Alkaran

2ª Edição - 2006

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Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

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Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

SUMÁRIO

Introdução....................................................................................................................5

Hachi-Ziakan................................................................................................................7

Múmias.......................................................................................................................21

Raamol........................................................................................................................37

Mittral.........................................................................................................................47

Dallini.........................................................................................................................61

Caravana Kriegger.....................................................................................................73

Thambehaerl...............................................................................................................77

Kreniak.......................................................................................................................83

O Ermo........................................................................................................................ 91

Mapas.......................................................................................................................... 99

Índice de Tópicos......................................................................................................111

Índice de Heráldica...................................................................................................115

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Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

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Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

INTRODUÇÃO

lkaran é o maior deserto de Erlös. Uma terra árida de areias pardas,

cercada de mistério, habitada por monstros, atormentada por miragens e tempestades de areia.

Em Alkaran um único rio corre, Shaoa, onde um Império tenta se estabelecer. A vegetação é rara, sorte daquele que a encontrar,

e mais sorte se houver uma fonte de água, os habitantes do deserto chamam de

oásis. Os oásis são as coisas mais agradáveis que se encontram em Alkaran, embora plantas e água sejam abundantes em outras terras.

Alkaran é também um deserto místico. Os níveis de mana, a energia mági-ca, são regularmente baixos, em alguns pontos ocorrem níveis normais, mas existem áreas desprovidas de mana. Dessa maneira as coisas costumam serem difíceis

até mesmo para os praticantes de magia e seus acompanhantes.

Somente os seres fortes conseguem atravessar Alkaran, enfrentar suas trilhas

pode ser tão perigoso quanto desafiar o Sol escaldante, austero e impiedoso.

Mas, se quer suportar esta viagem, seja bem-vindo ao grande deserto pardo,

bem-vindo a Alkaran, onde seus dias irão ferver e suas noites gelar, reze para que

não seja tão doloroso.

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Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

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Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

HACHI-ZIAKAN

guns sobrinhos, resolveram ir para o

Origem e História

deserto de Alkaran e estabelecer uma

morada pacífica e isolada.

Os dragões aprovaram a causa, e quatro dragoas, em especial, os

presentearam. Gai-Eian, dragoa da

terra, e Mai-Eian, dragoa de cristal,

deram-lhes quantias incalculáveis de

metais preciosos, minérios resistentes e mithril, para que construíssem

sua morada. Iri-Eian, dragoa verde,

presenteou-lhes com sementes muito especiais, que germinavam até

mesmo na areia do deserto, e das

plantas que delas brotassem poderiam tirar todo o suprimento necessá-

rio. Oaneian, dragoa da água, presenteou com a Esfera D’Água, uma

fonte mágica, que teleportava a água

diretamente das fontes mais límpi-das do antigo Mar de Lunge.

Assim construiu-se Hachi-Ziakan, o castelo-cidade dos draconianos de Alkaran, com a força e

magia dessa raça. Durante o restante

da XIII Era, e das Eras seguintes do

Desenho 1: Brasão de Hachi-Ziakan

V, VI e VII Éons, Hachi-Ziakan

evoluiu e prosperou, até que chegou

o Tempo Antigo, du-A Última Guerra (UG), os draconi-rante o V Éon da

anos do castelo tentaram se manter

Existência e a XIII

neutros, mas a batalha bateu sua

Era desde a Origem –

porta e eles de tudo fizeram para

conhecida como a 1ª Era do Univer-proteger a cidade. Na primeira in-so – cinco casais draconianos, junta-vestida das Hordas do Abismo, os

mente com seus filhos, netos e al-draconianos foram pegos de surpre-7

Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

sa e os inimigos conseguiram inva-sua linhagem a mais responsável

dir o castelo, as alas infantis, onde

pela miscigenação na cidade.

haviam berçários, foram arrasadas;

Uma das maiores perdas na

possuídos pela ira os draconianos

Guerra foi à destruição da Esfera

não deixaram nenhum demônio sair

D’Água, sua energia foi usada para

vivo dali. Depois disso mais nenhum

dar fim à última batalha, contudo

inimigo conseguiu penetrar no cas-Oaneian, voltou a ajudá-los, ela

telo, pois até mesmo as crianças pe-abastece os reservatórios de Hachi-gavam em armas para se vingar da

Ziakan. Oaneian costuma se hospe-morte de pais e irmãos.

dar no castelo por longos períodos,

Assim, depois de muita luta,

quando não está no Oceano Lunge.

sangue e lágrimas, restaram de uma

Mesmo com uma população

brava e honrada população, de mi-muito pequena conseguiram vencer

lhares de habitantes, apenas três

as dificuldades, e conquistaram seres

adultos, três crianças e um bebê con-como Kinka, Kinanki e Kintai, dra-seguiram sobreviver às chagas con-gões de mana, e que se instalaram de

sequentes da UG. Mas Hachi-Zia-maneira quase permanente na cida-kan foi poupado da destruição e seu

de, e passaram a ajudar os draconia-interior permaneceu praticamente

nos na restauração da magia necessá-

incólume, nenhuma das mortes foi

ria para mantê-la, pois os níveis de

em vão.

