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Paulo pastoreia os romanos
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E-book200 páginas5 horas

Paulo pastoreia os romanos

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Sobre este e-book

Um conjunto de reflexões sobre as mensagens do apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos, escrita por volta do ano 57. O livro começa com uma entrevista imaginária com o escritor bíblico e depois seleciona 17 textos dele para os aplicar aos leitores cristãos dos dias de hoje. Todos os temas da vida (em torno do poder, do dinheiro e do sexo) são tratados. A ênfase do autor sagrados é que todos os que seguem a Cristo devem se deixar guiar pelo Espírito de Cristo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento4 de jun. de 2021
ISBN9786589202462
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    Paulo pastoreia os romanos - Israel Belo de Azevedo

    título do livro: paulo pastoreia os romanos da série pastoreados por paulo volume 1Folha de rosto do livro paulo pastoreia os romanos da série pastoreados por paulo volume 1

    © Israel Belo de Azevedo, 2021

    Todos os direitos reservados por

    EDITORA PRAZER DA PALAVRA

    É proibida a reprodução por quaisquer meios.

    FICHA CATALOGRÁFICA

    AZEVEDO, Israel Belo de, 1952-

    Paulo pastoreia os romanos. / Israel Belo de Azevedo. Rio de Janeiro: Prazer da Palavra, 2021.

    Edição eletrônica, ampliada e revista, da edição impressa (editora Hagnos)

    ISBN: 978-65-89202-46-2

    1. Romanos, Comentário Bíblico. 2. Comentários — Bíblia Romanos. 3. Apóstolo Paulo — Comentários

    CDD 227

    Coordenação Editorial:

    Israel Belo de Azevedo

    Capa e Editoração

    Leila Simões

    EDITORA PRAZER DA PALAVRA

    Rio de Janeiro

    2021

    www.prazerdapalavra.com.br

    Publicado em dois volumes, Pastoreados por Paulo foi meu livro teológico mais apreciado.

    Ele agora volta, ampliado, na versão digital, com novos capítulos.

    Espero que seja igualmente apreciado.

    Israel Belo de Azevedo

    "O Império se estendia desde a Bretanha até à fronteira da Pérsia; do Reno e do Danúbio às areias do Saara. Cerca de 100 milhões de pessoas o habitavam. Um exército de 300.000 legionários bem pagos garantia a sua defesa. Uma rede de estradas (...) entrecruzava-se por todo o vasto domínio. Naves de guerra patrulhavam as águas. O correio deslocava-se a uma espantosa velocidade de 65 quilômetros por dia. Mercadorias dos extremos da Terra chegavam continuamente a Roma. À exceção de ocasionais incidentes de fronteira, a famosa Pax Romana permaneceu intacta durante 250 anos. O Império era um lugar seguro para se viver. (...)

    Roma era o centro palpitante desse superestado. Com cerca de 19 quilômetros de circunferência, tinha-se tornado a maravilha do mundo. Desde que o primeiro imperador, Augusto, em suas próprias palavras, a encontrou ‘feita de tijolos e deixei-a feita de mármore’, uma série de governantes havia esbanjado somas fabulosas no embelezamento de Roma. Um estádio, o Circus Maximus, acomodava 250.000 espectadores. Onze aquedutos traziam diariamente mais de 1,3 bilhões de litros de água fresca das montanhas para a capital. Balneários, cujos grandes átrios abobadados eram milagres de engenharia, enchiam-se, todos os dias, de romanos que trocavam boatos e se distraíam. Contemplada da Colina de Palatino, suntuoso palácio dos césares, Roma era uma vista tão magnificente que um príncipe persa, visitando-a no ano 357 da nossa era, admirou-se: As pessoas serão mortais aqui?

    (ARNALDO POESIA [1])

    Entrevista imaginária com o apóstolo Paulo sobre Romanos

    Leia, a seguir, uma entrevista imaginária com o apóstolo Paulo sobre a sua Carta aos Romanos.

