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Uma farsa doce como mel
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E-book116 páginas1 hora

Uma farsa doce como mel

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Sobre este e-book

Melissa não tem (e nem quer ter) sorte no amor. Apesar de ter uma vida social bastante agitada, não quer um compromisso sério. O problema é que, muitas vezes, os homens com quem ela sai acabam se apaixonando, não é à toa que ganhou o apelido de lábios de Mel. É por isso que Melissa já tem um plano pronto para colocar em ação sempre que um homem insiste em levar o relacionamento adiante: ela pede que Heitor, seu vizinho gostoso, finja que é seu namorado ciumento.
Em geral, a tática dá certo, mas quando seu chefe — com quem ela passou uma única noite bêbada — aparece em sua porta, nada parece capaz de convencê-lo a deixá-la em paz. Então, quando Mel descobre que a empresa está planejando um evento em um ecoresort que vai durar um final de semana inteiro, convence Heitor a acompanhá-la como seu namorado de mentira. Ela só não esperava que fosse gostar tanto da sua companhia e muito menos que seu chefe fosse aparecer com uma esposa da qual Mel sequer sabia da existência.
IdiomaPortuguês
EditoraPormenor
Data de lançamento1 de nov. de 2024
ISBN9786560575929
Uma farsa doce como mel

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    Uma farsa doce como mel - Thais Bergmann

    PORMENOR, 2024

    Autora: Thaís Bergmann

    Revisor: Vinícius Rizzato

    Arte de capa: Vitor Castrillo

    Diagramação: Carol Dias

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISBD

    B4909f

    Bergmann, Thais

    Uma farsa doce como mel [recurso eletrônico] / Thaís Bergmann. - Guaratinguetá : Editora Pormenor, 2024.

    ePUB.

    Inclui índice.

    ISBN: 978-65-6057-592-9 (Ebook)

    1. Literatura brasileira. 2. Romance. I. Título.

    CDD 869.89923

    2024-891

    CDU 821.134.3(81)-31

    Elaborado por Vagner Rodolfo da Silva - CRB-8/9410

    Índice para catálogo sistemático:

    1. Literatura brasileira : Romance 869.89923

    2. Literatura brasileira : Romance 821.134.3(81)-31

    Sumário

    Início

    Capítulo 1

    Capítulo 2

    Capítulo 3

    Capítulo 4

    Capítulo 5

    Capítulo 6

    Capítulo 7

    Capítulo 8

    Capítulo 9

    Capítulo 10

    Capítulo 11

    Capítulo 12

    Capítulo 13

    Capítulo 14

    Capítulo 15

    Epílogo

    Sobre a Pormenor

    Capítulo 1

    Aprendi que não posso subestimar a força de vontade de um homem com desejo

    Eu amo e odeio minha melhor amiga quase na mesma medida.

    Tudo bem, talvez ódio seja uma palavra forte demais, mas o problema é que não importa o quanto eu tente evitar, nós sempre acabamos tendo a conversa quando nos encontramos. Dessa vez, a culpa é toda da Cinthia. Ela começou a namorar há quatro meses e parece fisicamente incapaz de falar de outra coisa. É quase um milagre que esteja passando uma noite inteira longe do Fernando — tivemos que remarcar o encontro de hoje duas vezes porque Cinthia cancelou de última hora.

    — E ele é tão carinhoso, sabe? Não faz nem 40 minutos que cheguei, e o Fê já mandou mensagem perguntando se eu tô me divertindo. — Pelo brilho em seus olhos, até parece que ele a pediu em casamento montado em um cavalo branco com fogos de artifícios ao fundo.

    — Realmente um príncipe — digo em um tom sarcástico, mas Cinthia nem percebe.

    — Não é?!

    — Mas e a sua prima... — Me viro para Érica, outra amiga nossa, tentando mudar de assunto antes que o desastre aconteça.

    Só que já é tarde demais.

    — Não entendo por que você é tão contra relacionamentos — Cinthia soa indignada, como se o fato de eu não querer um namorado fosse uma ofensa pessoal a ela.

    — Eu não sou contra relacionamentos... — Dou de ombros, já cansada desse assunto. — Eu só não tenho nenhuma vontade de namorar.

    — O que eu não consigo entender — ela insiste, se empertigando no sofá para ficar mais perto de mim — é porque você é tão traumatizada se nunca namorou. Se ao menos alguém tivesse quebrado seu coração em mil pedacinhos... mas você nunca deu uma chance pra ninguém!

    — Uma coisa não tem nada a ver com a outra...

    — Acho que você é a única pessoa de 25 anos no mundo que nunca namorou — Cinthia reforça, como se essa conversa já não tivesse acontecido 37 vezes só nesse ano.

