Primeiros Passos Na Doutrina Espírita
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Primeiros Passos Na Doutrina Espírita - Ricardo Rêgo Barros
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
1
Ricardo Rêgo Barros
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA
VOLUME IV
2
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
3
Ricardo Rêgo Barros
Primeiros Passos na
Doutrina Espírita
1ª Edição
VOLUME IV
Recife
Clube de Autores
2012
4
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
5
Ricardo Rêgo Barros
© 2012 por Ricardo Rêgo Barros
Supervisão Editorial
Ricardo Rêgo Barros
Revisão de Provas
Sandra Gallindo
Revisão Geral
Ricardo Rêgo Barros e Sandra Gallindo
Capa
Ricardo Rêgo Barros
Impressão e Acabamento
Editora Clube de Autores
Contato: [email protected]
1.05
6
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
7
Ricardo Rêgo Barros
SUMÁRIO
I. Prefácio..............................................................................................12
II. Introdução........................................................................................14
PARTE VI – TEMAS COMPLEMENTARES
01. Alienações Mentais........................................................................18
02. Homossexualismo..........................................................................28
03. Drogas, Tóxicos e Vícios em Geral............................................42
04. Suicídio............................................................................................64
05. Aborto...........................................................................................104
06. Eutanásia.......................................................................................118
07. Pena de Morte..............................................................................126
08. Doação de Órgãos.......................................................................138
09. Cremação......................................................................................148
10. Estupro e Gravidez Precoce......................................................154
11. Clonagem e Células Tronco.......................................................174
12. Enfermidades Graves..................................................................198
13. Criogenia Humana.......................................................................210
14. Problemas Conjugais e Profissionais........................................218
15. Dificuldade de Relacionamento Entre Pais e Filhos..............232
8
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
16. Evangelização dos Nossos Filhos.............................................246
17. O Mal Impera?.............................................................................252
18. Guerras e Conflitos.....................................................................260
19. O Fim do Mundo.........................................................................270
20. Catástofres e Acidentes trágicos................................................278
21. Vida em Outros Planetas............................................................290
22. O Papel da Tecnologia................................................................306
23. Mães de Aluguel...........................................................................312
24. Crianças Especiais(índigos, cristais, etc.)..................................318
25. Regressão de Memória................................................................328
26. Viagens Espaciais e Pelo Tempo...............................................334
27. Evolução da Terra.......................................................................340
28. Estudando Jesus...........................................................................348
29. Visão Espírita das Festas Mundanas.........................................356
30. Enxertias na Doutrina Espírita..................................................368
PARTE VII – CONCLUSÃO
31. Para Encontrar a Paz é Necessário Ser Espírita?....................382
32. O Poder da Fé..............................................................................386
33. Mensagem Para Bem Viver........................................................394
9
Ricardo Rêgo Barros
Dedico este livro a todos aqueles que um dia, assim como eu, tiveram a
benção de necessitar de um tratamento espiritual, e foram abençoados de poder
encontrar uma casa espírita, através da qual conheceram essa Doutrina
maravilhosa que é, sem sombra de dúvidas, o Consolador prometido por Jesus.
Foi a dor, essa sublime professora, que me fez procurar essa ajuda
espiritual, e em consequência disso, estar hoje integrado de corpo e alma no
Espiritismo. Posso afirmar com toda a certeza de que ele é o responsável por
mudar por completo minha vida. E mudou para muito melhor.
Aquilo que, à primeira vista, parecia ser um mal, foi o motivo maior
para o meu reencontro com Deus.
10
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
11
Ricardo Rêgo Barros
I. PREFÁCIO
A Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec,
completará agora, em 2012, cento e cinquenta e cinco anos. Não é
muito tempo de existência se formos compará-la com outras
doutrinas bem mais antigas. Entretanto, temos de convir que, para
nós, que somos seus adeptos, já é tempo mais que suficiente para
ser compreendida e vivenciada, se considerarmos que os
princípios básicos, que formam o seu corpo doutrinário, são tão
antigos quanto a própria humanidade.
As casas espíritas que abrigam os seus adeptos, e também
recebem novos integrantes diariamente, têm a responsabilidade de
bem atendê-los, prepará-los e mantê-los, no tocante ao bom
entendimento da Doutrina, em todos os seus aspectos: religioso,
filosófico e científico. No entanto, durante o tempo que já
militamos no Espiritismo, e também pelo fato de conhecermos,
em virtude dos trabalhos que realizamos, vários centros espíritas,
observamos ainda que muito se tem por fazer a esse respeito. São
muitos os centros espíritas que carecem de uma melhor estrutura,
e não me refiro aqui à estrutura física, mas sim de pessoal
qualificado para melhor atender as necessidades básicas que um
núcleo de Espiritismo exige.
