Resumo - Senhora - 04 - Por Capítulos
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O narrador faz a apresentao da herona: rainha dos sales, deusa dos bailes, musa dos poetas, dolo dos noivos em disponibilidade. Rica e formosa. Olhos grandes e rasgados, virgem bacante, lbio perfumado. Tinha dezoito anos quando apareceu, pela primeira vez, na sociedade carioca. Andava sempre em companhia de Dona Firmina Mascarenhas, uma espcie de me de encomenda para no dizer que a moa, to nova, j era emancipada. Embora rica, tinha ojeriza riqueza. Considerava o ouro um vil metal que rebaixava os homens. Dava aos pretendentes um valor monetrio no mercado do matrimnio. Todos achavam que isso era uma brincadeira espirituosa da rica menina. No ntimo, porm, ela acumulava motivos para agir assim. Captulo II Aurlia: carter contraditrio O narrador mostra Aurlia em seus aposentos, em Laranjeiras, bairro rico do Rio de Janeiro. Acentua-lhe a excentricidade, as contradies do seu carter: s vezes triste e ingnua, s vezes arrebatadora e sensual. Esse comportamento dspar aproxima a herona da corrente realista. Captulo III Lemos convocado Pelos modos de Aurlia, D. Firmina desconfia que ela est gostando de algum. Surge o Sr. Lemos, tio de Aurlia, na histria. Aurlia mandou cham-lo por meio de uma carta. Lemos fora nomeado tutor da moa quando da morte da irm dele, a me de Aurlia. Surge Bernardina, velha a quem Aurlia protegia com esmolas. Nos captulos seguintes, ela desaparecer por completo. Captulo IV Plano de Aurlia: comprar um marido O narrador acentua os traos de seriedade e inteligncia de Aurlia quando se tratava de negcios. Exalta as qualidades da protagonista no encontro com Lemos. Sem rodeios, a moa disse ao tio que mandou cham-lo para que tratasse do casamento dela. Os argumentos de Aurlia so fortes. Alega que viveu sempre na pobreza. Agora rica, tem a sabedoria dos dois lados. Aurlia expe seu plano a Lemos: quer que ele desfaa o noivado de um moo (Fernando Seixas) com Adelaide Amaral. Para isto, pode gastar dinheiro de duas maneiras: uma, oferecendo cinqenta contos de ris ao homem pobre por quem Adelaide est apaixonada (Dr. Torquato). Outra, oferecendo um dote de at duzentos contos de ris ao homem que escolheu para marido, o Seixas. Quer que o tio faa esses arranjos preservando-lhe a identidade e sem confiar na palavra; de preferncia, que haja papel assinado como garantia. Captulo V Casa de pobre, roupa de rico
O narrador descreve a casa em que morava Fernando Seixas. Casinha humilde, pobre, com poucos mveis, fazendo contraste com os objetos pessoais do morador. O autor acentua-lhe a beleza, os traos finos, a cor da pele, a barba, a delicadeza dos ps. Seixas ainda no chegou aos trinta anos. Descreve a convivncia harmoniosa de Seixas com as duas irms, Mariquinhas e Nicota. Captulo VI A famlia de Seixas Filho de um empregado pblico, Seixas ficou rfo de pai aos dezoito anos. Teve que abandonar os estudos na Faculdade de So Paulo. Em vez de lutar para concluir o curso de Direito, preferiu a cmoda posio de funcionrio pblico numa Secretaria. Tornou-se, com o tempo, um dos escritores mais apreciados no jornalismo carioca. D. Camila, a me de Seixas, depois da morte do marido, vivia dos juros de um pequeno patrimnio deixado pelo falecido e aplicado na Caixa Econmica. A me e as duas filhas, desde a morte do patriarca, esmeravam-se em garantir uma vida de luxo para Fernando. Faziam isso por prazer, no por obrigao. Essa dedicao ao varo da casa fez que os anos passassem, e Mariquinhas, a mais velha, no arranjasse casamento. Nicota, j aos vinte, era motivo de preocupao para a me, que temia v-la condenada ao celibato. Seixas voltou do Recife aonde tinha ido a servio. Comentavam que ele queria lanar bases para uma candidatura. Captulo VII A proposta de Lemos Lemos visita Seixas e faz-lhe a proposta: cem contos de ris para casar-se com uma moa rica, de boa famlia. Apesar da lbia empregada para convenc-lo, tudo foi em vo: Seixas recusou a proposta. Lemos deixou-lhe o endereo