Visa Oda China 07

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Fecomercio PE leva a maior misso nordestina j

organizada para desbravar a China



Chen Duqi ng
A ComplementArieDADe entre os Dois pAses

A era Deng, passo a passo,
rumo ao reino da harmonia

3
Palavra do Presidente
Em 1986, ano de criao desta cmara, poucos
brasileiros se interessavam pela China. Alguns desses
poucos com viso, como o saudoso jornalista Rober-
to Marinho, Roberto Cauiby Vidigal, Marcio Abdenur,
o ento Senador Fernando Henrique Cardoso, Jayme
Martins e outros acreditaram no potencial da parceria
sino-brasileira e fundaram a Cmara de Comrcio e In-
dstria Brasil China (CCIBC).
Em dezembro de 2006 completamos 20 anos de
trabalho voltado para o estreitamento das relaes e
fortalecimento da amizade dessas duas grandes naes.
Hoje a parceria estratgica entre China e Brasil se en-
contra em seu patamar mais signifcativo, com novas
cooperaes e crescimento vultoso do intercmbio
comercial. Nesse cenrio, a CCIBC tem contribudo
intensamente para realizaes a favor da amizade, do
comrcio e do estmulo de investimentos recprocos
entre o Gigante da Amrica do Sul e o Gigante da sia.
Agora que a parceria estratgica e comercial dos
dois gigantes j atingiu mais de US$ 16 bilhes, rece-
bemos um novo embaixador chins, porm um velho
amigo do Brasil alm de profundo conhecedor do pas,
o Exmo. Sr. Chen Duqing, para levar esta parceria rumo
aos US$ 35 bilhes estimados para 2010. Em 1974 quan-
do Brasil reatou relaes com a China este senhor j
estava neste pas. Mesmo em Beijing no seu Ministrio
de Relaes Exteriores da China sempre se dedicou ao
Brasil como diretor do departamento do Brasil e por-
tanto fala portugus como qualquer cidado brasileiro.
E foi este Exmo. Sr. Chen que na minha viagem a
Beijing em 1986 me convidou e acompanhou na reu-
nio, que acompanhou, com o ento Ministro de Rela-
es Estrangeiras da China e Vice primeiro Ministro de
onde nasceu a sugesto da criao da nossa Cmara.
Refetindo sobre as conquistas realizadas, temos
grande orgulho em compartilhar dessa parceria, tendo
ajudado na realizao desse potencial. Olhamos adian-
te para as oportunidades a desenvolver e os desafos que
venceremos, como nas ltimas duas dcadas. Agradece-
mos a todos que sempre com sua colaborao e esforos
realmente formam a CCIBC: nossa equipe, parceiros e
nossos associados.
Saudaes,
Charles A. Tang
1986

Roberto
Marinho, Roberto Cauiby Vidigal, Marcio Abdenur,
Fernando Hen-
rique CardosoJayme Martins

(CCIBC)
200620

160

2010
3501974

1986

20

D
i
v
u
l
g
a

o
ExpEDiEntE
presidente
Charles tang
Editor
Kevin tang
Jornalista Responsvel
Jayme martins
(21 119/87/49V/Sp)
Coordenao de Redao
Ana Carolina rodrigues
Assistente de Redao
talita marcon
Verso em Chins
Joana Zhu
projeto Grfco e Edio Eletrnica
Carlos Weyne
(2522-0367 / 8173-0865)
Fotolitos e impresso
rona editora
Circulao Dirigida
no Brasil e na China
tiragem
7 mil exemplares
AnunCie nA
CCiBC
Cmara de Comrcio
e indstria Brasil-China
ligue
55.21.2532-5877
55.21.2240-8648
NDICE
CCIBC .
Novo Escritrio da CCIBC em Shanghai

20 anos CCIBC
20
Brasil .
Frentes Parlamentares Brasil-China

China .
A Constituio da Repblica Popular da China

Acredite se quiser: falta de gente na China

A era Deng, passo a passo, rumo ao reino da harmonia

Entrevista .
Chen Duqing. A Complementariedade entre os dois
pases

Negcios .
Fecomercio PE leva a maior misso nordestina j
organizada para desbravar a China

PARCERIA CCIBC CHINA BRIEFING


Erros Comuns & Ms Percepes ao Investir na China
e Como Evit-los
Internacional .
Hong Kong dez anos depois

Notas .
Curiosidades e Breves Informaes

Opinio .
Uma Anlise do Comrcio Bilateral Brasil RPC

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37
b bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Visando intensifcar suas relaes comerciais
na China, melhorar ainda mais os seus trabalhos
e agregar mais valor para os seus associados, foi
inaugurado no dia 06 de Junho de 2007 o novo es-
critrio da Cmara de Comrcio e Indstria Brasil
China (CCIBC) em Shanghai no distrito de Pu-
dong, corao fnanceiro e industrial da China.
Alm de dar um maior suporte aos escritrios
da CCIBC no Brasil, o novo escritorio de Shan-
ghai, serve como um ponto de apoio ao empre-
sariado brasileiro que visita a China e oferece aos
seus membros a oportunidade de usufruir de uma
base equipada para trabalhar com todo apoio de
um business center, sala de reunies e uma equipe
qulifcada que fala portugues-chins para ajudar a
realizar seus negcios.
A cerimnia de inaugurao do novo escrit-
rio reuniu cerca de 100 empresrios, coincidindo
com a visita da Fecomrcio-PE e tendo a grande
honra de contar com a ilustre presena de per-
sonalidades como o Senador Jarbas Vasconce-
los, do Presidente da Fecomercio-PE, Sr. Josias
Albuquerque e dos deputados Sr. Augusto de
Carvalho, Sr. Clodoaldo Lyra, Sr. Ciro Coelho, Sr.
Edson Vieira, Sr. Henrique Costa e Sr. Jos Quei-
roz bem como diversas autoridades e grandes em-
preendedores que formam a essncia da parceria
estratgica.
O endereo n
o
58 Xiang Cheng Road, sala
24C, Pudong, Shanghai 200122, China. A CCIBC
conta com sua visita e se coloca disposio para
atender seus parceiros com sua estrutura e para au-
xiliar nas suas necessidades na China.

CCIBC20076

CCIBC

100
Fecomrcio-pE
Jarbas Vasconcelos
Fecomrcio-PEJosias Albuquerque
Augusto de Carvalho
Clodoaldo LyraCiro Coelho
Edson Vieira Henrique Costa Jos
Queiroz

5824C
200122CCIBC

Novo Escritrio da CCIBC


em Shanghai

A plataforma de negcios para seus associados

CCIBC
b bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
A tradicional parceria da Cmara de Comrcio e
Indstria Brasil-China, com a Embaixada da Repblica
Popular da China, que homenageia todos os anos a em-
presa brasileira e a chinesa que se destacaram na contri-
buio para o relacionamento de amizade, de parceria
estratgica e comercial entre o gigante da sia e o da
Amrica do Sul, foi realizada na sede da ABIMAQ, no
dia 7 de dezembro passado, com um pblico que lotou
o auditrio dessa importante entidade. Empresas como
a CVRD, EMBRAER, EMBRACO, SOUZA CRUZ,
VOLKSWAGEN, USIMINAS e do lado chins, a Sha-
anxi Countertrade, GREE, COSCO, HUAWEI, ZTE j
receberam esta homenagem anteriormente.
A cerimnia teve um signifcado especial, pois
tambm foi homenageado o Excelentssimo Embaixa-
dor da Repblica Popular da China, Senhor Chen Du-
qing, por sua marcante atuao no fomento das relaes
diplomticas, comercias e culturas entre os dois pases
e a ABIMAQ, na pessoa de seu ento Presidente, Sr.
Newton de Mello, por ter acreditado na parceria com
a China, e numa atitude de viso, modernidade e cora-
gem que transforma desafos em oportunidades, abriu
sua representao em Beijing em 2006.
O diretor geral da Votorantim Industrial, Sr. Raul
Calfat, recebeu a homenagem Votorantim das mos do
Sr. Newton de Mello, Presidente da ABIMAQ e conse-
lheiro desta Cmara. A homenagem a AOC, foi entregue
ao seu Presidente, Sr. Alec Chan, pelas mos do Cnsul
Comercial da China em So Paulo, Sr. Lu Yuzhong.
O Exmo. Sr. Embaixador da China fez as honras de
entregar a homenagem ABIMAQ a seu Presidente,
Sr. Newton de Mello, e fnalmente, Sr. Charles Tang,
presidente da CCIBC, teve a grata satisfao de home-
nagear o Embaixador Chen Duqing.

ABI-
MAQ

CVRD(Em-
braer)EMBRACO)
.SOUZA CRUZ
USIMINAS

..(Sr. Newton Mello)

2006
(Votorantim Industrial)
.(Raul Calfat)

..

(AOC)
Alec Chan

..
Charles Tang

20 anos CCIBC
20
/ bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
CCIBC D
i
v
u
l
g
a

.(Sr. Carlos Vilela).


(Sr. Altino Lopes).
.(Sr. Daniel Soares Filho)

1986

20

20

12

A ocasio contou tambm com o lanamento dos


comits: jurdico, logstica e de agro-negcio, cujos
respectivos coordenadores, Sr. Carlos Vilela, Sr. Altino
Lopes e Sr. Daniel Soares Filho, receberam o certifcado
de coordenao das mos do Exmo. Embaixador Chen
Duqing, o que muito abrilhantou a cerimnia.
Nesta data, foram brindados tambm os 20 anos de
servios prestados pela Cmara de Comrcio e Inds-
tria Brasil-China, criada em 1986, a favor desta parceria
estratgica e comercial entre os dois gigantes. Naquele
ano, Sr. Chen Duqing, ento jovem conselheiro do Mi-
nistrio de Relaes Exteriores da China, em Beijing,
convocou o presidente Tang para uma reunio com o Sr.
Wu Xueqian, ento Ministro de Relaes Exteriores da
China, que em seguida na sua gesto de Vice 1
o
Minis-
tro sugeriu a constituio desta Cmara Bilateral para a
construo da ponte de amizade entre as duas naes.
Na poca havia pouco interesse das empresas bra-
sileiras pelo mercado chins e vice-versa, mas ao longo
desses 20 anos, inmeras importantes contribuies
foram feitas e vrios projetos de sucesso entre os dois
pases tiveram a contribuio dessa Cmara de Comr-
cio. Na rea cultural, h mais de 12 anos temos leva-
do o cinema brasileiro para participar de importantes
festivais, como o festival internacional de cinema em
Xangai. Realizamos outros importantes eventos de dan-
a, e exposies de arte plstica brasileira, bem como
exposio de trabalhos de fotgrafos brasileiros.
Embaixador Chen Duqing discursa na festa de 20 anos da CCiBC.
20
platia da comemorao dos 20 anos da CCiBC.
20

Ao longo desses anos, trouxemos tambm a arte


e cultura chinesa para o Brasil em inmeras ocasies.
No campo esportivo, temos dezenas de jovens alunos
chineses treinando futebol no Brasil, sonhando em ser
o prximo Ronaldinho. Atravs de suas iniciativas co-
merciais e culturais, a CCIBC conquistou a sua credi-
bilidade consolidou-se como a nica Cmara da China
com legitimidade auferida pelo CCPIT, desde 1988, pela
AEB, ABECE, CNI, CNC, CACB, pelo Conselho de C-
maras de Comrcio Exterior da Associao Comercial
de So Paulo e pela Federao de Cmaras de Comrcio
Exterior na Confederao Nacional do Comrcio.
Na prxima celebrao, em conjunto com a Embai-
xada da Repblica Popular da China, a CCIBC ir tam-
bm homenagear os jornalistas que mais se destacaram
em reportagens de TV e artigos de jornais e revistas
sobre a parceria Brasil China.