Em todo o mundo, empresas, instituições e órgãos que se
destinam à prestação de serviços ao público, investem, a cada dia,
na busca pela qualidade na prestação desses serviços. É aquilo que
todos nós conhecemos hoje como: Qualidade Total. M as aí, alguém
pode gritar
: "Vamos com calma! Estamos em uma instituição
religiosa! Qualidade Total não deve se aplicar a esse caso!". Ao
que nós responderemos: "Como não se aplica? E por acaso a casa
espírita não presta um serviço à comunidade? Por acaso não
presta serviços às pessoas? O ato de prestar um serviço não
implica no recebimento de honorários. Não visa, apenas, à
12
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
obtenção de lucro. Serviços podem ser prestados de forma
gratuita, como é o caso dos núcleos espíritas e tantas outras
instituições sem fins lucrativos, e não será por isso que estes
devem ser feitos: a toque de caixa
.
>>>O Espiritismo, ou melhor, a casa ou o centro espírita,
que é uma instituição pública, tem unicamente o objetivo de
prestar serviços às pessoas; porque não? Senão vejamos:
Esclarecer através das palestras públicas; através de seminários e
cursos sobre a Doutrina; oferecer o consolo das mensagens dos
amigos espirituais; oferecer os serviços de passes; ofertar aos
enfermos o tratamento espiritual; receber os necessitados, auxiliá-
los e socorrê-los através das reuniões mediúnicas; oferecer a
evangelização ao público em geral; disponibilizar vários serviços
assistenciais, enfim, esses e tantos outros, são serviços que a casa
espírita presta ao público em geral. Definitivamente é uma
prestação de serviços!
Daí, os núcleos espíritas terem a extrema necessidade de
buscarem, com muita determinação, uma qualificação total
naquilo a que se propõem. Para isto, manter sempre em suas
dependências um programa de estudos constante da Doutrina, e,
principalmente,
da
mediunidade.
Formar
trabalhadores
plenamente alicerçados nos pontos basilares do Espiritismo e com
conhecimento sólido nas tarefas a que se propõem, tornará, a casa
ou centro espírita, cada vez mais capacitada para suprir as
necessidades de um público que cada vez mais busca, nas hostes
da Doutrina, um lenitivo para suas dores; uma qualidade total no
atendimento de que necessitam.
Este singelo trabalho que começou a ser desenvolvido em
1995 e cujo foco inicial era informar acerca do que seria um
tratamento espiritual na casa espírita, tomou outras proporções
graças a essa necessidade, que muitos núcleos de Espiritismo
possuem, de dispor de mais uma ferramenta didática para servir
aos que neles adentram.
13
Ricardo Rêgo Barros
É um livro que serve como fonte de consulta; como uma
espécie de: manual de operação
; de como se deve manusear
o
Espiritismo. É um trabalho simples, sem grandes pretensões,
porém, deverá ser de grande valia para aqueles que estão tateando
agora neste vasto campo de conhecimento religioso, filosófico e
científico.
Nenhum assunto incluso neste livro é novidade para os
adeptos mais antigos. Tudo está embasado, principalmente, nas
obras básicas de Kardec. O que podemos aqui destacar é que o
leitor iniciante poderá encontrar esses assuntos, tão necessários
para o início de sua jornada, em um só lugar.
Temos a certeza de que valerá à pena.
14
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
15
Ricardo Rêgo Barros
II. INTRODUÇÃO
Finalmente chegamos ao quarto e último volume do nosso
livro, e com ele nos sentimos com a certeza de que cumprimos
com o nosso objetivo.
Como foi dito anteriormente, ele foi dividido em 4(quatro)
volumes, onde cada um deles trata de temas básicos, agrupados e
relacionados dentro de uma sequencia lógica, para facilitar ao
leitor um aprendizado gradativo sobre o Espiritismo.
Neste
volume
trataremos
sobre
alguns
temas
complementares que fazem parte do cotidiano, e que estão
relacionados a diversas áreas tais como: científica, psicológica, jurídica,
social e também ligadas a própria doutrina. Esses temas,
normalmente, são polêmicos e também motivo de vários
questionamentos, por parte de muitos frequentadores das casas
espíritas, que desejam saber como eles são visto de acordo com a
doutrina espírita.
