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segunda-feira, março 21, 2016

ALGUM PATRONATO NACIONAL

Sei que é perigoso e injusto generalizar as coisas, e por hábito não gosto de o fazer, mas perante alguns factos sou tentado a reformular esse princípio.

Li num jornal online que a “justiça irlandesa condena três empresas portuguesas”. Por acaso tenho um amigo irlandês que está de férias em Portugal, que me confirmou que os direitos dos trabalhadores são respeitados pela generalidade das empresas desse país, e que as transgressões reportadas são exemplarmente punidas.

As irregularidades que foram punidas foram muito simples, e vão desde a falsificação de documentos e exploração dos trabalhadores, também eles portugueses, até ao abuso notório ao fazerem descontos à conta da sua acomodação, em condições “deploráveis e mesmo perigosas”, sem água potável, e até mesmo uma quantia por serviços de lavandaria.

As empresas eram infelizmente portuguesas, e os prejudicados eram também portugueses, porque essas empresas não se atreveriam sequer a dar igual tratamento aos irlandeses, porque sabiam que os irlandeses teriam feito de imediato queixa aos sindicatos, e aí as coisas azedariam de imediato. Terão confiado que os portugueses engoliriam tudo e só manifestassem o seu desagrado depois do regresso a Portugal, mas enganaram-se.


Não tenho vergonha de ser português, até porque admirei a coragem dos meus compatriotas que apresentaram queixa dos patrões que deles abusaram, exploraram e rebaixaram, de patrões que não têm vergonha na cara.


terça-feira, abril 21, 2015

CUIDADO COM OS MAIS PERIGOSOS



Uma das notícias em destaque de ontem, foi “PSP apanha duas carteiristas em Belém”. O bom trabalho da polícia merece o destaque, e penso que os carteiristas não são propriamente populares, ainda a sua actividade não seja violenta e de grande monta.

Quando ainda há poucos dias se ouvia dizer que a criminalidade, em geral, estava a diminuir eu duvidei das afirmações, mas depois constatei que o diziam com base nas queixas apresentadas nas esquadras, o que não será o melhor dos indicadores.

Só por acaso, e como já se conhecem bastantes pessoas que se manifestam contra o que se passou no BES, e também já se conhecem intenções de processar o Estado pelas decisões no caso BES, e como não se conhecem queixas nas esquadras sobre este assunto, eu pergunto:
-Será que os carteiristas causam mais prejuízos do que as burlas de colarinho branco? E será que o “assalto” constante aos salários resultantes do trabalho honesto, por quem sistematicamente engana quem em neles confia, não é também um crime?



segunda-feira, maio 19, 2014

A TROIKA E AS ELEIÇÕES EUROPEIAS

O governo embandeirou em arco sobre a saída troika, mas logo vieram o Moedas e o Cavaco dizer que a saída da troika em nada ia alterar o rumo da política, que continuaria a ser de austeridade, maior ainda no ano que vem, e que a alternativa era o segundo resgate como disse a troika à saída.

O relógio do Portas e o 1640 anunciado foi apenas um slogan publicitário, e o champanhe bebido pelos membros da coligação foi apenas para seu deleite pessoal, porque os portugueses continuam a penar pelos erros dos políticos que escolheram.

Passos Coelho e companhia só deixarão de nos importunar quando forem apeados do poleiro, e Seguro já demonstrou ser exactamente da mesma cepa do láparo de Massamá.

Os portugueses podem dar um tratamento exemplar aos responsáveis pelo programa de assistência que trouxe a troika a Portugal, não votando na troika nacional que nos tem desgovernado nos últimos 20 anos.


Pensem bem, e vão votar

Coelho só à caçador

terça-feira, maio 13, 2014

O DISCURSO E A PRÁTICA

O governo e o patronato têm vindo a público dizer que Portugal não deve competir internacionalmente através de salários baixos, palavras que alguns tomaram como boas, mas que o tempo acabaria por desmentir.

Vem aí mais uma reunião da concertação social e sobre a mesa estará uma proposta do governo, que segundo este é uma reivindicação do patronato, que estabelece que os dias feriados e as horas extraordinárias continuarão a ser pagas a 50% até Julho de 2016, independentemente do que está acordado na negociação colectiva.

Esta proposta não só é lesiva para os trabalhadores, que perdem na compensação do trabalho extraordinário, como também é lesiva para a economia pois diminui possíveis aumentos de rendimento, além de naturalmente desincentivar a criação de emprego, quando o país tanto necessita dele.


