Para entender e rezar o Pai-Nosso
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Para entender e rezar o Pai-Nosso - Prof. Felipe Aquino
Apresentação
Um dia, em certo lugar, Jesus rezava. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou a seus discípulos’
(Lc 11,1). E em resposta a este pedido, o Senhor confiou à Seus discípulos e à Sua Igreja a oração cristã fundamental, uma verdadeira síntese do Evangelho.
Esta oração que nos vem de Jesus é realmente única: ela é do Senhor
. Pelas palavras desta oração, o Filho único nos dá as palavras que o Pai Lhe deu; Ele é o Mestre de nossa oração. Por outro lado, como Verbo encarnado, Ele conhece em Seu coração de homem as nossas necessidades e no-las revela; é o Modelo de nossa oração. Não há oração mais importante do que o Pai-Nosso, porque brotou do coração de Jesus. Jesus ensinou aos Apóstolos o que é mais importante pedir na oração do Pai-Nosso. O papa Bento XVI, no seu livro Jesus de Nazaré I, disse: O Pai-Nosso provém da oração pessoal de Jesus, do diálogo do Filho com o Pai.
Da intimidade de Jesus com o Pai nasceu o Pai-Nosso. Então, é fundamental fazer dela a nossa oração principal, desdobrando todo o seu valioso sentido.
Santo Tomás de Aquino disse: A oração dominical (Pai-Nosso) é a mais perfeita das orações. Nela não só pedimos tudo quanto podemos desejar corretamente, mas ainda segundo a ordem em quem convém desejá-lo. De modo que esta oração, não só nos ensina a pedir, mas ordena também todos os nossos afetos.
E Santo Agostinho completa dizendo: O Pai-Nosso é a síntese do Evangelho: ‘Percorrei todas as orações que se encontram nas Escrituras, e eu não creio que possais encontrar nelas algo que não esteja incluído na Oração do Senhor’
(Ep. 130).
Os santos se debruçaram sobre o Pai-Nosso. Santa Teresa de Ávila meditou profundamente suas palavras, e o mesmo fizeram muitos outros santos. Tertuliano (†220), de Cartago, repetiu: A Oração dominical é realmente o resumo de todo o Evangelho. Cada qual pode, portanto, dirigir ao céu diversas orações conforme as suas necessidades, mas começando sempre pela Oração do Senhor, que permanece a oração fundamental
(Or. 1;10).
O nosso Catecismo ensina:
O Sermão da Montanha é doutrina de vida, a Oração do Senhor é oração, mas em ambos o Espírito do Senhor dá forma nova aos nossos desejos, isto é, a estas moções interiores que animam nossa vida. Jesus nos ensina esta vida nova por suas palavras e nos ensina a pedi-la pela oração. Da retidão de nossa oração dependerá a retidão de nossa vida em Cristo (§2764).
São João Crisóstomo lembra-nos: O Senhor nos ensina a rezar nossas orações em comum por todos os nossos irmãos. Pois não diz ‘meu Pai’ que estás nos céus, mas ‘nosso’ Pai, a fim de que nossa oração seja, com um só coração e uma só alma, por todo o Corpo da Igreja
(Hom. in Mt 19,4). É a oração da comunidade cristã, rezada em todas as missas e celebrações litúrgicas. Nesta fé inabalável em Deus Pai, brota em nós a esperança que anima cada um dos sete pedidos que exprimem os gemidos do tempo presente, este tempo de paciência e de espera durante o qual ainda não se manifestou o que nós seremos
(1Jo 3,2).
A Oração dominical é a oração da Igreja por excelência. É parte integrante das grandes Horas do Ofício Divino e dos sacramentos da iniciação cristã. Por tudo isso, e muito mais, precisamos meditar profundamente o Pai-Nosso e deixar Deus Pai falar em nosso coração como falava com Jesus. Nas páginas que se seguem você poderá aprofundar o sentido de cada um dos sete pedidos que Jesus apresenta e tirar daí grande proveito espiritual.