A ideia desse trabalho surgiu em meados de 1995, quando
então sentimos a necessidade de produzir, pelo menos um
opúsculo, que orientasse aos que estavam iniciando no
Espiritismo. No entanto, como a tarefa de por nossos humildes
conhecimentos sobre a doutrina numa obra literária é de muita
responsabilidade, fomos adiando a sua execução, não só por
receio de enfrentar esse desafio, mas também para ganhar
bastante tempo para amadurecer a questão.
Em 2010, nos sentimos então prontos, pelo menos assim
pensamos, para dar seguimento a esse intento, e assim o fizemos.
Claro que não poderíamos levar esse projeto adiante, se não fosse
o enorme auxílio de meus grandes amigos encarnados, mas,
principalmente, pelo apoio, incentivo e inspiração daqueles que se
encontram no plano espiritual, que sempre me incentivaram e,
além de tudo, me cobravam à execução da tarefa.
16
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
Graças a Deus, nosso Pai Misericordioso, Justo e Bom,
conseguimos finalizar o projeto. São quatro volumes escritos de
acordo com aquilo que achamos necessário para orientar os que
estão desejosos de conhecer o Espiritismo.
Muito se tem a fazer ainda na divulgação da doutrina
espírita, que, apesar de já ter completado cento e cinquenta e
cinco anos de sua codificação, ainda está envolvida por muita
desinformação; por muito preconceito; por muita deturpação dos
seus princípios e, acreditem, ainda sofre muitas perseguições por
parte daqueles que são profitentes das doutrinas dogmáticas.
Os centros espíritas precisam, urgentemente, montar uma
estrutura que possa qualificar o atendimento feito aos que neles
aportam, dando a todos os subsídios necessários para que possam
conhecer o Espiritismo na sua pureza e, acima de tudo, com muita
clareza. Para isso, os meios de divulgação e de estudos
doutrinários devem ser sempre intensificados para que se possa
atingir esse objetivo.
A preparação de trabalhadores que se dediquem ao estudo
aprofundado da doutrina deve ser parte integrante e perene de
toda casa espírita.
Aqueles que chegam pela primeira vez a uma casa espírita,
jamais devem ser ignorados, e, para que isso não aconteça, uma
estrutura organizacional deverá ser montada para recebê-los,
desde à recepção até as outras atividades existentes.
Juntamente com isso, a indicação de obras que estejam de
acordo com o nível de compreensão que eles possuam, deve ser
sempre um dever dos mais experientes, para com os neófitos na
doutrina. Este foi o nosso propósito ao lançar estes quatro
volumes.
A obra em sua totalidade, além de nossa ínfima
contribuição literária, contém valiosíssimos textos, de autoria de
maravilhosos autores, tanto do plano físico quanto do plano
espiritual, além dos ensinamentos da própria Codificação, e,
17
Ricardo Rêgo Barros
graças a todos eles, pudemos enriquecer bastante o nosso
trabalho.
Nos sentiremos bastante agraciados se, através desse
humilde e sincero trabalho, possamos ter auxiliado, pelo menos
um irmão, desejoso de saber sobre a doutrina. Isso nos deixará
completamente realizado.
18
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
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Ricardo Rêgo Barros
PARTE VI
Temas Complementares
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PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
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Ricardo Rêgo Barros
01. ALIENAÇÕES MENTAIS
Não temos aqui a pretensão de padronizar ou estabelecer
regras para os inumeráveis problemas que afligem a cada um de
nós, Espíritos enfermos que ainda somos. Cada ser humano é
possuidor de uma individualidade espiritual, donde se conclui que
cada problema, mesmo os que se assemelham, nem sempre
apontam, em sua origem, para uma mesma situação, e
consequentemente, para uma mesma solução.
No entanto, temos a certeza de que, seja qual for o tipo de
problema que estejamos a viver, independente de quem seja o
possuidor do mesmo, a questão espiritual, ou seja, da própria
individualidade imortal - que é o conjunto de personalidades
vivenciadas nas inúmeras jornadas reencarnatórias, que todos já
tivemos e continuaremos a ter - será, sem sombra de dúvidas, o
principal fator para a compreensão da referida problemática, e
consequentemente para a realização de um tratamento espiritual,
que possa saná-la de forma eficaz, de acordo com o merecimento
de cada um.
Ainda sobre a questão dos problemas que nos afligem,
jamais
poderemos
deixar
de
considerar
a
influência
espiritual(obsessões), que também se deve incluir na relação das
causas das dores e sofrimentos pelas quais cada um de nós
passamos.
***
O problema das alienações mentais, é uma das questões
que requer muito cuidado e muita atenção para ser estudado, e
aqui, daremos, apenas, as explicações à luz do Espiritismo.
