A expressão “sonhar não paga imposto” por mais que seja usada pelo povo, veio a servir como um argumento para esse projeto. Associado a ela, pegamos emprestado parte dos estudos a respeito dos números complexos, de Gauss. Unidas, formam a base para essa teoria. Mas como essas duas coisas que aparentemente não possuem nada em comum, podem estar relacionadas? Para responder, é preciso “viajar”.
De maneira simples, os números complexos representam a resposta para os números negativos com índice positivo na raiz. Tal resposta é definida pela letra i, e ela define números imaginários (números que não sabemos como são, mas que estão lá representados por essa letra). Em resumo, Existem números que não são visíveis, mas que existem.
Já a expressão apresenta duas verdades: uma óbvia e outra satirizada. A primeira é que o indivíduo não precisa retirar capital algum para poder desfrutar do reino dos sonhos como quiser. A outra verdade não interessa para esse estudo.
Agora vem a teoria propriamente dita. Qualquer pessoa só sonha algo que ela já viu, ouviu, sentiu, pensou ao longo do dia ou algo do tipo, ou seja, o sonho tem um limite definido pela consciência de cada um. Então, para cada ser que sonha, ele possui um arsenal onde contêm todos os seus pensamentos. Não sabemos até onde vai esse limite, mas sabemos que possui um limite, e cada arsenal é uma “caixa de memórias”: um cubo mágico. Apesar de cada um possuir um cubo mágico, eles podem se relacionar entre si e tiver características em comum, mas nunca haverá duas pessoas com o mesmo cubo mágico, até porque “ninguém é igual a ninguém” (outra expressão do povo, mas que também ilustra essa teoria).
Essa é a teoria: nossas memórias são limitadas por um cubo mágico que sempre muda de tamanho, e a cada momento acrescenta e retira pensamentos, mas que possui um limite, só não sabemos até quando esse cubo pode crescer. Vou deixar essa questão para outros filósofos tentarem resolver. Meu papel foi cumprido: plantar a semente da curiosidade filosófica. Alguém aceita o desafio?
Da mesma forma que a Teoria do Cubo Mágico se relaciona com consciência das pessoas, essa teoria também usa esse artifício, mas para uma questão diferente. Mais uma vez, vamos “viajar”.
Essa teoria apesar de ser a de número dois, foi a primeira a ser questionada, e devo isso a um personagem de um anime conhecido por “Blood Plus”, de Junichi Fujisaku. Em um dos episódios, Moses (personagem), fala uma frase que basicamente quis dizer isso: Uma pessoa só existe se ela estiver na memória de alguém. Foi por meio dela que desenvolvi essa teoria.
Todas as pessoas que sabemos que morreram foram porque ou éramos conhecidos, ou porque alguém que conhecia a pessoa nos contou. Pela lógica, se conhecemos ou ficamos conhecendo sobre a morte da pessoa, isso prova que ela existiu. Mas como não há como conhecer ou saber de todas as mortes que ocorrem na Terra, a grande maioria ocorre com pessoas que nunca ouvimos falar e que nunca pudemos conhecer, devido a uma série de fatores. Não sendo rudes, essas mortes de pessoas desconhecidas podem não trazer nenhum alteração na nossa vida, como se para nós elas nunca tivessem existido.
Agora vem o extremo da teoria: Se uma pessoa que nasceu, e de alguma forma passou toda a sua vida sem ter contato com ser humano algum até a sua morte, é como se ela não tivesse existido, ela foi obliterada por meio da nossa mente, que por não possuir nenhum dado da pessoa, considera como inexistente.
E essa é a Teoria da Obliteração, uma teoria que, resumindo, é responsável por eliminar uma quantidade enorme de vidas, por nunca termos tido contato direto ou indireto com ela. Sendo assim, como provar que essa pessoa existiu? Mais uma semente que plantei para os futuros filósofos cuidarem para que ela cresça, floresça e frutifique.
