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Desbocada, desfocada e deslocada
Desbocada, desfocada e deslocada
Desbocada, desfocada e deslocada
E-book133 páginas1 hora

Desbocada, desfocada e deslocada

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Sobre este e-book

Bruna Louise é formada em artes cênicas e só se formou para jogar um diploma na cara da família, ou seja, Bruna Louise não é especialista em nada, absolutamente nada. Esse livro de anti-autoajuda e com péssimas dicas de sobrevivência foi escrito baseado em histórias de amigas, reclamações de mulheres de todos os tipos, sejam contadas diretamente para Bruna Louise, sejam ouvidas dentro de ônibus ou consegui- das indiretamente: com copos de vidro grudados na parede do vizinho ou escutas telefônicas. Como comediante de stand-up, ela está acostumada a ver coisas rotineiras com outros olhos (até porque ela acorda ao meio-dia, o que muda tudo) e isso possibilita que ela exerça sua veia satírica e brinque com questões sérias que são comuns na vida de qualquer mulher. Então livre-se do politicamente correto (até porque ela não tem como pagar os advogados em caso de processo) e se divirta com essa visão bem-humorada do universo feminino. Bruna Louise é uma das revelações da comédia nacional: inteligente, criativa e ácida. Bruna Louise está realmente muito feliz em estar escrevendo tudo isso em terceira pessoa. Bruna Louise talvez seja exagerada e egocêntrica. Bruna Louise precisa voltar pra terapia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de jan. de 2018
ISBN9788593156151
Desbocada, desfocada e deslocada

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    Desbocada, desfocada e deslocada - Bruna Louise

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    Os palavrões estão aí, ao nosso dispor, a nosso serviço, para ajudar a expressar nossos sentimentos da maneira mais sincera. Até porque a vida é muito curta pra você curtir pra caramba, sendo que você pode curtir pra caralho. Eu amo quando leio aqueles posts do tipo: Pessoas que falam palavrão são mais sinceras, ou ainda, são mais inteligentes. Pode ser mentira, mas eu me sinto super enturmada. Muita gente acha que falar palavrão é vulgar, vulgar pra mim é falar CARAMBOLAS. (Ok, não é vulgar, mas me irrita tanto que poderia ser) e muita gente acha que falar palavrão não ajuda em nada. Se você pensa que não ajuda em nada, você nunca teve um ex que te traiu pra chamar de AQUELE FILHO DE UMA PUTA DESGRAÇADO. Isso sim é terapia.

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    A o longo do livro vocês vão notar que foco não é o meu forte, nem pra foco da dengue eu tenho concentração. Às vezes eu abro parênteses e saio completamente do assunto, dou a volta ao mundo, esqueço o que eu estava falando, faço você esquecer o que eu estava falando, depois volto com a maior naturalidade. Este livro me fez perceber que conversar comigo deve ser um inferno, porque antes de finalizar um assunto eu sempre lembro de trocentas histórias e me distraio com absolutamente qualquer coisa, desde um prato de comida até uma abelhinha voando.

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    Aquele momento em que você olha ao redor e se sente meio diferente, enquanto todo mundo está tomando chá das 5 você pensa em drinks; ou quando está todo mundo prestando atenção no chefe e você de olho no horóscopo daquele homem lindo que nem sabe seu nome, mas pode saber, só depende do posicionamento da lua em relação a saturno; ou quando você deveria estar dormindo, mas está revirando na cama com planos mirabolantes para dominar o mundo. Se você também está sempre faz coisas diferentes do que deveria estar fazendo, então parabéns: você também é uma deslocada! (O parabéns eu coloquei só pra te animar, porque eu ainda não descobri se isso é uma coisa boa ou não, mas vamos fingir que é). A felicidade não é feita de verdades.

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    Este é um livro inicialmente escrito pra mulheres, mas obviamente homens também são bem-vindos. Eu até aconselho, pois os textos podem ser bem esclarecedores... não como um manual para a cabeça feminina, porque isso seria impossível em qualquer livro menor que a Bíblia. Mas se você já chegou até aqui, Não sou psicóloga e nem especialista em nada, se, por acaso, alguns dos meus conselhos acabarem com seu relacionamento, só posso te dizer: sinto muito. Ou hahaha, se fudeu, se você for meio babaquinha!

    Se você é lésbica, esse livro é muito pra você, afinal você é uma mulher que namora outra mulher, então vocês podem rir juntas aqui de várias crises que passamos. Vocês vão notar que escrevo sobre relacionamentos apenas me referindo a relacionamentos heterossexuais, mas por quê? Por uma questão antropológica da sociedade (mentira, gente, foi só preguiça mesmo de sempre me referir a pessoa como: o cara/a menina, o gato/a gata). E se você é homem homossexual, tá mais fácil ainda, não precisa nem mudar o objeto de desejo. Ou seja, sintam-se todos incluídos!

