Batata 2

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DIOMAR AUGUSTO DE QUADROS

QUALIDADE DA BATATA, SOLANUM TUBEROSUM L., CULTIVADA SOB


DIFERENTES DOSES E FONTES DE POTSSIO E ARMAZENADA EM
TEMPERATURA AMBIENTE

Dissertao apresentada como requisito
parcial obteno do grau de mestre no
Programa de Ps-Graduao em Tecnologia
de Alimentos, Setor de Tecnologia da
Universidade Federal do Paran.

Orientador: Prof. Dr. Renato Joo Sossela de
Freitas
Co-orientadora: Prof. Dra. Sila Mary
Rodrigues Ferreira









CURITIBA
2007




















Catalogao na fonte: Biblioteca da UFPR Litoral,
Sistema de Bibliotecas, UFPR
Quadros, Diomar Augusto de.
Q1 Qualidade da batata, Solanum tuberosum L., cultivada sob
diferentes doses e fontes de potssio e armazenada em
temperatura ambiente / Diomar Augusto de Quadros. Curitiba,
2007.
xviii, 112 f.

Dissertao (mestrado) Universidade Federal do Paran,
Setor de Tecnologia, Programa de Ps-Graduao em Tecnologia
de Alimentos.
Inclui bibliografia.

1. Alimentos Tecnologia. 2. Alimentos Qualidade. 3. Batata Adubo e
Fertilizantes. Alimentos Processamento. 5. Alimentos Armazenamen-
to. I. Universidade Federal do Paran. Setor de Tecnologia, Ps-Gradua-
o em Tecnologia de Alimentos. II. Ttulo.

CDD 664.80521

iii

iv


























No se mede o valor
de um homem pelas suas
roupas ou pelos bens
que possui.
O verdadeiro valor de
um homem o seu carter,
suas idias e a nobreza do
seus ideais

Charles Chaplin

v























DEDICO

memria de meus avs, Antnio e Virgnia,
pela educao e exemplo de vida.

Aos meus trs amores,
Daniela, Vitor e Pedro,
pelo apoio e incentivo nesta etapa de minha vida e
pela compreenso nos momentos da minha ausncia.

vi
AGRADECIMENTOS

Universidade Federal do Paran e ao Programa de Ps-Graduao em
Tecnologia de Alimentos, pela oportunidade na realizao do curso;
Ao Departamento de Nutrio e ao Campus Litoral da Universidade Federal
do Paran, pela disponibilidade de tempo e incentivo realizao do curso;
Ao Professor Dr. Renato Joo Sossela de Freitas, pela dedicao e
orientao;
Professora Dra. Sila Mary Rodrigues Ferreira, pela amizada e incentivo
nestes 11 anos de trabalho juntos;
Ao Professor Dr. Agenor Maccari Jnior, pela oportunidade de realizar este
trabalho e por toda sua ajuda ao longo da pesquisa;
Aos Amigos Dirce Soares, Jair Jos de Lima, Lindamir Tomczak Tullio e
Salete Francisca Basso, pelo valoroso auxlio, pois sem eles este trabalho no seria
possvel;
Ao colega Mauricio Cesar Iung, pelo compartilhamento das amostras e pela
ajuda no trabalho;
Ao colega David Jos de Andrade Silva, pela valoroza colaborao nos
abstracts;
Aos colegas e amigos do programa de Ps-Graduao em Tecnologia de
Alimentos, pela convivncia e troca de experincias;
A Ballesteros Ballesteros Ltda., Pinhais/PR, pela doao do leo vegetal para
a fritura das batatas;
Ao Engenheiro Agrnomo Carlos Alberto Scotti, pela colaborao com o envio
da metodologia para cor visual da fritura;
Ao Dr. Arione Pereira e Analista de Laboratrio Nbia Marilin Lettnin Ferri,
da EMBRAPA Clima Temperado, pela colaborao com o envio da metodologia para
anlise de acares redutores;
A todos aqueles que de forma direta ou indireta colaboraram para a
realizao deste trabalho.

Muito Obrigado.

vii
SUMRIO

Continua
LISTA DE FIGURA E TABELAS.......................................................................................... ix
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS....................................................... x
RESUMO.................................................................................................................................. xii
ABSTRACT............................................................................................................................ xiii
INTRODUO....................................................................................................................... xiv
JUSTIFICATIVA..................................................................................................................... xiv
REFERNCIAS..................................................................................................................... xvii
CAPTULO 1 - FATORES DE QUALIDADE DE BATATA PARA FRITURA................1
RESUMO....................................................................................................................................2
ABSTRACT...............................................................................................................................2
1.1 INTRODUO..................................................................................................................3
1.2 ADUBAO POTSSICA..............................................................................................4
1.3 CULTIVARES DE BATATA PARA USO INDSTRIAL............................................6
1.3.1 TUBRCULOS DE BATATA CULTIVAR ATLANTIC..............................................6
1.3.2 TUBRCULOS DE BATATA CULTIVAR ASTERIX ................................................8
1.3.3 TUBRCULOS DE BATATA CULTIVAR INNOVATOR..........................................9
1.3.4 TUBRCULOS DE BATATA CULTIVAR SHEPODY..............................................9
1.4 QUALIDADE NA INDSTRIA DE BATATA FRITA................................................ 10
1.4.1 QUALIDADE EXTERNA DE BATATA PARA FRITURA ...................................... 10
1.4.1.1 Tamanho e Massa do Tubrculo .......................................................................... 11
1.4.2 QUALIDADE INTERNA DA BATATA PARA FRITURA........................................ 12
1.4.2.1 Teor de Matria Seca ............................................................................................. 12
1.4.2.2 Peso Especfico ....................................................................................................... 14
1.4.2.3 Acares Redutores e Sacarose .......................................................................... 15
1.5 ARMAZENAMENTO DE BATATAS .......................................................................... 16
1.6 COR DA FRITURA........................................................................................................ 17
1.7 CONSIDERAES....................................................................................................... 18
REFERNCIAS...................................................................................................................... 19
CAPTULO 2 - COMPOSIO QUMICA DE TUBRCULOS DE BATATA
CULTIVADOS SOB DIFERENTES DOSES E FONTES DE POTSSIO................... 24
RESUMO................................................................................................................................. 25
ABSTRACT............................................................................................................................ 25
2.1 INTRODUO............................................................................................................... 26
2.2 MATERIAL E MTODOS............................................................................................. 27
2.2.1 MATRIA-PRIMA E AMOSTRA............................................................................... 27
2.2.2 AMOSTRAGEM.......................................................................................................... 27
2.2.3 COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS ................................................... 27
2.2.4 PREPARO DAS AMOSTRAS................................................................................... 29
2.2.5 ANLISE ESTATSTICA ........................................................................................... 29
2.3 RESULTADOS E DISCUSSO.................................................................................. 30
2.3.1 VITAMINA C ................................................................................................................ 32
2.3.2 UMIDADE..................................................................................................................... 33
2.3.3 PROTENAS................................................................................................................ 34
2.3.4 LIPDEOS..................................................................................................................... 35

viii
Concluso
2.3.5 CINZAS......................................................................................................................... 36
2.3.6 CARBOIDRATOS ....................................................................................................... 36
2.3.7 ENERGIA ..................................................................................................................... 37
2.3.8 AMIDO.......................................................................................................................... 38
2.3.9 POTSSIO................................................................................................................... 40
2.4 CONCLUSO................................................................................................................. 40
REFERNCIAS...................................................................................................................... 41
CAPTULO 3 - QUALIDADE DE TUBRCULOS DE BATATA PARA
PROCESSAMENTO CULTIVADOS SOB DIFERENTES DOSES E FONTES DE
POTSSIO E ARMAZENADO EM TEMPERATURA AMBIENTE............................... 46
RESUMO................................................................................................................................. 47
ABSTRACT............................................................................................................................ 47
3.1 INTRODUO............................................................................................................... 48
3.2 MATERIAL E MTODOS............................................................................................. 49
3.2.1 MATRIA-PRIMA E AMOSTRA............................................................................... 49
3.2.2 AMOSTRAGEM.......................................................................................................... 50
3.2.3 ARMAZENAMENTO E PREPARO DAS AMOSTRAS......................................... 50
3.2.4 DETERMINAO DA QUALIDADE DOS TUBRCULOS PARA FRITURA ... 51
3.2.5 ANLISE ESTATSTICA ........................................................................................... 52
3.3 RESULTADOS E DISCUSSO.................................................................................. 53
3.3.1 MASSA......................................................................................................................... 54
3.3.2 PESO ESPECFICO................................................................................................... 56
3.3.3 MATRIA SECA......................................................................................................... 58
3.3.4 ACARES REDUTORES (GLICOSE) ................................................................. 59
3.3.5 COR .............................................................................................................................. 61
3.4 CONCLUSO................................................................................................................. 62
REFERNCIAS...................................................................................................................... 64
CONSIDERAES FINAIS................................................................................................. 69
APNDICES........................................................................................................................... 71
ANEXOS ................................................................................................................................. 86


ix
LISTA DE FIGURA E TABELAS

FIGURA 1.1 - TUBRCULOS DE BATATA.........................................................................7
TABELA 1.1 - TEOR DE MATRIA SECA ENCONTRADO NAS CVS.
ATLANTIC E ASTERIX............................................................................... 14
TABELA 1.2 - PESO ESPECFICO DAS CULTIVARES ATLANTIC E ASTERIX...... 14
TABELA 2.1 - TESTE F DA COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS DE
BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E
SHEPODY, CULTIVADOS COM DIFERENTES DOSES E
FONTES DE ADUBAO POTSSICA.................................................. 31
TABELA 2.2 - MDIAS DA COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS DE
BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E
SHEPODY, CULTIVADOS COM DIFERENTES DOSES E
FONTES DE ADUBAO POTSSICA.................................................. 31
TABELA 3.1 - TESTE F DOS FATORES DE QUALIDADE
(1)
DOS
TUBRCULOS DE BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX,
INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADOS COM DIFERENTES
DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA............................... 54
TABELA 3.2 - MDIAS DOS FATORES DE QUALIDADE DOS TUBRCULOS
DE BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E
SHEPODY, CULTIVADOS COM DIFERENTES DOSES E
FONTES DE ADUBAO POTSSICA, ARMAZENADO EM
TEMPERATURA AMBIENTE..................................................................... 55


x
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SMBOLOS

Continua
aproximadamente
C graus Celsius
maior ou igual
menor ou igual
mais ou menos
% percentual
3N trs normal
abr. abril
ago. agosto
AOAC Association of Official Analytical Chemists
ANR acares no redutores
AR acares redutores
CH carboidratos
cv. cultivar
cvs. cultivares
dez. dezembro
Dr. doutor
Dra. doutora
et al. e outros
g grama
ha hectare
ha
-1
por hectare
HCl cido clordrico
IAPAR Instituto Agronmico do Paran
jan. janeiro
jun. junho
jul. julho
K potssio
kcal quilocalorias

xi
Concluso
KCl cloreto de potssio
K
2
SO
4
sulfato de potssio
kg quilograma
kg K
2
O ha
-1
quilograma de potssio por hectare
kg/ha quilograma por hectare
L litro
m
2
metro quadrado
mar. maro
mg miligramas
mL mililitro
mm milmetro
MS matria seca
MSTAT-C Design, Management, and Statistical Research Tool
MSU Michigan State University
nm nanmetro
out. outubro
ppm partes por milho
PR Paran
Prof. professor
Prof. professora
PUCPR Pontifcia Universidade Catlica do Paran
R$ reais
set. setembro
t/ha tonelada por hectare
UFPR Universidade Federal do Paran
UNICAMP Universidade Estadual de Campinas
USP Universidade de So Paulo

xii
RESUMO

A qualidade da batata, desde o plantio at a ps-colheita, um fator primordial ao
processamento na forma de fatias fritas (chips) ou palito, sendo fundamental
conhecer os efeitos da adubao sobre a composio qumica dos tubrculos e o
armazenamento em temperatura ambiente do produto in natura. Assim, o presente
trabalho teve como objetivo determinar o efeito da adubao potssica (diferentes
doses e fontes) sobre a qualidade de diferentes cultivares de batata armazenadas
em temperatura ambiente ( 22 C). Foram avaliadas as cultivares Atlantic, Asterix,
Innovator e Shepody. As fontes foram KCl e K
2
SO
4
nas doses de 0, 120, 360 e 1080
kg K
2
O ha
-1
. As amostras foram provenientes do municpio de Fazenda Rio
Grande/PR, cultivadas na safra das guas. Para a composio qumica foram
realizadas as seguintes determinaes: vitamina C, umidade, protenas, lipdeos,
cinzas, carboidratos, energia, amido e potssio. A qualidade foi determinada pelas
anlises: massa, peso especfico, matria seca, acares redutores e cor da batata
frita. A cv. Atlantic apresentou os maiores teores mdios de cinzas (0,93%) e
potssio (528,80 mg/100 g); a cv. Asterix a maior umidade (81,47%); a cv. Innovator
obteve os maiores teores de protenas (2,25%), lipdeos (0,06%), carboidratos
(17,72%), energia (80,40 kcal/100 g) e amido (16,45%); e a cv. Shepody a maior
quantidade de vitamina C (31,01 mg/100 g). A massa mdia foi de 113,46 g; o peso
especfico de 1,0748; a matria seca foi de 20,27%; o teor de acares redutores de
38,10 mg de glicose/100 g de amostra e a cor de 1,36. O aumento da dose de
potssio fez com que a umidade, lipdeos, cinzas, potssio, peso especfico e
matria seca elevassem e para os demais os efeitos foram contrrios. Em relao a
fonte de adubao potssica os teres de vitamina C, protenas, lipdeos, cinzas,
carboidratos, energia e amido foram superiores para a fonte sulfato, assim como
para o peso especfico, matria seca, acares redutores e cor da fritura. A
qualidade dos tubrculos das cvs. Atlantic, Asterix e Innovator foi mantida por 45
dias de armazenamento e a da cv. Shepody por 30 dias. Pode-se concluir que a
composio qumica e a qualidade das batatas so dependente da cultivar e da
adubao potssica (dose e fonte) empregada e a cv. Atlantic e Innovator mostraram
ter melhor qualidade para o processamento quando comparadas s demais
cultivares.

Palavras-chave: Solanum tuberosum; qualidade de alimentos; batata frita;
armazenamento; adubao potssica.

xiii
ABSTRACT

The potato quality, since the planting to post-harvest, is a main factor to the process
in fried slices shape (chips) or stick, being really important to know the effects of the
manuring on tubercle chemical composition and the storage in room temperature of
the natural product. So, the present paper aims to determine the chemical
composition and evaluate the effects of the potassium fertilization (different doses
and sources) over the quality of different types of potatoes stored at room
temperature ( 22 C). The types Atlantic, Asterix, Innovator and Shepody were
evaluated. The samples are from Fazenda Rio Grande/ PR town, grown in water
crop. For the chemical composition were done the following determinations: vitamin
C, moisture, proteins, fat, ashes, carbohydrates, energy, starch and potassium. The
quality was evaluated through: mass, specific weight, dried matter, reducer sugars
and the fried potato color. The Atlantic type has shown the highest content medium
of ashes (0,93%) and potassium (528,80 mg/100 g); the Asterix type has shown the
highest moisture (81,47%); the Innovator type got the highest protein (2,25%), fat
(0,06%), carbohydrates (17,72%), energy (80,40 kcal/100 g) e starch (16,45%); and
the Shepody type got the highest vitamin C amount (31,01 mg/100 g). The medium
mass was 113,46 g; the specif weight 1,0748; the dry matter was 20,27%; the
reducer sugar content 38,10 mg of glucose/100 g of samples and the color 1,36. The
potassium dose raise increased the moisture, fat, ashes, potassium, specific weight
and dried matter and the other effects were inverse. About the potassium adubation,
the content of vitamin C, proteins, fat, ashes, carbohydrates, energy and starch were
higher to the slfur, as much as to the specific weight, dried matter, reducer sugars
and the fried potato color. The tubercle quality of the cvs. Atlantic, Asterix and
Innovator were kept for 45 days of storage and the cv. Shepody for 30 days. It can be
concluded that the potatoes chemical composition and quality are dependent of the
applied potassium fertilization (dose and source) and the potato types and the
Atlantic and Innovator types have shown a better processing quality when compared
to other varieties.

Keywords: Solanum tuberosum; food quality; storage; potato fries; potassium
fertilization.



xiv
INTRODUO

A cincia e a tecnologia dos alimentos preocupam-se em pesquisar quais as
melhores maneiras de se obter um alimento de boa qualidade, tomando uma srie
de cuidados, que vo desde o plantio at a comercializao como alimento natural
ou industrializado. Para isso, necessrio controlar todos os aspectos relacionados
ao sistema de qualidade que podem ser distribudos em responsabilidades das
instituies governamentais, empresa, equipe de produo e dos consumidores.
Essas responsabilidades auxiliam no sistema, no sentido de manter o nvel da
qualidade dos alimentos, baixar e/ou minimizar custos, reduzir despesas e queixas,
identificar produtos inadequados ou defeituosos, usar mtodos de correo s falhas
do processo, assegurar ao cliente alimentos incuos, de boa qualidade e de alto
valor nutritivo.
A batata um dos principais alimentos da humanidade, cultivada em muitos
pases e consumida por mais de um bilho de pessoas, sendo a quarta cultura na
ordem de importncia no mundo, ficando atrs do trigo, do arroz e do milho. Uma
importante fonte de alimento, de emprego rural e de ingressos financeiros, a qual
pode contribuir para a alimentao e a estabilizao social do meio rural,
principalmente nos pases em desenvolvimento.
Popularmente, a batata consumida na forma de palitos fritos e em menor
proporo como pur, cozida, assada ou salada, no entanto a industrializao da
batata vem crescendo em todo mundo, inclusive no Brasil, principalmente na forma
de fatias fritas (chips), batata palha ou pr-fritas congeladas. Mesmo tendo o pas
um mercado consumidor potencial, com disponibilidade de tubrculo o ano todo, o
crescimento est limitado quase que exclusivamente pela no disponibilidade de
matria-prima adequada industrializao.


JUSTIFICATIVA

A batata originria da Amrica do Sul, provavelmente da Cordilheira do
Andes, entre o Peru e Bolvia (MALLOZZI, 1983; SOUZA, 1991; FILGUEIRA, 2003),
onde foi fonte de alimento mais importante para as comunidades dos altos Andes e

xv
sul do Chile (CHOER, 2003). No era conhecida por outros povos at o sculo XVI,
quando foi introduzida na Europa pelos espanhis (por volta de 1570), e na
Inglaterra tornou-se um alimento importante, por isso a denominao de batata
inglesa (YORINORI, 2003).
A produo mundial de batatas em 2005 foi de 300 milhes de toneladas, em
18 milhes de hectares cultivados, com uma produtividade de 16,7 toneladas por
hectare. Os principais produtores so pases do hemisfrio norte, fundamentalmente
a China, Rssia, ndia e Estados Unidos, sendo que os pases asiticos so
responsveis por 41% do total de tubrculos produzidos (NAKANO, DELEO &
BOTEON, 2006).
O Brasil est na 18 posio no ranking mundial em produo (NAKANO,
DELEO & BOTEON, 2006), cultiva em torno de 141.000 hectares com batata
(BRASIL, 2005) distribudos em trs safras: das guas, com colheita de dezembro a
maro; da seca, com oferta de abril a agosto; e a safra de inverno, de setembro a
novembro. Em termos de participao por safra na oferta global, a das guas a de
maior concentrao, responde por 52% do total, seguida da safra da seca com 30%
e a safra de menor tamanho, a de inverno, com 18% (GODOY, 2003). Em 1994, o
volume da produo brasileira situava-se em torno de 2,5 milhes de toneladas,
sendo que no ano de 2005 foi de aproximadamente 3,1 milhes de toneladas,
representando aumento de 25%, ao mesmo tempo em que a rea foi reduzida em
quase 18% (BRASIL, 2005).
O maior estado brasileiro produtor de batata Minas Gerais, respondendo por
31% da oferta anual, depois vem So Paulo com 23% e em 3 lugar est o Paran
com 18%. Juntos so responsveis por 72% do abastecimento nacional (BRASIL,
2005). O Paran at 1995 era lder nacional, a partir da foi ultrapassado por Minas
Gerais, assumindo a posio de segundo produtor e, depois de 1998, com a
reduo contnua da rea produtiva, caiu para o terceiro produtor (BRASIL, 2005).
Em dez anos, a rea cultivada com batata, no estado do Paran, decresceu 23%; de
41.645 hectares restaram 32.052 hectares. A produo teve comportamento similar,
com reduo de 11%, atingindo o patamar de 583.000 toneladas. O que evoluiu
neste perodo foi a produtividade, com ganho de 16% sobre os rendimentos mdios
obtidos no incio dos anos noventa (ANDRETTA, 2003; GODOY, 2003).

xvi
Apesar da alta na produtividade, apenas 1,5% a 2,0% so destinados ao
processamento industrial. Este volume reduzido pode ser explicado pela falta de
produtos com qualidade para a indstria de batatas processadas (ZORZELLA et al.,
2003).
A qualidade da batata para fritura depende de dois fatores, o alto teor de
matria seca e baixo contedo de acares redutores, os quais esto relacionados
cultivar de batata e s mudanas que ocorrem depois da colheita (ZORZELLA et al.,
2003). Assim, as condies de armazenamento influenciam significativamente na
qualidade do produto final, seja para uso industrial ou domstico.
A adequada adubao pode garantir a preservao dos recursos ambientais,
aumentar a competitividade do produto gerado, melhorando a rentabilidade da
atividade e assegurando maiores ganhos aos produtores rurais. Tais fatores, aliados
a uma armazenagem adequada, proporcionaro uma melhor qualidade do produto
para processamento, principalmente porque as batatas sofrem mudanas
fisiolgicas importantes depois de colheita (SALAZAR; BUSCH, 2001). Dessa forma,
o aprimoramento da qualidade da batata frita importante para a conquista do
espao no mercado competitivo, sendo fundamental conhecer no s o processo de
produo, mas tambm informaes sobre a matria-prima e o armazenamento.
luz dos conhecimentos atuais, a necessidade crescente de proporcionar
novas oportunidades de mercado ao produtor, utilizao de armazenamento
especializado, uso de cultivares adequadas para cada propsito de processamento,
necessidade de um volume de venda mnimo e entrega durante o ano todo com
produto capaz de satisfazer os padres de marketing rgidos da indstria de
processamento de batata, trabalhou-se com a hiptese de que a adubao
potssica, em diferentes doses e fontes, interfere no tempo de armazenamento em
temperatura ambiente das cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody, determinando
a qualidade da batata para comercializao.

Assim, os objetivos do trabalho foram:
Reunir informaes sobre os fatores de qualidade de batata (Solanum
tuberosum L.) para fritura, sobre as cultivares estudadas e sobre o efeito da
adubao nas caractersticas avaliadas;

xvii
Determinar a composio qumica das cvs. de batatas (Atlantic, Asterix,
Innovator e Shepody) cultivadas em quatro doses (0, 120, 360 e 1080 kg K
2
O ha
-1
) e
duas fontes de adubao potssica (KCl e K
2
SO
4
);
Avaliar os efeitos da adubao potssica, em diferentes doses e fontes, na
qualidade da batata para uso industrial, cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody, a
fim de determinar o melhor tempo de armazenagem para cada tratamento em
temperatura ambiente ( 22 C).

Para uma melhor compreenso do tema estudado, o presente trabalho foi
dividido em trs captulos. O Captulo um rene informaes dos fatores de
qualidade de batata (Solanum tuberosum L.) para processamento, incluindo sobre
as cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody e a adubao potssica. O Captulo
dois aborda a composio qumica das batatas (cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e
Shepody) cultivadas em quatro doses (0, 120, 360 e 1080 kg K
2
O ha
-1
) e duas fontes
de potssio (KCl e K
2
SO
4
). No Captulo trs so avaliados os efeitos da adubao
potssica, em diferentes doses e fontes, na qualidade da batata para uso industrial
no processamento de batata frita, cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody,
determinando o melhor tempo de armazenagem para cada tratamento em
temperatura ambiente ( 22 C).
As concluses relacionam os resultados e as discusses aos objetivos
propostos e a considerao final traz comentrios a respeito do tema estudado.


REFERNCIAS

ANDRETTA, G. C. Valor bruto da produo agropecuria paranaense. Curitiba:
SEAB, 2003. Disponvel em: <http://www.pr.gov.br/seab/valor_bruto.pdf> Acesso em
01 out. 2004.

BRASIL. MINISTRIO DA AGRICULTURA, PECURIA E ABASTECIMENTO.
SECRETARIA DE POLTICA AGRCOLA. Agricultura Brasileira em nmeros:
Anurio 2005. Disponvel em:
<http://www.agricultura.gov.br/pls/portal/docs/PAGE/MAPA/ESTATISTICAS/AGRICU
LTURA_EM_NUMEROS_2005/03.02.07_1.XLS> Acesso em: 22 fev. 07.


xviii
CHOER, E. Origem e Evoluo. In: PEREIRA, A. S., DANIELS, J. O cultivo da
batata na regio sul do Brasil. Braslia: Embrapa Informaes Tecnolgicas, 2003.

FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na
produo e comercializao de hortalias. 2 ed. So Paulo: UFV, 2003.

GODOY, R. C. B. Batata. Curitiba: SEAB, 2003. Disponvel em:
<http://www.pr.gov.br/seab/deral/cultura7.pdf> Acesso em 01 out. 2004.

MALLOZZI, P. Batata; alimento para milhes. Agroqumica Ciba-geigy, So Paulo,
n. 20, p 4-7, 1983.

NAKANO, D. H.; DELEO, J. P. B.; BOTEON, M. Choque de competitividade.
Hortifruti Brasil, n. 51. p. 6-17, out. 2006.

SALAZAR, M.; BUSCH, L. Standards and Strategies in the Michigan Potato Industry.
Research Report, n. 576, p. 1-16, set. 2001.

SOUZA, Z. S. Batata: origem, produo e cultivares utilizados. Agropecuria
Catarinense, Florianpolis, V. 4, n. 2, jun.1991.

YORINORI, G. T. Curva de crescimento e acmulo de nutrientes pela cultura
da batata cv. Atlantic. Piracicaba, 2003. 66 p. Dissertao (Mestrado em
Agronomia, rea de Concentrao Solos e Nutrio de Plantas). Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de So Paulo.

ZORZELLA, C. A.; VENDRUSCOLO, J. L.; TREPTOW, R. O.; ALMEIDA, T. L.
Caracterizao fsica, qumica e sensorial de gentipos de batata processados na
forma chips. Braz. J. Food Technol., Campinas, v. 6, p. 15-24, 2003.













CAPTULO 1 - FATORES DE QUALIDADE DE BATATA PARA FRITURA



2
RESUMO

Para obter batata frita de boa qualidade necessrio conhecer todos os aspectos
relacionados ao sistema de produo e processamento dos tubrculos, pois so
vrios os fatores que interferem. Assim, o presente trabalho teve como objetivo
reunir informaes sobre os fatores de qualidade da batata (Solanum tuberosum L.)
para fritura na forma de fatias e palito, sobre as cvs. Atlantic, Asterix, Innovator,
Shepody e adubao potssica. A reviso mostrou que a indstria observa vrias
caractersticas externas e internas nos tubrculos para obter um produto final que
atenda as preferncias do consumidor. Em relao s caractersticas externas so
citados os fatores cultivar, manejo empregado, formato, ausncia de deformaes e
superficialidade dos olhos. Para a qualidade interna os tubrculos, devem ter alto
peso especfico e matria seca, e baixo teor de acar redutor. Atendendo estas
caractersticas, o produto final ter uma cor dourada uniforme e sabor caracterstico.

Palavras-chave: Solanum tuberosum; qualidade de alimentos; batata frita.


