segunda-feira, fevereiro 05, 2018
quinta-feira, junho 09, 2016
PATRIMÓNIO E PARCERIAS
terça-feira, agosto 18, 2015
HIPOCRISIA
terça-feira, maio 05, 2015
A FALÊNCIA DOS VALORES
sábado, outubro 04, 2014
PRECONCEITO E PRIORIDADES
sexta-feira, dezembro 03, 2010
A SUSPEITA E OS NEGÓCIOS
A PT e o Governo chegaram a acordo sobre a transferência das responsabilidades com os planos de pensões desta empresa para o Estado, antes do final do ano. Esta negociata é de 2,8 mil milhões de euros, mas o dinheiro não vai ser entregue agora na sua totalidade, podendo ser diferida pelos anos de 2011 e 2012.
Começamos por desconfiar que o negócio seja favorável aos cofres do Estado, porque segundo li nos jornais os gestores da PT têm bom olfacto para os bons negócios, e portanto não o iam transferir para outrem.
Esta transferência de fundos coincide com o chumbo da proposta para taxar a antecipação de dividendos, que pelo que li vai acontecer na PT. Curiosamente, ou talvez não, a PT só fechou o acordo nesta data, e mais curiosamente ainda, não antecipou a entrega do total do fundo de pensões, mas apenas uma parte, comprometendo-se a pagar o restante em prestações.
Francisco Assis, líder da bancada do PS, ficou indignado com “a insinuação” de que poderiam haver pressões dos beneficiados com o chumbo da proposta, mas não pode é pedir que não desconfiemos da coincidência temporal destas duas situações.
Em política, meus caros, o que parece, é! A frase nem sequer é minha!...
quinta-feira, outubro 28, 2010
PREOCUPAÇÕES SOCIAIS
Este é sem dúvida nenhuma um dos temas que mais devia preocupar a sociedade em geral, especialmente porque estamos a atravessar tempos muito difíceis, em que a miséria e o desemprego crescem, e a economia fraqueja.
Se uns se preocupam com os problemas sociais e com a justa repartição da riqueza, outros dão mais importância ao lucro pessoal, fechando os olhos à triste realidade que nos rodeia.
Porque já me colaram diversas designações, que por acaso não partilho, mas porque acredito num mundo mais justo mesmo que longe da (inalcançável) perfeição, fico irritado com a insensibilidade de quem devia ter especiais responsabilidades.
Governantes, economistas e empresários são os grandes responsáveis pelo poder decisório, e é com muita revolta que os ouço concluir que os “empresários só querem descontar 3% para a Segurança Social”, em vez dos 23,75% actuais.
Quem pretende diminuir os custos do factor trabalho destruindo a Segurança Social, só pode estar a preparar o país para ter uma legião de desempregados a mendigar um emprego a troco de um prato de sopa. Daqui à escravatura vai um passo, que a nossa sociedade já deu em sentido contrário há séculos. Tenham vergonha!
sexta-feira, outubro 22, 2010
PREOCUPAÇÕES SOCIAIS
Uma boa parte dos cortes anunciados na despesa pública advém dos sacrifícios impostos aos funcionários públicos, e goste-se ou não, os empregados no sector privado e o patronato ficou feliz com o facto.
À primeira vista até se podia julgar que o mau estado da nossa economia está directamente ligado ao nível de salários praticados na função pública, e nada mais. Confundir os salários do trabalhador que foi admitido por concurso e que progride na carreira com a normalidade estabelecida legalmente, com o quadro que é nomeado por via da confiança política e que só presta contas perante o superior hierárquico, que é um qualquer político conhecido, é de um simplismo patético.
Considerando que com a diminuição dos salários na FP também os descontos serão menores, para IRS e para a Segurança Social, não admira que isso já esteja previsto na colecta de impostos, e aqui a relação é directa.
