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Romanos
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E-book121 páginas1 hora

Romanos

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Comentário da Epístola aos Romanos que é conhecida como o Evangelho Segundo o apóstolo Paulo, em razão de explicar em detalhes o modo da salvação por Jesus Cristo e o modo pelo qual convém viverem os cristãos, com destaque especial na pregação do Evangelho.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento5 de mar. de 2017
Romanos

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    Romanos - Silvio Dutra

    Romanos 1

    Porque o Pecador Necessita do Evangelho

    Esta epístola tem sido chamada por muitos como o evangelho segundo Paulo. Ele fez uso da palavra evangelho por 4 vezes, somente neste primeiro capítulo, como se vê nos versículos 1, 9, 15 e 16, enfatizando que havia sido chamado para apóstolo, tendo sido separado de um modo especial por Deus, para o evangelho de Cristo.

    Paulo declarou que servia a Deus em seu espírito, no evangelho de Seu Filho. Que estava pronto para anunciar também o evangelho em Roma, porque não se envergonhava do evangelho, uma vez que é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê.

    A grande necessidade da humanidade é um evangelho de Deus que a salve; que repousa na realidade de que Deus manifestou por várias vezes, especialmente no Velho Testamento, a Sua ira contra o pecado.

    Então, é somente pela justiça do evangelho, que é segundo a fé, que a ira de Deus contra o pecado daqueles que se convertem a Ele pode ser satisfeita, conforme o apóstolo vai expor amplamente nesta epístola.

    Paulo diz, que a justiça de Deus é revelada no evangelho de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé; porque esta justiça evangélica é a justiça de Deus; no sentido de que é a que Ele está aprovando e aceitando.

    A justiça que está sendo oferecida para a remissão dos pecados é a do próprio Cristo, portanto, é somente por causa da fé, que os pecadores são justificados.

    Paulo declarou qual era seu principal propósito de estar entre os santos de Roma nos versos 11 e 12, que era o de comunicar algum dom espiritual, como para que ele também fosse consolado, através da fé mútua.

    O evangelho deve ser pregado a toda criatura debaixo do céu, conforme ordenança de Jesus; logo, o apóstolo disse que estava pronto para pregar o evangelho também em Roma.

    Não é por mérito de raça, de capacidade humana ou de qualquer outra qualificação ou capacitação humana que há salvação de pecadores, mas pela exclusiva graça que opera de fé em fé no evangelho, como Paulo afirma no verso 17.

    A ação do pecado no mundo é evidente de várias maneiras, e o apóstolo enumera algumas a título de ilustração, até o versículo 32. Da condição ali descrita, o crente foi resgatado por meio do lavar regenerador e renovador do Espírito Santo. Antes, o crente era treva com os demais, mas agora é luz no Senhor. Apesar de os crentes não serem impecáveis, e estando ainda sujeitos à ação do pecado em sua antiga natureza, todavia, todos se encontram na condição referida pelo apóstolo aos crentes coríntios, depois de ter relacionado alguns pecados visíveis em que muitos deles ainda se encontravam: E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus. (I Cor 6.11).

    Todos aqueles que não foram justificados em Cristo, são, portanto indesculpáveis perante o justo juízo de Deus que exige perfeita santidade a todos, sem exceção.

    É somente pela graça e justiça do evangelho que está sendo oferecida gratuitamente na dispensação da graça divina, que se pode escapar do Juízo condenatório em razão do pecado.

    Todos necessitam de um Salvador eficaz, e este é somente Jesus Cristo, conforme o apóstolo Paulo argumenta em toda esta epístola.

    "1 Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.

    2 O qual antes prometeu pelos seus profetas nas santas escrituras,

    3 Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,

    4 Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,

    5 Pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todos os gentios pelo seu nome,

    6 Entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.

    7 A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

    8 Primeiramente dou graças ao meu Deus por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé.

    9 Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como incessantemente faço menção de vós,

    10 Pedindo sempre em minhas orações que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco.

    11 Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados;

    12 Isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mútua, assim vossa como minha.

    13 Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.

    14 Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.

    15 E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma.

    16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.

    17 Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.

    18 Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.

    19 Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.

    20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;

    21 Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.

    22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.

    23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.

    24 Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;

    25 Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.

    26 Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.

    27 E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.

    28 E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;

    29 Estando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;

    30 Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães;

    31 Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;

    32 Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.". (Romanos 1.1-32)

    Romanos 2

    Porque o Pecador Necessita do Evangelho

    Se a condição de toda pessoa é a de estar naturalmente no pecado, então, qualquer um que julga seu próximo, é indesculpável e condena a si mesmo, conforme o apóstolo afirma logo no início deste segundo capítulo.

    Deus requer conversão, porque sem esta, não é possível atender à demanda da sua justiça, que não faz distinção de pessoas, condição de nascimento, ou religião.

    Daí Paulo ter afirmado nos versos 9 e 10:

    "9 Tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal; primeiramente do judeu e também do grego;

    10 Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego;"

    Então, ao se falar na graça, fé, e justiça do evangelho que são recebidas de Cristo, e que nEle estão, fala-se ao mesmo tempo de uma operação real na vida do cristão, convertendo-o das trevas para a luz, da prática do mal para a prática da justiça evangélica.

    A pessoa que se converter, realmente amará a Palavra de Deus, não somente para ouvi-la, mas para praticá-la.

    Ela amará a Deus e a seus irmãos em Cristo, buscará viver em unidade espiritual com Deus e com seus irmãos na fé, porque passará a

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