os homens
com vocais mais longas e que tem a voz mais grave (menor frequncia).
O fsico e matemtico Joseph-Louis Lagrange tambm fez um grande estudo
sobre a propagao do som, fazendo importantes contribuies teoria das cordas
vibrantes. Ele estudou muito sobre este assunto e claramente tinha pensado
profundamente sobre as obras de Newton, Daniel Bernoulli, Taylor, Euler e d'Alembert.
Lagrange usou um modelo de massa discreta para sua corda vibrante, que o levou
considerar n massas ligadas por cordes de microgravidade. Ele resolveu o sistema
resultante de n +1 equaes diferenciais, ento que n tende ao infinito para obter a
mesma soluo funcional como Euler tinha feito. Sua rota diferente para a soluo, no
entanto, mostra que ele estava olhando para os diferentes mtodos que os de Euler. Com
isso, Lagrange se tornou um cone para o assunto, contribuindo em muito para o estudo
das cordas vibrantes.
Atravs dessas informaes, o experimento tem como objetivo gerar ondas
estacionrias em uma corda e, determinando a densidade linear da corda e utilizando-se
da frmula de Lagrange, analisar as relaes existentes entre a freqncia de vibrao
da corda e o nmero de ventres, comprimento e tenso aplicada, alm de obter a
velocidade de propagao de uma onda no estado estacionrio.
Desenvolvimento Terico:
- Velocidade de propagao (v):
Trata-se da velocidade em que uma onda percorre toda a extenso de um corpo.
Em nosso caso, uma corda, e pode ser descrita por:
v = F/
(1.1)
- Trao (F):
a fora aplicada extremidade livre da corda de modo a tencion-la para que
uma onde percorre toda sua extenso.
- Freqncia (f):
Trata-se da quantidade de oscilaes da corda em um certo espao de tempo.
- Comprimento de onda ():
dado pela distncia entre dois pontos que tem um mesmo comportamento ao
longo de uma onda, por exemplo, dois pontos sucessivos de mximo, e pode ser dado
por:
=v/f
- Densidade Linear ():
a relao entre massa (m) e o comprimento da corda (L):
(1.2)
= m/L
(1.3)
- Amplitude (A):
o mdulo do deslocamento mximo dos elementos da corda a partir de suas
posies de equilbrio enquanto uma onda passa por ela.
- Nodos:
Local dos elementos da corda onde a amplitude mnima, ou seja, 0.
- Antinodos (ou ventres):
Local dos elementos da corda onde a amplitude mxima.
- Onda estacionria:
formada pela superposio de duas ondas que tenham a mesma freqncia,
velocidade e amplitude e que se propaguem em sentidos opostos.
- Ressonncia:
Para certas freqncias (freqncias de ressonncia), a interferncia produz um
padro de onda estacionria (ou modo de oscilao) com ns e grandes antinodos. Ento
tal onda est em ressonncia.
- Harmnicos:
- Fundamental: Trata-se da melhor freqncia para que ondas entrem em
ressonncia.
- Srie: Trata-se de freqncias, mltiplos da freqncia do harmnico
fundamental, que apresentam ondas em ressonncia.
- Frmula de Lagrange:
Sabendo que, em ressonncia, as cordas vibrantes apresentam multiplicidade de
seu harmnico fundamental. Observa-se que existe uma relao simples entre o
comprimento L da corda e o comprimento de onda () que nela se estabelece.
Generalizando, para o ensimo harmnico:
L = n (/2)
(1.4)
onde n=1, 2, 3, 4... representa o nmero de ventres. Portanto, para cada n, teremos um
modo de ressonncia diferente.
Juntando as equaes (1.1), (1.2) e (1.4) obtemos a seguinte relao:
= v/f
=>
2L/n = v/f
=>
2L/n = (F/)/f
=>
fn = n(F/) / 2L
(1.5)
(1.6)
(1.7)
- Para medidas indiretas que envolvem operaes de multiplicao e diviso aplicamos
o logaritmo neperiano, usando a definio
lnx = x/x
(1.8)
levando em conta que o sinal negativo passa a ser positivo devido a teoria de
propagao de erros.
Assim, para uma medida calculada atravs da equao A = BC/D, por exemplo,
o desvio de A ser dado por
a = A (b/B + c/C + d/D)
(1.9)
(2.0)
(2.1)
(2.2)
(2.4)
E o coeficiente angular b expresso por:
(2.5)
sendo n o nmero de medidas, inclusive o zero.
Aps definidos a e b, basta substitu-los em (2.3) para que se obtenha a equao
da reta ajustada. A partir desta equao possvel encontrar novos valores de y em
relao aos valores de x, estes novos pontos devem ser ligados, formando uma reta.
Desenvolvimento experimental
I)
Materiais utilizados:
II)
Descrio do experimento:
suporte em L por ser esta a parte aonde foi criada as ondas estacionrias. O valor do
comprimento encontrado corresponde a (155,00 + 0,05) 10-2 m
Resultados:
I)
Na tabela seguinte temos os valores aferidos das massas com o auxlio de uma
balana semi-analtica, a medida do comprimento do fio aferida com uma trena e as
freqncias, para determinada trao e nmero de ventres, obtidas diretamente pelo
gerador de frequncia. A densidade linear do fio foi calculada pela frmula (= ) e seu
desvio pela seguinte frmula: = (
), neste
caso no consideramos o desvio da gravidade por se tratar de um valor exato que foi
fornecido.
Tabela 9.1 Medidas das freqncias em funo do nmero de ventres e da trao aplicada ao fio.
-3
-4
n=1
f (Hz)
161
181
211
231
261
n=2
f (Hz)
331
391
441
491
531
m x 10 (Kg) F x 10 (N)
51,500,01
5.0501
74,800,01
7.3351
92,970,01
9.1171
122,420,01 11.0241
133,230,01 13.0651
-2
g = 9,80665 m / s
l = (155,000,05) 10 m
II)
Interpretao dos Resultados:
n=3
f (Hz)
491
591
651
711
761
n=4
f (Hz)
661
771
871
951
1031
n=5
f (Hz)
811
971
1091
1181
1281
-5
= (22,81,0) 10 Kg / m
). Levando-
) e, o
).
= 2.280 F
III)
Questes:
1=
2 =
3 =
v=
= 47,06 m/s
v=
= 51,15 m/s
Comparando com o resultado obtido no item d), temos um desvio percentual de 8,7%, o
que significa que a velocidade do trem de ondas para a fora selecionada est coerente.
Bibliografia:
[1] BIBLIOTECA on-line. Disponvel em: <http://blogspotloufilho.criarumblog.com/Lourival-b1/As-Cordas-Vibrantes-b1-p56783.htm> Acesso em
11/09/2010 as 19:47h
[2] H. D. Young e R. A. Freedman, Fsica II, Pearson, So Paulo (2006)
[3] F. J. Keller, W. E. Gettys e M. J. Skove, Fsica Volume 2, Makron Books, So Paulo
(1997)
[4] D. Halliday, R. Resnick, J. Walker, Fundamentos de Fsica 2, Volume 2, LTC, Rio de
Janeiro (2005)
[5] BIBLIOTECA on-line. Disponvel em: <http://www.apprendremath.info/portugal/historyDetail.htm?id=Lagrange> Acesso em 09/10/2010 13:35h
[6] Apostila de Laboratrio de Fsica II, DFI/UEM 2010
[7] - Texto EAD Capitulo 1 Medidas e Erros (2009), MUKAI, H. e FERNANDES,
P.R.G., Apostila de Labortrio de Fsica I DFI/UEM cap 1 2008