sexta-feira, outubro 31, 2003

ENCÕCLICA PIPIANA
A propÛsito do meu post "Pipinorreia: projecto de uma vida", È preciso esclarecer uma coisa. Normalmente, uso preservativo porque n„o quero que o ZÈ Tolas adoeÁa. A SIDA, ao que parece, faz mal ‡ sa˙de e a sÌfilis corrÛi o madeiro. O melhor È seleccionar criteriosamente a crica em que se vai espetar o AnÌbal. Se se tratar de crica trigueira, a palpitar de vida e a respirar sa˙de, enterre-se o tarolo sem receios. Se È senaita mortiÁa e moÌda, o melhor È calÁar a galocha ‡ cobra zarolha, antes de a enfiar na toca. Mas, sempre que posso, n„o uso preservativo porque a Igreja È contra. E eu, nestas merdas do sexo, sigo sempre os ensinamentos do Vaticano. Afinal, ninguÈm percebe mais de pinocada do que os cardeais. Se eles n„o querem que se use, algum desarranjo a borracha h·-de fazer ao caralho. Eles l· sabem
Ali·s, falando de catÛlicos, devo lembrar que a Missa È um Ûptimo local de engate. Quando o padre diz ìsaudai-vos na paz de Cristoî, est· a dar licenÁa divina para beijar qualquer desconhecida que nos aprouver. Quanta beata caridosa e com mofo, quanta virgem piedosa e impaciente, n„o foi sacada pelo Pipi durante esta parte da liturgia? Antes dos fiÈis dizerem ìSenhor eu n„o sou digno de que entreis em minha moradaî, j· a devota me estava a dar autorizaÁ„o para entrar na morada dela. Normalmente, pelas traseiras. AtÈ porque na crica È complicado: sexo sem ser para reproduÁ„o È pecado e estamos a falar de gente muito religiosa.

quinta-feira, outubro 30, 2003

GLOBALIZA«√O DA FODA
Acabado de regressar do estrangeiro, sinto-me um LuÌs AntÛnio Verney da berlaitada. Trago na mala uma obra chamada ìO Verdadeiro MÈtodo de Foderî, que atempadamente submeterei ‡ vossa consideraÁ„o paneleira. Mas trago tambÈm inquietaÁıes relativas aos problemas que este mundo moderno coloca ao fodilh„o. Por exemplo, rechear de nabo crica italiana em Londres conta como foda brit‚nica, foda transalpina ou foda lusa? Sabendo que a pachacha italiana est· em Inglaterra h· alguns meses, È justo considerar que os humores segregados pelo pito transalpino est„o a nascer j· em solo brit‚nico. Ou seja, a massa da greta È napolitana, mas o molho È inglÍs. Levanta-se a velha quest„o: qual È mais importante? A massa ou o molho? Enfim, tenho muito para reflectir.
PIPINORREIA: PROJECTO DE UMA VIDA
Eu tenho um sonho. Tenho o sonho de criar uma doenÁa sexualmente transmissÌvel com a minha griffe. Uma linda maleita que se manifestasse atravÈs de uma borbulhagem, borbulhagem esta que formaria, na testa da paciente, a frase ìO PIPI FOI-ME AO PIPIî. Tenho o sonho de ver, nos montes rubros da GeÛrgia, as filhas dos antigos escravos e as filhas dos antigos esclavagistas, todas com a testa borbulhenta, sentadas ‡ mesa da fraternidade, exclamando: ìOlha que filho da puta, aquele Pipi do caralho!î Eu tenho um sonho.
Infelizmente, enquanto eu sonho com projectos cientÌficos a sÈrio, os cientistas andam panascamente entretidos a tentar descobrir vacinas e outras merdas que n„o interessam.

sexta-feira, outubro 24, 2003

ACALMEM L¡ OS PIPIS, CARALHO
Como os abichanados leitores saber„o (ou n„o, n„o me interessa), quarta-feira ocorreu o lanÁamento do meu livro, no Maxime. Escusava de ter acontecido. Eu quero que o livro se foda, digamos assim. Por mim, nem o vendia. Dava-o. Mais precisamente, ‡ porta das escolas e das igrejas. Aos mi˙dos, ensinava os factos da vida. ¿s beatas, ensinava a temperanÁa.
Ali·s, a minha grande ambiÁ„o È que o livro, em breve, venha a fazer parte do programa oficial do ensino secund·rio. Por isso È que certas passagens foram suavizadas, para que o MinistÈrio da EducaÁ„o n„o tenha qualquer prurido em fazer dí O Meu Pipi obra de leitura obrigatÛria. Por exemplo, onde aqui se lia ìontem bati 18 sarapitolasî, no livro lÍ-se ìontem bati 15 sarapitolasî. Fica mais levezinho.
Sinceramente, o melhor do lanÁamento foi o fim. Depois de se irem embora os rabetas que l· tinham ido para me ver, chegou ao Maxime o putedo brasileiro, para exercer o seu mister como t„o bem sabe. (por falar nisso, È curioso verificar como as quengas brasileiras tÍm o fascÌnio pelo nordeste. … no nordeste do Brasil que pululam com mais vigor e foi tambÈm no nordeste de Portugal que as mais famosas rameiras do momento se vieram radicar. Interessante esta quest„o geogr·fico-fodal. Ser· aqui analisada futuramente.)
Sobre a festa propriamente dita, n„o gostei. Irritou-me a presenÁa de algumas pessoas. Nomeadamente, os homens. Para equilibrar, estava l· a Alexandra Lencastre e outras mulheres de que n„o me recordo muito bem, uma vez que a vis„o estava obstruÌda pelas tetas agrilhoadas da Lencastre.
Da apresentaÁ„o ñ a cargo do editor, AntÛnio Lobato Faria (roto), da coordenadora editorial, Carla Hil·rio de Almeida (se fosse homem, rota), do jornalista Nuno Miguel Guedes (roto) e do apresentador Rui Unas (roto) ñ n„o tenho nada a dizer, porque n„o vi. Estava na casa de banho a tocar zumbinhas, ‡ conta do supra referido peito da Alexandra Lencastre. Agora j· percebo o nome da sÈrie dela, ìAna e os 7î. Os sete s„o os perus que um gajo tem de esganar por cada episÛdio visto. Que tetas, meu Deus...
A ˙nica coisa que se safou, foi o filme por mim protagonizado. Estive bem.
No cÙmputo geral, sÛ fico contente por a Rute, a ovelha que t„o bem representou, no filme, o papel de uma ovelha, j· ter a agenda cheia atÈ ao fim do ano, ‡ conta dos contactos angariados junto de alguns convidados. Parece que gado ovino que n„o descura a imagem tem bastante procura. Aos senhores que v„o conviver com ela, um aviso: atenÁ„o ‡s tropelias sexuais que v„o praticar. Um fio de l„ na garganta È bastante mais desconfort·vel do que um pÍlo.
Entretanto, a tal Carla Hil·rio de Almeida vai hoje ao Cabaret da Coxa, falar do meu op˙sculo. O filme ser· repassado e eu conversarei em directo com o fanchono Unas. A minha voz vai estar disfarÁada. Mas n„o È por causa da manutenÁ„o do anonimato, È para aquele roto n„o se apaixonar por mim.
AFODISMO
O meu tio Encavo, desde que sofre de tendinite na m„o direita, nunca mais foi o mesmo. Se por um lado, a veia punhetÌstica est· menos latejante, por outro, os seus pequenos jogos de palavras tornam-se cada vez mais profundos. Deixo-vos com esta pÈrola (em mais do que um sentido):

