Resumo - Império - Hard e Negri

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IMPRIO ANTONIO NEGRI E MICHAEL HARDT Obs.

.: conceitos chave recomposio tcnica (constituio do sujeito das lutas); imanentismo; poltica sem mediao. - Imprio o nome da categoria que expressa esse mundo da no separao do dentro e do fora (todo est DENTRO). O Imprio que a nova ordem; o novo espao; a nova soberania. A multido a base/classe do Imprio. - Segundo Cunca, Negri e Hardt fazem um liquidificador filosfico: Criam uma ontologia materialista, imanentista; falam sobre o poder constituinte; da produo do trabalho imaterial, comunicativo, lingustico; falam do intelecto coletivo, etc. RESUMO DO LIVRO - Nossa hiptese bsica que a soberania tomou nova forma, composta de uma serie de organismos nacionais e supranacionais, unidos por uma lgica ou regra nica. Esta nova forma global de economia o que chamamos de Imprio (p.12). - Importante distino entre: imperialismo x Imprio Imperialismo: relacionado expanso econmica e ao imperialismo europeu dinmica/processo que tem por base a noo de soberania moderna (limites territoriais e centralizao do poder). Nesse sentido, o imperialismo era, na realidade, uma extenso da soberania do Estado-nao. (A soberania do Estado-nao era a pedra angular do imperialismo). Imprio: em contraste com o imperialismo, o Imprio no estabelece um centro territorial de poder, nem se baseia em fronteiras ou barreiras fixas ele surge do crepsculo da soberania moderna. um aparelho de descentralizao e desterritorializao do geral que incorpora gradualmente o mundo inteiro dentro de suas fronteiras abertas e em expanso. Algumas implicaes dessa transio para o Imprio: - Mudana no modo capitalista de produo: divises espaciais ficaram misturadas; restrio do papel da mo de obra industrial, e ganha prioridade a mo de obra comunicativa, cooperativa e cordial. Na ps-modernizao da economia global, a produo de riqueza tende cada vez mais ao que chamaremos de produo biopoltica (a produo da prpria vida social). - Nossa hiptese contradiz as teorias de uma ps-modernidade americana (relacionada a uma concepo de imperialismo ou de hegemon). Segundo os autores o imperialismo acabou (p. 14). O Imprio como conceito e no como metfora > no se trata de uma analogia com os Imprios de Roma, China, das Amricas. (1) O conceito de imprio caracteriza-se fundamentalmente pela ausncia de fronteiras: o poder exercido pelo Imprio no tem limites. O conceito de Imprio apresenta-se no como regime histrico nascido da conquista, e sim como uma ordem, que na realidade suspende a histria; (2) o Imprio se apresenta no como um momento transitrio no desenrolar da Histria, mas como um regime sem fronteiras temporais e, nesse sentido, fora da Histria ou no fim dela (p. 15). > no entendi muito bem o que ele quer dizer com isso; (3) O objeto de seu governo a vida social como um todo. O Imprio no s administra um territrio com sua populao, mas tambm cria o prprio mundo que ele habita;