para o caso de voltar atrs. Naquela noite, no teatro, Seixas viu Aurlia, admirou-lhe a beleza, mas no lhe dirigiu a palavra. Captulo VIII Seixas aceita a proposta Seixas procura Lemos, faz indagaes sobre a identidade da moa misteriosa que quer casar-se com ele e aceita o negcio com uma condio: o adiantamento de vinte contos. Aurlia, ao saber da exigncia, autorizou a operao. No outro dia, o negcio com Seixas estava fechado e assinado. O prazo para o casamento era de trs meses. Captulo IX Adelaide rompe o noivado Neste captulo, o autor retorna um pouco no tempo para explicar por que Seixas exigiu um adiantamento de vinte contos no negcio que fechou com Lemos. D. Camila informou ao Seixas que Nicota estava de casamento arranjado com um moo ali da vizinhana. Era um alvio. Agora, s faltava a Mariquinhas. Para o casamento da filha, D. Firmina ia precisar de dinheiro. No imaginava ela que Seixas j havia torrado a reserva da famlia na Caixa Econmica. Outro infortnio: deixou de receber a comisso que lhe aumentava o salrio na repartio pblica. Onde conseguir dinheiro? Para completar a tragdia, Adelaide Amaral rompeu o noivado. S havia uma sada: aceitar a proposta de Lemos, impondo-lhe o adiantamento dos vinte contos. Captulo X Seixas conhece a noiva misteriosa Aurlia deu uma festa em casa. Era a oportunidade para Lemos apresentar a moa misteriosa a Seixas. Quando descobriu que se tratava de Aurlia, a surpresa foi grande. Questionada sobre o passado, ela apenas disse que tudo estava morto. Era como se os dois se conhecessem pela primeira vez ali. Captulo XI O noivado A partir da apresentao, Seixas e Aurlia passaram a se ver quase todas as noites, ou na casa da moa, ou na sociedade. Numa cerimnia simples, a data do casamento foi marcada. A notcia causou inveja aos pretendentes de Aurlia. A assinatura do contrato nupcial era de separao de bens, cabendo a Seixas um dote de cem contos de ris. Captulo XII Enfim, casados
O casamento aconteceu na casa das Laranjeiras, com poucos e escolhidos convidados. No houve baile. No final de tudo, Aurlia entregou a um tabelio um testamento. Enfim, Seixas e Aurlia estavam ss. Captulo XIII Lua-de-mel frustrada O narrador descreve, em mincias, a cmara nupcial. Agora ss, Seixas esperava Aurlia para a lua-de-mel. Qual no foi a surpresa quando Aurlia revelou-lhe que tudo no passara de um plano para vingana. Acusou-o de se vender, de casar por interesse financeiro, no por amor. Segunda Parte QUITAO Captulo I O princpio de tudo O narrador retorna no tempo para contar a histria de Aurlia dois anos antes do casamento com Seixas. Vivia com a me, D. Emlia Camargo, viva. Emlia, na juventude, apaixonou-se por Pedro Camargo, estudante de Medicina, cujo pai era rico fazendeiro. Casou-se em segredo, pois Pedro temia a ira do pai. Algum, porm, denunciou-o famlia, dizendo que Pedro vivia amigado com uma rapariga em situao irregular. O velho, ento, obrigou o filho a abandonar os estudos e a recolher-se fazenda. Foi um ano de ausncia, de abandono famlia. Nesse perodo, a comunicao com a esposa era feita por cartas. Essas ausncias longas e os pequenos reencontros viraram uma prtica. Viviam assim, ela na cidade, ele na fazenda do pai. Viam-se de tempos em tempos, quando Pedro tinha oportunidade de ir corte. Vieram dois filhos: Emlio e Aurlia. Viveram assim, s escondidas, doze anos. Pedro j contava trinta e seis anos quando o pai arranjou-lhe uma noiva de quinze, filha de um rico fazendeiro da regio. Pedro, sofrendo muito, recolheu-se a um rancho isolado. Chegou a pensar em suicdio. Foi vtima, ali, de uma febre cerebral e morreu assistido por um tropeiro que levou a notcia e algum dinheiro para a viva. Desde ento, Emlia cobriu-se de luto que s foi substitudo pela mortalha. Captulo II Uma moa em exposio Depois da morte do marido, D. Emlia escreveu ao sogro, contando-lhe o segredo do casamento, falando-lhe dos filhos e pedindo-lhe ajuda. Recebeu um conto de ris como esmola e nada mais. O filho mais velho, Emlio, mostrou-se pouco inteligente