Este é um assunto demais delicado para ser compreendido
sem um conhecimento profundo e completo do que vem a ser o
22
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
homem, em sua totalidade, pois o mesmo está ligado a fatores
físicos e espirituais, sendo que, este último, graças ao processo
reencarnatório, e pelos impositivos da lei de causas e efeitos, é o
que principia esse tipo de enfermidade da mente, além de tantos
outros quadros patológicos que afligem o ser humano.
As patologias de qualquer espécie, originária do perispírito
enfermo, começam a se refletir na organização física, desde o
momento da encarnação, mas que pode eclodir no decorrer da
existência do indivíduo.
Muitos especialistas, que insistem em não admitir a
realidade do Espírito, atribuem a existência dessas patologias,
como obra do acaso
, fruto de deficiências da estrutura genética
do ser.
Léon Denis, na obra: No Invisível, assim se pronuncia a
respeito da complexidade que é a mente humana:
"Uma coisa evidente para o psicólogo refletido é que muito pouco nos
conhecemos ainda. Há em nós profundezas cheias de mistério, que às vezes se
entreabrem e cuja visão nos perturba. Um mundo inteiro aí reside, mundo de
intuições, de aspirações, de sensações, cuja origem nos é desconhecida, e que
parece provirem de um passado distante; mescla de aquisições pessoais, de
hereditariedades psíquicas e atavismos étnicos, vestígios das existências
percorridas na sucessão dos tempos, tudo isso está gravado nos refolhos
abscônditos do ‘eu’".
Já Bezerra de Menezes, em obra intitulada: A Loucura Sob
Novo Prisma, na introdução do livro, nos informa o seguinte, a
respeito das alienações mentais:
"Levados pelo princípio, que julgam ser uma lei natural, de que
toda a perturbação do estado fisiológico do ser humano procede invariavelmente
de uma lesão orgânica, os homens da ciência têm, até hoje, como verdade
incontroversa, que a alienação mental, conhecida pelo nome de loucura, é efeito
23
Ricardo Rêgo Barros
de um estado patológico do cérebro, órgão do pensamento, para uns —
glândula secretora do pensamento, para outros.
Nem os primeiros nem os segundos explicam sua maneira de
compreender a ação do cérebro, quer em relação à função, em geral, quer em
relação à sua perturbação, no caso da loucura.
(...,) proponho-me, além do mais, a preencher essa lacuna,
demonstrando, com fatos de rigorosa observação: 1º, que o pensamento é pura
função da Alma ou Espírito, e, portanto, que suas perturbações, em tese, não
dependem de lesão do cérebro, embora possam elas concorrer para o caso, pela
razão de ser o cérebro instrumento das manifestações, dos produtos da
faculdade pensante.
Efetivamente, mesmo quando a alma esteja no pleno exercício
daquela faculdade, uma vez que o cérebro padeça de lesão orgânica que o
torne instrumento incapaz da boa transmissão, dar-se-á o caso da loucura,
como dar-se o da cegueira, quando o olho, instrumento da visão, sofrer lesão
que tolha a passagem do raio luminoso.
Este caso de lesão cerebral explica a loucura, a que chamarei
científica, porque é a conhecida pela Ciência, mas eu demonstrarei, 2º, que a
loucura, perfeitamente caracterizada, pode-se dar — e dá-se mesmo, em larga
escala, sem a mínima lesão cerebral, o que prova que o cérebro não é órgão do
pensamento — e, menos que tudo, seu gerador ou secretor; e prova mais que,
assim como o mau estado do instrumento de transmissão determina o que
chamamos — alienação mental —, embora em perfeito estado se ache a fonte
do pensamento, assim, por igual, o mau estado desta determina a alienação,
embora esteja são o instrumento da transmissão.
Toda a questão se resume em provar-se fundamentalmente: que há
loucos cujo cérebro não apresenta lesão orgânica de qualidade alguma.
Feito isto, fica perfeitamente claro que a loucura não é um caso
patológico invariável em sua natureza, mas um fenômeno mórbido de duplo
caráter: material e imaterial.
Quando é consequente da afecção do cérebro, que lhe perturba a
transmissão, fazendo-a desordenadamente, tem o caráter material ou orgânico.
24
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
Quando resulta de algo que afeta a faculdade pensante, origem
natural do pensamento, que, por isso, emana viciado da fonte, tem o caráter
imaterial e fluídico, que demonstrarei; 3º, podendo ser, também, resultante da
ação fluídica de Espíritos inimigos sobre a alma ou Espírito encarnado no
corpo.
