1. O documento apresenta os resultados de uma pesquisa que calculou os Fatores de Correção e Cocção de alimentos utilizados em Unidades de Alimentação e Nutrição.
2. Foram analisados diversos grupos alimentares como frutas, hortaliças, leguminosas, cereais e carnes.
3. Os resultados podem ser usados para reduzir desperdícios e melhorar a gestão de compras e cardápios nessas unidades.
Direitos autorais:
Attribution Non-Commercial (BY-NC)
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1. O documento apresenta os resultados de uma pesquisa que calculou os Fatores de Correção e Cocção de alimentos utilizados em Unidades de Alimentação e Nutrição.
2. Foram analisados diversos grupos alimentares como frutas, hortaliças, leguminosas, cereais e carnes.
3. Os resultados podem ser usados para reduzir desperdícios e melhorar a gestão de compras e cardápios nessas unidades.
1. O documento apresenta os resultados de uma pesquisa que calculou os Fatores de Correção e Cocção de alimentos utilizados em Unidades de Alimentação e Nutrição.
2. Foram analisados diversos grupos alimentares como frutas, hortaliças, leguminosas, cereais e carnes.
3. Os resultados podem ser usados para reduzir desperdícios e melhorar a gestão de compras e cardápios nessas unidades.
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2. Foram analisados diversos grupos alimentares como frutas, hortaliças, leguminosas, cereais e carnes.
3. Os resultados podem ser usados para reduzir desperdícios e melhorar a gestão de compras e cardápios nessas unidades.
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Coordenao Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE
Publicao: 20 de maio de 2011 Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional
Raianne Motoshima Barros Paloma Popov C. Garcia Simone Gonalves Almeida
Curso: Nutrio FACULDADE ANHANGUERA DE BRASLIA Trabalho apresentado no 10 Congresso Nacional de Iniciao Cientfica CONIC. Apresentado tambm no Evento Interno do PIC, da Faculdade Anhanguera de Braslia, ficando em segundo lugar na classificao geral
RESUMO Para que uma Unidade de Alimentao e Nutrio - UAN tenha mais facilidade para elaborar sua lista de compras, melhorar o cardpio e permitir diagnosticar algum tipo de desperdcio no momento do preparo dos alimentos, cada servio de alimentao deve estabelecer sua tabela de Fator de Correo e Coco de acordo com o tipo de alimento que adquire para maior segurana a respeito das quantidades a comprar. A pesquisa tem como objetivo calcular e elaborar uma tabela de Fator de Correo (FC) e Coco (Fcy). Depois de elaborada a tabela, o Fc da maioria dos alimentos foi menor que o encontrado na literatura, sugerindo uma boa qualidade dos alimentos. O Fcy encontrado mostrou que o rendimento bastante variado entre os grupos alimentcios. Os clculos de Fc e Fcy so formas para controlar o desperdcio dos alimentos, tornando este trabalho uma ferramenta para contribuio dos servios de uma UAN. Palavras-Chave: desperdcio; Fator de Correo (Fc); Fator de Coco (Fcy). ANURIO DA PRODUO DE INICIAO CIENTFICA DISCENTE Vol. 13, N. 16, Ano 2010 ANLISE E ELABORAO DOS FATORES DE CORREO E COCO DE ALIMENTOS 104 Anlise e elaborao dos fatores de correo e coco de alimentos Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 1. INTRODUO No incio da histria, at os dias atuais, a alimentao demarcou etapas importantes no processo de evoluo do homem (CUPPARI, 2002). Segundo Akutsu (2005), na segunda metade do Sculo XX, a sociedade brasileira passou por um intenso processo de transformao, destacando-se a mudana no padro de consumo alimentar. Surgiram assim as Unidades de Alimentao e Nutrio - UAN pertencem ao setor de alimentao coletiva (COLARES; FREITAS, 2007). Para acompanhamento do desperdcio de alimentos usa-se o Fator de Correo - Fc, ou Indicador de Parte Comestvel, que serve para definir a quantidade de alimento a ser comprada, j considerando o que ser perdido durante todo o processo de preparao (ARAJO et al., 2007). utilizado o Fator de coco - Fcy para definir o rendimento do alimento nas preparaes (ARAJO, 2007). A finalidade desta pesquisa foi o clculo dos Fatores de Correo (Fc) e Coco (Fcy), e a elaborao de uma tabela com o Fc e Fcy obtidos, pensando na reduo do desperdcio dos alimentos utilizados na cozinha. