Moda em diálogos: Entrevistas com pensadores
5/5
()
Sobre este e-book
Relacionado a Moda em diálogos
Ebooks relacionados
Por que a Moda é fútil?: uma obra para leigos, apaixonados e curiosos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEntre Palavras, Desenhos e Modas: Um Percurso com João Affonso Nota: 5 de 5 estrelas5/5Estilo & Atitude: Reflexos da Moda – Século XIX ao Século XXI Nota: 5 de 5 estrelas5/5Psicologia fashion: consultoria de estilo, imagem e marca pessoal - integrando a aparência com a essência Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAlém do Cabide: como a moda pode, de fato, valorizar a sua imagem pessoal Nota: 5 de 5 estrelas5/5Moda E Hipermídia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConsultoria de Imagem: Relações Humanas, Inclusão e Respeito; Histórias Brasileiras e Portuguesas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPolíticas do design: Um guia (não tão) global de comunicação visual Nota: 4 de 5 estrelas4/5Cultura Visual e História Nota: 5 de 5 estrelas5/5Calçados e sua relevância na Moda Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesign para um mundo complexo Nota: 5 de 5 estrelas5/5O movimento criativo e pedagógico de Frida Kahlo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTeoria do design gráfico Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarketing pessoal: no contexto pós-moderno Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVitrines e coleções: Quando a moda encontra o museu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasModa à brasileira: O guia imprescindível para os novos tempos da moda Nota: 5 de 5 estrelas5/5Costurando para fora: A emancipação da mulher através da lingerie Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Vestido é o Reflexo da Alma: Guia de Desenvolvimento de Vestidos de Noivas e Festas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Luxo e Moda no Universo Feminino Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGuia prático dos tecidos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Moda, Luxo e Direito Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFormato de triângulo invertido Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Trabalho Do Figurinista Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUse a moda a seu favor Nota: 3 de 5 estrelas3/5Além da Moda Nota: 0 de 5 estrelas0 notasParis confidencial: Moda, design, cultura Nota: 1 de 5 estrelas1/5Curso Vitrine Fácil Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Artesanato e Hobbies para você
Vida organizada: Como definir prioridades e transformar seus sonhos em objetivos Nota: 4 de 5 estrelas4/540 Dicas Para Ganhar Na Lotofácil Nota: 4 de 5 estrelas4/5Faça os Seus Próprios Óleos Essenciais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Os Significados Das Cartas Do Baralho Cigano Nota: 0 de 5 estrelas0 notas23 Bolos Caseiros Nota: 5 de 5 estrelas5/5Crochê: Uma arte e terapia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Xadrez E Raciocínio Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGuia de produção de sabonetes artesanais para iniciantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Como Treinar Seu Cachorro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBiscuit - passo a passo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWax Melts Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPequeno livro de maquiagem Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Estilo De Vida Minimalista - Simplifique, Organize E Descomplique A Sua Vida Nota: 3 de 5 estrelas3/5Tira manchas: Como remover qualquer mancha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPequeno livro de decoração Nota: 1 de 5 estrelas1/5Arte para fazer em casa: reciclagem com criança Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesign De Sobrancelhas Para Iniciantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReceitas De Cremes Corporais Orgânicos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desenho Fácil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Receitas Caseiras de Sabonete Natural Nota: 5 de 5 estrelas5/5Ponto cruz - guia prático para iniciantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bijuteria fácil: Aprenda a fazer lindas peças Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCurso Vitrine Fácil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Guia Completo de Macramê para Iniciantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDrinks Incríveis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTricô: Meia, gorro e cachecol Nota: 0 de 5 estrelas0 notas100 Oportunidades para ganhar dinheiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPonto cruz - alfabeto Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCosturando para fora: A emancipação da mulher através da lingerie Nota: 5 de 5 estrelas5/5Macramé Para Iniciantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Categorias relacionadas
Avaliações de Moda em diálogos
1 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Moda em diálogos - Tarcisio D'Almeida
Copyright © Tarcisio D’Almeida
Copyright © desta edição Memória Visual
Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610 de 19.2.1998.
É proibida a reprodução total e parcial, por quaisquer meios
sem a expressa anuência da editora.