Em oposição à denominação de loucura científica, com que designei a
que representa o primeiro caráter, designaria esta segunda espécie pela
denominação de loucura por obsessão, isto é, por ação fluídica de influências
estranhas, inteligentes.
Da primeira espécie, não me ocuparei senão acidentalmente, pois que
nada poderei acrescentar aos trabalhos importantíssimos que a seu respeito
têm produzido os maiores vultos da Medicina oficial, em todos os tempos e
países.
Meu estudo limitar-se-á à segunda espécie, ainda não reconhecida
nem estudada no mundo científico.
Sobre este importante assunto, cuja simples enunciação já deve ter
feito muita gente atirar longe o pobre livro, eu farei meditado estudo, no
empenho de tornar patente a causa do mal — a sintomatologia necessária ao
diagnóstico, quer do mal (obsessão), quer da diferenciação entre as duas
espécies de loucura — e, finalmente, os meios curativos da nova espécie ou
obsessão(...)"
Como já foi dito, o Espiritismo nos ensina que tudo aquilo
que acontece de infelicidade, dores e sofrimentos na vida de
qualquer ser humano, é conseqüência de um desequilíbrio de
ordem espiritual, causado pelo fato de termos nos desviado do
caminho do amor, e com isso, termos transgredido as leis de
Deus.
Independente da situação enferma que possa se apresentar
no âmbito espiritual e/ou físico do indivíduo, a causa será sempre
os desequilíbrios do Espírito imortal.
25
Ricardo Rêgo Barros
A falta cometida pode ter se originado em vivencias
anteriores, e isso é muito frequente, ou mesmo nessa atual
existência, em alguns casos.
Muitos
Espíritos
encarnados,
que
trazem
hoje
desequilíbrios na área da alienação mental, estão a purgar as faltas
e erros que ocasionaram perturbações e aflições a si mesmo, e,
principalmente, a outros companheiros de jornada.
Alguns segmentos da ciência atual, por falta de uma
melhor compreensão do ser espiritual que todos nós somos,
insistem em reduzir o homem ao conjunto de células que formam
o organismo biológico, de que é possuidor, e que se decompõe
após o decesso.
Acreditam que o homem não passa de uma
obra do acaso, juntamente com todas as outras obras da criação
Divina, e que todos os nossos problemas, como no caso das
alienações mentais, não passam de uma disfunção de ordem
cerebral, ou porque somos vítimas dos fatores da hereditariedade.
Para eles, a vida se caracteriza e se alicerça exclusivamente
no aqui e no agora, onde nosso único objetivo seria: nascer,
crescer, reproduzir e morrer, ou seja, tudo se iniciaria no berço e
se encerraria no túmulo.
A saúde e a enfermidade, a felicidade ou a infelicidade, a
inteligência e as patologias mentais, tudo seria obra das
ocorrências genéticas.
Após as grandes descobertas científicas, principalmente no
que diz respeito à fisiologia humana, a ciência enveredou pelo
caminho do materialismo, já que constatava que todas as funções
do organismo humano obedeciam única e exclusivamente ao
comando do cérebro. Dentre tantas pesquisas e descobertas nesse
campo, podemos citar a de Paul Broca, médico e pesquisador
francês, que ao estudar o cérebro de um doente mental, que era
portador de uma deficiência da fala, descobriu nele um tumor no
cérebro, que era o causador da sua problemática. Esse abscesso,
localizado na região de Broca, como ficou conhecida essa parte do
26
PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
cérebro, era a causa da deficiência da fala de seu paciente, pois o
jovem médico comprovou que essa era a região do cérebro
responsável pela fala. Tão certo estava o esculápio dessa
descoberta, que ofereceu, na época, um premio de cem mil
francos, para quem provasse que ele estava enganado. O que não
aconteceu até os dias de hoje.
A partir dessa descoberta, cada vez mais, os pesquisadores
iam constatando que o cérebro era o responsável por toda a vida
do ser humano, já que possuía o controle de todas as funções
vitais do mesmo, e com isso, afastava a existência do espírito ou
alma, por jamais terem conseguido dissecar um corpo humano e
encontrar nele esse ser espiritual. Nascia assim, uma ciência
estritamente materialista, onde o homem passa a ser explicado
puramente pela sua organização fisiológica.
***
Em se tratando das deficiências mentais, antes
denominada de loucura
, podemos inferir que hoje, no que diz
respeito ao seu processo terapêutico, tivemos bons progressos. Na
época medieval, era muito comum o chamado louco
ser tratado
de forma impiedosa, onde determinados tratamentos
, que na
verdade não passavam de verdadeiras torturas, eram empregados
para com esses irmãos enfermos, numa forma de agravar ainda
mais o sofrimento deles. Isso quando não os levava a morte.