A hipocrisia deste governo e o seu alinhamento com as posições do patronato são uma verdadeira vergonha, e esperemos que o castigo venha das urnas…   

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terça-feira, junho 11, 2013

A REALIDADE PURA E DURA



Ainda há poucos dias Passos Coelho disse que era normal voltar a candidatar-se a novo mandato, como se a sua popularidade estivesse muito em cima e os portugueses estivessem a gostar do seu trabalho, mas a ousadia saiu-lhe mal.

Por ocasião das comemorações do 10 de Junho, Cavaco Silva e Passos Coelho, duas faces da mesma moeda, sofreram as vaias do povo em Elvas.

O povo português tem sido paciente, talvez até um pouco em demasia, mas não tem deixado de mostrar a sua insatisfação bem clara em diversos momentos. Passos Coelho continuará a ser vaiado e a não poder estar verdadeiramente em contacto com as populações sem estar rodeado de guarda-costas, até se afastar do poder.


quarta-feira, abril 03, 2013

O VERDADEIRO DESAFIO



Os políticos dizem e fazem muitas vezes, coisas tão absurdas e até injustas, que deviam ser obrigados a provar as suas próprias receitas, para ajuizarem dos disparates que cometem.

No Reino Unido foi lançada uma petição que desafia Ian Duncan Smith, o ministro do Trabalho, a viver com 62 euros por semana, como o conservador admitiu ser possível durante o anúncio dos cortes nas prestações sociais. O texto da petição convida o ministro a viver durante um ano com a dita quantia.

Lá como cá, os políticos quando estão no poder perdem completamente alguma ligação que ainda pudessem ter com o mundo real em que vivem os cidadãos. O ministro do Trabalho inglês não conseguiria nunca viver com os 62€ semanais, que significariam um corte de 97% no seu vencimento.

Por cá temos governantes, banqueiros e patrões com a mesma bazófia, mas nenhum seria capaz de sobreviver, nem um mês, com alguma das reformas mínimas, ou sequer com o salário mínimo nacional.

Políticos deste calibre são apenas seres desprezíveis que deviam ser exemplarmente punidos, sendo obrigados a provar o seu próprio veneno.

quinta-feira, julho 14, 2011

O INCOMPREENDIDO

Não sei muito bem porquê, mas eu sou um dos muitos que não simpatizam com o senhor Procurador-geral da República que já nos brindou com algumas atitudes que não foram nada simpáticas.

Hoje li no título de um jornal que Pinto Monteiro terá dito que “não basta combater o grande crime”, como a corrupção, remetendo outros ilícitos para uma área considerada menor. Acho que falou em crimes contra idosos, crianças e deficientes para exemplificar do que estava a falar.

Qualquer cidadão concordará que os desprotegidos e os mais frágeis socialmente devem ser protegidos e que os crimes contra eles devem ser firmemente punidos. As preocupações sociais ficam sempre bem a um procurador, mas convenhamos que muitos dos crimes praticados sobre os mais desprotegidos derivam exactamente da sua condição de desprotegidos, e das dificuldades económicas existentes, que não permitem um acompanhamento mais efectivo dessas pessoas, e da falta de autoridades e pessoal dedicado a esse acompanhamento.

É com surpresa que se vêem mais recursos ocupados com dívidas de telemóveis do que com as tais preocupações do PGR, por exemplo, mas isso não quer dizer que o enriquecimento ilícito e o crime económico não sejam também uma preocupação real, já que muita da miséria origina o aumento da criminalidade e diminui os meios humanos e materiais necessários ao seu combate eficaz.

É difícil enfrentar o crime de colarinho branco senhor procurador, mas é indispensável fazê-lo, e isso não tem sido conseguido.


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segunda-feira, junho 20, 2011

O CASTIGO

Lembro-me bem da frase repetida por um antigo professor a propósito da falta de interesse demonstrada muitas vezes pelos seus alunos: “Toda a indiferença será castigada”.

Vem a frase a propósito da indiferença que parece caracterizar os portugueses no que respeita ao seu próprio futuro, que contrasta violentamente com as críticas que se fazem em conversas privadas e de café, onde aí sim, somos violentos e muito cáusticos.

Não sei se o descontentamento sairá à rua depois das férias de Verão, quando a situação apertar mais, ou se será só no próximo ano quando o torniquete voltar a apertar de novo, mas um dia terá que acontecer e quanto mais tarde pior.

Do que eu estou certo é de que enquanto as políticas não forem contestadas e enquanto os políticos não forem responsabilizados pelos seus actos, haverá muita gente que será castigada pelos erros dos mandantes, que como até agora continuarão impunes e livres para cometerem os mesmos desmandos do passado.


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Alvo

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