ABSTRACT

THE POTATO QUALITY FACTORS FOR FRYING. To obtain a good quality fried
potato, it is necessary to know all the related aspects of the production system and
the tubercle processing, because there are several factor that interfere. So, the
present paper aims to join some information about the potato quality factors
(Solanum tuberosum L.) for frying in chips and sticks shapes, about the Atlantic,
Asterix, Innovator, Shepody types and potassium adubation. The review showed that
the industry observes the several external and internal features of the tubercles to get
a final product which achieves the preference of the client. About the external
features, it must be observed the plant used, the handling applied, the format, the
absence of deformation and shallowness of the eyes. For the internal tubercle
quality, they must have high specific weight and dry matter, and low reducer sugar
content. Following these features, the final product will have a uniform golden color
and peculiar flavor.

Keywords: Solanum tuberosum; food quality; potato fries.



3
1.1 INTRODUO

A batata , entre as olercolas
1
, a cultura mais importante no Brasil e no
mundo e constitui um constante desafio a todos os profissionais da rea de
alimentos, devido sua peculiaridade e complexidade (FILGUEIRA, 2003). Dessa
forma, os pesquisadores buscam atravs de novas tecnologias cultivares que se
adaptem aos diferentes manejos, produo, colheita e armazenamento com
melhores caractersticas de qualidade do produto final.
A cultura de batata recebe altas doses de fertilizantes, dentre os quais REIS
JNIOR; MONNERAT (2000, 2001) destacam os potssicos, que contribuem com
parcela significativa dos custos de produo, sendo necessrio o desenvolvimento
de estratgias de manejo, otimizando a eficincia dos fertilizantes, evitando a
aplicao em doses acima da necessria. De acordo com FILGUEIRA (2003), uma
cultivar se comporta diferente em ambientes distintos caracterizados pelas
condies do solo ou clima (condies edafoclimticas), ou at mesmo pela
adubao empregada.
Dos adubos utilizados, o potssio (K) um nutriente importante para o
crescimento da planta, a translocao do acar, a sntese de amido e a promoo
de um melhor rendimento, resultando assim em um produto de boa qualidade (REIS
JNIOR; MONNERAT, 2001). Na escolha da melhor fonte, pesquisas mostram que
a forma de cloreto reduz o contedo de matria seca dos tubrculos, o que no
ocorre com o sulfato (MALLMANN, 2001).
Houve avanos tecnolgicos significativos na cultura da batata (NAKANO;
DELEO; BOTEON, 2006), resultando na produtividade nacional de 22.158 kg/ha,
sendo que este rendimento 40% superior ao obtido h mais de dez anos (BRASIL,
2005).
A indstria de batata frita necessita de matria-prima adequada para o
processamento e oferta regular, na qual o potencial de uso indicado pela cultivar
utilizada, pois algumas no so adaptadas industrializao, sendo indicadas
apenas para o consumo in natura (YORINORI, 2003).

1
Olericultura derivado do latim oleris, hortalia + colere, cultivar (FILGUEIRA, 2003. p. 15).


4
Esta necessidade de produto com caractersticas fsicas, sensoriais e
qumicas, imposta pelo mercado consumidor de batata frita, fez com que sejam
estabelecidos fatores de qualidade para a indstria processadora de batata. Com
isso, fez-se necessrio definir o tipo de cultivar, modo de cultivo, entre outros, para
que o produto final atendesse s necessidades do consumidor (BORRUEY et al.,
2000).
A capacidade de processamento da batata na forma de fatia ou palito
influenciada pela qualidade externa e interna. De acordo com MORENO (2000),
existe a necessidade de distingui-las, sendo que a qualidade externa da batata
determinada pela cultivar e pelo ambiente; a qualidade interna pela composio
qumica da batata, a qual um dos fatores mais utilizados para classificao e
compra de cultivares para elaborao de diferentes produtos de batata.
A indstria proporciona novas oportunidades de mercado, requerendo o uso
de cultivares adequadas para cada propsito e a utilizao de armazenamento
especializado, tendo a necessidade de um volume de vendas mnimo e entrega
durante o ano todo com produtos capazes de satisfazer os padres de marketing
rgidos da indstria de processamento (SALAZAR; BUSCH, 2001). No entanto, o
desenvolvimento da indstria de batata processada dificultado pela falta de
matria-prima de qualidade e fornecimento regular por parte dos produtores
(BREGAGNOLI, 2006).
O presente captulo teve como objetivo reunir informaes dos fatores de
qualidade da batata (Solanum tuberosum L.) para fritura na forma de fatias e palito
sobre as cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody e o efeito da adubao nas
caractersticas avaliadas.


1.2 ADUBAO POTSSICA

A adubao um dos fatores de maior influncia no cultivo de tubrculos para
a indstria, pois a fonte e dosagem de nutrientes influenciam a qualidade industrial
da batata (POPP, 2005).
O nutriente absorvido em maior quantidade pela batateira o potssio
(FILGUEIRA, 1993; FILGUEIRA, 2003; REIS JNIOR; MONNERAT, 2000; 2001),


5
sendo importante para o desenvolvimento da planta, produtividade, qualidade dos
tubrculos e para aumentar a conservao ps-colheita (FILGUEIRA, 2003; REIS
JNIOR; MONNERAT, 2001).
A quantidade de potssio utilizada pelos bataticultores normalmente
superior necessidade da planta, pois ocorre o "consumo de luxo", que no reflete
em maior produo e crescimento da planta (BREGAGNOLI, 2006). Alm disso,
promove um aumento do tamanho do tubrculo, devido ao acmulo de gua, com
reduo da matria seca e, conseqentemente, com efeitos negativos qualidade
da batata para fritura (IMAS; BANSAL, 1999) e para o armazenamento
(MALLMANN, 2001).
Em vrios experimentos realizados no Centro-Sul, principalmente em So
Paulo, a aplicao de potssio nos solos no apresentou resultado positivo
(FILGUEIRA, 1993). PAULETTI; MENARIN (2004) tiveram a mesma observao em
relao produtividade, onde o alto teor de potssio no solo antes da implantao
do experimento foi um fator determinante para a baixa resposta adubao
potssica. Uma explicao para isso, segundo FILGUEIRA (1982)
2
citado por IUNG
(2006), devido boa disponibilidade de potssio existente, capacidade da planta
em extrair esse elemento do solo e somente quando houver um esgotamento da sua
reserva natural que passar a oferecer boas respostas.
A dose de adubao potssica recomendada para o cultivo de batata est
entre 80-200 kg/ha de K
2
O, sendo aplicada metade no sulco de plantio e o restante
em cobertura (FILGUEIRA, 2003).
O potssio est presente nos fertilizantes como sal neutro, cido ou alcalino
combinado com os ons bicarbonato, carbonato, cloreto, nitrato e sulfato
(MALLMANN, 2001). De acordo com FILGUEIRA (1993), a melhor fonte para a
batateira o sulfato de potssio (K
2
SO
4
), porm o nutriente ligado ao cloreto (KCl)
mais barato, e os experimentos mostram no haver diferenas na produtividade ao
se aplicar uma ou outra fonte (IMAS; BANSAL, 1999).
O sulfato de potssio deve ser aplicado quando o produtor deseja uma
melhora da qualidade dos tubrculos (MALLMANN, 2001), pois conforme
FILGUEIRA (1993), altas doses de cloreto de potssio podem afetar a qualidade

2
FILGUEIRA, F. A. R. Manual de Olericultura: Cultura e Comercializao de Hortalias. 2. ed.
So Paulo: Agronmica Ceres, 1982.


6
culinria dos tubrculos, devido ao excesso de cloro. Quando a produo de batatas
for destinada indstria processadora, deve ser utilizado o K
2
SO
4
ao invs de KCl.
IUNG (2006) cita o trabalho de FURLANI et al. (1997)
3
com adubao de
batata com cinco nveis de K
2
O, nas fontes cloreto e sulfato, onde os tratamentos
com KCl apresentaram maiores teores de acares e menor quantidade de amido.
As indstrias de batata processada sugerem o uso de adubao potssica com
sulfato ao invs de cloreto, uma vez que o primeiro tende a induzir as plantas a
acumularem maiores teores de matria seca, onde aps o processamento resulta
em uma melhor conservao do produto final (MALLMANN, 2001). PAULETTI;
MENARIN (2004) observaram que a fonte de potssio interfere na produtividade e
no teor de matria seca, sendo que a melhor fonte a de sulfato.


1.3 CULTIVARES DE BATATA PARA USO INDSTRIAL

1.3.1 TUBRCULOS DE BATATA CULTIVAR ATLANTIC

Nos ltimos anos, na indstria de batata processada na forma fatia frita, no
foram criados especificamente cultivares para este mercado. O lanamento da
cultivar Lenape em 1964 nos Estados Unidos deu inicio a progresso importante para
a indstria, sendo criado para o mercado de fatias fritas outras cultivares, entre elas
a Atlantic (Origem Wauseon x B5141-6), isso em 1976.
Essa variedade muito empregada pela indstria norte-americana, onde foi
fixado padro de qualidade a ser utilizado, entre eles a cor da batata frita,
porcentagem de defeitos e peso especfico (SALAZAR; BUSCH, 2001). Citam ainda
que esta cultivar pode ser armazenada sem alterar significativamente o produto final.
De acordo com MIRANDA FILHO; GRANJA (2000), a cv. Atlantic (figura 1.1a) tem
tubrculos de excelentes qualidades culinrias e de processamento, mas de difcil
produo em condies de campo.


3
FURLANI, A. M. C.; HIROCE, R.; TEIXEIRA, J. P. F.; GALLO, J. R.; MIRANDA FILHO; H. S. Efeitos
da aplicao de doses crescentes de cloreto e de sulfato de potssio na nutrio e produo da
batatinha (Solanum tuberosum Bintje). Cincia e Cultura, So Paulo, v. 29, n. 2, fev. 1997.


7
FIGURA 1.1 - TUBRCULOS DE BATATA
a) cv. Atlantic

b) cv. Asterix


c) cv. Innovator


d) cv. Shepody

FONTE: Acervo do autor

A cv. Atlantic apresenta um alto peso especfico e baixo teor de acares
redutores, ideal para uso no processo de fatias fritas (SALAZAR; BUSCH, 2001) e
para o processamento como palitos fritos, porm estes so curtos, devido ao formato
do tubrculo (RODRIGUES ROBLES, 2003). Em razo dessa condio, utilizada
como controle em pesquisas de cultivares de batatas para fritura (ECARCB, 1996;
PEREIRA; CAMPOS, 1999; SALAMONI et al., 2000; CHAPPER et al. 2002;
ZORZELLA et al., 2003).
Para FILGUEIRA (2003) e PASTORINI et al. (2003), a cv. Atlantic
empregada pela indstria, sendo responsvel por 80% do mercado formal de batata
processada na forma de fatias fritas, por ser uma das poucas cultivares com
qualidades especficas para este fim e pela alta produtividade (YORINORI, 2003).
Segundo BORRUEY et al. (2000), uma melhor qualidade do produto e uma
maior rentabilidade so requisitos exigidos para o processamento na forma de fatias
fritas. A cv. Atlantic atende estas caractersticas, pois apresenta tubrculos


8
uniformes de formato arredondado e tamanho mdio, com ausncia de deformaes
e olhos superficiais, os quais facilitam o descascamento, diminuindo as perdas de
peso no processo, e proporcionam, ao final, fatias fritas de tamanho mdio uniforme,
que so mais atrativas ao consumidor.
De acordo com ABBA (2006), a cv. Atlantic apresenta alto rendimento na
produtividade e alto teor de matria seca, qualidade especfica para processamento
na forma de fatias fritas. Os tubrculos desta variedade tm o formato oval-
arredondado; pelcula branca, meio spera; olhos e insero de estolho meio-
profundos e polpa branca. No entanto, apresenta desvantagens no plantio por ser
uma cultivar susceptvel a doenas (requeima, vrus Y, murchadeira, corao oco),
porm pouco susceptvel sarna comum.


1.3.2 TUBRCULOS DE BATATA CULTIVAR ASTERIX

A cultivar Asterix (figura 1.1b) foi obtida do cruzamento cardinal x SVP VE 70-
9 (ABBA, 2006), de origem holandesa, bem aceita no mercado internacional,
sendo que no Brasil a boa aceitabilidade se d apenas no Rio Grande de Sul, na
zona Sul do estado (PEREIRA et al., 2004.). Esta recusa no restante do pas pode
ser decorrente da pelcula vermelha, podendo tornar-se rosada no plantio em
pocas quentes (FILGUEIRA, 2003). Considerando o julgamento da qualidade
realizada pelo consumidor, o primeiro atributo a aparncia visual dos tubrculos
que tem interferncia significativa da cor e dos defeitos presentes, pois o conjunto
dos atributos sensoriais interfere na aceitabilidade dos tubrculos (NOURIAN;
RAMASWAMY; KUSHALAPPA, 2003).
Por ser de fcil manejo e boa para armazenar, a cultivar que mais cresceu
na Europa nos ltimos anos. Apresenta qualidades tanto para o cozimento quanto
para fritas, devido ao seu alto teor de matria seca, sendo bastante utilizada
industrialmente na fabricao de pr-fritas congeladas em funo do seu formato
oval alongado propiciar um timo aproveitamento no corte em palitos (ABBA, 2006).
A cv. Asterix indicada para fritura (na forma de fatias ou palito), assar, pur, salada
ou para consumo de mesa nas diferentes regies do Brasil (FELTRAN; LEMOS;
VIEITES, 2004; BREGAGNOLI, 2006; FREITAS et al., 2006).


9
A cultivar apresenta rendimento de produtividade elevado, com melhores
resultados na safra de inverno, com irrigao adequada. Os tubrculos so
numerosos, de tamanho mdio a grandes, olhos superficiais e polpa amarela. So
bastante resistentes ao enegrecimento interno, danos mecnicos, esverdeamento e
doenas (ABBA, 2006).


1.3.3 TUBRCULOS DE BATATA CULTIVAR INNOVATOR

Esta cultivar de origem holandesa (cruzamento da Shepody x RZ 84 2580),
onde os tubrculos tm o formato oval alongado, de tamanho grande (figura 1.1c). A
profundidade dos olhos so superficiais, bem distribudos e a casca de cor branca
amarelada. Apresenta como caractersticas internas a cor da polpa creme, com teor
de matria seca de mdio a alto (21,3%) e tem muito boa qualidade para fritura na
forma de palitos (ANDREATTA, 2005).
A Innovator uma das cultivares conhecidas como tipo russet, devido sua
pele rugosa. apropriada para o processamento em palitos, apresenta teor mediano
de matria seca e os tubrculos tm bom aspecto, tamanho e forma. Essa cultivar
boa para fritura por apresentar teores medianos de acares redutores (GRANDA,
2005), sendo utilizada pela indstria argentina de batata no processamento de palito
congelado (ARGENPAPA, 2007). De acordo com ANDREATTA (2005), indicada
ao uso industrial, disponvel ao mercado brasileiro a partir de 2006.


1.3.4 TUBRCULOS DE BATATA CULTIVAR SHEPODY

originria do Canad, apresenta pelcula de cor branca amarelada (clara),
formato oval-alongado, com olhos superficiais concentrados na regio apical (figura
1.1d). A polpa branca, tem mdios teores de matria seca (ARGENPAPA, 2006) e
acares redutores (GRANDA, 2005), sendo indicada para fritura na forma de
palitos, devido sua boa qualidade e por resistir ao armazenamento em cmaras
por curto tempo (ARGENPAPA, 2006).



10
1.4 QUALIDADE NA INDSTRIA DE BATATA FRITA

Para obter-se alimentos de boa qualidade, necessrio controlar todos os
aspectos relacionados ao sistema de qualidade que podem ser distribudos em
responsabilidades perante a direo da empresa, equipe de produo e aos
consumidores. Qualidade aquilo que satisfaz o cliente e controle de qualidade a
manuteno da qualidade de um produto dentro dos nveis e tolerncias aceitveis
para o consumidor ou comprador, enquanto so minimizados os custos para o
vendedor (FERREIRA, 2002).
Dentre as olercolas, a batata in natura ou industrializada ocupa um lugar de
destaque na produo e na mesa do consumidor, com crescente importncia no
panorama mundial (SALAZAR; BUSCH, 2001).
RODRIGUES ROBLES (2003) cita que a indstria de batata processada
observa as seguintes caractersticas da matria-prima: tamanho e formato dos
tubrculos, danos e defeitos, teor de matria seca e de acares redutores, e o
escurecimento no enzimtico. Sendo assim, estes fatores tm um papel importante
no processamento da batata, sendo chamados de fatores de qualidade externas
(aspecto visual) e internas dos tubrculos (composio qumica) (MORENO, 2000).


1.4.1 QUALIDADE EXTERNA DE BATATA PARA FRITURA

As cultivares de batatas destinadas indstria apresentam necessidades
nutricionais diferentes das utilizadas para o consumo in natura, as quais
influenciaro na qualidade para o processamento de fritas (YORINORI, 2003).
Existem centenas de cultivares de batata no mundo fornecidas ao mercado a
cada ano. A escolha da cultivar deve estar amparada em dados do campo e
preferncia do consumidor, que escolhe tubrculos de pelcula e polpa amareladas,
casca lisa e gemas superficiais e alongadas, de formato uniforme e tamanho mdio;
j os de polpa branca e pelcula rosada so menos aceitos (FILGUEIRA, 2003). Para
MORENO (2000), a cultivar define caractersticas como a profundidade dos olhos, a
colorao da pelcula e da polpa, a forma e tamanho dos tubrculos e a
produtividade agrcola da batata.


11
Segundo FILGUEIRA (2003), a bataticultura brasileira utiliza
predominantemente cultivares importadas da Europa, onde as principais
comercializadas para uso domstico so: Achat, gata, Agria, Asterix (pelcula
rosada), Baraka, Bintje, Caesar, Elvira, Jtte-Bintje, Marijke, Monalisa e Mondial.
A indstria de batata frita utiliza as cultivares Panda (alem) e Atlantic (norte-
americana). De acordo com a Associao Brasileira da Batata - ABBA (2006), as
principais cultivares plantadas atualmente no Brasil so: gata, Asterix, Atlantic,
Bintje, Monalisa e Mondial. Estas variedades tambm so mencionadas por
PASTORINI et al. (2003).
Com o aumento do processamento da batata em fatias (chips), palitos e
palha, h necessidade da indstria em utilizar cultivares especficas para cada fim,
diferentes das destinadas ao consumo in natura (PEREIRA; CAMPOS, 1999). Uma
das maiores indstrias de batata processada do pas utiliza preferencialmente as
cultivares Atlantic e Panda; quando da necessidade de compra no mercado aberto,
so adquiridos tubrculos principalmente das cultivares Bintje, Agria e Marijke
(POPP, 2000).
A batata utilizada para produo de fatias frita deve ser redonda, com
tubrculos de tamanho mediano (40 a 80 mm de dimetro), isentos de doenas,
olhos superficiais e polpa amarela. No caso da batata ser processada na forma de
palito, os tubrculos devem ter formato alongado, tamanho mediano a grande (maior
que 55 mm), isentos de doenas e olhos superficiais. A ausncia de deformidades e
a superficialidade dos olhos facilitam o descascamento dos tubrculos e diminuem
as perdas de peso (BORRUEY et al., 2000; MORENO, 2000).


1.4.1.1 Tamanho e Massa do Tubrculo

O valor comercial da batata atribudo ao tamanho dos tubrculos e de
acordo com ECARCB (1996) e PEREIRA; CAMPOS (1999), os tubrculos com
dimetros a 45 mm determinam a produtividade comercial em t/ha. Quando ocorre
uma baixa produtividade, significa que os produtos apresentaram dimetro inferior a
45 mm e com isso a matria-prima de pouco valor comercial, proporcionado
tubrculos pequenos e de massa baixa (SCOTTI; NAZARENO, 1999).


12
A massa do tubrculo influenciada pela prtica agronmica, maturidade dos
tubrculos, disponibilidade hdrica, eficincia da fotossntese, adubao (YORINORI,
2003) e condies ambientais de cada safra (MENEZES et al., 1999).
Em perodos de estiagem, com pouca chuva, a batateira entra em estresse
hdrico, reduzindo o ciclo de crescimento e desenvolvimento das plantas, levando
queda na produtividade com reduo da massa fresca (PASTORINI et al., 2003). Os
autores ainda mencionam que o estresse hdrico induz a um aumento no teor de
acares solveis.
De acordo com MACCARI JNIOR (1997), os consumidores de batatas
preferem tubrculos grados com peso superior a 100 g, sendo que quase todo o
uso domstico como fritura (FELTRAN; LEMOS; VIEITES, 2004). Porm
tubrculos grados apresentam menor teor de matria seca quando comparados
com os de massa menor (MACCARI JNIOR, 1997).


1.4.2 QUALIDADE INTERNA DA BATATA PARA FRITURA

A qualidade interna da batata para fritura determinada pela composio
qumica dos tubrculos, sendo os contedos de matria seca e amido os mais
significativos (MORENO, 2000). O autor relata ainda que a qualidade do produto
diretamente influenciada pelos teores de glicose, frutose e sacarose, os quais esto
em maior quantidades na polpa do tubrculo.
Conforme SALAZAR; BUSCH (2001), RODRIGUES; PEREIRA (2003) e
ZORZELLA et al. (2003), a matria seca, o peso especfico e o teor de acares
redutores fazem parte dos parmetros de qualidade da batata para fritura. Tais
fatores sofrem influncia do manejo de adubao, da poca de plantio, da cultivar
empregada e da forma de armazenamento (FILGUEIRA, 1993).


1.4.2.1 Teor de Matria Seca

O teor de matria seca um dos fatores mais importantes no processo de
fritura da batata (RODRIGUES; PEREIRA, 2003; FELTRAN; LEMOS; VIEITES,


13
2004), pois determina o rendimento do produto final, onde menores perdas de gua
diminuem a absoro de gordura (MORENO, 2000), proporcionando produtos de
melhor qualidade, com baixo teor de gordura, textura crocante e sabor caracterstico,
fatores determinantes da qualidade culinria da batata (ZORZELLA et al., 2003). A
matria seca da batata constituda por amido, acares (glicose, frutose e
sacarose), substncias pcticas, celulose, minerais, protenas, entre outros
(TRINDADE, 1994).
A matria seca dos tubrculos indica ainda a quantidade de matria-prima
que uma indstria necessita comprar para produzir um determinado volume de
produto acabado (POPP, 2005). Esta caracterstica influenciada por fatores
ambientais como o clima, tipo de solo e fertilidade, irrigao, temperaturas diurnas e
noturnas no estdio de maturao, alm dos fatores intrnsecos da cultivar utilizada
(MORENO, 2000; ZORZELLA et al., 2003; POPP, 2005).
De acordo com MORENO (2000), o teor de matria seca ideal para batata in
natura destinada fritura de 25%. FELTRAN; LEMOS; VIEITES (2004); BHERING
(2006) e BREGAGNOLI (2006) citam CACACE et al. (1994)
4
, os quais sugerem que
o teor de matria seca pode ser agrupado em trs grupos: alto teor (> 20%), teor
intermedirio (18,0% a 19,9%) e baixo teor de matria seca (<17,9%). Para TFOUNI;
MACHADO (2002) e TFOUNI et al. (2003), o teor de slidos totais deve ser superior
a 18% a fim de obter fritas de boa qualidade.
RODRIGUES ROBLES (2003) cita que a batata a ser utilizada na forma de
fatias frita deve ter de 22% a 24% e no caso de ser frita como palito de 20% a 24%
de matria seca. Quando o teor baixo, a batata frita do tipo fatia e palito torna-se
mole e mida, sendo necessrio maior gasto de energia no processamento para a
retirada de gua do produto durante a fritura (MALLMANN, 2001). TRINDADE (1994)
relata que a matria seca adequada ao processamento de fatias e palitos fritos deve
ser superior a 20%. A indstria nacional aceita um limite mnimo de 19% de matria
seca (ideal 19,5%) para a batata em fatias e no caso de palito o valor de 20%
(POPP, 2000).
ECARCB (1996) indicou que as cultivares de batatas plantadas no Paran no
perodo de 1991 a 1995 apresentaram contedo de matria seca variando de 11,9%

4
CACACE, J.E.; HUARTE, M.A.; MONTI, M.C. Evaluation of potato cooking quality in Argentina.
American Potato Journal, v.71, p.145-153, 1994.


14
a 22,0% na safra das guas e TRINDADE (1994) observou que as batatas cultivadas
no municpio de Contenda/PR apresentavam teores entre 15,54% e 20,62%.
Na tabela 1.1 pode ser observado o teor de matria seca encontrado nas cvs.
Atlantic e Asterix.

TABELA 1.1 - TEOR DE MATRIA SECA ENCONTRADO NAS CVS. ATLANTIC E ASTERIX
CULTIVAR AUTOR MATRIA SECA (%)
Atlantic
SCOTTI et al. (1998)
ZORZELLA et al. (2003)
RODRIGUES ROBLES (2003)
19,6
23,05
21,85 a 22,00
Asterix
FELTRAN; LEMOS; VIEITES (2004)
FREITAS et al. (2006)
19,1
18,3 e 18,9


1.4.2.2 Peso Especfico

O peso especfico (gravidade especfica ou densidade especfica), ao lado do
teor de matria seca, um atributo que define a qualidade culinria da batata. Por
ser de fcil medio, utilizado pela indstria de processamento de batata como
estimador do teor de matria seca dos tubrculos (ZORZELLA; VENDRUSCOLO;
TREPTOW, 2003). Apresenta ainda correlao positiva com o teor de matria seca,
ou seja, quanto maior contedo de massa seca maior ser o peso especfico
(AMARO et al., 2003; FELTRAN; LEMOS; VIEITES, 2004).
Na tabela 1.2 pode ser observado o peso especfico das cvs. Atlantic e
Asterix.

TABELA 1.2 - PESO ESPECFICO DAS CULTIVARES ATLANTIC E ASTERIX.
CULTIVAR AUTOR PESO ESPECFICO
Atlantic ZORZELLA et al. (2003) 1,0811
Asterix FELTRAN; LEMOS; VIEITES (2004) 1,0685

Para se obter batata frita de boa qualidade necessrio que o peso
especfico seja alto, maior que 1,080 (BORRUEY et al., 2000), acarretando maior
quantidade de produto final (rendimento) e menor consumo de leo, a partir da
mesma quantidade de matria-prima (MAEDA; DIP, 2003). Porm a indstria
nacional de batata frita aceita um limite mnimo de 1,073 (POPP, 2000).


15
Os tubrculos que apresentam maior peso especfico acumulam menor
contedo de acares redutores (ZORZELLA et al., 2003) durante a permanncia
nos armazns (SALAMONI et al., 2000).


