Visa Oda China 07
Visa Oda China 07
Visa Oda China 07
3
Palavra do Presidente
Em 1986, ano de criao desta cmara, poucos
brasileiros se interessavam pela China. Alguns desses
poucos com viso, como o saudoso jornalista Rober-
to Marinho, Roberto Cauiby Vidigal, Marcio Abdenur,
o ento Senador Fernando Henrique Cardoso, Jayme
Martins e outros acreditaram no potencial da parceria
sino-brasileira e fundaram a Cmara de Comrcio e In-
dstria Brasil China (CCIBC).
Em dezembro de 2006 completamos 20 anos de
trabalho voltado para o estreitamento das relaes e
fortalecimento da amizade dessas duas grandes naes.
Hoje a parceria estratgica entre China e Brasil se en-
contra em seu patamar mais signifcativo, com novas
cooperaes e crescimento vultoso do intercmbio
comercial. Nesse cenrio, a CCIBC tem contribudo
intensamente para realizaes a favor da amizade, do
comrcio e do estmulo de investimentos recprocos
entre o Gigante da Amrica do Sul e o Gigante da sia.
Agora que a parceria estratgica e comercial dos
dois gigantes j atingiu mais de US$ 16 bilhes, rece-
bemos um novo embaixador chins, porm um velho
amigo do Brasil alm de profundo conhecedor do pas,
o Exmo. Sr. Chen Duqing, para levar esta parceria rumo
aos US$ 35 bilhes estimados para 2010. Em 1974 quan-
do Brasil reatou relaes com a China este senhor j
estava neste pas. Mesmo em Beijing no seu Ministrio
de Relaes Exteriores da China sempre se dedicou ao
Brasil como diretor do departamento do Brasil e por-
tanto fala portugus como qualquer cidado brasileiro.
E foi este Exmo. Sr. Chen que na minha viagem a
Beijing em 1986 me convidou e acompanhou na reu-
nio, que acompanhou, com o ento Ministro de Rela-
es Estrangeiras da China e Vice primeiro Ministro de
onde nasceu a sugesto da criao da nossa Cmara.
Refetindo sobre as conquistas realizadas, temos
grande orgulho em compartilhar dessa parceria, tendo
ajudado na realizao desse potencial. Olhamos adian-
te para as oportunidades a desenvolver e os desafos que
venceremos, como nas ltimas duas dcadas. Agradece-
mos a todos que sempre com sua colaborao e esforos
realmente formam a CCIBC: nossa equipe, parceiros e
nossos associados.
Saudaes,
Charles A. Tang
1986
Roberto
Marinho, Roberto Cauiby Vidigal, Marcio Abdenur,
Fernando Hen-
rique CardosoJayme Martins
(CCIBC)
200620
160
2010
3501974
1986
20
D
i
v
u
l
g
a
o
ExpEDiEntE
presidente
Charles tang
Editor
Kevin tang
Jornalista Responsvel
Jayme martins
(21 119/87/49V/Sp)
Coordenao de Redao
Ana Carolina rodrigues
Assistente de Redao
talita marcon
Verso em Chins
Joana Zhu
projeto Grfco e Edio Eletrnica
Carlos Weyne
(2522-0367 / 8173-0865)
Fotolitos e impresso
rona editora
Circulao Dirigida
no Brasil e na China
tiragem
7 mil exemplares
AnunCie nA
CCiBC
Cmara de Comrcio
e indstria Brasil-China
ligue
55.21.2532-5877
55.21.2240-8648
NDICE
CCIBC .
Novo Escritrio da CCIBC em Shanghai
20 anos CCIBC
20
Brasil .
Frentes Parlamentares Brasil-China
China .
A Constituio da Repblica Popular da China
Entrevista .
Chen Duqing. A Complementariedade entre os dois
pases
Negcios .
Fecomercio PE leva a maior misso nordestina j
organizada para desbravar a China
Notas .
Curiosidades e Breves Informaes
Opinio .
Uma Anlise do Comrcio Bilateral Brasil RPC
9
5
6
13
14
18
22
26
30
33
35
37
b bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Visando intensifcar suas relaes comerciais
na China, melhorar ainda mais os seus trabalhos
e agregar mais valor para os seus associados, foi
inaugurado no dia 06 de Junho de 2007 o novo es-
critrio da Cmara de Comrcio e Indstria Brasil
China (CCIBC) em Shanghai no distrito de Pu-
dong, corao fnanceiro e industrial da China.