(4) O conceito de Imprio sempre dedicado paz uma paz perptua e universal fora da Histria. - O imprio com o qual nos deparamos exerce enormes poderes de opresso e destruio. Mas tambm oferece novas possibilidades para as foras de libertao. (Foras da multido X Foras do Imprio). PARTE UM: A Constituio poltica do presente. - A problemtica geral do Imprio determinada pela existncia de uma ordem. Assim, a primeira tarefa entender a constituio atual. Obs.: Notar que os autores utilizam os dois sentidos da palavra constituio: como processo e como corpo/documento legal, embora no faam essa distino explicitamente. - Primeiramente, os autores apontam ser necessrio eliminar duas concepes comuns a respeito dessa ordem: (1) a noo de que a ordem atual surge espontaneamente (argumento da mo invisvel do mercado); (2) a noo de que a ordem ditada por uma nica potncia. 1. A constituio do Imprio em termos jurdicos - A relevncia da anlise a partir dessa perspectiva legal: a ordem se expressa em parte na sua formao jurdica. - Genealogia das formas jurdicas: nos ajuda a entender o longo processo de transio do direito soberano dos Estados-nao para as configuraes globais ps-modernas (o direito imperial). - Paz de Westflia > Guerras Napolenicas > Congresso de Viena > Liga das Naes > ONU (auge do processo de constitutivo). Obs.: Fazendo um paralelo com as aulas de histria e de TRI, e adiantando o que os autores argumentam depois, podemos ver como eles conversam com os tericos que criticam o mito de Westflia, na medida em que os autores vo afirmar que essas tentativas e esforos de constituio so, na verdade, foras reativas isto , foras que buscam estabelecer controle sobre processos sociais > O que me lembra do argumento de Naem, por exemplo, sobre a no resoluo dos problemas de diferena mesmo aps a Paz de Westflia. - As Naes Unidas e lembrar que como exemplo de constituio mundial Onuf tambm mencionou a Carta das Naes Unidas funciona como um articulador na genealogia de estruturas jurdicas internacionais em sua evoluo para estruturas globais. Ilustrando o caso: De um lado toda a estrutura conceitual da ONU baseia-se no reconhecimento e na legitimao da soberania dos Estados individuais, e est portanto firmemente assentada no velho alicerce do direito internacional definido por pactos e tratados. De outro lado, entretanto, esse processo de legitimao s eficaz na medida em que transfere direito soberano para um verdadeiro centro supranacional. >> Centro? - Nas ambguas experincias da ONU, o conceito jurdico de Imprio comea a ganhar fora (p. 24). - As respostas tericas a essa constitucionalizao de um poder mundial supranacional, entretanto, tem sido completamente inadequadas: o problema da analogia interna. Duas linhas de pensamento foram especialmente ativas nessa transio: Hobbes e Locke. Enquanto a hiptese hobbesiana salienta o processo contratual que faz surgir um novo poder supranacional, unitrio e transcendental (acordo contratual); a hiptese lockiana concentra-se nos contrapoderes que animam o processo constitutivo e apoiam o poder supranacional (constitucionalismo global; sociedade civil global). Em vez de reconhecer a nova natureza do poder imperial, as duas hipteses se limitam a insistir nas velhas formas herdadas de constituio do Estado (um monrquico; o outro liberal). Ver pgina 25.

1.1 A constituio do Imprio - diferena de tericos da Teoria de Sistemas (Wallerstein e Arrighi, por exemplo), Negri afirma que apesar da continuidade no desenvolvimento do capitalismo, isso no nos deve impedir de ver a ruptura ou mudanas na produo capitalista contempornea e nas relaes globais de poder. - Para alm das continuidades apontadas por vrios tericos com relao ao poder poltico (a noo de que os Estados-nao capitalistas continuam a exercer domnio imperialista aperfeioando o imperialismo), Negri afirma que o que era conflito ou competio entre diversas potncias imperialistas foi substitudo pela ideia de um poder nico. este, na realidade, o ponto de partida do nosso estudo do Imprio: uma nova noo de direito, ou melhor, um novo registro de autoridade e um projeto original de produo de normas e de instrumentos legais de coero que fazem valer contratos e resolvem conflitos (p. 27) - Novamente, o porqu da nfase em transformaes jurdicas: apontam para mudanas na constituio material de ordem e de poder mundial. Assim, para traar uma perspectiva jurdica do Imprio, primeiro necessria uma genealogia do conceito: > Eu fico um pouco incomodada com essa genealogia, porque a impresso que eu tenho que eles so os nicos usando a palavra Imprio no sentido de uma nova soberania, e nesse sentido, esta mais para uma metfora do que para um conceito. (1) Imprio no contexto das origens das civilizaes europeias: Imprio como concerto global, sob a direo de um nico maestro, um poder unitrio mantm a paz social e produz suas verdades ticas; (2) No contexto da Renascena: triunfo do secularismo e separao tempo /espao. Surgimento do pensamento poltico moderno. Surgimento de duas noes de direito; de um lado um conceito de Direito Internacional (ordem), e de outro, utopias de paz perptua (ideal de razo). A alternncia fundamental entre essas duas noes perpassa toda a modernidade europeia (...). Seria correto afirmar que os diferentes progressos dessas duas noes de direito, que persistiram lado a lado por sculos de modernidade, tendem hoje a ser unificados e apresentados como categoria nica? Suspeitamos dizem os autores que esse o caso, que na ps-modernidade a noo de direito deve ser entendida novamente em termos de conceito de Imprio. Um sintoma desse renascimento do conceito Imprio: o interesse renovado no conceito e eficcia da guerra justa. Esse conceito comeou a reaparecer recentemente como narrativa central das discusses polticas (Guerra do Golfo). O conceito tradicional de guerra justa envolve a banalizao da guerra e a celebrao da luta como instrumento tico, ideias que o pensamento poltico moderno e a comunidade internacional de Estados-nao repudiam com energia >> mesmo?. Esse ressurgimento no apenas repete essas noes tradicionais, mas apresenta inovaes: a guerra justa no atividade de defesa ou resistncia. Ela se tronou uma atividade justificvel em si mesma. O inimigo e a guerra so banalizados. 1.2 O novo paradigma. O modelo de autoridade imperial - O novo paradigma ao mesmo tempo sistema e hierarquia, construo centralizada de normas e produo de legitimidade de grande alcance, espalhado sobre o espao mundial. - Alguns chamam dessa situao de governana sem governo para indicar a lgica estrutural, s vezes imperceptvel mas sempre e cada vez mais efetiva, que move todos os atores dentro da ordem global.