1988
CCPIT
AEB
ABECECNI
CNC
CACB

Mesa da cerimnia composta por: (esq p/ direita) Raul Calfat (diretor geral da Votorantim industrial), Embaixador Lima e Silva (ex cnsul
do Brasil em Shanghai) , Chen Duqing (Emb. da China no Brasil), Charles tang (pres. CCiBC), newton de Mello (pres. ABiMAQ), Lu Yuzhong
(consul comercial da China em Sp), Alec Chan (pres. AOC).
Raul Calfat (Votorantim Industrial)Lima e Silve
Charles Tang ()Newton de Mello (ABIMAQ) Alec Chan
(AOC)
newton de Mello recebendo a homenagem das mos do Em-
baixador Chen Duqing.
Newton de Mello
Embaixador Lima e Silva (ex cnsul do Brasil em Shanghai) e
sua esposa Sra. Somsy Lima e Silva recebendo a premiao
das mos de Annette taeuber ( diretora de vendas e marketing
da Lufthansa) com o Embaixador Chen Duqing.
Lima e SilveSamsy Lima e
SilvaAnnette Taeuber ()

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9 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Brasil
Consolidando a parceria entre os
estados brasileiros e o gigante asitico

A CCIBC tem desenvolvido junto s Assemblias


Legislativas dos estados do Brasil, um projeto para
aprimorar as relaes sino-brasileiras atravs das Fren-
tes Parlamentares Brasil-China. Essas comisses tem
carter suprapartidrio e a fnalidade de fomentar ini-
ciativas e aes nos estados para promover as relaes
sociais, culturais e econmicas, assim como os laos de
amizade entre os dois pases. Alm disso, ela tem como
meta potencializar tais trabalhos propulsionando as
pautas de comrcio e parcerias bilaterais, benefcian-
do cada estado respectivamente, de acordo com suas
aptides e foras.
A primeira Frente Parlamentar Brasil-China foi
instaurada no Rio de Janeiro, em 22 de Junho de 2005,
sendo o seu autor, o ento deputado Sr. Samuel Mala-
faia. Essa iniciativa pioneira em conjunto com a CCIBC
e com total apoio do Consulado-Geral da China-RJ,
abriu as portas para o estabelecimento de outras Fren-
tes nos demais estados brasileiros.
No Plenrio Dirceu Cardoso, sede da Assemblia
Legislativa do Estado do Esprito Santo, aconteceu dia
24 de abril de 2007 mais uma inaugurao de uma Fren-
te Parlamentar Brasil-China. Estavam presentes o Cn-
sul Geral da China no Rio de Janeiro Sr. Yan Xioamin,
o cnsul comercial Lu Fuqiang, os deputados Guerino
Zanon, Teodorico Ferrao, Luciano Pereira e Luiza
Toledo a presidente da Frente Parlamentar e represen-
tando a CCIBC os Diretores Kevin Tang e Carlos Eiras,
juntamente com Marianne Denk e Felipe Dale alm do
Dr. Jaques Marques Pereira.


2005622

Samuel Malafaia

Dirceu Cardoso
2007424

Guerino ZanonTeodori-
co FerraoLuciano PereiraLuiza To-
ledo
Kevin Tang, Carlos EirasMarianne Denk
Felipe DaleJaques Marques Pereira

Frentes Parlamentares Brasil-China:


:
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Segundo a presidente da Frente Parlamentar-ES, o
objetivo principal articular, estudar e debater projetos
que incentivem o comercio da China com a economia
capixaba que j muito ligada China. Com sua gran-
de indstria de minerao, siderurgia, logistca-portu-
ria, mrmores e granitos, celulose e energia, o Espirito
Santo um dos estados mais importantes na corrente
comercial entre os dois paises. O objetivo da frente
poder expandir e atrair cada vez mais investimentos
para o estado.
Aps a solenidade a comitiva teve encontros com
o Prefeito de Vitria Joo Coser em seu gabinete para
discutir as potenciais colaboraes, como acordo de ci-
dades-irms, visitas a China e atrao de investimentos.
Em seguida foram recebidos pelo Governador do estado,
Paulo Hartung para uma recepo na residncia ofcial.
Durante o encontro foi discutido o potencial de parceria
do estado com a China, os novos investimentos previstos,
inclusive na poca ainda sobre a possibilidade da nova
planta da BaoSteel (que j foi defnido que ser instala-
da naquele estado), uma misso do governador China,
bem como outras oportunidades a serem desenvolvidas
atravs da ajuda do corpo consular e da CCIBC.
Em 14 de agosto de 2007, foi a vez do Paran criar a
sua frente Parlamentar visando estreitar as relaes comer-
ciais entre o pas asitico e o estado brasileiro. Tendo como
seu presidente o deputado estadual Mohamed Ali Hamze
o autor dessa iniciativa em parceria com a CCIBC e
como vice-presidente o deputado Alexandre Curi a Frente
tem como objetivo se tornar mais uma importante ferra-
menta de aproximao do estado do Paran com a China,
relao essa que j vem crescendo aceleradamente.

Joo Coser

Paulo Hartung

2007814
Mohamed Ali
HamzeAlexandre Curi

Criao da Frente parlamentar do


paran. na foto: Consul Geral da China,
Li Jiaoyun, Deputado Mamede; Diretor
Executivo da CCiBC-pR, Jos Carlos
Bom de Oliveira; Governador do Estado
pR, Roberto Requio; Deputado Luis
Carlos Romanelli, presidente Bi-nacional
da CCiBC, Charles tang.

Mamede
Jos Carlos Bom de Oliveira
Roberto RequioLuis
Carlos Romanelli
Charles Tang
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Compuseram a mesa da cerimnia a Cnsul Geral
da China em So Paulo, Sra. Li Jiaoyun, o Presidente da
CCIBC, Charles Tang, o diretor executivo da CCIBC-PR
Jos Carlos Bom, os Deputados Luiz Cludio Romanelli
e Bete Pavin, o diretor dos Portos de Paranagu e Antoni-
na, Rui Alberto Zibetti, e pela FIEP, Vinicius Gasparetto.
Como no Esprito Santo, aps a solenidade o Gover-
nador do Paran, Roberto Requio, recebeu a comitiva
do Consulado, da Assemblia e da CCIBC no Palcio
das Araucrias, sede do governo. A visita de cortesia
seguida de almoo serviu para discutir o fortalecimento
das relaes comerciais e culturais dos chineses com o
Paran e reiterando o total apoio do governador para
uma maior aproximao entre seu estado e a China,
O Governador Requio reiterou ainda o interesse
em ampliar as relaes com a China, j que ele v como
uma parceria importantssima para seu estado. Estavam
presentes neste encontro o secretrio do Planejamen-
to e Oramento, Enio Verri, e o deputado estadual e
lder do governo na Assemblia Legislativa, Luiz Carlos
Romanelli.
Por fm, a mais recente Frente Parlamentar a ser
instalada foi a do estado do Mato Grosso. Este grande
parceiro comercial com presea signifcativa nos pro-
dutos comercializados com a China, incluindo soja,
madeira, algodo, carne, couro, mquinas, fertilizantes
e diversos outros, sem dvida um estado com uma
imensa capacidade de parcerias e nada mais natural
que o deputado Humberdo Bosaipo, tomasse a inicia-
tiva com o apoio da CCIBC, de instalar a quarta Frente
Parlamentar Brasil-China no Mato Grosso, assumindo
sua presidncia.

Jos Carlos
BomLuiz Cludio Romanelli
Bete Pavin
Rui Alberto ZibettiVinicius Gasparetto

Roberto Requio

Requio
Enio
VerriLuiz Car-
los Romanelli

Humberdo Bosaipo

Criao da Frente parlamentar do


Esprito Santo. na foto: Vice Cnsul,
Sr. Hu Bin; Cnsul geral, Sr. Yan
xiaomin; o presidente da Assemblia
Legislativa do ES, Sr. Guerino Zanon;
deputada Luzia toledo, presidente da
Frente parlamentar; Sandra Stehling,
Diretora da CCiBC; Carlos Eiras Diretor
Executivo da CCiBC.

Guerino Zanon
Luzia Toledo
,Sandra Stehling

Carlos Eiras
Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
O lanamento ofcial se deu em 22 de agosto de
2007 durante cerimnia na Assembleia Legislativa.
Comandada pelo Presidente da Assemblia deputado
Srgio Ricardo, e com a posse do deputado Bosaipo
liderando a Frente. O evento contou com a presena
do senhores Pan Mingtao Ministro Conselheiro da em-
baixada da China, Charles Tang, Ilson Sanches e Felipe
Dale pela CCIBC, secretrios de estado e cobertura da
mdia local.
Foi estabelecido tambm que as reunies da Frente
Parlamentar Brasil-China do Mato Grosso tero carter
pblico, podendo ser assistidas por qualquer cidado,
aumentando ainda mais a transparncia e informao
ao cidado mato-grossense.
O ano de 2007 marca portanto, um grande avan-
o no projeto de dinamizao das interaes politicas
e econmicas por intermdio das Frentes Brasil-Chi-
na. Esses esforos simbolizam o crescente interesse e
necessidade de poder dedicar mais espao na agenda
legislativa para um tema to importante para os estados
como suas respectivas parcerias com a China. Relao
que representa cada vez mais novos empregos e inves-
timentos que contribuem para o crescimento da econo-
mia local e do pas.
A Cmara de Comrcio e Indstria Brasil-China
enxerga como uma das principais fnalidades o do es-
treitamento dos laos e uma excelente oportunidade
para que representantes brasileiros discutam idias e
projetos que possam fomentar e enriquecer as relaes
sino-brasileiras.
O sucesso de tais iniciativas, j pode ser visto com
resultados prticos em ao menos um aspecto: isso fez
com que diversas outras Assemblias j confrmassem
suas inauguraes e as programassem para os prximos
meses. Estados importantssimos no comrcio bi-lateral
como Par, Rio Grande de Sul e Cear em breve estaro
se juntando a essa lista em busca do aprofundamento,
valorizao e expanso das parcerias com a China.

Srgio Ri-
cardoBosaipo

Ilson SanchesFelipe
Dale

2007

3 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


A Constituio da Repblica Popular da China, promul-
gada pelo denominado Congresso Nacional do Povo em 4 de
dezembro de 1982, recebeu numerosas emendas no tocante
reforma do Estado, a fm de viabilizar uma economia de mer-
cado socialista nas palavras de Deng Xiaoping, aps a abertura
econmica e o ingresso na Organizao Mundial de Comrcio.
A estrutura de governo da China est dividida em 5 nveis:
1. central; 2. provincial; 3. prefeituras; 4. condados; 5. vilas.
Podem votar e ser eleitas as pessoas maiores de 18 anos.
A representao popular faz-se por meio de eleies diretas e
indiretas.
Pela via direta, so escolhidos pelo voto dos eleitores
inscritos os representantes do povo local nas Assemblias
municipais e cantonais para um mandato de trs anos. Qual-
quer organizao ou entidade, alm dos partidos polticos,
pode apresentar candidatos, inclusive grupos de, no mnimo,
dez eleitores.
Pela via indireta, os deputados regionais escolhem, para
um mandato de 5 anos, os representantes das vinte e trs
provncias, das cinco regies autnomas (Tibete, Monglia
Interior, Ningxia, Guangxi e Xinjiang) e das trs municipa-
lidades vinculadas ao governo central (Pequim, Tianjin e
Xangai) para a Assemblia Popular Nacional.
A Assemblia Popular Nacional o rgo de poder
supremo, com funo legislativa.
O Presidente e o Vice-Presidente da Repblica so
eleitos pela Assemblia Popular Nacional dentre cidados
chineses maiores de 45 anos.
O Primeiro Ministro, que tem dentre suas atribuies a de or-
ganizar o Conselho de Estado, tambm eleito pela Assemblia.
O Conselho de Estado, que o rgo administrativo
superior do Estado, tambm eleito pela Assemblia por
proposta do Primeiro Ministro, tem por funo executar
as leis e resolues da Assemblia.
A Comisso Militar Central, igualmente eleita pela
Assemblia, comanda as foras armadas chinesas.
H, ainda, as Assemblias e os Governos Populares
Provinciais, as Assemblias e os Governos Populares Dis-
tritais, a Conferncia Consultiva Poltica do Povo Chins,
os Tribunais Populares, as Procuradorias Populares, etc.

