O país arde, os portugueses andam a banhos, os políticos estão de férias, os turistas vão gastando uns cobres por aí, as vilas vão fazendo as suas festas para entreter os emigrantes e os foguetes ribombam nos ares.
A floresta arde apesar dos esforços dos abnegados bombeiros, as populações atingidas ajudam no que podem, e os figurões fazem briefings para fazer o ponto da situação.
As coisas repetem-se ano após ano, e por muito que se pague de IMI, os bombeiros continuam a ser associações humanitárias, mas não são responsabilidade dos municípios, nem da Administração Central, que se limitam a dar umas ajudas pontuais, sempre com muita pompa e circunstância.
Temos sempre uns comandantes operacionais e uns responsáveis da Protecção Civil, com as suas fatiotas todas pipis a debitar banalidades, sem nunca sujar as mãos, e pior que tudo, sem perceber patavina do que estão a dizer. Não conhecem o terreno, não percebem de combate a incêndios, não conhecem os operacionais, mas comandam tudo, sempre em postos de comando onde recebem a imprensa, que lhes garante o emprego.
Portugal no seu pior, neste querido mês de Agosto...