1.4.2.3 Acares Redutores e Sacarose

Os acares redutores e sacarose so os principais fatores que influenciam
na cor da batata frita (ZORZELLA et al., 2003), pois ocorre um escurecimento no
enzimtico durante o processo, onde os aminocidos e protenas reagem com os
acares redutores (reao de Maillard), produzindo cor e sabor indesejveis ao
produto quando os teores esto elevados nos tubrculos (ZORZELLA;
VENDRUSCOLO; TREPTOW, 2003; FELTRAN; LEMOS; VIEITES, 2004). Como a
temperatura do leo no processo de fritura alta (180-185C), tem-se uma alta
eficincia de reao (COELHO; VILELA; CHAGAS, 1999).
Os principais acares encontrados na batata so os redutores (glicose e
frutose) e sacarose (no redutor), os quais tm valores variados (RODRIGUES
ROBLES, 2003), oscilam de semestre a semestre, de produtor a produtor e entre
cultivares (MORENO, 2000). ZORZELLA; VENDRUSCOLO; TREPTOW (2003)
relatam que o grau de maturao do tubrculo na colheita, as condies climticas e
nutricionais em que se desenvolveram as plantas so fatores que afetam o teor de
acares redutores na batata.
TRINDADE (1994) relata que necessrio medir o teor de acares redutores
e sacarose como indicativo de maturidade, armazenabilidade e processabilidade da
batata, visto que estes valores sofrem alteraes no armazenamento. Menciona
ainda que os tubrculos devero ter menos que 0,4% de acares redutores.
Pesquisas mostram que tubrculos utilizados em fritura devem apresentar um
teor de acares redutores entre 0,2% a 0,3% da matria mida, onde valores
inferiores proporcionam um produto final muito claro (ZORZELLA et al., 2003). Para
CHAPPER et al. (2002), os valores aceitveis de acares redutores encontram-se
em 0,1% e 0,33% da massa fresca da batata utilizada para fritura. Em relao
base seca, RODRIGUES ROBLES (2003) cita que os acares redutores no
devem ser superiores a 2%. De acordo com BORRUEY et al. (2000), para se obter


16
produto de excelente qualidade o contedo de acares redutores nos tubrculos
deve ser inferior a 0,15% para batata frita em fatias e 0,25% para as processadas
em palito. Para POPP (2000) e PEREIRA; CAMPOS (1999), o tubrculo utilizado
pela indstria de fatia fritas deve ter nveis de acares redutores inferiores a 0,20%.
ZORZELLA et al. (2003) observaram que as cultivares analisadas
apresentaram acares redutores variando de 0,029% a 0,467% e para FELTRAN;
LEMOS; VIEITES (2004), as amostras apresentaram um contedo de acares
redutores entre 0,32% e 0,96%. MALLMANN (2001) observou que os tubrculos
adubados com diferentes doses de nitrognio, potssio e fsforo e fontes potssicas
diferentes (KCl e K
2
SO
4
) apresentaram teor de acares redutores entre 0,1% e
0,6% da massa fresca.


1.5 ARMAZENAMENTO DE BATATAS

A vida til das olercolas depende de fatores de cultivo, colheita, temperatura
e umidade de armazenamento (KLUGE, 2004), onde o ltimo ir influenciar na
composio qumica da batata (TFOUNI et al., 2003), considerada ento um fator
externo de qualidade para os tubrculos a serem processados.
As batatas esto sujeitas a considerveis perdas durante o armazenamento, o
que impossibilita estocar sem qualquer controle atmosfrico o excedente de safra
(COELHO; VILELA; CHAGAS, 1999). Alm do que o custo do armazenamento dos
tubrculos elevado para a indstria e prejudica a qualidade do produto final
(POPP, 2000).
Para CHAPPER et al. (2002) e POPP (2005), a cultivar, a poca de plantio
das plantas (condies de exposio das plantas no campo), o manejo de ps-
colheita e a temperatura de armazenamento dos tubrculos influenciam nos teores
de acares no estruturais da batata. Temperaturas extremas, tanto altas quanto
baixas provocam o acmulo de acares, principalmente sacarose, glicose e frutose
(SALAMONI et al., 2000).
De acordo com TFOUNI; MACHADO (2002) e TFOUNI et al. (2003), o
armazenamento dos tubrculos por um perodo mximo de 15 dias no interfere na
qualidade da batata frita. COELHO; VILELA; CHAGAS (1999) mencionam que


17
algumas cultivares so mais resistentes ao armazenamento, sem elevar
consideravelmente os teores de acares. Os autores observaram tambm que o
teor de acares redutores durante o armazenamento em temperatura ambiente
decresceu em relao ao tempo zero, que era de 0,16% para as duas cultivares em
estudo, no representando impedimento s condies requeridas para o
processamento de batata frita.
O aumento da umidade em tubrculos produzidos com cloreto de potssio
traz certos problemas no armazenamento, pois gera mais perdas de peso devido
desidratao e aparecimento de tubrculos podres em maior nmero do que aqueles
produzidos com o uso de sulfato de potssio (MALLMANN, 2001).


1.6 COR DA FRITURA

Durante o processo de fritura, a batata submersa em leo a 180-190 C
(PINTO et al., 2003) e a avaliao da qualidade final da batata processada (frita)
determinada pela colorao e sabor que a mesma apresenta, devendo ter uma
colorao dourada uniforme (BORRUEY et al., 2000; JORGE; LUNARDI, 2005),
ausncia de pontos ou traos pretos (TFOUNI; MACHADO, 2002; TFOUNI et al.,
2003) e sabor caracterstico (ZORZELLA et al., 2003). A colorao final
influenciada pela composio qumica dos tubrculos, o qual sofre tambm
influncia da cultivar utilizada e suas condies de manejo e armazenamento.
A cor desenvolvida durante o processo devido reao de Maillard, a qual
ocorre entre os acares redutores e aminocidos livres (PEREIRA; CAMPOS,
1999). O elemento fundamental no desenvolvimento da cor da fritura, o que
influenciar na qualidade final, o teor de acares redutores, onde altas
concentraes afetam negativamente a cor (ANDREU; PEREIRA, 2004) e no sabor
do produto final processado (ZORZELLA et al., 2003). Outros dois fatores
importantes no desenvolvimento da cor so o teor de matria seca e peso especfico
dos tubrculos, os quais devem ser altos a fim de proporcionar uma melhor cor da
batata frita (ZORZELLA et al., 2003).
A temperatura e tempo de armazenamento tambm influenciam na cor devido
ao aumento do teor de acares redutores no tubrculo, porm quando os


18
tubrculos so mantidos em temperatura ambiente ( 22 C) por perodos no muito
extensos, os nveis de acares redutores no representam impedimento s
condies requeridas para o processamento (COELHO; VILELA; CHAGAS, 1999).
No inicio do processo de fritura, a batata apresenta cor branco amarelada
(aceitvel), passando a um dourado uniforme (desejvel) at a cor marrom
enegrecido (recusvel), o qual produzido por teores elevados de acares
redutores (MORENO, 2000).


1.7 CONSIDERAES

Os tubrculos destinados indstria de processamento de batata na forma de
fritura tm que atender alguns requisitos bsicos de qualidade externa e interna,
aonde o processador deve observar o custo-benefcio.
A cultivar deve ser adequada finalidade da indstria, colhida em plantios
planejados, devendo ser observado as condies da safra e o manejo empregado.
Deve ser observada a fertilidade do solo no incio do cultivo, a fim de evitar o uso
excessivo de adubos (principalmente o potssio), para que no ocorra diminuio da
qualidade da batata para a fritura e/ou problemas de fitotoxidade.
Os tubrculos no devem apresentar defeitos internos e externos e ter
caractersticas adequadas, ou seja, para fatias fritas devem ter o formato redondo,
tamanho mdio (40 a 80 mm de dimetro) e olhos com profundidade rasa e, para
palitos, o formato deve ser oval alongado, tamanho mediano a grado (maior que 55
mm) e olhos com profundidade rasa.
No que diz respeito qualidade interna dos tubrculos, deve ser observado
preferencialmente o peso especfico e os teores de matria seca e acares
redutores. O peso especfico deve ser maior que 1,080, a matria seca deve estar
entre 19% e 24% e os acares redutores devem ser inferiores a 0,1% da massa
fresca (ideal), sendo tolerado at 0,3%.




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CAPTULO 2 - COMPOSIO QUMICA DE TUBRCULOS DE BATATA
CULTIVADOS SOB DIFERENTES DOSES E FONTES DE POTSSIO


25
RESUMO

A batata considerada um dos poucos alimentos capazes de nutrir a crescente
populao mundial por ser fonte de energia, protenas, vitaminas e minerais. Porm
os teores desses compostos sofrem influncia de diversos fatores, como a cultivar
utilizada, prtica agronmica, condies ambientes como clima, safra, colheita e
armazenamento. Assim, o presente trabalho teve como objetivo determinar a
composio qumica das batatas (cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody)
cultivadas em quatro doses (0, 120, 360 e 1080 kg K
2
O ha
-1
) e duas fontes de
potssio (KCl e K
2
SO
4
). As amostras foram provenientes do municpio de Fazenda
Rio Grande/PR, cultivadas na safra das guas. Foram realizadas as seguintes
determinaes: vitamina C, umidade, protenas, lipdeos, cinzas, carboidratos,
energia, amido e potssio. A cv. Atlantic apresentou os maiores teores mdios de
cinzas (0,93%) e potssio (528,80 mg/100 g); a cv. Asterix a maior umidade
(81,47%); a cv. Innovator obteve os maiores teores de protena (2,25%), lipdeos
(0,06%), carboidratos (17,72%), energia (80,40 kcal/100 g) e amido (16,45%); e a cv.
Shepody a maior quantidade de vitamina C (31,01 mg/100 g). Pode-se concluir que
a composio qumica das batatas dependente da cultivar e da adubao
potssica (dose e fonte) empregada.

Palavras-chave: Solanum tuberosum; composio; adubao potssica.


ABSTRACT

POTATO CHEMICAL COMPOSITION GROWN IN DIFFERENT DOSES AND
SOURCES OF POTASSIUM. The potato is considered one of the few food able to
nourish the growing world population for being source of energy, proteins, vitamins
and minerals. However these compounds suffer influence of several factors, as the
used potato type, agronomic technique, environmental conditions as weather, crop
time, harvest and storage. So, the present paper aims to determine the potato
chemical composition of the potatoes (Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody types)
grown in four doses (0, 120, 360 and 1080 kg K
2
O ha
-1
) and two sources of
potassium (KCl e K
2
SO
4
). The samples are from Fazenda Rio Grande/ PR town,
grown in water crop. The following determinations were done: vitamin C, moisture,
proteins, fat, ashes, carbohydrates, energy, starch content and potassium. The
Atlantic type has shown the highest content medium of ashes (0,93%) and potassium
(528,80 mg/100 g); the Asterix type has shown the highest moisture (81,47%); the
Innovator type got the highest protein (2,25%), fat (0,06%), carbohydrates (17,72%),
energy (80,40 kcal/100 g) e starch (16,45%); and the Shepody type got the highest
vitamin C amount (31,01 mg/100 g). It can be concluded that the potato chemical
composition is dependent of the applied potassium adubation (dose and source).

Keywords: Solanum tuberosum; composition; potassium fertilization.


26
2.1 INTRODUO

A batata (Solanum tuberosum L.) a olercola de maior importncia comercial
para o Brasil (ZORZELLA et al., 2003; PAULETTI; MENARIN, 2004; PINELI et al.,
2005) pelo seu alto potencial de rendimento e pelas suas propriedades nutricionais
(CONCEIO; FORTES; SILVA, 1999), sendo essencial para paises populosos por
ser fonte de vitamina C, protena, carboidrato e potssio (NAKANO; DELEO;
BOTEON, 2006) e em nvel mundial o quarto alimento mais consumido (PINELI et
al., 2006).
A fim de garantir a produtividade, a cultura recebe altas doses de fertilizantes,
os quais muitas vezes so utilizados de maneira indiscriminada (MALLMANN;
LUCCHESI, 2002). O potssio (K) geralmente fornecido em maior quantidade, por
ser o nutriente mais exigido pela planta, cuja ausncia compromete o metabolismo
(REIS JNIOR; MONNERAT, 2001; PAULETTI; MENARIN, 2004).
Mesmo no participando diretamente de substncias qumicas nas plantas
(MALLMANN, 2001), o K est envolvido em vrios processos fisiolgicos, como co-
fator enzimtico para mais de 40 enzimas, o regulador do potencial osmtico nas
clulas e ativador de enzimas da respirao e do processo de fotossntese (TAIZ;
ZEIGER, 2004). O K tambm regula a abertura dos estmatos e a translocao de
nutrientes, promove a absoro de gua, aumenta a absoro de nitrognio e a
sntese de protena (IMAS; BANSAL, 1999), atua na formao dos carboidratos e na
transformao destes em amido, favorecendo o transporte da folha at serem
estocados nos tubrculos (DARWISH et al., 2004).
Em adubaes excessivas de potssio, ocorre aumento de sua absoro e
acmulo na planta. Isto reduz o potencial osmtico e aumenta a absoro de gua, o
que causa diluio do amido devido ao aumento da umidade dos tubrculos
(PAULETTI; MENARIN, 2004).
MACCARI JNIOR (1997) e TRINDADE (1994), citam diversos fatores que
afetam a composio qumica da batata, como a cultivar, estdios de maturao,
condies ambientais, solo, clima, adubao e doenas.
No entanto, a anlise da composio qumica de batata associada a
adubao pouco relatada na literatura, onde geralmente as informaes esto de
maneira isolada. Em razo disso, este captulo teve por objetivo determinar a


27
composio qumica das batatas (cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody)
cultivadas em quatro doses (0, 120, 360 e 1080 kg K
2
O ha
-1
) e duas fontes de
potssio (KCl e K
2
SO
4
).


2.2 MATERIAL E MTODOS

2.2.1 MATRIA-PRIMA E AMOSTRA

A matria-prima foi composta por tubrculos de batata (Solanum tuberosum
L.), cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody, oriundas do municpio de Fazenda
Rio Grande/PR, as quais foram plantadas no perodo de 15 de agosto a 15 de
setembro de 2003. A prtica agronmica, o controle de pragas e de doenas foi
realizado de acordo com as prticas adotadas pelos bataticultores da regio (IUNG,
2006).


2.2.2 AMOSTRAGEM

A colheita foi realizada aps o amadurecimento fisiolgico das cultivares. Os
tubrculos foram classificados e as amostras de tamanho comercial - classe 2
1

(anexo 1) foram conduzidas at os laboratrios do Departamento de Nutrio da
Universidade Federal do Paran para as anlises qumicas. Fizeram parte da
amostragem 100 tubrculos ou quando inferior, todo o lote constituiu a amostra
(BRASIL, 1995).


2.2.3 COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS

A vitamina C foi determinada por titulao com 2,6 diclorofenolindofenol, de
acordo com AOAC (2000).

1
maior dimetro transversal igual ou maior que 45 mm


28
A umidade por gravimetria a 105C em estufa com circulao de ar at peso
constante (BRASIL, 2005), sendo utilizado trs tubrculos in natura, tomados de um
quilograma de subamostra, os quais foram processados na forma de palha e
pesados cinco gramas para a determinao.
A protenas foram determinadas pelo nitrognio total, empregando-se a
tcnica de Kjeldahl, de acordo com o mtodo 920.87 da AOAC (2000) e utilizando o
fator de 6,25 para converso em protena bruta. As digestes das amostras foram
realizadas em um digestor Velp

e a destilao em um equipamento Prodicil

.
Os lipdeos foram determinados por extrao, utilizando-se ter de petrleo
como solvente, durante seis horas em extrator Soxhlet, conforme mtodo 945.39D
da AOAC (2000).
As cinzas foram determinadas pela calcinao em mufla a 550C, de acordo
com o mtodo 942.05 da AOAC (2000).
Os carboidratos foram calculados pela diferena entre 100 e a soma das
percentagens de umidade, protena, lipdeos e cinzas conforme UNICAMP (2006).
Os valores de carboidratos incluram a fibra alimentar total.
O valor energtico (kcal) dos tubrculos foi calculado de acordo com USP
(1998), considerando os fatores de converso de Atwater.
O amido foi estimado pela quantificao dos acares no redutores,
calculados pela diferena entre carboidratos e acares redutores, expressos em
glicose, sendo empregado a frmula de Keer, segundo MACCARI JNIOR (1997).
A determinao de potssio foi realizada por espectrofotometria de chama
conforme mtodo 956.01 da AOAC (2000). Inicialmente, a amostra seca foi
calcinada a 550 C em mufla e com as cinzas do produto foi realizado ataque cido
com 10 mL de HCl 3N e completado o volume para 100 mL. Devido grande
quantidade de potssio na amostra foi feita uma diluio de 1:50 e na seqncia a
leitura direta em um espectrofotmetro de chama Digimed

, modelo NK-2000. Para


aferir o equipamento foi utilizado um padro de potssio de 100 ppm.




29
2.2.4 PREPARO DAS AMOSTRAS

As determinaes de vitamina C e umidade foram realizadas com tubrculos
in natura. A fim de manter as caractersticas das amostras para as demais anlises
de composio qumica (protenas, lipdeos, cinzas, carboidratos, energia, amido e
potssio), de trs a cinco tubrculos / tratamento foram processados em fatias com
um auxlio de um processador manual, secos a 55 C em forno vipinho Perfecta

e
modos em um micro-moinho Tecnal

(LEONEL; CEREDA, 2002). Em seguida,


foram acondicionados em envelopes plsticos, sendo vedado com auxlio de uma
seladora eltrica Arno

, colocados em uma caixa plstica com tampa e


armazenados sob refrigerao at o momento das anlises.
Ao final das determinaes, foi verificada a umidade das amostras secas a fim
de estimar todos os resultados para os tubrculos in natura, onde foi utilizado um
determinador de umidade por infravermelho BEL Engineering

, sendo pesado trs


gramas de amostra seca, a temperatura ajustada para 105 C e o tempo em cinco
minutos.


2.2.5 ANLISE ESTATSTICA

O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso, com o esquema de parcelas
sub-subdivididas (split-split-plot). Foram 32 tratamentos testados (4*4*2) com trs
repeties, os quais representaram a combinao de quatro cultivares (Atlantic,
Asterix, Innovator e Shepody) aplicados s parcelas, quatro doses de potssio (0,
120, 360 e 1080 kg K
2
O ha
-1
) aplicados s sub-parcelas e duas fontes de adubao
potssica (cloreto e sulfato) aplicadas s sub-sub-parcelas (apndice 1), fatores A, B
e C, respectivamente.
As determinaes foram realizadas em triplicata e os resultados dos
experimentos submetidos anlise de varincia, as quais foram avaliadas quanto
sua homogeneidade pelo Teste de Bartlett e foram avaliadas por meio do teste F.
Quando os resultados mostraram existir diferenas estatisticamente significativas
entre as mdias dos tratamentos foram comparados pelo Teste de Tukey ao nvel de
5% de significncia (p 0,05) (KOEHLER, 1999). Para tanto, foi utilizado o programa


30
MSTATC (verso 2.10 em sistema DOS) da Michigan State University - MSU (1989).
Para a aplicao do Teste de Tukey houve a necessidade de transformao dos
dados das variveis lipdeos e cinzas para dez vezes (10 x) e cem vezes (100x) os
valores obtidos, respectivamente, sem alterar a mdia dos dados, visto que as
anlises de varincia mostraram quadrados mdios iguais a zero, o qual
impossibilitava o clculo do Teste de Tukey (KOEHLER, 1999).
Quando a anlise de varincia mostrou significncia para o efeito da dose em
relao as variveis dependentes foram realizadas anlises de regresso linear
simples para cada cultivar plantada com determinada fonte a fim de verificar o efeito
do aumento da adubao sobre a composio qumica.
Os resultados foram expressos para 100 g de tubrculos in natura e so
apresentadas no apndice 2 os resultados em base seca.


2.3 RESULTADOS E DISCUSSO

Na tabela 2.1 encontram-se os resultados do teste F da anlise de varincia e
na tabela 2.2 as mdias da composio qumica dos tubrculos de batatas, cvs.
Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody, cultivadas com diferentes doses e fontes de
adubao potssica.
No anexo 2 encontram-se as tabelas da anlise de varincia e das mdias
das interaes da composio qumica dos tubrculos de batatas, cvs. Atlantic,
Asterix, Innovator e Shepody, cultivados com diferentes doses e fontes de adubao
potssica.
Atravs da tabela 2.1 verifica-se que a vitamina C, umidade, protenas,
lipdeos, carboidratos, energia e amido a interao dos fatores cultivares, doses e
fontes de adubao potssica (interao ABC) no apresentaram diferenas
estatisticamente significativas (p 0,05), indicando que para estas variveis seus
efeitos so independentes. Porm os teores de potssio e cinzas apresentaram
interaes estatisticamente significativas (p 0,01), mostrando que so
influenciadas pela cultivar e adubao de potssio (dose e fonte) utilizada no cultivo
das batatas.



3
1
TABELA 2.1 - TESTE F DA COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS DE BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY,
CULTIVADOS COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
Teste F
Fatores de Variao
Vitamina C Umidade Protenas Lipdeos Cinzas Carboidrato Energia Amido Potssio
Cultivar = Fator A 10,70
**
9,05
*
36,74
**
1,15
ns
66,51
**
6,39
*
9,52
**
6,45
*
61,72
**

Dose (kg K
2
O.ha
-1
) = Fator B 6,41
**
3,73
*
3,07
*
0,72
ns
60,79
**
3,66
*
4,18
*
3,64
*
35,54
**
Fonte = Fator C 2,62
ns
8,57
**
2,46
ns
1,21
ns
12,12
**
6,79
*
8,92
**
6,57
**
9,08
**
Teste F Interao A x B 2,45
*
0,77
ns
2,54
*
1,26
ns
35,74
**
0,78
ns
0,78
ns
0,79
ns
16,65
**
Teste F Interao A x C 0,57
ns
1,34
ns
0,18
ns
0,35
ns
7,78
**
1,42
ns
1,44
ns
1,41
ns
2,04
ns

Teste F Interao B x C 0,36
ns
4,20
ns
0,38
ns
1,57
ns
8,04
**
4,91
**
4,40
**
4,83
**
2,15
ns

Teste F Interao A x B x C 0,63
ns
1,33
ns
0,89
ns
1,15
ns
10,34
**
1,47
ns
1,33
ns
1,47
ns
4,63
**
NOTA:
(*)
significativo a 5% de probabilidade;
(**)
significativo a 1% de probabilidade;
(ns)
no significativo.

TABELA 2.2 - MDIAS DA COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS DE BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY,
CULTIVADOS COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
Fatores de Variao
Cultivar = Fator A
Vitamina C
(mg/100 g)
Umidade
(%)
Protenas
(%)
Lipdeos
(%)
(1)

Cinzas
(%)
(2)

Carboidrato
(%)
Energia
(kcal/ 100g)
Amido
(%)
Potssio
(mg/ 100g)
Atlantic 25,43 ab 79,24 b 2,09 b 0,05 0,93 a 17,69 a 79,57 a 16,42 a 525,80 a
Asterix 21,63 b 81,47 a 1,85 c 0,04 0,87 c 15,78 b 70,84 b 14,63 b 471,69 bc
Innovator 28,05 a 79,10 b 2,25 a 0,06 0,88 c 17,72 a 80,40 a 16,45 a 452,75 c
Shepody 31,01 a 80,03 ab 2,23 ab 0,04 0,91 b 16,80 ab 76,48 ab 15,58 ab 474,39 b
Dose (kg K
2
O ha
-1
) = Fator B
Vitamina C
(mg/100 g)
Umidade
(%)
Protenas
(%)
Lipdeos
(%)
(1)

Cinzas
(%)
(2)

Carboidrato
(%)
Energia
(kcal/ 100g)
Amido
(%)
Potssio
(mg/ 100g)
0 27,62 a 79,43 b 2,22 a 0,04 0,89 b 17,41 a 78,92 a 16,16 a 478,06 b
120 26,52 ab 79,94 ab 2,02 b 0,04 0,87 c 17,14 ab 77,01 ab 15,90 ab 449,18 c
360 27,43 a 79,95 ab 2,12 ab 0,05 0,90 b 16,99 ab 76,85 ab 15,76 ab 492,09 ab
1.080 24,56 b 80,51 a 2,07 ab 0,05 0,92 a 16,45 b 74,51 b 15,26 b 505,29 a
Fonte = Fator C
Vitamina C
(mg/100 g)
Umidade
(%)
Protenas
(%)
Lipdeos
(%)
(1)

Cinzas
(%)
(2)

Carboidrato
(%)
Energia
(kcal/ 100g)
Amido
(%)
Potssio
(mg/ 100g)
KCl (60% K
2
O) 25,86 80,21 a 2,07 0,04 0,89 b 16,79 b 75,82 b 15,58 a 486,82 a
K
2
SO
4
(50% K
2
O) 27,21 79,70 b 2,15 0,05 0,90 a 17,20 a 77,82 a 15,96 b 475,49 b
Mdia 26,54 79,96 2,11 0,05 0,90 17,00 76,82 15,77 481,16
NOTA: Mdias seguidas pela mesma letra, nas colunas, dentro das fontes de variaes, no diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
(*)
significativo a 5% de probabilidade;
(1)
dados originais, para anlise estatstica foram transformados (varivel x 100);
(2)
dados
originais, para anlise estatstica foram transformados (varivel x 10);
(**)
significativo a 1% de probabilidade;
(ns)
no significativo.


32
2.3.1 VITAMINA C

Observando a tabela 2.1 nota-se que a vitamina C dependente da cultivar e
dose de adubao potssica utilizada. Este comportamento est de acordo com
ZORZELLA; VENDRUSCOLO; TREPTOW (2003), que afirmam que a concentrao
da vitamina C depende principalmente da cultivar.
A presena de interao estatstica significativa entre cultivar e dose (tabela
2.1) atestada pela mudana de comportamento da vitamina C, que tende a
diminuir com o aumento da dose de K utilizado. A anlise de regresso linear
mostrou que apenas a cv. Atlantic adubada com K
2
SO
4
apresentou diferena
estatstica a 5% (p 0,05) no declnio da Vitamina C com o aumento da dose
[Vitamina C (mg/100 g) = 31,1217 - 2,08*dose K
2
SO
4
], estando em desacordo com a
literatura, a qual menciona que a adubao potssica tem um efeito benfico sobre
os nveis de vitamina C (IMAS; BANSAL, 1999; LEE; KADER, 2000; BREGAGNOLI,
2006).
De acordo com LEE; KADER (2000) e PINELI et al. (2005), muitos fatores pr
e ps-colheita influenciam o ndice da vitamina C de olercolas, como a variao
genotpica, circunstncias climticas, manejo, maturidade na colheita, mtodo da
colheita e manipulao ps-colheita.
As mdias de vitamina C (tabela 2.2) esto de acordo com PINELI et al.
(2005), pois para os autores as batatas apresentam teores de vitamina C entre 10 a
30 mg/100 g de matria fresca. Pode ser observado ainda que a cv. Shepody
mostrou ter mais vitamina C (31,01 mg/100 g) que as demais cultivares, sendo que a
cv. Asterix apresentou o menor teor de vitamina C (21,63 mg/100 g). A quantidade
de vitamina C observada na cv. Atlantic (25,43 mg/100 g) foi superior ao relatado por
LOVE et al. (2003) que foi de 17,6 mg/100 g e aos 12,44 mg/100 g encontrados por
ZORZELLA et al. (2003).
RODRIGUEZ-SAONA; WROLSTAD (1997), analisando a composio de
batatas, observaram que estas apresentaram de 12,0 mg/100 g a 23,4 mg/100 g de
vitamina C, sendo que esta variao atribuda a diferena entre as cultivares,
temperatura, manuseio dos tubrculos e estocagem (EREIFEJ et al., 1997).




