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sábado, março 08, 2014

Mulher "boazinha"


MULHER BOAZINHA

A Mulher "Boazinha"
Copyright Soaroir

imagem/net

Somos gente, fazemos parte da nação, do Planeta. Determinar um só dia para comemorar seja lá que data for, a mim deixa a impressão de que se precisa de um dia para pedir perdão ou desculpas. Como por exemplo, hoje, Dia Internacional da Mulher.

Hoje todos nos defendem, querem nos proteger e até nos fazem belos poemas. Hoje somos mulheres “boazinhas”, “coitadas”, “contextualizadas”, dignas de flores. Esta beata necessidade de declamações uma vez ao ano a essa mulher “boazinha”, de alguma forma soa como mais uma discriminação velada, já que não temos o dia dos homens.

Não somos toda essa beleza e formosura que fantasiam reconhecer somente em dias de mulheres. Somos também paus e pedras, composição hormonal, perigo iminente.
Desconstruimos gente, assaltamos lares, aceitamos ser amantes.

Somos voluntariado, ou neurótico caminho. Não temos meios termos, podemos um dia ser rosa e no outro insuportável espinho. Além de petulantes, somos malvadas, mesquinhas e revoltadas; temos vícios, masturbações, prostituições, especialmente se carentes.

Na estratégia fazemos inveja aos grandes senhores da guerra. As armas que dispomos e usamos com maestria, embora herdadas são irreveláveis até mesmo em confissão.

Somos gente, pessoas normais que a Natureza quis tivéssemos um útero e dois ovários para parir e preservar a espécie, para o que facilmente viramos bichos, feras que se acuadas ou coagidas não reconhecem limites para a sua sanha. Nas injustiças, fomes e misérias somos os piores adversários que alguém pode querer.

Somos gente que como tais querem ser tratadas. No more, no less.
Não somos deusas, só imortais!

Soaroir Maria de Campos
08/03/07
(uma inspiração sem transpiração, por isso não considerem os erros. Afinal.. hoje sou só mais uma mulher boazinha…)

Soaroir

segunda-feira, outubro 29, 2012

A Mulher de Lata e as Virtudes Cardeais



A Mulher de Lata
e as Virtudes Cardeais

©Soaroir de Campos

SP/SP 27/10/12

imagem/Net



O cachorro me acordou às cinco. Providencial já que coincide com a hora que devo engolir“ciprofloxacino” para combater um ataque de mau imunodepressor,entre outros, segundo a Net, porque remédio da rede publica não vem com bula e as informações impressas no verso da cartela metálica não se consegue ler, o que de certa forma é uma benção. A última bula que li trazia 1% de benefícios e 99% de possíveis danos colaterais.

Não dá para voltar para a cama embora estejamos no horário de Verão, fato que o cachorro desconhece e insiste em querer descer, mas eu, ainda que toscanejando, aproveito o silêncio para dar ouvidos ao que repentinamente, como vazamento de um dique, goteja pelas brechas do meu inconsciente enchendo minha moringa e latas, então me rendo à análise das injúrias, das injustiças e das maldades que me intoxicaram ao me calar.

 

Ainda tentando me esquecer das sovinices eu me dou conta de que a temperança que nos aconselha ao domínio da vontade sobre os instintos também nos induz a nos acumpliciarmos com a violação das demais Virtudes Cardeais, principalmente a justiça que hoje mais nos amedronta do que nos avigora, quem com seus inaccessíveis e impermeáveis rábulas que nos encurralam ao cunhal da insignificância e então entregamos calados o que a nós pertence.

 

Resta-nos a fortaleza que criamos quando em folhas de flandres nos revestimos para manter a firmeza e a perseverar em discernir, em quaisquer circunstâncias, o certo do errado e então escolher os meios para autodefesa e a sobrevivência digna e saudável. No entanto, às vezes explodimos!

 

Dizem que esquecer ofensas depende da nossa memória e acabo de me lembrar de que preciso descer com o cachorro que, não age por maldade, perdoa, mas jamais esquece os maus tratos.