Que Jesus conceda a todos que o lerem a graça de se enriquecerem em sua vida espiritual.
Prof. Felipe Aquino
MEDITANDO O PAI-NOSSO
A oração dominical (Pai-Nosso) é a mais perfeita das orações. Nela não só pedimos tudo quanto podemos desejar corretamente, mas ainda segundo a ordem em quem convém desejá-lo. De modo que esta oração, não só nos ensina a pedir, mas ordena também todos os nossos afetos.
(Santo Tomás de Aquino)
O Catecismo diz:
A oração dominical é a mais perfeita das orações, […] nela, não só pedimos tudo quanto podemos desejar corretamente, mas ainda segundo a ordem, em que convém desejá-lo. De modo que esta oração não só nos ensina a pedir, mas ordena também todos os nossos afetos (§2363).
No Pai-Nosso Jesus revela que conhece as nossas necessidades e as revela a nós. É uma oração da comunidade, pois não dizemos Meu Pai
, mas Pai-Nosso
.
É Jesus quem nos dá a ousadia de chamar Deus de Pai, porque só Ele, depois de ter realizado a purificação dos pecados (Hb 1,3), pode nos introduzir diante da face do Pai: Eis-me aqui com os filhos que Deus me deu
(Hb 2,13). Chamar a Deus de Pai é a oração do Espírito Santo em nós. Não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Abba! Pai! O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus
(Rm 8,15-16). Isto nos leva a ter diante do Pai uma simplicidade sem rodeios, uma confiança filial, uma segurança jovial e uma audácia humilde, porque tem certeza de ser amado (cf. CIC §2778).
Quem é o Pai? Jesus disse que ninguém conhece o Pai senão o Filho e a quem o Filho quiser revelar
(Mt 11,27), especialmente aos pequeninos (Mt 11,25).
Orar ao Pai é entrar no Seu mistério, como ele é, como Jesus o revelou. A glória de Deus é que nós O reconheçamos como Pai. Demos-Lhe graças por nos ter revelado isso e ter-nos concedido crer Nele e por sermos habitados por Ele (1Cor 3,16). Ele nos fez renascer para a Sua vida, adotando-nos como filhos em Jesus Cristo – filhos no Filho
– pelo Batismo. Assim nos incorporou no Corpo do Seu Filho, e pela Unção do Espírito Santo fez de nós cristãos. Por isso podemos chamar Deus de Pai. Pode haver alegria e honra maiores? Isto exige de nós uma atitude de filhos, e não de escravos ou mercenários.
São Cipriano de Cartago (210-258), no seu Tratado sobre a Oração do Senhor, diz:
O homem novo, renascido e, por graça, restituído a seu Deus, diz, em primeiro lugar, Pai!, porque já começou a ser filho. Veio para o que era seu e os seus não o receberam. A todos aqueles que o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aqueles que creem em seu nome
(Jo 1,12). Quem, portanto, crê em seu nome e se fez filho de Deus, deve começar por aqui, isto é, por dar graças e por confessar-se filho de Deus ao declarar ser Deus o seu Pai nos céus.
Brilhantemente, São Tomás de Aquino sintetiza a essência da oração que o Senhor nos ensinou, e que veremos com mais profundidade nas próximas páginas deste livro.
Segundo o doutor angélico
, o Pai-Nosso contém todas as coisas que devemos desejar e todas as coisas das quais devemos fugir. Entre as coisas desejáveis, o que mais se deseja é o que mais se ama, isto é, a Deus, e por isso primeiramente pedimos a glória de Deus, quando dizemos: SANTIFICADO SEJA O TEU NOME
. E de Deus são esperadas três coisas – que alcancemos a vida eterna: VENHA A NÓS O TEU REINO
; que se cumpra a vontade de Deus e Sua justiça: SEJA FEITA TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU
; e que tenhamos as coisas necessárias para a vida: O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE
.
As coisas que devem ser evitadas e das quais devemos fugir são as contrárias ao bem. Assim, o Pai-Nosso nos ensina a evitar o que é contrário