Diante de uma sociedade presa aos temores dos poderes
espirituais ocultos, esses irmãos, portadores da deficiência mental,
eram tidos, na maioria das vezes, como sendo possuídos pelas
forças demoníacas.
Os tratamentos da época, em vista da completa ignorância
acerca da mente humana, eram causadores de dores atrozes aos
enfermos. Dentre alguns dos tratamentos utilizados na época,
podemos citar a Trepanação (que consistia na abertura de buracos
27
Ricardo Rêgo Barros
nos crânios dos doentes, com até 5cm de diâmetro, sem nenhum
tipo de anestesia e/ou assepsia adequada).
Esse tipo cruel de procedimento, tinha como finalidade
remover aquilo que, segundo os especialistas
de então,
caracterizava-se como a pedra da loucura
, que eles acreditavam
existir no cérebro desses pobres sofredores. O que ocorria era, na
realidade, verdadeiras mutilações nos cérebros desses infelizes,
levando muitos deles a morte, e quando não, os deixavam
privados de certos movimentos.
Além desse tipo de tortura
, denominada de tratamento,
podemos citar outros vários, tais como: eletrochoques;
eletroconvulsoterapia; o uso do metazol, que induzia o paciente a
ter convulsões; a indução a febre e tantas outras.
Esses tratamentos foram sendo desprezados, com o passar
do tempo, graças, principalmente, a um movimento de repúdio a
essas terapias
grotescas, que questionavam os resultados
obtidos por esses meios.
Foi somente com a dedicação e a pesquisa constante de
homens como Freud, que deu grande contribuição ao progresso
do estudo da mente humana, principalmente com o uso da
psicanálise, além de outras personalidades ilustres, que também
enriqueceram o campo da psiquiatria, que este ramo da medicina
pôde avançar em alguns aspectos na compreensão e tratamento da
loucura.
Após o advento da Doutrina Espírita, para aqueles que a
estudaram com seriedade e dedicação, foi que passou-se a
compreender que o homem não poderia estar reduzido a uma
estrutura meramente fisiológica. Com a apresentação do plano
espiritual, e, consequentemente, dos Espíritos, que assim se
identificaram, passamos a conhecer a nossa verdadeira realidade
como um ser que sobrevive e sobre-existe à morte do corpo
denso.
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PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
O Espiritismo, dentro de seu alicerce filosófico, científico
e religioso, veio nos apresentar uma fé raciocinada. Uma
compreensão racional acerca de Deus e de Suas leis.
Apresentando-nos as suas bases principais, tais como : a
imortalidade, a reencarnação, a evolução constante, a lei de causa
e efeito, dentre outras, pôde nos esclarecer de que forma a justiça
Divina atua sobre todos nós.
Espíritos como Emmanuel e Joanna de Ângelis, nos
ensinam que são várias as causas da loucura e que, quase sempre,
são contraídas por faltas cometidas em uma existência anterior.
Faltas como: o suicídio; o uso inadequado das faculdades
mentais; o envolvimento exagerado com a vida mundana; ou
mesmo um progresso intelectual sem a contraparte moral, podem
ser apontados como causas anteriores de uma vida atual
totalmente mergulhada na alienação mental.
A Doutrina Espírita nos esclarece todas essas questões, e
de forma clara e lógica, mostrando-nos e comprovando a
existência do Espírito imortal, senhor absoluto de toda a vida
física, e que detém toda a responsabilidade por tudo que se lhe
apresente durante as suas passagens na vida corporal.
Todos nós somos Espíritos que estamos reencarnados,
cada um carregando consigo as experiências boas ou más que
adquiriu em todas as jornadas empreendidas em outras épocas, e
que acrescentaremos muitas outras que ainda virão a se somar.
Responderemos sempre por tudo que fizermos de bom ou de
ruim, e quando nos encontramos em processos de dores e
sofrimentos, é porque, com toda certeza, estamos colhendo a
semeadura realizada anteriormente.
Nos casos de pessoas que são portadoras de alienações
mentais, é importante também considerar que estas podem estar
sob a influência de Espíritos inferiores, muitos deles na condição
de verdugos, ou seja, que estão a cobrar as faltas cometidas contra
eles em outras existências, os quais passam a atuar diretamente no
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Ricardo Rêgo Barros
psiquismo do enfermo mental, causando com isso verdadeiros
processos de loucura. Muitos são os que se encontram internados
em sanatórios, atravessando profundos processos obsessivos, e
que se tivessem a oportunidade de se tratar em uma Casa Espírita,
poderiam, quem sabe, com a permissão Divina, obter grande
melhora com relação às suas enfermidades mentais. São casos
graves de obsessão, muitos classificados como subjugação, de
acordo com o Livro dos Médiuns, cap. 23.
