Mísia (cantora)
Mísia, nome artístico de Susana Maria Alfonso de Aguiar (Porto, 18 de junho de 1955 – Lisboa, 27 de julho de 2024), foi uma cantora portuguesa, considerada uma das mais importantes fadistas de Portugal.[1]
Mísia | |
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Informações gerais | |
Nome completo | Susana Maria Alfonso de Aguiar |
Nascimento | 18 de junho de 1955 |
Origem | Porto |
País | Portugal |
Morte | 27 de julho de 2024 (69 anos) |
Gênero(s) | Fado |
Instrumento(s) | Voz |
Página oficial | http://www.misia-musik.com |
Biografia
editarNascida Susana Maria Alfonso de Aguiar,[1] no Porto, filha de pai português e mãe catalã, a cantora deu uma nova roupagem à música tradicional lusitana.[carece de fontes] Cantando em português, francês, napolitano, catalão e espanhol, misturava tendências, diferentes culturas e sons.[carece de fontes]
O seu disco de estreia, Mísia, foi editado em 1991. O disco inclui canções de Joaquim Frederico de Brito, José Niza, José Carlos Ary dos Santos, Carlos Paião, entre outros.
Em 1993, regressou com Fado, que foi produzido por Vitorino Salomé e contém canções como "Liberdades Poéticas", de Sérgio Godinho, "Nasci Para Morrer Contigo", de António Lobo Antunes e Vitorino, "Fado Adivinha", de José Saramago e António Victorino de Almeida, e ainda versões de "Velhos Amantes", de Jacques Brel, de "As Time Goes By" e de "Nome de Rua", de Amália Rodrigues.
Novo álbum, "Tanto menos, tanto mais" foi editado em 1995 e onde canta nomes como António Lobo Antunes, Fernando Pessoa ou João Monge.
O disco "Garras dos Sentido" foi editado em 1998. Canta poemas de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Natália Correia e António Botto e ainda de contemporâneos como José Saramago, Mário Cláudio, Agustina Bessa-Luís e Lídia Jorge. O disco recebeu em França o prémio Charles Cros. Lança o álbum "Paixões Diagonais" que conta com a colaboração da pianista Maria João Pires.
Em 2001 foi editado "Ritual". Com base em canções de Carlos Paredes e poemas de Vasco Graça Moura lançou "Canto" em 2003.
O álbum "Drama Box", editado em 2005, contou com a participação de Fanny Ardant, Miranda Richardson, Ute Lemper, Carmen Maura, Maria de Medeiros e Sophia Calle.
A 19 de janeiro de 2004, foi condecorada com o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras de França. A 19 de abril de 2005, foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem do Mérito.[2][3]
O disco "Ruas" (Lisboarium & Tourists) foi editado em 2009.
Morreu vítima de cancro - doença que batalhava desde 2016 - a 27 de julho de 2024, aos 69 anos, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde se encontrava internada.[4]
Carreira
editarDiscografia
editar- 1991 — Mísia
- 1993 — Fado
- 1995 — Tanto menos, tanto mais
- 1998 — Garras dos Sentidos
- 1999 — Paixões diagonais
- 2001 — Ritual
- 2003 — Canto
- 2005 — Drama box
- 2009 — Ruas (Lisboarium & Tourists)
- 2011 — Senhora da Noite[5]
- 2013 — Delikatessen Café Concerto
- 2015 — Para Amália
- 2016 — Do primeiro fado ao último tango
- 2019 — Pura vida (Banda sonora)
- 2022 — Animal sentimental
Cinema
editar- 2010 — Passione, de John Turturro
Referências
- ↑ a b Fadista portuguesa se apresenta na Capital, Jornal do Comércio, 14 de Setembro de 2009 (página visitada em 22-3-2011).
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Susana Maria Alfonso de Aguiar". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 25 de julho de 2019
- ↑ «França distingue artistas lusos». CM. Consultado em 30 de janeiro de 2024
- ↑ «Mísia (1955-2024), a voz corajosa de aquém e além-fado». Público. 27 de julho de 2024. Consultado em 28 de julho de 2024
- ↑ «TER A VOZ CERTA E UMA BOA HABILIDADE PARA TODOS». Misia Online. Consultado em 17 de junho de 2021