    E é por isso que, às vezes, eu odeio minhas amigas, principalmente Cinthia, que é a mais próxima de mim, mas também a mais metida.

    — Por que eu vou querer um namorado se posso ficar com quem quiser sem toda a parte ruim de estar em um relacionamento? — É a única resposta que tenho para dar.

    — Que parte ruim? — Cinthia se aconchega em mim e deita a cabeça no meu ombro, pronta para demonstrar o que estou perdendo. — Não tem nada melhor do que passar um sábado de chuva de conchinha com alguém.

    — Não tem nada melhor do que passar um sábado de chuva debaixo das cobertas vendo um filme que eu escolhi sozinha sem ninguém pra ficar fazendo comentários desagradáveis o tempo todo — rebato e a empurro de leve.

    — Meu Deus, quem foi que te machucou desse jeito? — O tom de Cinthia é preocupado, mas sei que está apenas brincando. Das três, ela é a única que insiste no assunto, apesar de eventualmente, Gabi e Érica também entrarem na onda quando Cinthia começa com essa palhaçada.

    Às vezes, acho que um almoço com minha família perguntando e os namoradinhos? seria menos doloroso do que esse interrogatório que sempre sofro com elas.

    — Ninguém me machucou — digo, apesar de não ser bem verdade.

    Porque a verdade não as deixaria satisfeitas. A verdade é que crescer com uma mãe apaixonada por um cafajeste te ensina que a única forma de não sofrer por amor é não se apaixonar.

    Não sei quantas vezes peguei no sono ao som do choro dela porque meu pai tinha escolhido passar a noite na cama de outra mulher. E a pior parte é que, não importa quantas vezes ele a traísse ou a tratasse como lixo, nada era suficiente para que ela desse um pé na bunda dele. Minha mãe era tão apaixonada que meu pai poderia ter atropelado minha avó e, ainda assim, receberia apenas um tapinha nas costas.

    No fim, foi ele quem a largou para ficar com outra. E, mesmo depois de tudo que ele fez, minha mãe sofreu como se tivesse perdido o melhor homem que já pisou na terra.

    Acho que acompanhar de perto um relacionamento caindo aos pedaços acabou com a minha vontade de encontrar alguém. Não é como se eu me recusasse a ter um namorado, só não consigo me interessar por ninguém por mais de duas noites.

    — É uma pena que você seja assim. — Cinthia encolhe os ombros. — O Fernando tem um amigo que seria perfeito pra você.

    — Muito obrigada, mas eu passo — dou um longo gole no vinho —, pretendo continuar livre, leve e solta pra sempre.

    — Você sabe que dizer isso é praticamente implorar pra encontrar o cara perfeito, né? — Cinthia ergue as sobrancelhas quase em desafio. — Aposto que você vai estar noiva até o fim do ano. É sempre assim, quem não tá procurando, encontra!

    — Deus me... — começo, mas o interfone me interrompe no meio da frase.

    — É o amor batendo à sua porta! — Cinthia grita, tão animada que Heitor com certeza ouviu no apartamento ao lado.

    — Eu vou me casar com o entregador de pizza? — Finjo empolgação enquanto caminho pela sala. — Que romântico! Alô?

    — Melissa? — o homem pergunta.

    — Isso! Quanto ficou?

    — É o Arlindo — a voz vem abafada pelos barulhos da rua, mas finalmente a reconheço —, desce pra gente conversar.

    Meu sangue gela e eu fico parada no lugar, ainda segurando o interfone contra o ouvido.

    — Tá tudo bem? — Cinthia pergunta, mais séria agora. — Você tá branca!

    Suas palavras me tiram do torpor, e coloco o interfone de volta na parede tentando processar o que está acontecendo.

    Eu sabia que ele estava determinado a dormir comigo de novo; Arlindo fez questão de deixar isso bem claro nas últimas semanas. Mas chegar ao ponto de descobrir meu endereço sem meu consentimento para me importunar em um sábado à noite… Eu definitivamente não esperava que ele tomasse uma atitude tão extrema.

    — O que aconteceu? — Cinthia insiste quando não respondo.

    — É o… — pigarreio, tentando recobrar a compostura. — É o meu chefe.

    — O Arlindo? — Cinthia pula de pé, ainda mais surpresa do que eu. — O que ele tá fazendo aqui?

    Das três, Cinthia é a única que trabalha comigo e, portanto, a única que o conhece. Apesar de termos tanta intimidade que compartilhamos todas as idas ao banheiro durante o expediente, não tive coragem de contar que me empolguei com os drinques na última festa da empresa e acabei indo para um motel com ele. Não só porque Arlindo é nosso chefe, mas porque gostaria de apagar aquela noite da minha memória.

    Essa é uma decisão que eu jamais teria tomado sóbria.

    — Depois eu te

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