- A totalidade do sistema tem posio dominante na ordem geral, rompendo com todas as dialticas anteriores. - Esse paradigma imperial qualitativamente diferente das diversas tentativas feitas no perodo de transio para definir um projeto de ordem internacional. - A mudana paradigmtica definida, pelo menos inicialmente, pelo reconhecimento de que s um poder estabelecido, superdeterminado com relao aos Estados-nao e relativamente autnomo capaz de funcionar como centro da nova ordem mundial, exercendo sobre ela uma norma efetiva e, caso necessrio, coero. - Antigas noes de Imprio nos ajudam a enunciar melhor a natureza da nova ordem. > aqui parece que ele esta fazendo uma metfora... - O Imprio formado com base na capacidade de mostrar a fora com algo a servio do direito e da paz; o imprio no nasce por vontade prpria, convocado a nascer; a primeira obrigao do Imprio ampliar o domnio dos consensos que do apoio ao seu prprio poder (p. 33) - Mas tambm precisamos ir alm dele: Mistura de modelos jurdicos (ver final da pgina 33). - Que modelo jurdico capta todas as caractersticas da ordem supranacional? As caractersticas de ambos os sistemas (interno e externo) envolvem hegemonia sobre prticas jurdicas, tais como mtodo, preveno e discurso. Normatividade, sano e represso surgem disso. Ambas operam no terreno da crise. Mas a crise no terreno de aplicao da Lei deveria nos fazer atentar para o poder operador de exceo no momento de sua produo. A lei nacional e a Lei supranacional se definem por sua excepcionalidade. > quer dizer que elas so a exceo, ou seja, que s elas tem validade, legitimidade naquele contexto/situao especfica? - A funo da exceo neste caso muito importante. Para assumir o controle de situao to completamente fluida, e domin-la, necessrio assegurar autoridade que intervm (1) a capacidade de definir, sempre de forma excepcional, as demandas de interveno; (2) a capacidade de mobilizar foras e instrumentos que, de vrias maneiras, podem ser aplicados pluralidade e diversidade dos arranjos em crise. Aqui nasce, portanto, em nome da excepcionalidade da interveno, uma forma de direito que realmente o direito de polcia. - Podemos assim reconhecer a fonte inicial e implcita de direito imperial em termos de ao policial e da capacidade da poltica de criar e manter a ordem > A legitimidade do arranjo imperial sustenta o exerccio do poder de polcia, ao mesmo tempo em que a atividade de uma fora global de polcia demonstra a verdadeira eficcia do arranjo imperial. - O poder jurdico de reinar sobre a exceo, e a capacidade de usar a fora policial so, portanto, duas coordenadas iniciais que definem o modelo imperial de autoridade (p. 35). 1.3 Valores universais (falta resumo). - O imprio nasce e se revela como crise (p. 38). 2. Produo Biopoltica A polcia inclui tudo- M. Foucault. - Nossa anlise deve descer agora ao nvel da realidade social- materialidade e investigar a transformao material do paradigma de governo. - Terreno preparado por Foucault: sociedade disciplinar X sociedade de controle; biopoder. As concepes de sociedade de controle e do biopoder descrevem aspectos centrais do conceito de Imprio.

