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sábado, agosto 03, 2019

PORTUGAL E AS SUAS MUITAS QUINTINHAS


A greve dos motoristas de matérias perigosas e mercadorias marcada para as próximas semanas, está a despoletar os egoísmos das muitas capelinhas que povoam o nosso país, em que cada uma defende os seus interesses próprios, sendo que nenhuma está preocupada com os interesses dos cidadãos, mas sim da sua perda de negócio durante o período que durar a greve.

Os agricultores defendem naturalmente os seus interesses, os industriais os seus negócios, a grande distribuição a quebra das vendas por falta de oferta, a indústria turística as suas necessidades, mas ninguém parece estar preocupado com os cidadãos e os trabalhadores que se vêem limitados nas suas necessidades e nas suas deslocações para o trabalho, o que diz muito sobre a pequenez das preocupações duma sociedade que se diz não corporativa.

Numa sociedade justa as necessidades dos cidadãos estão em primeiro lugar, mas quem disse que em Portugal vivemos numa sociedade justa?



quinta-feira, janeiro 10, 2019

POLÍTICOS, UMA CLASSE À PARTE?


O distanciamento dos políticos relativamente ao cidadão comum vê-se pelas suas afirmações, que muitas vezes os traem.

Foi sem qualquer surpresa que Marques Mendes apontou o aumento da remuneração dos políticos como uma das quatro medidas para melhorar o sistema político, no que foi secundado por outros presentes no mesmo evento.

Curiosamente até a frase muito americana, “if you pay peanuts you get monkeys”, veio à baila, como se fosse uma coisa nova.

O mal destes senhores é que têm sempre remédio à mão para os seus pares, como se o mesmo remédio não se devesse aplicar a todos os sectores da sociedade. A degradação dos serviços, a produtividade, o absentismo, as greves e muitas outras coisas não se poderiam minimizar com salários mais justos e melhores condições de trabalho?

Parem de olhar para o vosso umbigo, senhores políticos, porque a vossa função é a de servir os cidadãos e não a de se servirem.



terça-feira, julho 04, 2017

A SEGURANÇA PARA O SENHOR DEPUTADO



Ler um artigo de opinião escrito por um deputado do partido do governo, em que o mesmo vem a público manifestar a sua preocupação com a sua segurança, e a dos seus pares, veio suscitar a indignação de muitos portugueses, eu incluído.

O infeliz deputado não tem em todo o artigo uma só palavra para a segurança dos cidadãos, na via pública, nas suas residências, em sítios públicos fechados, em estádios, em feiras, em museus, nos locais de trabalho. O que disse ele publicamente sobre a segurança dos portugueses residentes no interior, em zonas rurais como aquelas que foram afectadas pelos recentes fogos que mataram tantas pessoas?

A segurança no Palácio de S. Bento é muito superior à que se vê por todo o país, e custa dinheiro aos contribuintes, senhor deputado. Os deputados não foram obrigados a candidatar-se, vão voluntariamente, e são pagos para defender os interesses das populações e do país, e não os seus interesses, mas o senhor deputado prefere olhar para o seu umbigo.

Percebe-se bem a razão que leva ao divórcio dos portugueses relativamente à política e aos políticos.