Resumo de Oftalmo

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Resumo Básico de Oftalmologia avascular.

Sua nutrição é fornecida pelo filme lacrimal e pelo


humor aquoso. A função da córnea é mecânica e óptica. O
limbo é o ponto de transição entre a córnea e a esclera, e nele se
# ANATOMIA # encontram, na sua parte mais interna, as vias de escoamento do
ÓRBITA humor aquoso ( canal de Schlemm). De anterior para posterior,
A órbita é comparada ao formato de uma pêra com o existem cinco camadas distintas: epitélio, canada de Bowman,
nervo óptico representando uma haste. O volume da órbita estroma, membrana de Descemet e o endotélio. O epitélio tem
adulta é de aproximadamente 30 ml e o globo ocular ocupa cinco ou seis camadas de células, e o endotélio, apenas uma. O
apenas cerca de 1/5 do espaço. A massa restante é composta por estroma corneano corresponde a cerca de 90% da espessura
gordura e músculo. corneana. Os nervos sensoriais da córnea são derivados da
As órbitas estão relacionadas com o seio frontal primeira divisão (oftálmica) do quinto nervo craniano
superiormente, com o seio maxilar inferiormente e com seios (trigêmeo).
etmoidal e esfenoidal medialmente. A principal artéria nutridora
da órbita e suas estruturas derivam da artéria oftálmica, a CRISTALINO
primeira principal ramificação da porção intracraniana da O cristalino é uma estrutura biconvexa, avascular,
artéria carótida interna. incolor e quase completamente transparente. Está suspenso atrás
da íris pela zônula de Zinn que o conecta com o corpo ciliar.
GLOBO OCULAR Anterior ao cristalino está o aquoso; posteriormente o vítreo.
O olho é um órgão de forma basicamente esférica, Consiste em cerca de 65% de água, 35% de proteína (a maior
medindo, no seu diâmetro ântero-posterior, aproximadamente quantidade de ptn em qualquer tecido do corpo) e um terço de
24 mm. A parede do globo ocular é composta de três camadas: a minerais comuns a outros tecidos do corpo. Não existem fibras
mais externa é formada por uma camada protetora composta da dolorosas, vasos sanguíneos ou nervos no cristalino.
esclera e córnea; a média é uma camada altamente A função primária do cristalino é focar o raio de luz
vascularizada e pigmentada composta da coróide, corpo ciliar e sobre a retina. Pela contração do músculo ciliar (sob suprimento
íris; a parte interna é a retina, uma camada receptora que parassimpático do III nervo), o cristalino altera sua forma e
contém as terminações nervosas do nervo óptico. aumenta seu poder dióptrico para focalizar os objetos próximos
na retina. Essa interação fisiológica do corpo ciliar, zônula e
CONJUNTIVA cristalino é conhecida como acomodação.
A conjuntiva é uma membrana mucosa fina e
transparente que cobre a superfície posterior da pálpebra TRATO UVEAL
(conjuntiva palpebral) e a superfície anterior da esclerótica O trato uveal é composto pela íris, corpo ciliar e
(conjuntiva bulbar). Ela continua com a pele na margem da coróide. É a camada vascular do olho e é protegida pela córnea
pálpebra e com o epitélio corneano no limbo. e pela esclerótica. Contribui com o fornecimento de sangue para
A conjuntiva palbebral alinha-se à superfície posterior a retina.
da pálpebra e adere-se firmemente ao tarso. A conjuntiva bulbar
está frouxamente aderida ao septo orbital nos fórnices, estando, ÍRIS
muitas vezes, dobrada. Isso permite ao olho movimentar-se e É uma extensão anterior ao cristalino. Apresenta-se
aumentar a área da superfície secretora conjuntival. Com como uma superfície plana, que possui uma abertura central
exceção do limbo, a conjuntiva bulbar está frouxamente aderida redonda, a pupila. A íris encontra-se contígua com a superfície
à cápsula de Tenon e à esclerótica adjacente. anterior das lentes, dividindo a câmara anterior da posterior,
cada uma contendo humor aquoso. Dentro do estroma da íris
CÁPSULA DE TENON (FÁSCIA ORBITAL) estão o esfíncter e o músculo dilatador.
A cápsula de Tenon é uma membrana fibrosa que A íris controla a quantidade de luz que penetra o olho.
envolve o globo ocular do limbo até o nervo óptico. Próximo ao O tamanho pupilar é principalmente determinado pelo balanço
limbo, a conjuntiva, a cápsula de Tenon e a episclera estão entre a constrição devido à atividade parassimpática transmitida
unidas. através do terceiro nervo craniano e sua dilatação devido à
atividade simpática.
ESCLERA E EPISCLERA
A esclera é uma camada externa protetora que cobre o CORPO CILIAR
olho. É densa, branca, continua com a córnea anteriormente e O corpo ciliar, aproximadamente triangular num corte
com a bainha do nervo óptico posteriormente. A superfície transversal, estende-se para a frente do final anterior da coróide
externa da esclerótica anterior está coberta por uma camada fina até a origem da íris. Os processos ciliares e seu epitélio de
de tecido elástico, a episclera, que contém numerosos vasos recobrimento são responsáveis pela formação do humor aquoso.
sangüíneos que nutrem a esclerótica. O músculo ciliar é composto de uma combinação de
O interesse da esclera é: anatômico, para inserção dos fibras longitudinais, circulares e radiais. A função das fibras
músculos, passagem de elementos vasculonervosos e circulares é contrair e relaxar as fibras da zônula, que se
contribuição na formação do seio camerular ; fisiológico, para a originam entre os processos ciliares. Isso altera a tensão sobre a
proteção à coriorretina e ao vítreo, e manutenção do tônus cápsula do cristalino, dando um foco variável para objetos
ocular ; patológico, onde se encontra tecido colágeno pobre em distantes e próximos no campo visual. A fibra longitudinal do
células, porém rico em fibrilas colágenas e elásticas ; e músculo ciliar inserido na malha trabecular influenciam o
cirúrgico. tamanho dos poros.
CÓRNEA CORÓIDE
A córnea é o mais importante meio refrativo do olho, A coróide é o segmento posterior do trato uveal, entre a
caracterizando-se pelo seu alto grau de transparência. Esta retina e a esclerótica. É composta por três camadas dos vasos
transparência depende de vários fatores, incluindo a sanguíneos coroidianos: largo, médio e pequeno. Quanto mais
regularidade da superfície anterior epitelial, a organização profundo estão localizados os vasos no coróide, maior será o
regular das fibras de colágeno do estroma e da sua natureza seu calibre. A coróide está firmemente anexa à margem
posterior do nervo óptico. Anteriormente, a coróide une-se ao O fundo de olho fica consideravelmente mais difícil de
corpo ciliar. ser visualizado quando a opacidade torna-se mais densa, até que
o reflexo do fundo esteja completamente ausente. A graduação
RETINA clínica da catarata, na hipótese de não haver nenhuma outra
A retina é uma lâmina do tecido neural, fina, doença ocular, é considerado principalmente através do teste de
semitransparente e com múltiplas camadas, que reveste a acuidade visual. Em geral, o decréscimo da acuidade visual é