1982124

512
345

235

45

A Constituio da
Repblica Popular da China

Cssio Mesquita Barros


Advogado. Professor Titular de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito da Uni-
versidade de So Paulo. Membro da Comisso de Peritos na Interpretao e Aplicao
das Normas Internacionais do Trabalho da OIT e da Comisso de Direito e Relaes
do Trabalho criada no mbito do Ministrio do Trabalho e do Emprego para auxiliar o
Ministro do Trabalho nos Assuntos da Reforma Trabalhista e da Poltica Social.
..

3 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


China
4 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Uma das primeiras coisas que vem a mente quando
se fala sobre a China so pessoas, muitas pessoas. Todos
sabem que a China o pas mais populoso do mundo
com seus 1.3 bilhes de habitantes. No entanto essa no
a nica peculiaridade demogrfca do gigante asiti-
co. O que a princpio pode parecer uma contradio,
na verdade fato: falta gente na China, e muita. Para
compreender melhor tal afrmao preciso entender
que estamos falando do pas com o maior desequilbrio
entre nmero de homens e mulheres, com uma taxa de
fecundidade muito menor que a normal. A crescente
falta de mulheres e jovens vem causando uma profunda
mudana na estrutura social chinesa.
H algumas causas que explicam esses fenmenos.
Durante sculos com uma maioria da populao rural
(hoje estima-se que cerca de 65% dos chineses moram
em reas rurais) ter muitos flhos era visto como uma
forma de ajudar a famlia nos trabalhos e uma espcie
de garantia para a aposentadoria dos pais, que teriam
flhos para cuidar deles quando fcassem velhos demais
para trabalhar.
A cultura outro fator. Desde a antiguidade, h um
favorecimento por herdeiros homens, por eles poderem
continuar a linha familiar e ascender aos nveis mais al-
tos, no trabalho e no governo, alm de serem mais aptos
para ajudar nas tarefas pesadas do campo.
Mais recentemente, surgiu outro agravante que al-
terou de forma mais drstica ainda essa desigualdade: a
poltica de flho nico. Para ajudar a controlar o nmero
de pessoas, conseguir sustentar seu povo e evitar srios
problemas de superpopulao, o governo estabeleceu
em 1979, a regra de um flho para a maioria das fam-
lias chinesas. Casais s poderiam ter uma criana sob
risco de multas e de ter ameaado seu acesso gratuito
educao, sade, trabalho e outros servios pblicos.

23

65%

1979

China
Acredite se quiser:
falta de gente na China

bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


b bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Apesar de ter revertido em parte as graves conse-
quncias que resultaram da exploso populacional dos
anos 50 e 60 como fome e colapso nos servios pblicos
em 1970 cada chinesa tinha em mdia 6 flhos a
demografa chinesa foi fundamentalmente alterada em
vrios aspectos, tanto socias como econmicos. Hoje a
taxa de fecundidade aproximadamente 1.8 crianas
por casal (1.6 de acordo com o censo corrigido e 1.9 de
acordo com o Banco Mundial, contra 2.3 do Brasil) e s
no menor pois a fscalizao menos rgida nas reas
rurais cujas famlias camponesas tem direito a uma
segunda criana caso a primeira seja do sexo feminino
ou possua alguma defcincia.
Tios CoM os diAs ConTAdos
O principal e mais claro refexo da iniciativa de
uma s criana, naturalmente, a formao de uma ge-
rao inteira com uma maioria de flhos nicos, os cha-
mados pequenos imperadores. A consequncia, alm
de rvores genealgicas bem estreitas, so irmos, tios
e primos tornarando-se cada vez mais raros.
Isso signifca um alvio para a economia na medida
que o nmero necessrio de escolas, hospitais e alimen-
tos para atender a nova gerao substancialmente me-
nor. Vrios estudos tem sido realizados para identifcar
as mudanas socio-economicas resultantes, inclusive
nos padres de consumo. Um exemplo, o aumento no
gasto per capita das famlias com seu flho, comprando
produtos infantis de qualidade e preos mais altos.
Mas as ramifcaes dessa estrutura enxuta no so
to amenas assim. verdade que o envelhecimento da
populao um fenomeno mundial, inclusive no Brasil.
S que na China, por conta desse fator, ele se torna mais
acentuado e se d de forma no-gradual. Segundo estudo
divulgado pelo Conselho de Estado da China em 2010
haver mais de 174 milhes de pessoas com mais de 60
anos um Brasil inteiro ou 13 porcento de seu povo.
Desses, 21 milhes sero idosos com mais de 80 anos.
Conjuntamente, o aumento na expectativa de vida
para 71 anos (versus 68 anos no Brasil) vem armando
uma espcie de bomba relgio que demandar ateno
especial do governo central: o problema do 1-2-4. Essa
abreviao representa uma criana tendo que ajudar a
sustentar dois pais e quatro avs quando alcanar ida-
de mais adulta. Como ainda no h um sistema previ-
dencirio nacional que seja efcaz em nvel universal,
os pequenos imperadores que possuem esse apelido
por concentrarem todas as atenes e mimos da famlia
hoje, carregaro o pesado fardo de retribuir o aporte
recebido, sozinhos, aos seus pais e avs no futuro.
5060
-1970
6

1.8
1.6
1.92.3

201060

80
71
68
1-2-4

b bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Com isso cresce a presso e a necessidade do go-
verno chins criar mecanismos e um sistema de apoio
para a parcela da populao mais idosa. H diversos
estudos e planejamentos para implementar tal estru-
tura por etapas e por regies. Por exemplo, hoje j
existe uma forma de previdncia no campo, nas insti-
tuies pblicas como as foras armadas, em partes do
servio pblico e na maioria das empresas. No entan-
to nenhum sistema universal, totalmente estruturado.
Esse surge como um dos grandes desafios a serem su-
perados pela China, dada a escala da empreitada, o es-
treitamento da base contribuinte e estabelecimento de
controles e cuidados para no criar os grandes rombos
que pases ocidentais vem enfrentando, principalmen-
te o Brasil, com suas projees nada animadoras para
o futuro.
HoMeM CHins solTeiro
ProCurA...
A disparidade entre a quantidade de homens e mu-
lheres tambm um mal que afige a sociedade chinesa.
Enquanto a mdia mundial gira em torno de 103 a 107
homens para cada 100 mulheres, a China que j esta-
va acima desse patamar em 1980, com 108:100, saltou
para incriveis 117:100 em 2005 (para se ter uma idia,
no Brasil essa proporo de 100:103, ou seja, h mais
mulheres). Estima-se que com esse cenrio, at o ano
de 2020, haver 30 milhoes de homens a mais na faixa
etria entre 20 a 45 anos.
Por s poderem ter uma criana e haver a prefe-
rncia por homens, prticas terrveis surgiram, como
abortos aps identifcar o sexo do beb e o abandono
de meninas nenens na rua, aumentando ainda mais o
desequilbrio. H diversos grupos e organizaes que
tentam fscalizar e combater tais crimes, o que tem sur-
tido algum efeito recentemente, mas o problema perdu-
ra em algumas regies menos avanadas.
Segundo recente artigo publicado pelo jornal China
Daily, essa diferena trar mazelas sociais, preocupao
confrmada inclusive pelo chefe da Comisso Nacional
de Planejamento Populacional e Familiar, Zhang Wei-
qing, que afrmou o fenmeno (da falta de mulheres)
afetar a estabilidade e harmonia social chinesa. Tais
ameaas vo desde o aumento da criminalidade, ao au-
mento na demanda por pornografa, insatisfao pes-
soal e at a casamentos ilegais.

103107100
1980108100
1171002005
100103
20202045

China Daily

b
Os pequenos imperadores.

/ bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Como uma das flosofas centrais do governo cen-
tral justamente a questo da harmonia entre o povo
seja entre urbano e rural, ricos e pobres, homens e
mulheres, jovens e idosos questo prioritria para
o estado poder contornar ou amenizar tal impacto. As
autoridades tem tomado algumas medidas como a pro-
bio de exame de ultra-som, banindo abortos desne-
cessrios, campanhas de conscientizao e prendendo
criminosos que abandonam bebs. Infelizmente a dif-
culdade de fscalizao e os resultados desses esforos
ainda no tem sido o sufciente para acabar com a pr-
tica desses atos.
Como se isso j no bastasse, o problema pode se
estender por vrias geraes. Homens mais velhos que
casam com mulheres mais novas estariam na prtica
roubando-as dos chineses mais jovens, que fcariam
sem um par de sua idade. Estes demorariam mais para
encontrar uma mulher e eventualmente encontrariam
uma mais nova, perpetuando esse ciclo e os problemas
mencionados que derivam dele.
Ser interessante analisar o impacto social e eco-
nmico que tal mudana em sua demografa trar. Cer-
tamente o resultado disso vai afetar signifcativamente
o pas como um todo, desde a sua cultura, o tecido so-
cial, consumo, mercado e as contas pblicas. Esse ser
um dos seus maiores desafos a enfrentar a longo pra-
zo em sua busca para se tornar uma potencia forte e
desenvolvida no s economicamente mas socialmente
tambm.

--

EVOLUO DA BALAnA COMERCiAL BiLAtERAL BRASiL - CHinA

bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Jayme Martins*
ModerniZAo do PAs
Especifcamente quanto s contradies de classes
na sociedade socialista, Deng Xiaoping afrmou, em
maro de 1979, que A luta de classes na sociedade so-
cialista algo que existe objetivamente, e no devemos
apouc-la nem exager-la. Com esta compreenso, a

1979

19661976
A era Deng, passo a passo,
rumo ao reino da harmonia

A partir de 1977, isto , depois da morte de Mao, do fm da revoluo cultural,


da derrubada do Bando de 4, da liderana meterica de Hua Guofeng e da reabili-
tao de deng Xiaoping, a economia chinesa, que seguia uma orientao burocrtica
altamente centralizada, tornou-se, passo a passo, uma economia de mercado bastante
descentralizada e desburocratizada, atravs do processo de reforma e Abertura.
Tendo em vista um velho sonho nacional, desde os tempos imperiais, de conquista
do reino da estabilidade, da unidade e da harmonia em mltiplos aspectos, ocorreu
na China uma sbita alterao ideolgica: em vez de movimento de agitao poltica,
tendo por centro a luta de classes (como aconteceu sobretudo durante a revoluo cul-
tural), esta deixou de ser considerada a contradio principal e passou-se a concentrar
esforos na edifcao econmica. Prevaleceu, assim, a compreenso de que a contra-
dio principal nesta etapa inicial da edifcao de uma sociedade socialista reside na
discrepncia entre as crescentes necessidades materiais e culturais do povo e o atraso
da produo social.
1977

()

China
9 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
direo chinesa deu outro passo adiante, retifcando
a teoria da revoluo permanente sob a ditadura do
proletariado, que foi a diretriz bsica da revoluo
cultural (1966-1976). Passou a prevalecer, ento, a
orientao no sentido de resolver essas contradies,
de acordo com o mtodo defnido, de havia muito, pelo
Partido sobre os dois tipos de contradies sociais as
antagnicas e as no-antagnicas , assegurando-se, as-
sim, uma situao de estabilidade, unidade e harmonia,
indispensvel ao processo de modernizao do Pas.
Funo do MerCAdo
A economia planifcada supercentralizada (opera-
da exclusivamente por diretrizes administrativas) foi,
ento, descartada, passando o mercado a desempenhar
papel cada vez maior na vida econmica. O ponto de
partida para a manifestao pblica desta compreenso
pela direo chinesa data de 1978, quando a direo
chinesa decidiu que a economia planifcada fosse to-
mada como a principal, tendo como auxiliar a funo
reguladora do mercado. J era um salto adiante em re-
lao ao velho sistema imperante, que admitia apenas
a economia planifcada centralizada. Esta deciso data
da 3 Sesso Plenria do XI Comit Central do PCCh,
realizada em Dezembro de 1978.
Esta e outras decises tratavam de eliminar, no es-
sencial, os perniciosos pontos de vista esquerdistas,
os quais, na realidade, consistiam em fazer a revoluo
apenas pela revoluo, passando por alto a importncia
do desenvolvimento das foras produtivas e provocan-
do nestas, assim como na superestrutura, desastrosas
alteraes.
Em Novembro de 1979, ao receber Massayoshi
Ohira, ento primeiro-ministro do Japo, Deng Xiao-
ping referia-se, pela primeira vez, economia de mer-
cado como uma conquista da civilizao humana e
que ela j forescia dentro mesmo da sociedade feudal.
Logo depois, apareciam na imprensa chinesa decla-
raes suas, no sentido de que, como mecanismo de ges-
to, como conjunto de meios e mtodos de distribuio
dos recursos naturais, a economia de mercado fruto do
desenvolvimento econmico do mundo moderno.
Em 1984, a economia chinesa seria ofcialmente
caracterizada como economia mercantil planifcada,
distanciando-se ainda mais da concepo que contra-
punha a economia mercantil economia planifcada.

