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Os Mestres do Yoga
Os Mestres do Yoga
Os Mestres do Yoga
E-book293 páginas4 horas

Os Mestres do Yoga

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Sobre este e-book

Neste livro, Carlos Alberto Tinoco traz, aos amantes e curiosos do Yoga, breve histórias sobre grandes Mestres, do oriente ao ocidente.Com técnica impressionante, o autor deixa-nos embarcar pela vida e conversão de pessoas que foram movidas pela força e pelo poder transformador do Yoga.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento23 de jul. de 2020
ISBN9788547346171
Os Mestres do Yoga

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    Os Mestres do Yoga - Carlos Alberto Tinoco

    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2019 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    Ao meu muito querido filho, Arjan Goes Tinoco, cujo olhar espelha a candura e a mansidão dos olhos da sua mãe, Lucimar Paula de Goes Tinoco, minha falecida esposa. A vocês dedico este livro.

    Curitiba, primavera de 2019.

    GAIATRY MANTRA

    ॐ भूर्भुवस्वः ।

    तत् सवितुर्वरेण्यं ।

    भर्गो देवस्य धीमहि ।

    धियो यो नः प्रचोदयात् ॥

    Om bhūr bhuva svar

    tat savitur varenyam

    bhargo devasya dhīmahi

    dhiyo yo nah prachodayāt

    Om, Terra, ar, éter,

    Pensemos naquele ardor desejável

    do deus Savita; que ele possa

    impulsionar os nossos pensamentos

    (Rig Vêda, III, 62, 10)

    PREFÁCIO

    As contribuições literárias do professor Carlos Alberto Tinoco ao Yoga no Brasil têm sido significativas para uma consciência da amplidão e singularidade do tema. As traduções de textos são de fundamental importância para uma compreensão mais profunda do Yoga. "As Upanishads, As Upanishads do Yoga", Shiva Samhita, "Gerandha Samhita" são demonstrações de um escritor comprometido em trazer à luz aspectos filosóficos e técnicos de uma senda espiritual ainda pouco conhecida em nosso país.

    O professor Tinoco brinda-nos com textos, tais como "Contribuições do Yoga à educação no Brasil e História das filosofias da Índia", que abordam o tema com abrangência e acurada pesquisa. Em suas obras, Tinoco preenche uma lacuna, contribuindo significativamente para que nossa visão do Yoga seja pautada por um olhar que possa perceber as diversas facetas que compõem o mosaico dessa senda espiritual, desde aspectos históricos e filosóficos até elementos técnicos e literários. Assim, apesar da abrangência do tema, podemos nos fundamentar com conhecimentos indispensáveis para uma prática e ensino do Yoga de forma consistente, clara e com consciência de seus diversos domínios. Toda essa contribuição do professor Tinoco é de grande importância para a solidificação do Yoga no Brasil e uma singular colaboração para o que necessitamos em termos de cura de nossos koshas ou envólucros, em busca de uma saúde mais plena, e principalmente para a elevação e expansão da consciência.

    O Yoga tem como objetivo fundamental o estado de moksha ou kaivalya, a libertação dos ciclos de morte e renascimento e, para tanto, uma longa e árdua jornada se faz necessária. Conhecimentos da mesma natureza daqueles que o professor Tinoco nos traz são fundamentais para uma compreensão mais clara e profunda das etapas que compõem esse caminho e nos elucidam com elementos que podem dissipar as dúvidas e nos fazer perceber os procedimentos e soluções necessários dessas diversas etapas.

    Na presente obra, o professor Carlos Alberto Tinoco presenteia-nos com um texto que trata sobre os grandes yogues e seus feitos. Envoltos na vida desses grandes expoentes do Yoga estão seus ensinamentos, de forma explícita ou implícita, em meio às entrelinhas. Os sadhanas desses grandes mestres, suas interpretações acerca da filosofia do Yoga, suas peregrinações, os relatos sobre como atingiram o dharma mega samadhi, como transmitiram seus ensinamentos, as instituições que fundaram, todas essas informações concisas e aprofundadas nesta obra são elementos que motivam e inspiram os yogues atuais a buscarem seus desenvolvimentos espirituais, sua jornada para tornar consciente e constante a união entre Jivatman e Paramatman. Os relatos nos fazem conhecer desde a vida cotidiana desses yogues até como acessaram Atman, a natureza divina que a tudo permeia.

    O detalhamento da vida desses grandes mestres do Yoga nos inspira por mostrar como esses mantiveram o foco no Espírito nas mais diversas situações, como foi a dedicação de cada um para atingir estados elevados de consciência, como superaram dificuldades no caminho espiritual, como se deu o altruísmo em suas vidas – aspecto fundamental em uma vida espiritual madura.