Alm de dar um maior suporte aos escritrios
da CCIBC no Brasil, o novo escritorio de Shan-
ghai, serve como um ponto de apoio ao empre-
sariado brasileiro que visita a China e oferece aos
seus membros a oportunidade de usufruir de uma
base equipada para trabalhar com todo apoio de
um business center, sala de reunies e uma equipe
qulifcada que fala portugues-chins para ajudar a
realizar seus negcios.
A cerimnia de inaugurao do novo escrit-
rio reuniu cerca de 100 empresrios, coincidindo
com a visita da Fecomrcio-PE e tendo a grande
honra de contar com a ilustre presena de per-
sonalidades como o Senador Jarbas Vasconce-
los, do Presidente da Fecomercio-PE, Sr. Josias
Albuquerque e dos deputados Sr. Augusto de
Carvalho, Sr. Clodoaldo Lyra, Sr. Ciro Coelho, Sr.
Edson Vieira, Sr. Henrique Costa e Sr. Jos Quei-
roz bem como diversas autoridades e grandes em-
preendedores que formam a essncia da parceria
estratgica.
O endereo n
o
58 Xiang Cheng Road, sala
24C, Pudong, Shanghai 200122, China. A CCIBC
conta com sua visita e se coloca disposio para
atender seus parceiros com sua estrutura e para au-
xiliar nas suas necessidades na China.
CCIBC20076
CCIBC
100
Fecomrcio-pE
Jarbas Vasconcelos
Fecomrcio-PEJosias Albuquerque
Augusto de Carvalho
Clodoaldo LyraCiro Coelho
Edson Vieira Henrique Costa Jos
Queiroz
5824C
200122CCIBC
CCIBC
b bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
A tradicional parceria da Cmara de Comrcio e
Indstria Brasil-China, com a Embaixada da Repblica
Popular da China, que homenageia todos os anos a em-
presa brasileira e a chinesa que se destacaram na contri-
buio para o relacionamento de amizade, de parceria
estratgica e comercial entre o gigante da sia e o da
Amrica do Sul, foi realizada na sede da ABIMAQ, no
dia 7 de dezembro passado, com um pblico que lotou
o auditrio dessa importante entidade. Empresas como
a CVRD, EMBRAER, EMBRACO, SOUZA CRUZ,
VOLKSWAGEN, USIMINAS e do lado chins, a Sha-
anxi Countertrade, GREE, COSCO, HUAWEI, ZTE j
receberam esta homenagem anteriormente.
A cerimnia teve um signifcado especial, pois
tambm foi homenageado o Excelentssimo Embaixa-
dor da Repblica Popular da China, Senhor Chen Du-
qing, por sua marcante atuao no fomento das relaes
diplomticas, comercias e culturas entre os dois pases
e a ABIMAQ, na pessoa de seu ento Presidente, Sr.
Newton de Mello, por ter acreditado na parceria com
a China, e numa atitude de viso, modernidade e cora-
gem que transforma desafos em oportunidades, abriu
sua representao em Beijing em 2006.
O diretor geral da Votorantim Industrial, Sr. Raul
Calfat, recebeu a homenagem Votorantim das mos do
Sr. Newton de Mello, Presidente da ABIMAQ e conse-
lheiro desta Cmara. A homenagem a AOC, foi entregue
ao seu Presidente, Sr. Alec Chan, pelas mos do Cnsul
Comercial da China em So Paulo, Sr. Lu Yuzhong.
O Exmo. Sr. Embaixador da China fez as honras de
entregar a homenagem ABIMAQ a seu Presidente,
Sr. Newton de Mello, e fnalmente, Sr. Charles Tang,
presidente da CCIBC, teve a grata satisfao de home-
nagear o Embaixador Chen Duqing.
ABI-
MAQ
CVRD(Em-
braer)EMBRACO)
.SOUZA CRUZ
USIMINAS
2006
(Votorantim Industrial)
.(Raul Calfat)
..
(AOC)
Alec Chan
..
Charles Tang
20 anos CCIBC
20
/ bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
CCIBC D
i
v
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g
a
1986
20
20
12
1988
CCPIT
AEB
ABECECNI
CNC
CACB
Mesa da cerimnia composta por: (esq p/ direita) Raul Calfat (diretor geral da Votorantim industrial), Embaixador Lima e Silva (ex cnsul
do Brasil em Shanghai) , Chen Duqing (Emb. da China no Brasil), Charles tang (pres. CCiBC), newton de Mello (pres. ABiMAQ), Lu Yuzhong
(consul comercial da China em Sp), Alec Chan (pres. AOC).
Raul Calfat (Votorantim Industrial)Lima e Silve
Charles Tang ()Newton de Mello (ABIMAQ) Alec Chan
(AOC)
newton de Mello recebendo a homenagem das mos do Em-
baixador Chen Duqing.
