Cozinha
quinta-feira, dezembro 15, 2005
sexta-feira, dezembro 09, 2005
A falta das coisas
Um post tamanho-família, vão adiscurpando...Lu escreveu dois bons posts falando especificamente do que sentiu falta em HP e O Cálice de Fogo, o que me fez pensar no que sentiu falta esta que vos escreve. Chegou a hora do plágio descarado pois, crianças.
Com certeza, a coisa de que mais falta senti foi de um “quê” no filme que me fizesse sair da sala de cinema pisando em nuvens. Não me perguntem que tal “quê” é esse. A princípio imaginei : “Cuáron”. Talvez tenha sido isso, mas, no fundo no fundo, sei que não foi, visto que considerei a cena do cemitério perfeita, digna de haver sido elaborada pelo diretor de HP e o Prisioneiro de Azkaban. Eu não mudaria de fato sequer a posição de uma lápide ali. O que aconteceu, eu acho, é que não rolou uma química entre mim e o filme de Mike Newell. É isso, não rolou. Apesar disso, entretanto, afirmo: tudo estava ótimo; é o mais fiel ao universo de Rowling, está quase tudo lá. O ritmo é bom, no conjunto os atores estão bem, a música e os efeitos, tudo supimpa. Só não teve química entre nós. O que está me levando a cometer mais um plágio (agora a outra colega): o problema é que meu gosto pelos livros de Dona J.K. está a muito quilômetros da minha preferência pelos filmes. Daí tento comparar e me ferro.
Estou muito propensa a acreditar também que, como sempre, a dublagem atrapalhou muito. Tudo por preguiça minha de ir a outro cinema onde a versão fosse a legendada (até ontem, várias das 14 salas de cinema que estão com HP na tela apresentaram a versão legendada). Afinal, eu fui sozinha, sem crianças. Peguei uma sessão tranquila, com mais adolescentes e adultos na assistência. Mas, sobre a dublagem, pergunto: qual é o problema afinal com as pessoas que põem HP em português na telona? Porque um trabalho tão porco? É uma eca desmerecida! Fica aqui meu humilde protesto.
Também comigo aconteceu um pequeno incidente no início do filme: a pipoca acabou. Isso, a pipoca acabou, ficou uma fila razoável para comprar guloseimas, e eu, que desejava meros drops de frutas e água mineral quase pago o pato. Iniciaram a projeção e pensei: “meu Deus, o filme é muito longo, não deve ter trailler!” Deu uma agonia e pedi a senhora que estava atrás de mim na fila: “a senhora guarda meu lugar?”. Corri à porta do cinema para ver se começara; na volta, a mulher olhava para mim com uma cara de “ô, coitada, é doida”. Ainda bem que ela não viu quando, um pouco antes, após reservar uma cadeira com uma bolsa de papel que, achava eu, carregava apenas coisas sem valor, parada na fila lembrei que tinha remédios na tal bolsa. Lógico que voltei para para pegar a bolsa, Deus me livre um daqueles teens se entupir de Gerovital...
Daí começou o filme. Fora haver perdido o título (eu adoro, gente, mais uma doidice minha), até que tudo começou bem. A mansão dos Ridley. Muito bom, bem perto do esperado. Um certa confusão inicial com a presença de uma terceira pessoa com Voldie e Rabicho naquela cena, depois a ficha caiu. Então Harry acorda, mas era Hermione que estava lá, o que me contrariou um tanto. Depois, pensei: “releve, criatura”...
Na copa de quadribol, não senti tanta falta do jogo em si, mas, das veelas, sim (os leprechauns aparecem brevemente, ao menos) . Até porque lá na frente faz-se referência a elas quando Fleur aparece e, quem não leu o livro, fica a ver navios. Aprovei totalmente o estilo indiano da barraca dos Weasleys, embora tenha sentido falta do Sr. Weasley querendo montá-la do jeito trouxa (claro que era demais esperar ver isto!). Nota dez para a viagem até o acampamento, o estádio (uau!), o ataque dos comensais (só achei muito atropelada a cena!) e a marca negra; agora, a ausência de Winky, definitivamente considero imperdoável (é o mesmo que acontece com Pirraça, o qual até agora nenhum diretor pôs em filme algum). O problema da invisibilidade de Bartô seria superado com o uso do mesmo recurso de quando Harry veste a sua capa, haveria até maior suspense. Cuáron teria feito, eu aposto.