    A importância da obra de Tinoco está também no fato de reunir informações sobre grandes mestres do Yoga em um só texto, possibilitando uma visão mais ampla e profunda de suas vidas, e trazendo aspectos mais detalhados de suas experiências espirituais.

    Lembremos que mesmo encontrando visões e práticas paradoxais entre esses grandes expoentes do Yoga, o que fundamenta as suas jornadas espirituais é o Sanatana Dharma, uma lei natural infinita sem começo. Em outras palavras, as verdades espirituais reveladas pelos grandes mestres já eram existentes nos registros akashicos antes de serem descobertas. Portanto a aparente diferença existente entre sendas e mestres espirituais são como corais de um imenso arrecife que o colorem e embelezam, mas o Sanatana Dharma é como o mar que a tudo permeia sempre existente, eterno e uno. Tudo o que estiver em harmonia com o Sanatana Dharma estará em comunhão com o Absoluto, Brahman, realizando o objetivo último da existência: Yoga ou a união da consciência individual com a consciência cósmica.

    Manaus, 5 de julho de 2018.

    Ricardo Berwanger Franco de Sá

    Mestre em Antropologia Social pela UFAM e coordenador do Yoga Ashram Amazônia.

    APRESENTAÇÃO

    Este pequeno livro apresenta uma pesquisa sobre o Yoga e os seus principais mestres, do Oriente ao Ocidente, principalmente os da Índia.

    Em essência, este livro não apresenta novidades. Destina-se aos professores e aos praticantes do Yoga interessados em rever os nomes e as biografias resumidas dos principais mestres do Yoga, estes escolhidos sem um critério, apenas seguindo a intuição deste autor que vos fala.

    Mesmo que esses mestres sejam bastante conhecidos, creio que vale a pena escrever sobre eles, uma vez que militam ou militaram em vários ramos do Yoga, tais como: o Hatha Yoga, o Raja Yoga, o Kriyia Yoga e outras vias.

    É importante assinalar que algumas das informações sobre alguns dos mestres aqui citados foram extraídas de dados encontrados na internet¹. Portanto, trata-se de uma compilação de nomes de mestres do Yoga constantes de fontes diversas. Os demais foram fruto de minhas pesquisas em outras fontes de informação, logo informo a você, leitor, que os dados constantes neste livro são de minha inteira responsabilidade.

    Curitiba, inverno de 2017.

    Carlos Alberto Tinoco.