Newton de Mello
Embaixador Lima e Silva (ex cnsul do Brasil em Shanghai) e
sua esposa Sra. Somsy Lima e Silva recebendo a premiao
das mos de Annette taeuber ( diretora de vendas e marketing
da Lufthansa) com o Embaixador Chen Duqing.
Lima e SilveSamsy Lima e
SilvaAnnette Taeuber ()
2005622
Samuel Malafaia
Dirceu Cardoso
2007424
Guerino ZanonTeodori-
co FerraoLuciano PereiraLuiza To-
ledo
Kevin Tang, Carlos EirasMarianne Denk
Felipe DaleJaques Marques Pereira
Joo Coser
Paulo Hartung
2007814
Mohamed Ali
HamzeAlexandre Curi
Mamede
Jos Carlos Bom de Oliveira
Roberto RequioLuis
Carlos Romanelli
Charles Tang
bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Compuseram a mesa da cerimnia a Cnsul Geral
da China em So Paulo, Sra. Li Jiaoyun, o Presidente da
CCIBC, Charles Tang, o diretor executivo da CCIBC-PR
Jos Carlos Bom, os Deputados Luiz Cludio Romanelli
e Bete Pavin, o diretor dos Portos de Paranagu e Antoni-
na, Rui Alberto Zibetti, e pela FIEP, Vinicius Gasparetto.
Como no Esprito Santo, aps a solenidade o Gover-
nador do Paran, Roberto Requio, recebeu a comitiva
do Consulado, da Assemblia e da CCIBC no Palcio
das Araucrias, sede do governo. A visita de cortesia
seguida de almoo serviu para discutir o fortalecimento
das relaes comerciais e culturais dos chineses com o
Paran e reiterando o total apoio do governador para
uma maior aproximao entre seu estado e a China,
O Governador Requio reiterou ainda o interesse
em ampliar as relaes com a China, j que ele v como
uma parceria importantssima para seu estado. Estavam
presentes neste encontro o secretrio do Planejamen-
to e Oramento, Enio Verri, e o deputado estadual e
lder do governo na Assemblia Legislativa, Luiz Carlos
Romanelli.
Por fm, a mais recente Frente Parlamentar a ser
instalada foi a do estado do Mato Grosso. Este grande
parceiro comercial com presea signifcativa nos pro-
dutos comercializados com a China, incluindo soja,
madeira, algodo, carne, couro, mquinas, fertilizantes
e diversos outros, sem dvida um estado com uma
imensa capacidade de parcerias e nada mais natural
que o deputado Humberdo Bosaipo, tomasse a inicia-
tiva com o apoio da CCIBC, de instalar a quarta Frente
Parlamentar Brasil-China no Mato Grosso, assumindo
sua presidncia.
Jos Carlos
BomLuiz Cludio Romanelli
Bete Pavin
Rui Alberto ZibettiVinicius Gasparetto
Roberto Requio
Requio
Enio
VerriLuiz Car-
los Romanelli
Humberdo Bosaipo
Guerino Zanon
Luzia Toledo
,Sandra Stehling
Carlos Eiras
Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
O lanamento ofcial se deu em 22 de agosto de
2007 durante cerimnia na Assembleia Legislativa.
Comandada pelo Presidente da Assemblia deputado
Srgio Ricardo, e com a posse do deputado Bosaipo
liderando a Frente. O evento contou com a presena
do senhores Pan Mingtao Ministro Conselheiro da em-
baixada da China, Charles Tang, Ilson Sanches e Felipe
Dale pela CCIBC, secretrios de estado e cobertura da
mdia local.
Foi estabelecido tambm que as reunies da Frente
Parlamentar Brasil-China do Mato Grosso tero carter
pblico, podendo ser assistidas por qualquer cidado,
aumentando ainda mais a transparncia e informao
ao cidado mato-grossense.
O ano de 2007 marca portanto, um grande avan-
o no projeto de dinamizao das interaes politicas
e econmicas por intermdio das Frentes Brasil-Chi-
na. Esses esforos simbolizam o crescente interesse e
necessidade de poder dedicar mais espao na agenda
legislativa para um tema to importante para os estados
como suas respectivas parcerias com a China. Relao
que representa cada vez mais novos empregos e inves-
timentos que contribuem para o crescimento da econo-
mia local e do pas.
A Cmara de Comrcio e Indstria Brasil-China
enxerga como uma das principais fnalidades o do es-
treitamento dos laos e uma excelente oportunidade
para que representantes brasileiros discutam idias e
projetos que possam fomentar e enriquecer as relaes
sino-brasileiras.