porção interna de 2/3 da parede posterior do globo. Sua função diretamente proporcional à densidade da catarata.
é transformar as ondas luminosas em impulsos nervosos. As
células respondem aos estímulos visuais através de reações  Causas de Catarata :
fotoquímicas. É formada por 10 camadas. A luz deve atravessar Congênitas
essas camadas até atingir os fotorreceptores (cones e • Infecção materna (principalmente Rubéola)
bastonetes). Os cones funcionam melhor com luz intensa e são • Genética (por ex. Síndrome de Down)
responsáveis pela visão central e pela visão de cores. Os • Metabólica (por ex. galactosemia)
bastonetes são mais sensíveis à luz e funcionam melhor com
• Outras
baixa luminosidade. Na área central da retina, os cones são mais
numerosos que os bastonetes. Na fóvea - área responsável pela
Adquiridas
máxima acuidade visual - , somente cones estão presentes. Os
vasos da retina são derivados da artéria e da veia central da • Senil
retina. Na região da fóvea não há vasos capilares e sua nutrição • Endócrina (Diabetes, hipoparatireoidismo,...)
faz-se inteiramente através da coróide. • Trauma (lesão fechada ou penetrante, radiação...)
• Drogas (esteróides, iodeto de fosfolina, ...)
VÍTREO • Metabólica (eczema, diarréia crônica,...)
O vítreo é um corpo gelatinoso, transparente, • Genética de início tardio (Distrofia miotônica,...)
avascular, que compreende dois terços do volume e do peso do • Doença Intraocular (uveíte, distrofias retinianas)
olho. Preenche o espaço limitado pelo cristalino, retina e papila  Tratamento :
óptica. O vítreo tem cerca de 99% de água. O 1% restante inclui Cirurgia  Facectomia ( consiste em retirar o
dois componentes: colágeno e ácido hialurônico. Encontra-se cristalino ) + Implante de uma Lente Intraocular.
firmemente ligado à retina em três locais: na base vítrea, no Existem várias técnicas para tal ( extração intracapsular,
disco óptico e na mácula. extracapsular, Facoemulsificação, entre outras ).
APARELHO LACRIMAL
O aparelho lacrimal é dividido em parte secretora e
parte excretora. A porção secretora consiste em uma glândula # AMETROPIAS #
lacrimal, responsável principalmente pela secreção da lágrima Bruno Machado Fontes
que irá banhar o globo ocular. Localiza-se na porção ântero-
superior externa da órbita. Há ainda as glândulas lacrimais Emetropia é a falta do erro refrativo e Ametropia é a
acessórias, situadas no fórnice (junção da conjuntiva bulbar presença do mesmo. O principal sintoma dos vícios de refração
com a conjuntiva palpebral) e responsável pela secreção basal é a diminuição da acuidade visual, mas podem causar cefaléia,
de lágrimas. tonturas, sonolência e hiperemia conjuntival.
A porção excretora, responsável pela eliminação da
lágrima, é formada pelo ponto lacrimal (superior e inferior), PRESBIOPIA
pelo canalículo lacrimal (superior e inferior), pelo saco lacrimal É a perda da acomodação, que vem com a idade para
e pelo ducto nasolacrimal. O saco lacrimal está localizado na todas as pessoas. Uma pessoa com olhos emétropes começará a
fossa lacrimal, na parte medial da órbita. O ducto nasolacrimal perceber dificuldade para ler letras pequenas ou distinguir
corre através da parede medial do seio maxilar, terminando no objetos bem de perto com cerca de 44 – 46 anos. Isso piora na
meato nasal inferior. luz fraca ou de manhã bem cedo. É corrigida pelo uso de uma
lente positiva para suprir a perda de poder de focar automático
PÁLPEBRAS do cristalino.
As pálpebras são formadas por quatro camadas básicas:
pele, músculo orbicular, tarso e conjuntiva. A pele da pálpebra MIOPIA
é a mais fina do corpo. A camada muscular é formada pelo Quando a imagem de objetos distantes se focam em
músculo orbicular, que funciona como um esfíncter. Quando o frente à retina no olho sem acomodação, o olho é míope. Se o
músculo orbicular se contrai, a pálpebra se fecha. É inervado olho é maior que a média, o erro é chamado miopia de eixo.
pelo nervo facial. O tarso é um tecido fibroso, sendo O ponto alcançado onde a imagem é aguçadamente focada na
considerado o esqueleto da pálpebra. A conjuntiva é uma retina é chamado de “ ponto distante ”.
membrana mucosa que une o globo ocular às pálpebras. Um alto grau de miopia resulta numa maior
susceptibilidade para mudanças retineanas degenerativas,
# CATARATA # incluindo o descolamento.
Bruno Machado Fontes Lentes esféricas côncavas (negativas) são usadas para
corrigir a imagem na miopia. Essas lentes movem a imagem
A catarata é a opacificação do cristalino. As cataratas para trás da retina.
variam significativamente em grau de densidade e podem
ocorrer devido a causas variadas, porém, normalmente estão HIPERMETROPIA ( Hiperopia )
associadas à idade. Os cristalinos com catarata são É o estado no qual o olho não acomodado foca a
caracterizados pelo edema do cristalino, alteração proteica, imagem atrás da retina. Pode ser devido ao comprimento do
crescente proliferação e ruptura da continuidade normal das eixo reduzido, ou erro refrativo reduzido.
fibras do cristalino.
Pequeno grau de hipermetropia está presente na • Tocotraumatismo (fórceps, parto
maioria das crianças quando nascem, porém à medida que o de nádegas, cesareana)
olho cresce, esta diminui e desaparece. • História familial de estrabismo
Caso a hiperopia não seja tão acentuada, uma pessoa • Anomalias congênitas, retardo
jovem pode conseguir uma imagem aguçada à distância pela mental, defeitos cromossomiais,
acomodação, como um olho normal leria. Esse esforço extra etc...
pode causar cansaço ao olho que é mais grave para o trabalho
• Má saúde geral (por ex. fibrose
próximo.
cística), infecções recorrentes
Como visto, uma pessoa hipermétrope jovem pode ver
graves
bem de perto ou de longe. Porém, quando a presbiopia chega, o
hipermétrope primeiramente tem problemas com o trabalho de • Defeito ou doença ocular
perto – em idade bem mais precoce do que outras pessoas.
Concluindo, o hipermétrope tem uma visão embaçada de perto e Na maioria dos casos, o estrabismo não se associa com
de longe, necessitando de óculos para ambas ( lentes convexas – doença ocular ou neurológica. Os pacientes muitas vezes
positivas – e côncavas – negativas ). exibem sinais associados , sendo os mais comuns os vários tipos
de postura anormal da cabeça. Nem todas estas posturas são
ASTIGMATISMO adotadas por razões oculares, mas quando o são, elas
O astigmatismo é causado por diferentes curvaturas frequentemente habilitam o paciente a obter uma área limitada
corneanas nos diversos meridianos, com consequente diferença de visão binocular.
na refração. A causa comum do astigmatismo é anormalidade no São causas de Pseudo-estrabismo :
formato da córnea. Está habitualmente associado à miopia ou à
hipermetropia, de modo que a correção óptica se faz pela • Epicanto
combinação de uma lente esférica (para corrigir a miopia ou a • Assimetria Facial
hiperopia) com uma lente cilíndrica (para corrigir o • Distância Interpupilar Larga
astigmatismo). • Miopia e Exoftalmia Unilaterais
São causas de Estrabismo Adquirido :