- Sociedade disciplinar: aquela na qual o comando social construdo mediante uma rede difusa de dispositivos ou aparelhos que produzem e regulam os costumes, os hbitos e as prticas produtivas. Instituies disciplinares (a priso, a fbrica, o asilo, o hospital, a universidade, a escola e assim por diante) permitem o funcionamento dessa sociedade e asseguram obedincia. Podemos dizer que toda a primeira fase de acumulao capitalista foi conduzida sob esse paradigma de poder. - Sociedade de controle: aquela na qual os mecanismos de comando se tornam cada vez mais democrticos, cada vez mais imanentes ao campo social, distribudos por corpos e crebros dos cidados. Os comportamentos de integrao social e de excluso prprios do mando so, assim, cada vez mais interiorizados nos prprios sditos. O poder agora exercido mediante mquinas que organizam diretamente o crebro (em sistemas de comunicao, redes de informao) e os corpos (em sistemas de bem-estar, atividades monitoradas) no objetivo de um estado de alienao independente do sentido da vida e do desejo de criatividade > intensificao dos aparelhos de normalizao de disciplinaridade, e internalizao. - Biopoder: a forma de poder que regula a vida social por dentro. A funo mais elevada desse poder envolver a vida totalmente, e sua tarefa primordial administr-la. Produo e reproduo da prpria vida. Quando o poder se torna inteiramente biopoltico, todo o corpo social abarcado pela mquina do poder. - O bio poder > relao no mediada entre poder e subjetividades (?) - O Estado de exceo e tecnologias de policia no tem a ver com as artes jurdicas da ditadura e do totalitarismo. Pelo contrrio, o imprio da lei continua a desempenhar papel central no contexto da transio contempornea: o direito continua sendo eficaz e se torna mtodo -0 por meio desses dois fatores apontados anteriormente > impossibilidade de mediaes prvias e variedade temporal do evento. - O Direito imperial consegue representar apenas parcialmente o projeto subjacente da nova constituio da ordem mundial, dada a sua incapacidade de atingir concretamente o biopoder em todos seus aspectos materiais. Assim, a anlise deve forar na dimenso produtiva do biopoder. 2.1 A produo da vida - Limitao estruturalista em Foucault (?) - Deleuze e Guattari: entendimento ps-estruturalista do biopoder (?) - Relao entre produo social e biopoder > marxistas italianos que reconhecem a dimenso biopoltica em termos da nova natureza do trabalho produtivo e de seu desenvolvimento na sociedade: intelectualidade de massa; trabalho imaterial; intelecto geral (p. 48). - Ambos, Foucault e Deleuze e Guattari no conseguem explicar a fundo a natureza da produo da vida? : O que Foucault no entende, finalmente, a dinmica real de produo na sociedade biopoltica; Deleuze e Guattari descobrem a produtividade da reproduo social (produo criativa, de valores, relaes sociais, afetos, formaes), mas conseguem articul-la apenas superficial e efemeramente, como um horizonte catico e indeterminado, marcado pelo evento inalcanvel (p. 47). - Nossa tarefa, por conseguinte, desenvolver essas tentativas parcialmente bem sucedidas de reconhecer o potencial da produo biopoltica. Corporaes e comunicao - Podemos ir alm da dinmica biopoltica da ordem mundial da qual discutimos anteriormente (ONU; e outras agncias transnacionais de finana e comrcio);

