Estrutura Externa e Interna Lusiadas

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A ESTRUTURA EXTERNA E INTERNA D`OS LUSADAS A Estrutura Externa O poema encontra-se dividido em partes, que se designam por Cantos

tos 10 Cantos. Dentro de cada Canto h unidades narrativas menores, chamadas Episdios. Cada Canto constitudo por estrofes (conjunto de versos), uma vez que se trata de um poema (narrativa em verso). As estrofes so oitavas, ou seja, tm oito versos. Cada verso tem dez slabas mtricas, sendo, por isso, denominados decasslabos.

A Estrutura Interna

Os Lusadas constroem-se pela sucesso de quatro partes:


PROPOSIO apresentao do assunto (canto I, estrofes 1 a 3).

O poeta anuncia que vai cantar as navegaes e conquistas no Oriente, os guerreiros e os navegadores, os reis que permitiram a dilatao da F e do Imprio e todos os que, pelas suas obras valorosas, se imortalizaram.

INVOCAO (canto I, estrofes 4 e 5) pedido de ajuda s divindades inspiradoras: as Tgides (ninfas do Tejo). Ao longo do poema Cames faz ainda outras invocaes: a Calope (musa da poesia pica e da eloquncia) e s ninfas do Mondego.

DEDICATRIA Cames dedica a obra a D. Sebastio e aconselha-o a novas empresas guerreiras (canto I, estrofes 6 a 18).

NARRAO parte do poema onde se narram as aes levadas a cabo pelo heri (o povo portugus). Inicia-se in media res, isto , quando a viagem j vai a meio, encontrando-se j os marinheiros portugueses em pleno Oceano ndico (canto I, estrofe 19 e vai at ao final da obra).

Por sua vez, a narrao constri-se atravs da articulao de diversos planos: PLANO DA VIAGEM - viagem de Vasco da Gama e a descoberta do caminho

martimo para a ndia.

Continuamente articulado com este e paralelo a ele, surge um segundo plano, que diz respeito interveno dos deuses no Olimpo:

PLANO

DA

MITOLOGIA

interveno

dos

deuses

do

Olimpo

nos

acontecimentos. Deuses: Jpiter pai dos deuses; Marte deus da guerra; Vnus deusa do Amor; Neptuno deus dos mares; Baco deus do vinho e da desordem; Mercrio - mensageiro dos deuses e deus do comrcio; Apolo deus do sol, da luz, da poesia.

Encaixado no primeiro plano, tem lugar um terceiro: PLANO DA HISTRIA DE PORTUGAL narrao de toda a histria de

Portugal desde Viriato at ao reinado de D. Manuel I.

Por ltimo, temos ainda: PLANO DO POETA consideraes e opinies do autor expressas no incio e no

fim dos cantos.

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