para os estudos. J Aurlia tinha uma inteligncia viva, quase prxima dos homens. Emlio morreu, vtima de uma febre que o consumiu em poucos dias. D. Emlia, vendo que podia morrer e deixar Aurlia sozinha, insistiu para que a filha fosse todas as tardes para a janela, expor a sua beleza. Podia, assim, arranjar um pretendente rico, um bom casamento. Captulo III Muitos pretendentes, nenhum escolhido A ruazinha de Santa Teresa, onde Aurlia morava, ganhou um movimento inusitado. Rapazes de todas as castas desfilavam por l para cortejar a moa que se exibia janela. Um ms de tentativas, e nenhum mancebo sequer arranhou o corao de Aurlia. O tio Lemos, h muito sumido, aproximou-se da famlia. Certo dia, entregou uma carta a Aurlia. Nela, Lemos colocava-se como empresrio do amor para administrar as relaes da sobrinha com outros homens, uma atividade lucrativa na poca. Da em diante, os pretendentes mais afoitos passaram a molestar a moa com propostas imorais. O assdio durou cerca de um ms. Cessou quando descobriram que ali estava uma alma pura, s conquistada pelo matrimnio. Captulo IV Seixas conhece Aurlia Seixas foi informado sobre a beleza da menina de Santa Teresa. No acreditou. Quando l foi com um grupo de amigos, ficou convencido de que realmente era uma mulher bonita. Dois dias depois, voltou ruazinha e cortejou a donzela. Surpresa: foi correspondido. Passou, ento, a freqentar a humilde casa todas as noites e conquistou o corao de Aurlia. D. Emlia, preocupada com o futuro da filha, tentou convenc-la a casar-se com Abreu, moo rico da alta sociedade. Ela no aceitou e confessou que amava Seixas.
Alguns dias depois, Seixas pediu a mo de Aurlia. Estavam noivos. Captulo V Surge Adelaide Amaral Depois de noivo, Seixas comeou a medir as conseqncias de um casamento: quanto ia gastar, a liberdade perdida, os vexames de no poder dar uma vida de luxo a Aurlia... Seixas comeou a freqentar a casa de Adelaide Amaral: o pai dela propusera um casamento com dote de trinta contos de ris. Seixas aceitou. Captulo VI Rompimento com Aurlia Fernando, aos poucos, foi-se afastando de Aurlia. At que um dia, meio poeticamente, despediu-se da moa. Mandou, depois, uma carta D. Emlia. Aurlia soube, mais tarde, do noivado de Fernando Seixas com Adelaide. Custava-lhe acreditar que o moo ia casar-se apenas pelo dote oferecido. Uma carta annima veio provar que a suspeita era verdadeira. O tio Lemos havia sumido. Misteriosamente, ele comeou a passar em frente casa de Aurlia. Abreu, sabendo que Aurlia estava livre, reiterou a proposta de casamento. Aurlia, educadamente, rejeitou. J no pertencia a si mesma, mas a Fernando Seixas. Foi por essa poca que Fernando viajou para Pernambuco. Captulo VII Surge o av, Loureno Camargo Inesperadamente, Loureno Camargo, av de Aurlia, foi visit-la. Contou-lhes como morreu o filho e mostrou-lhes uma carta de despedida deixada por ele. Loureno j contava mais de setenta anos e queria reparar o erro do passado. O velho Loureno voltou para a fazenda, prometendo retornar logo, logo. Foi vtima de um derrame, convalesceu por dois meses e morreu. Na cidade, enquanto esperava o socorro do av, Aurlia viu morrer D. Emlia, a me querida. Salvou-a da penria o Dr. Torquato, ex-noivo de Adelaide Amaral. O tio Lemos e sua gente desapareceram. Captulo VIII Aurlia recebe a herana do av Morando em casa de D. Firmina e procura de emprego, veio Aurlia saber que o av morrera e declarara, em testamento, ser a neta sua herdeira universal. A herana chegava aos mil contos de ris. Quando os parentes por parte da me souberam do ocorrido, correram casa de Aurlia, o Lemos frente. Aurlia aceitou Lemos para tutor, mas com a condio de morar sozinha, sem a presena da famlia interesseira. Seis meses depois, passado o perodo de luto, Aurlia comeou a freqentar a alta sociedade carioca. Captulo IX De volta ao quarto de npcias O narrador retorna ao quarto nupcial, para recomear a cena interrompida. Aurlia continua dizendo verdades que humilham Seixas. Ele se limita a ouvir. Cerimoniosamente, ela