    ENTREVISTADOR — O senhor escreveu aos romanos antes de conhecer a cidade, capital do império?

    PAULO — Meu motivo foi preparar meus irmãos romanos para a minha visita à grande cidade. Eu estava em Corinto, hospedado na casa do irmão Caio, e planejava ir antes a Jerusalém levar a oferta que as igrejas tinham recolhido. Esta foi minha quinta carta. Antes, mandei correspondências para os tessalonicenses (duas), para coríntios (duas) e para os gálatas. Em cada um eu tinha um foco. Escrever carta é um modo de estar presente onde eu não estou.

    ENTREVISTADOR — E qual o foco desta carta para os cristãos de Roma?

    PAULO — Como tive um pouco mais de tempo, procurei fazer uma espécie de resumo da teologia cristã. É claro que não esqueci os desafios próprios lançados pelo Império, mas me lembrei de muitos meus irmãos da cidade que são judeus como eu. Alguns tiveram que fugir, por causa do decreto de Cláudio. Ficaram uns poucos, mas firmes, que cultuavam e pregavam junto com os outros, os não-judues. Havia uma certa tensão entre eles. Na verdade, as igrejas de Roma se reuniam em vários lugares, inclusive em sinagogas. Por isto, mostrei nesta carta que Jesus é o Messias verdadeiro. Todos, judeus e não-judeus, tinham que lidar com problemas para os quais não tinham orientação, sobretudo com a questão política. Os romanos pensam que tudo se resolve pela política. O que resolve é o Evangelho, vivido com fidelidade. Ele é o poder de Deus para a transformação do mundo.

    ENTREVISTADOR — Notei que na sua carta, você menciona várias pessoas. 

    PAULO — O cristianismo é relacionamento, com Cristo e com os irmãos. Eu citei pessoas que conheci, em diferentes momentos, e espero encontrar quando eu for a Roma, viagem que está demorando a acontecer, mas estou certo que irei, porque quero ir também à Espanha. 


    1 POESIA, ARNALDO. Ascensão e queda do império romano. Disponível em < https://xdocs.com.br/doc/31-roma-ascensao-e-queda-do-imperio-romano-pdf-lo1vr279q7ow

    Sumário

    A MARCA DO EVANGELHO

    O PODER DO EVANGELHO

    A QUEDA

    GRAÇA. MARAVILHOSA GRAÇA

    A LUTA

    FILHOS DE ABA

    A CRUZ MANDA LEMBRANÇAS

    NÃO SABEMOS MESMO ORAR

    QUE DIREMOS, POIS?

    DEUS INTERVÉM, MAS ÀS VEZES NÃO INTERVÉM

    EIS A DIFERENÇA!

    A FÉ VEM PELO OUVIR

    SACRIFÍCIOS?

    REVESTIDOS DE JESUS CRISTO

    UM AUTORRETRATO

    VIDA ENVOLVIDA EM AFETO

    O DEUS QUE TEM PODER

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    1

    Romanos 1.11-18

    A MARCA DO EVANGELHO

    Encontrar Cristo é tocar a realidade e experimentar a transcendência. Jesus nos dá um senso de dignidade e sentido pessoal, porque Ele nos assegura que Jesus nos ama. Ele nos faz livres da culpa porque Ele morreu por nós e do medo paralisante porque Ele reina. Ele nos dá sentido ao casamento e ao lar, ao trabalho e ao lazer, à individualidade e à cidadania.

    (JOHN STOTT [2])

    Imaginei o apóstolo Paulo, acorrentado numa prisão por pregar o Evangelho, abrindo o jornal Valor, de 2.3.2001 (ou Financial Times, de 1.3.2001, que foi a fonte primeira) e lendo a seguindo notícia:

    "Segundo uma pesquisa feita pela agência de publicidade Young & Rubicam, com 45 mil pessoas, entre adultos e adolescentes espalhados por 19 países, as marcas de consumo são a nova religião da humanidade. É para elas que as pessoas estão se voltando em busca de significado para suas vidas.

