Há situações e problemas que pela sua natureza não devem ser abordadas apenas pela rama, mas sim bem analisadas.
A situação na zona euro é tão grave que não dá para ignorar os riscos que podem advir dum passo errado nesta altura do campeonato. As posições da Alemanha, da Finlândia e da Grécia são absolutamente insustentáveis a muito curto prazo, e o que é grave é que a Europa não consegue ter uma posição coerente e consensual.
Todos sabem que o que se pediu à Grécia era simplesmente impossível, e que com o fraco crescimento da economia europeia, ficou ainda mais impossível. Também era evidente que a mudança de práticas na Grécia ia levar algum tempo, e que dentro dos prazos acordados isso não iria acontecer, mas fingiu-se que ia ser possível.
A Alemanha e a Finlândia querem forçar ao máximo a situação, e o povo grego não está disposto a ceder muito mais, e muito menos em tempo útil.
Em caso de incumprimento da Grécia, que parece ser o mais provável se este braço de ferro prosseguir, o que se seguirá? Se bem conheço os mercados, também eles vão forçar mais a situação, e lá teremos mais uns ataques aos outros países europeus, e lá se vai o euro por água abaixo.
Lembram-se da Europa solidária e do tal princípio da subsidiaridade de que nos falaram quando alguém decidiu “aprofundar a nossa integração” europeia?