- As grandes corporaes transnacionais constroem o tecido conectivo fundamental do mundo biopoltico em certos e importantes sentidos. > mais a partir da segunda metade do sculo XX - As atividades das corporaes no so mais definidas pela imposio de um comando abstrato e a organizao do furto simples e intercmbio desigual. Em vez disso, elas estruturam e articulam diretamente populaes e territrios > o caso das commodity chains que discutimos em desenvolvimento. - O exemplo da perspectiva monetria: nada escapa ao dinheiro (traje monetrio). Assim os grandes poderes industriais no produzem apenas commodities, mas tambm subjetividades. Eles produzem subjetividades agentes dentro do contexto biopoltico: eles produzem necessidades, relaes sociais, corpos e mentes o que equivale a dizer, eles produzem produtores. Na esfera biopoltica, a vida feira para trabalhar para a produo, e a produo feita para trabalhar para a vida (p. 32). - Um lugar onde deveramos situar a produo biopoltica da ordem nos nexos imateriais da produo da linguagem, comunicao, e o simblico que so produzidos pelas indstrias de comunicao. A comunicao como um dos atuais setores hegemnicos da produo. - A comunicao expressa e organiza o movimento da globalizao. Controle o senso e a direo do imaginrio que percorre as conexes comunicativas. Em outras palavras, o imaginrio guiado e conduzido pela maquina comunicativa. - A mediao absorvida dentro da maquina produtiva. A sntese poltica do espao poltico fixada no espao da comunicao. por isso que as indstrias de comunicao adquiriram um papel to central >> pensar em exemplos dessas indstrias. - A esta altura podemos comear a atacar o problema da legitimao da nova ordem mundial. A sua legitimao no nasce da existncia prvia de acordos internacionais, nem no funcionamento das primeiras, organizaes supranacionais embrionrias, que forma elas mesmas criadas com tratados com base no direito internacional. A legitimao da mquina imperial nasceu, pelo menos em parte, das indstrias de comunicao, ou seja, da transformao em mquina do novo modo de produo (p. 52). - Segundo os autores, qualquer teoria jurdica que se direcione para as condies de psmodernidade deve levar em conta essa especfica definio da produo social comunicativa. - Nessa justaposio de produo pela linguagem, a produo lingustica da realidade, e a linguagem da autovalidao, reside uma chave fundamental para a compreenso da eficcia, validade e legitimao do direito imperial. Interveno - Resumindo a seo anterior: l os autores se referiram aos meios estruturais de interveno que envolvem manifestaes de mecanismo monetrios e manobras financeiras no campo transnacional de regimes produtivos interdependentes, e as intervenes no campo da comunicao e seus efeitos na legitimao do sistema. - Nesta seo, os autores vo verificar as novas formas de interveno que envolvem o exerccio da fora fsica por parte da mquina imperial em territrios globais. - Os inimigos, aos quais o Imprio se ope hoje, talvez apresentem mais uma ameaa ideolgica do que um desafio militar. De qualquer forma, o poder do Imprio exercido atravs da fora est bem avanado tecnologicamente e consolidado politicamente. O arsenal da fora legitima para a interveno imperial de fato muito vasto, a deveria incluir no apenas a interveno militar, mas tambm outras formas como a interveno moral e jurdica. > armas de fora letal X instrumentos morais.

- Um dos principais agente de interveno moral: as ONGS, as quais, justamente porque no so diretamente dirigidas por governos, pressupe-se que atuam na base de imperativos ticos e morais. Exemplos: Anistia Internacional, Oxfam, Mdicos sem fronteiras. - Tais ONGS humanitrias so de fato umas das armas pacficas mais poderosas da nova ordem mundial. Elas conduzem guerras justas sem armas, sem violncia e sem fronteiras. Assim como os Jesutas na madrugada da modernidade, esses grupos lutam para identificar necessidades universais e defender direitos humanos. - A demonstrao das ONGS da nova ordem como um contexto biopoltico pacfico parece ter cegado alguns tericos aos efeitos brutais dessas intervenes morais. Para Hard e Negri, a interveno moral muitas vezes prepara o cenrio para a interveno militar: A guerra justa apoiada efetivamente pela polcia moral, assim como a validade do direito imperial e a sua legitimidade apoiada pelo necessrio e continuo exerccio do poder policial (p. 38 na verso em ingls). - O papel das cortes internacionais: ainda incipiente nesse contexto. A interveno moral de certa forma precede militar, e da mesma fora, a militar precede interveno jurdica. Prerrogativas reias

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