    As marcas de sucesso são aquelas que têm paixão e energia para mudar e mundo e converter as pessoas ao seu estilo de vida. Desde 1991, nos Estados Unidos, mais de 12 mil pessoas se casaram na Disneyworld e vem se tornando comum os aficionados na motocicleta Harley-Davidson serem enterrados em caixões da marca, como a dizer que essas máquinas são o sentido da vida.

    Para a agência, uma das maiores do mundo, os criadores de marcas podem ser comparados aos missionários que espalharam o Cristianismo e o Islamismo ao redor do mundo. Foi a paixão com que eles comunicaram suas crenças que levou pessoas a responder aos milhões, porque estas religiões eram baseadas em idéias poderosas que davam sentido e propósito à vida — disse um dos diretores da Y&R. Do mesmo modo, as marcas de sucesso de hoje são aquelas que permaneceram não por sua qualidade ou credibilidade mas por um conjunto de crenças que elas se recusaram a abandonar.

    Entre as marcas, a pesquisa cita Calvin Klein, Gatorade, Microsoft, MTV, Nike, Sony Playstation e Yahoo! como exemplo de marcas com crenças inegociáveis.

    A propósito, pelo levantamento da agência, as dez marcas mais importantes do mundo são: Coca-Cola, Walt Disney, Nike, BMW, Porsche, Mercedes-Benz, Adidas, Rolls- Royce, Calvin Klein e Rolex".

    (E a cada ano novas marcas surgem e velhas viram brumas...)

    Então, o apóstolo Paulo (imagino ainda) chama seu secretário e dita o seguinte parágrafo aos seus irmãos da cidade de Roma:

    "Porque desejo muito vê-los, a fim de repartir com vocês algum dom espiritual, para que vocês sejam fortalecidos, isto é, para que nos consolemos uns aos outros por meio da fé mútua: a de vocês e a minha.

    Quero que vocês saibam, irmãos, que muitas vezes me propus a ir visitá-los — no que tenho sido, até agora, impedido —, para conseguir algum fruto igualmente entre vocês, assim como também tenho conseguido entre os outros gentios. Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a insensatos. Por isso, quanto a mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vocês que estão em Roma.

    Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.

    A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos seres humanos que, por meio da sua injustiça, suprimem a verdade. Pois o que se pode conhecer a respeito de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou".

    (Romanos 1.11-19 — ARA)

    Os construtores de marcas de consumo querem despertar a paixão nos consumidores, paixão por suas marcas. O apóstolo Paulo confessa a sua paixão pela pregação do Evangelho, causa pela qual conheceu prisões e privações, acoites e naufrágios, ansiedade e morte.

    Paulo tinha a convicção que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação dos homens. Paulo tinha certeza que somente pela fé os seres humanos são justificados e afastados da impiedade e da perversão. Paulo tinha o desejo de dizer isto pessoalmente a tantos quantos pudesse.

    Por isso, lendo, neste exercício de imaginação, o jornal, Paulo ficou perplexo em saber que o seu Evangelho foi trocado pela rede mundial de televisão MTV como marca capaz de dar sentido à vida das pessoas, em saber que a cruz de Cristo foi substituída pela Coca-Cola como a marca do mundo.

    Nós também nos devemos preocupar com esta pesquisa. Se ela for verdadeira, o Cristianismo estará condenado a ser uma religião inexpressiva do mundo. O futuro será ditado por aquilo que nós fizermos do Evangelho.

    Podemos ceder à última tentação do capitalismo (título da matéria do Financial Times sobre o assunto), que é a de substituir a religião pelo consumo, ou podemos manter a paixão por Cristo. Esta é a escolha que temos por fazer.

    Paulo, um homem com propósitos claros

    Comecemos por falar dos sentimentos, desejos e certezas de Paulo, que devem ser nossos também.

    1. Paulo se sentia, segundo seu texto, um devedor para com

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