• Trauma ( fratura orbitária,... )


# ESTRABISMO # • Inflamação Aguda ( celulite orbitária, meningite,
Bruno Machado Fontes trombose do seio cavernoso,... )
• Inflamação Crônica ( sífilis, meningite
O estrabismo está presente quando as fóveas de ambos
tuberculosa,... )
os olhos não são simultaneamente alinhadas no objeto de mira.
Para fixação à distância, isto é equivalente ao não paralelismo • Tumor ( glioma, meningioma, neuroma do
dos eixos visuais. O estrabismo está presente em cerca de 4% acústico,... )
das crianças. O tratamento deve ser iniciado tão logo o • Desmielinização ( esclerose múltipla,... )
diagnóstico seja feito, de forma a alcançar uma acuidade visual • Vascular ( aneurismas, hipertensão, AVE,... )
e uma função binocular melhores possíveis. Não há estrabismo • Degenerativo ( oftalmoplegia externa
que se cure sozinho. progressiva,... )

MÚSCULOS OCULARES O estrabismo pode ser constante ou intermitente,


alternante ou não, variável ou constante).
MÚSCULO AÇÃO AÇÃO SECUNDÁRIA INERVAÇÃO Determinação do ângulo do estrabismo:
PRIMÁRIA  Teste do Prisma e Teste de
Reto Lateral Abdução --- Abducente Oclusão
(VI)  Teste de Bastão de Maddox
Reto Medial Adução --- Oculomotor  Testes Objetivos ( Hirschberg e
(III) método do reflexo prismático )
Reto Elevação Adução ; Intorsão Oculomotor
Superior (III) A maioria dos pacientes com estrabismo tem o fenômeno de
Reto Inferior Depressão Adução ; Extorsão Oculomotor supressão cortical, pelo qual o cérebro ignora a imagem do olho
(III) desviado, a fim de evitar diplopia. Este é um fenômeno
Oblíquo Intorsão Depressão ; Troclear complexo que começa a se desenvolver com cerca de 4 meses
Superior Abdução (IV) de idade, e torna-se completo com cerca de 6 a 7 anos. Todos os
Oblíquo Extorsão Elevação ; Oculomotor pacientes estrábicos necessitam verificação regular da acuidade
Inferior Abdução (III) visual como parte do tratamento, para verificar se há algum grau
de ambliopia.
Várias circunstâncias são associadas com uma
incidência maior que a esperada de estrabismo, sendo essencial Ambliopia  É uma deficiência da acuidade visual ( “sentido
obter dos pais uma história cuidadosa destas : da forma ” ) que ocorre com um campo visual, visão de cores e
capacidade de detectar movimentos normais sob todos as
Fatores demais aspectos. Além disso, nenhuma anormalidade estrutural
• Uso de drogas durante a gravidez da fóvea pode ser detectada na oftalmoscopia, e nenhum defeito
pupilar aferente relativo é encontrado a não ser que a ambliopia
• Problemas durante a gravidez
seja muito densa.
( infecções intra-uterinas,
prematuridade, dismaturidade )
A ambliopia é reversível em crianças mais jovens, se sensação similar. A fluoresceína corará a membrana basal
tratada precocemente. A mais bem sucedida e importante forma exposta ao defeito epitelial e pode evidenciar a saída do aquoso
de tratamento é a oclusão do olho com a melhor acuidade pelo ferimento ( teste de Seidel positivo ).
visual, a fim de estimular o uso do olho amblíope e o Um simples defeito epitelial corneano é tratado com
desenvolvimento da sua acuidade. pomada antibiótica e um curativo para imobilizar as pálpebras.
Para remover corpos estranhos, um anestésico tópico pode ser
 Tratamento : administrado e uma espátula ou agulha fina para remover o
Clínico : material durante o exame na lâmpada de fenda. Um cotonete
• Oclusão não deve ser usado pois promove grande área de desepitelização
• Atropina e não remove o corpo estranho. Materiais inertes embutidos
• Óculos profundamente ( vidro, carbono,... ) podem permanecer na
córnea. Se uma remoção de fragmento profundamente embutido
• Prismas
for necessário ou se houver perda do aquoso requerendo sutura
• Mióticos ou cola cianoacrílica, o procedimento deve ser feito através de
• Toxina técnica microcirúrgica em centro cirúrgico, onde a câmara
Botulínica anterior possa ser refeita, se necessário, com ou sem
• Ortópticos , viscoelásticos sob condições estéreis.
outros... Nunca deve ser administrada solução de anestésico
tópico para o paciente em uso contínuo depois de uma lesão
Cirúrgico corneana; como isso retarda a cicatrização, disfarça um dano
posterior e pode levar à cicatrização corneana permanente. Os
esteróides devem ser evitados enquanto existir um defeito
# TRAUMA OCULAR # epitelial.
Bruno Machado Fontes
TRAUMA DO GLOBO OCULAR
O trauma ocular é a causa mais comum de cegueira O traumatismo do globo ocular pode ser por soco,
unilateral em crianças e jovens. acidente automobilístico, bola de tênis, etc... O hifema
As pálpebras se contraem automaticamente pela ( presença de sangue no humor aquoso ) é um sinal frequente,
aproximação brusca de objetos e excesso de luz, e, quando isto fácil de reconhecer à inspeção, bastando usar uma boa fonte de
ocorre, os olhos rodam para cima, por debaixo da pálpebra iluminação. Pode haver luxação do cristalino, catarata
superior ( fenômeno de Bell ). Tal movimento tem por traumática, hipertensão ocular, ruptura da coróide,
finalidade a proteção da córnea. descolamento de retina e hemorragia vítrea.
Quando o olho é irritado, há aumento da secreção de Exceto para ruptura envolvendo prejuízos do próprio
lágrima, que redunda em uma verdadeira lavagem da parte globo ocular, muitos dos efeitos da contusão do olho não
anterior do globo ocular. requerem tratamento cirúrgico imediato. Contudo, qualquer
prejuízo grave o suficiente para causar hemorragia intraocular
CONDUTA IMEDIATA NO TRAUMA OCULAR aumenta o risco de hemorragia secundária tardia e a
Se houver a ruptura óbvia do globo, sua manipulação possibilidade de glaucoma intratável e dano permanente do
deve ser evitada até que o paciente tenha recebido anestesia globo ocular.
geral. Os agentes cicloplégicos ou antibióticos tópicos não O hifema deve ser cirurgicamente evacuado se a
devem ser aplicados antes da cirurgia devido ao potencial de pressão ocular permanecer elevada ( > 35 mm Hg durante 7
toxicidade com relação aos tecidos intraoculares expostos. Uma dias ou 50 mm Hg durante 5 dias ) para evitar danos ao nervo
proteção deve ser colocada em torno do olho, e é iniciada a óptico e impregnações corneanas.
administração de antibiótico parenteral de amplo espectro. Os
analgésicos, antieméticos e antitoxina tetânica são CORPOS ESTRANHOS
administrados quando necessário, com restrição de alimentos e Corpos estranhos de diversas naturezas localizam-se na
líquidos. Na indução da anestesia geral não pode ser incluído o córnea, na esclerótica e debaixo da conjuntiva palpebral
uso de agentes bloqueadores neuromusculares despolarizantes superior. Determinam grande desconforto, fotofobia,
porque esses transitoriamente aumentam a pressão do globo, lacrimejamento e blefaroespasmo. Para encontrá-los é
aumentando portanto a herniação dos conteúdos intraoculares. necessário boa iluminação e, às vezes, inversão da pálpebra
superior.
LESÃO DAS PÁLPEBRAS Os corpos estranhos que tem sido identificados e
O traumatismo das pálpebras é encontrado com localizados dentro do olho devem ser removidos sempre que
frequência nos acidentes de trânsito. Na maior parte dos casos, possível. As partículas de ferro ou cobre devem ser removidas
o excelente suprimento sanguíneo das pálpebras diminui o risco para prevenir a desorganização tardia dos tecidos oculares de
de infecção e permite uma rápida cicatrização. Os ferimentos alterações tóxicas degenerativas ( siderose do aço e
que atingem o tarso são os mais sérios e uma sutura incorreta calcose do cobre ). Algumas das novas ligas são mais inertes e
acarretará sérias deformidades. Deve-se reconstruir a pálpebra podem ser toleradas. Outros tipos de partículas, como vidro e
por planos, ou seja, pele, músculo orbicular e tarso. Os porcelana, podem ser toleradas indefinidamente e normalmente
traumatismos que atingem o ângulo medial podem são melhor deixadas sozinhas.
comprometer a via lacrimal excretora, sendo sua reconstrução
de grande importância. QUEIMADURAS
As queimaduras oculares podem ser de causa química,
LESÃO CORNEANA térmica, radioativa ou elétrica. As queimaduras químicas são
Os corpos estranhos corneanos e a abrasão causam dor causadas por substâncias alcalinas ou ácidas e exigem
e irritação que podem ser sentidas durante o movimento do olho tratamento urgente. A lavagem imediatamente com água deve
e das pálpebras e os defeitos epiteliais corneanos podem causar ser iniciada no local da lesão antes que o paciente seja
transportado. Qualquer corpo estranho óbvio deve ser irrigado Disco Óptico  Examinar formato, tamanho, cor, nitidez de
se possível. Os analgésicos e anestésicos tópicos e agentes suas margens e o tamanho da escavação central ( fisiológica ou
cicloplégicos são sempre indicados. não ) , pálida.
As queimaduras térmicas, via de regra, comprometem
as pálpebras, podendo causar opacificação permanente do Mácula  Localizada aproximadamente à dois “diâmetros
globo ocular. As queimaduras por calor das pálpebras são papilares ” temporal a borda do disco.
tratadas com antibióticos e tampões esterilizados. Se o dano
corneano for mantido, um inchaço palpebral extensivo Fóvea  Ponto branco, “ reflexo ” dentro da mácula. As
inicialmente torna a oclusão desnecessária. ramificações retinianas vasculares param perto da fóvea,
As queimaduras radioativas podem ser por raios portanto sua localização pode ser confirmada pela ausência
ultravioleta ou infravermelhos. As queimaduras elétricas focal dos vasos retinianos.
ocorrem após descarga de alta voltagem e podem levar à
formação de cataratas. Vasos  As veias são mais escuras e calibrosas que as artérias.
Examinar cor, tortuosidade, calibre, presença de anormalidades
TRAUMA DA ÓRBITA como aneurismas, hemorragias ou exsudatos.
O traumatismo da órbita ocorre nas contusões violentas
do rosto, podendo haver lesão do teto da órbita com herniação
das meninges. As lesões da parede medial põem em ACHADOS FUNDOSCÓPICOS DA RETINOPATIA DIABÉTICA
comunicação o seio etmoidal com a órbita, surgindo enfisema
subcutâneo, cuja característica semiológica é a crepitação • Estreitamento Arteriolar
percebida pela palpação. As lesões do assoalho, observadas nas • Dilatação difusa das veias
fraturas do maxilar superior e do malar, provocam o • Microaneurismas ( lesão mais característica da Retinopatia
deslocamento do conteúdo orbital para o seio maxilar e Diabética )
aprisionamento do músculo reto inferior e da gordura orbital.
• Hemorragia ( intra-retiniana e vítrea )
Aparecem, então, diplopia e enoftalmia.
• Exsudatos moles ou algodonosos ( nas formas mais
graves )
• Neovascularização retiniana
# DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS CAUSAS COMUNS DE OLHOS • Descolamento de retina
INFLAMADOS #
Bruno Machado Fontes
ACHADOS FUNDOSCÓPICOS DA RETINOPATIA HIPERTENSIVA
CONJUNTIVITE IRITE GLAUCOMA TRAUMA OU
AGUDA AGUDA AGUDO INFECÇÃO 1〈 Modificações Arteriolares :
CORNEANA
INCIDÊNCIA Extremamente Comum Incomum Comum • Calibre: Estreitamento
Comum • Reflexo: “fio de cobre ou prata”
SECREÇÃO Moderada a Nenhuma Nenhuma Aquosa ou • Trajeto: Tortuosidade Aumentada
Copiosa Purulenta
VISÃO Sem efeito na Levemente Marcadamen Normalmente • Embainhamento
Visão Borrada te Borrada Borrada • Oclusão
DOR Nenhuma Moderada Severa Moderada a
Severa
INJEÇÃO Difusa; mais Principalme Principalme Principalmente 2〈 Modificações Venulares :
CONJUNTIVAL voltada para os nte em torno nte em torno em torno da • Calibre: Aumentado
fórnices da Córnea da Córnea Córnea • Trajeto: Tortuosidade Aumentada
CÓRNEA Clara Normalment Embaçada Mudança na
e Clara Transparência
Conforme a 3〈 Modificações nos Cruzamentos :
Causa • Invisibilidade ou apagamento da vênula
TAMANHO Normal Pequeno Moderadame Normal ou
PUPILAR nte dilatado Pequeno • Deflexão da vênula
e fixo • Perda do reflexo venoso
RESPOSTA Normal Pobre Nenhuma Normal • Represamento
PUPILAR
À LUZ
PRESSÃO Normal Normal ou Aumentada Normal
INTRAOCULAR Diminuída 4〈 Edema :
RASPADOS Organismos Sem Sem Encontra-se
Patogênicos Organismos Organismos Organismos
• Da Retina
Somente se • Da Papila
Houver Úlcera
Corneana
Infecciosa
5〈 Exsudatos :
• Duros
• Algodonosos ( floconosos )
# FUNDO DE OLHO #
Bruno Machado Fontes 6〈 Hemorragias