33
2.3.2 UMIDADE

A anlise de varincia da umidade (tabela 2.1) mostrou que a quantidade de
gua presente nos tubrculos depende dos fatores cultivar, dose, fonte e da
interao dose x fonte. POPP (2005) destaca que a umidade varia em funo de
diversos fatores que interagem, entre os quais a cultivar, safra, condies de campo,
adubao e disponibilidade de cloro.
A interao dose x fonte, estatisticamente significativa a 5% (tabela 2.1), pode
ser confirmada pela anlise de regresso linear simples, onde com o incremento da
dose tende ao aumento da umidade nas batatas. O efeito da fonte cloreto mostrou
diferena estatstica com o aumento da dose, para as cvs. Atlantic, Innovator e
Shepody [cv. Atlantic - y = 77,95 + 0,688667*X; cv. Innovator - y = 77,5483 +
0,664333*X; cv. Shepody - y = 78,72 + 0,688667 X; sendo y= umidade (%) e X =
dose de KCl e Z = dose K
2
SO
4
].
Apesar da tendncia ao aumento da umidade com a fonte sulfato, em todos
os tratamentos, o efeito no foi estatisticamente significativo ao nvel de 5% de
probabilidade. De acordo com REIS JNIOR; MONNERAT (2001), o aumento das
doses de K
2
SO
4
favorece o acmulo de gua nos tubrculos, devido reduo do
potencial hdrico. Quando a batata destinada indstria de fritas, baixo teor de
umidade desejado e a adubao potssica na forma de sulfato propicia os
melhores resultados quando comparados com o cloreto (WESTERMANN et al.,
1994; IMAS; BANSAL, 1999).
A umidade teve variao mdia de 79,10% (cv. Innovator) a 81,47% (cv.
Asterix), conforme tabela 2.2. De acordo com FAVORETTO (2005) e MACCARI
JNIOR (1997), a umidade na batata varia de 63,2% a 86,9%. A tabela brasileira de
composio qumica dos alimentos (UNICAMP, 2006) demonstra que as batatas
brasileiras apresentam 82,9% de umidade.
No Paran, TRINDADE (1994), estudando cultivares de batata plantadas em
Contenda/PR e sua indicao culinria, observou valores semelhantes de umidade,
os quais variaram de 79,38% a 84,46%. JORGE; LUNARDI (2005) utilizaram em
seus estudos de absoro de leos em batatas fritas tubrculos com 83,8% de
umidade. BREGAGNOLI (2006), avaliando o efeito de diferentes adubaes em
solos de baixa fertilidade, encontrou umidade que variam de 77,2% (cv. Atlantic) a


34
80,5% (cv. Asterix), valores semelhantes aos encontrados neste trabalho. STERTZ;
ROSA; FREITAS (2005) observaram que a batata, cv. Monalisa, cultivada no
sistema convencional apresenta em mdia 82,22% de umidade, valor superior as
cultivares utilizadas nesta pesquisa.
Umidade elevada faz com que os tubrculos no sejam indicados para fritura,
podendo ser utilizados apenas para o cozimento. De acordo com POPP (2005) ao
retirar a umidade o que resta nos tubrculos a matria seca, um importante fator
que determina a qualidade da batata e o seu uso, influenciando na quantidade de
leo absorvido durante a fritura e a textura do produto final (ZORZELLA et al., 2003).


2.3.3 PROTENAS

A anlise de varincia de protenas (tabela 2.1) apresentou diferena
estatstica a 1% (p 0,01) para a cultivar e a dose de adubao potssica utilizada,
assim como diferena estatstica ao nvel de 5% (p 0,05) para interao cultivar x
dose, demonstrando que as protenas so dependentes da cultivar e dose utilizada.
Foi observada tendncia diminuio nas protenas com o aumento na dose de
potssio fornecida, porm este efeito no foi significativo ao nvel de 5% (p 0,05).
SHARMA; ARORA (1988) tambm no encontraram alteraes nas protenas
com aumento de dose de potssio, onde seus teores mdios foram de 2,5%, sendo
semelhantes ao observado.
A tabela 2.2 apresenta os valores mdios de protena para os tratamentos
onde se observa que a cv. Asterix apresentou o menor valor protico mdio e a cv.
Innovator o maior, 1,85% e 2,25%, respectivamente. De acordo com BELANGER et
al. (2002), a concentrao de protenas difere entre cultivares, porm foi observado
que as cvs. Innovator e Shepody no diferiram estatisticamente entre si, sendo
superiores as cvs. Atlantic e Asterix. Os autores relatam que os teores mais altos de
protenas na cv. Shepody pode ser devido ao alto potencial de absoro de
nitrognio comparado a outras cultivares.
Os resultados obtidos foram semelhantes aos da UNICAMP (2006) que
apresentaram 1,8% de protenas e de BREGAGNOLI (2006) que observou teores de
protena superiores a 2% para as cvs. Atlantic e Asterix. Ainda, os resultados esto


35
de acordo com TRINDADE (1994), o qual relata que os teores de protenas na
batata esto entre 0,69% e 4,63%. FAVORETTO (2005) que diz que os tubrculos
contm em mdia 2,1%. STERTZ; ROSA; FREITAS (2005) encontraram 1,32% de
protenas em batatas do cultivo convencional na Regio Metropolitana de Curitiba,
sendo inferiores aos obtidos neste trabalho.
Em relao fonte de potssio utilizada foi observado que os tubrculos
adubados com K
2
SO
4
apresentaram teor proticos superior ao KCl. Apesar de no
haver diferena estatstica ao nvel de 5% (p 0,05) entre as fontes de adubaes, o
teor superior de protena observado no K
2
SO
4
pode ser devido ao enxofre do sulfato,
mineral essencial aos tubrculos que atua como um constituinte das protenas das
plantas (MALLMANN, 2001). Outro fator que pode contribuir para uma menor
quantidade de protenas durante a formao do tubrculo o aumento da massa
mdia e acumulo de amido que diminui a concentrao de protenas (BELANGER et
al., 2002).


2.3.4 LIPDEOS

A anlise de varincia (tabela 2.1) indicou que independente da variedade ou
adubao potssica, os tubrculos tero quantidades nfimas de lipdeos, o que
pode ser observado na tabela 2.2. Os resultados das anlises de lipdeos no
apresentaram diferenas significativas entre os tratamentos ao nvel de 5% (p
0,05), por isso no foi aplicada regresso linear.
Os lipdeos mdio (tabela 2.2) encontrado foi de 0,05%, confirmando os
traos deste nutriente em batata citado na literatura (UNICAMP, 2006) o qual pode
variar de 0,02% a 0,20% nos tubrculos (MACCARI JNIOR, 1997). Os teores
encontrados foram superiores ao relatado por JORGE; LUNARDI (2005), que
observaram 0,1% de l ipdeos na cv. Monalisa e inferiores a SILVA; CERQUEIRA;
SILVA (2003) que dizem que batatas in natura contm em torno de 0,26% e 0,14%
encontrados por STERTZ; ROSA; FREITAS (2005).
BREGAGNOLI (2006) observou que os lipdeos variaram de 0,07% a 0,08%
para a cv. Atlantic e de 0,06% a 0,11% para a cv. Asterix, sendo superiores ao
encontrado na presente pesquisa.


36
2.3.5 CINZAS

Atravs da tabela 2.1 verifica-se que, para as cinzas, a interao dos fatores
cultivar, doses e fontes de adubao potssica foi estatisticamente significativa (p
0,01), indicando que seus efeitos no so independentes. Os fatores principais
cultivar e dose tambm apresentaram diferenas estatisticamente significantes (p
0,01). A variao na quantidade de minerais (cinzas) influenciada pela cultivar,
prtica agronmica, clima, local de plantio e maturao dos tubrculos
(FAVORETTO, 2005).
A anlise de regresso linear demonstrou que em quase todos os tratamentos
foi observada uma tendncia ao aumento nas cinzas com o aumento na dose de
potssio fornecida, porm apenas as cvs. Innovator adubadas com cloreto [cinzas
(%) = 0,08 + 0,00236667*dose de KCl] e sulfato [cinzas (%) = 0,0755 +
0,00543333*dose K
2
SO
4
]. De acordo com REIS JNIOR; MONNERAT (2001), a
composio mineral (cinzas) influenciada pela adubao com K
2
SO
4
.
A cv. Atlantic foi a que apresentou o maior teor de cinzas (0,93%), sendo
estatisticamente superior (p 0,01) s demais cultivares (tabela 2.2). Os tratamentos
adubados com K
2
SO
4
mostraram ser superiores estatisticamente da fonte KCl.
As cinzas observadas foram superiores ao de STERTZ; ROSA; FREITAS
(2005) que observaram uma mdia 0,67% nos tubrculos, da UNICAMP (2006) que
apresentou 0,6% de cinzas e TRINDADE (1994), onde relata uma variao de 0,40%
a 0,87% nas cultivares analisadas. O autor relata ainda que os teores aceitveis de
resduo mineral fixo para batatas de 0,44% a 1,90%.


2.3.6 CARBOIDRATOS

A interao dose e fonte mostrou diferena estatstica a 1% (tabela 2.1),
indicando que os carboidratos so dependentes do tipo e da quantidade de potssio
fornecido cultura. A cultivar utilizada, da dose e da fonte, isoladamente, tambm
interferiram nestes teores.
A anlise de regresso linear demonstrou que os carboidratos tendem a
diminuir com o aumento da dose, sendo que apenas a cvs. Innovator [carboidratos


37
(%) = 19,6033 - 0,772667*dose de KCl] e Shepody [carboidratos (%) = 17,9917 -
0,624*dose de KCl] diminuram estatisticamente com o aumento da dose de potssio
fornecido. AZEREDO; LIMA; CASSINO (2004) observaram uma diminuio nos
carboidratos solveis na cv. Achat com o aumento da adubao potssica.
Diferentemente, neste trabalho, as cvs. Atlantic e Innovator tenderam a aumentar os
carboidratos com o incremento da dose de K
2
SO
4
, porm sem significncia
estatstica ao nvel de 5% de probabilidade (p 0,05).
Os valores de carboidratos obtidos (tabela 2.2) demonstram que a cultivar que
apresentou os maiores de teores mdios de carboidratos foi a Innovator (17,72%),
estando de acordo com MACCARI JNIOR (1997), que diz que os carboidratos
correspondem em mdia de 18,4% no tubrculo in natura, podendo variar de 8,0% a
29,4% e so um dos componentes da batata que mais influenciam a qualidade para
consumo ou processamento.
A quantidade mdia de carboidratos (17,00%) foi inferior ao observado por
STERTZ; ROSA; FREITAS (2005) que encontraram 18,05% para os carboidratos
totais (soma dos carboidratos, acares e fibras) e superiores aos relatados na
literatura (14,7%) (UNICAMP, 2006).
Os carboidratos encontrados nos tubrculos cultivados com K
2
SO
4
foram
estatisticamente superior ao de cloreto (p 0,05), o que indica que a fonte sulfato
tem melhor efeito na obteno deste nutriente. De acordo com BREGAGNOLI
(2006), o KCl gera um efeito prejudicial planta, quando aplicado tardiamente, que
devido assimilao do on cloro afeta as combinaes com fsforo, diminuindo a
sntese de carboidratos.


2.3.7 ENERGIA

A energia teve comportamento muito parecido com os carboidratos. A
interao dose e fonte mostraram diferena estatstica a 1% (tabela 2.1), ou seja,
no so independentes, e os fatores principais cultivar, dose e fonte tambm
interferem na quantidade calrica que os tubrculos propiciam. De acordo com
FAVORETTO (2005), a batata um dos alimentos mais completos, onde a energia
oriunda dos carboidratos.


38
A quantidade calrica tendeu a diminuir estatisticamente com o aumento da
dose de adubao potssica para as cvs. Atlantic, Innovator e Shepody, adubadas
com KCl, conforme pode ser verificado com pelas equaes de regresso: [energia
(kcal/100 g) cv. Atlantic = 84,7733 - 2,77933*X ; energia (kcal/100 g) cv. Innovator =
86,92 - 2,76933*X; energia (kcal/100 g) cv. Shepody = 81,7733 - 2,778*X; sendo X =
dose de KCl].
O valor energtico mdio variou de 70,84 kcal/100 g a 80,40 kcal/100 g para
as cvs. Asterix e Innovator, respectivamente, com um teor mdio de 76,82 kcal
(tabela 2.2), sendo superiores aos relatados por STERTZ; ROSA; FREITAS (2005)
que encontraram 61,00 kcal para os tubrculos da cv. Monalisa cultivados no
sistema convencional e 64,00 kcal relatados pela UNICAMP (2006). Os valores
energticos foram estatisticamente superiores para os tubrculos cultivados com
K
2
SO
4
, o qual pode ser atribudo aos maiores teores de protenas, lipdeos e
carboidratos observados nesta fonte.


2.3.8 AMIDO

A anlise de varincia para o amido (tabela 2.1) demonstrou que os fatores
cultivar, dose e fonte influenciaram o amido encontrado nos tubrculos, pois os
dados demonstraram haver diferena estatisticamente ao nvel de 5% (p 0,05),
assim como a interao dose e fonte diferiram estatisticamente ao nvel de 1%.
Comportamento semelhante aos observados com os carboidratos (item 2.3.6), pois
de acordo com FAVORETTO (2005), dentro dos carboidratos, o amido o que esta
em maior quantidade nos tubrculos.
Com a anlise de regresso simples, foi possvel observar que o amido tende
a diminuir com o aumento da dose. Esse comportamento explicado por IMAS;
BANSAL (1999), onde dizem que apesar do K ativar enzimas envolvidas na
formao de amido, pode reduzir o teor deste mineral com um aumento da umidade
nos tubrculo. Efeito significativo na diminuio do amido foi observado para as cvs.
Innovator (y = 18,1917 - 0,715667*X) e Shepody (y = 16,6833 - 0,575*X) cultivadas
com cloreto. Para os demais tratamentos, no foi observada diminuio significativa,


39
apesar da tendncia a obter menores quantidades de amido com o aumento da dose
de potssio.
WESTERMANN et al. (1994) e BREGAGNOLI (2006) observaram que o
aumento da dose de potssio (KCl ou K
2
SO
4
) propicia uma diminuio no amido
devido ao aumento da quantidade de gua nos tubrculos. IMAS; BANSAL (1999)
relatam que elevadas concentraes de K nos tubrculos aumenta a absoro de
gua, isso devido aos efeitos osmticos de concentraes aumentadas do mineral
no tecido (STARK et al., 2003).
Observando o amido (tabela 2.2), nota-se que as cvs. Innovator e Atlantic
apresentaram os maiores valores mdios, 16,45% e 16,42%, respectivamente,
mostrando no haver diferena estatstica (p 0,05) entre elas. A cv. Shepody
apresentou 15,58% de amido, sendo diferentes das demais cultivares e superior a
cv. Asterix, que apresentou os menores valores (14,63%), diferindo estatisticamente
das demais cultivares. Para RODRIGUES ROBLES (2003), as batatas apresentam
em mdia 16% do peso in natura de amido, sendo este depende da cultivar.
De acordo com BREGAGNOLI (2006), o amido difere entre as cultivares, e no
seu estudo de cultivo de batatas em diferentes adubaes em solo de baixa
fertilidade observou que a cv. Atlantic apresentou amido superior a 17,5% e para a
cv. Asterix maiores que 16,5%.
SHARMA; ARORA (1988) no observaram alteraes no amido com a
adubao potssica em diferentes doses; o teor variou de 14,9% a 15,2%, inferior ao
presente trabalho. Se o destino dos tubrculos for indstria de fritas, o amido deve
ser superior a 15% (KITA, 2002), pois ser responsvel pela colorao da batata frita
(VERGARA et al., 2006).
A fonte sulfato diferiu estatisticamente da cloreto, fornecendo maiores
quantidades de amido. IMAS; BANSAL (1999) relatam que normalmente o uso de
adubos com K
2
SO
4
propicia tubrculos com teores de amido superiores aos que
utilizam KCl.




40
2.3.9 POTSSIO

A anlise de varincia do potssio (tabela 2.1) demonstrou que apenas as
interaes cultivar x dose e dose x fonte no demonstraram efeitos significativos. A
cv. Asterix adubada com K
2
SO
4
apresenta tendncia em diminuir o potssio
(potssio (mg/100 g) = 500,178 - 15,544* dose K
2
SO
4
) nos tubrculos com o
aumento da dose (p 0,01) e para as cvs. Innovator [potssio (mg/100 g) = 371,278
+ 32,6673*dose K
2
SO
4
] e Shepody [potssio (mg/100 g) = 420,698 + 22,445*dose de
KCl] mostraram que o aumento da dose de adubao potssica tende a aumentar o
teor deste mineral nos tubrculos (p 0,01). De acordo com PAULETTI; MENARIN
(2004), o excesso de potssio fornecido s batateiras faz com que ocorra o aumento
de sua absoro e acmulo na planta.
O teor de potssio est mostrado na tabela 2.2 e apresentaram variao de
352,50 mg/100 g a 549,91 mg/100 g nos tubrculos in natura, superior aos de
STERTZ; ROSA; FREITAS (2005), que encontraram 147,90 mg de potssio em 100
g de amostra e aos e 302 mg de potssio relatados pela UNICAMP (2006). A fonte
cloreto apresentou as maiores quantidades de potssio, diferindo estatisticamente
da fonte sulfato. A maior quantidade mdia de potssio foi observada na cv. Atlantic
e a menor na cv. Innovator.
Os resultados esto de acordo com CIESLIK; SIKORA (1998) que
observaram variao de 250 a 601 mg de K/100 g de amostra, porm as condies
as quais os tubrculos foram produzidos e as cultivares eram diferentes deste
estudo.


2.4 CONCLUSO

Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que a composio
qumica das batatas dependente da cultivar e da adubao potssica (dose e
fonte) empregada. Em relao s cultivares Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody,
todas as variveis dependentes analisadas mostraram ser diferentes. A cv. Atlantic
apresentou as maiores quantidades de potssio e cinzas; a cv. Asterix as menores
de vitamina C, protenas, lipdeos, carboidratos, energia e amido, e a maior umidade;


41
a cv. Innovator obteve os maiores teores de protenas, lipdeos, carboidratos,
energia e amido e os menores de umidade, cinzas e potssio; e a cv. Shepody a
maior quantidade de vitamina C.
A dose de potssio no apresentou efeitos para os lipdeos, porm para
vitamina C, protena, carboidratos, amido e energia mostraram uma tendncia a
diminuir com o aumento da quantidade de potssio fornecida. Para as cinzas e
potssio, o efeito foi ao contrrio, o aumento da dose fez com que eles se
elevassem.
Em relao fonte de adubao potssica utilizada, a sulfato a melhor
fonte, pois os teores obtidos com cloreto mostraram-se inferiores para as variveis
vitamina C, cinzas, carboidratos, energia e amido.


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CAPTULO 3 - QUALIDADE DE TUBRCULOS DE BATATA PARA
PROCESSAMENTO CULTIVADOS SOB DIFERENTES DOSES E FONTES DE
POTSSIO E ARMAZENADO EM TEMPERATURA AMBIENTE


47
RESUMO

A qualidade da batata, desde o plantio at a ps-colheita, um fator primordial ao
processamento na forma de fatias fritas (chips) ou palito, sendo fundamental
conhecer os efeitos da adubao sobre o armazenamento do produto in natura.
Assim, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade da batata,
cultivares Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody, cultivada com diferentes doses e
fontes de adubao potssica, e armazenada em temperatura ambiente por 45 dias.
As amostras provenientes do municpio de Fazenda Rio Grande/PR foram avaliadas
por anlise fsicas e qumicas. A anlise fsica foi realizada pela massa e peso
especfico do produto in natura e cor da batata frita. Por anlise qumica foram
determinados a matria seca e acares redutores. A massa mdia foi de 113,46 g;
o peso especfico de 1,0748; a cor de 1,36; a matria seca foi de 20,27% e o teor de
acar redutor de 38,10 mg de glicose/100 g de amostra. A qualidade dos tubrculos
das cvs. Atlantic, Asterix e Innovator foram mantidas por 45 dias de armazenamento
e a da cv. Shepody por 30 dias. As cvs. Atlantic e Innovator mostraram ter melhor
qualidade quando comparadas s demais cultivares.

Palavras-chave:Solanum tuberosum; qualidade de alimentos; batata frita;
armazenamento; adubao potssica.


ABSTRACT

QUALITY OF POTATO TUBERCLES FOR PROCESSING GROWN UNDER
DIFFERENT DOSES AND SOURCES OF POTASSIUM FERTILIZATION, AND
STORED IN ROOM TEMPERATURE. The potato quality, since the planting to after
harvest, is a main factor to the process in fried slices shape (chips) or stick, being
really important to know the effects of the adubation on the natural product storage.
So, the present paper aims to evaluate the quality of the potato types Atlantic,
Asterix, Innovator and Shepody, grown in different doses and sources of potassium
fertilization, and stored in room temperature for 45 days. The samples from Fazenda
Rio Grande/PR town were evaluated by physics and chemical analysis. The physical
analysis was done by mass and specific weight of the natural product and fried
potato color. For the chemical analysis it was determined the dry matter and reducer
sugars. The medium mass was 113,46 g; the specific weight 1,0748; the color 1,36;
the dry matter was 20,27% and the reducer sugar content 38,10 mg of glucose/100 g
of samples. The potato quality of the Atlantic, Asterix and Innovator types were kept
for 45 days of storage and the Shepody type for 30 days. The cvs. Atlantic and
Innovator types have shown a better processing quality when compared to the other
types.

Keywords: Solanum tuberosum; food quality; fried potatoes; storage; potassium
fertilization.


48
3.1 INTRODUO

Na maior parte das regies brasileiras, a produo de batata (Solanum
tuberosum L.) ocorre por um longo perodo (POPP, 2000), possibilitando atender as
necessidades de suprimento da indstria e dos consumidores (BACARIN et al.,
2005). Porm, somente a disponibilidade de batata no suficiente para a indstria
de fritas, pois para o processamento existe a necessidade de preo constante e
matria-prima com qualidade (BHERING, 2006).
A produo de tubrculos de boa qualidade, tanto para o consumo quanto
para o processamento, vai depender dos efeitos acumulativos de vrios fatores,
incluindo gentica da cultivar, clima, efetividade de substncias qumicas,
propriedades fsicas e biolgicas do solo e da resposta ao armazenamento
(SALAZAR; BUSCH, 2001).
No Brasil, parte da produo armazenada por curto prazo em diferentes
condies (BACARIN et al., 2005), as quais podem promover mudanas extensivas
composio qumica dos tubrculos, influenciando a qualidade final da batata frita
(NOURIAN; RAMASWAMY; KUSHALAPPA, 2003).
Os parmetros determinantes da qualidade da batata para fritura so o alto
teor de matria seca e baixo nvel de acares redutores (POPP, 2000; SALAMONI
et al., 2000; FELTRAN, 2002; AMARO et al., 2003; RODRIGUES; PEREIRA, 2003);
alto peso especfico (SALAZAR; BUSCH, 2001; ZORZELLA; VENDRUSCOLO;
TREPTOW, 2003; FELTRAN; LEMOS; VIEITES, 2004); alm de apresentar boa
qualidade externa adequada para cada finalidade de processo, se fatia ou palito
(BHERING, 2006).
A matria seca e o peso especfico elevados resultam em batata frita de
melhor qualidade, sendo fundamentais na absoro de leo durante a fritura, para a
textura e o sabor do produto final (ZORZELLA et al., 2003).
O teor de acares redutores um fator limitante na depreciao da cor
(ZORZELLA; VENDRUSCOLO; TREPTOW, 2003), pois no momento da fritura,
quando os nveis so altos, ocorre a reao de Maillard, onde os acares redutores
(glicose e frutose) reagem com os grupos alfa-amino dos aminocidos, produzindo
um produto de colorao escura (COELHO; VILELA; CHAGAS, 1999; PEREIRA;


49
CAMPOS, 1999; SALAMONI et al., 2000; SALAZAR; BUSCH, 2001; CHAPPER et
al., 2002).
A maioria das cultivares plantadas no sul do Brasil no se presta fritura por
apresentar baixos contedos de matria seca e peso especfico, assim como alto
teor de acares redutores (PEREIRA; COSTA, 1997).
Outro fator determinante da qualidade dos tubrculos para o processamento,
afetando as caractersticas mencionadas anteriormente, a falta ou excesso de
adubao potssica. O potssio influencia o peso especfico (DAVENPORT, 2000),
o tamanho dos tubrculos, o teor de matria seca, a resistncia a danos mecnicos
(MALLMANN, 2001; FELTRAN, 2002), o teor de acares redutores, a cor da fritura
e a qualidade dos tubrculos durante seu armazenamento (IMAS; BANSAL, 1999).
A qualidade das batatas uma combinao das vrias caractersticas fsico-
qumicas e nutritivas, que so influenciadas por condies de armazenamento
(NOURIAN; RAMASWAMY; KUSHALAPPA, 2003), que iro interferir no
processamento. Sendo assim, o presente captulo teve como objetivo analisar os
efeitos da adubao potssica em batatas (Solanum tuberosum L.), em diferentes
doses e fontes e das cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody, armazenadas em
temperatura ambiente, sobre os parmetros de qualidades (fsicos e fsico-qumicos)
utilizados pela indstria de fritas (fatias e palitos).


3.2 MATERIAL E MTODOS

3.2.1 MATRIA-PRIMA E AMOSTRA

A matria-prima foi composta por tubrculos de batata (Solanum tuberosum
L.), cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody, oriundas do municpio de Fazenda
Rio Grande/PR, as quais foram plantadas no perodo de 15 de agosto a 15 de
setembro de 2003. A prtica agronmica, o controle de pragas e de doenas foi
realizado de acordo com as prticas adotadas pelos bataticultores da regio (IUNG,
2006).




50
3.2.2 AMOSTRAGEM

A colheita foi realizada aps o amadurecimento fisiolgico das cultivares. Os
tubrculos foram classificados e as amostras de tamanho comercial - classe 2
1

(anexo 1) foram conduzidas at os laboratrios do Departamento de Nutrio da
Universidade Federal do Paran para as anlises qumicas. Fizeram parte da
amostragem 100 tubrculos ou quando inferior, todo o lote constituiu a amostra
(BRASIL, 1995).


3.2.3 ARMAZENAMENTO E PREPARO DAS AMOSTRAS

As amostras (compostas de dez tubrculos sadios e/ou um quilograma)
foram acondicionadas em sacos rendilhados, identificadas, separadas em quatro
subamostras e armazenadas em temperatura ambiente em uma das salas
(aproximadamente 24 m
2
) do laboratrio de Nutrio Experimental do Curso de
Nutrio da UFPR (apndice 3), sem controle interno de temperatura e umidade
relativa.
A fim de evitar que as batatas armazenadas em temperatura ambiente se
tornassem esverdeadas, as amostras foram armazenadas sujas e em ambiente
escuro (BRUNE; MELO, 2001). A lavagem aps a colheita acentua a ao da luz,
reduzindo o perodo de conservao dos tubrculos (MACCARI JNIOR, 1997).
Diariamente, no perodo da manh, eram anotadas a temperatura e a umidade,
sendo utilizado um termo higrmetro digital. A temperatura ambiente teve uma
oscilao de 22,8 1,7 C com umidade relativa de 78,1 5,5%.
Cada subamostra de batatas in natura foi coletada para anlise em intervalos
regulares de quinze dias, iniciando-se na data de armazenamento dos tubrculos
(tempo zero), durante 45 dias de armazenamento, perfazendo um total de quatro
coletas.