O sucesso de tais iniciativas, j pode ser visto com
resultados prticos em ao menos um aspecto: isso fez
com que diversas outras Assemblias j confrmassem
suas inauguraes e as programassem para os prximos
meses. Estados importantssimos no comrcio bi-lateral
como Par, Rio Grande de Sul e Cear em breve estaro
se juntando a essa lista em busca do aprofundamento,
valorizao e expanso das parcerias com a China.
Srgio Ri-
cardoBosaipo
Ilson SanchesFelipe
Dale
2007
1982124
512
345
235
45
A Constituio da
Repblica Popular da China
23
65%
1979
China
Acredite se quiser:
falta de gente na China
1.8
1.6
1.92.3
201060
80
71
68
1-2-4
103107100
1980108100
1171002005
100103
20202045
China Daily
b
Os pequenos imperadores.
--
1979
19661976
A era Deng, passo a passo,
rumo ao reino da harmonia
()
China
9 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
direo chinesa deu outro passo adiante, retifcando
a teoria da revoluo permanente sob a ditadura do
proletariado, que foi a diretriz bsica da revoluo
cultural (1966-1976). Passou a prevalecer, ento, a
orientao no sentido de resolver essas contradies,
de acordo com o mtodo defnido, de havia muito, pelo
Partido sobre os dois tipos de contradies sociais as
antagnicas e as no-antagnicas , assegurando-se, as-
sim, uma situao de estabilidade, unidade e harmonia,
indispensvel ao processo de modernizao do Pas.
Funo do MerCAdo
A economia planifcada supercentralizada (opera-
da exclusivamente por diretrizes administrativas) foi,
ento, descartada, passando o mercado a desempenhar
papel cada vez maior na vida econmica. O ponto de
partida para a manifestao pblica desta compreenso
pela direo chinesa data de 1978, quando a direo
chinesa decidiu que a economia planifcada fosse to-
mada como a principal, tendo como auxiliar a funo
reguladora do mercado. J era um salto adiante em re-
lao ao velho sistema imperante, que admitia apenas
a economia planifcada centralizada. Esta deciso data
da 3 Sesso Plenria do XI Comit Central do PCCh,
realizada em Dezembro de 1978.
Esta e outras decises tratavam de eliminar, no es-
sencial, os perniciosos pontos de vista esquerdistas,
os quais, na realidade, consistiam em fazer a revoluo
apenas pela revoluo, passando por alto a importncia
do desenvolvimento das foras produtivas e provocan-
do nestas, assim como na superestrutura, desastrosas
alteraes.
Em Novembro de 1979, ao receber Massayoshi
Ohira, ento primeiro-ministro do Japo, Deng Xiao-
ping referia-se, pela primeira vez, economia de mer-
cado como uma conquista da civilizao humana e
que ela j forescia dentro mesmo da sociedade feudal.
Logo depois, apareciam na imprensa chinesa decla-
raes suas, no sentido de que, como mecanismo de ges-
to, como conjunto de meios e mtodos de distribuio
dos recursos naturais, a economia de mercado fruto do
desenvolvimento econmico do mundo moderno.
Em 1984, a economia chinesa seria ofcialmente
caracterizada como economia mercantil planifcada,
distanciando-se ainda mais da concepo que contra-
punha a economia mercantil economia planifcada.
1978
197812
197911
1984
1992
199310
1949
(1981)1977
(
)100%
GDP60%
Z
ZZ bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Entrevista
90
2004
32
70 80
Embraer
Z3
bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/ Z4
32
4
Zona
Franca de Manaus
GIP
IPEA
6%
GDP
Etano
Eta-
nol
2007
Fecomercio-PE
,
(Sebrae-PE),CCIBC
400
150250
Augusto de Castro
Neves
Eduardo Campos
Dever CumpriDo!
Negcios
300
(CCIBC)
(Sebrae-
PE)Margarida Collier
CCIBC
FIEP
Fecomercio-PE
Fecomercio-PEJosias Albuquerque
Z/
Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
530
CIESCO
CIESCO
CCIBC
SindacarRenato Cunha
23915%
CunhaRoberto Leite
RibeiroHlio Moreira Filho
Grfca Flamar
Suape
Telefones
21 2221-8076 / 2221-8445
VJ VENANCIO
ASSESSORIA COMERCIAL E JURIDICA LTDA.
E-mai l : vj venanci [email protected]
H mais de 30 anos no mercado, fornecendo assessoramento as mais
conceituadas empresas na atividade de legalizao de estrangeiros em geral.
a viabilidade do negcio e se tornarem parceiros
dos chineses na empreitada.