Aqueles que se encontram nessa situação de alienação
mental, deverão ser encaminhados, pelos familiares, para uma
consulta espiritual, e consequentemente o devido tratamento,
nunca descurando do acompanhamento médico, e dentro do
possível, orar a Deus e a Jesus, para que possam adquirir as forças
necessárias para suportarem tamanha aflição.
Caso seja comprovado uma situação de obsessão, confiar
nos trabalhos de auxílio por parte dos Espíritos bons para com as
entidades envolvidas no processo obsessivo, para que estas
encontrem o caminho do perdão e do amor, libertando assim a
sua vítima do seu jugo de ódio e, consequentemente, libertando a
si mesmas de dores futuras.
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PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
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Ricardo Rêgo Barros
02. HOMOSSEXUALISMO
Como todos nós sabemos, o termo homossexual significa
do mesmo sexo
. São pessoas que se interessam sexualmente por
indivíduos do mesmo gênero.
De
acordo
com
alguns
estudiosos,
o
termo
homossexual
não se adéqua mais a esse contexto, cabendo
melhor, segundo eles, o termo homoerótico
. Da mesma forma,
usar o termo opção sexual
deve ser melhor representado pelo
termo orientação sexual
.
Segundo esses estudiosos do comportamento humano, um
homoerótico não escolhe ser gay
, ele apenas é orientado(por ele
próprio) a ser o que é.
Essa é uma situação bastante delicada, porém comum na
vida humana, entretanto, apesar de estarmos no século XXI, ainda
é motivo de muitas polemicas. Isso porque a sociedade se divide,
em relação ao assunto, quanto a sua forma de entender esse tipo
de atributo que algumas pessoas possuem. De acordo com as
diversas culturas, o homossexualismo pode ser admirado, tolerado
ou condenado.
O homossexualismo existe desde que o ser humano existe,
e hoje, segundo algumas pesquisas, cerca de 22% da população do
nosso planeta apresenta algum grau de tendência homossexual.
Na antiguidade, a beleza dos corpos era sempre cultuada
pelos homens, a tal ponto que, muitas vezes, eles acabavam
seduzidos uns pelos outros e se entregavam às relações
homoeróticas. Esses fatos foram muito comuns em locais como
Esparta, Alexandria, Roma e Atenas.
Segundo alguns aspectos da cultura grega, os homens se
diferenciavam das mulheres pela capacidade de pensar pois,
segundo essa peculiaridade cultural, as mulheres não possuíam
essa faculdade. Em virtude disso, é possível que esse também
tenha sido um dos principais motivos pelos interesse entre os
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PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
homens, já que, para eles, a mulher possuía a penas a capacidade
de procriar.
Até pouco tempo atrás, a medicina classificava o
homossexualismo, ou homoerotismo, como uma enfermidade.
Ela constava, inclusive, no Código Internacional de Doenças. Hoje,
graças ao progresso intelectual dos homens, a ciência constatou
que isso não fazia o menor sentido pois, os chamados
homoeróticos, sejam masculinos ou femininos, são seres humanos
como outro qualquer e que podem adoecer como qualquer um.
Apesar de alguns progressos por parte da sociedade, em
aceitar o homossexualismo, a verdade é que a discriminação ainda
existe em maior escala e, por isso, o processo de aceitação de uma
pessoa que descobre que é gay
, passa por enormes dificuldades,
pelo menos para a grande maioria, onde muitos são humilhados,
rechaçados e até mesmo expulsos do próprio lar.
Esse tipo de preconceito leva o indivíduo possuidor dessa
característica, bastante comum, repetimos, ao aparecimento de
uma vida de infelicidade, pois, graças ao conflito com que vivem,
são vítimas de distúrbios psicológicos como: depressão, ejaculação
precoce, disfunção erétil, anaejaculação, vaginismo, dispaurenia,
entre outros. Isso sem falar que muitos chegam mesmo ao
suicídio por não serem compreendidos nem aceitos pela sociedade
e até mesmo pela própria família.
Não temos aqui o propósito de nos aprofundar sobre o
homossexualismo, principalmente no campo social, cultural ou
psicológico, pois, sem sombra de dúvidas, existem muita literatura
especializada para esse caso. Nosso propósito aqui é de apenas
enfocar esse tema à luz do Espiritismo. E será isso que iremos
fazer.