Produção editorial
Memória Visual
Revisão
Nova Leitura
Capa, projeto gráfico e diagramação
Adriana Cataldo e Priscila Andrade
Zellig | www.zellig.com.br
Fotografias
Christian Hallot - H. Stern/Divulgação
Diana Crane - Claudio Wakahara
Didier Grumbach - Vincent Lappartient
Gilles Lipovetsky - Danielle Sandrini
Massimo Canevacci - Tarcisio D’Almeida
Ted Polhemus - Danielle Sandrini
Valerie Steele - Roxanne Lowit/Divulgação
Produção de ebook
S2 Books
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
D155m
D’Almeida, Tarcisio
Moda em diálogos : entrevistas com pensadores / Tarcisio D’Almeida. - 1.ed. - Rio de Janeiro : Memória Visual, 2012.
(Moda de bolso ; 3)
Apêndice
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-89617-89-5
1. Moda. 2. Moda - Aspectos sociais. 3. Moda - Estilo - História. 4. Intelectuais - Entrevistas I. Título. II. Série.
12-6395.
CDD: 646.4
CDU: 646.21
04.09.12 06.09.12
038565
Rua São Clemente 300 – Botafogo
22260-004 - Rio de Janeiro – RJ
Tel.: 21-2537-8786
[email protected] | www.memoriavisual.com.br
Para aqueles que acreditam que a moda pode ser e
existir também em um pensamento, anterior ou
simultaneamente aos conceitos das tendências
.
Sumário
Capa
Folha de rosto
Créditos
Dedicatória
Uma breve reflexão
Prefácio
As riquezas das ideias dos pensadores das humanidades para a moda
Entrevista com Gilles Lipovetsky
Entrevista com Valerie Steele
Entrevista com Massimo Canevacci
Entrevista com Ted Polhemus
Entrevista com Diana Crane
Entrevista com Didier Grumbach
Entrevista com Christian Hallot
Genealogia das obras expressivas das humanidades sobre moda
Agradecimentos
Uma breve reflexão
Este é um livro de estreia e é resultado da convergência de um projeto de entrevistas com inúmeros pensadores, de diversas áreas do conhecimento, em especial das humanidades, e de diversos países que, de alguma forma e em um determinado período de suas produções intelectual-profissionais, debruçaram-se sobre o assunto moda. Portanto, esse projeto tem despertado bastante minha atenção, resultando em um tempo ao qual venho me dedicando há alguns anos a me perguntar, assim como aos autores com os quais dialoguei, questionamentos referentes à moda e como que eles são recorrentes.
De maneira que, recentemente, o projeto adquiriu um volume expressivo de reflexões acerca da moda, o que lhe propiciou o formato de livro a partir do prestigiado convite da editora
Camila Perlingeiro, para publicá-lo pela Memória Visual, integrando a Coleção Moda de Bolso
. Convite este que fiquei lisonjeado e agradecido ao recebê-lo, aceitando-o com a maior satisfação.
Os leitores encontrarão nas páginas de Moda em diálogos: entrevistas com pensadores inúmeras e distintas reflexões que contemplam traçados históricos, ideias, análises, críticas, contextualizações econômicas e de mercado, dentre outros tópicos abordados com pensadores, tais como o filósofo francês Gilles Lipovetsky, a historiadora norte-americana de moda Valerie Steele, o antropólogo italiano Massimo Canevacci, o antropólogo anglo-americano Ted Polhemus, a socióloga norte-americana Diana Crane, e o presidente da Federação Francesa da Costura, do Prêt-à-porter dos Costureiros e dos Criadores de Moda Didier Grumbach, assim como o embaixador da marca brasileira de joias H.Stern, Christian Hallot, que mapeia a força histórica das joias nas sociedades ocidentais.
Mas, anterior às entrevistas, pensei em escrever um breve ensaio que contemplasse uma das questões centrais nesta obra, que trata das relevâncias das contribuições advindas com as reflexões produzidas ao longo dos anos por autores das humanidades, que, de certa forma, podem contribuir para compreendermos o fenômeno moda
na nossa realidade moderna e contemporânea.