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral Estipular os Fatores de Correo e Coco dos alimentos mais utilizados em Unidades de Alimentao e Nutrio. 2.2. Objetivos especficos Calcular os Fatores de Correo e Coco; Reduzir os desperdcios dos alimentos utilizados na cozinha; Elaborar uma tabela com esses fatores para ajudar na padronizao dos procedimentos do laboratrio. 3. METODOLOGIA 3.1. Caracterizao da pesquisa A pesquisa foi realizada no Laboratrio de Tcnica Diettica da IES, nos meses de abril a julho, onde aconteceram todas as atividades de pr-preparo, preparo, coleta do peso bruto Raianne Motoshima Barros, Paloma Popov Custdio Garcia, Simone Gonalves Almeida 105 Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 e do peso lquido dos alimentos, que foram adquiridos em supermercados e feiras livres de Taguatinga, cidade satlite do Distrito Federal. Iniciou-se os clculos desses fatores, realizando o pr-preparo, onde os alimentos foram limpos, descascados, cortados ou desossados. O preparo consistiu na coco dos alimentos, evitando ao mximo, perdas durante esses processos. Ao pesar e aferir todos os pesos, os dados passaram por mdia aritmtica, foram tabulados e organizados em forma de tabela, conforme as Tabelas 1, 2, 3 e 4. 3.2. Amostra para realizao da pesquisa Os alimentos utilizados na pesquisa foram os grupos alimentares mais utilizados na alimentao brasileira. So eles: frutas (Abacate; Abacaxi; Ameixa; Banana ma, nanica, e prata; Caju; Carambola; Coco; Goiaba; Kiwi; Laranja lima, pra; Limo; Mamo formosa, papaya; Ma gala, fuji; Manga; Maracuj; Melancia; Melo; Mexerica; Morango; Nectarina; Pra; Pssego; Uva); hortalias (Acelga; Agrio; Alface lisa e crespa; Abbora japonesa; Abobrinha; Alho; Beterraba; Batata; Batata Doce; Brcolis; Berinjela; Car; Cebola; Cenoura; Chuchu; Coentro; Couve; Couve-flor; Mandioca; Pepino; Pimento; Quiabo; Rcula; Repolho; Tomate; Vagem); leguminosas (Amendoim; Ervilha sem casca; Feijo carioca; Gro-de-bico; Lentilha; Soja); cereais (Arroz; Aveia; Milho; Trigo); aves (asa, coxa, peito, sobrecoxa); carnes vermelhas (Acm; Alcatra; Coxo mole; Contrafil; Fil Mignon; Lagarto; Patinho; Maminha). 3.3. Equipamentos e utenslios Para a pesagem, foram utilizadas balanas digitais da marca Scala (8kg), e para coco utilizou-se o fogo industrial. Os utenslios utilizados foram facas, descascadores, panelas, pratos e tbuas de polietileno. 3.4. Procedimentos para determinao dos fatores de correo e coco Calculou-se a mdia com trs amostras de cada alimento. Para melhor organizao, foi preciso dividir os alimentos, assim cada semana era trabalhado um grupo especfico, o grupo das hortalias foi o primeiro a ser comprado, foi dado prosseguimento com o grupo das frutas e dos cereais, e para finalizar foi feito o Fc e Fcy das carnes e aves. Os alimentos eram inicialmente pesados para obteno do peso bruto (PB). Em seguida, foram submetidas etapa de pr-preparo, importante lembrar que nesse 106 Anlise e elaborao dos fatores de correo e coco de alimentos Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 processo deve-se ter o cuidado com as perdas, principalmente na etapa de descascar os alimentos, para diminuir essas perdas, foi utilizado um descascador. Com os valores do peso bruto e lquido, foi possvel calcular o Fator de Correo, pela seguinte frmula: Fc = PL PB. O Fator de Coco foi calculado apenas para os alimentos que necessitam de tratamento trmico para serem consumidos. Aps a coco, os alimentos foram pesados, para obter o peso do alimento cozido. Assim foi obtido o clculo do Fcy que determinado pela relao entre o peso do alimento cozido e o peso lquido, com esses valores possvel saber qual o rendimento das preparaes dos servios de alimentao. Depois de verificado o resultado dos clculos de FC e Fcy, foi elaborada uma tabela com todos os alimentos e seus respectivos fatores de correo e coco, que facilitou a comparao dos mesmos com a literatura e ajudou na lista de compras da instituio. 