1978

197812

197911

1984

Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


MerCAdo soCiAlisTA
Ainda por alguns anos, a concepo segundo a qual
a economia de mercado seria prpria, exclusiva, do capi-
talismo, continuou difcultando o avano de novos passos
tericos e prticos nesse sentido, devido resistncia es-
querdista dentro da direo chinesa. Contudo, o desen-
volvimento econmico e a necessidade de aprofundar as
reformas ajudaram a aclarar a questo, com o que alguns
dirigentes passaram a falar em economia de mercado so-
cialista.
Em viagem de inspeo pelo Sul do Pas, em prin-
cpios de 1992, o prprio Deng Xiaoping botava os
pingos nos is, ao afrmar textualmente que economia
planifcada no sinnimo de socialismo, pois no capita-
lismo tambm existe plano, e que economia de mercado
no sinnimo de capitalismo, j que no socialismo tam-
bm existe mercado.
Por fm, em Outubro de 1993, o Congresso Nacio-
nal do PCCh homologou o termo economia de merca-
do socialista, logo referendado pela Assemblia Popular
Nacional atravs de emenda constitucional, conferin-
do-lhe fora de lei.
Segundo Deng Xiaoping, a diferena essencial
entre economia socialista e economia capitalista no
consiste em um pouco mais de plano ou um pouco
mais de mercado. A diferena est em qual sistema
de propriedade pblica ou privada exerce o papel
dirigente da economia. Segundo ele, em nossos dias,
nenhum pas adota de forma pura nem a economia de
mercado, nem a economia planificada, pois, desta ou
daquela maneira, plano e mercado esto sempre com-
binados em qualquer pas uns acentuando o plano,
outros enfatizando o mercado competitivo. A China
adota oficialmente uma economia sujeita regulamen-
tao macroeconmica do Estado, mas atribui cada vez
mais ao mercado o papel fundamental na distribuio
dos recursos.
CerACTersTiCAs CHinesAs
A direo chinesa sempre faz questo de acentuar
que a economia de mercado socialista por eles adota-
da tem caractersticas chinesas, ou seja, corresponde
obrigatoriamente ao atual nvel de desenvolvimento
das foras produtivas do Pas, livre de qualquer esprito
de voluntarismo que no corresponda capacitao do
Pas em termos de Educao, Cincia, Tecnologia e Ca-
pital (Este, venha de onde vier).

1992

199310

Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


CorresPondnCiA oBriGATriA
Trata-se de uma posio que a liderana chinesa
j assumira antes mesmo da proclamao da Repbli-
ca Popular, em 1949. Lembrando que o socialismo no
pode advir da noite para o dia, no pode ser implantado
por decreto ou voluntariosamente na marra (como se
pretendeu desastradamente em alguns pases), com o
conseqente abandono de leis econmicas fundamen-
tais enunciadas pelos clssicos do marxismo para a so-
ciedade socialista, o economista Xue Muqiao, quando
diretor do Instituto Nacional de Economia, em seu livro
Problemas da Economia Socialista Chinesa (1981) con-
dena o desprezo com que era vista na China, at 1977,
a Lei Objetiva da Correspondncia Obrigatria Entre as
Relaes de Produo e o Nvel de Desenvolvimento das
Foras Produtivas, assim formulada por Marx, no pr-
logo de sua obra Contribuio Crtica da Economia
Poltica:
Nenhuma formao social desaparece antes que se
desenvolvam todas as foras produtivas que nela caibam,
nem jamais aparecem novas e mais altas relaes de pro-
duo, antes que as condies materiais para sua existncia
tenham amadurecido no seio da sociedade anterior. Por
isto, a humanidade se prope sempre unicamente os obje-
tivos que pode alcanar, pois, bem vistas as coisas, sempre
observamos que estes objetivos s vingam quando j se do
ou, pelo menos, esto em gestao as condies materiais
para sua realizao.
TodAs As iniCiATiVAs
exatamente sob tal orientao que hoje so per-
mitidas na China todas as formas de iniciativa empre-
sarial, alm da estatal: a privada, a coletiva, a mista
(estatal-privada nacional, estatal-privada estrangeira,
privada nacional-privada estrangeira) e at 100% es-
trangeira. Atualmente, mais de 60% do PIB chins j
proveniente da iniciativa privada.
Para que se efetive a meta de estabilidade, unidade e
harmonia, a liderana chinesa tem hoje como priorida-
des reduzir alguns desequilbrios, como as diferenas de
renda da populao, entre os nveis de desenvolvimento
dos centros urbanos e do meio rural; tratam tambm de
conseguir no Centro e no Oeste do Pas o nvel de de-
senvolvimento j usufrudo pelas provncias litorneas.
Outra prioridade diz respeito preservao ecolgica,
a qual implica principalmente em reorientar o desen-
volvimento industrial, a fm de conter o processo de po-
luio que afetou terrivelmente o ambiente no ar, na
gua, no solo e no subsolo.
* Jayme Martins, jornalista, Diretor de Comunicao da CCI-
BC, viveu 20 anos na China, como professor de Portugus do
Instituto de Lnguas Estrangeiras, copidesque do Servio de
Portugus da Rdio China Internacional e correspondente da
mdia brasileira (O Globo, Estado, JT, Agncia Estado, Rdio
Eldorado, Rdio Guayba e SBT).
Jayme Martins
20
(
JT
SBT)

1949

(1981)1977

(
)100%
GDP60%

Z
ZZ bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Entrevista

90

2004

Viso da China Como o senhor v a parceria entre


o Brasil e a China atualmente e quais as maiores opor-
tunidades?
Embaixador Como os dois maiores pases em de-
senvolvimentos, um no Hemisfrio Ocidental e o outro
no Oriental, existe grande complementaridade entre
ambos. A parceria estratgica que se iniciou na dcada
90 do Sculo passado est ganhando corpo e consubs-
tanciando-se cada vez, e teve um impulso muito impor-
tante com a troca de visita dos Chefes de Estado no ano
2004. As oportunidades so muitas. Acredito que na
construo e melhoria de infra-estrutura aqui no pas,
a China possa ser uma boa parceira.
VC O que poderia ser feito pelos governos e em-
presrios dos dois pases para incentivar ainda mais as
trocas comerciais?
E Os dois Governos estimulam ou incentivam
de forma efetiva esta parceria. Quanto ao comrcio e
cooperao econmica, cabe s empresas tomarem ini-
ciativas. Na atual conjuntura econmica dos dois pa-
ses e do planeta a dinmica e as regras de mercado
falam mais alto. O maior obstculo, ou difculdade para
ampliao do comrcio ainda a falta de conhecimento
mtuo. Conclamo maior agressividade do empresaria-
do brasileiro na divulgao de seus produtos e na con-
quista do mercado chins.
leia em entrevista exclusiva revista da CCiBC, o embaixador extraordinrio
e Plenipotencirio da China, Chen duqing, expe a complementaridade entre
os dois pases, os desafios a serem enfrentados por ambos e os avanos no
intercmbio de produtos de maior valor agregado.

Z3 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Recentemente, a Embraer conseguiu
fechar um importante acordo comercial,
vendendo, de uma vez s, uma centena
de avies para uma companhia de
aviao chinesa.
mAior VAlor AgregADo
VC - Em alguns crculos costuma-se dizer que gran-
de parte dos produtos brasileiros exportados para a Chi-
na so de pouco valor agregado, enquanto as importa-
es brasileiras da China so, cada vez mais, de produtos
sofsticados. A ser verdadeira tal assertiva, ela poderia
causar um desequilbrio nas trocas comerciais, acabando
por prejudicar a indstria brasileira?
E - A tendncia crescente nas trocas comerciais
entre os dois pases um fato encorajador e deve ser
aplaudida. Na verdade, nestes 32 anos decorridos desde
o estabelecimento das relaes diplomticas sino-brasi-
leiras, a pauta de produtos comercializados tem sofrido
certas alteraes, devido a mudanas ou necessidades
econmicas de ocasio. A China sempre tem importa-
do minrio de ferro brasileiro, ao mesmo tempo em que
exporta carvo mineral para a siderurgia brasileira.
BeneFCios mtuos
Vale ressaltar um item curioso e um tanto esque-
cido por aqui: nas dcadas de 70 e dos 80 do, a China
vendia muito petrleo para o Brasil, mas agora ns
que estamos comprando petrleo brasileiro. A aquisi-
o de produtos primrios brasileiros pela China tem
contribudo bastante para manter em alta os preos de
oferta desses produtos no mercado internacional, be-
nefciando sensivelmente o Brasil. Alm disso, a expor-
tao de produtos chineses a baixo preo para o Brasil
tem ajudado a conter a infao por aqui. Temos tido,
portanto, benefcios mtuos.
DiVersiFiCAo suBstAnCiAl
Nota-se uma diversifcao substancial na pauta de
produtos trocados. Recentemente, a Embraer conseguiu
fechar um importante acordo comercial, vendendo, de
uma vez s, uma centena de avies para uma compa-
nhia de aviao chinesa. Isto demonstra que produtos
de alta tecnologia e alto valor agregado do Brasil esto
ganhando a preferncia do mercado chins. Por outro
lado, que eu saiba, boa parte dos produtos chineses im-
portados pelo Brasil no so destinados ao consumo
fnal, mas, sim, ao consumo industrial. Por exemplo: a
importao de componentes eletrnicos de telecomu-
nicaes chineses destinam-se a agregar valor a produ-
tos brasileiros, na fabricao de telefones celulares, que
so, muitas vezes, destinados exportao.