Essa teoria foi desenvolvida por algo que definimos sem problema, pois já virou rotina em nossas vidas: o conceito de vida e morte. Mas vou apresentar a vocês uma maneira mais estranha, porém interessante de redefinir esses conceitos, sem que eles percam o valor a que lhes foi dado.
Apenas por uma mera questão burocrática de teorias, vamos definir os conceitos atuais de vida e morte, coisa que todos sabem, mas é só para que a teoria fique mais completa. O conceito nascer é usado quando algum ser passa a fazer parte do que chamamos de “vida na Terra”. A partir daí, é a velha história: nasce, cresce, reproduz e morre. Morrer significa quando ele perde a sua vida (o fim de todos os seres). Até aí, nenhuma novidade.
Agora a outra definição: nascer é quando a pessoa faz parte desse mundo, indiretamente de nossas vidas. Mas e as pessoas que conhecemos depois de nascer? Quando eram adolescentes, jovens ou até idosos? Eis a questão: para essa pessoa que só conheceu aquele ser com, por exemplo, 13 anos, é como se ele tivesse nascido, para essa pessoa, com 13 anos. O nascer não quer dizer quando o ser é um bebê ou algo do tipo. Se eu for apresentado a alguém com 25 anos, para mim antes disso, ele não existia. Ele só passou a existir com 25 anos.
Essa é a Teoria Locus Memoria: uma teoria que diz que, uma pessoa só nasce a partir do momento que ela é conhecida por outra, não importando a idade dela. Pois antes disso, é como se ela não tivesse existido para a pessoa em pauta, só interessando o que a pessoa sabe dela. Se ela não souber da infância e adolescência, seja por fotos ou histórias, é como se isso não tivesse existido para ela, pois a vida dessa pessoa só começou, ela passou a nascer, a partir de, por exemplo, 25 anos.
No entanto, essa teoria possui duas limitações: ela não muda o conceito atual de morte, e nem diz se há como descobrir, sem ser por meio de fotos, comentários ou experiências, que todas as pessoas (que conhecemos ou não), nascem a partir de uma idade padrão. Mais um desafio que conto com vocês para me ajudarem a solucionar. O material já foi dado, resta agora encontrar as “letras miúdas” para resolver por completo esse quebra-cabeça.
Confesso a vocês que essa teoria é parcialmente de minha autoria, mas o seu conflito final, ou como gosto de chamar de "clímax da teoria" foi obra minha. Isso eu lhes garanto.
A quarta teoria é a menor de todas no que diz respeito à explicação mas para mim é a mais interessante de se pesquisar, pois ela trabalha com duas coisas que conhecemos e que dão muito certo juntas, apesar de não serem sinônimos ou coisa parecida: espelhos e portais. Podem até achar que isso é coisa de filme de ficção, mas mostrarei a vocês que estão enganados.
Espelho: "vidro polido e metalizado que reflete a luz e reproduz as imagens dos objetos colocados diante deles." Definição de um dicionário, sem necessidade de entendimento (a definição é auto-explicativa). Portal: "um instrumento usado para levar algo ou alguém para outro lugar ou plano de existência, seja por magia ou alta tecnologia” (Autor desconhecido). Apresentando o que são ambos os objetos de estudo, vamos agora para a aplicação.
Toda vez que nos olhamos no espelho vemos o reflexo de nossa imagem. Isso é o que sabemos. Mas existe outra explicação: quando tocamos em algum espelho, imediatamente somos levados para outro lugar. Esse lugar é o universo paralelo (por isso disse que a teoria é parcialmente minha). Ao chegarmos lá, o nosso anti-eu é levado para o nosso universo. Mas aí é que tá: assim que trocamos de lugar com ele, trocamos também de mente. Dessa forma, quando o anti-eu chegar aqui, ele terá minha mente, e eu terei a mente dele. Isso pode acontecer quantas vezes tocarmos no espelho (mas só se tocarmos). Na verdade, eu posso ser o meu anti-eu agora com a mente do meu eu. Bizarro, não?