4. DESENVOLVIMENTO 4.1. A Importncia da alimentao A alimentao o processo pelo qual os seres vivos adquirem do mundo exterior os alimentos para formar a dieta (CUPPARI, 2002). Como um motor complexo, nosso organismo funciona a partir de energia, obtida atravs dos alimentos que ingerimos, e por meio dos mesmos que conseguimos, por exemplo, manter os processos vitais (USBERCO; SALVADOR; BENABOU, 2004). Segundo Cuppari (2002), no incio da histria, at os dias atuais, a alimentao demarcou etapas importantes no processo de evoluo do homem. Antigamente, na pr- histria, o homem limitava-se a caa, pesca e coleta de vegetais, posteriormente foi evoluindo, at conseguir planejar a produo de alimentos que se destinava no apenas satisfao das necessidades, e sim tambm como excedentes comercializveis. Pode ser entendido que o ato de alimentar seja uma das atividades mais importantes do ser humano, seja por razes biolgicas, ou pelas questes sociais e culturais que envolvem o comer, englobando assim, vrios aspectos que vo desde a produo dos alimentos at a sua transformao em refeies e disponibilizao s pessoas (PROENA et al., 2005). Raianne Motoshima Barros, Paloma Popov Custdio Garcia, Simone Gonalves Almeida 107 Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 A alimentao faz parte da vida social de todos, e ela pode ser feita tanto nas residncias, quanto fora delas, em restaurantes, por exemplo. 4.2. Unidades de alimentao e nutrio A Revoluo Francesa trouxe mudanas na culinria e uma dessas alteraes foi criao dos restaurantes, que deixou de ser uma caracterstica de riqueza para se tornar popular. O crescimento cultural e econmico vivenciado pela Frana entre o sculo XVIII e o incio da Primeira Guerra Mundial, tornou a cozinha francesa referncia para os outros povos, onde tcnicas culinrias e receitas com ingredientes acessveis foram utilizados em todo o mundo (ARAJO et al., 2007). Segundo Akutsu (2005, p. 2), na segunda metade do sculo XX, a sociedade brasileira passou por um intenso processo de transformao devido ao desenvolvimento industrial, dentre eles, destaca-se a mudana no padro de consumo alimentar. Conforme Leal (2009, p.99), nesse processo de industrializao, a globalizao chegou at a cozinha e trouxe recursos tecnolgicos, que avanaram rapidamente no que diz respeito agronomia e industrializao. As pessoas que dependem de tais alimentos consumidos fora de casa estavam mais interessadas na sua convenincia do que em questes de sua segurana, aspectos de qualidade e higiene dos alimentos consumidos (SOUSA, 2008). Surgiram as Unidades de Alimentao e Nutrio - UAN que pertencem ao setor de alimentao coletiva. Tem a funo de administrar a produo de refeies nutricionalmente equilibradas com bom padro higinico-sanitrio, podem contribuir para manter ou recuperar a sade de coletividades, e tambm auxiliar no desenvolvimento de hbitos alimentares mais saudveis (COLARES; FREITAS, 2007). Uma UAN deve visar melhoria dos servios prestados, atravs de um planejamento adequado, de um conhecimento aprofundado dos processos executados e da disseminao do conceito de alimentao saudvel (AKUTSU, 2005). Assim, a qualidade da matria-prima, a arquitetura dos equipamentos e das instalaes, as condies higinicas do ambiente de trabalho, as tcnicas de manipulao dos alimentos, so fatores indispensveis nessas unidades que devem produzir alimentos seguros. Para que isso ocorra necessrio implantar as Boas Prticas de Fabricao (BPF), que entendida como um conjunto de normas que visa promoo e a certificao da qualidade e segurana do alimento (SCHNEIDER, 2006, p.254). 