As chegadas das delegações das outras escolas, a carruagem e o navio, sim, foram de tirar o fôlego. Vítor Krum deixando de ser o desajeitado apanhador... uau! Também de tirar o fôlego... Meninas, chega deu um calor, hahahahahahahah... E Rony, hein? Dos três meninos eu acho que ele é quem está melhor, muitíssimo engraçado, só talvez tenha faltado enfatizar mais seu desapontamento com Mione/Krum. Além do muque, *claro*... A menina, por sua vez, teve muito azar com a dublagem, pior que a dela só a de Harry mesmo. Ah, e Dan Radcliffe... Eu tenho um problema com Dan Radcliffe, não é de hoje. Eu o adorava criancinha no primeiro filme, depois, perdeu totalmente o encanto. Nem Clara dizendo que ele parece com John Lennon (ela descobriu ontem quem era John Lennon) mudou isto em mim.
Outro novos atores: no filme, senti falta de uma Madame Maxime bela. Não sei porque colocar uma feia, só porque Hagrid não é bonito? O casal está bem no filme, engraçado e em sintonia, mas creio que o contraste daria bom resultado. Fleur, a despeito de não lembrar nem de longe a veela que todos imaginamos, dá seu recado. Cedrico é exatamente o que imaginei. Cheguei a conclusão de que era ele naquela foto que não sabia de quem era, lembram? Muito bem escolhido, o moço. Claro que gostei demais de Karkaroff, mas senti falta de Ludo Bagman, que maldade ele não estar ali! E, sim, Lu, eu só lembrei quando você falou, mas não custava ter posto os irmãos de Rony. Escolha perfeita, aliás, a sua. Do antigo Dumbledore, sinto falta desde sempre.
Eu preciso falar de Lord Voldemort? Não preciso, né? Impossível comentar à altura do desempenho de Ralph Fiennes. A cena do renascimento foi irretocável. Perfeita, repito. E, a despeito da ausência dos seres fantásticos, eu gostei muito do labirinto que sufoca as pessoas, foi bem recompensadora. Decepcionou-me sim a prova sob o lago, aquela pela qual tinha maior expectativa. Cadê as cidade dos sereianos, aquela riqueza de detalhes que Jo coloca no livro?
O Baile de Inverno eu adorei. Lindo, lindo. Hermione desabrochando, Rony e Harry jogados. Outra ausência imperdoável foi a cena do jardim, os meninos descobrindo ser Hagrid meio gigante e Rita ouvindo...
quinta-feira, dezembro 08, 2005
HP & GoF
*** Contém spoliers dos livros 5 e 6 ***Mas o filme, aaaah, o filme! Tive que assistir duas vezes: na primeira uma lesma lerda chegou atrasada à sessão e ficou longos minutos procurando lugar... na minha frente!! Não contente e satisfeita por estragar minha visão de dois lindos Malfoys, ainda teve a pachorra de levantar e procurar outro lugar na cena da doninha albina. Argh! Vontade de mandar um Cruciatus nela! Como era suposto eu apreciar adequadamente o herdeiro de 900 milhões de qualquer-coisa com uma verme-cego plantada na minha frente?
Aliás, perceberam que só deu apanhadores no filme? Dos quatro competidores do Torneio TriBruxo, pelo menos três são seekers: Harry, Cedric e Krum; sem contar Cho Chang, Draco e Ginny [no futuro]. Não sei se a Phlegm joga quadribol - deve ter medo de quebrar as unhas...
Agora que eles estão naquela fase linda dos 14 anos, então, a questão meninos & meninas foi um dos focos principais. Numa das listas de discussão nonde participo [não de HP], um garoto perguntou: "sim, como se supõe que a gente as convide para o baile se elas só andam em bando?" Mas as garotas também não os compreendem; na cena ni qui Harry e Ron fazem as pazes, depois da tarefa do dragão, Hermione, Ginny e Angelina se entreolham e suspiram: "meninos".
Dark and Difficult times lie ahead, Harry. Now is the time that we must choose between what is right, and what is easy.
quinta-feira, dezembro 01, 2005
Das coisas que senti falta - 2

"Hein? Comãssim? O diretor de Hogwarts está no filme!"
Nah, quem está no filme é Sir Michael Gambon. Ele pode até ser um ator fenomenal e coisa e tal, mas não é Dumbledore. Capaz até que seja um Comensal da Morte que tomou Poção Polissuco que esteja no lugar dele.
O Dumbledore verdadeiro é docemente patético, um professor que ensina bons valores sem deixar de apreciar uma boa brincadeira. Ele não grita e quando fala, suavemente porém com firmeza, todos param de falar para ouvi-lo, sem precisar apelar para o feitiço de amplificar a voz e nunca seria tão duro como na cena do sorteio do Cálice de Fogo, quando chegou muito muito perto de agredir Harry.
A gente sente o poder e a inteligência que o Dumbledore verdadeiro tenta ocultar, num estilo low profile. No filme anterior, o primeiro niqui Michael Gambon substituiu o falecido Richard Harris, não dava para perceber tanto a diferença, mas em GoF errou a mão feio...