A delegao, liderada pelo Governador Eduar-
do Campos, foi composta de diversos empresrios,
do secretrio de Desenvolvimento Econmico de
Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, do presi-
dente da Fecomercio PE, Prof. Josias Albuquerque
dos Senadores Jarbas Vasconcelos e Ney Maranho,
do Deputado Fernando Bezerra Coelho Filho, do
Vice-Prefeito de Recife, Luciano Siqueira, de seis
deputados estaduais de Pernambuco, alm do di-
retor geral do SENAC Nacional Sr. Sidney Cunha,
Sr. Matheus Antunes, coordenador da misso em
PE, Sr. Murilo Guerra, Sra. Ceclia Figueiredo, Sr.
Gilson Monteiro, Sra. Margariga Collier, Sr. Srgio
Kano e Sr. Tecon Suape.
3 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Questes de Propriedade Intelectual na China
eu j registrei minha marca e
portanto estou coberto
A China signatria para todos os protocolos in-
ternacionais que a comunidade internacional moldou
referente ao registro e proteo do PI internacional.
Sendo assim, A China segue o mesmo sistema do posto
para a maioria das naes que a seguem.
registro da sua marca
Reconhecimento internacional s garantido se
sua marca foi previamente registrada em cinco outras
jurisdies (provando assim o seu status internacio-
nal) ou pode ser, por outro lado, argumentado como
uma marca internacionalmente considerada o que
um ponto de debate e sujeito interpretao legal.
Isto , se voc s registrou sua marca no seu pas na-
tal voc no est coberto na China. Para propsitos
prticos, entretanto, mesmo que voc tenha proteo
internacional, ns ainda recomendamos registrar na
China ao passo que os tribunais podem ter difculda-
de em reconhecer protocolos internacionais se eles no
so usados para eles, e isso vai signifcar mais tempo e
gastos em taxas legais para educar o tribunal e oferecer
evidncia da signifcncia de tais protocolos e a adern-
cia da China para eles. O registro de marca em qualquer
evento barato e deveria ser tomado como um caso de
bom senso de negcios.
Por Chris devonshire-ellis, scio snior, dezan shira & Associados
Boas e Ms Notcias
Erros Comuns &
Ms Percepes ao Investir
na China e Como Evit-los
Propriedade Intelectual (PI) uma questo muito emotiva no que diz respeito China, e existem muitas ms-con-
cepes ou mal-entendidos sobre a questo e como cooperar com o PI no que diz respeito questo chinesa. Vamos
examinar alguns dos erros mais comuns:
isso vlido?
PI uma questo emotiva para os negcios es-
trangeiros na China. Mas isso tambm importan-
te para assessorar o prejuzo real contra o custo de
litgio e das emoes. Advogados so caros, e as
Outras Questes para Perceber
emoes podem significar que voc se concentra
mais no litgio do que o caso na verdade garante.
sbio no destacar tanto o prejuzo causado sua fir-
ma se voc for limpo e for um pouco pragmtico
sobre lidar com isso.
PARCERIA CCIBC CHINA BRIEFING
Negcios
3 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
o seu pi vital para
o seu negcio chins ou internacional?
Se for, voc pode precisar avaliar seriamente se
voc deseja ou no introduzir sua tecnologia no mer-
cado aqui. Ou avaliar a quantidade de tempo que voc
tem com seu PI como parte de um plano de marketing
para descobrir o quanto de tempo voc precisar utili-
zar para no ter um limite do mercado antes dos pla-
girios comearem a trabalhar e iniciarem a erodir as
aes de mercado.
registros de patentes
Como mencionado, a China signatria a v-
rios protocolos internacionais no que diz respeito a
registros de patentes e marcas. Existe, entretanto, um
buraco no procedimento de registros para patentes,
o qual requer que elas sejam registradas e postas em
arquivo pblico para avaliao prvia patente sendo
reconhecida como sua prpria propriedade intelectual.
Isso signifca que alguns tipos empresariais procuram
tais registros especifcamente para roubar designs e
ento imediatamente entram em produo, mesmo en-
quanto seu processo de patente pendente ainda est em
andamento. Isso no uma questo chinesa uma
fraqueza no protocolo internacional de registros e pre-
cisa ser endereada ao mximo senso para proteger as
invenes e o R&D caros de serem barateados por me-
nos negociantes inescrupulosos.
suas habilidades no se estendem to longe
quando as competncias internacionais
Embora eles possam ser de fato honestos e teis, o
jeito pelo qual as empresas estrangeiras tm que ser ad-
ministradas na China, e as estruturas de comunicao
que eles tm que passar so muito diferentes daquelas
que as empresas Chinesas tm que aderir tambm. Na
realidade, os negcios estrangeiros na China enfrentam
muito mais investigaes que as companhias Chinesas.
