Miguel Veiga
Miguel Luís Kolback da Veiga (Porto, 30 de junho de 1936 — Porto, 14 de novembro de 2016[1]) foi um advogado e político português.
Miguel Veiga | |
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Nascimento | 30 de junho de 1936 Porto |
Morte | 14 de novembro de 2016 |
Cidadania | Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | advogado, político |
Distinções |
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Formação e vida política
editarLicenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1959, fez carreira na advocacia. Em 1974, ao lado de Francisco Sá Carneiro, Joaquim Magalhães Mota, Francisco Pinto Balsemão e outros, foi um dos fundadores do Partido Popular Democrático (hoje PSD), vindo a ocupar os cargos de vice-presidente e de membro das suas primeiras Comissões Políticas e Conselhos Nacionais. Foi deputado à Assembleia Constituinte.[2] Não obstante o seu vínculo partidário, acabou por apoiar Mário Soares na primeira candidatura a Presidente da República (quando Soares voltou a recandidatar-se em 2006, procurou novamente o apoio de Veiga, que porém preferiu apoiar o candidato "laranja" Aníbal Cavaco Silva).[3] Na sua vida política, manteve sempre uma postura laica, republicana e social-democrata que, entre outros, considerava ser a verdadeira identidade reformista do PPD-PSD, com parte da sua génese nos republicanos da cidade do Porto.
Foi condecorado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade (9 de junho de 1994)[4], sendo também membro do Conselho das Ordens Honoríficas. Em 2007 foi agraciado pela Câmara Municipal do Porto com a Medalha Municipal de Mérito – Grau Ouro. No momento proferiu um extenso e emotivo discurso, intitulado Razão do Sentimento de Pertença ao Porto.[5]
Foi um dos principais signatários do Manifesto em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico de 1990, petição on-line que, entre Maio de 2008 (data do início) e Maio de 2009 (data da apreciação pelo Parlamento), recolheu mais de 115 mil assinaturas válidas[6].
Morreu a 14 de novembro de 2016, aos 80 anos.
Acusações de plágio
editarMiguel Veiga foi acusado de plágio por José António Saraiva. No livro Confissões, publicado em 2006, o ex-diretor do Expresso José António Saraiva revelou duas queixas de plágio que o levaram a suspender os artigos de opinião do advogado no semanário. Foi igualmente acusado de plágio pelo Professor João Sousa Dias e condenado, após publicar um texto da autoria deste mencionando-o apenas como referência bibliográfica, sem revelar que o copiava integralmente.[7]
Obras
editar- Miguel Veiga et al., Francisco Sá Carneiro - 20 Anos depois, Lisboa, Gradiva Publicações, 2001, ISBN 9789726628187
- Miguel Veiga, Um Advogado em Redor das Letras à Volta do Porto, Porto, Edições Asa, 2002, ISBN 9789724130439
- Miguel Veiga, A Consciência Entre o Lícito e o Ilícito, Porto, Campo das Letras, 2004, ISBN 9789726108290
- Miguel Veiga, Os Poemas da Minha Vida 2, Lisboa, Público, 2004, ISBN 9789728892166
Referências
- ↑ «Morreu Miguel Veiga, fundador do PSD». Jornal Expresso. 14 de novembro de 2016. Consultado em 14 de novembro de 2016
- ↑ "Propostas para que se aprovem as Medalhas Municipais de Mérito – Grau Ouro a Miguel Luís Kolback Veiga" in Boletim da Câmara Municipal do Porto, ano LXXII, n.º 3712, pp. 1045-1046
- ↑ Presidenciais: procura de apoios para Frente de Esquerda - Soares em negociações com comunistas e bloquistas, Correio da Manhã,
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Miguel Luis Kolback da Veiga". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de julho de 2019
- ↑ "Razão do Sentimento de Pertença ao Porto"
- ↑ «Petição em Defesa da Língua Portuguesa Contra o Acordo Ortográfico»
- ↑ http://www.publico.pt/sociedade/noticia/miguel-veiga-condenado-a-multa-e-a-indemnizacao-por-plagiar-parte-de-um-livro-de-filosofia-1552261%7C3[ligação inativa]