Vamos Chuko, vamos mijar no mundo...

 

 

 





 
A Mulher de Lata
E as Virtudes Cardeais (EC)
©Soaroir de Campos
SP/SP 27/10/12
 
 
(Este texto faz parte do Exercício Criativo - "A Mulher de Lata"
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/mulherdelata.htm)

quinta-feira, outubro 25, 2012

A Poesia ainda há de Salvar o Mundo



Aos Poetas Contemporâneos
Copyright Soaroir – Outubro/2012


Andrea Mantegna - El Parnaso
- Cuadro 790856- fonte/google




De Byron a Puskin, de Esopo à Nilza Azzi;

violenta ou apaixonadamente com, ou sem, hesitações -

ele obedece à irresponsabilidade do impulso -

e navega - sem quaisquer naves ou portos.



E,

manda cartas sem esperar resposta;

segura as rédeas, independente dos solavancos,

segue, rua a baixo, com suas certezas:



- a Poesia ainda vai mudar o Mundo...



Ele, poeta -

humano fragmentado -

como qualquer outro humano;



aquele, que do útero ao berço

da vida a cova

segue seguro (de que):



- a Poesia ainda vai salvar o Mundo...

sábado, outubro 20, 2012

A Casa de Caçoleta

Quando expressei esta memória estava certa de que ninguém poderia me entender. Surpresa quando depois de mais de 4 anos receber do Jô completa tradução de meu sentimento.
Obrigada, caríssimo!


A casa de Caçoleta

By: Soaroir 12/03/2008


Numa velha máquina Singer ela fantasiava a redondeza para as missas de domingo, até quando a casa se encheu para orar por sua alma.

Código do texto: T897739
Obra licenciada. Vetado copiar em parte ou no todo, criar obras derivadas.(©Soaroir Maria de Campos



18/10/2012 16:50 - Jô do Recanto das Letras


Este texto está direto, descritivo/narrativo, sem meias palavras, sem perdão nem piedade para sentimentos ou pensamentos melífluos, gratificantes, evocativos... E essa dureza prática verbal, esse quase desprezo pelos sentimentos que as palavras irão despertar e apertar no nosso peito, é que o fazem grande. Literatura é isso. Aí o leitor, esse eterno buscador de textos belos, facilmente emocionáveis, se queda, pensa e sente: lembra-se de tia, mãe, avó, bisavó... E percebe um abismo entre esse sentimento pio, dourado, crepuscular - abismo verbal, de palavras quase ríspidas, indiferentes aos alheios anseios, às mães dos outros. E faz aflorar no leitor, esse ser suscetível, impressionável e sempre pronto ao choro diante de bons textos, a exclamação: "Mas isto fala da minha mãe!, só e como fala!" (este meu texto é sem dúvida um rascunho, ao qual voltarei - desculpem a emoção (mãe)

Para o texto: A casa de Caçoleta (T897739)


segunda-feira, outubro 01, 2012

Entre a Cuz e a Espada





Saberia eu Senhor, falar de paz? Logo eu católica e filha de Maria
que se confunde diante do que de Vós disseram João e Matheus?

- Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou.
- Não penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada.

Oxalá um dia eu entenda a guerra...

Salaam Aleikum
(Que a paz esteja sobre vós)

Soaroir 01/10/2012

imagem: Cruz de Santiago/fonte/google

segunda-feira, agosto 27, 2012

Quando não se Cabe em Sí

No Dia Seguinte é Poesia
By Soaroir
27/8/12

                                                                         
                      Tuko - Nosso Cão Adotado

Noite passada dormi inquieta.
A bunda não cabia na cama,
E os travesseiros na nuca.
À Oeste a meia lua iluminava o quarto;
Acompanhei-a até sumir aonde vai agora o Sol.
Com meus pedaços de sonhos inquietos
Levantei-me para aprontar um chá com leite;
Pensava atrair um sono justo,
Mas tropecei no cachorro,
Que de vigília à minha porta,
Por vingança, ou coisas de cachorro,
Ali se prostrava com semblante de miserável.
Ao acender a luz descobri -
Ele anunciava: - fiz merda no banheiro!
Mas já era muito tarde.