Se seu funcionrio, por melhor que seja, no est fa-
miliarizado com os aspectos regulatrios referentes a
operar e manter um escritrio internacional ou neg-
cio na China, provavelmente haver questes que sua
companhia ir imediatamente considerar fora de cum-
primento. Isso pode e vai se tornar caro. Adicionalmen-
te, existem circunstncias onde o empregado pode de-
liberadamente manter a empresa fora de cumprimento
para obter benefcios ou tempo perdido depois se
algum argumento for levantado contra seu favor.
ter uma pessoa no controle de todos os seus
documentos corporativos e/ou bancrios
Muito comum. Os riscos so bvios. Voc
pode perder todas as suas habilidades para operar a
companhia da noite para o dia se ele/ela decide sair pela
porta. Mais todo o seu dinheiro.
insero da famlia e amigos
na sua cadeia de suprimentos
Isso muito comum. Voc precisa auditar sua
compra e departamentos de vendas regularmente para
ter certeza de que os funcionrios no esto fazendo
pedidos com empresas dos amigos ou parentes que es-
to ento cuidando do seu negcio a taxas bem acima
das do mercado.
implementao do negcio paralelo
Em um horrvel caso particular ns fomos chama-
dos para investigar, dois Canadenses-Chineses
Funcionrios
Erros Comuns ao Usar uma Equipe Chinesa de Funcionrios
para Comear ou Dirigir sua Empresa
Colocando-os em controle de tudo
Sim, parece ser bem til ter um pessoal chins sempre to bom e efciente para ajud-lo em todos os aspectos para
implementar suas operaes, incluindo todas as licenas de negcios, escritrios, contas de banco, controlando toda a do-
cumentao e assim por diante. A lngua e a burocracia so praticamente ininteligveis e voc um executivo corporativo
ocupado. Mas espere :
uma prtica de negcios normal em qualquer lugar ter uma pessoa no controle de todos os aspectos das suas
operaes do pas ?
No, no . E com uma boa razo:
3Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
foram contratados, tendo trabalhado para a
companhia-matriz alm-mar por muitos anos,
para estabelecer uma entidade de manufatura Chi-
nesa. Isso eles fizeram, entretanto o negcio chi-
ns nunca foi capaz de atingir nenhum outro lugar
como as vendas projetadas, e teve que ser continu-
amente sustentado pela matriz para sair dos apuros.
Uma variedade de condies de mercado, pre-
os competidores, e assim por diante foram dados
como desculpa. Quando, logo antes de um novo
Contratando Advogados
com nenhuma experincia Chinesa
Caro, e sem muita utilidade, especialmente se sua
capacidade de falar chins mnima. Contudo, muitos
aparentam bem, e apesar de suas frmas terem uma pre-
sena chinesa, como fca a sua presena individual na
China? Advogados internacionais so timos no traba-
lho internacional estrutura ps-fronteira e assim por
diante mas muitos deles professam experincia em
reas de prtica da China que eles esto tanto qualifca-
dos como experientes em estar fazendo negcio. Voc
est procurando um vendedor vendendo sua frma, ou
conselhos apropriados? Srio, se voc precisa contratar
um advogado com experincia chinesa v para uma
frma que sabe. pra isso que elas existem, e a China
tem tido advogados privados por 15 anos faa uma
pesquisa google dos seus nomes para ver como eles so
bem conhecidos.
Contratando pessoal
s pela sua habilidade de idioma
Bem, todos tm que comear de algum lugar. Mas
um jovem que acabou de sair do curso de idioma ainda
um jovem que acabou de sair dele, e no ter experi-
ncia com as questes chinesas. No espere milagres.
investimento de US$1 milho estava para ser injetado
na entidade chinesa, a matriz decidiu ter uma audi-
o interna rpida as coisas comearam a esclarecer.
Os dois funcionrios confiveis tinham estabelecido
uma companhia espelhada, com um nome chins
sonoramente similar marca internacional, e tinham
desviado todas as ordens para esse negcio no lugar.
Preo competitivo local mesmo. De um negcio
que os empregados estabeleceram para competir com
seus empregadores.