E aqui está a Teoria dos Portais, alegando que espelhos são portais que nos levam ao universo paralelo e que a medida que encostamos nele, trocamos de lugar e de mente com nosso anti-eu, como se nada tivesse acontecido. Agora como provar se somos nós mesmos ou nosso anti-eu, é um mistério e adivinha quem irá responder (ou tentar, pelo menos)? As futuras mentes curiosas e malucas o bastante. Até lá, aproveitem trocando de plano com seus anti-eus. É estranhamente divertido.
Tenho uma satisfação imensa ao dizer que essa teoria é a mais desenvolvida por três motivos: foi a teoria que eu pensei depois deu ma discussão de filosofia na minha escola, é a última teoria e é o último texto do meu blog. Agradeço aos leitores pela escolha, mas até mesmo os hospícios precisam fechar um dia. Mas em agradecimento a vocês, eu lhes dou essa última teoria. Essa teoria abrange um conhecimento um tanto quanto “parmenideano” para poder entendê-la, pois foi graças aos estudos de Parmênides a respeito do ser e do não ser que houve o debate na minha sala, bem como a vontade de fazer essa teoria também. Antes de apresentá-la, pegarei emprestado de alguns sábios o conceito de tudo e nada, que por mais que seja óbvio e simples vão ver que há muito escondido por trás dessas quatro letras.
Tudo pode ser facilmente definido como todas as coisas que existem no universo ou em outros universos, o conjunto de todos os universos pode-se considerar tudo. Tem importante acepção filosófica, uma vez que, imaginar um universo como tudo implica considerar como finito proposição incapaz de ser demonstrada dados os níveis atuais de tecnologia. No nada não existe nem o espaço, isto é, não há coisa alguma nem um lugar vazio para caber algo. O conceito de nada inclui também a inexistência das leis físicas que alguma coisa existente obedeceria, dentre elas a conservação da energia, o aumento da entropia e a própria passagem do tempo. Sendo o espaço o conjunto dos lugares, isto é, das possibilidades de localização, sua inexistência implica na impossibilidade de conter qualquer coisa. Isto é, não se pode estar no nada. O nada é, pois, um não-lugar.(Definição dada pelo professor Ernesto von Rückert).
Como podem ver, tanto o tudo quanto o nada são conceitos que começaram a ser estudados por Parmênides, e depois por outros filósofos e também físicos. Agora atrevo-lhes a me responderem: vocês sabem o que pode ser nem o tudo ou o nada e ao memso tempo pode ser o tudo e o nada? Podem pesquisar o quanto quiserem no google ou outro site, masa não encontrarão a resposta. E o mais irônico, é que vocês encaram isso todo dia na vida de vocês. Sem mais delongas, aprsento-lhes o nem tudo ou nada: vida e morte.
Para os que ainda ficaram e não saíram achando que eu estava louco, eis a prova: quando um casal pensa em ter um filho(a) e faz planos, essa criança que vai nascer não significa nada para alguém que não conhece o casal, mas é tudo para o casal e seus familiares e amigos. O mesmo quando alguém morre (entendam alguém como quem a pessoa era por dentro, e não seu corpo enterrado), pois a pessoa representa nada para quem nunca a conheceu mas foi tudo para os que a conheceram.
E eis a resposta: a vida e a morte estão no meio da linha tudo/nada ora podendo ser tudo, ora podendo nada. E para não perder o costume, pela última vez (prometo), deixo esse enigma para vocês: como fazer para descobrir se a vida e a morte estão sendo tudo ou estão sendo nada? Com essa última missão, meus cumprimentos a vocês, leitores! Nunca se esqueçam que vocês vão levar a partir de hoje um pedaço do meu hospício aonde quer que vocês forem. E nos vemos por aí, em um hospício maior e mais desenvolvido que o meu chamado VIDA! Eu faço parte do departamento conhecido por Vida Eterna, e vocês? Se quiserem fazer parte desse também, procurem na Bíblia aquilo que faltava em suas vidas. O vazio de vocês será completo pelo homem que aos olhos do mundo foi o mais louco de todos, mas aos olhos dos loucos (como eu), é o filho de Deus, o Messias. Nele, os loucos podem confiar. Se podem...