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terça-feira, março 06, 2018

TRABALHO E MÁ ORGANIZAÇÃO



Temos assistido, e lido, a ataques destemperados a quem trabalha, com argumentos como os de que trabalhamos poucas horas, temos muitas férias, ou que existem demasiados feriados, fazendo crer que os problemas de baixa produtividade, e baixa competitividade, residem nos trabalhadores.

O contraponto está no reconhecimento nos países estrangeiros, da qualidade dos trabalhadores portugueses, bem como da sua competência e diligência.

Claro que a realidade é sempre mais forte do que a mentira, por muito que esta seja repetida. Os portugueses estão muito dos dias de férias em vigor nos países mais desenvolvidos da Europa, também trabalham mais horas e ganham bastante menos.

Importa reflectir então como é que com esta realidade temos resultados tão fracos em termos de produtividade e de competitividade, e aí há que colocar algumas questões:

 - Será que as empresas declaram a totalidade do que produzem e do que ganham com o que produzem?
 - Quanto investem os empresários/empresas portuguesas em inovação ou actualização comparativamente com os seus rivais estrangeiros?
- Qual o grau de satisfação dos trabalhadores em Portugal e como comparam com os seus congéneres do mercado europeu?
- Estão as empresas nacionais dispostas a dar formação aos seus funcionários ou a apoiar as universidades e politécnicos para formar melhores profissionais?

Por vezes é bom saber o porquê das coisas, ainda que não seja muito popular colocar estas questões… A culpa nunca é do porteiro...


Acorda, pá!

sexta-feira, junho 03, 2016

MUSEUS - SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

Uma notícia de ontem chamava a atenção para a situação excepcional vivida em França, onde as inundações atingem proporções de catástrofe, que merecem também medidas extremas por parte das autoridades francesas que têm a seu cargo os museus.

Alguns museus franceses encerram as portas mais cedo que o habitual, e o Museu do Louvre vai  mesmo estar encerrado na sexta-feira, para evacuar as obras que estão nas reservas, que como se sabe estão guardadas em andares subterrâneos.

O que há a reter desta notícia é a preparação e a capacidade para responder a situações de emergência, quer por parte das autoridades, quer por parte do pessoal do museu, que obviamente tem preparação para estas eventualidades.

O que me preocupa é saber que a maior parte dos museus, palácios e monumentos não tem um plano de emergência operacional, não deu formação aos seus funcionários para emergências de nenhuma natureza, e não serão poucas as situações em que os meios materiais de emergência estarão fora do prazo ou serão inadequados para evacuar o público que os visita.


Não se julgue que critico por criticar, mas faço-o porque conheço bem o meio e as suas debilidades nesta matéria.