Combater as Mentiras: Sangue Glacial, #2

COMBATER AS MENTIRAS

VOLUME 2

Anna Edwards

Copyright © 2020 por Anna Edwards

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, distribuída ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a permissão prévia por escrito.

www.AuthorAnnaEdwards.com

Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação do autor. As localidades e nomes públicos às vezes são usados ​​para fins envolventes. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, ou com negócios, empresas, eventos, instituições ou locais é completa coincidência.

Aviso: este livro contém cenas sexualmente explícitas, linguagem adulta e pode ser considerado ofensivo para alguns leitores. Este livro está à venda apenas para adultos, conforme definido pelas leis do país em que foi comprado.

Isenção de responsabilidade: por favor, não tente nenhuma prática sexual sem a orientação de um profissional experiente. Nem a editora nem o autor serão responsáveis ​​por qualquer perda, dano, lesão ou morte resultante do uso das informações contidas neste livro.

Design da capa por www.CharityHendry.com

Design do logótipo por Charity Hendry

Edição de Tracy Roelle

Revisão por: Sheena Taylor

Prólogo

Sempre fez parte do mundo; mesmo que continuemos a negar. Procriação para o progresso. Quer a mulher seja escolhida pela largura das suas ancas ou pelo sangue que corre nas suas veias, ela foi seleccionada para gerar um filho com base em um facto. O filho mais velho não tem permissão para amar, pois ele deve casar-se por dinheiro ou título. O seu dever é produzir frutos dos seus lombos que trarão o nome da família para a vanguarda daqueles cujos olhos precisam ser capturados para maior poder. Os seus sentimentos não importam; eles são insignificantes.

Uma mulher é decapitada pelo nascimento de uma filha; a criança não governará por causa do seu sexo. Mal sabia o seu pai que ela seria a governante mais poderosa da sua linhagem Tudor. Um homem forçado a renunciar ao trono porque se atreveu a apaixonar-se por uma divorciada. Como seria um grande país agora se ele governasse com a mulher que amava ao seu lado?

Mas nem sempre é na história que vemos este conto, a bela donzela entregue pelo pai mau; uma virgem enviada ao seu destino. Não, ainda existe até hoje. Casamentos arranjados, mulheres forçadas à servidão sexual porque se encaixam em um perfil. Homens escolhidos pelos genes, possuídos por mulheres que podem pagar pelo que desejam. Bebés assassinados por não serem meninos. A criação selectiva faz parte da nossa vida. Nem sempre é equivocada. Para os pais que precisam de genética específica numa criança para ajudar a curar outra doença, é uma bênção. É uma história tão antiga como o tempo, e que a Emma e o Scott estão a rezar para sobreviver.

Família nem sempre é sangue; são as pessoas na tua vida que te aceitam pelo que tu és.

Capítulo 1

Tira as tuas mãos de mim. Eu sou perfeitamente capaz de andar sozinha, a leoa, Emma, ​​rosnou para o metamorfo lobo desprezível que a estava a maltratar desde que deixaram a mansão do Sangue Glacial.

Onde estaria a diversão nisso? O rafeiro lambeu os lábios e empurrou-a ainda mais pelo corredor escuro. Ele não precisava dizer-lhe onde é que ela estava. Era o mesmo lugar para onde trouxeram todos os criminosos metamorfos. Ela estava na base do prédio do Reichstag em Berlim e estava prestes a ser atirada para as masmorras consagradas, onde prendiam aqueles que eram acusados ​​de crimes. Assassinato? Isso foi o que o Ethern, o líder do conselho paranormal, disse. Quem diabos ela deveria ter matado?

O monte de esterco passou a mão no seu rabo novamente. Isso foi o suficiente. As suas mãos estavam presas por uma corrente mágica, mas isso ainda deixava as suas pernas ágeis livres. Em um movimento rápido, ela golpeou com a sua perna mais forte e deixou cair o lobo desprevenido. Ela sempre gostou que as pessoas subestimassem a sua pequena estrutura. Era pequena, mas tinha um impacto poderoso.

Eu disse para manteres as tuas patas imundas para ti. Ela lançou uma onda de fúria sobre ele.

Tu vais pagar por isso vadia. O lobo levantou-se e pôs as mãos a volta do delicado pescoço dela antes que ela respirasse. Ele empurrou-a contra a parede húmida. O frio do tijolo causou arrepios no seu corpo. O lobo sorriu. Ele tinha confundido o seu tremor com medo. Estava longe disso, entretanto. Ela preparou-se para atacar. Algemas mágicas não podiam detê-la.

Marvin, deixa a Srta. Bryant ir. A voz do Ethern Lennox ecoou pelo estreito corredor da masmorra. O multi-metamorfo deu um passo à frente das sombras, longas presas a brilharem na luz baixa das velas.