Erros Comuns ao Contratar Funcionrios Expratriados para
Comear e Gerenciar sua Entidade Chinesa
H problemas com funcionrios expatriados tambm. Especialmente, (e infelizmente) muito com servios pessoais
e profssionais :
E dois anos na China no fazem um expert. Graduados
jovens tm suas habilidade, claro, mas no os sobre-
carreguem muito com responsabilidades gerenciais an-
tes que eles tenham tempo de se ajustar ao ambiente
de negcios comercial e tenham se encontrado no seu
negcio. Um programa de desenvolvimento gerencial
para maximizar sua habilidade de idiomas ainda os in-
troduz ao seu negcio e vai colher grandes recompen-
sas tanto para voc quanto para eles se voc trata-los
com ateno educacional contnua.
os homens da China
Os expatriados que se destacam so aqueles que
realmente sabem se virar, e podem tirar voc do ca-
minho dos problemas que ns identificamos nessa
edio. Eles tero uma boa compreenso da lngua, e
podem ter se estabelecido com sua famlia aqui. Voc
no pode sobreviver na China sem saber como se vi-
rar, e isso um caso de experincia bem como possuir
pacincia inerente, tenacidade e pessoas e habilidades
de comunicao. Elas esto disponveis interessante-
mente nesse momento, muitas das multinacionais es-
tabelecidas esto localizando e importam engenharia
e outros talentos esto mais disponveis na China do
que antes.
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33 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
A histria moderna de Hong Kong inicia-se no contexto do imperialismo ocidental. A economia inglesa em
franca expanso, em meados do sculo XIX complementava suas necessidades, compondo, pouco a pouco, um
imprio de propores globais. A Revoluo Industrial iria, em pouco tempo, buscar a expanso dos mercados
consumidores, exigida pelo aumento da produo e pelo acmulo de capitais. De um lado, estava a Inglaterra, cujos
abastados comerciantes almejavam novas praas. De outro, estava a milenar China, resistente s investidas estran-
geiras, a um passo de sofrer a imposio da vontade alheia.
Comerciantes ingleses buscavam, em vo, desde o sculo XVIII, ampliar as atividades comerciais com a China.
A quebra do monoplio de Canto o nico porto chins autorizado a comercializar com o exterior estava na
ordem do dia. A interveno inglesa encontrou o pretexto necessrio na Guerra do pio, entre 1840 e 1842. A
destruio, por parte dos chineses, de um carregamento de pio ingls, resultou no uso da fora e na imposio do
Tratado de Nanquim, que garantiu Inglaterra o acesso a outros portos e o controle sobre a ilha de Hong Kong, a
partir de janeiro de 1841. O aspecto colonial perduraria por 156 anos, at o hand over, em julho de 1997.
Em 2007, Hong Kong comemora 10 anos de sua devoluo China. Ao longo da ltima dcada, a economia de
Hong Kong associou-se pujante economia chinesa, que cresce mais de 9% ao ano, e deu provas de sua vitalidade.
Foram superados os ferozes contratempos econmicos surgidos com a crise asitica de 1997 e, mais recentemente,
em 2003, com os efeitos da Sndrome Respiratria Aguda SARS.
19
18
18401842
18411
19977156
2007
1997
2003
Hong Kong dez anos depois
Internacional
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A China recebeu de volta no a ilha que perdera,
mas uma cidade com ares de metrpole, na qual os cer-
ca de 7 milhes de habitantes desfrutavam de padro de
vida elevado. Aps a devoluo, a regio consolidou de-
fnitivamente sua vocao como um dos principais cen-
tros fnanceiros e comerciais de toda a sia, com uma
economia movida majoritariamente pelo setor tercirio.
Destacam-se a Bolsa de Hong Kong, com indicadores
alavancados, tambm, pela listagem de papis de in-
meras empresas do continente; e o Porto de Hong Kong
um dos maiores do mundo em movimentao de con-
tineres e um dos mais efcientes. Tendo iniciado-se o
sculo XXI, prepara-se o mundo para um novo ciclo,
no qual o Oceano Pacfco ocupa o posto de principal
espao das rotas de comrcio mundiais. As economias
asiticas atraem capitais e multiplicam seu dinamismo.
A prpria integrao fsica sul-americana, estabelecida
nos eixos delineados pela IIRSA, oferecer caminhos
aos produtores brasileiros, interessados em escoar seus
produtos, a custos competitivos, para os pases da bacia
do Pacfco. No h dvidas de que o mercado chins
o principal destino comercial almejado. A China, nesse
contexto, assume papel de relevo, ao possuir uma das
maiores participaes no comrcio mundial, contando
com portos efcientes como Xangai e Hong Kong.