1
maior dimetro transversal igual ou maior que 45 mm


51
3.2.4 DETERMINAO DA QUALIDADE DOS TUBRCULOS PARA FRITURA

A determinao da massa mdia (g) dos tubrculos foi realizada por pesagem
direta em balana eletrnica digital Marte

, modelo AS2000, capacidade 2000 g


0,01 g, em cinco tubrculos/subamostra.
O peso especfico foi determinado atravs do peso no ar e peso na gua dos
tubrculos, adaptado de MAEDA; DIP (2003). Foram utilizados balana eletrnica
digital Marte, modelo AS2000, capacidade 2000 g 0,01 g, bquer com gua
destilada, suporte metlico, fio, rede de nylon e anzol (apndice 4). Foram utilizados
cinco tubrculos/subamostra.
A matria seca foi determinada por gravimetria a 105C em estufa com
circulao de ar at peso constante (BRASIL, 2005). Para o ensaio, foram utilizados
trs tubrculos in natura, tomados de um quilograma de subamostra, os quais foram
processados na forma palha e retirado uma alquota de cinco gramas.
Os acares redutores (glicose%) foram quantificados baseados na
metodologia utilizada pela EMBRAPA Clima Temperado, atravs do mtodo de
SOMOGYI-NELSON
2
adaptado por PEREIRA; CAMPOS (1999) (anexo 3). As
leituras foram feitas em espectrofotmetro UV-VIS Fento

, em comprimento de onda
de 510 nm.
A avaliao visual da cor desenvolvida na fritura foi realizada de acordo com a
metodologia desenvolvida no IAPAR (ECARCB, 1996; SCOTTI; NAZARENO, 1999).
O formato do tubrculo definiu o tipo de processamento (BORRUEY et al., 2000;
MORENO, 2000); a cv. Atlantic na forma de fatias e as cvs. Asterix, Innovator e
Shepody na forma de palito. Foram utilizados cinco tubrculos por subamostras, os
quais foram lavados, secos sombra, descascados manualmente, fatiados com
auxlio de processadores manuais (no formato de fatias e palito) e ento retirado
uma fatia (espessura aproximada de 1-2 mm cada) ou palitos (espessura de 10 mm
cada) da parte central de cada tubrculo para o processamento.
A fritura foi realizada em uma fritadeira eltrica gua-leo Tedesco

. As
batatas em fatias e palitos foram imersas em leo vegetal (Ballesteros

) e
processadas a temperatura de 180 C por 3 minutos e 180 C por 7 minutos,

2
NELSON, N. A. A photometric adaptation of Somogyi method for the determination of glucose. J.
Biol. Chem., v. 135, p. 375-380, 1944.


52
respectivamente. Aps a fritura foi retirado o excesso de gordura com auxlio de
papel absorvente. Foram avaliadas todas as subamostras, devidamente codificadas,
atribuindo valores de 1 (colorao amarelo claro) a 5 (marrom queimado), que foram
submetidas a trs avaliadores, tendo como padro de cor as figuras indicadas por
SCOTTI (199?), para as batatas em forma de fatias fritas e palito (anexo 4).
As determinaes da massa, peso especfico e matria seca foram realizadas
nos quatro tempos, j a cor da fritura foi determinada no tempo inicial e final de
armazenamento. Para essas anlises foram utilizados tubrculos sadios in natura,
os quais foram lavados, secos sombra e realizadas as anlises.
De modo a manter as caractersticas das subamostras para as anlises de
acares redutores, os tubrculos foram fatiados manualmente com um auxlio de
um processador, secos em forno vipinho Perfecta

a 55 C e modos em um micro-
moinho Tecnal

(LEONEL; CEREDA, 2002). Em seguida, foram acondicionados em


envelopes plsticos, sendo vedado com auxlio de uma seladora eltrica Arno

,
colocados em uma caixa plstica com tampa e armazenados sob refrigerao at o
momento das anlises. Ao final da determinao de acares redutores foi verificada
a umidade das amostras secas a fim de estimar todos os resultados para tubrculos
in natura. A anlise foi realizada em um determinador de umidade por infravermelho
BEL Engineering

, utilizando-se trs gramas de amostra seca, a temperatura


ajustada para 105 C e o tempo em cinco minutos.
A partir do 30 dia de armazenamento foi observado que os tubrculos da cv.
Shepody iniciaram o processo de brotao, sendo estes brotos retirados e
continuado o experimento.


3.2.5 ANLISE ESTATSTICA

O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso, com o esquema de parcelas
sub-sub-subdivididas (split-split-split-plot). Foram 128 tratamentos testados
(4*4*2*4), com trs repeties, os quais representaram a combinao de quatro
cultivares (Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody) aplicados s parcelas, quatro
doses de potssio (0, 120, 360 e 1080 kg K
2
O.ha
-1
) s sub-parcelas, duas fonte de
adubao potssica (cloreto e sulfato) s sub-subparcelas e quatro perodos de


53
armazenamento (0 (zero), 15, 30 e 45 dias) em temperatura ambiente ( 22 C) s
sub-sub-subparcelas (apndice 5), fatores A, B, C e D, respectivamente.
As determinaes foram realizadas em triplicata, com exceo da cor da
fritura que foi realizada em sextiplicata. Os resultados dos experimentos submetidos
anlise de varincia, as quais foram avaliadas quanto sua homogeneidade pelo
Teste de Bartlett e foram avaliadas por meio do teste F. Quando os resultados
mostraram existir diferenas estatisticamente significativas entre as mdias dos
tratamentos foram comparados pelo Teste de Tukey ao nvel de 5% de significncia
(p 0,05) (KOEHLER, 1999). Para tanto, foi utilizado o programa MSTATC (verso
2.10 em sistema DOS) da MSU (1989). Para a aplicao do Teste de Tukey houve a
necessidade de transformao dos dados da varivel peso especfico para mil vezes
(1000 x) os valores obtidos, sem alterar a mdia dos dados, visto que a anlise de
varincia mostrou quadrado mdio igual a zero, o qual impossibilitava o clculo do
Teste de Tukey (KOEHLER, 1999).


3.3 RESULTADOS E DISCUSSO

Na tabela 3.1 encontram-se os resultados do teste F da anlise de varincia e
na tabela 3.2 as mdias dos fatores de qualidade dos tubrculos para fritura. No
anexo 5 encontram-se as tabelas da anlise de varincia e das mdias das
interaes da composio qumica dos tubrculos de batatas, cvs. Atlantic, Asterix,
Innovator e Shepody, cultivados com diferentes doses e fontes de adubao
potssica, armazenados em temperatura ambiente.
Analisando a tabela 3.1, verifica-se que para a massa, peso especfico,
matria seca e acar redutor a interao dos fatores cultivares, doses e fontes de
adubao potssica e tempo de armazenamento (interao ABCD) no
apresentaram diferenas estatisticamente significativas (p 0,05), indicando que
para estas variveis seus efeitos so independentes.



54
TABELA 3.1 - TESTE F DOS FATORES DE QUALIDADE
(1)
DOS TUBRCULOS DE BATATAS,
CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADOS COM
DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
TESTE F
FATORES DE VARIAO
MASSA PE MS AR
COR DA
FRITURA
Cultivar = Fator A 13,54
*
28,94
**
12,09
**
64,73
**
517,42
**
Dose (kg K
2
O.ha
-1
) = Fator B 2,52
ns
27,77
**
16,19
**
0,42
ns
3,14
*

Fonte = Fator C 0,14
ns
17,84
**
11,64
**
31,44
**
75,30
**

Tempo de Armazenamento = Fator D 6,51
**
12,56
**
1,68
ns
7,68
**
23,53
**

Interao A x B 0,56
ns
0,76
ns
2,99
*
0,58
ns
19,22
**

Interao A x C 0,13
ns
1,96
ns
0,58
ns
1,52
ns
103,48
**

Interao A x D 2,49
**
0,71
ns
1,36
ns
3,55
**
18,34
**

Interao B x C 1,44
ns
8,58
**
4,40
**
3,89
*
12,35
**

Interao B x D 1,40
ns
1,67
ns
3,28
**
2,18
*
9,03
**

Interao C x D 0,33
ns
0,52
ns
0,50
ns
0,72
ns
16,05
**

Interao A x B x C 0,78
ns
0,51
ns
0,67
ns
4,94
**
30,49
**

Interao A x B x D 1,82
**
1,54
*
1,78
**
1,57
*
28,39
**

Interao A x C x D 0,71
ns
0,60
ns
1,57
ns
0,59
ns
2,13
ns

Interao B x C x D 0,45
ns
0,96
ns
1,94
*
1,77
ns
2,16
ns

Interao A x B x C x D 0,47
ns
0,72
ns
1,02
ns
1,39
ns
15,31
**

Nota:
(1)
Fatores de Qualidade: Massa; PE - peso especfico; MS - matria seca; AR - acares
redutores; Cor da fritura.
(*)
significativo a 5% de probabilidade;
(**)
significativo a 1% de
probabilidade;
(ns)
no significativo.


3.3.1 MASSA

Na tabela 3.1 pode ser observado que a massa mdia apresentou diferena
estatstica (p 0,01) para os fatores principais, cultivar e tempo de armazenamento,
indicando que a massa dependente da cultivar empregada. Para o fator tempo de
armazenamento, a diferena estatstica observada no pode ser acatada, pois os
tubrculos selecionados para o trabalho apresentavam dimetro maior que 45 mm,
porm no foram agrupados por tamanhos e as subamostras no eram as mesmas
em cada perodo de anlises. Essa ponderao tambm pode ser considerada para
a interao entre cultivar x dose x tempo de armazenamento, que apresentou
diferena estatstica a 5% (p 0,05).
A massa mdia das cultivares (tabela 3.1) diferiu estatisticamente ao nvel de
5% de probabilidade pelo teste de Tukey, sendo que a cv. Shepody teve a maior
massa mdia (128,39 g) e a cv. Asterix a menor (102,25 g), tabela 3.2. De acordo
com MENEZES et al. (1999), as condies ambientais na safra das guas, com
temperaturas mais elevadas, propiciam tubrculos de menor tamanho,
conseqentemente de menor massa.


55
TABELA 3.2 - MDIAS DOS FATORES DE QUALIDADE DOS TUBRCULOS DE BATATAS, CVS.
ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADOS COM DIFERENTES
DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA, ARMAZENADO EM
TEMPERATURA AMBIENTE
FATORES DE
VARIAO
CULTIVAR = FATOR A
MASSA
(G)
PESO
ESPECFICO
(1)

MATRIA
SECA (%)
ACARES
REDUTORES
(MG/100 G)
COR DA
FRITURA
Atlantic 115,42 ab 1,0802 a 21,09 a 30,28 c 1,056 d
Asterix 102,25 b 1,0695 c 18,79 b 48,84 a 1,968 a
Innovator 107,79 b 1,0745 b 21,11 a 34,02 c 1,135 c
Shepody 128,39 a 1,0749 b 20,08 ab 39,28 b 1,247 b
DOSE (KG K
2
O HA
-1
) =
FATOR B
MASSA
(G)
PESO
ESPECFICO
(1)

MATRIA
SECA (%)
ACARES
REDUTORES
(MG/100 G)
COR DA
FRITURA
0 108,80 1,0765 a 20,89 a 39,28 1,337 ab
120 114,34 1,0758 a 20,17 b 38,10 1,374 a
360 116,55 1,0751 a 20,47 ab 37,88 1,329 b
1.080 114,16 1,0718 b 19,55 c 37,14 1,366 ab
FONTE = FATOR C
MASSA
(G)
PESO
ESPECFICO
(1)

MATRIA
SECA (%)
ACARES
REDUTORES
(MG/100 G)
COR DA
FRITURA
KCl (60% K
2
O) 113,78 1,0738 b 20,00 b 36,06 b 1,32 b
K
2
SO
4
(50% K
2
O) 113,14 1,0757 a 20,54 a 40,15 a 1,39 a
TEMPO DE
ARMAZENAMENTO =
FATOR D
MASSA
(G)
PESO
ESPECFICO
(1)

MATRIA
SECA (%)
ACARES
REDUTORES
(MG/100 G)
COR DA
FRITURA
0 110,81 b 1,0741 b 20,04 40,11 a 1,33 b
15 113,89 ab 1,0740 b 20,29 40,14 a Nd
30 118,14 a 1,0752 a 20,31 34,32 b Nd
45 111,01 b 1,0758 a 20,43 37,84 ab 1,38 a
MDIA 113,46 1,0748 20,27 38,10 1,36
NOTA: Mdias seguidas pela mesma letra, nas colunas, dentro das fontes de variaes, no diferem
estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
(*)
significativo a 5% de
probabilidade;
(1)
dados originais, para anlise estatstica foram transformados (varivel x
1000);
(**)
significativo a 1% de probabilidade;
(ns)
no significativo. Nd - no determinado.

Os tubrculos com dimetro maior que 45 mm tm maior valor comercial e o
consumidor mostra preferncia por tubrculos com 120 g (FELTRAN, 2002).
Observando a tabela 3.2, percebe-se que apenas as cvs. Atlantic e Shepody
apresentaram massas com esta caracterstica. De acordo com BREGAGNOLI
(2006), as cvs. Atlantic e Asterix apresentam alto percentual de tubrculos grados,
com massa superior a 120 g, porm neste trabalho no foi observado na cv. Asterix
massa superior a esta.
O potssio (K) influencia na massa dos tubrculos, quando da sntese de
amido, proporcionando tubrculos mais pesados (BREGAGNOLI, 2006). Porm isto
no foi observado, pois as cvs. Atlantic, Asterix e Innovator no apresentaram ganho
de massa com o aumento da dose (tabela 3.2), visto que o solo no qual foram
cultivados os tubrculos apresentavam boa fertilidade ao incio dos experimentos


56
(IUNG, 2006). Estes resultados diferiram de FELTRAN (2005), que observou um
aumento na massa dos tubrculos com a elevao da dose de N-P-K. Este aumento
pode ser interessante para o produtor, devido ao preo maior obtido com tubrculos
mais pesados. De acordo com BREGAGNOLI (2006), o tamanho (massa) uma das
caractersticas morfolgicas preponderantes na classificao comercial dos
tubrculos.
A fonte de adubao potssica no apresentou diferena entre elas,
indicando que independente da fonte empregada no cultivo, os tubrculos de
tamanho comercial apresentaram massas semelhantes.


3.3.2 PESO ESPECFICO

O peso especfico (PE) responsvel pelo rendimento no processo, absoro
de leo na fritura e qualidade final do produto (FELTRAN, 2002), sendo influenciado
por diversos fatores. Neste trabalho (tabela 3.1) foi observado que todas as variveis
principais (cultivar, dose, fonte e tempo de armazenamento) apresentaram diferena
estatstica ao nvel de 1% (p 0,01), assim como as interaes dose x fonte e
cultivar x dose x tempo. Na tabela 3.2 pode ser observado o peso especfico dos
tubrculos do experimento.
O PE variou de 1,0615 (cv. Asterix) a 1,0838 (cv. Atlantic). A cv. Atlantic
apresentou o maior peso especfico mdio (1,0802), diferindo estatisticamente das
demais cultivares, que apresentaram PE mdio de 1,0695, 1,0745 e 1,0749, para as
cvs. Asterix, Innovator e Shepody, respectivamente.
Analisando o PE mdio dos tubrculos, nenhuma das cultivares apresentou
batatas consideradas timas para a fritura de acordo com ZORZELLA et al. (2003)
que sugerem um valor superior a 1,081. BORRUEY et al. (2000) consideram ideal
PE maior que 1,080 e assim apenas a cv. Atlantic seria adequada fritura. Porm,
como a indstria nacional de batata frita aceita um limite mnimo de 1,073 (POPP,
2000), as cvs. Innovator e Shepody tambm poderiam ser utilizadas no
processamento de batata frita, no sendo indicada apenas a cv. Asterix.
Os pesos especficos das cvs. Atlantic (1,0802) e Asterix (1,0695) foram
semelhantes aos encontrados por BREGAGNOLI (2006), que foi de 1,080 e 1,072,


57
respectivamente. ZORZELLA et al. (2003) utilizaram tubrculos da cv. Atlantic com
PE de 1,0811, sendo semelhantes ao encontrado neste trabalho. J BHERING
(2006) observou PE inferiores, de 1,068 para a cv. Atlantic e de 1,062 para a cv.
Asterix, as quais foram utilizadas como testemunhas nos seus experimentos. O autor
ainda obteve um PE mdio geral de 1,0736 o qual foi semelhante ao observado na
presente pesquisa (1,0748).
FELTRAN (2002), avaliando a qualidade de cultivares de batata, verificou que
os tubrculos da cv. Asterix apresentaram PE de 1,0685, inferior ao encontrado para
esta cultivar que foi de 1,0695. GRANDA (2005) utilizou em seus experimentos
tubrculos das cvs. Atlantic, Innovator e Shepody, os quais tinham PE de 1,08; 1,07
e 1,07, respectivamente.
Em relao s doses de potssio, nota-se uma tendncia a diminuir o PE com
o aumento da dose, indicando que a adubao potssica influencia de forma
negativa o PE (IMAS; BANSAL, 1999), sendo dependente da concentrao de
potssio empregado (WESTERMANN et al., 1994). O excesso de potssio causa
uma baixa disponibilidade de gua no solo, levando os tubrculos a diminurem o PE
(BREGAGNOLI, 2006).
A tabela 3.2 mostra ainda que a fonte sulfato apresentou maior PE em relao
fonte cloreto. CONSORTE (2001) observou que o PE tende a diminuir com o
aumento das doses de KCl e K
2
SO
4
, sendo esta diminuio mais acentuada com o
cloreto de potssio. De acordo com MALLMANN (2001), o sulfato de potssio
melhora a qualidade dos tubrculos, devendo ser utilizado sempre que o produtor
destinar sua colheita para a indstria de processamento.
Para o PE em funo do tempo de armazenamento (tabela 3.2), percebe-se
que houve um aumento crescente no PE at o final do armazenamento. Esse
comportamento pode ser explicado pelo aumento da matria seca em funo do
tempo de armazenamento em temperatura ambiente, uma vez que o PE e a matria
seca apresentam correlao positiva (WESTERMANN et al., 1994; AMARO et al.,
2003; FELTRAN; LEMOS; VIEITES, 2004).




58
3.3.3 MATRIA SECA

O teor de matria seca (MS) uma das mais importantes caractersticas para
o processamento da batata (SALAMONI et al., 2000; BHERING, 2006). Na tabela
3.1 observa-se que a MS apresentou diferena estatstica (p 0,01) para os fatores
principais, cultivar, dose e fonte de adubao potssica, indicando que a MS
dependente destas variveis. Foram observadas diferenas estatsticas ao nvel de
1% (p < 0,01) para as interaes cultivar x dose; dose x fonte; dose x tempo de
armazenamento e dose x fonte x tempo de armazenamento; diferena estatstica ao
nvel de 5% (p 0,05) foi encontrada para a relao cultivar x dose x tempo de
armazenamento. Isso indica que a MS influenciada por diversos fatores. Os
resultados obtidos com a MS esto de acordo com FELTRAN (2002), que diz que
estes teores so variveis, devido a fatores intrnsecos da cultivar e do ambiente
(adubao potssica).
Os dados obtidos da matria seca neste trabalho podem ser observados na
tabela 3.2. A MS mdia variou de 18,79% (cv. Asterix) a 21,11% (cv. Innovator).
BREGAGNOLI (2006) observou em solos de alta fertilidade teor de MS para a cv.
Atlantic de 19,06% e para a cv. Asterix de 17,21%. O autor relata ainda que em
solos de baixa fertilidade o teor de MS para a cv. Atlantic variou de 18,15% e
19,59% e a cv. Asterix teve em mdia 17,23% de MS.
SCOTTI et al. (1998) encontraram teor de MS para a cv. Atlantic de 19,6%,
sendo semelhante ao encontrado neste estudo. Porm RODRIGUES ROBLES
(2003) e ZORZELLA et al. (2003) relatam teor de MS superior, 21,85% a 22,00% e
23,05%, respectivamente. CONSORTE (2001) observou que a cv. Atlantic tinha em
mdia 21,5% de MS no estudo com fontes e doses de clcio e nitrognio. Essas
diferenas nos teores de MS so comuns para tubrculos da mesma cultivar
cultivadas em diferentes regies (FELTRAN; LEMOS; VIEITES, 2004).
As cvs. Atlantic, Innovator e Shepody podem ser classificadas como de alto
teor de MS, pois apresentaram teores de MS superiores a 20% e a cv. Asterix como
de teor intermedirio, com valores entre 18% e 19,9% (FELTRAN; LEMOS; VIEITES,
2004; BHERING, 2006; BREGAGNOLI, 2006). relatado que a cv. Asterix uma
variedade que apresenta teor de mdio a alto de MS (BREGAGNOLI, 2006). Porm,


59
os resultados mostraram (tabela 3.1) teor mdio de MS. FELTRAN (2002) encontrou
19,1% de MS para a cv. Asterix e FREITAS et al. (2006) teores de 18,3% e 18,9%.
Em relao dose de adubao potssica, foi observado uma reduo no
teor de matria seca com o aumento da dose, semelhante ao obtido por
WESTERMANN et al. (1994) ao avaliar o efeito de diferentes doses e fontes de
potssio. Elevadas concentraes de potssio aumentam a umidade dos tubrculos
(IMAS; BANSAL, 1999), diminuindo os teores de MS devido a uma diluio destes
(CONSORTE, 2001).
Em relao fonte de adubao potssica, os dados indicam que o sulfato
apresentou os melhores resultados, diferindo estatisticamente da cloreto. A fonte
sulfato proporciona tubrculos com MS superior quando comparada aplicao na
forma de cloreto (WESTERMANN et al., 1994; IMAS; BANSAL, 1999; CONSORTE,
2001; PAULETTI; MENARIN, 2004), o que justifica a aplicao de sulfato de
potssio quando os tubrculos destinam-se para processamento (MALLMANN,
2001).
Assim como o PE, a MS foi aumentando com o tempo de armazenamento. O
teor de MS pode ser alterado por diversos fatores ambientais (2003), sendo estes
mais importantes do que o fator gentico (RODRIGUES; PEREIRA, 2003).
Cultivares que apresentam teor elevado de MS so preferidas pela indstria por
proporcionar um maior rendimento do processo, menor absoro de gordura, melhor
textura e sabor do produto final (SALAMONI et al., 2000; ZORZELLA et al., 2003),
podendo ser estocadas por mais tempo (BREGAGNOLI, 2006).
AMOROS; ESPINOZA; BONIERBALE (2000) obtiveram resultados
semelhantes nos teores de MS em clones de batatas no Peru, onde observaram que
os tubrculos aumentaram o teor de MS at os 30 dias de armazenamento em
temperatura ambiente (15-20 C), com posterior diminuio nos nveis.


3.3.4 ACARES REDUTORES (GLICOSE)

Observando a tabela 3.1, verifica-se que para o teor de acares redutores
(AR) os fatores principais, cultivar, fonte e tempo de armazenamento, apresentaram
diferena estatstica ao nvel de 1%, indicando que estes fatores isoladamente


60
influenciam o AR. A dose de adubao potssica no apresentou diferena
estatstica. As interao cultivar x tempo (p 0,01), cultivar x dose x fonte (p 0,01),
cultivar x dose x tempo (p 0,05), dose x fonte (p 0,05) e dose x tempo (p 0,05)
se apresentaram estatisticamente diferentes, podendo elucidar que as interaes
destes fatores so dependentes e proporcionaram AR variados de acordo com cada
interao.
Os resultados obtidos com AR so apresentados na tabela 3.2 e mostram que
as quatro cultivares avaliadas obtiveram AR mdios diferentes estatisticamente,
sendo que a cv. Atlantic apresentou os menores teores (30,28 mg/100 g) e a cv.
Asterix (48,84 mg/100 g) o maior. Todas as cultivares apresentaram teores de AR
dentro dos nveis ideais para a produo de batata frita (fatias ou palito) que de
100 mg/100 g (0,1%) (MORENO, 2000). Os resultados confirmam o trabalho de
BREGAGNOLI (2006), que observou menores teores de AR na cv. Atlantic quando
comparada a outras cultivares.
Os teores de AR encontrados foram inferiores ao relatados por GRANDA
(2005), onde foi observado que as cvs. Atlantic, Innovator e Shepody apresentaram
teores de AR de 220,00 mg/100 g; 180 mg/100 g e 280 mg/100 g, respectivamente.
FELTRAN (2002) relata que a cv. Asterix apresenta 820 mg/100 g. Porm
BREGAGNOLI (2006) observou teores de AR variando de 60 mg/100 g a 70 mg/100
g e 60 mg/100 g a 80 mg/100 g, para as cvs. Atlantic e Asterix, respectivamente.
PEREIRA; CAMPOS (1999) encontraram teores de AR na cv. Atlantic de 310
mg/100 g. ZORZELLA et al. (2003) observaram que a cv. Atlantic apresentou 53
mgAR/100 g. As diferenas podem ser justificadas, pois os valores de AR oscilam
entre cultivares, de semestre a semestre e de produtor a produtor (MORENO, 2000).
O teor de acar redutor foi decrescendo com o aumento da dose (tabela
3.2), estando de acordo com a WESTERMANN (1994). Em relao fonte de
potssio, a forma cloreto propiciou os menores teores mdios, fato que pode ser
atribudo no somente ao aumento de potssio, mas tambm ao aumento do cloro
(MALLMANN, 2001).
Pde ser observado que o teor de AR tendeu a diminuir com o tempo de
armazenamento, pois o teor de AR em batatas at o processamento depende das
condies de armazenamento (HERTOG; TIJSKENS; HAK, 1997; BACARIN et al.,
2005) que proporcionam mudanas na composio qumica dos tubrculos


61
(NOURIAN; RAMASWAMY; KUSHALAPPA, 2003). Variaes na temperatura de
armazenamento e nas cultivares armazenadas fazem com que acmulo de AR nos
tubrculos seja diferente entre elas (SALAMONI et al., 2000), assim como o aumento
no teor de acares redutores durante o armazenamento menor em batatas com
maior peso especfico (2002).
Os acares redutores de tubrculos armazenados em temperatura ambiente
no apresentam alteraes significativas (CHAPPER et al., 2002), no
representando impedimento s condies requeridas para o processamento, sendo
possvel manter os tubrculos por perodos no muito extensos em temperatura
ambiente (COELHO; VILELA; CHAGAS, 1999). Sendo que, quando os tubrculos
apresentam teor de acar redutor menor, podem ser estocados por mais tempo
(BREGAGNOLI, 2006).
Durante o armazenamento, alguns tubrculos da cv. Shepody iniciaram o
processo de brotao, o qual pode causar restries ao uso da matria-prima para a
indstria, porm no foi verificado o aumento nos teores de AR conforme
mencionado por COELHO; VILELA; CHAGAS (1999).


3.3.5 COR

Observando a anlise de varincia da cor (tabela 3.1) verifica-se que todos os
fatores principais (cultivar, dose e fonte de adubao potssica e tempo de
armazenamento) apresentaram diferena estatstica, indicando ser a cor dependente
destes fatores e altamente influenciada pela interao entre as variveis
independentes do estudo, pois as interaes cultivar x dose; cultivar x fonte; dose x
fonte; cultivar x dose x fonte; cultivar x tempo de armazenamento; dose x tempo de
armazenamento; cultivar x dose x tempo; fonte x tempo; e cultivar x dose x fonte x
tempo apresentaram diferenas estatsticas ao nvel de 1% (p 0,01).
desejvel que a cor da batata frita seja dourada clara, sem chegar a
marrom e no ter traos ou pontos escuros (TFOUNI; MACHADO, 2002; TFOUNI et
al., 2003); a cor comercialmente aceita varia entre 1 (amarelo claro) a 3 (amarelo
enegrecido) (AMOROS; ESPINOZA; BONIERBALE, 2000). Sendo assim, todas as
cultivares mostraram estar aptas ao processamento (tabela 3.2), pois a colorao


62
das batatas fritas na forma de fatias (cv. Atlantic) foi de 1,00 e para as fritas em
palito variaram de 1,14 a 1,97. Quanto menor a nota atribuda, melhor a qualidade
dos tubrculos, sendo que o ideal que a cor esteja entre 1 (amarelo claro) e 2
dourado claro, a qual esta relacionada no s ao teor de acares redutores, mas
tambm a cor da polpa dos tubrculos (SCOTTI et al., 1998).
Os resultados divergem de GRANDA (2005) que observou colorao mais
clara nas cvs. Innovator e Shepody aps a fritura, quando comparada cv. Atlantic.
Para BREGAGNOLI (2006), a cv. Asterix apresenta fritas de colorao amarela,
estando de acordo com o observado neste estudo que demonstrou que a colorao
da cultivar era um dourado intenso, o qual pode ser atribuda colorao amarela da
polpa (ABBA, 2006).
Em relao s doses de adubao potssica, a dose 3 (360 kg.ha
-1
)
apresentou a menor colorao mdia (1,33), no diferindo estatisticamente das
doses 1 e 2 (0 kg.ha
-1
e 120 kg.ha
-1
, respectivamente). Ambas as mdias mostram
que independente da dose de adubao potssica aplicada, a colorao das batatas
fritas est dentro do ideal (1-amarelo claro a 2-dourado claro).
Em relao s fontes de potssio utilizadas, os tubrculos cultivados com a
fonte cloreto apresentaram menor cor quando comparado ao sulfato, diferindo
estatisticamente ao nvel de 1% (p 0,01), isto pode ser atribudo aos baixos teores
de AR (ZORZELLA et al., 2003).
Pode ser observado na tabela 3.2 que houve uma variao da cor da fritura
do incio para o fim do armazenamento, atribudo ao tempo de armazenamento em
temperatura ambiente (COELHO; VILELA; CHAGAS, 1999).