O lobo relutante soltou o seu punho de ferro e inclinou a cabeça para baixo na sua orelha. A punição vai esperar. O Ethern nem sempre estará por perto , ele murmurou.

Kas, o urso polar alfa da Emma, ​​apareceu ao lado do conselheiro e rosnou um aviso mortal. O multi-metamorfo colocou a mão sobre o ombro do alfa irado para acalmá-lo, antes de voltar a sua atenção para o lobo. A Emma assistia a tudo com grande diversão. O idiota ultrapassou o limite.

Põe a Srta. Bryant na cela e depois sai. Mandarei outro guarda para assumir as tuas funções. Tu vais apresentar-te ao teu superior para disciplina, pois tu pareces incapaz de cumprir uma ordem simples.

A cadela pontapeou-me? O lobo protestou com uma expressão de horror no rosto. A Emma não sabia o que significava 'disciplina', mas achou que seria doloroso. A disciplina normalmente era.

E tu tens mãos errantes desde que ela foi presa pela primeira vez. A Srta. Bryant é inocente, até que se prove o contrario.

O que ela não é. O Kas interrompeu com um rosnado; ele agora também tinha as suas presas puxadas. Os incisivos afiados capazes de rasgar a carne e rasgá-la em pedaços em questão de segundos. A Emma imaginou o Marvin dessa forma. A primeira coisa que ela removeria seria aquelas mãos nojentas. Isso o ensinaria a pensar que poderia tocar em qualquer mulher presa. Ela deu ao lobo um sorriso tão subtil quando ele deixou a masmorra.

Desculpa, Emma; ele não tinha o direito de te tocar. O Ethern deu um passo à frente e tirou a corrente mágica das suas mãos com um aceno próprio. Vou fazer com que ele não possa cá voltar.

Obrigado, Sr. Lennox. Ela baixou a cabeça respeitosamente.

Temo que vou ter que pedir-te para ires para uma das celas. Eu, no entanto, tenho uma reservada para ti. É longe de alguns dos outros que estão detidos aqui. O Ethern levou-a para frente e abriu uma porta de carvalho maciço.

O fedor de urina e fezes misturou-se com o cheiro das paredes cobertas de mofo. O seu estômago embrulhou-se. Gemidos de lamentação e gemidos ferozes inundaram a porta. Ela acalmou-se, congelada no lugar.

Ethern isso é realmente necessário? O Kas envolveu a sua mão enorme em volta dela e puxou-a para ele para o seu conforto.

Se eu pudesse permitir que ela ficasse em outro lugar enquanto resolvemos esse erro, eu o faria. Não posso mostrar favores na minha posição. O rosto do mago contraiu-se com a sua própria repulsa pela situação.

Está bem, ela tranquilizou-o. Ela tinha a sensação de que essa era a parte do seu trabalho para a qual ele não se importava. Outra porta abriu-se e eles foram conduzidos a uma sala que continha uma única cela. Era aqui que estava o seu futuro imediato. O Ethern destrancou a porta e ela entrou. Um rosnado baixo repercutiu do Kas novamente. Ele não estava feliz. Bem, isso na verdade era para dizer no mínimo. Deveriam estar todos a celebrar os seus amigos, o acasalamento do Brayden e da Selene, e a coroação do leopardo da neve como beta. O Brayden era como um irmão para ela. Eles cresceram juntos depois de ela ter sido recebida na família do Sangue Glacial. Ela era seis meses mais nova que ele, por isso ele gostava de armar-se em irmão mais velho protector. Ela estragou o seu dia especial. A culpa tomou conta dela, enquanto ela observava o ambiente miserável.

O Reichstag foi inaugurado em mil oitocentos e noventa e quatro e foi a casa do parlamento Alemão até mil novecentos e trinta e três, quando foi destruído por um incêndio. Posteriormente, foi reconstruído na década de noventa para manter o conselho metamorfo que se disfarçava como governo Alemão. Bem, vamos encarar os factos, os metamorfos não poderiam fazer um trabalho muito pior para os humanos da cidade do que os nazis fizeram. Se as pessoas soubessem que o actual primeiro-ministro do país em exercício era um urso da Baviera com uma queda por peixe fresco... o tipo que ainda respira.  

Os andares superiores do edifício foram limpos e projectados em estilos modernos para o público em geral, mas os andares abaixo do solo mantiveram o charme histórico por falta de uma descrição melhor. Eles variavam de pequenos escritórios com esculturas ornamentadas a um grande salão de baile cerimonial revestido de madeira e emoldurado com espadas e espólios de matanças há muito apreciados em banquetes. Os níveis mais baixos, escondidos na área onde ninguém ousaria ir, a menos que fosse o seu trabalho ou estivessem a espera da sentença, eram as áreas das masmorras. O seu quarto era um bocado melhor, não sendo na área comum, mas ainda não tinha as instalações necessárias. A sanita era um balde; a cama desgastada e ela esperava que não estivesse coberta de pulgas. Não havia aqui nenhuma luz natural; em vez disso, uma lâmpada fluorescente piscou para iluminar as gravuras nas paredes de pedra dos ocupantes anteriores. Ela estremeceu com as histórias que esta sala poderia contar, e agora seria acrescentada a sua própria história.