EXAME FUNDOSCÓPICO
# DOENÇAS DA RETINA #
Oswaldo Moura Brasil
DESCOLAMENTO DE RETINA Tratamento:
• DRR assintomática, sem ameaçar a mácula: Deve ser
Definição: Separação da retina neurosensorial do epitélio seguido de perto por um especialista em retina e deve-se
pigmentário. Existem dois tipos: sempre considerar o tratamento.
• Descolamento de Retina Regmatogênico (DRR): É o mais • DRR sintomático: Retinopexia pneumática ou cirurgia da
comum. Ocorre descolamento devido a rotura da retina que retina com introflexão escleral, crioterapia, vitrectomia pars
permite o acesso do humor vítreo para o espaço sub- plana, drenagem e endolaser. A ameaça de acometimento
retiniano. macular deve ser tratada como uma emergência (dentro de
• Descolamento de Retina Não-Regmatogênico: Não ocorre 24h). Se a mácula já está descolada o tratamento é urgente
devido a rotura da retina. É dividido em dois tipos: (48 a 96h).
 Seroso/exudativo (DRS): Ocorre devido a transudação • DRS: Tratar a co-morbidade. Raramente requer intervenção
sub-retiniana de fluido devido a tumor, processo cirúrgica.
inflamatório ou lesão degenerativa. • DRT: Cirurgia para liberar a tração vitreoretiniana
 Tracional (DRT): Ocorre devido à proliferação dependendo da situação clínica.
fibrovascular e conseqüente contração puxando a
retina. Prognóstico: Variável. 5-10% de DRR tratados levam a
vitreoretinopatia proliferativa.
Etiologia:
• DRR: Degeneração em paliçada (30%), descolamento RETINOPATIA DIABÉTICA
posterior do vítreo (especialmente com hemorragia vítrea),
miopia, trauma (5-10%) e cirurgia ocular prévia Definição: Complicação vascular retiniana da diabetes mellitus
(especialmente com perda vítrea) aumentam o risco. Diálise classificada nas formas não-proliferativa (RDNP) e proliferativa
retiniana e rotura retiniana gigante (> de 3 horas – como (RDP).
um relógio – de extensão) são comuns após o trauma.
• DRS: Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada, doença de Epidemiologia: É a principal causa de cegueira na população
Harada, síndrome de efusão uveal, tumores de coróide, dos EUA na faixa etária de 20 a 64 anos. 98% dos pacientes
retinopatia serosa central, esclerite posterior, retinopatia diabéticos insulino-dependentes tem esta doença depois de 15
hipertensiva, doença de Coats, coloboma de retina e anos. A gravidade é pior com a maior duração da diabetes. A
toxemia da gravidez são as causas mais comuns. retinopatia diabética é encontrada em 60% dos pacientes não
• DRT: Retinopatia diabética, retinopatia falciforme, insulino-dependentes no momento do diagnóstico. O risco
retinopatia da prematuridade, vitreoretinopatia aumenta com hipertensão, hiperglicemia crônica, doença renal,
proliferativa, toxocariasis e vitreoretinopatia exudativa hiperlipidemia e gravidez.
familial são as causas mais comuns.
Sintomas: Assintomática, pode haver diminuição ou flutuação
Sintomas: Fotopsias de início agudo, opacidades flutuantes, da visão.
sombras através do campo visual e diminuição da visão. Pode
ser assintomática.
Sinais:
Sinais: • RDNP: Pode se manifestar na forma edematosa, com
• DRR: Dobras enrugadas, onduladas, móveis e convexas. freqüente comprometimento da mácula, ou isquêmica, mais
Geralmente, a rotura retiniana é vista. Pode haver sinal de grave, podendo levar a lesões irreversíveis. O grau da
Shafer (“fumaça de cigarro”), hemorragia vítrea e opérculo. doença, bem como o risco de evolução para PDR depende
Quando crônico, o descolamento pode apresentar linhas da quantidade e localização de exudatos moles e duros,
demarcadas por pigmentação e cistos intra-retinianos. A hemorragias intra-retinianas, microaneurismas e
configuração do descolamento ajuda a saber qual a anormalidades microvasculares intra-retinianas. Os pontos
localização da rotura. algodonosos, hemorragias, catarata posterior subcapsular e
• DRS: Elevação serosa lisa. O fluido sub-retiniano move-se miopia induzida são comuns.
com a mudança de posição da cabeça. • RDP: Neovascularização da papila ou em outro lugar da
• DRT: Liso, côncavo, sempre localizado, não se estende retina, hemorragias pré-retinianas e vítreas e descolamento
para a ora serrata. Geralmente apresenta proliferação de retina tracional definem doença proliferativa. Pode
fibrovascular e pseudo-buracos. ocorrer neovascularização da íris e conseqüente glaucoma
neovascular.
Diagnósticos Diferenciais: Retinosquise e descolamento de
coróide. Diagnósticos Diferenciais: Retinopatia hipertensiva,
retinopatia devido à radiação, retinopatia associada a disordens
sangüíneas e doença de Eales.