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    Bom, todo mundo fala de TPM e eu acho impressionante que ainda existam homens que acham que TPM não existe. Depois que a gente fatia o cara e põe na mala, a gente é que é louca. Acreditem, rapazes: quando a TPM bate na porta, a razão pula pela janela sem paraquedas gritando: eu não aguento mais!!!. Queria ver se vocês mulheres concordam comigo… Eu acho que TPM também é questão de estilo. Porque sim. Existem vários tipos de TPM.

    Existe aquela TPM DEPRESSIVA: quando você acha que nada, absolutamente nada na vida está dando certo e só de bater o dedo mindinho na quina do móvel já é motivo pra desistir de viver. Em dias assim, a gente acha, ou melhor, a gente tem certeza, de que ninguém gosta da gente. A gente se acha tão feia que se olha no espelho e vê a Fiona (eu realmente gostaria de colocar outra referência aqui, mas fiquei com medo de processo). Esse tipo de TPM quase sempre tem um par: a TPM DA CARÊNCIA, que ocorre quando você precisa muito, mas muito de alguém, que geralmente é um homem que não entende o que você está sentindo, não compreende sua vontade de se afogar no pote de sorvete. Você manda um Whatsapp, a pessoa demora 15 segundos pra responder e nesses quinze segundos você já imaginou que talvez ele tenha fugido para a Malásia com uma loira estilo Pamela Anderson e que, obviamente, os dois estão rindo de uma foto sua que ele levou para a mais pura humilhação, e eles só param de rir pra transar loucamente, de um jeito que ele nunca fez com você… É uma carência tão profunda, tão profunda, que você é capaz de dar a vida por um homem que chegue em casa levando pra você uma caixinha de cookies. Mas como esse homem quase nunca chega, muito menos com a caixinha de cookies, você vira uma formiga enlouquecida (e carente) à beira de um ataque de nervos. Tudo que você quer é chegar em casa, por o pijama e fazer um brigadeiro. E enquanto você faz o brigadeiro você lambe a colher, você lambe a panela e você lambe o fogão onde derrubou uma gota de chocolate. Aliás, queria contar pra vocês que o brigadeiro gelado é muito bom, muito bom mesmo! Isso eu descobri aos 30 anos quando, pela primeira vez na vida, consegui deixar o brigadeiro esfriar.

    Mas os tipos de TPM não param por aí. Tem a TPM BARRAQUEIRA. Eu não sou barraqueira, mas eu tenho um pouco de inveja das barraqueiras…. Porque elas conseguem o que elas querem. Você está na fila da balada e a barraqueira dá um show. Você julga, acha feio, fica chocada, passada, sussurra com a sua amiga o quanto aquilo é absurdo e diz que você definitivamente jamais faria isso. Mas fica chocada na fila. Enquanto a barraqueira já entrou, e você está lá fora, com frio e cansada de estar em pé, ela está com um Cosmopolitan na mão, dançando até o chão aquela música que você adora. Gente, acabei de decidir: eu vou fazer um barraco. Por qualquer motivo! E vai ser agora!

    Voltei. Foi constrangedor. Não sabia que tinha que ter talento pra isso também. Não tenho. Enfim, continuando...

    A TPM BARRAQUEIRA é a da mulher que quebra vidro, fura pneu, enfia o salto alto na testa do namorado. Se um cara te fecha no trânsito, você xinga e quer descer pra matar. Tipo um dia de fúria.

    E tem a TPM SOFREDORA. Mas veja, a TPM SOFREDORA não é igual à TPM DEPRESSIVA. Na TPM SOFREDORA você já tá mal e como se não fosse suficiente, você ainda vai atrás de uma música de fossa, que te faz ficar pior. Quando você vê, você própria começou a dramatizar, a representar, pegou o carro, saiu dirigindo e de repente começou a chorar copiosamente, como se estivesse dentro de um filme. O legal é que, às vezes, mas só às vezes, você pode ficar tentada a dirigir olhando no retrovisor pra tentar ver o que os outros veriam se estivessem te olhando chorar. Porque a gente mesmo nunca se vê chorando, né? Então fica aquela curiosidade: será que eu tô fazendo bem esse papel? Só que pode acontecer de você olhar no retrovisor e cair na risada diante da patética imagem de voc& amp; ecirc; com a cara toda borrada de rímel, chorando como uma louca, já sem saber o porquê.

    E tem a TPM MIX, que é

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