Quem é que eu supostamente matei? Ela perguntou ao Ethern.

Oh sim, as formalidades. Um pedaço de papel foi puxado do bolso do casaco. O multi-metamorfo abriu e começou a ler. Emma Bryant, foste trazida aqui sob a acusação de assassinato. Alega-se que no dia vinte e cinco de Outubro de dois mil e quinze a senhora assassinou Richard Bryant, decapitando-o. Como é que tu te declaras? O chão do seu mundo caiu. Ela tropeçou para trás com falta de ar. O Ethern parou de ler e com um pequeno movimento da sua mão fez sinal ao Kas para dar-lhe conforto.

O meu pai? Ela estava espantada. Terror frio e gelado inundou o seu corpo, a forçar o seu estômago a contorcer-se e a rodar em espasmos dolorosos. Eu nem sabia que ele tinha morrido. O Kas passou os braços a volta dela e trouxe-a para o seu peito. Eu não o matei. Não o vejo desde os quatro anos. Eu nem consigo lembrar-me como é que ele é. Por que eu iria matá-lo?

Está bem. O Ethern sabe disso, mas foi feita uma alegação. Ele tem que investigar.

O Kas calmamente tentou tranquilizá-la, mas não resultou. Ela tinha um pressentimento terrível sobre isso. Tudo o que tinha a ver com o seu pai causava-lhe problemas.

A denúncia foi feita e as provas de viabilidade fornecidas. O teu pai era um alfa. Eu tive que agir. O Ethern olhou para a cama, franziu a testa e acenou com a mão a frente dela. A cama desapareceu e foi substituída por uma versão mais macia e muito mais limpa. Cobertores quentes apareceram sobre ela, a fazer com que parecesse realmente aconchegante, apesar da localização. Ele abanou o pulso novamente, e a iluminação transformou-se em um brilho subtil e quente. Infelizmente, não posso fazer nada sobre a sanita, mas farei o que puder para tornar a tua estadia tolerável. Também mandei a Jessica ao meu escritório para ir buscar uma cópia de todas as evidências e levá-las para à mansão do Sangue Glacial para que tu possas iniciar a tua própria investigação, Kas.

Sou grato por isso. O urso polar acenou com a cabeça em reconhecimento antes de ajudar a Emma a sentar-se na nova cama.

Vou deixar alguns dos outros quartos mais confortáveis, para que não pareça suspeito, só aqueles que merecem, é claro. Tu tens cinco minutos, Kas, e depois temos que ir embora. O Ethern voltou para à porta. Eu voltarei para trancar. A Emma estremeceu com as palavras dele. As paredes de repente fecharam-se sobre ela, ela nunca tinha sido claustrofóbica, mas o pensamento de não ter luz natural ou campos verdes para correr assustou-a tanto que ela podia sentir o seu coração a bater cada vez mais rápido.

"Eu não entendo por que é que isso está a acontecer? Porquê agora?

Eu não sei. Nada disso faz algum sentido. Tu vieste ter connosco com quatro anos. Tu nunca fizeste parte da alcateia do teu pai. O Kas estava a acariciar o seu cabelo com ternura em um gesto reconfortante. Isso estava a acalma-la um bocado, mas ela sabia que no momento em que ele partisse, o medo voltaria.

Tu disseste que eu fui encontrada pela tua avó, que eu tinha um bilhete a dizer quem eu era e a pedir para ser protegida do meu pai. Que eu estava para ser prometida a um homem que me destruiria e que essa era a única maneira de ter a certeza de que isso não aconteceria. Quem assinou o bilhete? Ela cresceu com uma família de leões no parque, mas o Kas insistiu sempre que ela soubesse que não era sua filha biológica. Depois das guerras em que a sua família morreu, o urso polar explicou que saber a verdade era preferível e garantiria a sua segurança. Ela lembrou-se de um encontro com o seu pai quando ela tinha apenas quatro anos, a última vez que o viu. Estava cheio de raiva, a lutar entre as matilhas, mas o Sangue Glacial reivindicou-a e marcou-a como um dos seus, para que o seu pai não pudesse levá-la. Ele eventualmente partiu sem ela, mas não antes de prometer vingança contra todos eles.

Não sabemos quem enviou o bilhete. A resposta do Kas tirou-a da sua reflexão. Não estava assinado.

E se essa for uma táctica para nos distrair? Ela teve um pensamento repentino. Claro, era óbvio: "Alguém conhece os detalhes do passado e está a tentar usá-los para