32

70 80



Embraer

Z3
bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/ Z4

32
4

Zona
Franca de Manaus

GIP

negCio De DuAs mos


Durante estes 32 anos de progressivo intercmbio, a
balana comercial parece-me haver favorecido a China
em apenas quatro anos. A China nunca pretendeu um
equilbrio absoluto na balana comercial. No vejo ra-
zo para reclamaes, de parte a parte. A concorrncia
comercial uma coisa sria; ser sempre um negcio
de duas mos uma pra l e outra pra c. O mercado
mundial como uma Copa do Mundo: todos entram
para competir, e quem no joga bem acaba eliminado.
AprenDiZAgem mtuA
VC - Que lies o Brasil poderia tirar da China para
no fcar de fora desse jogo, e o que a China poderia as-
similar do Brasil?
E - Como assinalei logo de incio, existe uma gran-
de complementaridade entre nossos dois pases; ambos
temos muito em comum. Para a China, o Brasil serve
como referncia, pois, alm do mais, um maravilhoso
Pas de dimenses continentais, com uma populao
numerosa e problemas muitas vezes semelhantes aos
da China. A troca de experincias ou lies tem sido e
pode ser cada vez mais proveitosa para os dois pases. A
China tem aprendido muito com o Brasil.
ZonAs FrAnCAs
Posso citar alguns exemplos: desde antes do nosso
processo de Reforma e Abertura, a China manifestou
grande interesse e enviou numerosas delegaes ao
Brasil para estudar a experincia da Zona Franca de
Manaus e adotou um sem nmero de zonas francas -
nossas Zonas Econmica Especiais, fator de grande res-
ponsabilidade no crescimento do PIB chins. O Con-
trato de Risco, inventado pelo Brasil para explorao
de petrleo, serviu de grande inspirao para o setor
petrolfero chins. Alm disso, numerosos economistas
brasileiros que estiveram em nosso Pas e outros que
acolheram nossas delegaes deram importantes con-
selhos aos colegas chineses, inclusive para que a China
tivesse muito cuidado ao tomar emprstimos.
A troca de experincias ou lies
tem sido e pode ser cada vez mais
proveitosa para os dois pases.
A China tem aprendido muito com
o Brasil.
bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/ Zb
o ipeA nA ChinA
Por outro lado, o modelo chins de crescimento eco-
nmico tambm tem despertado o interesse brasileiro.
Ainda este ano, um grupo do IPEA (Instituto de Pesquisa
Econmica Aplicada) esteve na China, fazendo pesqui-
sas, em busca de algo til da experincia chinesa para
o Brasil. Estou convencido de que a China e o Brasil, de
mos dadas, podem caminhar para um futuro brilhante.

energiA e meio AmBiente
Com seu crescimento extremamente acelerado, a
China tem uma grande demanda e consumo de energia,
especialmente de petrleo e carvo. Isso tem criado srios
problemas ambientais. Como enfrentar esses desafos?
E - verdade que o crescimento acelerado exige um
consumo de mais energticos e outras matrias primas.
Contudo, no fundamental, a China ainda autosufciente
em fontes energticas. Nosso maior componente para isso
o carvo. A importao de energticos compreende cer-
ca de 6% do nosso consumo. Realmente, um crescimen-
to to acelerado como estamos tendo causa transtornos,
em termos de matria-prima e de impacto ambiental. O
Governo chins est adotando medidas rigorosas para en-
frentar e resolver os problemas ambientais decorrentes.

questo prioritriA
Esta uma questo prioritria, em que o mais impor-
tante criar e respeitar o conceito cientfco de desenvolvi-
mento. No se deve dar ateno somente ao aumento do
PIB. Torna-se indispensvel dar um basta a este estado de
coisas. preciso levar em conta os efeitos sociais e ambien-
tais. A presente gerao no pode ser egosta, querendo me-
lhorar a prpria vida em detrimento das geraes futuras.
E quais seriam as oportunidades para Brasil nessa rea?
O Brasil pode ser um grande parceiro da China tam-
bm neste campo, pois tem se destacado na produo
de etanol e de carros de combustvel fexvel. Esta uma
grande contribuio do Brasil para a humanidade e para o
desenvolvimento sustentvel no mundo. J so notveis os
esforos desenvolvidos e as contribuies de empresrios
brasileiros nesse campo. A China tambm est desenvol-
vendo tecnologia prpria nesta rea. Espero que haja maior
intercmbio e maior troca de informaes neste terreno.
Estimo ver um dia o etanol brasileiro ajudando a mover
os veculos chineses, com o que teremos em ao mais um
importante item da parceria estratgica China-Brasil.
IPEA

IPEA

6%


GDP

Etano

Eta-
nol

bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Zb bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
A Fecomercio-PE promove anualmente, desde
1996, visitas de comitivas pernambucanas a outros
pases em busca de novas parcerias comerciais. No
ano de 2007 o pas escolhido foi a China. De todas as
misses que Fecomercio-PE promoveu nenhuma des-
pertou tanta ateno ou teve tantos inscritos. A misso
China, lanada em maro, em menos de duas sema-
nas j tinha todas as vagas reservadas, alm de uma
longa fla de espera. Apesar de esperarem uma grande
procura, devido a importncia desse gigantesco mer-
cado na atual conjuntura comercial e economica, os
organizadores fcaram surpresos com o rpido pre-
enchimento das vagas, garantindo as condicoes para
uma misso representativa, infuente e de sucesso.
Todas as atividades, eventos de promoo eco-
nomica de Pernambuco, e encontros da delegao
com empresrios chineses foram organizadas pelo
Sebrae-PE com todo o apoio da Cmara de Comr-
cio e Indstria Brasil-China para a organizao dos
seminrios e rodadas de negcios, visitas tcnicas,
e contatos na China. Foi uma agenda cheia e in-
tensa, percorrendo trs das principais cidades em
apenas uma semana.
Em Beijing, a primeira parada, os trabalhos
comearam em grande estilo com a realizao do
seminrio sobre oportunidades de investimentos
no auditrio da sede nacional do Conselho Chins
para Promoo do Comrcio Internacional (CC-
PIT) para mais de 400 empresrios, dentre eles 150
brasileiros e 250 chineses. O Embaixador do Bra-
sil na China, Sr. Augusto de Castro Neves, abriu o
evento falando do intercmbio comercial entre o
Brasil e a China. Segundo palavras do prprio em-
baixador a China um grande mercado de opor-
tunidades e o Brasil um grande parceiro. Mas
preciso intensifcar essa relao comercial. Acredi-
to que essa misso de empresrios nordestinos vai
abrir muitos caminhos e os dois pases passaro a se
Fecomercio-PE
1996

2007

Fecomercio-PE

,
(Sebrae-PE),CCIBC

400
150250
Augusto de Castro
Neves

Eduardo Campos

Fecomercio PE leva a maior misso nordestina


j organizada para desbravar a China

Dever CumpriDo!
Negcios

Z/ bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/

300

(CCIBC)

(Sebrae-
PE)Margarida Collier

CCIBC

Conti Oliveira Chesf Dilton


200

FIEP
Fecomercio-PE

Fecomercio-PEJosias Albuquerque

entender melhor. O governador de Pernambuco, Sr.


Eduardo Campos, deu prosseguimento ao seminrio
parabenizando a iniciativa da Fecomrcio e apresen-
tando um vdeo sobre os setores da economia pernam-
bucana, como o de biocombustveis, o sucroalcoleiro e
o de txteis.
O seminrio foi seguido por uma rodada de ne-
gcios com a participao de empresrios brasileiros
e mais de 300 empresrios chineses. O auditrio do
CCPIT mais parecia uma feira de negcios com os
diversos participantes interagindo e lendo seus por-
tflios em mandarim com o perfl dos integrantes
da misso e suas fotos, uma iniciativa sugerida pela
CCIBC para que os chineses pudessem escolher li-
vremente com quem queriam conversar. Segundo a
tcnica do Sebrae-PE, Sra. Margarida Collier, esse
portflio foi uma das principais ferramentas para
o sucesso das rodadas de negcios, pois facilitou
muito os contatos Os contatos que foram feitos na
rodada de negcios j esto dando resultados. De
volta ao Brasil, j estamos nos comunicando com
uma empresa de consultoria interessada em fechar
negcios. E a maior empresa do ramo em Xangai.
Alm dessa empresa, estamos falando com outras
que esto interessadas em investir no nosso Estado,
disse um empresrio da delegao.
Os trabalhos em Beijing foram conlcudos com
as visitas as empresas e fabricas selecionadas pela
CCIBC para os empresrios da delegao, incluin-
do a visita a uma trading em Pekin.
Na segunda parada da viagem, o grupo conti-
nuou com a srie de apresentaes e seminrios so-
bre o nordeste e as perpectivas de crescimento da re-
gio, para atrao de investimentos. Apresentaes
sobre infra-estrutura como a feita pelo presidente da
Chesf Dilton da Conti Oliveira, portos e zonas espe-
ciais para investimentos foram o carro chefe para
o pblico de mais de 200 empresrios chineses no
auditrio. Em seguida todos presentes se dirigiram
para o pavilho de exposies do Centro de Ciencia
e Tecnologia de Shanghai para a segunda rodada de
negcios da viagem, onde novamente diversos con-
tatos e apresentaes foram feitos pelos participan-
tes brasileiros e empresrios chineses.
Para encerrar a trajetria da misso por Shan-
ghai, foi inaugurado o Escritrio de Representacao
de Pernambuco da FIEP e Fecomrcio na unidade
da Cmara de Comrcio e Indstria Brasil-China
naquela cidade com uma grande solenidade frman-
do a parceria e fncando literalmente a bandeira de
Seminrio sobre Oportunidades de investimentos no auditrio
da sede nacional do Conselho Chins para promoo do
Comrcio internacional (CCpit)

Z/
Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/

530
CIESCO
CIESCO
CCIBC

SindacarRenato Cunha

23915%
CunhaRoberto Leite
RibeiroHlio Moreira Filho
Grfca Flamar

Suape

Governador de pernambuco discursando no seminrio sobre


Oportunidades de investimentos.
,
Z
Pernambuco no oriente e na principal cidade comer-
cial da China. Essa iniciativa, segundo palavras do
presidente da Fecomrcio, Prof. Josias Albuquerque
serviu para o empresariado do Nordeste e de Pernam-
buco ter seu endereo na China, fomentando e facili-
tando os negcios desta regio e o gigante asitico.
A ltima cidade a ser visitada foi Ningbo,
onde os integrantes da misso alm de visitarem a
Feira de Bens de Consumo ( Ningbo International
Consumers Goods), conheceram o porto local, na
verdade um complexo porturio com cinco uni-
dades diferentes, que recebe os imensos navios
da classe Cape Size de at 300,000 toneladas. A
CCIBC tambm organizou uma visita ao prefei-
to de Ningbo que gentilmente ofereceu um belo
banquete para os convidados.
A preparao e escolha criteriosa das pales-
tras, visitas tcnicas, rodadas de negcios e reuni-
es, foram fundamentais para obter informaes,
desenvolver relacionamentos e iniciar negocia-
es entre os empresrios de ambos os pases.
Alm de apresentar o potencial de negcios que
ambos podem realizar.
A preparao e escolha criteriosa das palestras,
visitas tcnicas, rodadas de negcios e reunies, fo-
ram fundamentais para obter informaes, desen-
volver relacionamentos e iniciar negociaes entre os
empresrios de ambos os pases. Alm de apresentar
o potencial de negcios que ambos podem realizar.
Entre as reas onde o intercmbio deve pros-
perar, est o setor sucroalcooleiro. A misso teve
representantes de trs grupos do setor, alm do
presidente do Sindacar, Renato Cunha. Segun-
do ele, so boas as perspectivas de comercializao
do etanol. J h nove das 23 provncias chinesas
empregando 15% de etanol misturado gasolina,
de forma experimental, explica Cunha. A Grfica
Flamar, representada por Roberto Leite Ribeiro e
seu assessor, Hlio Moreira Filho, tambm pros-
pectou negcios. Eles foram contatados por um
representante comercial de uma fbrica chinesa
para uma visita, com um carro e um intrprete
a disposio dos dois. Ao chegarem indstria
foram recepcionados por toda a diretoria, que j
havia pesquisado a situao brasileira do ponto
de vista de chapas de impresso, sabiam que h
apenas uma fbrica em So Paulo e achavam que
seria interessante montar uma indstria no Nor-
deste, possivelmente em Suape. Na prpria fbri-
ca eles firmaram um compromisso para levantar
Z9 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/ Z9
Eduardo Campos

Fernando Bezerra Coelho


Fecomercio-PE
Josias AlbuquerqueJarbas Vasconce-
losNey MaranhoFernando
Bezerra Coelho FilhoLuciano
Siqueira
SENAC Nacional
Sidney Cunha
Matheus AntunesMurilo Guerra
Ceclia FigueiredoGilson Monteiro
Margariga CollierSrgio Kano Tecon
Suape
essa iniciativa pioneira e visionria fortale-
ceu o lao entre o nordeste e a China, despertan-
do o interesse do empresariado brasileiro para os
ganhos e negcios a serem realizados com esse
atraente mercado. delineando o caminho a ser
trilhado e percebendo as oportunidades existen-
tes os integrantes da misso podero formar com
mais clareza o seu planejamento e estratgia para
o futuro que cada vez mais ser atrelado a China
de uma forma ou de outra. Misso Cumprida!