3.4 CONCLUSO

Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que:
A massa dos tubrculos influenciada pela cultivar, sendo que a cv. Shepody
apresentou massa superior as cvs. Atlantic, Asterix e Innovator.
Em relao ao peso especfico, as cvs. Atlantic, Innovator e Shepody
mostraram serem adequadas para a indstria de batata frita e a cv. Asterix no
indicada fritura. O aumento da dose faz com que o peso especfico diminua com a


63
elevao dos teores de potssio fornecido. A fonte sulfato melhor quando
comparada adubao com cloreto e o tempo de armazenamento propiciou um
aumento no peso especfico.
Quanto aos teores de matria seca, as cvs. Atlantic e Innovator apresentam
maiores teores e diferentes das demais cultivares. Todas as cultivares apresentaram
teores adequados de matria seca para o processamento. O aumento da dose de
potssio fez com que a matria seca diminusse e o tempo de armazenamento em
temperatura ambiente aumentasse a MS, sendo que a fonte sulfato melhor quando
comparada com a cloreto.
Os teores de acares redutores so diferentes para cada cultivar. A dose de
adubao potssica empregada no plantio proporcionar teores de acares
redutores diferentes, sendo que os efeitos especficos so complexos e
dependentes da interao entre os fatores cultivar, dose e fonte de potssio e do
tempo de armazenamento. Baseado nos dados da anlise de AR, a fonte que
apresentou a melhor qualidade foi a cloreto, pois proporcionou os menores teores. O
armazenamento faz com que os acares redutores diminuam at os 30 dias com
posterior aumento, sendo atribudo brotao que ocorreu com a cv. Shepody.
Em relao cor, todas as cultivares apresentaram colorao adequados ao
processo, ao final do experimento (45 dias de armazenamento). O aumento da dose
de potssio faz com que a cor melhore para as cvs. Atlantic, Innovator e Shepody. A
colorao da fritura para a cv. Asterix tende a piorar com o aumento da adubao
potssica.
O tempo ideal de armazenamento em temperatura ambiente ( 22 C) foi de
45 dias para as cvs. Atlantic, Asterix e Innovator. Para a cv. Shepody foi de 30 dias,
pois neste perodo iniciou o processo de brotamento.
No foi observado melhora da qualidade dos tubrculos para o
processamento com o aumento da dose de potssio, visto que os tratamentos
controle (0 kg.ha
-1
K
2
O) foram os que apresentaram a melhor qualidade.




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CONSIDERAES FINAIS

O presente trabalho proporcionou uma melhor compreenso das cultivares
estudas, do efeito da adubao potssica sobre a qualidade dos tubrculos e do
armazenamento em temperatura ambiente ( 22 C). Com base no exposto
proposto que:
- os tubrculos destinados indstria de processamento devem atender os
requisitos bsicos de qualidade externa e interna;
- a cultivar deve ser adequada finalidade da indstria (fatias fritas ou palito) e
ser oriunda de plantios planejados;
- para o processamento de batatas na forma de fatias fritas devem ser
utilizados tubrculos de formato redondo, tamanho mdio e olhos com
profundidade rasa;
- para palitos, o formato deve ser oval alongado, tamanho mediano a grado e
olhos com profundidade rasa;
- em relao composio qumica indicado que os tubrculos tenham
carboidratos acima de 15% e amido superior a 14%, sendo que estes so
altamente influenciados pela cultivar;
- o teor protico deve ser inferior a 2,5%, a fim de evitar a produo de
aminocidos;
- a indstria deve observar preferencialmente o peso especfico, os teores de
matria seca e acares redutores, onde o peso especfico deve ser maior
que 1,080, a matria seca deve estar entre 19% e 24% e os acares
redutores deve ser inferior a 0,1% da massa fresca;
- os tubrculos podem ser armazenados em temperatura ambiente ( 22 C)
por um perodo curto de tempo, evitando ultrapassar 30 dias de
armazenamento, pois poder resultar em produtos finais com baixa qualidade;
- as cvs. Atlantic, Asterix, Innovator e Shepody mostraram ser aptas fritura;
- fundamental conhecer a histria de adubao e a fertilidade do solo ao
incio do cultivo de batatas para que no haja o uso excessivo de adubao
(principalmente a potssica) sem ser observado melhoras na qualidade;
- devem ser realizadas outras pesquisas do efeito da adubao potssica
(diferentes doses e fontes) sobre a qualidade de batatas cultivadas em solos


70
de baixa fertilidade, assim como avaliar o efeito de doses menores a 120 kg
K
2
O.ha
-1
;
- as batatas fritas devem sofrer anlise sensorial, ser avaliado o
comportamento de outras cultivares em safras diferentes quando
armazenadas em temperatura ambiente ( 22 C), bem como, avaliar a
colorao das cvs. Asterix, Innovator e Shepody fritas em fatias.


71












APNDICES

APNDICE 1 - COMBINAO DOS TRATAMENTOS TESTADOS (4*4*2*4)
PARA A DETERMINAO DA COMPOSIO DOS
TUBRCULOS........................................................................................... 72
APNDICE 2 - TEORES NA BASE SECA DE PROTENAS, LIPDEOS,
CINZAS, CARBOIDRATOS, AMIDO E POTSSIO EM
BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E
SHEPODY, CULTIVADAS COM DIFERENTES DOSES E
FONTES DE ADUBAO POTSSICA................................................ 74
APNDICE 3 - AMOSTRAS DAS CULTIVARES ACONDICIONADAS EM
SACOS RENDILHADOS E VISTA GERAL DOS TUBRCULOS
ACONDICIONADOS EM SACOS RENDILHADOS E
ARMAZENADOS EM TEMPERATURA AMBIENTE ( 22 C) .......... 77
APNDICE 4 - ESQUEMA DO MTODO DE DETERMINAO DO PESO
ESPECFICO.............................................................................................. 80
APNDICE 5 - COMBINAO DOS TRATAMENTOS TESTADOS (4*4*2*4)
PARA A DETERMINAO DA QUALIDADE DOS
TUBRCULOS........................................................................................... 82



72












APNDICE 1 - COMBINAO DOS TRATAMENTOS TESTADOS (4*4*2*4) PARA
A DETERMINAO DA COMPOSIO DOS TUBRCULOS



73
COMBINAO DOS TRATAMENTOS TESTADOS (4*4*2*4) PARA A
DETERMINAO DA COMPOSIO DOS TUBRCULOS
TRATAMENTOS NVEIS DO FATOR A
1
NVEIS DO FATOR B
2
NVEIS DO FATOR C
3

A1B1C1D1 1 1 1
A1B1C2D1 1 1 2
A1B2C1D1 1 2 1
A1B2C2D1 1 2 2
A1B3C1D1 1 3 1
A1B3C2D1 1 3 2
A1B4C1D1 1 4 1
A1B4C2D1 1 4 2
A2B1C1D1 2 1 1
A2B1C2D1 2 1 2
A2B2C1D1 2 2 1
A2B2C2D1 2 2 2
A2B3C1D1 2 3 1
A2B3C2D1 2 3 2
A2B4C1D1 2 4 1
A2B4C2D1 2 4 2
A3B1C1D1 3 1 1
A3B1C2D1 3 1 2
A3B2C1D1 3 2 1
A3B2C2D1 3 2 2
A3B3C1D1 3 3 1
A3B3C2D1 3 3 2
A3B4C1D1 3 4 1
A3B4C2D1 3 4 2
A4B1C1D1 4 1 1
A4B1C2D1 4 1 2
A4B2C1D1 4 2 1
A4B2C2D1 4 2 2
A4B3C1D1 4 3 1
A4B3C2D1 4 3 2
A4B4C1D1 4 4 1
A4B4C2D1 4 4 2
NOTA:
(1)
Fator A cultivares 1 Atlantic, 2 Asterix, 3 Innovator, 4 Shepody;
(2)
Fator B
teores de adubao potssica 1 0 kg K
2
O ha
-1
, 2 120 kg K
2
O ha
-1
, 3 360 kg K
2
O ha
-1
, 4
1080 kg K
2
O ha
-1
;
(3)
Fator C fontes de potssio 1 cloreto, 2 sulfato;
(4)
Fator D tempo
de armazenamento 1 zero dias, 2 15 dias, 3 30 dias, 4 45 dias


74












APNDICE 2 - TEORES NA BASE SECA DE PROTENAS, LIPDEOS, CINZAS,
CARBOIDRATOS, AMIDO E POTSSIO EM BATATAS, CVS. ATLANTIC,
ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADAS COM DIFERENTES DOSES
E FONTES DE ADUBAO POTSSICA



75
PROTENAS, EM BASE SECA DE BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E
SHEPODY, CULTIVADAS COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
PROTENAS (%)
FONTE
DOSE
(kg K
2
O.ha
-1
) ATLANTIC ASTERIX INNOVATOR SHEPODY MDIA
0 (zero) 10,57 11,25 10,25 11,31
120 9,76 8,88 9,21 10,95
360 8,42 10,93 10,89 11,46
C
l
o
r
e
t
o

1080 11,23 8,65 12,30 11,13
10,45
0 (zero) 10,57 11,25 10,25 11,31
120 10,32 9,97 10,61 10,58
360 10,15 9,48 11,28 11,78
S
u
l
f
a
t
o

1080 9,64 9,36 11,50 10,97
10,56
Mdia 10,08 9,97 10,79 11,19 10,51

LIPDEOS, EM BASE SECA DE BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY,
CULTIVADAS COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
LIPDEOS (%)

FONTE
DOSE
(kg K
2
O.ha
-1
) ATLANTIC ASTERIX INNOVATOR SHEPODY MDIA
0 (zero) 0,23 0,12 0,28 0,18
120 0,32 0,20 0,26 0,18
360 0,17 0,21 0,27 0,18
C
l
o
r
e
t
o

1080 0,26 0,23 0,23 0,23
0,22
0 (zero) 0,23 0,12 0,28 0,18
120 0,13 0,21 0,30 0,20
360 0,23 0,33 0,23 0,28
S
u
l
f
a
t
o

1080 0,30 0,20 0,31 0,23
0,23
Mdia 0,23 0,20 0,27 0,21 0,23

CINZAS EM BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADAS COM
DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
CINZAS (%)

FONTE
DOSE
(kg K
2
O.ha
-1
) ATLANTIC ASTERIX INNOVATOR SHEPODY MDIA
0 (zero) 4,41 4,66 3,93 4,34
120 4,54 4,62 3,83 4,53
360 4,47 4,66 4,23 4,57
C
l
o
r
e
t
o

1080 5,00 4,86 4,62 4,99
4,52
0 (zero) 4,41 4,66 3,93 4,34
120 4,33 4,57 4,04 4,40
360 4,39 4,72 4,34 4,57
S
u
l
f
a
t
o

1080 4,47 4,66 4,66 4,62
4,42
Mdia 4,50 4,67 4,20 4,54 4,48



76
CARBOIDRATOS EM BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY,
CULTIVADAS COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
CARBOIDRATOS (%)
FONTE
DOSE
(kg K
2
O.ha
-1
) ATLANTIC ASTERIX INNOVATOR SHEPODY MDIA
0 (zero) 84,80 84,80 85,54 84,18
120 85,38 85,38 86,70 84,35
360 86,94 86,94 84,61 83,79
C
l
o
r
e
t
o

1080 83,51 83,51 82,84 83,64
84,81
0 (zero) 84,80 84,80 85,54 84,18
120 85,22 85,22 85,05 84,82
360 85,24 85,24 84,14 83,38
S
u
l
f
a
t
o

1080 85,59 85,59 83,52 84,17
84,76
Mdia 85,18 85,18 84,74 84,06 84,79

AMIDO EM BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADAS COM
DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
FONTE
DOSE
(kg K
2
O.ha
-1
)
ATLANTIC ASTERIX INNOVATOR SHEPODY MDIA
0 (zero) 78,73 77,89 79,38 78,09
120 79,25 80,10 80,47 78,22
360 80,73 78,00 78,51 77,77
C
l
o
r
e
t
o

1080 77,52 79,99 76,91 77,64
78,70
0 (zero) 78,73 77,89 79,38 78,09
120 79,10 78,90 78,95 78,71
360 79,13 79,21 78,06 77,37
S
u
l
f
a
t
o

1080 79,45 79,52 77,52 77,99
78,62
Mdia 79,08 78,94 78,65 77,98 78,66

POTSSIO EM BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADAS
COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
FONTE
DOSE
(kg K
2
O.ha
-1
)
ATLANTIC ASTERIX INNOVATOR SHEPODY MDIA
0 (zero) 2438,46 2557,29 2134,73 2186,89
120 2707,58 2473,35 1637,10 2317,90
360 2556,01 2613,00 2381,26 2478,62
C
l
o
r
e
t
o

1080 2851,69 2796,94 2629,01 2807,62
2472,97
0 (zero) 2438,46 2557,29 2134,73 2186,89
120 2384,45 2496,05 1755,09 2231,57
360 2458,54 2568,83 2194,53 2411,40
S
u
l
f
a
t
o

1080 2455,08 2295,65 2509,37 2445,64
2345,22
Mdia 2536,29 2544,80 2171,98 2383,31 2409,09


77












APNDICE 3 - AMOSTRAS DAS CULTIVARES ACONDICIONADAS EM SACOS
RENDILHADOS E VISTA GERAL DOS TUBRCULOS ACONDICIONADOS EM
SACOS RENDILHADOS E ARMAZENADOS EM TEMPERATURA AMBIENTE (
22 C)


78
Atlantic Shepody
Asterix
Innovator
AMOSTRAS DAS CULTIVARES ACONDICIONADAS EM SACOS RENDILHADOS
FONTE: ACERVO DO AUTOR



79
VISTA GERAL DOS TUBRCULOS ACONDICIONADOS EM SACOS
RENDILHADOS E ARMAZENADOS EM TEMPERATURA AMBIENTE ( 22 C)

FONTE: ACERVO DO AUTOR


80












APNDICE 4 - ESQUEMA DO MTODO DE DETERMINAO DO PESO
ESPECFICO



81
ESQUEMA DO MTODO DE DETERMINAO DO PESO ESPECFICO
(a)
(b)
FONTE:(a) Adaptado de MAEDA, M.; DIP, T. M. Curvas de porcentagem mxima de gua versus
peso especfico em vegetais in natura - otimizao de processos industriais pela seleo via
teste da matria-prima. Cinc. Tecnol. Aliment., Campinas, v. 20, n. 3, set./dez. 2003.
(b) ACERVO DO AUTOR


82












APNDICE 5 - COMBINAO DOS TRATAMENTOS TESTADOS (4*4*2*4) PARA
A DETERMINAO DA QUALIDADE DOS TUBRCULOS



83
COMBINAO DOS TRATAMENTOS TESTADOS (4*4*2*4) PARA A
DETERMINAO DA QUALIDADE DOS TUBRCULOS
Continua
TRATAMENTOS NVEIS DO
FATOR A
1
NVEIS DO
FATOR B
2

NVEIS DO
FATOR C
3

NVEIS DO
FATOR D
4

A1B1C1D1 1 1 1 1
A1B1C1D2 1 1 1 2
A1B1C1D3 1 1 1 3
A1B1C1D4 1 1 1 4
A1B1C2D1 1 1 2 1
A1B1C2D2 1 1 2 2
A1B1C2D3 1 1 2 3
A1B1C2D4 1 1 2 4
A1B2C1D1 1 2 1 1
A1B2C1D2 1 2 1 2
A1B2C1D3 1 2 1 3
A1B2C1D4 1 2 1 4
A1B2C2D1 1 2 2 1
A1B2C2D2 1 2 2 2
A1B2C2D3 1 2 2 3
A1B2C2D4 1 2 2 4
A1B3C1D1 1 3 1 1
A1B3C1D2 1 3 1 2
A1B3C1D3 1 3 1 3
A1B3C1D4 1 3 1 4
A1B3C2D1 1 3 2 1
A1B3C2D2 1 3 2 2
A1B3C2D3 1 3 2 3
A1B3C2D4 1 3 2 4
A1B4C1D1 1 4 1 1
A1B4C1D2 1 4 1 2
A1B4C1D3 1 4 1 3
A1B4C1D4 1 4 1 4
A1B4C2D1 1 4 2 1
A1B4C2D2 1 4 2 2
A1B4C2D3 1 4 2 3
A1B4C2D4 1 4 2 4
A2B1C1D1 2 1 1 1
A2B1C1D2 2 1 1 2
A2B1C1D3 2 1 1 3
A2B1C1D4 2 1 1 4
A2B1C2D1 2 1 2 1
A2B1C2D2 2 1 2 2
A2B1C2D3 2 1 2 3
A2B1C2D4 2 1 2 4
A2B2C1D1 2 2 1 1
A2B2C1D2 2 2 1 2
A2B2C1D3 2 2 1 3
A2B2C1D4 2 2 1 4
A2B2C2D1 2 2 2 1
A2B2C2D2 2 2 2 2
A2B2C2D3 2 2 2 3
A2B2C2D4 2 2 2 4







84
Continuao
TRATAMENTOS NVEIS DO
FATOR A
1
NVEIS DO
FATOR B
2

NVEIS DO
FATOR C
3

NVEIS DO
FATOR D
4

A2B3C1D1 2 3 1 1
A2B3C1D2 2 3 1 2
A2B3C1D3 2 3 1 3
A2B3C1D4 2 3 1 4
A2B3C2D1 2 3 2 1
A2B3C2D2 2 3 2 2
A2B3C2D3 2 3 2 3
A2B3C2D4 2 3 2 4
A2B4C1D1 2 4 1 1
A2B4C1D2 2 4 1 2
A2B4C1D3 2 4 1 3
A2B4C1D4 2 4 1 4
A2B4C2D1 2 4 2 1
A2B4C2D2 2 4 2 2
A2B4C2D3 2 4 2 3
A2B4C2D4 2 4 2 4
A3B1C1D1 3 1 1 1
A3B1C1D2 3 1 1 2
A3B1C1D3 3 1 1 3
A3B1C1D4 3 1 1 4
A3B1C2D1 3 1 2 1
A3B1C2D2 3 1 2 2
A3B1C2D3 3 1 2 3
A3B1C2D4 3 1 2 4
A3B2C1D1 3 2 1 1
A3B2C1D2 3 2 1 2
A3B2C1D3 3 2 1 3
A3B2C1D4 3 2 1 4
A3B2C2D1 3 2 2 1
A3B2C2D2 3 2 2 2
A3B2C2D3 3 2 2 3
A3B2C2D4 3 2 2 4
A3B3C1D1 3 3 1 1
A3B3C1D2 3 3 1 2
A3B3C1D3 3 3 1 3
A3B3C1D4 3 3 1 4
A3B3C2D1 3 3 2 1
A3B3C2D2 3 3 2 2
A3B3C2D3 3 3 2 3
A3B3C2D4 3 3 2 4
A3B4C1D1 3 4 1 1
A3B4C1D2 3 4 1 2
A3B4C1D3 3 4 1 3
A3B4C1D4 3 4 1 4
A3B4C2D1 3 4 2 1
A3B4C2D2 3 4 2 2
A3B4C2D3 3 4 2 3
A3B4C2D4 3 4 2 4
A4B1C1D1 4 1 1 1
A4B1C1D2 4 1 1 2
A4B1C1D3 4 1 1 3
A4B1C1D4 4 1 1 4






85
Concluso
TRATAMENTOS NVEIS DO
FATOR A
1
NVEIS DO
FATOR B
2

NVEIS DO
FATOR C
3

NVEIS DO
FATOR D
4

A4B1C2D1 4 1 2 1
A4B1C2D2 4 1 2 2
A4B1C2D3 4 1 2 3
A4B1C2D4 4 1 2 4
A4B2C1D1 4 2 1 1
A4B2C1D2 4 2 1 2
A4B2C1D3 4 2 1 3
A4B2C1D4 4 2 1 4
A4B2C2D1 4 2 2 1
A4B2C2D2 4 2 2 2
A4B2C2D3 4 2 2 3
A4B2C2D4 4 2 2 4
A4B3C1D1 4 3 1 1
A4B3C1D2 4 3 1 2
A4B3C1D3 4 3 1 3
A4B3C1D4 4 3 1 4
A4B3C2D1 4 3 2 1
A4B3C2D2 4 3 2 2
A4B3C2D3 4 3 2 3
A4B3C2D4 4 3 2 4
A4B4C1D1 4 4 1 1
A4B4C1D2 4 4 1 2
A4B4C1D3 4 4 1 3
A4B4C1D4 4 4 1 4
A4B4C2D1 4 4 2 1
A4B4C2D2 4 4 2 2
A4B4C2D3 4 4 2 3
A4B4C2D4 4 4 2 4
NOTA:
(1)
Fator A cultivares 1 Atlantic, 2 Asterix, 3 Innovator, 4 Shepody;
(2)
Fator B teores
de adubao potssica 1 0 kg K
2
O ha
-1
, 2 120 kg K
2
O ha
-1
, 3 360 kg K
2
O ha
-1
, 4 1080
kg K
2
O ha
-1
;
(3)
Fator C fontes de potssio 1 cloreto, 2 sulfato;
(4)
Fator D tempo de
armazenamento 1 zero dias, 2 15 dias, 3 30 dias, 4 45 dias



86












ANEXOS

ANEXO 1 - MDIAS DE PERCENTAGEM DE TUBRCULOS NAS CLASSES
1, 2, 3 E 4 NOS TRATAMENTOS TESTADOS .......................................... 87
ANEXO 2 - ANLISE DE VARINCIA E MDIAS DAS INTERAES DA
COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS DE BATATAS, CVS.
ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADOS
COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO
POTSSICA. .................................................................................................... 90
ANEXO 3 - METODOLOGIA SOMOGYI PARA A DETERMINAO DE
ACARES REDUTORES (GLICOSE) E NO REDUTORES
(SACAROSE) ................................................................................................... 95
ANEXO 4 - PADRO DE CORES DA BATATA FRITA ................................................. 99
ANEXO 5 - ANLISE DE VARINCIA E MDIAS DAS INTERAES DA
QUALIDADE DOS TUBRCULOS DE BATATAS, CVS. ATLANTIC,
ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADOS COM
DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA,
ARMAZENADO EM TEMPERATURA AMBIENTE .................................. 101



87












ANEXO 1 - MDIAS DE PERCENTAGEM DE TUBRCULOS NAS CLASSES 1, 2,
3 E 4 NOS TRATAMENTOS TESTADOS



88
MDIAS DE PERCENTAGEM DE TUBRCULOS NAS CLASSES 1, 2, 3 E 4 NOS
TRATAMENTOS TESTADOS
continua
Fatores de Variao
Cultivar = Fator A
Percent.
Classe 1
Percent.
Classe 2
Percentagem
Classe 3
Percentagem
Classe 4
Asterix 0,00

60,98 ABC
1
30,05 AB 8,97 A
Atlantic 0,63 88,91 A 18,30 ABCD 2,20 AB
Innovator 0,11 54,90 ABC 37,86 A 7,13 A
Shepody 1,65 79,94 AB 15,88 ABC 2,54 AB
F Teste 2,56
ns
82,01** 82,67** 30,92**
Dose (kg K
2
O ha
-1
) = Fator B % Cl. 1 % Cl. 2 % Cl. 3 % Cl. 4
0 0,82 71,93 22,14 5,11
120 0,49 70,81 23,35 5,25
360 0,65 71,12 23,23 5,02
1.080 0,43 79,87 23,36 5,35
F Teste 0,67
ns
0,14
ns
0,31
ns
0,43
ns
Fonte = Fator C % Cl. 1 % Cl. 2 % Cl. 3 % Cl. 4
KCl (60% K
2
O) 0,50 71,16 22,96 5,37
K
2
SO
4
(50% K
2
O) 0,69 71,20 23,08 5,04
F Teste 0,45
ns
0,002
ns
0,02
ns
0,66
ns
Interao A x B % Cl. 1 % Cl. 2 % Cl. 3 % Cl. 4
0 0,00 59,73 31,60 8,67A
120 0,00 58,57 31,55 9,87
360 0,00 61,88 29,93 8,15
Asterix
1.080 0,00 63,72 27,10 9,20
0 0,00 89,70 17,37 2,90
120 0,00 88,67 19,73 1,68
360 1,17 89,38 17,73 1,85
Atlantic
1.080 1,35 87,98 18,35 2,35
0 0,00 55,97 37,53 6,50
120 0,00 54,27 37,65 8,08
360 0,45 54,07 38,02 7,48
Innovator
1.080 0,00 55,32 38,23 6,43
0 3,27 82,30 12,07 2,37
120 1,97 81,83 14,45 1,77
360 0,97 79,17 17,25 2,60
Shepody
1.080 0,38 76,47 19,75 3,42
F Teste 0,31
ns
0,58
ns
1,14
ns
1,43
ns
Interao A x C % Cl. 1 % Cl. 2 % Cl. 3 % Cl. 4
KCl 0,00 61,67 29,58 8,84
Asterix
K
2
SO
4
0,00 60,38 30,52 9,10
KCl 0,72 89,04 17,97 2,27
Atlantic
K
2
SO
4
0,54 88,78 18,63 2,13
KCl 0,00 53,39 38,73 7,88
Innovator
K
2
SO
4
0,23 56,42 36,98 6,38
KCl 1,30 80,64 15,57 2,50
Shepody
K
2
SO
4
1,99 79,24 16,19 2,58
F Teste 0,21
ns
0,94
ns
0,54
ns
0,81
ns




89
MDIAS DE PERCENTAGEM DE TUBRCULOS NAS CLASSES 1, 2, 3 E 4 NOS
TRATAMENTOS TESTADOS
concluso
Interao B x C % Cl. 1 % Cl. 2 % Cl. 3 % Cl. 4
KCl 0,82 71,93 22,14 5,11
0
K
2
SO
4
0,82 71,93 22,14 5,11
KCl 0,00 70,01 24,72 5,27
120
K
2
SO
4
0,98 71,61 21,98 5,43
KCl 0,43 70,76 22,92 5,88
360
K
2
SO
4
0,86 71,49 23,55 4,16
KCl 0,77 71,95 22,07 5,23
1.080
K
2
SO
4
0,10 69,79 24,65 5,48
F Teste 0,72
ns
0,58
ns
1,66
ns
1,10
ns
Interao A x B x C % Cl. 1 % Cl. 2 % Cl. 3 % Cl. 4
KCl 0,00 59,73 31,6 18,7
0
K
2
SO
4
0,00 59,73 31,6 18,7
KCl 0,00 58,20 31,8 19,9
120
K
2
SO
4
0,00 58,93 31,3 19,8
KCl 0,00 61,90 29,9 18,1
360
K
2
SO
4
0,00 61,87 29,3 18,2
KCl 0,00 66,43 24,9 18,6
Asterix
1.080
K
2
SO
4
0,00 61,00 29,3 19,8
KCl 0,00 89,70 17,4 12,9
0
K
2
SO
4
0,00 89,70 17,4 12,9
KCl 0,00 89,60 18,8 11,6
120
K
2
SO
4
0,00 87,53 10,7 11,8
KCl 0,56 90,87 16,4 12,2
360
K
2
SO
4
1,77 87,90 19,1 11,5
KCl 2,30 86,00 19,3 12,4
Atlantic
1.080
K
2
SO
4
0,40 89,97 17,4 12,3
KCl 0,00 55,97 37,5 16,5
0
K
2
SO
4
0,00 55,97 37,5 16,5
KCl 0,00 49,73 42,9 17,4
120
K
2
SO
4
0,00 58,80 32,4 18,8
KCl 0,00 50,33 38,7 10,9
360
K
2
SO
4
0,90 57,80 37,3 14,0
KCl 0,00 57,53 35,7 16,7
Innovator
1.080
K
2
SO
4
0,00 53,10 40,7 16,2
KCl 3,27 82,30 12,1 12,4
0
K
2
SO
4
3,27 82,30 12,1 12,4
KCl 0,00 82,50 15,3 12,2
120
K
2
SO
4
3,93 81,17 13,6 11,3
KCl 1,17 79,93 16,6 12,2
360
K
2
SO
4
0,77 78,40 17,9 13,0
KCl 0,77 77,83 18,3 13,2
Shepody
1.080
K
2
SO
4
0,00 75,10 21,2 13,6
F Teste 1,23
ns
0,91
ns
1,03
ns
1,21
ns
FONTE: IUNG, M. C. Fontes e doses de potssio na produtividade e qualidade de quatro cultivares
de batata e em teores extraveis em cambissolo da regio de Curitiba, Paran. Curitiba, 2006.
101 p. Dissertao (Mestrado em Cincia do Solo), Setor de Cincias Agrrias, Universidade
Federal do Paran.
NOTA:
(1)
Mdias seguidas pela mesma letra, nas colunas, dentro das fontes de variaes, no
diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.