Avaliação Diagnóstica: Avaliação Diagnóstica:


• História oftalmológica e exame ocular completos com • História oftalmológica e exame ocular completos com
atenção para a acuidade visual, pupilas, oftalmoscopia e atenção para tonometria, gonioscopia, íris, cristalino,
exame da retina periférica para identificar qualquer fundoscopia e oftalmoscopia.
possibilidade de rotura.  Diabetes tipo I: Exame 5 anos após o início da doença
• Ultrasonografia B-scan se não for possível a visualização e, então, anualmente se não houver retinopatia.
do fundo.  Diabetes tipo II: Exame no momento do diagnóstico e,
então, anualmente se não houver retinopatia.
 Durante a gravidez: Exame antes da gravidez, em cada Etiologia: Pode ser não-granulomatosa (infiltrado de plasma e
trimestre e 3 a 6 meses após o parto. linfócitos) ou granulomatosa ( infiltrado de células
• Angiografia fluoresceínica: Ausência de perfusão capilar, epitelióides e células gigantes).
neovascularização e edema macular. • Não-granulomatosa aguda: Espondilite anquilosante,
• Exames laboratoriais: Glicemia, hemoglobina glicosilada, doença de Behçet, idiopática (mais comum), doenças
uréia e creatinina. inflamatórias do tubo digestivo, crise glaucomatociclítica,
• Consultas médicas com atenção para PA, sistema herpes simples e herpes zoster, CMV, doença de Kawasaki,
cardiovascular, sistema renal e controle da glicemia. doença de Lyme, pós-operatória, artrite psoriática,
síndrome de Reiter, LES, trauma e granulomatose de
Tratamento: Wegener.
• Controle rígido da glicemia. • Não-granulomatosa crônica: Artrite reumatóide juvenil
• Fotocoagulação com laser. (principal causa em crianças), iridocilite heterocrômica de
Fuchs.
• Vitrectomia pars plana, endolaser e remoção de qualquer
• Granulomatosa: Sarcoidose, tuberculose, sífilis, brucelose,
complexo fibrovascular é o procedimento indicado quando
toxoplasmose, hanseníase, pós-operatória e síndrome de
houver hemorragia vítrea sem melhora após 6 meses ou
Vogt-Koyanagi-Harada.
após 1 mês na diabetes tipo I.
Sintomas: Dor, fotofobia, lacrimejamento, olho vermelho e
Prognóstico: O tratamento precoce tem melhor prognóstico,
pode reduzir a visão.
bem como NPDR sem edema macular. As complicações
incluem catarata (geralmente subcapsular posterior) e glaucoma
Sinais: Acuidade visual normal ou reduzida, injeção ciliar,
neovascular.
miose, precipitados corneanos, ceratite, nódulos na íris,
alterações na pressão intra-ocular, sinéquias periféricas
RETINOPATIA HIPERTENSIVA
anteriores, sinéquias posteriores, hipópio (pus na câmara
anterior), catarata, vitreite, lesão retiniana e/ou coroidiana e
Definição: Alterações vasculares retinianas secundárias à
edema macular cistóide.
elevação crônica ou aguda (maligna) da PA.
Diagnósticos Diferenciais: Descolamento de retina,
Sintomas: Assintomática. Raramente ocorre perda visual.
retinoblastoma, melanoma maligno, leucemia, linfoma,
xantogranuloma juvenil e corpo estranho.
Sinais: Estreitamento arteriolar retiniano, arteríolas em fio de
cobre ou prata (devido a arterioesclerose), cruzamento
Avaliação Diagnóstica:
arteriovenoso, pontos algodonados, microaneurismas,
hemorragias, exudatos duros, pontos de Elschnig, • História oftalmológica e exame ocular completos com
macroaneurismas arteriais, hiperemia da papila ou edema com atenção para sensibilidade corneana, característica dos
dilatação venosa tortuosa (hipertensão maligna). precipitados corneanos, tonometria, câmara anterior, íris,
células vítreas e oftalmoscopia.
Diagnósticos Diferenciais: Retinopatia diabética, retinopatia • Irite não-granulomatosa unilateral é geralmente idiopática e
devido à radiação, oclusão venosa, retinopatia da leucemia, tratada sem esforço.
retinopatia da anemia e doença vascular do colágeno. • Se a uveíte é recorrente, bilateral, granulomatosa ou
envolve o segmento posterior, o tratamento é mais
Avaliação Diagnóstica: complicado.
• História oftalmológica e exame ocular completos com • Exames laboratoriais: Hemograma completo, VHS,
atenção para fundoscopia e oftalmoscopia. anticorpo anti-nuclear e fator reumatóide (artrite
• Checar PA. reumatóide juvenil); lisozima sérica e ECA (sarcoidose);
• Angiografia fluoresceínica: Estreitamento arteriolar, VDRL e FTA-ABS (sífilis); PPD (tuberculose); IgM e IgG
microaneurismas, ausência de perfusão capilar e edema para doença de Lyme; titulação para herpes; RX de tórax
macular. (sarcoidose e espondilite anquilosante); RX sacroilíaco
• Consulta médica com atenção para os sistemas (espondilite anquilosante); sorologia anti-HIV (CMV);
imunoflorescência para toxoplasmose; entre outros.
cardiovascular e cerebrovascular.
• Consulta com clínico ou reumatologista.
Tratamento: Tratar a hipertensão.
Tratamento: Vai depender da etiologia. Inicialmente utilizar
Prognóstico: Geralmente é bom. esteróide tópico.