Telefones
21 2221-8076 / 2221-8445
VJ VENANCIO
ASSESSORIA COMERCIAL E JURIDICA LTDA.
E-mai l : vj venanci [email protected]
H mais de 30 anos no mercado, fornecendo assessoramento as mais
conceituadas empresas na atividade de legalizao de estrangeiros em geral.
a viabilidade do negcio e se tornarem parceiros
dos chineses na empreitada.
A delegao, liderada pelo Governador Eduar-
do Campos, foi composta de diversos empresrios,
do secretrio de Desenvolvimento Econmico de
Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, do presi-
dente da Fecomercio PE, Prof. Josias Albuquerque
dos Senadores Jarbas Vasconcelos e Ney Maranho,
do Deputado Fernando Bezerra Coelho Filho, do
Vice-Prefeito de Recife, Luciano Siqueira, de seis
deputados estaduais de Pernambuco, alm do di-
retor geral do SENAC Nacional Sr. Sidney Cunha,
Sr. Matheus Antunes, coordenador da misso em
PE, Sr. Murilo Guerra, Sra. Ceclia Figueiredo, Sr.
Gilson Monteiro, Sra. Margariga Collier, Sr. Srgio
Kano e Sr. Tecon Suape.
3 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Questes de Propriedade Intelectual na China
eu j registrei minha marca e
portanto estou coberto
A China signatria para todos os protocolos in-
ternacionais que a comunidade internacional moldou
referente ao registro e proteo do PI internacional.
Sendo assim, A China segue o mesmo sistema do posto
para a maioria das naes que a seguem.
registro da sua marca
Reconhecimento internacional s garantido se
sua marca foi previamente registrada em cinco outras
jurisdies (provando assim o seu status internacio-
nal) ou pode ser, por outro lado, argumentado como
uma marca internacionalmente considerada o que
um ponto de debate e sujeito interpretao legal.
Isto , se voc s registrou sua marca no seu pas na-
tal voc no est coberto na China. Para propsitos
prticos, entretanto, mesmo que voc tenha proteo
internacional, ns ainda recomendamos registrar na
China ao passo que os tribunais podem ter difculda-
de em reconhecer protocolos internacionais se eles no
so usados para eles, e isso vai signifcar mais tempo e
gastos em taxas legais para educar o tribunal e oferecer
evidncia da signifcncia de tais protocolos e a adern-
cia da China para eles. O registro de marca em qualquer
evento barato e deveria ser tomado como um caso de
bom senso de negcios.
Por Chris devonshire-ellis, scio snior, dezan shira & Associados
Boas e Ms Notcias
Erros Comuns &
Ms Percepes ao Investir
na China e Como Evit-los
Propriedade Intelectual (PI) uma questo muito emotiva no que diz respeito China, e existem muitas ms-con-
cepes ou mal-entendidos sobre a questo e como cooperar com o PI no que diz respeito questo chinesa. Vamos
examinar alguns dos erros mais comuns:
isso vlido?
PI uma questo emotiva para os negcios es-
trangeiros na China. Mas isso tambm importan-
te para assessorar o prejuzo real contra o custo de
litgio e das emoes. Advogados so caros, e as
Outras Questes para Perceber
emoes podem significar que voc se concentra
mais no litgio do que o caso na verdade garante.
sbio no destacar tanto o prejuzo causado sua fir-
ma se voc for limpo e for um pouco pragmtico
sobre lidar com isso.
PARCERIA CCIBC CHINA BRIEFING
Negcios
3 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
o seu pi vital para
o seu negcio chins ou internacional?
Se for, voc pode precisar avaliar seriamente se
voc deseja ou no introduzir sua tecnologia no mer-
cado aqui. Ou avaliar a quantidade de tempo que voc
tem com seu PI como parte de um plano de marketing
para descobrir o quanto de tempo voc precisar utili-
zar para no ter um limite do mercado antes dos pla-
girios comearem a trabalhar e iniciarem a erodir as
aes de mercado.
registros de patentes
Como mencionado, a China signatria a v-
rios protocolos internacionais no que diz respeito a
registros de patentes e marcas. Existe, entretanto, um
buraco no procedimento de registros para patentes,
o qual requer que elas sejam registradas e postas em
arquivo pblico para avaliao prvia patente sendo
reconhecida como sua prpria propriedade intelectual.
Isso signifca que alguns tipos empresariais procuram
tais registros especifcamente para roubar designs e
ento imediatamente entram em produo, mesmo en-
quanto seu processo de patente pendente ainda est em
andamento. Isso no uma questo chinesa uma
fraqueza no protocolo internacional de registros e pre-
cisa ser endereada ao mximo senso para proteger as
invenes e o R&D caros de serem barateados por me-
nos negociantes inescrupulosos.
suas habilidades no se estendem to longe
quando as competncias internacionais
Embora eles possam ser de fato honestos e teis, o
jeito pelo qual as empresas estrangeiras tm que ser ad-
ministradas na China, e as estruturas de comunicao
que eles tm que passar so muito diferentes daquelas
que as empresas Chinesas tm que aderir tambm. Na
realidade, os negcios estrangeiros na China enfrentam
muito mais investigaes que as companhias Chinesas.
Se seu funcionrio, por melhor que seja, no est fa-
miliarizado com os aspectos regulatrios referentes a
operar e manter um escritrio internacional ou neg-
cio na China, provavelmente haver questes que sua
companhia ir imediatamente considerar fora de cum-
primento. Isso pode e vai se tornar caro. Adicionalmen-
te, existem circunstncias onde o empregado pode de-
liberadamente manter a empresa fora de cumprimento
para obter benefcios ou tempo perdido depois se
algum argumento for levantado contra seu favor.
ter uma pessoa no controle de todos os seus
documentos corporativos e/ou bancrios
Muito comum. Os riscos so bvios. Voc
pode perder todas as suas habilidades para operar a
companhia da noite para o dia se ele/ela decide sair pela
porta. Mais todo o seu dinheiro.
insero da famlia e amigos
na sua cadeia de suprimentos
Isso muito comum. Voc precisa auditar sua
compra e departamentos de vendas regularmente para
ter certeza de que os funcionrios no esto fazendo
pedidos com empresas dos amigos ou parentes que es-
to ento cuidando do seu negcio a taxas bem acima
das do mercado.
implementao do negcio paralelo
Em um horrvel caso particular ns fomos chama-
dos para investigar, dois Canadenses-Chineses
Funcionrios
Erros Comuns ao Usar uma Equipe Chinesa de Funcionrios
para Comear ou Dirigir sua Empresa
Colocando-os em controle de tudo
Sim, parece ser bem til ter um pessoal chins sempre to bom e efciente para ajud-lo em todos os aspectos para
implementar suas operaes, incluindo todas as licenas de negcios, escritrios, contas de banco, controlando toda a do-
cumentao e assim por diante. A lngua e a burocracia so praticamente ininteligveis e voc um executivo corporativo
ocupado. Mas espere :
uma prtica de negcios normal em qualquer lugar ter uma pessoa no controle de todos os aspectos das suas
operaes do pas ?
No, no . E com uma boa razo:
3Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
foram contratados, tendo trabalhado para a
companhia-matriz alm-mar por muitos anos,
para estabelecer uma entidade de manufatura Chi-
nesa. Isso eles fizeram, entretanto o negcio chi-
ns nunca foi capaz de atingir nenhum outro lugar
como as vendas projetadas, e teve que ser continu-
amente sustentado pela matriz para sair dos apuros.
Uma variedade de condies de mercado, pre-
os competidores, e assim por diante foram dados
como desculpa. Quando, logo antes de um novo
Contratando Advogados
com nenhuma experincia Chinesa
Caro, e sem muita utilidade, especialmente se sua
capacidade de falar chins mnima. Contudo, muitos
aparentam bem, e apesar de suas frmas terem uma pre-
sena chinesa, como fca a sua presena individual na
China? Advogados internacionais so timos no traba-
lho internacional estrutura ps-fronteira e assim por
diante mas muitos deles professam experincia em
reas de prtica da China que eles esto tanto qualifca-
dos como experientes em estar fazendo negcio. Voc
est procurando um vendedor vendendo sua frma, ou
conselhos apropriados? Srio, se voc precisa contratar
um advogado com experincia chinesa v para uma
frma que sabe. pra isso que elas existem, e a China
tem tido advogados privados por 15 anos faa uma
pesquisa google dos seus nomes para ver como eles so
bem conhecidos.
Contratando pessoal
s pela sua habilidade de idioma
Bem, todos tm que comear de algum lugar. Mas
um jovem que acabou de sair do curso de idioma ainda
um jovem que acabou de sair dele, e no ter experi-
ncia com as questes chinesas. No espere milagres.
investimento de US$1 milho estava para ser injetado
na entidade chinesa, a matriz decidiu ter uma audi-
o interna rpida as coisas comearam a esclarecer.
Os dois funcionrios confiveis tinham estabelecido
uma companhia espelhada, com um nome chins
sonoramente similar marca internacional, e tinham
desviado todas as ordens para esse negcio no lugar.
Preo competitivo local mesmo. De um negcio
que os empregados estabeleceram para competir com
seus empregadores.
Erros Comuns ao Contratar Funcionrios Expratriados para
Comear e Gerenciar sua Entidade Chinesa
H problemas com funcionrios expatriados tambm. Especialmente, (e infelizmente) muito com servios pessoais
e profssionais :
E dois anos na China no fazem um expert. Graduados
jovens tm suas habilidade, claro, mas no os sobre-
carreguem muito com responsabilidades gerenciais an-
tes que eles tenham tempo de se ajustar ao ambiente
de negcios comercial e tenham se encontrado no seu
negcio. Um programa de desenvolvimento gerencial
para maximizar sua habilidade de idiomas ainda os in-
troduz ao seu negcio e vai colher grandes recompen-
sas tanto para voc quanto para eles se voc trata-los
com ateno educacional contnua.
os homens da China
Os expatriados que se destacam so aqueles que
realmente sabem se virar, e podem tirar voc do ca-
minho dos problemas que ns identificamos nessa
edio. Eles tero uma boa compreenso da lngua, e
podem ter se estabelecido com sua famlia aqui. Voc
no pode sobreviver na China sem saber como se vi-
rar, e isso um caso de experincia bem como possuir
pacincia inerente, tenacidade e pessoas e habilidades
de comunicao. Elas esto disponveis interessante-
mente nesse momento, muitas das multinacionais es-
tabelecidas esto localizando e importam engenharia
e outros talentos esto mais disponveis na China do
que antes.
these materials are reproduced ourtsey of Dezan Shira & Associates
www.dezshira.com and China Briefng www.china-briefng.com.
33 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
A histria moderna de Hong Kong inicia-se no contexto do imperialismo ocidental. A economia inglesa em
franca expanso, em meados do sculo XIX complementava suas necessidades, compondo, pouco a pouco, um
imprio de propores globais. A Revoluo Industrial iria, em pouco tempo, buscar a expanso dos mercados
consumidores, exigida pelo aumento da produo e pelo acmulo de capitais. De um lado, estava a Inglaterra, cujos
abastados comerciantes almejavam novas praas. De outro, estava a milenar China, resistente s investidas estran-
geiras, a um passo de sofrer a imposio da vontade alheia.
Comerciantes ingleses buscavam, em vo, desde o sculo XVIII, ampliar as atividades comerciais com a China.
A quebra do monoplio de Canto o nico porto chins autorizado a comercializar com o exterior estava na
ordem do dia. A interveno inglesa encontrou o pretexto necessrio na Guerra do pio, entre 1840 e 1842. A
destruio, por parte dos chineses, de um carregamento de pio ingls, resultou no uso da fora e na imposio do
Tratado de Nanquim, que garantiu Inglaterra o acesso a outros portos e o controle sobre a ilha de Hong Kong, a
partir de janeiro de 1841. O aspecto colonial perduraria por 156 anos, at o hand over, em julho de 1997.
Em 2007, Hong Kong comemora 10 anos de sua devoluo China. Ao longo da ltima dcada, a economia de
Hong Kong associou-se pujante economia chinesa, que cresce mais de 9% ao ano, e deu provas de sua vitalidade.
Foram superados os ferozes contratempos econmicos surgidos com a crise asitica de 1997 e, mais recentemente,
em 2003, com os efeitos da Sndrome Respiratria Aguda SARS.
19