Se, antes, Hong Kong destacava-se por ser um en-
clave capitalista na China comunista, hoje, a compara-
o perdeu fora diante da majestosa pujana da eco-
nomia chinesa, aberta para o mundo. Hong Kong no
perdeu, entretanto, a importncia comercial e fnancei-
ra. Muito pelo contrrio: assumiu seu papel com vigor,
associando-se quela que, segundo projees, dever
tornar-se, em breve, a maior economia do planeta.
Marcio sette Fortes
Membro do Conselho Superior da Fundao Centro de
Estudos de Comrcio Exterior FUNCEX
Diretor da Cmara de Comrcio e Indstria
Brasil-China - CCIBC
700
21
IIRSA
?
,
80
VoC sABiA?
Que a marca mais valiosa do mundo, a Coca-Cola,
quando introduzida na China na dcada de 80 foi ini-
cialmente traduzida como morda o girino de cera?
Isso porque era o que mais se aproximava, fonetica-
mente, com o nome ocidental. Hoje em dia para cor-
rigir isso, o nome virou alegria na boca, muito mais
palatvel ao consumidor local.
MArAVilHAs do Mundo eM PeriGo
Mais um lao surge entre o Brasil e a China: am-
bos os pases agora ofcialmente possuem maravilhas
do mundo moderno. Com uma campanha de escolha
que mobilizou o planeta inteiro e contou com milhes
de votos, o Cristo Redentor e a Grande Muralha foram
alguns dos grandes vencedores. No entanto, ambas so-
frem com graves problemas que afetam seus milhes
de visitantes. No Rio de Janeiro o problema a falta de
estrutura de acesso e estacionamento, longas flas alm
da segurana problemtica. J na China a situao
mais grave ainda. Estudo do governo aponta como cr-
tica o estado de preservao de seu maior carto postal.
At 90% da extenso da Muralha estaria em condies
ruins, sendo mais de 70% parte em estado crtico, sob
risco de desaparecer no ritmo atual. Falta de manu-
teno em reas mais remotas bem como depredao
por turismo no fscalizado e outros usos imprprios
vm causando a destruio da muralha e levando a um
plano de emergncia para reverter esse quadro.
leVAndo As FiCHAs
Com o aumento das receitas de 23% no ltimo ano,
atingindo U$7 bilhes contra U$6.7 bilhes da cidade
americana, Macau, ex-colonia portuguesa e regio es-
pecial da China onde o jogo permitido, ultrapassou
Las Vegas a capital mundial das apostas, como o maior
destino de jogos do planeta.
Com mais de U$24 bilhes em investimentos em
construes e novos cassinos de marcas internacional-
mente famosas como Sands, Wynn, Venetian e diversos
outros, Macau a menina dos olhos para investidores e
jogadores do mundo inteiro, principalmente da China.
O CEO do grupo Sands Sheldon Adelson disse in-
clusive que em breve Las Vegas ser conhecida como a
Macau Americana. Ser? Faam suas apostas.
-
70
23%
67
Sheldon Adelson
73%
10%
PinGos de sABedoriA
Quando se escala uma montanha em cada passo faz-se o esforo para atingir o topo. No entanto, se no for dado
o ltimo passo, ainda se estar a caminho. (Chuang-Tse)
Todo grande nasceu pequeno. (Lao-Tse)
Mais caro o dado que o comprado. (Ditado brasileiro)
A persistncia uma rvore cuja raiz amarga, mas produz os mais doces frutos. (Provrbio Chins)
()
()
inVerso de PAPis
...Alis, como conseqncia das tendncias inverti-
das da infao, as respectivas taxas de juros de ambos
os pases seguem em movimentos opostos. Para gran-
de alvio dos empresrios e buscando um crescimento
maior, o Banco Central do Brasil reduziu esse a taxa
de juros em 11,5 % ao ano. Enquanto isso, para evitar
o superaquecimento e tentar reduzir o crescimento ga-
lopante da economia o Banco Central Chins teve que
intervir quatro vezes em 2007 para apertar o crdito,
aumentando sua taxa bsica para 3,6% ao ano, com ten-
dncia de mais altas.
Quem te viu e quem te v...
6.24%
20074
7.02%
11985
20076
102
Uma Anlise do Comrcio
Bilateral Brasil RPC
Opinio
EVOLUO DA BALAnA COMERCiAL BiLAtERAL BRASiL - CHinA
Uma anlise das principais mercadorias transa-
cionadas nos aponta que nos primrdios da dcada de
1980 o Brasil exportava para a China principalmente
produtos manufaturados e importava basicamente pe-
trleo bruto e seus derivados, dado o ento alto nvel
da produo daquele pas. Em 1985, a China colocou-
se como o nosso quarto maior fornecedor de petrleo.
1980
1985
199310199520
2002402006164
20072