90












ANEXO 2 - ANLISE DE VARINCIA E MDIAS DAS INTERAES DA
COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS DE BATATAS, CVS. ATLANTIC,
ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADOS COM DIFERENTES DOSES
E FONTES DE ADUBAO POTSSICA



91
ANLISE DE VARINCIA DE VITAMINA C, UMIDADE, PROTENAS, LIPDEOS,
CINZAS, CARBOIDRATOS, ENERGIA, AMIDO E POTSSIO, EM BATATAS
CULTIVADAS COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO
POTSSICA
Quadrados Mdios
Fontes de Variao GL
Vitamina C Umidade Protenas Lipdeos Cinzas
Blocos 2 147,59
ns
2,73
ns
0,32** 0,00
ns
0,00
ns

Fator A
a
3 381,36** 28,46* 0,83** 0,00
ns
0,02**
Erro 6 35,64 3,15 0,02 0,00 0,00
Fator B
b
3 47,02** 4,67* 0,19** 0,00
ns
0,01 **
Interao AB 9 18,01* 0,97
ns
0,16* 0,00
ns
0,01 **
Erro 24 7,34 1,25 0,06 0,00 0,00
Fator C
c
1 43,74
ns
6,15** 0,16
ns
0,00
ns
0,00**
Interao AC 3 9,44
ns
0,97
ns
0,01
ns
0,00
ns
0,00 **
Interao BC 3 6,00
ns
3,01* 0,02
ns
0,00
ns
0,00**
Interao ABC 9 10,45
ns
0,95
ns
0,06
ns
0,00
ns
0,00**
Erro 32 16,69 0,72 0,06 0,00 0,00
Coeficiente de
Variao (%)
15,40 1,06 12,05 38,55 1,50
Qui-quadrado (2) 44,63
ns
22,99
ns
38,84
ns
25,39
ns
18,64
ns

Quadrados mdios
Fontes de Variao GL
Carboidrato Energia Amido Potssio Lipdeos
#
Cinzas
#
Blocos 2 3,33
ns
47,53
ns
2,90
ns
1358,02
ns
24,78
ns
0,06
ns

Fator A
a
3 20,31* 449,87** 17,88* 23486,02** 16,74
ns
2,22**
Erro 6 3,18 47,21 2,77 380,52 14,54 0,03
Fator B
b
3 3,95* 78,41* 3,40* 13870,38** 2,21
ns
1,03**
Interao AB 9 0,85
ns
14,67
ns
0,73
ns
6498,24** 3,87
ns
0,60**
Erro 24 1,08 18,72 0,93 390,30 3,08 0,08
Fator C
c
1 4,06** 96,36** 3,41* 3081,99** 3,51
ns
0,23**
Interao AC 3 0,85
ns
15,61
ns
0,73
ns
692,36
ns
1,01
ns
0,15**
Interao BC 3 2,94** 47,61** 2,51** 731,22
ns
4,56
ns
0,15**
Interao ABC 9 0,88
ns
14,37
ns
0,77
ns
1570,26** 3,32
ns
0,20**
Erro 32 0,60 10,80 0,52 339,30 2,90 0,02
Coeficiente de
Variao (%)
4,55 4,28 4,57 3,83 37,06 1,54
Qui-quadrado (2) 37,35
ns
31,07
ns
37,93
ns
23,46
ns
21,13
ns
15,91
ns
NOTA:
(#)
para anlise estatstica os dados originais foram transformados;
(*)
significativo a 5% de
probabilidade;
(**)
significativo a 1% de probabilidade;
(a)
Cultivares (Atlantic, Asterix, Innovator
e Shepody);
(b)
Doses de adubao potssica (0, 120, 360 e 1080 kg.ha
-1
);
(c)
Fontes de
potssio (Cloreto e Sulfato);
(ns)
no significativo; GL - graus de liberdade



9
2
MDIAS DAS INTERAES DA COMPOSIO QUMICA DOS TUBRCULOS DE BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX,
INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADAS COM DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA
Continua
Interao A x B
Vitamina C
(mg/100 g)
Umidade
(%)
Protenas
(%)
Lipdeos
(%)
Cinzas
(%)
Carboidrato
(%)
Energia
(kcal/ 100g)
Amido
(%)
Potssio
(mg/ 100g)
0 28,20 abcde 78,47 2,28 a 0,05 0,95 ab 18,26 82,58 16,95 525,42 ab
120 25,35 bcdefg 79,59 2,05 abc 0,05 0,90 def 17,41 78,27 16,16 518,58 abc
360 25,44 bcdefg 79,54 1,90 abc 0,04 0,90 def 17,62 78,41 16,36 514,23 abc
Atlantic
1.080 22,74 defg 79,34 2,14 abc 0,06 0,97 a 17,48 79,02 16,23 544,98 a
0 22,28 efg 81,02 2,13 abc 0,02 0,88 efg 15,94 72,50 14,79 486,41 bcde
120 21,10 fg 81,81 1,71 bc 0,04 0,84 hi 15,61 69,61 14,47 451,62 de
360 23,19 cdefg 81,26 1,92 abc 0,05 0,88 fg 15,89 71,69 14,72 486,50 bcde
Asterix
1.080 19,93 g 81,80 1,64 c 0,04 0,87 gh 15,67 69,55 14,52 462,22 de
0 26,66 bcdef 78,72 2,17 abc 0,06 0,84 i 18,22 82,09 16,91 452,90 de
120 28,67 abcd 78,92 2,09 abc 0,06 0,83 i 18,11 81,32 16,81 359,34 f
360 28,14 abcde 78,98 2,33 a 0,05 0,90 def 17,75 80,75 16,47 480,09 cde
Innovator
1.080 28,75 abc 79,77 2,41 a 0,05 0,94 bc 16,82 77,42 15,62 518,65 abc
0 33,35 a 79,53 2,31 a 0,04 0,89 efg 17,23 78,51 15,99 447,52 e
120 30,95 ab 79,43 2,21 ab 0,04 0,92 cd 17,41 78,83 16,15 467,19 de
360 32,93 a 80,01 2,32 a 0,05 0,91 cde 16,72 76,55 15,51 487,55 bcde
Shepody
1.080 26,82 bcdef 81,14 2,08 abc 0,04 0,91 def 15,83 72,03 14,68 495,31 bcd
Teste F 2,45
*
0,77
ns
2,54
*
1,26
ns
35,74
**
0,78
ns
0,78
ns
0,79
ns
16,65
**
Interao A x C
Vitamina C
(mg/100 g)
Umidade
(%)
Protenas
(%)
Lipdeos
(%)
Cinzas
(%)
Carboidrato
(%)
Energia
(kcal/ 100g)
Amido
(%)
Potssio
(mg/ 100g)
KCl 24,95 79,67 2,03 0,05 0,93 a 17,32 77,83 16,08 535,88
Atlantic
K
2
SO
4
25,92 78,80 2,16 0,05 0,93 a 18,06 81,31 16,77 515,73
KCl 21,72 81,52 1,84 0,03 0,87 d 15,74 70,62 14,60 482,06
Asterix
K
2
SO
4
21,53 81,42 1,86 0,04 0,86 d 15,81 71,05 14,65 461,32
KCl 26,68 79,21 2,20 0,05 0,86 d 17,67 80,00 16,40 452,54
Innovator
K
2
SO
4
29,43 78,98 2,29 0,06 0,89 c 17,77 80,79 16,49 452,95
KCl 30,08 80,44 2,19 0,04 0,90 bc 16,43 74,83 15,25 476,81
Shepody
K
2
SO
4
31,95 79,61 2,27 0,04 0,91 b 17,16 78,13 15,92 471,97
Teste F 0,57
ns
1,34
ns
0,18
ns
0,35
ns
7,78
**
1,42
ns
1,44
ns
1,41
ns
2,04
ns







9
3
Continuao
Interao B x C
Vitamina C
(mg/100 g)
Umidade
(%)
Protenas
(%)
Lipdeos
(%)
Cinzas (%)
Carboidrato
(%)
Energia
(kcal/ 100g)
Amido (%)
Potssio
(mg/ 100g)
0 KCl/K
2
SO
4
27,62 79,43 2,22 0,04 0,89 c 17,41 a 78,92 a 16,16 a 478,06
KCl 25,35 79,94 1,95 0,05 0,88 cd 17,19 a 76,99 a 15,96 a 454,12
120
K
2
SO
4
27,69 79,93 2,09 0,04 0,87 d 17,08 a 77,02 a 15,84 a 444,25
KCl 26,79 80,20 2,05 0,04 0,89 cd 16,82 a 75,85 ab 15,60 a 496,58
360
K
2
SO
4
28,06 79,69 2,18 0,05 0,91 b 17,16 a 77,84 a 15,92 a 487,60
KCl 23,66 81,27 2,04 0,05 0,91 b 15,74 b 71,51 b 14,61 b 518,53
1.080
K
2
SO
4
25,46 79,76 2,10 0,05 0,93 a 17,16 a 77,50 a 15,91 a 492,05
Teste F 0,36
ns
4,20
ns
0,38
ns
1,57
ns
8,04
**
4,91
**
4,40
**
4,83
**
2,15
ns

Interao A x B x C
Vitamina C
(mg/100 g)
Umidade
(%)
Protenas
(%)
Lipdeos
(%)
Cinzas (%)
Carboidrato
(%)
Energia
(kcal/ 100g)
Amido (%)
Potssio
(mg/ 100g)
KCl 28,20 78,47 2,28 0,05 0,95 abc 18,26 82,58 16,95 525,42 abc
0
K
2
SO
4
28,20 78,47 2,28 0,05 0,95 abc 18,26 82,58 16,95 525,42 abc
KCl 22,71 79,67 1,98 0,07 0,92 bcd 17,37 77,97 16,12 549,91 a
120
K
2
SO
4
27,99 79,51 2,12 0,03 0,89 def 17,46 78,57 16,20 487,25 abcdef
KCl 25,53 79,85 1,68 0,03 0,90 def 17,54 77,18 16,29 518,36 abcd
360
K
2
SO
4
25,34 79,24 2,11 0,05 0,91 cdef 17,69 79,63 16,42 510,09 abcde
KCl 23,34 80,70 2,17 0,05 0,96 ab 16,11 73,57 14,96 549,82 a
Atlantic
1.080
K
2
SO
4
22,15 77,98 2,12 0,07 0,99 a 18,85 84,47 17,50 540,14 a
KCl 22,28 81,02 2,13 0,02 0,88 defghi 15,94 72,50 14,79 486,41 abcdef
0
K
2
SO
4
22,28 81,02 2,13 0,02 0,88 defghi 15,94 72,50 14,79 486,41 abcdef
KCl 22,09 81,88 1,61 0,03 0,84 ghijk 15,64 69,30 14,51 447,82 ef
120
K
2
SO
4
20,10 81,73 1,81 0,04 0,84 hijk 15,58 69,93 14,43 455,42 def
KCl 21,89 80,97 2,08 0,04 0,89 def 16,02 72,75 14,84 497,46 abcde
360
K
2
SO
4
24,50 81,55 1,76 0,06 0,87 fghijk 15,76 70,63 14,60 475,55 bcdef
KCl 20,61 82,20 1,53 0,04 0,86 fghijk 15,37 67,95 14,25 496,54 abcde
Asterix
1.080
K
2
SO
4
19,24 81,39 1,74 0,04 0,87 fghijk 15,96 71,16 14,80 427,89 fg











9
4
Concluso
Interao A x B x C
Vitamina C
(mg/100 g)
Umidade
(%)
Protenas
(%)
Lipdeos
(%)
Cinzas (%)
Carboidrato
(%)
Energia
(kcal/ 100g)
Amido (%)
Potssio
(mg/ 100g)
KCl 26,66 78,72 2,17 0,06 0,84 ijk 18,22 82,09 16,91 452,90 ef
0
K
2
SO
4
26,66 78,72 2,17 0,06 0,84 ijk 18,22 82,09 16,91 452,90 ef
KCl 27,59 78,34 2,00 0,06 0,83 jk 18,77 83,61 17,43 352,50 h
120
K
2
SO
4
29,74 79,50 2,18 0,06 0,82 k 17,44 79,02 16,19 366,19 gh
KCl 27,23 79,10 2,26 0,06 0,88 defgh 17,70 80,33 16,42 496,91 abcde
360
K
2
SO
4
29,04 78,85 2,39 0,05 0,92 bcde 17,80 81,17 16,51 463,26 cdef
KCl 25,23 80,68 2,39 0,04 0,89 def 16,00 73,96 14,86 507,87 abcde
Innovator
1.080
K
2
SO
4
32,27 78,87 2,43 0,06 0,99 a 17,64 80,89 16,37 529,43 ab
KCl 33,35 79,53 2,31 0,04 0,89 defg 17,23 78,51 15,99 447,52 ef
0
K
2
SO
4
33,35 79,53 2,31 0,04 0,89 defg 17,23 78,51 15,99 447,52 ef
KCl 28,99 79,86 2,20 0,03 0,91 cdef 16,99 77,08 15,76 466,25 bcdef
120
K
2
SO
4
32,91 78,99 2,22 0,04 0,92 bcd 17,83 80,57 16,54 468,13 bcdef
KCl 32,51 80,88 2,19 0,03 0,87 efghij 16,02 73,15 14,87 473,59 bcdef
360
K
2
SO
4
33,36 79,14 2,45 0,06 0,95 abc 17,41 79,94 16,16 501,51 abcde
KCl 25,47 81,49 2,06 0,04 0,92 bcd 15,48 70,56 14,37 519,89 abc
Shepody
1.080
K
2
SO
4
28,16 80,80 2,10 0,04 0,89 defg 16,17 73,49 14,98 470,73 bcdef
Teste F 0,63
ns
1,33
ns
0,89
ns
1,15
ns
10,34
**
1,47
ns
1,33
ns
1,47
ns
4,63
**
NOTA: Mdias seguidas pela mesma letra, nas colunas, dentro das fontes de variaes, no diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade.
(*)
significativo a 5% de probabilidade;
(**)
significativo a 1% de probabilidade;
(ns)
no significativo.













ANEXO 3 - METODOLOGIA SOMOGYI PARA A DETERMINAO DE
ACARES REDUTORES (GLICOSE) E NO REDUTORES (SACAROSE)


96
A metodologia baseada em SOMOGYI-NELSON, (1944) modificado citado por
PEREIRA e CAMPOS, (1999).

NELSON, N. A. A photometric adaptation of Somogyi method for the determination of
glucose. J. Biol. Chem., v. 135, p. 375-380, 1944.

PEREIRA, A. S.; CAMPOS, A. Teor de acares em gentipos de batata (Solanum
tuberosum L.). Cienc. Rural, Santa Maria, v. 29, n. 1, p. 13-16, 1999.

Preparo da amostra (original):
Fazer a amostragem das batatas, evitar amostras com brotos, esverdeadas, com
leses ou podres. Lavar, secar, cortar em cubinhos (com casca).
Pesar em torno de 25 g, adicionar 50 mL de gua, triturar em um bquer com uso de
um processador de laboratrio. Lavar o processador com pouca gua (destilada),
juntar ao triturado.
Adicionar 2,5 mL de NaOH 1 N. Neutralizar com cido actico glacial concentrado
(5-6 gotas), transferir para balo volumtrico e completar o volume (250 mL).Filtrar a
vcuo (extrato).

Preparo da amostra (adaptado):
Cinco tubrculos sadios, foram lavados, secos sombra, descascados, cortados em
fatias, secos a 55 C e modos. Foram pesados de 4 g a 5 g da amostra seca,
adicionado 50 mL de gua em um bquer e homogeneizado. Acrescentou-se 2,5 mL
de NaOH 1 N e aps foi neutralizado com cido actico glacial concentrado (5-6
gotas), transferiu-se para um balo volumtrico e completado o volume (100 mL). Na
seqncia, foi centrifugado a 5000 rpm por cinco minutos e separado o meio lquido
(extrato) do resduo. Nas demais etapas da anlise, no houve alteraes.

Para determinao de Glicose:
Desproteinizar:
-3 mL do extrato (filtrado)
-1,2 mL de Ba(OH)
2

-1,2 mL de ZnSO
4

-9 mL de H
2
O


97
Agitar, repousar por 10 minutos. Filtrar. Pipetar 1,0 mL (ou 0,5 para as de alto teor
de acar) Juntar 1,0 ml (ou 1,5) de H
2
O. Pipetar 1,0 mL de Reativo Cprico*.
Colocar em banho-maria fervente por 20 minutos.
Esfriar em gua gelada. Acrescentar 1 mL de reativo Arsenomolibdico(**).
Completar o volume final dos tubos para 10 mL, usando 6 mL de H
2
O.
Ler a D.O. em espectrofotmetro a 510 nm.
Fazer uma curva com glicose P.A.100 microgramas/mL.

Para doseamento de sacarose:
Do extrato transferir 20 mL para erlenmeyer de 125 mL, acidificar com 0,5 mL de
HCl concentrado, levar ao B.M. fervente por 15 minutos, esfriar e neutralizar com
soluo saturada de carbonato de sdio (+ ou 1,5 mL). Passar a amostra para
balo volumtrico de 100 mL e competar o volume . Usar este hidrolisado para
desproteinizar (seguir o mesmo roteiro da desproteinizao usado para a
determinao da glicose).


Reagentes:

* Reativo Cprico:
Juntar 25 mL do Reativo A e 1 mL do Reativo B. Preparar na hora do uso.
Reativo A:
Carbonato de sdio anidro .................25 g
Tartarato duplo de sdio e potssio....25 g
Bicarbonato de sdio ........................20 g
Sulfato de sdio...............................200 g
H
2
O destilada q.s.p. ..........................1000 mL
Reativo B:
Sulfato de Cobre ..............................15 g
H2O dest. q.s.p. ............................100 mL
H2SO4 conc..................................2 gotas




98
** Reativo Arsenomolibdico :
Dissolver 25g de molibdato de amnia em 750 mL de H
2
O destilada.
Adicionar 21 mL de H
2
SO
4
concentrado e misturar bem.
Separadamente, dissolver 3 g de arsenito dissdico em 25 mL de H
2
O destilada.
Juntar esta soluo primeira e agitar. Colocar a mistura em banho-maria regulado
a 56
0
C por 25 minutos. Guardar em frasco mbar.


99












ANEXO 4 - PADRO DE CORES DA BATATA FRITA


100
PADRO DE CORES DA BATATA FRITA

FONTE: SCOTTI, C. A. Padro de cor da batata frita no formato de palito e chips . Curitiba:
199?. 12 diapositivos: colorido; 5 x 5 cm.
NOTA: fatia frita:
(a)
cor 1 - amarelo claro;
(b)
cor 2 - dourado;
(c)
cor 3 - amarelo enegrecido;
(d)
cor 4 -
marrom;
(e)
cor 5 - marrom queimado;
(f )
cor 1 (amarelo claro) a 5 (marrom queimado). Palito:

(g)
cor 1 - amarelo claro;
(h)
cor 2 - dourado;
(i)
cor 3 - amarelo enegrecido;
(j)
cor 4 - marrom;
(k)

cor 5 - marrom queimado;
(k)
cor 1 (amarelo claro) a 5 (marrom queimado).
a b c d
e f g h
i j k l


101












ANEXO 5 - ANLISE DE VARINCIA E MDIAS DAS INTERAES DA
QUALIDADE DOS TUBRCULOS DE BATATAS, CVS. ATLANTIC, ASTERIX,
INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADOS COM DIFERENTES DOSES E FONTES
DE ADUBAO POTSSICA, ARMAZENADO EM TEMPERATURA AMBIENTE


102
ANLISE DE VARINCIA DO PESO ESPECFICO, MASSA, MATRIA SECA E
ACAR REDUTOR, DE BATATAS CULTIVADAS COM DIFERENTES DOSES E
FONTES DE ADUBAO POTSSICA E ARMAZENADAS EM TEMPERATURA
AMBIENTE

Quadrados Mdios
Fontes de
Variao
GL
Massa PE MS AR PE
#

GL
COR
Quadrado
Mdio Cor
Blocos 2 254,87
ns
0.00
ns
5,86
ns
403.06
ns
102,96
ns
2 0,05
ns

Fator A a 3 12302,92** 0.00** 114,94** 6224.14** 1835,77** 3 8,41**
Erro 6 908,51 0.00 9,51 96.16 63,44 6 0,02
Fator B b 3 1039,81
ns
0.00** 30,50** 75.59
ns
421,26** 3 0,02*
Interao AB 9 229,93
ns
0.00
ns
5,64* 104.03
ns
11,46
ns
9 0,14**
Erro 24 412,44 0.00 1,88 179.39 15,17 24 0,01
Fator C c 1 39,37
ns
0.00** 27,84** 1601.57** 343,98** 1 0,22**
Interao AC 3 36,35
ns
0.00
ns
1,38
ns
77.30
ns
37,84
ns
3 0,30**
Interao BC 3 407,59
ns
0.00** 10,52** 198.32* 165,54** 3 0,04**
Interao ABC 9 220,94
ns
0.00
ns
1,60
ns
251.53** 9,77
ns
9 0,09**
Erro 32 282,54 0.00 2,39 50.95 19,29 32 0,003
Fator D d 3 1123,80** 0.00** 2,50
ns
721.18** 76,91** 1 0,11**
Interao AD 9 429,49* 0.00
ns
2,02
ns
333.70** 4,34
ns
3 0,09**
Interao BD 9 241,80
ns
0.00
ns
4,88** 204.41* 10,24
ns
3 0,04**
Interao ABD 27 313,72* 0.00* 2,65* 147.12* 9,43* 9 0,13**
Interao CD 3 56,29
ns
0.00
ns
0,75
ns
68.03
ns
3,19
ns
1 0,08**
Interao ACD 9 121,89
ns
0.00
ns
2,34 55.58
ns
3,68
ns
3 0,01
ns

Interao BCD 9 78,19
ns
0.00
ns
2,88** 166.76
ns
5,90
ns
3 0,01
ns

Interao ABCD 27 80,41
ns
0.00
ns
1,52
ns
130.18
ns
4,40
ns
9 0,07**
Erro 192 172,76 0.00 1,49 93.96 6,13 64 0,01
Coeficiente de
Variao (%)
11,58 0.23% 6,02 25.44% 0,23 5,05
Qui-quadrado
(
2
)
124,07
ns

112,32
n
s

126,47
ns
132,19
ns
131,97
ns
69,08
ns


NOTA:
(#)
para anlise estatstica os dados originais foram transformados;
(*)
significativo a 5% de
probabilidade;
(**)
significativo a 1% de probabilidade;
(a)
Cultivares (Atlantic, Asterix, Innovator
e Shepody);
(b)
Doses de adubao potssica (0, 120, 360 e 1080 kg K
2
O.ha
-1
);
(c)
Fontes de
potssio (Cloreto e Sulfato);
(ns)
no significativo; AR - acar redutor; ANR - acar no
redutor; GL- graus de liberdade; MS - matria seca; PE - Peso especfico



103
MDIAS DAS INTERAES DA QUALIDADE DOS TUBRCULOS DE BATATAS,
CVS. ATLANTIC, ASTERIX, INNOVATOR E SHEPODY, CULTIVADAS COM
DIFERENTES DOSES E FONTES DE ADUBAO POTSSICA, ARMAZENADA
EM TEMPERATURA AMBIENTE
Continua
Interao A x B
Massa
(g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 111,45 1,0824 20,95 abc 28,88 1,00 f
120 116,28 1.0806 21,55 ab 30,63 1,07 ef
360 119,23 1.0808 21,42 ab 30,75 1,00 f
Atlantic
1.080 114,74 1,0770 20,42 abc 30,87 1,15 de
0 99,63 1,0716 19,70 cdef 51,91 1,81 b
120 99,74 1,0698 18,38 f 51,43 2,05 a
360 107,70 1,0694 18,71 ef 46,05 1,96 a
Asterix
1.080 101,93 1,0673 18,37 f 45,97 2,07 a
0 105,82 1,0762 21,76 a 36,30 1,11 def
120 109,22 1,0761 20,58 abc 32,79 1,15 de
360 107,70 1,0745 21,45 ab 34,49 1,19 de
Innovator
1.080 108,43 1,0711 20,65 abc 32,50 1,08 ef
0 118,32 1,0758 21,14 abc 40,05 1,43 c
120 132,12 1,0765 20,16 bcde 37,57 1,23 d
360 131,57 1,0758 20,28 abcd 40,25 1,17 de
Shepody
1.080 131,53 1,0716 18,76 def 39,25 1,16 de
Teste F 0,56
ns
0,76
ns
2,99
*
0,58
ns
19,22
**

Interao A x C
Massa
(g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
KCl 115,20 1,0785 20,66 28,71 1,07 e
Atlantic
K
2
SO
4
115,65 1,0819 21,51 31,86 1,04 e
KCl 103,29 1,0682 18,49 46,07 1,82 b
Asterix
K
2
SO
4
101,20 1,0708 19,10 51,61 2,12 a
KCl 108,41 1,0739 20,92 33,01 1,13 d
Innovator
K
2
SO
4
107,17 1,0751 21,30 35,02 1,14 d
KCl 128,23 1,0746 19,93 36,46 1,25 c
Shepody
K
2
SO
4
128,54 1,0752 20,24 42,09 1,24 c
Teste F

0,13
ns
1,96
ns
0,58
ns
1,52
ns
103,48
**

Interao A x D Massa (g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 108,0 defg 1,0794 20,77 31,72 efg 1,02 f
15 118,8 bcde 1,0799 21,28 30,14 fg Nd
30 119,4 bcd 1.0808 21,36 27,38 g Nd
Atlantic
45 115,5 cdef 1.0806 20,94 31,90 efg 1,09 e
0 99,56 g 1,0688 18,53 50,47 ab 1,91 b
15 102,9 fg 1,0686 18,61 55,81 a Nd
30 103,9 fg 1,0697 18,86 43,41 bcd Nd
Asterix
45 102,6 fg 1,0708 19,16 45,67 bc 2,02 a
0 104,3 fg 1,0737 20,90 37,08 cdefg 1,17 d
15 109,4 defg 1,0738 20,82 30,75 fg Nd
30 111,8 cdefg 1,0745 21,36 29,46 fg Nd
Innovator
45 105,7 efg 1,0760 21,36 38,78 cdef 1,10 e