18
18401842

18411
19977156
2007
1997
2003
Hong Kong dez anos depois

Internacional
34 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
A China recebeu de volta no a ilha que perdera,
mas uma cidade com ares de metrpole, na qual os cer-
ca de 7 milhes de habitantes desfrutavam de padro de
vida elevado. Aps a devoluo, a regio consolidou de-
fnitivamente sua vocao como um dos principais cen-
tros fnanceiros e comerciais de toda a sia, com uma
economia movida majoritariamente pelo setor tercirio.
Destacam-se a Bolsa de Hong Kong, com indicadores
alavancados, tambm, pela listagem de papis de in-
meras empresas do continente; e o Porto de Hong Kong
um dos maiores do mundo em movimentao de con-
tineres e um dos mais efcientes. Tendo iniciado-se o
sculo XXI, prepara-se o mundo para um novo ciclo,
no qual o Oceano Pacfco ocupa o posto de principal
espao das rotas de comrcio mundiais. As economias
asiticas atraem capitais e multiplicam seu dinamismo.
A prpria integrao fsica sul-americana, estabelecida
nos eixos delineados pela IIRSA, oferecer caminhos
aos produtores brasileiros, interessados em escoar seus
produtos, a custos competitivos, para os pases da bacia
do Pacfco. No h dvidas de que o mercado chins
o principal destino comercial almejado. A China, nesse
contexto, assume papel de relevo, ao possuir uma das
maiores participaes no comrcio mundial, contando
com portos efcientes como Xangai e Hong Kong.
Se, antes, Hong Kong destacava-se por ser um en-
clave capitalista na China comunista, hoje, a compara-
o perdeu fora diante da majestosa pujana da eco-
nomia chinesa, aberta para o mundo. Hong Kong no
perdeu, entretanto, a importncia comercial e fnancei-
ra. Muito pelo contrrio: assumiu seu papel com vigor,
associando-se quela que, segundo projees, dever
tornar-se, em breve, a maior economia do planeta.
Marcio sette Fortes
Membro do Conselho Superior da Fundao Centro de
Estudos de Comrcio Exterior FUNCEX
Diretor da Cmara de Comrcio e Indstria
Brasil-China - CCIBC

700

21

IIRSA

Marcio sette Fortes


(FUNCEX)

?
,
80

VoC sABiA?
Que a marca mais valiosa do mundo, a Coca-Cola,
quando introduzida na China na dcada de 80 foi ini-
cialmente traduzida como morda o girino de cera?
Isso porque era o que mais se aproximava, fonetica-
mente, com o nome ocidental. Hoje em dia para cor-
rigir isso, o nome virou alegria na boca, muito mais
palatvel ao consumidor local.
MArAVilHAs do Mundo eM PeriGo
Mais um lao surge entre o Brasil e a China: am-
bos os pases agora ofcialmente possuem maravilhas
do mundo moderno. Com uma campanha de escolha
que mobilizou o planeta inteiro e contou com milhes
de votos, o Cristo Redentor e a Grande Muralha foram
alguns dos grandes vencedores. No entanto, ambas so-
frem com graves problemas que afetam seus milhes
de visitantes. No Rio de Janeiro o problema a falta de
estrutura de acesso e estacionamento, longas flas alm
da segurana problemtica. J na China a situao
mais grave ainda. Estudo do governo aponta como cr-
tica o estado de preservao de seu maior carto postal.
At 90% da extenso da Muralha estaria em condies
ruins, sendo mais de 70% parte em estado crtico, sob
risco de desaparecer no ritmo atual. Falta de manu-
teno em reas mais remotas bem como depredao
por turismo no fscalizado e outros usos imprprios
vm causando a destruio da muralha e levando a um
plano de emergncia para reverter esse quadro.
leVAndo As FiCHAs
Com o aumento das receitas de 23% no ltimo ano,
atingindo U$7 bilhes contra U$6.7 bilhes da cidade
americana, Macau, ex-colonia portuguesa e regio es-
pecial da China onde o jogo permitido, ultrapassou
Las Vegas a capital mundial das apostas, como o maior
destino de jogos do planeta.
Com mais de U$24 bilhes em investimentos em
construes e novos cassinos de marcas internacional-
mente famosas como Sands, Wynn, Venetian e diversos
outros, Macau a menina dos olhos para investidores e
jogadores do mundo inteiro, principalmente da China.
O CEO do grupo Sands Sheldon Adelson disse in-
clusive que em breve Las Vegas ser conhecida como a
Macau Americana. Ser? Faam suas apostas.

-
70
23%
67

Sheldon Adelson

3b bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Notas
Notas
3b bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
drAGo CHins
Um vilo muito conhecido no Brasil parece querer
encontrar uma nova nacionalidade. O Drago da infa-
o to presente durante dcadas e por hora domado
e quase adormecido no Brasil, vem causando grande
preocupao ao governo e ao mercado chins. As altas
nos preos so em grande parte devidas aos aumentos
nos preos de energia, alimentos como carne de porco
(incrveis 73% desde ano passado) e commodities. Jun-
te-se a isso um crescimento fulminante acima de 10% e
bilhes de Yuan nas mos de consumidores mais abas-
tados, cria-se uma enorme presso infacionria.

73%
10%

PinGos de sABedoriA
Quando se escala uma montanha em cada passo faz-se o esforo para atingir o topo. No entanto, se no for dado
o ltimo passo, ainda se estar a caminho. (Chuang-Tse)
Todo grande nasceu pequeno. (Lao-Tse)
Mais caro o dado que o comprado. (Ditado brasileiro)
A persistncia uma rvore cuja raiz amarga, mas produz os mais doces frutos. (Provrbio Chins)

()

()

inVerso de PAPis
...Alis, como conseqncia das tendncias inverti-
das da infao, as respectivas taxas de juros de ambos
os pases seguem em movimentos opostos. Para gran-
de alvio dos empresrios e buscando um crescimento
maior, o Banco Central do Brasil reduziu esse a taxa
de juros em 11,5 % ao ano. Enquanto isso, para evitar
o superaquecimento e tentar reduzir o crescimento ga-
lopante da economia o Banco Central Chins teve que
intervir quatro vezes em 2007 para apertar o crdito,
aumentando sua taxa bsica para 3,6% ao ano, com ten-
dncia de mais altas.
Quem te viu e quem te v...

6.24%

20074
7.02%

3/ bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Marcio Abdenur
Analisando-se a Balana Comercial Brasil Rep-
blica Popular da China, observamos que na maior parte
do tempo o Brasil alcanou saldos comerciais positivos
com aquele pas (vide grfco 1), ao passo que nos cur-
tos perodos em que obteve dfcit, estes foram quase
sempre de pequena monta. Com isto resulta que no
perodo de 1985 a junho de 2007 o Brasil obteve um
expressivo saldo acumulado de U$ 10,2 bilhes.

11985
20076
102
Uma Anlise do Comrcio
Bilateral Brasil RPC

Opinio
EVOLUO DA BALAnA COMERCiAL BiLAtERAL BRASiL - CHinA
Uma anlise das principais mercadorias transa-
cionadas nos aponta que nos primrdios da dcada de
1980 o Brasil exportava para a China principalmente
produtos manufaturados e importava basicamente pe-
trleo bruto e seus derivados, dado o ento alto nvel
da produo daquele pas. Em 1985, a China colocou-
se como o nosso quarto maior fornecedor de petrleo.
1980

1985

3 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Contudo, ao longo dos anos este quadro foi se alteran-
do, tanto em funo da crescente necessidade chinesa
de consumo de energia, setor em que se tornou defcit-
ria, como pela melhoria da sua economia, que cada vez
mais se industrializava. Em contrapartida, a indstria
nacional sofreu uma contrao. Como resultado, teve-
se que nos ltimos anos o Brasil tornou-se um importa-
dor de equipamentos industrializados e exportador de
commodities, como gros de soja e minrio de ferro.
Temos a destacar ainda tanto os sucessivos saltos na
corrente de comrcio bilateral que alcanou a casa
dos U$ 1 bilho em 1993, passando para U$ 2 bilhes
em 1995 e que com um crescimento anual vertiginoso
desde ento, chegou a U$ 4 bilhes em 2002 e a U$ 16,4
bilhes em 2006 como tambm a reverso da balana
comercial bilateral em 2007, que se torna favorvel
Repblica Popular da China em U$ 200 milhes.
As perguntas que agora se apresentam so se este
novo saldo comercial defcitrio persistir nos prxi-
mos anos e se como conseqncia das crises internacio-
nais a corrente de comrcio bilateral ir sofrer impactos
negativos.
Para a primeira pergunta a resposta residir em
grande parte nas necessidades futuras de consumo da
China por commodities, bem como dos preos inter-
nacionais destes produtos. Tambm acreditamos que o
setor industrial brasileiro ter que enfrentar seus pro-
blemas estruturais investindo mais em modernizao e
tecnologias e contar com a recuperao e a ampliao
da infra-estrutura nacional como as de logstica e
energia de modo a poder fazer frente concorrncia
internacional, tanto da China como de outros pases de
economias emergentes. Todavia, considerando-se as
atuais condies, pode-se inferir que estes novos sal-
dos defcitrios da balana comercial com a China j se
apresentam como uma tendncia, ao menos no curto
prazo.
Quanto segunda questo, preferimos lembrar que
a China nas ltimas dcadas contrariou todas as previ-
ses negativas, superando todas as difculdades que se
lhe apresentavam e desta forma no s mantendo como
at mesmo acelerando o ritmo do seu vigoroso cresci-
mento econmico.
Marcio Abdenur
Economista e cientista poltico, empresrio e Vice-Pre-
sidente Binacional da CCIBC e Presidente Regional da
CCIBC Rio de Janeiro
Marcio Abdenur