pagou os oitenta contos restantes (j adiantara vinte) do dote combinado. Agora, podia cham-lo de \"seu marido\". Era a tentativa de igual-lo a uma coisa qualquer. Seixas falou finalmente. Reconhecia que se deixara comprar. Pronto. Era um escravo. Era o marido comprado por cem contos de ris. \"Espero suas ordens\". Aurlia mandou-o sair do quarto. Quando ele saiu, ela desmaiou. Terceira Parte POSSE Captulo I Primeira noite de casado Seixas voltou para os seus aposentos. Sem sono, comeou a refletir sobre tudo que lhe aconteceu. Chorou. Reconheceu a razo de Aurlia. Jurou nunca mais amar ningum. A noite foi um pesadelo. No outro dia cedo, Seixas percorreu os jardins da propriedade. Voltou para os aposentos e s saiu s dez horas, convidado para almoar. Captulo II
Convivncia irnica O primeiro almoo em casa de Aurlia era um banquete. Achavam-se na sala Aurlia e D. Firmina. Durante o almoo, Aurlia e Seixas fingiam felicidade, embora o dilogo entre os dois fosse recheado de ironias. Terminado o almoo, os noivos ficaram a ss na saleta de conversa. O dilogo que se travou ali era recheado de ironias de ambos os lados. Fernando fazendo o papel de marido-escravo; Aurlia insinuando que o dinheiro era a mola do mundo. Captulo III Quartos separados Os noivos saram da saleta de conversa e foram para outra sala, onde os esperava uma merenda. Veio o jantar. Aurlia vestiu-se com esmero para essa cerimnia. Logo depois, marido e mulher foram passear pelos jardins da chcara. noite, l pelas dez horas, ficaram a ss. Aurlia entregou ao marido um objeto envolto em papel de cor. Deu-lhe boa-noite e saiu. Captulo IV Um ms de casados: a vida rotina O objeto continha uma chave; e preso argola, um papel com a seguinte frase escrita por Aurlia: \"Chave do seu quarto de dormir\". Pensou que se tratava da cmara nupcial ricamente ornada em que estivera na noite anterior. Descobriu, mais tarde, que se tratava de outro quarto, bem modesto e com cama de solteiro. Alguns dias se passaram assim. No quinto dia de casado, Seixas voltou repartio, seu local de trabalho. Tornou-se funcionrio assduo. A mudana foi logo notada pelos companheiros de repartio. Apesar de estar casado com uma mulher rica, Seixas no aproveitava o carro para ir ao trabalho. Andava a p ou de gndola. Estavam completando um ms de casados e, nesse perodo, nunca pronunciaram o nome um do outro. O tratamento de ambos era respeitoso. Captulo V Vendeu o corpo, a alma no Aurlia descobriu que Seixas no fazia uso de nada que ela comprara para os aposentos dele. Seria de propsito? Seixas, em passeio pelo jardim, depois do jantar, travou longo dilogo com a esposa. Reiterou sua posio de marido comprado, mas alertou que a alma, o carter eram coisas ntimas, no inclusas no negcio. Captulo VI Vida quase normal, dormindo ss Depois do dilogo spero e irnico, comum ao primeiro ms de casamento dos dois, agora as conversas no tinham mais a ponta de ironia peculiar. Aurlia, certa noite, convidou Seixas para jogar baralho. Queria jogar apostando dinheiro, o marido negou-se. A vida de casados corria quase normal, exceto na hora de dormir. Captulo VII Felizes para os outros Marido e mulher saram noite para pagar umas visitas. Aos olhos dos outros, parecia um casal perfeito e feliz. Voltaram tarde para casa. Despediram-se e foram cada um para o seu quarto. Captulo VIII Aurlia prope divrcio O narrador faz um balano, na viso de Aurlia, do caminho que ela tomara ao se casar com Seixas. No era exatamente vingana o que pretendia. Estava agindo por orgulho. Certo dia, pela manh, ela disse ao marido que se quisesse tratar do divrcio dos dois, podia faz-lo. Captulo IX Casamento de Adelaide Amaral Seixas negou-se a aceitar o divrcio proposto pela esposa. O argumento era o quanto ela pagara para t-lo como marido. A relao entre os dois tornou-se menos festiva. Um evitava a presena do outro. Seixas aproveitava as tardes em que Aurlia saa com D. Firmina para ir ver a me e as irms. Nicota casou-se. Seixas assistiu cerimnia, mas no levou Aurlia.