Lamentavelmente é no sector privado, o tal que é virtuoso e o único que produz, na voz de muito boa gente, que mais se escapa aos impostos. Eu sei que é assim, e todos o sabem também, mas não gostaria de generalizar, porque é feio. Para elucidar os que agora devem estar zangados comigo, aconselho a leitura das declarações do Presidente da CIP, que sem entrar em detalhes, “diz que é possível reduzir custo dos salários”. É muito edificante.
quarta-feira, agosto 18, 2010
ASSIM TAMBÉM EU
sábado, novembro 07, 2009
O ESTICAR DA CORDA
Nos últimos anos começou a tornar-se evidente que todos os estratagemas para cortar nos custos com o pessoal iriam ser tentados por alguns gestores e patrões, muitas vezes sem qualquer lógica ou estratégia que pudessem redundar em mais produtividade, ou uma baixa de custos sem perda da qualidade.
Todos os que estamos ainda no mundo laboral conhecemos casos desta tendência cujos resultados têm sido negativos mas que satisfazem a vaidade e a bolsa de alguns indivíduos cujo futuro se limita a muito curto prazo e para quem as pessoas não passam de artigos descartáveis.
Por cá tivemos um hino de funcionários de uma autarquia (Portimão), lá fora as notícias de suicídios em empresas onde a gestão de pessoal é apenas um exercício de prepotência, ou os casos em que algumas vítimas de despedimentos acabam por cometer crimes e assassinatos claramente ocasionados pelos sentimentos de revolta, não podem ser simplesmente ignoradas como se não tivessem sido originadas por descontentamentos que se revelam de formas mais ou menos graves, mas que se revelam de alguma forma.
O lucro, a crise, a economia, não podem ser desculpas para se ignorar os impactos negativos que as sociedades podem causar nos seus cidadãos e para os quais devem estar devidamente preparadas e com planos de ajuda aos que por contingências da vida são menos afortunados.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
O ECONOMÊS
terça-feira, outubro 02, 2007
OS HORÁRIOS DOS HIPERMERCADOS
O modo como se apresenta a questão, por ser demasiado simplista e indutor de respostas óbvias, sempre me pareceu uma manobra ínvia para se obter um resultado favorável à pretensão dos donos dessas grandes superfícies. É perfeitamente natural que os proprietários dos hipermercados queiram obter maiores lucros, maximizando os seus recursos humanos, fazendo um apelo à comodidade dos potenciais clientes e ao egoísmo natural dos mesmos. Mas será que podemos ignorar tudo o resto?
A simples alteração dos horários dos hipermercados tem repercussões em diversas áreas como a economia, o emprego, a família, e até na gestão dos tempos livres e nas actividades de lazer.
Na economia e no emprego, é fácil de prever um maior sufoco no pequeno e médio comércio, com a consequente perca de postos de trabalho que não serão recuperados com o emprego prometido pelas grandes superfícies, já que o tipo de organização é muito diferente e menos personalizado.
Falo na família, porque quem trabalha nesses estabelecimentos são pessoas como todos nós, e se o trabalho ao domingo fosse também proposto aos potenciais clientes, duvido que as respostas fossem percentualmente tão elevadas, como as que nos fazem questão de mostrar. É que deve ser tão necessário ir às compras no domingo à tarde, como ir tratar de assuntos a uma repartição de finanças, tirar uma licença camarária, revalidar uma carta de condução, fazer uma consulta de rotina ou a revisão do automóvel.
A pretensão dos proprietários dos hipermercados insere-se numa estratégia bem montada para fidelizar a sua clientela, tornando-a cada vez mais dependente destes estabelecimentos, o que é compreensível do ponto de vista estritamente comercial, mas tem consequências óbvias noutras áreas que importa ter em linha de conta. Outras sociedades, bem produtivas e com melhor qualidade de vida e maior poder de compra do que nós, já chegaram à conclusão óbvia que o descanso e o bem estar das populações, particularmente das famílias, são mais benéficos em termos globais para o aumento de produtividade do que a desregulamentação dos horários de trabalho.
Fica uma pergunta incómoda para todos: importava-se de trabalhar aos sábados domingos, e possivelmente ter folgas desfasadas em relação aos outros membros do seu círculo familiar mais restrito?