199310199520
2002402006164
20072

39 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/


Institucional
memBros honorrios
Affonso Celso de Ouro preto
Ex-Embaixador do Brasil na Repblica Popular da China
Alberto tavares Silva
Deputado Federal
Alozio Mercadante
Senador da Repblica Federativa do Brasil
Aloysio nunes Ferreira
Secretrio de Estado de So Paulo
Antnio Carlos Magalhes neto
Deputado Federal
Blairo Maggi
Governador do Estado de Mato Grosso
Carlos Alberto Rosado
Deputado Federal
Chen Duqing Fundador
Embaixador da Repblica Federativa da China no Brasil
Eduardo Suplicy
Senador da Repblica Federativa do Brasil
Fernando Henrique Cardoso Fundador
Ex-Presidente da Repblica Federativa do Brasil
Garibaldi Alves Filho
Ex-Governador do Estado do Rio Grande do Norte
Germano Rigotto
Governador do Estado do Rio Grande do Sul
Jernimo tasso de Ges Rosado
Ex-Senador da Repblica Federativa do Brasil
Joo Batista Cantanhede Martins
Prefeito de Bequimo Maranho
Jonas pinheiro da Silva
Senador da Repblica Federativa do Brasil
Jing Shuping
Presidente do Minsheng Bank of China e Ex-Presidente
da Federao Nacional da Indstria e do Comrcio da
China (All China Federation of Industry and Commerce)
Joo Augusto de Medicis
Ex-Embaixador do Brasil na Repblica Popular da China
Jorge Sayad picciani
Deputado Estadual
Lare Rosado
Deputado Federal
Magno Augusto Bacelar nunes
Prefeito Municipal de Chapadinha Maranho
Marco Maciel Fundador
Ex-Vice-Presidente da Repblica Federativa do Brasil
paulo Hartung
Governador do Estado do Esprito Santo
pedro pullen parente
Ex-Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidncia da
Repblica
Roberto Abdnur
Ex-Embaixador do Brasil em Washington
Roberto Atila Amaral Vieira
Vice-presidente Nacional do Partido Socialista
Brasileiro
Roberto Saturnino Braga
Senador da Repblica Federativa do Brasil
Shen Yun Ao
Ex-Embaixador da Repblica Popular da China no Brasil
tao Dazhao Fundador
Ex-Embaixador da Repblica Popular da China no Brasil
Walfrido Mares Guia
Ministro das Relaes Institucionais
Wan Yong xiang
Comissrio da China em Macau
Wellington Moreira Franco
Deputado Federal
Yuan tao
Ex-Embaixador da Repblica Popular da China no Brasil
Conselho superior
Abraan Szajman
Presidente da Federao de Comrcio do Estado de
So Paulo
Cndido Mendes de Almeida
Professor e Reitor da Universidade Cndido Mendes
Carlos Arthur nuzman
Presidente do Comit Olmpico Brasileiro
Erling Lorentzen
Presidente do Conselho da Aracruz Celulose
Dom Eudes de Orleans e Bragana
Diretor da Metropolitan Logstica Com. Ltda.
Giulite Coutinho
Membro da CONCEX
Joo Havelange
Presidente Honorrio da FIFA
Laerte Setbal Filho
Diretor da DURATEX
Luclia Santos
Atriz
4 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
ney Maranho
Ex-Senador e Secretrio Especial do Governo de
Pernambuco
paulo protsio Fundador
Grande Benemrito da Associao Comercial do RJ
Qian Liren
Ex-Presidente do Dirio do Povo/China
Roberto Caiuby Vidigal Fundador
Ex-Presidente da CONFAB
theflo de Azeredo Santos
Ex-Presidente do Sindicato dos Bancos/RJ
Conselho ConsultiVo
Ambrose F. S. So
Diretor Executivo da Shun Tak Holdings Ltda Grupo
Stanley Ho
Bao Yu Jun
Vice-Chairman da Federao Nacional da Indstria e do
Comrcio da China (All China Federation of Industry and
Commerce)
Carlos Rivaci Sperotto
Presidente da FARSUL Federao da Agricultura do
Estado do Rio Grande do Sul
Clydes Dante Lonzetti
Vice-Presidente do Conselho Superior
Flavio Roberto Sabbadini
Presidente da FECOMERCIO Federao do Comercio
de Bens e de Servios do Estado/RS
Francisco Rgis Cavalcanti Dias
Vice-presidente da Fecomrcio do Cear
Homero Alves pereira
Presidente da FAMATO Federao de Agricultura e
Pecuria do Estado de Mato Grosso
Joo Augusto de Souza e Lima
Presidente da Federao das Cmaras de Comrcio
Exterior
Joo de Almeida Sampaio Filho
Presidente da Sociedade Rural Brasileira
Joo Carlos de Oliveira
Presidente do Conselho da ABRAS - Associao
Brasileira de Supermercados
Jorge parente Frota Jnior
Diretor da FIEC Federao das Indstrias do Estado
do Cear
Jos Antnio de vila
Presidente da Federao da Agricultura e Pecuria do
Estado do Mato Grosso e Deputado Estadual
Jos Brulio Bassini
Presidente da Junta Comercial do Esprito Santo
Jos Orlando Bellon
Major-Brigadeiro-do-ar
newton de Melo
Diretor Presidente da Mello AS Maquinas e
Equipamentos, Ex-Presidente da ABIMAQ
newton de paiva Ferreira Filho
Economista, Reitor do Unicentro Newton Paiva e
Conselheiro da Cmara Internacional de Comrcio
Ricardo Yazbeck
Presidente da FIABCI Federao Internacional das
Profsses Imobilirias
Roque Aquilino Zatti
Presidente da Associao Brasileira de Exportao e
Importao de Madeira
Sergio A. Barroso
Diretor Presidente da Cargill Agrcola S/A
Wang Hai
Presidente da Qingdao Double Star Comp
Direo CCiBC
DiretoriA
DiREtOR pRESiDEntE Bi-nACiOnAL
Charles A. tang
DiREtOR ViCE-pRESiDEntE nACiOnAL
marcio Abdenur
Economista
DiREtOR SECREtRiO
Danilo santos
Presidente da Associao de Amizade
Sino-Brasileira/RJ
DiREtOR JURDiCO
Arthur Caselli guimares
Duarte Garcia, Caselli Guimares e Terra Advogados
BRASIL
REGIO SUDESTE
so pAulo Sede CCiBC
Presidente Regional
nelson Marquezelli Deputado Federal
Vice-Presidente Regional
Beno Suchodolski
4 bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Diretores
Adelina Alcntara Machado Presidente da OPS
Alcntara Machado Associados e OBME Organizao
Brasileira de Mulheres Empresrias
Braz Jos de Arajo Professor da USP
Uninversidade de So Paulo
Carlos Buch pastoriza Diretor da ABIMAQ
Associao Brasileira da Indstria de Mquina e
Equipamento
Ceclia Antakly de Mello Diretora
Frank tang Diretor
Helio Beltrame Diretor da Comunicao e
Marketing Integrados
Jayme Martins Jornalista
Maurice Costin Diretor Titular do DEREX/CIESP
paulo da Cunha Freire Diretor
Vilson Yao Diretor
rio De JAneiro
Presidente Regional
Marcio Abdenur
Vice-Presidente Regional
Francisco de Lima e Silva - Embaixador
Diretores
Antnio Carlos peixoto Prof. Adjunto do
Departamento de Cincias Sociais da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro
Augusto Franco Mdico
Carlos Muniz Scio Diretor da Zinun Amilorac
Comrcio e Servios Ltda
Carlos tavares de Oliveira Assessor de
Comunicao Exterior da Confederao Nacional do
Comrcio
Kuan ta Shun Scio Kuanbrs I/E
Marcio Eduardo Sette Fortes de Almeida
Analista de logstica e Assessor da Presidncia da
Multitrminais Alfanegados
natal Furucho Diretor da Rede Record de Braslia
Severino Cabral Diretor Programa China sia
Pacfco (Universidade Cndido Mendes)
Sueli Garcia Diretor Presidente da CELLOPRESS e
do Grupo Farmacutico Brasil-China
Uta Schwietzer Diretora Cultural
minAs gerAis
Presidente Regional
Carlos Melles Deputado Federal
Vice-Presidente Regional
Wagner Benevides Chefe da Secretaria Especial
de Agricultura e Pesca/MG
Diretores
Christiano A. C. Cordeiro Diretor Executivo
Anderson Galvo Gomes Scio Diretor da
Cleres
Marcos Junio Rabelo Soares Diretor e
Consultor Internacional do Unicentro Newton Paiva
Ronaldo Ribeiro Gomes Diretor de Operaes
MANSER e do Grupo Ferrovirio Brasil-China
esprito sAnto
Presidente Regional
Renato Casagrande Senador
Vice-Presidente Regional
Cludio Lysias Rabello Gueiros Scio Diretor
da Brazshipping Martima
Diretores
Carlos Roberto Dias Eiras Diretor da Barramar
Agenciamento e Servios Martimos Diretor Executivo
Eduardo thiebaut Advogado e Scio do Escritrio
Jaques Marques Pereira
Ricardo netto teixeira Diretor da COMINT
Klauss Barros Diretor-Presidente do Escritorio
Klauss C. Barros
Sandra Stehling Diretora da Corredor
Centro-Leste
Sergio Leite Diretor do Departamento de Ferrosos
Sul da CVRD
REGIO SUL
pArAn
Presidente Regional
Eduardo Requio Superintendente do Porto de
Paranagu e Antonina
Diretores
Jose Carlos Bom de Oliveira Diretor Executivo
e Diretor CSA Comissria de Despachos Aduaneiros
Clovis Rech Diretor do Grupo de Madeira Brasil-China
rio grAnDe Do sul
Presidente Regional
Kalil Sehbe Deputado Estadual
4Z bLVl31/ Vl3/0 0/ CHlN/
Vice Presidente Regional
paulo Gilberto Fernandes tigre Presidente da
FIERGS Federao das Industrias do Estado do Rio
Grande do Sul
Diretor
nelson Edit Diretor Executivo
REGIO NORDESTE
mArAnho
Diretora
terezinha de Jesus Almeida Silva Rego
Professora da Universidade Federal do Estado do
Maranho
CeAr
Presidente Regional
tasso Jereissati Senador
Vice-Presidente Regional
Lcio Antnio Campos pinheiro
Diretor
Cid Marconi Gurgel de Souza Diretor Executivo
BAhiA
Presidente Regional
Wilson Andrade Presidente da Bolsa de
Mercadoria da Bahia
Diretor
Marco Aurlio Diretor Jurdico
pArABA
Presidente Regional
Mrio Silveira
Diretor
ivonaldo Elias de Lima Diretor Executivo
pernAmBuCo
Presidente Regional
Josias Albuquerque Presidente da Fecomercio de
Pernambuco
Diretor
Matheus Antunes Diretor Executivo e diretor da
Perfabril
piAu
Presidente Regional
Alberto Silva Deputado Federal
Diretores
Alexandre de Castro Ramalho Diretor Executivo
Deolindo Machado de Aguiar Diretor da
CONSPLAN Consultoria e Planejamento Ltda.
Jivago de Castro Ramalho Scio Gerente da
Vanguarda Engenharia Ltda.
Luciano do Rego Monteiro Conselheiro
Administrativo e Presidente de Comisses da OCEPI
Organizao das Cooperativas do Estado do Piau
Marcelo Carvalho Santos Correia Professor
REGIO CENTRO-OESTE
Distrito FeDerAl
Vice-Presidente Regional
Alexis Stephanenko
Diretores
Jupyra Ghedini Economista
Susana de Mello tavares Silva
trcio Cunha Leite Presidente da ALFA Trade
Consultem e Vice-Presidente Executivo da GERATRANS
Zhuair Warwar Trents Assistncia e Consultoria
International Ltda.
mAto grosso
Presidente Regional
Alexandre Herculano Coelho de Souza Furlan
Vice-Presidente Regional
Clovis Vetoratto
Diretores
Eduardo Mahon Diretor Executivo
Francisco Bedushi Consultor de Desenvolvimento
da SICREDI MT Cooperativa Central de Crdito de
Mato Grosso
REGIO NORTE
pAr
Vice-Presidente Regional
Martinho Arnaldo Campos Carmona Deputado
Estadual

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