domingo, agosto 26, 2012

Poesia de Rua


imagem/google/


Grafitagem


De certo devo não, mesmo assim

Abro um nicho - sobreposto deixo

Em deleitosa fachada...Em galarim

Envolvo-a; guardo-a em nicho


Mesmo em preto colorgin

Usando (de) todo apetrecho

Nos muros daqui ou Berlin

Grafitando (tado) até os (em) seixos


Oxalá fosse (de você) para mim

Por afeição e não capricho

Tal poesia pichada assim

Pelos muros de meu trecho


por Soaroir de Campos
15/8/12

quarta-feira, agosto 22, 2012

Cabeça Fria e Rabo Quente

Refrigeração
imagem/yahoo
Quando tudo dá errado
Dê de banda, dê de quina
Não insista no enfado
Saia logo da rotina;

À cabeça um resfriado,
Um rolé até a esquina...
Dê vazão a (um) novo fado.


Soaroir de Campos
Agosto 22/2012


  In VARAL Nº37 EDIÇÃO 557 ANO XI - GRUPO LUNA&AMIGOS - TEMA: "ESFRIANDO A CABEÇA"

domingo, junho 24, 2012

Ser Igual Ser Normal

By Soaroir 8/10/2007




(imagem/google)

"Estou farto de semideuses!"

minha alma é paciente,
espera até o último minuto
antes de malquistar-se;
mas eu, tenho pavio curto
não deixo pedra sobre pedra;
meu espelho insiste que sou franzina
deixo-o falando sozinho e parto,
vou em frente, não sigo ninguém;
ninguém me acompanha,
além de Deus.
já tive surto de normose,
na adolescência me vacinei;
depressão não me conecta
só em alta voltagem me ligo;
remorsos nem culpas me assolam
se minha alegria incomoda os tristes.
só fico mesmo furiosa é em NY
quando me chamam de portoriquenha,
em Porto Rico
se me confundem com francesa,
ou em França
quando me perguntam se sou inglesa.
aí, para me acalmar, saio correndo
pro meu país. Aqui pelo menos...
só me chamam de metida.


"Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"

Àlvaro de Campos



By: Soaroir Maria de Campos 08/10/07 - 13:51
(p poesia on-line do RL "ser igual/ser normal")

segunda-feira, junho 18, 2012

Até o rio

O Grande Rio

Soaroir
18/6/12

 
Text & Photo by Soaroir



Segui o caminho mais longo

Entre esgotos e pedras



Ao chegar ao rio -

Cá embaixo -

Relaxo



Deixo as gotas seguirem

Uma a uma - seu destino.



O causal estanca

Corso e curso

Esgotados de vertentes...