Prognóstico: Depende da etiologia, sendo a maioria bom.


# UVEÍTE # # DOENÇAS EXTERNAS #
Oswaldo Moura Brasil Oswaldo Moura Brasil

Definição: Inflamação de uma ou de todas as porções do trato Dermatites: Ocorre devido a agentes químicos ou mecânicos
uveal que é formado pela íris, corpo ciliar e coróide. Ela é irritantes, queimaduras (sol) ou processos alérgicos. Há edema,
caracterizada como anterior quando acomete a íris e o corpo hiperemia, prurido, lacrimejamento, desconforto e sensação de
ciliar e posterior quando acomete a coróide. A uveíte posterior corpo estranho.
quase sempre atinge a retina, causando as corioretinites.
Ptose: Pode ter várias causas. É importante destacar a congênita
pois bloqueia a visão podendo causar ambliopia em crianças.
secretor e pela função de barreira do epitélio ciliar. Entrando na
Hordeolo: Entupimento das glândulas gordurosas, levando a câmara posterior, o aquoso passa através da pupila para a
dor, calor, rubor e tumor. O calázio é a glândula fibrosada, câmara anterior e, então, para a malha trabecular no ângulo da
sendo seu tratamento cirúrgico. câmara anterior. Durante esse período, existem trocas
diferenciais dos componentes do sangue na íris.
Blefarites: Infeção e inflamação das pálpebras. Geralmente há Saída do Fluxo do Aquoso : A malha trabecular é
dermatite seborrêica. São a causa mais comum de infeção composta por feixes de tecido elástico e colágeno, coberto por
ocular crônica em pacientes idosos. Em muitos caos, cursa com células que formam um filtro com poros de tamanho pequeno,
hordeolo. quando aproximam-se do canal de Schlemm. A contração do
músculo ciliar através de sua inserção na malha trabecular
Ectrópio: Eversão da pálpebra. aumenta o tamanho do poro, e portanto, a proporção de
drenagem do aquoso. A passagem do aquoso pelo canal de
Entrópio: Inversão da pálpebra. Os cílios virados para dentro Schlemm depende da formação cíclica dos canais transcelulares
levam a irritação ocular e lacrimejamento constante. na linha endotelial. Os canais eferentes do canal de Schlemm
conduzem o fluido ao sistema venoso. Uma quantia pequena do
Triquíase: Cílio anômalo (virado para dentro). aquoso deixa o olho entre os feixes do músculo ciliar e através
da esclera (fluxo uveoescleral).
Obstruções: Geralmente do canal lacrimal em crianças.
CLASSIFICAÇÃO
Episclerite: Pode ser idiopática ou cursar com tuberculose, O glaucoma pode ser classificado em primário, quando
sífilis, herpes zoster ou colagenoses. Pode ser assintomática ou não há mecanismo conhecido, ou secundário, quando um
levar a dor e hiperemia moderadas. aumento na pressão intra-ocular ocorre secundariamente a outra
doença ocular ( uveíte, trauma, tumor intra-ocular, sinéquias,
Esclerite: Ligada às colagenoses. Pode levar a escleromalácia, etc...). O glaucoma secundário usualmente é de origem recente,
sendo a causa mais comum hipovitaminose A. Leva a dor, e a escavação glaucomatosa e a perda do campo visual não
fotofobia, edema, hiperemia e diminuição da visão. necessitam estar presentes para se fazer o diagnóstico.
Os glaucomas primários podem ser divididos em três
Conjuntivites: Podem ser bacterianas, virais, traumáticas ou categorias principais:
alérgicas. Causam hiperemia, edema, queimação, sensação de
corpo estranho, lacrimejamento, fotofobia e diminuição da • Ângulo Aberto (mais comum)
visão. • Ângulo Fechado
• Congênito
Ceratites: Pode ter as mesmas causas da conjuntivite.
AVALIAÇÃO CLÍNICA
Síndrome do olho seco: É a causa mais freqüente de irritação Qualquer que seja o tipo de glaucoma ou sua etiologia,
ocular em pacientes idosos, especialmente em mulheres. quatro determinantes básicos precisam ser avaliados a fim de se
Associadas às doenças reumáticas e ao stress, podendo ser estabelecer a extensão da doença e a quantidade de lesão do
idiopática. É causada pela deficiência de um ou mais fatores do olho. São eles:
filme lacrimal. Pressão Intra-Ocular (PIO) : A PIO é medida através
da tonometria. O instrumento mais comumente usado é o
tonômetro de aplanação, que é ligado à lâmpada de fenda e
mede a força requerida para aplanar a área fixada da córnea. A
faixa de pressão intra-ocular normal é de 10 - 24 mmHg. Uma
única leitura normal não exclui o glaucoma.
# GLAUCOMA # Ângulo da Câmara Anterior (Gonioscopia) : O ângulo
Bruno Machado Fontes da câmara anterior é formado pela junção da periferia da córnea
e da íris, entre as quais encontra-se a malha trabecular. A
Definição : Neuropatia óptica multifatorial caracterizada pela configuração deste ângulo tem uma relação importante na saída
perda progressiva do campo visual e aumento da escavação do do fluxo do aquoso. O gonioscópio permite uma visualização
disco óptico. O principal fator de risco é o aumento da Pressão direta das estruturas do ângulo. Os fatores determinantes da
Intra Ocular (PIO), geralmente acima de 21 mm Hg. O maior configuração do ângulo da câmara anterior são os tamanhos de
mecanismo da perda visual no glaucoma é a atrofia celular córnea - olhos míopes, grandes, têm ângulos amplos, e olhos
ganglionar difusa, que conduz à escassez das camadas fibrosas pequenos e hipermétropes, estreitos. O alargamento do
nervosas e nuclear interna da retina e perda dos axônios do cristalino com o passar da idade tende a estreitar o ângulo.
nervo óptico. Na maioria das vezes não existe doença ocular Campo Visual : O exame regular do campo visual é
associada (glaucoma primário). essencial para o diagnóstico e seguimento do glaucoma. A perda
do campo visual glaucomatoso não é específica, porém o tipo de
FISIOLOGIA DO HUMOR AQUOSO perda do campo, a natureza de sua progressão e a correlação
A PIO é determinada pela taxa de produção do aquoso com as alterações do disco óptico são característicos da doença.
e pela resistência da saída do fluxo do aquoso no olho. A perda do campo glaucomatoso envolve principalmente os 30
Composição do Aquoso : O aquoso é um líquido claro graus centrais do campo. A perda do campo visual periférico
que preenche as câmaras anterior e posterior do olho. A pressão começa na periferia nasal. A acuidade visual central não é um
osmótica é ligeiramente maior do que no plasma, também tendo índice confiável do progresso da doença. No estágio final da
composição similar. doença, pode haver uma acuidade normal, porém, apenas 5
Formação e Fluxo do Aquoso : O aquoso é produzido graus do campo visual em cada olho. No glaucoma avançado, o
pelo corpo ciliar. Uma ultrafiltração do plasma produzido no paciente pode Ter uma acuidade visual de 20/20 e ser