***
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Ricardo Rêgo Barros
O Espiritismo nos ensina que todos os Espíritos são
criados simples e ignorantes. Eles são s imples porque, ao serem
criados, nada possuem em se tratando de aquisições de
experiências. Possuem apenas a oportunidade de evoluírem. E são
ignorantes porque nada sabem a respeito de Deus e de suas leis,
cabendo a cada um desenvolver a própria inteligência, através de
inúmeras experiências, tanto na esfera física quanto na espiritual,
até atingirem os graus mais depurados na escala evolutiva
espiritual.
Os Espíritos, segundo a espiritualidade superior, não
possuem uma forma definida. Assemelham-se a um clarão; uma
centelha; uma chama, entretanto, essas definições são apenas
comparativas e de acordo com a nossa limitada linguagem, para
que possamos defini-los melhor.
Ainda continuando com os ensinamentos Espíritas,
aprendemos que os Espíritos, quando criados, não possuem sexo.
Pelo menos da forma como entendemos.
Sobre esse assunto, vejamos o que os Espíritos superiores
responderam a Kardec:
200. Têm sexos os Espíritos?
"Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização.
Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos
sentimentos."
201. Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de
um homem animar o de uma mulher e vice-versa?
"Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as
mulheres."
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PRIMEIROS PASSOS NA DOUTRINA ESPÍRITA – Volume IV
202. Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de
um homem, ou no de uma mulher?
"Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por
que haja de passar."
Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não
têm sexo. Visto que lhes cumpre progredir em tudo, cada sexo, como cada
posição social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo
de ganharem experiência.
Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os
homens.(Nota de Kardec).
Como pudemos observar até aqui, todos os Espíritos são
criados da mesma forma, nas mesmas condições e não possuem
gênero. Ou seja, não são nem masculinos nem femininos. Só essa
informações já seriam mais do que suficientes para que se desse
fim a todas as contendas existentes entre homens e mulheres, já
que todos são iguais. Definitivamente iguais perante a criação.
Durante a primeira encarnação de um determinado
Espírito, não se sabe qual será o sexo que ele assumirá nessa
primeira experiência. Não sabemos de que forma isso será
estabelecido. O que podemos inferir é que, nas primeiras
encarnações, e até mesmo durante um longo tempo, enquanto o
Espírito se encontrar num grau ainda inferior, ele terá a assistência
de outros Espíritos, bem mais evoluídos que ele, que os ajudarão
na programação reencarnatória, de acordo com as possibilidades,
e a escolha do sexo ocorrerá pela necessidade das provas e/ou
expiações que ele deverá enfrentar. Geralmente, quando um
Espírito encarna pela primeira vez(estamos aqui nos referindo a
encarnações do ser como Espírito; como individualidade; e não
como princípio espiritual ou inteligente, que já teve milhares e
milhares de experiências anteriores até chegar à condição de
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Ricardo Rêgo Barros
Espírito), com o sexo já definido, ele prosseguirá, nas futuras
encarnações, mantendo a mesma linha sexual. Ou seja, caso a
primeira encarnação de um Espírito seja no sexo feminino, ele irá
dar continuidade, por um longo período, nessa opção sexual. O
mesmo ocorrerá caso a primeira encarnação tenha sido no sexo
masculino. Isso se explica, de forma lógica, pelo fato de que os
Espíritos devem evoluir aprendendo e consolidando esse
aprendizado nas duas psicologias: a feminina e a masculina. Para
isso, ele deve permanecer, o máximo de tempo necessário, dentro
da opção sexual original, até que possa ter logrado todas as
experiências dentro desse campo. Quando isso ocorrer, ele será
então preparado, no mundo espiritual, para iniciar outro longo
período encarnatório, porém agora em uma psicologia oposta a
anterior, até que ele atinja o equilíbrio nas duas polaridades:
masculina e feminina.
É importante aqui relatar que, durante a fase em que o
Espírito vivencia suas encarnações em determinada psicologia,
feminina ou masculina, poderá ele, de acordo com as
necessidades, intercalar alguma reencarnação numa psicologia
diversa daquela padrão. Exemplo: digamos que o Espírito X
,
teve sua primeira encarnação na psicologia masculina. As
encarnações seguintes também se deram na mesma psicologia.
Entretanto, por motivos de comprometimentos que ele assumiu
perante a lei de causa e efeito, em várias dessas encarnações, e,
considerando que as encarnações vindouras são traçadas e
planejadas de acordo com as prioridades de situações a serem
trabalhadas, é possível que ele necessite, para ter maior
possibilidade de êxito, de encarnar provisoriamente na psicologia
feminina, pois as experiências que urge que ele vivencie