quinta-feira, junho 14, 2012

Ueba!! De graça no Metro de São Paulo

Postado por Soaroir de Campos em 14 junho 2012 às 13:30

Crônicas de Soaroir http://socronicas.blogspot.com/ Julho 2009

imagem/net/mabels

Ando muito injuriada e não é pela minha idade, mas pelas porcarias que fazem, e escrevem sobre os velhos. Tem uns “sem noção” que provavelmente mesmo velhos não sejam suficientemente vividos para falar da nossa realidade e ficam se achando. Criam grupos disso, daquilo para projetar sabe-se deus quem ou o quê, e entre estes estão os dos “idosos” .
Outro dia (crônica à parte - “Legalmente Velha”) o meu porteiro ligou para avisar que havia chegado o meu cartão “do idoso”. Sim, por que vem escrito em negrito logo depois do destinatário.
Mas hoje a minha paciência levou à breca.(¹) Enquanto tentava, inutilmente, descobrir uma matéria que não pude acompanhar às 7:45 de hoje num determinado canal que anteriormente anunciara falar sobre as benesses da internet para incentivo à leitura bem como aos novos escritores, deparei com a seguinte “headline”
“Sábado, 11 de Julho de 2009 Vida depois dos 60 anos O trabalho voluntário do Grupo Vida é proibido para menores de 60.”
Embora o meu oficio de escrever seja mero laboratório para desincrustar minhas antigas bactérias, não entendi muito bem a manchete.
Entre outras anomalias lá estava: “Aqueles que não conseguem mais ficar de pé, dão um jeitinho para balançar no ritmo do forró” Puxa vida...! (para não dizer outra coisa)
Tudo bem, “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”, mas cá entre nós: levar música, de forró, para pessoas idosas, entre as quais algumas sequer mais conseguem ficar de pé é violência, uma afronta, para não dizer sacanagem. Isso é provocar, categorizar o próximo da sua mais íntima miserabilidade, que é a capacidade de movimentos, forçando-o a fingir que está gostando...
E outro dia? Eu cheguei na dentista, aparentemente recém formada e já foi ela... “vai doer um pouquinho... vou dar uma anestesiazinha, abre a boquinha...” Ai eu me enfezei. Tirei aquelas porcarias da boca, me pus de pé e disse: - Doutora, não me leva a mal, mas, primeiro não sou retardada, segundo já frequento dentista há bem mais de 50 anos e, pelo que me conste, ainda ministram ética em odonto. Resumindo - a pobre ficou roxa e mudou de tom enquanto extraía a raiz do meu dente.
Acho que caiba a nós, com mais de 60, educar, doutrinar essa turma que ainda não está familiarizada com a nossa geração e não permitir que as nossas carências e/ou consequências sejam confundidas com retardamento mental.
“Vida Depois dos 60 anos”... E antes? Que droga andamos nós fazendo por aqui? Estavamos mortos e não sabíamos? Quero chegar logo aos 90! Aos 90 logo...Reitero. Só para ver esta turma velha..., dançar forró.
Agora falta menos.... A partir de amanhã reivindico meu direito adquirido... Vou andar de graça no Mettrô de São Paulo... Ueba!
Bjs
Soaroir 14/6/2012

sábado, junho 09, 2012

Curto Conto Curto

As Horas Ulteriores
By Soaroir
7/5/12

A terapeuta pediu que Grudum , a paciente, olhasse de fora aquele problema. Assim ela fez. E, como se uma nuvem negra caísse sobre o ultimo objeto de sua salva guarda, ela ficou a mercê da visão de espectador. Amofinou-se de veras ao olha para aquela coisa absurda que lhe acontecia.
Naquele Sábado, ao retornar para as faculdades além da alma, morais e intelectuais, ou seja, a realidade, destampou uma cerveja forte e racionalizou. Lembrou-se de obsoletas máximas que não mais se aplicavam àquele século.

Na parede releu, na reminiscência do despejo, a gravura com a carta de van Gogh para Theo, onde ele miserável e humildemente manifesta agradecimentos pelas esmolas e explica como usou o dinheiro que recebeu pela venda de seus próprios quadros. Mon Cher Theo... merci de ta lettre contenant les échantillons , anexando um esboço que justifica sua necessidade de mais material. Pobre ser ingênuo... como todos com alma feita de tinta.
Le pêcher... 3 mêtres de celle à 6 fr. ...Pour ce qui est deson...


domingo, maio 27, 2012

Epipháneia

Epipháneia
By Soaroir
27/5/12


 Sinto um cheirinho de doce de banana nanica. Pode vir de um dos outros três vizinhos do meu andar ou, mais provavelmente, de qualquer outro andar, subindo através do vão que nos liga do térreo ao 12º. Por este de tudo sobe, isolado ou misturado. Alguns perfumes baratos, alguns que remexem minhas lembranças, na maioria embrulham o meu estômago e suscita na minha memória meu estado de confinação neste porão da existência.