    Sumário

    INTRODUÇÃO 17

    1

    Os Mestres do Yoga na Índia 21

    Os Vratyas 21

    Patañjali 23

    Vyasa 27

    Abhinava Gupta 28

    Matsyendra Nath 32

    Goraksha Nath 34

    Rei Bhoja 38

    Vijñana Bhiksu 40

    Ramananda Sarasvatî 41

    Svâtsmârâma Yogendra 41

    Sri Tirumalai Krishnamacharya 43

    Paramahansa Ramakrisna 47

    Swami Vivekanada 55

    Swami Harirananda Âranya 63

    Sri Jnãnadeva 65

    Paramahansa Harirananda 66

    Shri Chinmoy 70

    Swami Tilak 73

    Ramana Mahashi 75

    Mahavatar Bábaji 81

    Paramahansa Yogananda 83

    Sri Yukteswar Giri 87

    Lahiri Mahasaya 89

    Giri Bala 91

    Nagendra Nath Baduri 92

    Swami Kebalanada 93

    B.K. S. Iyengar 94

    Bhagavan Nityananda 96

    Osho Rajneesh 99

    Swami Satyananda Sarasvati 100

    Dr. Manohar Laxman Gharote 101

    Swami Muktanada 103

    Gurumay Chidvilasanda 106

    Swami Lakshman Jou 108

    Swami Vishnu Devananda 111

    Swami Rama 112

    Swami Brahmanada 113

    Swami Premanada 116

    Swami Abhedanada 119

    Mahashi Manesh Yogue 121

    Shrii Shrii Anandamurti 124

    Shri Aurobindo Ghose 126

    Swami Pareshananda 128

    Pattabhi Jois 129

    Swami Shivananda 129

    Bijoy Krishna Goswami 133

    Swami Dayananda 135

    Srila Prabhupada (Abhay Charanaravinda) 136

    Jaiadeva 140

    Swami Kuvalayananda 141

    Swami Satchidananda Sarasvati 145

    Jayadeva Yogendra 146

    Gopi Krishna 149

    2

    Os Grandes Mestres do Yoga no Ocidente 153

    Paul Brunton 153

    David Frawley 155

    Alain Danielou 159

    Tara Michäel 162

    Ram Dass 163

    Swami Dharma Mitra 165

    Arthur Avalon 166

    Serge Raynaud de la Ferrière 167

    Sharon Gannon e David Life 171

    Donna Farhi 171

    Ganga White 171

    André Van Lysebhet 171

    Alicia Souto 172

    Indra Devi 173

    Swami Shivanada Radha 176

    Georg Feuerstein 178

    3

    Professores de Yoga no Brasil 181

    Shotaru Shimada 181

    Dr. Marcos Rojo Rodrigues 183

    Paulo Murilo Rosas 184

    Glória Arieira 184

    Mestre DeRose 184

    Monserrat Rosa Fernandes 188

    Jean-Pierre Bastiou 189

    Cláudio Duarte 191

    Neusa Maria Kutiansky de Araújo Santos 191

    Carlos Eduardo Gonzales Barbosa 191

    José Hermógens de Andrade Filho 192

    Maria Augusta Erich de Menezes 192

    Horivaldo Gomes 194

    Isaltina de Araújo e Silva 194

    Caio Miranda 195

    Sevanada Swami 197

    Swami Sarvanada 199

    Gilberto Gaertner 200

    Pedro Kupfer 202

    Danilo Forghuieri Santaella 203

    REFERÊNCIAS 205

    ANEXO 207

    INTRODUÇÃO

    ²

    ELEMENTOS FILÓFICOS DO YOGA CLÁSSICO

    Para que se possa tratar de uma introdução aos aspectos filosóficos do Yoga Clássico, serão feitas abaixo algumas considerações sobre a divisão da sua filosofia.

    O filósofo Jacob Bazarian³ estabeleceu uma divisão da Filosofia:

    ONTOLOGIA OU TEORIA DO SER

    Estuda a origem, a essência e a causa do cosmo, da vida e do pensamento; e a relação entre o ser e o pensamento. Responde às perguntas: qual é a realidade essencial: o ser ou o pensamento? Qual a origem e a essência do cosmo e da vida humana? Quem somos? De onde viemos? Na Filosofia Clássica, essas questões eram estudados pela Metafísica Geral.

    GNOSIOLOGIA OU TEORIA DO CONHECIMENTO

    Estuda a origem, a essência e a validade do conhecimento. Responde às perguntas: o que podemos conhecer? O que é o conhecimento? Existe a Verdade? Como podemos conhecê-la? Qual é o critério da Verdade? Qual é o valor dos nossos conhecimentos?

    AXIOLOGIA OU TEORIA DOS VALORES

    Estuda a origem, a essência e a evolução dos valores existenciais e indica os princípios da ação. Responde às perguntas: qual o valor das coisas? Como devemos agir? O que devemos fazer? Como devemos nos comportar? O que devemos esperar? Para onde vamos? Qual é o sentido da vida? Qual é o destino da humanidade?

    Essas três partes Filosofia estão intimamente relacionadas. Assim, para resolver problemas Ontológicos e Axiológicos (existenciais e metafísicos) precisa-se de uma Gnosiologia capaz de indicar o melhor caminho para se consegui o conhecimento verdadeiro sobre aquilo que se investiga. Para se resolver problemas Gnosiológicos, é necessário armar-se de uma Axiologia e de uma Ontologia capazes de enfrentar os problemas gnosiológicos. Para se enfrentar problemas Axiológicos, por sua vez, uma Gnosiologia e Ontologia claras são necessárias.

    É importante salientar que o Yoga admite a existência de duas consciências: chitta e chit. Chitta é a consciência individual, o ego, aquilo que nos dá a ilusão de que somos um indivíduo. Chit é uma consciência transpessoal, uma consciência que somente é percebida quando chitta deixa de funcionar, quando param os pensamentos e emoções.

    Quais as bases de uma Filosofia do Yoga Clássico?

    Para responder a essa pergunta, alguns versos do Yoga Sutra de Patañjali⁴ são bem-vindos: I.2.Yoga é a inibição das modificações da mente (Yoga Chitta-Vritti Nirodhah). Nesse sutra, Patañjali deixa claro que o estado de Yoga começa quando as atividades da consciência individual são inibidas, ou seja, deixam de existir. Assim, para Patañjali, Yoga é um estado de consciência, um estado mental no qual a consciência individual, o Ego, tem suas atividades inibidas.

    I.3. Então, o vidente está estabelecido em sua natureza essencial e fundamental. (Tada Drastuh Sraupe Vasthanam). Nesse sutra, Patañjali diz que quando cessa a atividade de chitta, o praticante do Yoga, chamado de vidente, estabelece-se na sua natureza essencial ou fundamental.

