Temos assistido, e lido, a
ataques destemperados a quem trabalha, com argumentos como os de que
trabalhamos poucas horas, temos muitas férias, ou que existem demasiados
feriados, fazendo crer que os problemas de baixa produtividade, e baixa competitividade,
residem nos trabalhadores.
O contraponto está no
reconhecimento nos países estrangeiros, da qualidade dos trabalhadores
portugueses, bem como da sua competência e diligência.
Claro que a realidade é sempre
mais forte do que a mentira, por muito que esta seja repetida. Os portugueses
estão muito dos dias de férias em vigor nos países mais desenvolvidos da
Europa, também trabalham mais horas e ganham bastante menos.
Importa reflectir então como é
que com esta realidade temos resultados tão fracos em termos de produtividade e
de competitividade, e aí há que colocar algumas questões:
- Será que as empresas declaram a totalidade
do que produzem e do que ganham com o que produzem?
- Quanto investem os
empresários/empresas portuguesas em inovação ou actualização comparativamente
com os seus rivais estrangeiros?
- Qual o grau de satisfação dos
trabalhadores em Portugal e como comparam com os seus congéneres do mercado
europeu?
- Estão as empresas nacionais
dispostas a dar formação aos seus funcionários ou a apoiar as universidades e
politécnicos para formar melhores profissionais?
Por vezes é bom saber o porquê
das coisas, ainda que não seja muito popular colocar estas questões… A culpa nunca é do porteiro...
Acorda, pá!