Dr. Torquato Ribeiro casou-se com Adelaide Amaral. Aurlia serviu de madrinha, e Seixas foi abrigado a assistir ao casamento. Seixas estava inquieto. Queria ganhar um dinheiro extra de alguma maneira. Chegou mesmo a pensar em jogo. Captulo X Um retrato de Seixas Aurlia encomendou a um pintor famoso um retrato de Seixas. As tardes eram agora dedicadas a esta atividade: servir de modelo para os retoques finais da pintura. Quarta Parte RESGATE Captulo I Festas na alta sociedade Tornara-se comum Aurlia e Seixas freqentarem as festas. Aos olhos dos estranhos, pareciam muito felizes. Certa noite, ao chegarem a casa, Aurlia alegou mal-estar, quem sabe alguma febre, alguma doena. Estava tonta. Antes de entrar na cmara nupcial, ela mostrou-lhe o retrato: aquele era o homem que amava. Seixas tinha as feies, mas no a alma. Captulo II Cimes O autor, nesse captulo, refere-se a Diva, romance que publicou em 1864. o recurso chamado metalinguagem: o questionamento sobre a prpria atividade de escrever. No teatro, Aurlia ficou com cimes de Adelaide. Correu a notcia de que Eduardo Abreu tentou suicidar-se. Aurlia incumbiu o Dr. Torquato de levar Abreu casa dela. Queria salv-lo. O captulo termina com a discusso sobre cime. Captulo III Festas em casa Aurlia passou a organizar festas em casa, as famosas quadrilhas, freqentadas por convidados escolhidos, entre eles o Eduardo Abreu. O interesse da esposa pelo Abreu despertou cimes em Seixas. Alguns diziam que esses bailes eram pretexto de Aurlia para ficar cada vez mais prximo do marido. Captulo IV Dana e desmaio Esse captulo continua a descrever os bailes que Aurlia organizava em casa. Aurlia e Fernando Seixas, sob presso dos convidados, danam uma valsa duradoura, que se apressa mais e mais, at virar um turbilho de notas. A dana vertiginosa provocou o desmaio de Aurlia. O marido levou-a da sala nos braos. Captulo V De volta dana Seixas levou Aurlia para o toucador, deitando-a num sof. Muitos foram acudir a desmaiada, mas ela tornou a si logo, tranqilizando os convivas. Pouco depois, marido e mulher voltavam sala do baile e iniciavam nova dana. Captulo VI Dinheiro bem-vindo Aurlia, depois que os convidados foram embora, sozinha no quarto, fez suas confidncias ao retrato de Seixas. No outro dia, de volta ao trabalho, Seixas recebeu a notcia de que um privilgio, advindo de um negcio de cobre, havia sado. Era levar uma certa cautela e receber o dinheiro, quinze contos de ris. Captulo VII Suspeita de adultrio Voltando para casa mais cedo, Seixas encontrou Aurlia a conversar com Eduardo Abreu. Aurlia ficou meio vexada. Seixas deixou logo a sala e foi para os seus aposentos procurar a tal cautela. Achou-a e saiu de casa sem ser notado. tardezinha, depois do jantar, marido e mulher travaram calorosa discusso acerca da honra, envolvendo cimes, suspeitas de traio e outras coisas afins. Captulo VIII Abreu vem explicar-se a Seixas Os cimes de Seixas por causa de Eduardo Abreu continuaram. Estavam discutindo sobre o assunto quando o prprio Abreu chegou. Aurlia foi receb-lo juntamente com o marido.
noite, como de costume, houve quadrilha. Aurlia mostrava-se preocupada. No outro dia, Seixas saiu cedo e voltou atrasado para o jantar. Aurlia estava apreensiva. Ele disse esposa que conclura um negcio importante e que precisava falar-lhe noite, no toucador, em particular. Captulo IX Final feliz Onze meses havia passado desde que se casaram. Agora, estavam ali novamente na cmara nupcial. Seixas falou Aurlia que, naquela noite primeira, se ainda tivesse os vinte contos que pegara adiantado com o Lemos, teria desfeito ali o mal-entendido que os unira. Agora, tinha a quantia devida e queria negociar o seu resgate. Feitas as contas, incluindo os juros, Seixas mostrou os nmeros a Aurlia. Ela conferiu, aprovou e devolveu-lhe o papel da venda. Pronto: estava desfeito o negcio. A ttulo de despedida, Seixas explicou a Aurlia que era mister seu agradecer-lhe pela lio. Ela, vendo que Seixas falava srio e ia embora, chamou-o. E, para surpresa dele, jogou-se a seus ps a implorar perdo. Trocaram ali o primeiro beijo. Ele duvidou das intenes de Aurlia. O dinheiro dela era um empecilho felicidade. Ela, numa prova de abnegao total, entregou-lhe um papel: era o testamento feito antes do casamento. Ali, ela declarava Seixas seu herdeiro universal. Entregaram-se, finalmente, um ao outro, como marido e mulher.