108 Anlise e elaborao dos fatores de correo e coco de alimentos Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 No gerenciamento de uma UAN o desperdcio um fator de grande relevncia (RICARTE et al., 2008). sinnimo de falta de qualidade e deve ser evitado atravs de um planejamento bem estruturado (ABREU et al., 2003). A padronizao do processo de produo de refeio uma soluo eficiente, beneficia o trabalho do nutricionista, facilita o treinamento dos funcionrios e facilita o planejamento do trabalho dirio (AKUTSU et al., 2005). Alm dessa padronizao necessrio aprimorar o processo de recrutamento, seleo e avaliao de desempenho e propiciar qualificao aos funcionrios (CAVALLI; SALAY, 2007). Outra soluo para o problema rever o planejamento do cardpio, adequando-o aos hbitos alimentares do cliente, para diminuir o desperdcio, j que foi observada uma grande quantidade de resto alimentar (SAYUR, PINTO, 2009). Ao unir a cincia e a culinria, Arajo (2007) relata que as tecnologias estabelecem padres alimentares, que vo preocupar-se com a qualidade e a aparncia dos alimentos, alm das questes de segurana higinico-sanitria. Avaliam resultados e desenvolvem ndices para facilitar a programao das preparaes e refeies fatores de correo e coco controles que tm base econmica, possibilitando a padronizao de preparaes e evitando assim os desperdcios. 4.3. Determinao do fator de correo Um dos ndices utilizados para acompanhamento do desperdcio de alimentos o Fator de Correo, ou Indicador de Parte Comestvel, que serve para definir a quantidade de alimento a ser comprada, j considerando o que ser perdido durante todo o processo de preparao (ARAJO et al., 2007, p.204). Esse Fator prev as perdas inevitveis que ocorre durante a etapa de pr-preparo, quando os alimentos so limpos, descascado, desossado ou cortado (ORNELAS, 2007, p.44). Esse indicador obtido da relao entre o peso bruto (alimento na forma em que adquirido) e do peso lquido (alimento depois de limpo e pronto para utilizao). utilizada a frmula: Fator de Correo (FC) = Peso Bruto (PB) / Peso Lquido (PL) (ORNELAS, 2007, p.44). A obteno desse indicador no se restringe apenas ao clculo do valor das perdas por retirada de cascas, sementes, talos e sujidades. necessrio o conhecimento da forma de consumo e da parte comestvel do alimento, para que a avaliao do valor nutritivo da dieta no fique sub ou superestimado. Falhas causadas por estimativas incorretas podem provocar problemas operacionais em Unidades de Alimentao e Raianne Motoshima Barros, Paloma Popov Custdio Garcia, Simone Gonalves Almeida 109 Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 Nutrio, como aumento dos custos, desperdcios com sobras de alimentos j preparados, aquisio superfaturada. Um fator importante que influncia o resultado do fator de correo a tcnica empregada no pr-preparo, o tipo de utenslio ou equipamento, e o recurso humano (PHILIPPI, 2006, p.33). Cada UAN deve estabelecer sua tabela do Fator de Correo, que depende do tipo de alimento que adquire (qualidade do alimento), mo-de-obra do servio (se so treinados para evitar o desperdcio), utenslios e equipamentos utilizados, com a finalidade de uma maior segurana a respeito das quantidades a comprar (ORNELAS, 2007, p.45). O que deve ter em todas as UANs o treinamento dos funcionrios na produo, por serem umas das etapas mais importantes para o controle do FC, que depende da manipulao dos alimentos, mas no basta apenas isso, para se ter um bom resultado preciso associar o treinamento dos funcionrios com a qualidade das embalagens, a temperatura dos produtos, a forma do pedido da compra (deve ser detalhado), observar as caractersticas dos alimentos, o prazo de validade, entre outros aspectos. bom lembrar que uma unidade que no controla seu desperdcio est sujeito a aumentar o custo da produo e, conseqentemente, o valor das refeies, o que conduz perda de lucro (ARAUJO et al., 2007). 