104
Continuao
Interao A x D Massa (g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 131,5 ab 1,0742 19,97 41,17 bcde 1,20 d
15 124,4 abc 1,0738 20,45 43,88 bcd Nd
30 137,4 a 1,0758 19,67 37,05 cdefg Nd
Shepody
45 120,3 bcd 1,0759 20,25 35,02 defg 1,29 c
Teste F 2,49
**
0,71
ns
1,36
ns
3,55
**
18,34
**


Interao B x C
Massa
(g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
KCl 108,80 1,0765 a 20,89 ab 39,28 1,34 b
0
K
2
SO
4
108,80 1,0765 a 20,89 ab 39,28 1,34 b
KCl 116,11 1,0758 a 20,20 ab 35,98 1,31 b
120
K
2
SO
4
112,56 1,0758 a 20,13 ab 40,22 1,44 a
KCl 118,53 1,0741 a 19,93 bc 34,64 1,30 b
360
K
2
SO
4
114,58 1,0761 a 21,01 a 41,13 1,35 b
KCl 111,69 1,0690 b 18,98 c 34,34 1,32 b
1.080
K
2
SO
4
116,63 1,0745 a 20,12 ab 39,95 1,41 a
Teste F

1,44
ns
8,58
**
4,40
**
3,89
*
12,35
**

Interao B x D
Massa
(g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 107,45 1,0754 20,57 abc 38,74 ab 1,30 c
15 110,51 1,0751 21,45 a 45,50 a Nd
30 108,11 1,0771 20,11 bc 32,27 b Nd
0
45 109,15 1,0785 21,43 a 40,63 ab 1,37 ab
0 109,90 1,0755 20,07 bc 41,73 ab 1,32 bc
15 113,72 1,0752 20,05 bc 40,12 ab Nd
30 119,91 1,0760 20,37 abc 33,92 b Nd
120
45 113,83 1,0763 20,17 bc 36,65 ab 1,43 a
0 113,34 1,0747 20,05 bc 40,98 ab 1,32 bc
15 119,61 1,0740 20,22 abc 39,95 ab Nd
30 122,36 1,0761 21,16 ab 33,75 b Nd
360
45 110,90 1,0757 20,44 abc 36,86 ab 1,34 bc
0 112,56 1,0707 19,49 c 38,98 ab 1,37 ab
15 111,72 1,0718 19,45 c 35,00 b Nd
30 122,20 1,0717 19,61 c 37,36 ab Nd
1.080
45 110,14 1,0729 19,65 c 37,24 ab 1,36 bc
Teste F 1,40
ns
1,67
ns
3,28
**
2,18
*
9,03
**

Interao C x D
Massa
(g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 111,12 1,0731 19,79 37,13 1,27 b
15 114,32 1,0731 19,92 39,19 Nd
30 117,48 1,0745 20,02 32,03 Nd
KCl
45 112,21 1,0746 20,26 35,90 1,36 a
0 110,50 1,0750 20,30 43,08 1,38 a
15 113,46 1,0749 20,67 41,10 Nd
30 118,80 1,0760 20,60 36,62 Nd
K
2
SO
4

45 109,80 1,0770 20,59 39,78 1,39 a
Teste F 0,33
ns
0,52
ns
0,50
ns
0,72
ns
16,05
**




105
Continuao
Interao A x B x C Massa (g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
KCl 111,45 1,0824 20,95 28,88 ij 1,00 l
0
K
2
SO
4
111,45 1,0824 20,95 28,88 ij 1,00 l
KCl 116,00 1.0804 21,41 30,72 hij 1,00 l
120
K
2
SO
4
116,56 1.0809 21,68 30,55 hij 1,14 ghijk
KCl 120,20 1,0788 20,83 27,33 j 1,00 l
360
K
2
SO
4
118,27 1,0827 22,02 34,17 efghij 1,00 l
KCl 113,15 1,0725 19,46 27,89 ij 1,28 ef
Atlantic
1.080
K
2
SO
4
116,32 1,0815 21,38 33,84 efghij 1,03 kl
KCl 99,63 1,0716 19,70 51,91 ab 1,81 c
0
K
2
SO
4
99,63 1,0716 19,70 51,91 ab 1,81 c
KCl 103,86 1,0686 18,40 42,12 bcdefgh 1,79 c
120
K
2
SO
4
95,61 1,0709 18,35 60,73 a 2,31 a
KCl 109,29 1,0682 18,23 43,35 bcdefg 1,80 c
360
K
2
SO
4
106,12 1,0706 19,19 48,76 abc 2,11 b
KCl 100,39 1,0646 17,61 46,90 bcd 1,88 c
Asterix
1.080
K
2
SO
4
103,47 1,0701 19,13 45,04 bcdef 2,26 a
KCl 105,82 1,0762 21,76 36,30 defghij 1,11 hijkl
0
K
2
SO
4
105,82 1,0762 21,76 36,30 defghij 1,11 hijkl
KCl 113,19 1,0765 20,95 33,06 fghij 1,14 ghijk
120
K
2
SO
4
105,24 1,0758 20,21 32,51 ghij 1,17 fghij
KCl 106,09 1,0742 20,94 32,54 ghij 1,22 efgh
360
K
2
SO
4
109,32 1,0749 21,97 36,44 cdefghij 1,17 fghij
KCl 108,54 1,0688 20,03 30,15 hij 1,06 jkl
Innovator
1.080
K
2
SO
4
108,31 1,0734 21,26 34,85 defghij 1,11 hijkl
KCl 118,32 1,0758 21,14 40,05 bcdefghi 1,43 d
0
K
2
SO
4
118,32 1,0758 21,14 40,05 bcdefghi 1,43 d
KCl 131,40 1,0775 20,04 38,02 cdefghij 1,32 de
120
K
2
SO
4
132,84 1,0755 20,28 37,11 cdefghij 1,14 ghijk
KCl 138,53 1,0752 19,70 35,36 defghij 1,20 efghi
360
K
2
SO
4
124,61 1,0763 20,86 45,13 bcdef 1,14 ghijk
KCl 124,67 1,0700 18,83 32,41 ghij 1,07 ijkl
Shepody
1.080
K
2
SO
4
138,40 1,0732 18,69 46,08 bcde 1,26 efg
Teste F 0,78
ns
0,51
ns
0,67
ns
4,94
**
30,49
**

Interao A x B x D Massa (g) Peso especfico
Matria seca
(%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 96,55 hij 1,0795 abcdefgh 21,53 abcd 31,20 efg 1,00 j
15 122,2 abcdefghij 1,0828 abc
20,81
abcdefgh
28,81 efg Nd
30 107,9 cdefghij 1,0838 a
20,52
abcdefghi
22,91 g Nd
0
45 119,1 abcdefghij 1,0836 ab
20,95
abcdefgh
32,61 defg 1,00 j
0
108,8 cdefghij 1.0806 abcdef
20,41
abcdefghi
34,85 cdefg 1,00 j
15 118,5 bcdefghij 1,0790 abcdefghi 22,29 ab 30,48 efg Nd
30 119,7 abcdefghij 1,0812 abcde 22,27 ab 26,53 fg Nd
Atlantic
120
45 118,0 bcdefghij 1,0817 abcd 21,21 abcdefg 30,67 efg 1,14 ghij


106
Continuao
Interao A x B x D Massa (g) Peso especfico
Matria seca
(%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 110,1 cdefghij 1.0806 abcdef 20,46
abcdefghi
29,55 efg 1,00 j
15 120,5 abcdefghij 1.0800 abcdefg 21,51 abcd 32,44 defg Nd
30 128,8 abcdefghi 1,0817 abcd 22,63 a 30,57 efg Nd
360
45
117,5 bcdefghij 1.0808 abcdef 21,10
abcdefgh
30,43 efg 1,00 j
0 116,4 bcdefghij 1,0769 cdefghijk 20,66
abcdefghi
31,27 efg 1,09 hij
15
114,1 bcdefghij 1,0781
abcdefghij
20,52
abcdefghi
28,83 efg Nd
30
121,2 abcdefghij 1,0766
cdefghijklmn
20,02
abcdefghi
29,49 efg Nd
Atlantic
1.080
45
107,3 cdefghij 1,0764
defghijklmn
20,48
abcdefghi
33,87 cdefg 1,22 fgh
0 92,13 j 1,0707
klmnopqrstuv
18,98 cdefghi 43,12
abcdefg
1,89 c
15
104,4 defghij 1,0681 stuv 20,28
abcdefghi
61,14 ab Nd
30
99,35 fghij 1,0722
jklmnopqrstu
18,79 defghi 45,63
abcdefg
Nd
0
45
102,6 defghij 1,0752
efghijklmnopqr
20,77
abcdefgh
57,74 abc 1,72 de
0 95,82 ij 1,0700 opqrstuv 18,19 fghi 53,14
abcde
1,86 cd
15
95,23 j 1,0709
klmnopqrstuv
18,23 fghi 63,35 a Nd
30
101,4 efghij 1,0691 rstuv 19,06 cdefghi 44,72
abcdefg
Nd
120
45
106,5 cdefghij 1,0690 rstuv 18,03 hi 44,49
abcdefg
2,23 a
0 108,6 cdefghij 1,0700 opqrstuv 18,74 defghi 57,05 abcd 1,85 cd
15
114,3 bcdefghij 1,0675 tuv 17,61 i 50,30
abcdef
Nd
30
108,9 cdefghij 1,0705
lmnopqrstuv
19,47
bcdefghi
39,18
abcdefg
Nd 360
45
98,97 fghij 1,0694 qrstuv 19,04 cdefghi 37,68
bcdefg
2,06 b
0 101,7 defghij 1,0647 v 18,20 fghi 48,57
abcdef
2,06 b
15
97,75 ghij 1,0678 tuv 18,34 efghi 48,44
abcdef
Nd
30
106,0 cdefghij 1,0671 uv 18,14 ghi 44,10
abcdefg
Nd
Asterix
1.080
45
102,3 defghij 1,0697 pqrstuv 18,81 defghi 42,77
abcdefg
2,08 ab



107
Continuao
Interao A x B x D Massa (g) Peso especfico
Matria seca
(%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 111,0 cdefghij 1,0746
fghijklmnopqr
21,28 abcdef 39,22
abcdefg
1,06 ij
15
105,9 cdefghij 1,0753
efghijklmnopqr
22,64 a 41,17
abcdefg
Nd
30
112,3 cdefghij 1,0762
defghijklmno
20,82
abcdefgh
26,20 fg Nd
0
45
94,15 j 1,0788 abcdefghi 22,30 ab 38,61
bcdefg
1,17 ghi
0 105,4 cdefghij 1,0761
defghijklmno
21,08
abcdefgh
35,55 cdefg 1,17 ghi
15
109,3 cdefghij 1,0756
defghijklmnopq
19,45
bcdefghi
27,32 fg Nd
30
112,7 bcdefghij 1,0762
defghijklmno
20,71
abcdefghi
28,65 efg Nd
120
45
109,4 cdefghij 1,0768 cdefghijkl 21,08
abcdefgh
39,63
abcdefg
1,14 ghij
0 101,4 efghij 1,0734
hijklmnopqrst
21,02
abcdefgh
42,17
abcdefg
1,36 f
15
108,7 cdefghij 1,0738
ghijklmnopqrst
20,54
abcdefghi
26,30 fg Nd
30
113,4 bcdefghij 1,0749
efghijklmnopqr
22,82 a 29,55 efg Nd
360
45
107,4 cdefghij 1,0760
defghijklmnop
21,44 abcde 39,93
abcdefg
1,03 ij
0 99,31 fghij 1,0709
klmnopqrstuv
20,23
abcdefghi
31,39 efg 1,11 ghij
15
113,7 bcdefghij 1,0704
mnopqrstuv
20,67
abcdefghi
28,19 fg Nd
30
109,0 cdefghij 1,0708
klmnopqrstuv
21,08
abcdefgh
33,44 cdefg Nd
Innovator
1.080
45
111,7 cdefghij 1,0724
jklmnopqrstu
20,61
abcdefghi
36,95
bcdefg
1,06 ij
0 130,1 abcdefg 1,0767
cdefghijklm
20,47
abcdefghi
41,44
abcdefg
1,25 fg
15
109,5 cdefghij 1,0741
ghijklmnopqrs
22,07 abc 50,88
abcdef
Nd
30
112,9 bcdefghij 1,0761
defghijklmno
20,30
abcdefghi
34,32 cdefg Nd
0
45
120,8 abcdefghij 1,0764
defghijklmn
21,72 abcd 33,54 cdefg 1,61 e
0 129,5 abcdefgh 1,0753
efghijklmnopqr
20,57
abcdefghi
43,37
abcdefg
1,24 fgh
15
131,8 abcdef 1,0754
defghijklmnopq
20,25
abcdefghi
39,34
abcdefg
Nd
30
145,8 ab 1,0777
abcdefghij
19,43
bcdefghi
35,76 cdefg Nd
Shepody
120
45
121,4 abcdefghij 1,0777
abcdefghij
20,37
abcdefghi
31,78 efg 1,22 fgh



108
Continuao
Interao A x B x D Massa (g) Peso especfico
Matria seca
(%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 133,3 abcde 1,0747
fghijklmnopqr
19,99
abcdefghi
35,15 cdefg 1,08 hij
15
135,0 abcd 1,0746
fghijklmnopqr
21,21 abcdefg 50,75
abcdef
Nd
30
138,3 abc 1,0773 bcdefghij 19,73
abcdefghi
35,71 cdefg Nd
360
45
119,8 abcdefghij 1,0764
defghijklmn
20,19
abcdefghi
39,39
abcdefg
1,25 fg
0 132,9 abcde 1,0703
nopqrstuv
18,86 defghi 44,69
abcdefg
1,24 fgh
15
121,3 abcdefghij 1,0709
klmnopqrstuv
18,26 fghi 34,54 cdefg Nd
30
152,6 a 1,0723
jklmnopqrstu
19,22
bcdefghi
42,39
abcdefg
Nd
Shepody
1.080
45
119,3 abcdefghij 1,0730
ijklmnopqrstu
18,71 defghi 35,35 cdefg 1,08 hij
Teste F 1,82
**
1,54
*
1,78
**
1,57
*
28,39
**

Interao A x C x D Massa (g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 107,92 1,0781 20,33 30,31 1,03 hi
15 119,96 1,0781 20,71 28,58 Nd
30 116,23 1,0792 21,38 24,21 Nd
KCl
45 116,69 1,0787 20,24 31,73 1,11 fghi
0 108,02 1.0808 21,20 33,13 1,01 i
15 117,73 1,0818 21,86 31,70 Nd
30 122,59 1,0824 21,34 30,55 Nd
Atlantic
K
2
SO
4

45 114,26 1,0825 21,63 32,06 1,07 ghi
0 99,41 1,0676 18,48 44,72 1,73 c
15 103,95 1,0668 18,34 55,95 Nd
30 102,71 1,0686 18,22 42,24 Nd
KCl
45 107,10 1,0700 18,91 41,37 1,91 b
0 99,71 1,0701 18,58 56,22 2,10 a
15 101,91 1,0703 18,89 55,66 Nd
30 105,12 1,0708 19,50 44,58 Nd
Asterix
K
2
SO
4

45 98,07 1,0717 19,41 49,98 2,14 a
0 106,92 1,0732 20,79 35,86 1,14 fg
15 109,69 1,0734 20,51 30,17 Nd
30 113,96 1,0744 21,14 27,77 Nd
KCl
45 103,07 1,0747 21,24 38,24 1,13 fgh
0 101,61 1,0743 21,02 38,30 1,21 def
15 109,11 1,0741 21,14 31,32 Nd
30 109,73 1,0747 21,58 31,15 Nd
Innovator
K
2
SO
4

45 108,24 1,0773 21,48 39,32 1,07 ghi
0 130,24 1,0738 19,56 37,64 1,20 ef
15 123,68 1,0739 20,13 42,04 Nd
30 137,01 1,0756 19,35 33,89 Nd
KCl
45 121,98 1,0752 20,68 32,27 1,31 d
0 132,66 1,0747 20,39 44,69 1,20 def
15 125,07 1,0736 20,77 45,72 Nd
30 137,78 1,0760 20,00 40,20 Nd
Shepody
K
2
SO
4

45 118,65 1,0765 19,82 37,76 1,28 de
Teste F 0,71
ns
0,60
ns
1,57
ns
0,59
ns
2,13
ns




109
Continuao
Interao B x C x D Massa (g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 107,45 1,0754 20,57 abc 38,74 1,30 def
15 110,51 1,0751 21,45 ab 45,50 Nd
30 108,11 1,0771 20,11 abc 32,27 Nd
KCl
45 109,15 1,0785 21,43 ab 40,63 1,37 abcde
0 107,45 1,0754 20,57 abc 38,74 1,30 def
15 110,51 1,0751 21,45 ab 45,50 Nd
30 108,11 1,0771 20,11 abc 32,27 Nd
0
K
2
SO
4

45 109,15 1,0785 21,43 ab 40,63 1,37 abcde
0 111,81 1,0761 20,06 bc 37,68 1,23 f
15 114,75 1,0745 20,35 abc 42,85 Nd
30 121,13 1,0759 20,41 abc 32,40 Nd
KCl
45 116,77 1,0766 19,97 bc 31,00 1,39 abcd
0 107,99 1,0749 20,07 abc 45,78 1,40 abc
15 112,68 1,0759 19,75 bc 37,39 Nd
30 118,69 1,0762 20,33 abc 35,44 Nd
120
K
2
SO
4

45 110,90 1,0760 20,37 abc 42,29 1,47 a
0 118,27 1,0734 19,80 bc 39,53 1,28 ef
15 121,27 1,0733 19,10 c 35,16 Nd
30 121,76 1,0756 20,27 abc 29,31 Nd
KCl
45 112,80 1,0742 20,53 abc 34,58 1,33 cdef
0 108,41 1,0760 20,31 abc 42,43 1,37 bcde
15 117,94 1,0747 21,33 ab 44,74 Nd
30 122,95 1,0766 22,05 a 38,19 Nd
360
K
2
SO
4

45 109,00 1,0772 20,35 abc 39,14 1,34 cde
0 106,96 1,0677 18,73 c 32,58 1,29 def
15 110,75 1,0695 18,76 c 33,24 Nd
30 118,92 1,0693 19,31 c 34,13 Nd
KCl
45 110,12 1,0694 19,12 c 37,41 1,35 cde
0 118,16 1,0736 20,24 abc 45,39 1,45 ab
15 112,70 1,0741 20,13 abc 36,77 Nd
30 125,47 1,0741 19,92 bc 40,58 Nd
1.080
K
2
SO
4

45 110,17 1,0764 20,18 abc 37,07 1,37 abcde
Teste F 0,45
ns
0,96
ns
1,94
*
1,77
ns
2,16
ns

Interao A x B x C x D
Massa
(g)
Peso
especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 96,55 1,0795 21,53 31,20 1,00 n
15 122,23 1,0828 20,81 28,81 Nd
30 107,93 1,0838 20,52 22,91 Nd
KCl
45 119,10 1,0836 20,95 32,61 1,00 n
0 96,55 1,0795 21,53 31,20 1,00 n
15 122,23 1,0828 20,81 28,81 Nd
30 107,93 1,0838 20,52 22,91 Nd
0
K
2
SO
4
45 119,10 1,0836 20,95 32,61 1,00 n
0 112,04 1,0814 20,33 34,40 1,00 n
15 115,62 1,0780 21,74 28,30 Nd
30 115,54 1,0815 23,34 29,32 Nd
KCl
45 120,81 1.0807 20,25 30,85 1,00 n
0 105,66 1,0799 20,49 35,29 1,00 n
15 121,47 1,0799 22,84 32,66 Nd
30 123,83 1.0809 21,21 23,75 Nd
Atlantic
120
K
2
SO
4
45 115,27 1,0828 22,18 30,49 1,28 jklm


110
Continuao
Interao A x B x C x D
Massa
(g)
Peso especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 116,21 1,0793 20,15 27,29 1,00 n
15 123,14 1,0771 19,88 26,98 Nd
30 124,05 1,0798 22,24 25,28 Nd
KCl
45 117,38 1,0792 21,05 29,75 1,00 n
0 104,03 1,0820 20,76 31,81 1,00 n
15 117,84 1,0828 23,14 37,89 Nd
30 133,60 1,0836 23,02 35,85 Nd
360
K
2
SO
4
45 117,60 1,0825 21,15 31,11 1,00 n
0 106,89 1,0721 19,30 28,33 1,11 lmn
15 118,87 1,0747 20,39 30,23 Nd
30 117,40 1,0719 19,43 19,31 Nd
KCl
45 109,45 1,0715 18,70 33,70 1,44 hij
0 125,84 1,0817 22,02 34,21 1,06 mn
15 109,37 1,0816 20,65 27,43 Nd
30 125,00 1,0813 20,60 39,67 Nd
Atlantic
1.080
K
2
SO
4
45 105,07 1,0813 22,26 34,04 1,00 n
0 92,13 1,0707 18,98 43,12 1,89 cde
15 104,43 1,0681 20,28 61,14 Nd
30 99,35 1,0722 18,79 45,63 Nd
KCl
45 102,59 1,0752 20,77 57,74 1,72 efg
0 92,13 1,0707 18,98 43,12 1,89 cde
15 104,43 1,0681 20,28 61,14 Nd
30 99,35 1,0722 18,79 45,63 Nd
0
K
2
SO
4
45 102,59 1,0752 20,77 57,74 1,72 efg
0 98,51 1,0694 18,12 30,63 1,61 fgh
15 95,86 1,0676 18,88 66,89 Nd
30 106,83 1,0681 18,78 40,82 Nd
KCl
45 114,26 1,0694 17,83 30,15 1,97 cde
0 93,13 1,0705 18,27 75,65 2,11 bcd
15 94,60 1,0743 17,57 59,80 Nd
30 96,00 1,0701 19,34 48,62 Nd
120
K
2
SO
4
45 98,70 1,0686 18,23 58,84 2,50 a
0 109,70 1,0686 19,03 59,86 1,56 ghi
15 113,42 1,0664 16,87 45,01 Nd
30 107,64 1,0694 18,32 33,41 Nd
KCl
45 106,38 1,0683 18,72 35,11 2,04 bcd
0 107,50 1,0715 18,45 54,24 2,14 bc
15 115,19 1,0686 18,35 55,60 Nd
30 110,21 1,0715 20,62 44,96 Nd
360
K
2
SO
4
45 91,57 1,0705 19,36 40,25 2,08 bcd
0 97,30 1,0615 17,80 45,27 1,86 def
15 102,06 1,0652 17,31 50,77 Nd
30 97,01 1,0647 17,01 49,10 Nd
KCl
45 105,18 1,0668 18,32 42,46 1,89 cde
0 106,08 1,0678 18,61 51,86 2,25 ab
15 93,44 1,0704 19,37 46,12 Nd
30 114,92 1,0695 19,26 39,10 Nd
Asterix
1.080
K
2
SO
4
45 99,42 1,0726 19,30 43,07 2,27 ab



111
Continuao
Interao A x B x C x D
Massa
(g)
Peso especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 110,97 1,0746 21,28 39,22 1,06 mn
15 105,90 1,0753 22,64 41,17 Nd
30 112,26 1,0762 20,82 26,20 Nd
KCl
45 94,15 1,0788 22,30 38,61 1,17 klmn
0 110,97 1,0746 21,28 39,22 1,06 mn
15 105,90 1,0753 22,64 41,17 Nd
30 112,26 1,0762 20,82 26,20 Nd
0
K
2
SO
4
45 94,15 1,0788 22,30 38,61 1,17 klmn
0 108,16 1,0778 21,66 38,06 1,00 n
15 117,70 1,0750 20,42 27,39 Nd
30 117,11 1,0764 20,91 28,86 Nd
KCl
45 109,78 1,0768 20,79 37,93 1,28 jklm
0 102,70 1,0743 20,50 33,04 1,33 ijkl
15 100,96 1,0762 18,47 27,25 Nd
30 108,30 1,0759 20,52 28,44 Nd
120
K
2
SO
4
45 109,01 1,0767 21,36 41,33 1,00 n
0 105,83 1,0727 20,90 39,29 1,39 hijk
15 106,59 1,0741 19,19 25,77 Nd
30 110,77 1,0755 21,66 25,32 Nd
KCl
45 101,18 1,0745 22,00 39,76 1,06 mn
0 96,90 1,0742 21,15 45,04 1,33 ijkl
15 110,74 1,0736 21,88 26,83 Nd
30 116,01 1,0743 23,98 33,78 Nd
360
K
2
SO
4
45 113,61 1,0776 20,88 40,10 1,00 n
0 102,73 1,0677 19,32 26,86 1,11 lmn
15 108,59 1,0693 19,77 26,37 Nd
30 115,69 1,0694 21,17 30,69 Nd
KCl
45 107,15 1,0687 19,85 36,67 1,00 n
0 95,88 1,0740 21,13 35,92 1,11 lmn
15 118,85 1,0714 21,56 30,02 Nd
30 102,33 1,0723 20,99 36,20 Nd
Innovator
1.080
K
2
SO
4
45 116,19 1,0761 21,36 37,24 1,11 lmn
0 130,15 1,0767 20,47 41,44 1,25 jklmn
15 109,47 1,0741 22,07 50,88 Nd
30 112,88 1,0761 20,30 34,32 Nd
KCl
45 120,77 1,0764 21,72 33,54 1,61 fgh
0 130,15 1,0767 20,47 41,44 1,25 jklmn
15 109,47 1,0741 22,07 50,88 Nd
30 112,88 1,0761 20,30 34,32 Nd
0
K
2
SO
4
45 120,77 1,0764 21,72 33,54 1,61 fgh
0 128,53 1,0758 20,14 47,63 1,31 ijklm
15 129,82 1,0775 20,38 48,81 Nd
30 145,02 1,0774 18,60 30,59 Nd
KCl
45 122,22 1,0794 21,02 25,06 1,33 ijkl
0 130,46 1,0748 21,01 39,12 1,17 klmn
15 133,70 1,0734 20,12 29,87 Nd
30 146,61 1,0779 20,26 40,93 Nd
Shepody
120
K
2
SO
4
45 120,60 1,0760 19,72 38,51 1,11 lmn




112
Concluso
Interao A x B x C x D
Massa
(g)
Peso especfico
Matria
seca (%)
Acares
redutores
(mg/100 g)
Cor da
fritura
0 141,35 1,0730 19,12 31,66 1,17 klmn
15 141,94 1,0755 20,47 42,87 Nd
30 144,57 1,0777 18,86 33,23 Nd
KCl
45 126,27 1,0747 20,34 33,69 1,22 jklmn
0 125,20 1,0763 20,86 38,64 1,00 n
15 127,99 1,0737 21,96 58,63 Nd
30 131,99 1,0768 20,60 38,19 Nd
360
K
2
SO
4
45 113,24 1,0782 20,03 45,08 1,28 jklm
0 120,94 1,0696 18,51 29,84 1,08 lmn
15 113,49 1,0686 17,58 25,59 Nd
30 145,57 1,0713 19,61 37,43 Nd
KCl
45 118,67 1,0704 19,62 36,79 1,06 mn
0 144,85 1,0709 19,20 59,55 1,40 hijk
15 129,12 1,0731 18,93 43,50 Nd
30 159,64 1,0732 18,82 47,36 Nd
Shepody
1.080
K
2
SO
4
45 119,99 1,0756 17,81 33,92 1,11 lmn
Fator F 0,47
ns
0,72
ns
1,02
ns
1,39
ns
15,31
**

NOTA: Mdias seguidas pela mesma letra, nas colunas, dentro das fontes de variaes, no diferem
estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
(*)
significativo a 5% de
probabilidade;
(**)
significativo a 1% de probabilidade;
(ns)
no significativo.

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