Contudo, três entrevistas não puderam integrar esse volume por questões de ordem natural do tempo. Essa lacuna, confesso, deixou-me frustrado no sentido de completude, mas que poderemos suprir, no decorrer do tempo, com os pensamentos sobre a moda que ocorrerão no futuro próximo. Gostaria muitíssimo de ter entrevistado o sociólogo brasileiro Gilberto Freyre (1900-1987) e a filósofa brasileira Gilda de Mello e Souza (1919-2005), além do filósofo francês Jean Baudrillard (1929-2007). Mas, por questões da cronologia natural da vida e do espírito implacável do tempo, fui privado de estabelecer diálogos sobre as ricas reflexões e abordagens desses pensadores sobre a moda.
Contudo, convido todos para paginar Moda em Diálogos: entrevistas com pensadores e descobrir, refletir, a partir das ideias dos autores com os quais tive a maior satisfação de dialogar, sobre a existência da moda e como ela exerce algumas influências voluntárias ou involuntárias nos nossos cotidianos.
Boa leitura!
TD’A, julho de 2012
Prefácio
As primeiras informações de moda traziam as novidades desenhadas em jornais e revistas. Mostravam figuras cobertas de babados, plumas e torturantes barbatanas internas. Poucos comentários, de vez em quando alguma frase irônica sobre o visual feminino. Enquanto os homens aperfeiçoavam a alfaiataria, se livravam dos detalhes supérfluos e adotavam cores neutras, as mulheres sofriam nos primeiros tempos do que seria a moda contemporânea.
Estas diferenças nunca se resolveram, as adeptas das novidades sempre terão mais opções, algumas nem sempre primando pelo conforto, do que os homens, ainda que eles sejam eternamente considerados a bola da vez no consumo de moda. Há muita tradição e medo conservador de serem superados por eles.
Destes tempos pioneiros, em que a moda ensaiava ser um movimento democrático, sobraram as páginas destas revistas e jornais. Ficam lindas nas paredes de ateliês, dão um ar cult ao ambiente. De vez em quando, algum criador decide se inspirar naquelas primeiras ideias.
Mas que papo nostálgico é este, esta velharia abrindo um livro sobre uma face tão menos superficial da moda? Justamente começo por aqui, para chegar ao pensamento e questões abordadas por Tarcisio logo depois destas páginas.
Daquelas primeiras imagens em preto e branco a comunicação de moda evoluiu para um repertório de interpretações variadas. Conceitos tirados de muitas fontes. Apresentações cada vez mais complicadas, em que muitas vezes a roupa quase não tem presença. Divulgar a notícia da vestimenta virou um discurso sobre atitudes e desejos.
O intervalo de um século entre estes dois extremos conquistou o interesse de um povo estranho. São os chamados jornalistas de moda. Uma imprensa que curte passado, presente e futuro. Que estuda a vida de estilistas e tenta entender de onde vieram algumas ideias, ouve explicações etéreas sobre coleções concretas, feitas para preencherem vazios nas vitrines e guarda-roupas. Um povo que vê moda em todos os setores – se por acaso como repórter cair numa cobertura de campanha política, fatalmente vai decifrar as intenções dos candidatos pelas roupas que vestem. No esporte, será capaz de analisar o design dos uniformes dos times, de descobrir fatos interessantes a partir da mudança do design de uma chuteira.
Falo também por mim, que faço parte de uma geração anterior à dos grandes eventos nacionais. Se dos anos 1960 aos 1970 era difícil conseguir uma entrevista coerente de um estilista, a partir das semanas de moda criou-se uma rotina de comunicação. A grande inovação dos desfiles não era a série de coleções criadas para inverno ou verão: era a presença de repórteres de todas as regiões do Brasil. Ali, naquelas plateias onde a fila A era disputada como em todos os lugares do universo da moda, surgiu a geração de analistas e pesquisadores neste assunto até hoje considerado frívolo.
Estes repórteres – basicamente repórteres, porque o bom editor é também um repórter – descobriram valores e pautas novas nos lançamentos. Trabalharam em caminhos paralelos aos seguidos pelos participantes dos eventos, ajudaram a formar imagens de marca. Havia um acordo tácito, um respeito mútuo entre a plateia e os desfilantes, porque era claro o esforço que envolvia a montagem e a produção de uma apresentação.
Desta visão que superou a velha pauta de contar a quantas andavam as cores, comprimentos e decotes para as leitoras, começaram a ser ampliadas as nossas intenções profissionais. Sentados nas plateias, esperando que as luzes das salas se apagassem e os desfiles começassem, conversávamos sobre