mana são medianos e muitas vezes

Superados os traumas, os so-insuficientes.

breviventes tiveram consciência e

A necessidade de se proteger e

coragem para reerguer a comunidade se isolar ainda existia, então Hi-de draconiana da cidade, Cramaal

megai, um dragão de terra e de ar,

era o mais velho, mas Lekiar e Nei-surgiu em suas preces, ele vive nos

rela já eram apaixonados e logo se

arredores de Hachi-Ziakan, algumas

casaram e tiveram a primeira gera-vezes visitando-a e muitas vezes rea-

ção do Tempo Mortal. Os anos se

lizando tempestades de areia para

passaram e a criança Virloa cresceu,

afastar humanóides e camuflar a vi-e se tornou a fêmea de Cramaal.

são da cidade ao longe. Então,

Posteriormente Kirosh e Narakami,

quando as coisas se estabilizaram, a

as outras duas crianças, também se

prosperidade e evolução tornaram a

casaram e procriaram. Assim nasce-reinar absoluta em Hachi-Ziakan, e

ram as três principais famílias draco-sua população cresceu estavelmente.

nianas de Hachi-Ziakan, na XXI Era

Por pedidos dos ancestrais de

do VIII Éon. O bebê, Vannuil No-Neirela e Lekiar, ainda na XVIII Era

riha, só veio a se casar com uma fi-do Mundo, Krana encantou um

lha de Lekiar e Neirela, mas seus

emaranhado de trilhas no deserto,

descendentes costumam se desligar

para que suas distâncias fossem eter-das três famílias principais, sendo

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Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

nas e viajantes mortais nunca alcan-memórias, janelas em vitral lembram

çassem o castelo-cidade.

as maiores e mais antigas personali-Além dos dragões citados, ou-dades de cada família, além dos dra-tros, principalmente corpóreos, cos-gões que muito os ajudaram. As bi-tumam ir para Hachi-Ziakan em exí-

bliotecas e museus têm salões de vi-lio ou a procura de paz. Embora

trais e esculturas de mithril que con-nem sempre as coisas saem tão pertam as histórias dos dragões e de

feitas, especialmente quando, em

Erlös.

uma mesma temporada, estão dra-Toda a estrutura é feita de

gões de raças antagônicas. Porém,

uma fusão de metais preciosos e

quando vão para a cidade, costu-possui uma coloração azulada e bas-mam estar num grau de tolerância

tante reluzente; no alto das torres,

maior que o normal, e as rixas aca-representadas pelos chifres e sedi-bam sendo resolvidas em disputas

mentações ósseas da dragoa, estão

mais brandas.

cravejadas enormes esferas de dia-mante, que nunca cessam o brilho

devido ao poder de Krana; as por-

A Estrutura-Monumento

tas, os corredores e ambientes também são iluminados por estas pedras

O castelo-cidade de Hachi-que têm sua luminescência fortaleci-Ziakan tem a forma do busto de

da com a magia dos draconianos.

uma colossal dragoa, de cabisbaixa

A Esfera D’Água, localizada

com a mandíbula encostada no pes-no topo do crânio, gerava o infinito

coço. Uma das homenagens às três

Chafariz da Lua-Estrela, e suas

que tornaram a construção possível

águas percorrem canais e caiam em

com seus presentes. Uma pequena e

cascatas finas como véus, espalhadas

discreta coroa de mithril talhado e

por todo o interior do castelo. Nos

trabalhado, forma um modesto cír-canais, sistemas mágicos purificavam

culo na parte posterior da cabeça do

a água, ao distribuí-la para um outro

monumento, cada dente da coroa é

nível. No caso dos chifres/torres que

um vitral representando um deus-estão em níveis mais altos que o crâ-

dragão. Os olhos do monumento-nio, as cascatas caem magicamente

estrutura também são de mithril, e

para cima. Após a última batalha da

são os mais luminosos de toda a ci-UG, com a destruição da Esfera, fo-dade, e são esculpidos como vitrais,

ram construídos reservatórios para

onde um olho representa Ramatub e

suprir o Chafariz, estes reservatórios

o outro representa Aira.

são periodicamente abastecidos por

É costume na cidade repre-Oaneian.

sentar a história em vitrais, os corre-Ao redor de toda a estrutura

dores da cabeça contam toda a his-cresce uma vegetação de plantas

tória da cidade. Além de estátuas e

exóticas, inexistentes em qualquer

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Alkaran, O Grande Deserto Pardo.

outra parte de Erlös. As cascatas e

vejam as posições de Lekiar e Neire-canais de água terminam em dutos

la, juntamente ao dogma de Bezal,

subterrâneos que alimentam tais

isso gerou em sua prole (muitas ve-plantas.

zes subconscientemente), a idéia de

que o