    I.4. Nos outros estados existe assimilação (do vidente) com as modificações da mente (VrttiSarupyam Itaratra). Nesse sutra, Patañjali diz que, caso não sejam cessadas as atividades da mente ou de chitta, o praticante de Yoga confunde-se com os seus próprios pensamentos. Em outras palavras, o praticante de Yoga, quando não consegue parar as atividades da mente, confunde-se com elas, passa a admitir que são essas as atividades mentais.

    Dessa forma, está clara uma posição ontológica do Yoga Clássico. Para Patañjali, o ser humano não é apenas o seu corpo ou os seus pensamentos. O ser humano, em essência, é o que se situa além dos pensamentos, além da atividade de chitta. Em outras palavras, a natureza do ser humano é metafísica.

    Nos versos acima, também se pode perceber uma Gnosiologia. Para Patañjali, o conhecimento da Verdade acontece quando o praticante alcança a cessação da mente, de chitta. Cessada a atividade da mente ou da consciência pessoal, aparece chit, ou seja, uma consciência transpessoal. Nesse estado, o praticante conhece a Verdade.

    Isto é uma Gnosiologia

    II.29.Auto-restrições (Yamas), observâncias (Nyamas), posturas (Asanas), controle da Respiração (Pranayamas), abstração (Pratiaraha),concentração (Dharana), meditação (Dhyana) e êxtase (Samadhi), são as oito partes (da autodisciplina do Yoga) (Yama-Nyamasana-Pranayama-Pratyraha-Dharana-Dhyana-Samadhi Satv Angani). Nesses versos, Patañjali estabelece os seus oito passos do seu sistema de Yoga, também conhecido como Asthanga Yoga ou Yoga de oito passos.

    II.30.Os votos de auto-restrições (Yamas), compreende a abstenção de violência (Ahimsa), de falsidade (Satya), de roubo (Asteya), de incontinência (Brahmacharya) e de cobiça (Apariigraha) (Ahimsa-Satyaasteya-BrahmacharyaparigrahaYamah). Como se pode perceber, o sutra descreve um verdadeiro código de ética, dizendo como o praticante de Yoga deve se comportar.

    Isto é uma Axiologia

    II.31.Estes (os cinco votos) independem de classe, lugar, tempo ou ocasião e, estendendo-se a todos os estágios, constituem o Grande Voto (Jati-Desa-Kala-SamayanavacchinnahSarvabhauma Maha Vrata). Aqui, Patañjali diz que o código de ética por ele estabelecido, constitui o que ele chama o Grande Voto, ou seja, a condição fundamental para qualquer pessoa ingressar no Yoga.

    Pelo que foi visto até aqui, de modo muito resumido, os sutras escritos por Patañjali constituem elementos a uma Filosofia do Yoga Clássico.

    1

    Os Mestres do Yoga na Índia

    Asatô Ma Sat Gamayâ

    Tamasô Ma Jiotyr Gamayâ

    Mrtior Mam’ritam Gamayâ

    Om, Shanti, Shanti, Shanti

    Do irrel, Conduza-me ao Real

    Das trevas, Conduza-me à Luz

    Da morte, Conduza-me à Imortalidade

    (Brhadaranyaka Upanishad, I, 3, 28)

    Os Vratyas

    São citados no Atharva Vêda como místicos e andarilhos. Segundo estudiosos, eles praticavam uma espécie de retenção da respiração, visando a alcançar estados alterados de consciência. Eram Yogues primitivos que vagavam pela Índia antiga.

    As pessoas que nasceram duas vezes (Brahmins, Kshatriyas e Vaisyas) engendram mulheres de suas próprias classes, mas que omitem os ritos prescritos e abandonaram o Gayatri, devem ser projetadas como Vratyas⁵.

    Vratya

    Há referências aos Vratyas no Atharva Vêda (Atharva Vêda, livro XV, hino 1):

    Havia um andarilho Vratya. Ele despertou Prajapati para a ação.

    Prajapati viu ouro em si mesmo e o engendrou.

    Esse tornou-se único, que se tornou distinto, que se tornou rico, que se tornou excelente, que se tornou Devoção, que se tornou o Santo Fervor, que se tornou a Verdade, uma vez que Ele era bom.

    Ele cresceu, tornou-se grande, tornou-se Mahadeva.

    Ele ganhou a devoção dos Deuses, Ele se tornou Senhor.

    Ele se tornou Chefe Vratya. Ele segurou um arco, mesmo aquele arco de Indra.

    Sua barriga é azul escuro, as costas dele são vermelhas.

    Com azul escuro, ele envolve um rival detestado, com o vermelho afunda o homem que

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