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quinta-feira, abril 30, 2015

PRIMAVERA DOS POVOS

O poder das monarquias europeias sofreu um rude golpe com a sequência de golpes causados por movimentos revolucionários, em 1848.

Em geral diz-se que tudo terá começado antes, com a subida ao trono, em França, do rei Luís Filipe, denominado “rei burguês”, devido à sua origem, que acabará por ser forçado a abdicar em 1848, sendo proclamada a Segunda República.


Sendo certo que esta Primavera dos Povos durou pouco tempo, e que os regimes anteriores foram repostos, na maioria dos casos até à 1ª Guerra Mundial, é certo que no caso francês, foi uma revolução social dos pobres, que acabou por unir a burguesia moderada, os republicanos e os socialistas. A burguesia abandonou os operários e camponeses, acabando por desequilibrar as forças, e ditar o insucesso das insurreições, em França e também um pouco por todo o lado.  


Palácio da Pena, fotografado em 1848 por Wenceslau Cifka

Este blogue foi criado 3 de Abril de 2005 e este é o post 2.020

quarta-feira, maio 07, 2014

MÚSICA E LETRA


O Charlatão
Numa ruela de má fama 
faz negócio um charlatão
 
vende perfumes de lama
 
anéis de ouro a um tostão
 
enriquece o charlatão
No beco mal afamado 
as mulheres não têm marido
 
um está preso, outro é soldado
 
um está morto e outro f´rido
 
e outro em França anda perdido
É entrar, senhorias 
a ver o que cá se lavra
 
sete ratos, três enguias
 
uma cabra abracadabra
Na ruela de má fama 
o charlatão vive à larga
 
chegam-lhe toda a semana
 
em camionetas de carga
 
rezas doces, paga amarga
No beco dos mal-fadados 
os catraios passam fome
 
têm os dentes enterrados
 
no pão que ninguém mais come
 
os catraios passam fome
É entrar, senhorias 
a ver o que cá se lavra
 
sete ratos, três enguias
 
uma cabra abracadabra
Na travessa dos defuntos 
charlatões e charlatonas
 
discutem dos seus assuntos
 
repartem-se em quatro zonas
 
instalados em poltronas
P´rá rua saem toupeiras 
entra o frio nos buracos
 
dorme a gente nas soleiras
 
das casas feitas em cacos
 
em troca de alguns patacos
É entrar, senhorias 
a ver o que cá se lavra
 
sete ratos, três enguias
 
uma cabra abracadabra
Entre a rua e o país 
vai o passo de um anão
 
vai o rei que ninguém quis
 
vai o tiro dum canhão
 
e o trono é do charlatão
Entre a rua e o país 
vai o passo de um anão
 
vai o rei que ninguém quis
 
vai o tiro dum canhão
 
e o trono é do charlatão

É entrar, senhorias 
a ver o que cá se lavra
 
sete ratos, três enguias
 

uma cabra abracadabra

quarta-feira, dezembro 11, 2013

JÁ NÃO HÁ PACIÊNCIA



Num dia vem a chefe do FMI, Christine Lagarde alertar para os perigos do excesso de austeridade nas ajudas a Portugal, para logo no seguinte vir um subalterno dizer que o rumo de austeridade é para manter.

Por cá também temos os mais troikistas que a troika e aqueles que por vezes dizem que basta de austeridade. Não há quem aguente este diz que disse, até porque o governo já foi longe demais nesta receita que atirou Portugal para os níveis anteriores ao início do século.

Na minha terra diz-se que quando há quem não veja que está a mais, a única solução que os outros têm é a de correr com eles. A troika estrangeira está a mais e a troika nacional também, por isso temos de correr com eles das nossas vidas, n em que seja à pedrada…  


quinta-feira, julho 18, 2013

A CORDA VAI PARTIR



Quando este governo subiu ao poder, já fez dois anos, disse que iria seguir as indicações da troika, indo até mais longe, e iria fazer descer a dívida pública. A receita da troika era o programa de governo para Passos Coelho, diziam os governantes.

Os impostos subiram estupidamente, os salários e as pensões sofreram cortes brutais, e os direitos sociais foram atacados sem pestanejar, a bem do país e dos cidadãos, diziam os governantes.

A dívida pública subiu em dois anos cerca de 30%, estando já perto dos 130%, mas ainda assim temos quem persista na receita que aqui nos fez chegar. Negociar a dívida é um tabu, ainda que à boca pequena se diga que, a menos que haja um “corte de cabelo” de 50% da dívida pública, o país não terá hipóteses de honrar os compromissos e crescer.