estroma dos processos ciliares é modificado pelo processo
considerado cego. Várias maneiras de testar o campo visual do
glaucoma incluem tela tangente, perímetro de Goldmann, • Agudo
análise do campo de Friedmann e perímetro automático. • Subagudo
Avaliação do Disco Óptico : O disco óptico normal tem • Crônico
uma depressão central - a escavação fisiológica - cujo tamanho
depende do volume das fibras que formam o nervo óptico e GLAUCOMA AGUDO
relativo ao tamanho da abertura escleral, através da qual elas Ocorre quando a íris causa oclusão do ângulo da
podem passar. A atrofia óptica glaucomatosa produz alterações câmara anterior, impedindo o escoamento do aquoso. O ataque
específicas dos discos, caracterizada principalmente pela perda agudo geralmente ocorre em pacientes mais idosos quando há
de substâncias do disco - detectável como alargamento da alargamento do cristalino associado à idade.. Caracteriza-se
escavação do disco óptico - associada à palidez do disco na área pelo aparecimento repentino de um grave embaçamento,
da escavação. A avaliação clínica do disco óptico pode ser seguido por dor torturante, halos náusea e vômitos. Outros
realizada pela oftalmoscopia direta ou pelo exame com lentes achados incluem aumento marcante da PIO, uma câmara
de 70 dioptrias, as lentes Hruby, ou lentes de contato corneanas anterior superficial, córnea embaçada, pupila meio dilatada,
especiais que proporcionam uma visão tridimensional. com bloqueio pupilar associado e injeção ciliar. O glaucoma
agudo de ângulo fechado é uma emergência oftálmica, e o
GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO ABERTO tratamento é direcionado inicialmente para reduzir a PIO.
O glaucoma primário de ângulo aberto é a variedade GLAUCOMA CONGÊNITO (BUFTALMIA)
mais comum de glaucoma primário. Ocorre em O glaucoma congênito desenvolve-se como resultado
aproximadamente 0,5% da população adulta, e a prevalência do desenvolvimento defeituoso do sistema do fluxo de saída do
aumenta dramaticamente no grupo etário acima de 70 anos. olho. A buftalmia idiopática é mais comum em meninos, outros
Tipicamente, é de início insidioso e a acuidade visual central casos podendo fazer parte de uma síndrome sistêmica
não é perdida até os estádios tardios da doença. A apresentação envolvendo tecidos da crista neural como a neurofibromatose
típica ocorre quando ambos os olhos tornam-se afetados, ou por ou a síndrome de Sturge - Weber.
uma coincidência, quando o paciente acidentalmente cobre o É uma tragédia que se repete, que o glaucoma do
olho "bom" e descobre a perda visual grave no olho afetado. recém-nascido facilmente passe despercebido e o diagnóstico
Alternativamente, o encaminhamento segue-se à triagem do seja retardado. Na condição estabelecida há megalocórnea
paciente assintomático. Há evidências de que o tratamento nos associada com fotofobia intensa e epífora (lacrimejamento)
estádios mais iniciais acarreta um melhor prognóstico. com um olho relativamente branco. Se o diagnóstico for
Constituem grupo de alto risco, pacientes com história familiar suspeitado, deve ser feito exame sob anestesia e medida a PIO
positiva, os hipertensos oculares, especialmente aqueles com como parte de uma avaliação ocular completa enquanto a
uma relação grande escavação : papila, e os idosos, bem como criança é anestesiado com um agente que não abaixe a PIO, tal
aqueles com miopia alta, diabetes e oclusão da veia central da como a quetamina.
retina. Nos casos sem tratamento, a cegueira ocorre
A principal característica patológica é um processo precocemente. O olho sofre um estiramento marcante, podendo
degenerativo da malha trabecular, incluindo o depósito de ocorrer, ainda, ruptura sob o menor trauma.
material extracelular dentro da malha e sob a linha do canal de
Schlemm. A conseqüência é uma redução da drenagem do GLAUCOMA SECUNDÁRIO
aquoso que conduz a um aumento da pressão intra-ocular. Esse O aumento da PIO resultante da manifestação de
aumento precede de alterações no disco óptico e no campo algum outro problema no olho é denominado como glaucoma
visual durante anos. O mecanismo dos danos neurais e sua secundário. Essas doenças não são classificadas
relação ao nível da PIO é muito polêmico. Os níveis altos da satisfatoriamente. O tratamento envolve o controle da PIO por
PIO estão associados à presença da ampla perda do campo métodos clínicos e cirúrgico, mas, se possível tratar a doença
visual. Uma vez que a PIO seja o único risco tratável, subjacente. Entre outros, temos :
permanece o foco da terapia.
O diagnóstico é estabelecido quando as alterações
• Glaucoma Pigmentar
glaucomatosas do campo e do disco óptico são associadas à PIO
elevada, uma aparência normal do ângulo da câmara anterior e • Síndrome de Esfoliação
nenhuma outra razão para a elevação da PIO. O maior problema • Glaucoma Secundário às Alterações do Cristalino
na detecção do glaucoma é a ausência de sintomas até (deslocamento, intumescência, rotura)
relativamente o fim da doença. Quando os pacientes notam a • Glaucoma Secundário Devido a Mudanças do Trato Uveal
primeira perda do campo, uma escavação glaucomatosa (uveíte, tumor)
substancial já ocorreu. • Síndrome Iridocorneoendotelial
• Glaucoma Secundário ao Trauma
GLAUCOMA PRIMÁRIO DE ÂNGULO FECHADO • Glaucoma Seguido de Cirurgia Ocular (bloqueio ciliar,
Em circunstâncias normais o aquoso ganha livre acesso sinéquia anterior)
à malha trabecular ao deixar o olho, e se diz que o ângulo da • Glaucoma Neovascular
câmara anterior está "aberto". Se a íris periférica entrar em
• Glaucoma Secundário à Pressão Venosa Episcleral
contato com a malha trabecular, essa parte do ângulo é dita
Aumentada
"fechada". O fechamento do ângulo ocorre com o contato
iridotrabecular, que é reversível, e com aderências • Glaucoma Induzido por Esteróides
iridotrabeculares, que não o são. Se a íris permanecer em
contato com a malha durante tempo demasiado, então ocorrerá TRATAMENTO
aderência. Isto é mais provável se houver inflamação
concomitante. SUPRESSÃO DA PRODUÇÃO DO AQUOSO
Os glaucomas primários de ângulo fechado podem ser
classificados em : • Agentes tópicos de bloqueio β-Adrenérgico
• Agentes tópicos agonistas α 2- Adrenérgicos a) Pus no Vítreo b) Hemorragia na Câmara Anterior c) Pus na
• Inibidores da Anidrase Carbônica Câmara Posterior
d) Hemorragia do Vítreo e)
FACILITAÇÃO DA SAÍDA DO FLUXO DO AQUOSO Pus na Câmara Anterior

• Agentes Parassimpaticomiméticos (Pilocarpina , 7  (SUSEME - 1975) Paciente míope chega gritando de