4.4. Determinao do fator de coco Os alimentos podem sofrer algumas modificaes por vrios fatores: fsicos (temperatura), qumicos (ao de cidos) e biolgicos (fermentos). Essas modificaes junto com aes externas que os alimentos recebem, na passagem de um estado para outro (coco, congelamento, descongelamento), fazem com que o peso dos alimentos seja alterado. Alm do tipo de calor (mido ou seco) que age sobre o alimento, h tambm a intensidade de calor, tempo de coco, espcie de utenslio, adequao de equipamentos, qualificao da mo de obra e diferentes preparaes para um mesmo alimento (assado, grelhado, gratinado, refogado e desidratado) que vo interferir no produto final (PHILIPPI, 2006, p.34). Foi elaborado o Fator de Coco (Fcy) ou Indicador de converso para ajudar a planejar a lista de compras, ele indica a relao entre a quantidade de alimento cozido (alimento pronto) e a quantidade de alimento cru e limpo usado na preparao. utilizado para definir o rendimento do alimento nas preparaes, assim como a capacidade dos utenslios e equipamentos que sero utilizados. calculado pela seguinte 110 Anlise e elaborao dos fatores de correo e coco de alimentos Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 frmula: Fator de coco (Fcy) = Peso do alimento cozido/ Peso lquido (peso do alimento cru e limpo) (ARAJO, 2007, p.209). 4.5. Apresentao das tabelas Tabela 1. Fator de Correo das frutas. Frutas Fc Frutas Fc Frutas Fc Abacate 1,26 Kiwi 1,17 Melancia 1,24 Abacaxi 1,31 Laranja Lima 1,57 Melo 1,14 Ameixa 1,03 Laranja Pra 1,16 Mexerica 1,32 Banana Ma 1,46 Limo 1,19 Morango 1,05 Banana Nanica 1,56 Mamo Formosa 1,38 Nectarina 1,29 Banana Prata 1,47 Mamo Papaya 2,56 Pra 1,03 Caju 1,19 Ma Gala 1,03 Pssego 1,30 Carambola 1,06 Ma Fuji 1,03 Uva 1,03 Coco 1,57 Manga 1,24 Goiaba 1,09 Maracuj 1,8 Fc =PB PL PB =Peso Bruto PL =Peso Lquido. Tabela 2. Fator de Coco das hortalias. Hortalias Fc Fcy Hortalias Fc Fcy Hortalias Fc Fcy Acelga 1,05 Batata Doce 1,16 1,08 Pepino 1,15 Agrio 1,23 Berinjela 1,06 1,07 Pimento 1,13 Alface Lisa 1,22 Car 1,12 1,02 Quiabo 1,14 1,58 Alface Crespa 1,02 Cebola 1,08 Rcula 1,41 Abbora 1,23 1,08 Cenoura Repolho 1,08 0,93 Abobrinha 1,38 0,93 Chuchu Tomate 1,07 Alho 1,12 Coentro Vagem 1,01 0,99 Beterraba 1,19 1,08 Couve Batata 1,10 0,99 Couve-flor Brcolis 1,08 0,96 Mandioca 1,18 1,16 Fc =PB PL e Fcy =PAC PL PB =Peso Bruto PL =Peso Lquido PAC =Peso do Alimento Cozido. Raianne Motoshima Barros, Paloma Popov Custdio Garcia, Simone Gonalves Almeida 111 Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 Tabela 3. Fator de Coco das leguminosas e cereais. Leguminosas Fcy Cereais Fcy Amendoim 0,88 Arroz 1,97 Ervilha sem casca 1,94 Aveia 4,01 Feijo 2,09 Milho 1,05 Gro-de-bico 1,89 Trigo 1,87 Lentilha 2,22 Soja 2,08 Fcy =PAC PL PAC =Peso do Alimento Cozido. Tabela 4. Fator de Correo e Coco das carnes vermelhas e aves. Carnes Vermelhas Fc Fcy Aves Fc Fcy Acm 1,05 0,70 Asa 0,78 Alcatra 1,08 0,67 Asinha 1,18 0,70 Coxo mole 1,05 0,82 Coxa 1,06 0,74 Contra Fil 1,28 0,64 Peito 1,20 0,68 Fil Mignon 1,01 0,73 Sobrecoxa 1,14 0,72 Lagarto 1,04 0,65 Patinho 1,04 0,60 Maminha 1,04 0,66 Fc =PB PL e Fcy =PAC PL PB =Peso Bruto PL =Peso Lquido PAC =Peso do Alimento Cozido. 