Como não estou interessada em flexões de quaisquer caráter e hoje minha poesia está constrangida, univocálica, onde  só o “p” é permitido, me descambo a escrever qualquer coisa e, a primeira é sobre este cheirinho de banana nanica, embora ela seja uma das mais longas.
No cibermundo tem um monte de gente falando de deuses, mensagens de autoajuda, promessas e milagres. Pode ser domingo de Pentecostes, quinquagésimo dia após a Páscoa, mas não tenho certeza. Não ganhei ovo de Páscoa. Aliás, não tenho ganhado muita coisa ultimamente. Nem do dia das mães. Logo, logo vem meu aniversário, dois dias após o dia dos namorados. Mas, como Dom Quixote, eu sou enquanto lutar e luto enquanto for, mais ou menos isso.  E, como nada é real e sou eu aquela que sustenta minha realidade... ontem ganhei na mega sena, no dia dos namorados darei um beijo de língua, no meu aniversário refrescarei meus pés nas vertentes entre as serras, me banharei na  cachoeira  com a benção de Iansã.

Em seguida, vou sair
comprar um Chanel 5
uma TV em (polegadas)HD
e uma casa sem paredes

vou sair, ir por aí
com meu destino certo
rever a minha turma
ir à festa que caiba em mim

mas me vou por aí
com um new look
empetecada de nouveau-riche


de beca abiê eu vou,
por ai. Eu?
Sou o narrador de mim..


(releitura
"Eu Narrador de Mim”  By Soaroir Dez.06/2010)

Imprescindível antes entrar, descartar os frascos vazios,  desligar a TV e quebrar as paredes. Entrar, rasgar as páginas ressentidas, reescrever o amadurecido e reler a prudência para então sair pela porta da frente,  sazonar, enricar os frascos vazios.

Exaltar os cheiros ganhos...e aos mutiladores  titãs do tabaco e voláteis spiritus¹ - , Evoé!²
Termino aqui com o insuportável cheiro de lagosta corrompida ou de um bacalhau pervertido. Insuportável!
...fugir de todos os convícios... e sair, porta a fora...
Evohe!  Saboé.
Saboé! Evohe ³


¹  Bebidas destiladas
²  grito de saudação a Baco. Expressa entusiasmo, exaltação, êxtase, alegria. Strabo dizia que se gritava "evoe saboe" e "hyes attes, attes hyes" nos rituais a Zagreus (outro nome de Dionísio), evoé significando 'bênção' e hyes significando 'grande/elevado'. Sabos viria de Zagreus e Attes de Attis, por ele ter sido mutilado pelos titãs. Alguns dizem que Sabos vem de Cibele, par de Átis.

³ Antonio Diniz da Cruz/ Lisboa 1812

sábado, maio 12, 2012

Essa coisa de Mãe


Essa coisa de mãe...
Copyright:Soaroir de Campos
10 de Maio 2012

imagem/google

Desculpem se minha paciência não comungue com a da maioria para escrever sobre este tema. Mas vamos combinar... Mãe é um pé no saco. Tem outras experiências, conceitos, preconceitos, educação e expectativas que arremessam sobre nossas costas. Mas elas são essenciais, dependendo do animal. Eu, embora faça parte do reino dos mamíferos, sempre me conduzi como se de outra espécie. Jamais me entendi muito bem com a minha. Só após 20 anos de sua morte, depois de passar pela fase de remorso, culpa e enviar para o além meu pedido de perdão, cheguei ao entendimento, agradecimento e reconhecimento. Ela foi uma grande mulher. Ela, com parcos recursos e cultura, criou e educou sozinha suas duas filhas, hoje pessoas de bem. Tudo teria sido menos sofrido se eu não tivesse vivido sob a égide de um deus castigador.
Segui fielmente o 4º Mandamento, no entanto, como indivíduo de geração diferente eu tive minhas perguntas e sofri os efeitos da evolução, assim como sofrem hoje os meus filhos.
Mãe não tem superpoderes, tampouco a receita de todos os bolos. São seres humanos falíveis e como nós em busca de acertos.
Quantos animais dependem de mãe após o parimento? A maioria deixa para trás, como deixa seus excrementos, as suas crias, porque parir é um fato, consequência da natureza. Um ato fisiológico, independentemente das razões para estarmos neste mundo.
O Dia das Mães é um culto que vem de longe, dizem. “A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.”
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.” (...).
Aprendemos a honrar pai e mãe, mas às vezes temos ou não afinidade com o próximo. O resto é massificação convencionada, arrazoada ou não
(...)No Brasil O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.

sexta-feira, maio 11, 2012

Receita de Mãe

O Prato da Mãe

Copyright Soaroir
11/5/2012



De tudo fica um pouco
Uma escola sem diploma
Um exemplo sem prova...
Mais discípula do que mestra
Mãe é um monte de coisas -
Mais estuda que aprende -
De repente, amarelada
Tira uma receita engavetada...