Carbacol) dores no olho direito, com vômitos e cefaléia, pupila em
• Epinefrina , Dipivefrina midríase e olho vermelho. Estamos diante de :
a) irite b) estrabismo
c) glaucoma agudo
REDUÇÃO DO VOLUME DO VÍTREO
d) síndrome de Marfan e) aumento da miopia
• Agentes Hiperosmóticos (Glicerina , Uréia ,
8  (SUSEME - 1975) Atingida por estilhaço de vidro, a
Manitol , Isosorbide)
córnea de um olho foi seccionada parcialmente e no local do
atendimento não existe oftalmologista. A conduta imediata,
MIÓTICOS , MIDRIÁTICOS & CICLOPLÉGICOS
enquanto se encaminha o paciente, deve ser :
a) analgésicos gerais b) anestésicos
TRATAMENTO CIRÚRGICO & LASER
locais c) oclusão ocular
d) pomada ocular e) diamox
• Iridectomia e Iridotomia Periférica
• Trabeculoplastia a Laser 9  (Residência Médica - UFF - 1997) A Mancha Cega
• Cirurgia Filtrante do Glaucoma Ocorre :
• Procedimentos Ciclodestrutivos a) Devido a ausência de células ganglionares da retina na papila
b) Devido a uma lesão
# QUESTÕES SELECIONADAS DE CONCURSOS MÉDICOS # retineana
Bruno Machado Fontes c) Devido a atrofia da papila
d) Devido a ausência de fotorreceptores na mácula
1  (SUSEME - 1967) Os primeiros socorros nos casos de e) Devido a ausência de fotorreceptores na papila
conjuntivite cáustica devem ser :
a) lavagem ocular com soro b) curativo 10  (SUSEME - 1975) Acidente atinge um olho com cal
c) monóculo provocando queimaduras. Primeira atitude :
d) antibióticos e) corticosteróides a) administração de antibióticos b) administração de
analgésicos
2  (SUSEME - 1974) Um traumatismo ocular produziu c) ocluir o olho d) lavar o olho
rotura da córnea sem ocasionar lesão palpebral. A conduta abundantemente
correta será : e) administrar pomada oftálmica
a) punção da córnea b) ceratorrafia
c) facectomia 11  (SUSEME - 1986) Uma paciente de 34 anos dá entrada
d) blefarorrafia e) expectante no pronto-socorro em coma, com pressão arterial de 280/160
mmHg. Logo após, apresenta crise convulsiva e é submetida à
exame oftalmológico. A alteração mais provável encontrada
3  (SUSEME - 1974) Um motorista foi vítima de acidente nesse exame é :
automobilístico, do qual resultou a penetração intra-ocular de a) coriorretinite b) edema de papila
corpo estranho neutro (fragmento de vidro). Após cuidados c) esmagamento venoso d) estreitamento arteriolar
iniciais locais, a conduta indicada deverá ser :
a) retirada do corpo estranho b) enucleação 12  (SUSEME - 1987) Num paciente apresentando acidente
c) evisceração ocular por agente químico com lesão corneana infectada,
d) blefarorrafia e) expectante contra-indica-se a seguinte conduta :
a) lavagem abundante b) curativo oclusivo
4  (SUSEME - 1974) Um menino apresentou oftalmorréia c) uso de pomadas cicatrizantes d) aplicação de colírio de
abundante, fotofobia, hiperemia conjuntival e pálpebras metilcelulose
grudadas pela manhã. Este quadro clínico é reconhecido como :
a) conjuntivite catarral aguda b) ceratite
c) conjuntivite simples 13  (SUSEME - 1989) Uma encefalopatia hipertensiva
d) toxoplasmose e) glaucoma agudo caracteriza-se pela presença de :
a) cefaléia b) hemiplegia
5  (SUSEME - 1974) Paciente queixa-se de intensa cefaléia, c) papiledema d) dor no peito
vômitos e mal-estar. O exame físico mostra lacrimejamento,
midríase e hiperemia conjuntival. Trata-se de um caso de : 14  (Residência Médica - UFRJ - 1994) A etiologia mais
a) foria b) hemicrania freqüente das uveítes posteriores em nosso meio é :
c) glaucoma agudo a) Tuberculose b) Sífilis
d) ametropia e) catarata c) Histoplasmose d) Toxoplasmose

15  (Residência Médica - UFF - 1992) Os raios Ultravioleta


agridem :
6  (Residência Médica - UFF - 1997) Hifema é :
a) Epitélio Corneano b) Vítreo
c) Mácula  Dantas A M . Olhos ; IN : Porto C C . Semiologia
d) Cápsula Anterior do Cristalino e) Epitélio do Cristalino Médica . 3° Edição . Guanabara Koogan S. A. . 1997 .

MÚSCULO AÇÃO AÇÃO SECUNDÁRIA INERVAÇÃO


PRIMÁRIA
Reto Lateral Abdução --- Abducente
(VI)
16  (Concurso Público - Especialidade : Clínica Médica - Reto Medial Adução --- Oculomotor
Emergência da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de (III)
Janeiro - 1990) No laudo descritivo da fundoscopia de um Reto Elevação Adução ; Intorsão Oculomotor
hipertenso de difícil controle, havia relato de aumento do Superior (III)
reflexo dorsal dos vasos, artérias em fio de prata, cruzamentos Reto Inferior Depressão Adução ; Extorsão Oculomotor
patológicos, tortuosidade vascular, exsudatos algodonosos, (III)
hemorragias focais e edema de papila. Segundo a classificação Oblíquo Intorsão Depressão ; Troclear
de Keith-Wagener-Barker, tais achados correspondem à Superior Abdução (IV)
retinopatia do seguinte grau: Oblíquo Extorsão Elevação ; Oculomotor
a) I b) II c) III Inferior Abdução (III)
d) IV e) V

17  (Residência Médica - UFF - 1992) Não ocorre na


Retinopatia Diabética :
a) Microaneurisma b) Exsudato Duro
c) Hemorragia
d) Turgescência Venosa e) Pulsação da Artéria
Central da Retina

18  (Residência Médica - UFF - 1993) A Catarata é a


Opacificação de :
a) Córnea b) Retina c) Vítreo
d) Esclera e) NRA

19  (Residência Médica - UFF - 1993) No Fundo de Olho


consideramos :
a) Papila e Esclera b) Papila, Pupila e Vasos c)
Papila, Vasos e Coriorretina
d) Pupila, Cristalino e Retina e) Retina, Pupila e Vasos

20  (Residência Médica - UFMG - 1994) Qual dos achados


fundoscópicos abaixo não são próprios da Retinopatia
Hipertensiva :
a) Cruzamentos Patológicos b) Hemorragias c)
Exsudatos Algodonosos
d) Placas Ateroescleróticas e) Microaneurismas

Gabarito  1) A 2) B 3) E 4) A 5) C 6)
B 7) C 8) C 9) E
10) D 11) B 12) B 13) C 14) D 15) C
16) D 17) E 18) E
19) C 20) C
# BIBLIOGRAFIA #

 Vaughan D G , Asbury T , Riordan-Eva P .


Oftalmologia Geral . 4° Edição . Appleton & Lange .
1998 .

 Spalton D J , Hitchings R A , Hunter P A . Atlas


Colorido de CLÍNICA OFTALMOLÓGICA . 2° Edição
. Mosby-Year Book Europe Ltd . 1993 .

 Dantas A M . Clínica Oftalmológica . 1° Edição .


Guanabara Koogan S. A. . 1980 .

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