5. RESULTADOS Depois da coleta dos pesos, o prximo passo foi encontrar o valor do fator de correo (Fc) e coco (Fcy) atravs da mdia aritmtica. Os dados foram tabelados, como constam nas Tabelas 1, 2, 3 e 4. Foi observado que de suma importncia um pr-preparo bem feito dos alimentos para a obteno do fator de correo e coco adequados. A padronizao tambm apresentou uma grande relevncia, uma vez que foram feito todos os processos pela autora, evitando-se ao mximo o desperdcio. O fator de correo da maioria dos alimentos foi menor que o encontrado por Ornelas (2007) e Arajo (2007), que pode sugerir uma boa qualidade dos alimentos. Em contra partida, cebola, carambola, laranja lima, mamo papaya e melancia tiveram uma mdia de Fc maior que o abordado por Arajo (2007), porm nestes casos o autor no retirou algumas partes dos alimentos, por exemplo, no mamo no foi retirado a casca. J neste trabalho retirou-se tanto a semente como a casca, que no so consumidos pelos clientes. Foi verificado que a maioria das hortalias, manipuladas de forma correta, adquiriu um desperdcio mnimo e o rendimento na coco foi variado, algumas 112 Anlise e elaborao dos fatores de correo e coco de alimentos Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 perderam peso como no caso do repolho e outras ganharam peso como no caso do quiabo. Observou-se que os cereais e leguminosas tiveram um grande rendimento depois da coco, o de maior rendimento foi a aveia devido ao acrscimo de leite em sua preparao. As leguminosas e os cereais, exceto o milho, foram feito apenas o fator de coco, uma vez que os mesmos j foram comprados processados, como ocorre em UANs para facilitar o servio. Vaz (2002) explica que quando o alimento foi comprado processado, pr-processado ou higienizado s precisa calcular o ganho ou a perda aps a coco. J para as carnes e o frango, foi estabelecido o corte e a forma de coco de cada um, assim poucos foram encontrados, pois na literatura consta o frango inteiro, e as preparaes de algumas carnes j foram feitos com ingredientes, sendo que neste trabalho s consta a carne preparada apenas com gua e leo em alguns cortes em bife. A carne moda foi comparada e verificou-se semelhana no fator de coco com o apresentado em Vaz (2007). Os fatores de correo tambm no diferenciaram muito, o resultado foi menor que o encontrado por Vaz (2007) e Ornelas (2007), por terem sido comprados j no corte especfico, tendo que retirar apenas algumas partes no comestveis, sendo a alcatra e o contra-fil o que tinham maior quantidade das partes no comestveis, ficando assim com um fator de correo maior que os demais. Para esse grupo de alimentos h perdas no momento da coco, precisam ser comprados em maior quantidade que os outros grupos de alimentos, sendo o gasto maior com eles. 6. CONSIDERAES FINAIS Os dados obtidos na pesquisa foram satisfatrios. Observou-se que o maior controle necessrio para que se tenha a diminuio do fator de correo, ndice que confere a qualidade dos servios e eficincia dos funcionrios, evitando o desperdcio e conseqentemente a Unidade de Alimentao e Nutrio tenha um maior lucro. Sendo possvel concluir assim, que o treinamento dos funcionrios, a padronizao, e a presena de um nutricionista para realizar essas tarefas, tornam-se indispensveis para obteno de uma maior qualidade dos servios prestados pela mesma. Os clculos de FC e Fcy so uma forma para controlar o desperdcio dos alimentos, tornando este trabalho uma ferramenta para contribuio dos servios de uma UAN. Raianne Motoshima Barros, Paloma Popov Custdio Garcia, Simone Gonalves Almeida 113 Anurio da Produo de Iniciao Cientfica Discente Vol. 13, N. 16, Ano 2010 p. 103-113 REFERNCIAS ABREU, E.S. et al. Gesto de unidades de alimentao e nutrio: um modo de fazer. So Paulo: Metha, 2003. 140p. ARAUJO, W.M.C. et al. Alquimia dos alimentos. v.2. Braslia (DF): Editora SENAC, 2007. p.56; 66; 204-207; 209. AKUTSU, R.C. et al. Adequao das boas prticas de fabricao em servios de alimentao. Revista Nutrio, Campinas, v. 18, n. 3, p. 419-427; mai./jun. 2005. AKUTSU, R.C. et al. 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Introdução á qualidade sanitária em unidades de alimentação e nutrição: Conheça os conceitos que regem o setor de alimentação coletiva e entenda os principais pontos da cadeia produtiva de refeições