“Ingredientes

1 frango
½ copo de vinho branco
1 lata de palmito
1 cx de catupiry
1 lt de creme de leite
1 pires de queijo ralado
½ copo de leite
1 ½ colher de manteiga
1 fl de louro
1 cravo
1 colher de sopa de cebola ralada
Tempere o frango com todo o tempero (sal, louro,cravo, salsa, cebola, alho e cozinhe-o.
Após cozer, retire toda a pele e os nervinhos e desfie a carne, tomando o cuidado
para que não fique nenhum nervo ou pele.
Molho
Em fogo brando, colocar a manteiga p/esquentar (pingue um pouco de azeite p não queimar a manteiga) em seguida põem-se a cebola ralada e deixe dourar – depois coloque o trigo, mexa vigorosamente até ficar torrado/dissolvido.
Coa-se o caldo em que foi cozido o frango e tire ½ copo do mesmo, e acabe de completar 1 copo com leite – despejar aos pouquinhos, e mexendo sempre para não embolar, até dissolver e ficar cremoso.
Em seguida despeje ½ copo de vinho, também aos pouquinhos – agora é hora de despejar o palmito que deverá já estar cortadinho em tamanho bem pequeno, despeje o queijo ralado, em seguida a carne do frango desfiada.
- O creme não deverá ficar nem muito ralo nem muito grosso. No caso de muito grosso despeje um pouco mais do caldo que cozinhou o frango.
Mexendo sempre deixe 15 minutos, mais ou menos, cozinhando (sem parar de mexer)
Despeje em um pirex e cobre-se com o catupiry toda a superfície e leve ao forno até ficar corado.
Deve sair direto do forno para a mesa
Servir bem quente e com arroz branco”
bon appétit

(receita de familia)
Soaroir

terça-feira, maio 08, 2012

Dueto Sem Amor


SEM AMOR
EM MINHA JANELA


Tua vida era a minha

Fez-se em mim, verdadeira
A minha era a tua
Um amor em eterna brincadeira

Passou...
Feito ave de arribação

Heras e eternas sombras das roseiras
No vai e vem da paixão

Fazem-me querer-te a vida inteira...
À morada do amor no coração



Minha vida, hoje pintura
Emoldurada em minha portela

A tua paisagem...

Matizada em minha janela



Soaroir Maia de Campos

Gilnei Nepomuceno

segunda-feira, maio 07, 2012

De Súbito

De Súbito
Copyright Soaroir
7/5/2012



Queria enviar-te um contra-ponto.
Olhei todos meus guardados
Achei nada... - poesia nem conto -
Escritos, ou mesmo pensados.
E contestar - todo esse cansaço
Que em teus versos apeais
Como violão sem braço
Bulindo a vida como se tuta-e-meia
Nada... então acabo no reponto
Envio-te então um abraço
Sem pejo e sem afronto
...mas da vida ...
           o que resta é (só) um bagaço...

(sem revisão)

(interação com http://depressaoepoesia.ning.com/profiles/blog/show?id=3551066%3ABlogPost%3A342109&xgs=1&xg_source=msg_share_post )

sábado, maio 05, 2012

Poesia Encantada

Quero aceder aos teus fechos

e recônditos proibidos,

para chegar ao culto do sangue e do fogo,

e me nutrir do teu vinho de prazer que embriaga;

do mel do desejo que sacia

e nos leva a possibilidade infinita,

de nos amarmos –

em frenesi de encanto...