Capitania do Piauí


A Capitania de São José do Piauí[1] ou Capitania do Piauí foi uma Capitania portuguesa no Brasil colonial criada em 1718, desmembrando-se da capitania do Maranhão. Sua capital era a vila de Oeiras. O primeiro governador só tomaria posse quarenta anos depois em 1758. O nome da capitania de São José do Piauí, deve-se a uma homenagem ao período do reinado do monarca José I, que mantinha suas reais-fazendas no território.

Capitania do Piauí

Capitania


1718 – 1821
Localização de Piauí
Localização de Piauí
Mapa da Capitania do Piauí de 1760
Continente América do Sul
Capital Vila da Mocha (atual Oeiras)
Língua oficial Português
Governo Não especificado
História
 • 1718 Fundação
 • 1821 Dissolução
Carta Régia de 10 de outubro de 1811 que faz a separação administrativa do Piauí que então era junto com a capitania do Maranhão.

História

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Três anos antes da criação da nova capitania, em 1715, o território do Piauí foi transferido administrativamente do Estado do Brasil e incorporado ao Estado do Maranhão.[2][3]

Todavia, o Catálogo de Manuscriptos da Bibliotheca Pública Eborense, dá notícia de Carta Regia, datada de 30 de junho de 1712, determinando ao Ouvidor Geral do Maranhão que vá ao Piauí e crie, onde está a Igreja, uma Vila, e quando esta estiver estabelecida, proveja a dita Capitania do Piauí de Ouvidor Geral.[carece de fontes?]

O historiador Rego Neto[4] menciona que o documento régio de 1718 cria a Capitania do Piauí e que posteriormente o governador, João Pereira Caldas, fez um decreto no dia 13 de novembro de 1761 modificando o nome para Capitania de São José do Piauí em homenagem ao monarca lusitano.[5]

À medida que cresciam a pecuária e as fazendas de gado no Piauí, cresciam também os mercados consumidores, abastecendo os mercados não apenas do Nordeste, mas também do Pará, Minas Gerais e Rio de Janeiro.[6]

A contribuição dos padres jesuítas foi decisiva na colonização do Piauí, principalmente no desenvolvimento da pecuária, que, em meados do século XVIII, atingiu seu auge. Com a expulsão dos jesuítas do Império Português (1759) pelo Marquês de Pombal, as fazendas foram incorporadas à Coroa portuguesa e entraram em declínio.

Em 1758, foi criada a Capitania do Piauí, desmembrada da do Maranhão, tendo como capital a Vila da Mocha, um dos primeiros núcleos demográficos piauienses, e como primeiro governador João Pereira Caldas, em cuja administração (1758-1769) a Vila da Mocha foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Oeiras, e receberam o título de vila localidades como Jerumenha, Marvão (atual Castelo do Piauí), Parnaguá, Campo Maior e Parnaíba.[7][8][9]

O Governo da Capitania do Piauí permaneceu administrativamente subordinado ao da Capitania-Geral do Maranhão até 30 de maio de 1811, quando Carta Patente do então Príncipe Regente João nomeou o sr. Amaro Joaquim Raposo de Albuquerque Governador da Capitania do Piauí, «que sou servido desmembrar da Capitania-Geral do Maranhão para ficar inteiramente a sua administração independente desta a que era subalterna».[carece de fontes?]

Em 28 de fevereiro de 1821 torna-se uma província, que viria a ser o atual estado de Piauí com a Proclamação da República em 1889.[carece de fontes?]

Ver também

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Referências

  1. DESCRIÇÃO DA CAPITANIA DE SÃO JOSÉ DO PIAUÍ —1772, acesso em 10 de novembro de 2016.
  2. Nova Enciclopédia Barsa. São Paulo: Barsa Planeta Internacional Ltda. 2004. pp. 313–319 
  3. «Piauí». Glossário de História Luso-Brasileira. Consultado em 21 de agosto de 2024 
  4. Rego Neto, Hugo Napoleão do. Fatos da história do Piauí - 2ª ed .Teresina: Projeto Petrônio Portela. 1986. página 26
  5. Rego Neto, Hugo Napoleão do. Fatos da história do Piauí - 2ª ed .Teresina: Projeto Petrônio Portela. 1986. página 26
  6. «Piauí». Glossário de História Luso-Brasileira. Consultado em 21 de agosto de 2024 
  7. Nova Enciclopédia Barsa. São Paulo: Barsa Planeta Internacional Ltda. 2004. pp. 313–319 
  8. «História - Oeiras (PI)». IPHAN. Consultado em 21 de agosto de 2024 
  9. «Caldas, João Pereira (1724-1794)». O Arquivo Nacional e a História Luso-Brasileira. 18 de novembro de 2021. Consultado em 21 de agosto de 2024 

Bibliografia

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  • TELES, José Mendonça (org.). Catálogo de Verbetes dos Manuscritos Avulsos da Capitania do Piauí existentes no Arquivo Histórico Ultramarino, Lisboa-Portugal. Goiânia: Sociedade Goiana de Cultura, Institutos de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil-Central, 2002.
  • Catalogo dos Manuscriptos da Bibliotheca publica eborense: Biblioteca Pública de Evora Joaquim Heliodoro da Cunha Rivara, ord. por Joaquim Antonio de Sousa Telles de Mattos 1 de janeiro de 1850 Imprensa nacional, 1º Volume, pag.115.[carece de fontes?]

Ligações externas

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