Os indicadores de pobreza já revelam que são quase 50% dos portugueses que são pobres ou estão em risco de cair na pobreza, e que a quebra no consumo das famílias está ao nível da Grécia nos piores momentos. O investimento está a decrescer há vários trimestres e sem um aumento do consumo interno e externo, certamente que não crescerá, até porque Portugal não é atractivo devido aos altos impostos e há pouca estabilidade ao nível fiscal e legal.

Acordos fictícios como os tentados esta semana, não convencem ninguém, muito menos investidores estrangeiros e cidadãos nacionais que apenas acreditam no que vêem e no que é evidente no crescimento das actividades económicas, e isso não acontece por decreto…    



domingo, novembro 06, 2011

REVOLUÇÃO

Pena que as revoluções
não as façam os tiranos
se fariam bem em ordem
durariam menos anos

liberdade sairia
como verba de orçamento
e se houvesse qualquer saldo
se inventava suplemento

pagamento em dia certo
daria para isto aquilo
o que sobrasse guardado
de todo o assalto a silo

mas o que falta aos tiranos
é só imaginação
e o jeito na circunstância
é mesmo a revolução.

Agostinho da Silva, in 'Poemas'


sexta-feira, novembro 04, 2011

MEDIDAS EXIGIDAS

Enquanto decorre a reunião dos países mais poderosos, em Nice, ficou a conhecer-se uma declaração conjunta de patrões e sindicatos dos países mais ricos, e dos emergentes para se definirem um conjunto de medidas comuns de protecção social e de luta contra o desemprego em face da crise actual.

É muito interessante constatar-se esta coincidência de objectivos de patrões e sindicatos, numa ocasião em que as questões financeiras parecem dominar as preocupações dos políticos.

Os movimentos sociais que apareceram recentemente por todo o mundo ocidental, vão ganhando força, e o sistema financeiro e político, são cada vez mais contestados por apenas mostrarem estar preocupados com as questões financeiras. As desigualdades criadas pelo sistema dão cada vez mais força ao descontentamento.

Vamos ver se os responsáveis políticos começam a perceber que governar contra a vontade dos cidadãos não conduz a bom porto, e centram a sua atenção no combate às desigualdades e ao desemprego, fortalecendo também a protecção social.

FOTOGRAFIA



CARTOON

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

TEMPOS DE MUDANÇA

Os putos


Uma bola de pano, num charco

Um sorriso traquina, um chuto

Na ladeira a correr, um arco

O céu no olhar, dum puto.


Uma fisga que atira a esperança

Um pardal de calções, astuto

E a força de ser criança

Contra a força dum chui, que é bruto.


Parecem bandos de pardais à solta

Os putos, os putos

São como índios, capitães da malta

Os putos, os putos

Mas quando a tarde cai

Vai-se a revolta

Sentam-se ao colo do pai

É a ternura que volta

E ouvem-no a falar do homem novo

São os putos deste povo

A aprenderem a ser homens.


As caricas brilhando na mão

A vontade que salta ao eixo

Um puto que diz que não

Se a porrada vier não deixo


Um berlinde abafado na escola

Um pião na algibeira sem cor

Um puto que pede esmola

Porque a fome lhe abafa a dor.


José Carlos Ary dos Santos



MÚSICA


CARTOON
Diogo Salles

domingo, abril 25, 2010

25 DE ABRIL DE 2010



Porque a Liberdade não se esgota em cerimónias ou comemorações oficiais, o que importa é difundir as razões que levaram ao 25 de Abril de 1974, e o que falta ainda conseguir para que se cumpra integralmente o espírito libertário despoletado pela revolução.

quinta-feira, novembro 26, 2009

CURIOSIDADES TEUTÓNICAS

Segundo li nas notícias, uma funcionária bancária alemã, fez o papel de Robin dos Bosques e compôs as contas de vários pobres com dinheiro resultante dos lucros de clientes muito ricos. Saliente-se que não se apoderou de um cêntimo de quem quer que fosse, limitando-se a fazer uma redistribuição que considerava mais justa.

O procedimento foi condenado, com uma pena suspensa e com a obrigação da restituição das verbas desviadas, estando agora a funcionária reformada, auferindo a reforma mínima, revertendo o restante para o tribunal para pagamento do dinheiro desviado.

Ainda na Alemanha foi constatado que a destruição pelo fogo de viaturas topo de gama, que têm sido atribuídas a extremistas de esquerda, tem aumentado e revelam um aumento do descontentamento com a situação económica e a má distribuição da riqueza, não se lhe podendo atribuir quaisquer motivações políticas.

As desigualdades podem vir a resultar em convulsões sociais e não creio que o espectáculo seja bonito de se ver.



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FOTOGRAFIA
Fall Rain by SoManyVoices

Late Fall 4B by Tjpower11

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CARTOON
Estética para mentirosos
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