"A masturbaÁ„o È uma janela para a alma. N„o se pode È abri-la, porque o trinco est· todo cheio de gosma."

terça-feira, outubro 14, 2003

CRÕTICA DE FODAS
A foda que dei ontem devia estar preservada no Museu de HistÛria Natural. Ser· considerada a gambozina das fodas, uma vez que j· muitos a quiseram dar, mas nunca antes tinha sido vista. Falo da pinocada que dei em crica virgem de 72 anos.
ìUma virgem de 72 anos, Pipi?î Pergunta o efeminado leitor, enquanto rapa os pÍlos das pernas. … facto, rabichos. Tratava-se de uma anci„ que, por espartana educaÁ„o religiosa (se bem que, evidentemente, longe de padres), acasos da vida e um problema grave de sudaÁ„o que repelia os mais temer·rios, mantinha intacta a cabaÁa com que Deus ñ por chiste, n„o duvido ñ marca todas as mulheres.
Ali·s, minto. A cabaÁa n„o estava intacta. Estava reforÁada. DÈcadas de falta de uso alteraram a gÈnese da membrana virginal que, de simples selo, garante de novidade, passou a lacre de chumbo, intransponÌvel CÈrbero que em vez de guardar o Hades, guardava o h·s-de: da maneira como aquilo estava, era o ìn„o h·s-de foder nuncaî. Quem encostasse o ouvido ‡quela rata avoenga, lograria ouvir os latidos do cabr„o do bicho tricÈfalo, tal como num b˙zio se sente o mar.
O hÌmen da velha n„o estava difÌcil, meus amigos, estava calcinado. Um homem normal precisaria de estar ano e meio sem foder, para ter o pau mais feito de sempre, 20 centÌmetros de forÁa bruta, necess·ria para furar o contraplacado de sangue e crosta e muco vaginal que unia as paredes musculadas da greta. Felizmente, para o Pipi, bastou n„o bater punhetas nesse dia para ter madeiro suficiente para a perfuraÁ„o.
A broca entrou ‡s 19h45. ¿s 19h48 estava a perfuraÁ„o concluÌda. Em vez do tradicional sangue, saiu uma mistela verde. Digo eu: ìVamos l· a ver se n„o tem j· a pachacha estragada, minha senhora. Isto devia ter comeÁado a ser consumido por volta de 1945.î E ela: ìComo diz?î E eu: ìN√O SEI SE O PITO AINDA ESTAR¡ BOM!î E ela: ìComo diz?î E eu: ìO PITO, O PITO! … CAPAZ DE J¡ ESTAR PASSADO!î E ela: ìEscarranche-me mas È isso, jovem.î Escarranchei. A velha sorria infantilmente. Digo infantilmente por duas razıes: primeiro, porque era um sorriso germinal, novo, de descoberta; segunda, porque a velha n„o tinha dentes, e por isso ria como os bebÈs. No final, confessou-me que n„o se lembrava de ter tido uma sensaÁ„o t„o forte na vida ñ tirando a trombose. … para momentos como este que nÛs, que andamos metidos nisto das cricas e do chavascal, trabalhamos. Vou sÛ actualizar o meu curriculum e j· venho.

sábado, outubro 11, 2003

O SUMI«O
Tive ontem um sonho que fez com que se erguessem, hirsutos, os pÍlos de meus pobres colhıes. Primeiro, seduzi com gosto pito gorducho. Num relojoeiro do shopping, vi refegos e refegos metidos dentro de vestido justo, curvilÌneos lenÁÛis de tecido gorduroso, que me conseguem inturgescer o pepino como ninguÈm. E bons melıes gÈmeos de bicos tesos, impelindo o soutien com vigor. Investi. InÍs, de seu nome, rosto de colÈgio, mente de bordel. Menos de cinco minutos depois, rebolo-me com o untuoso grelo no seu prÛprio leito. Escolho o roteiro: entrefolho, no comeÁo. Um dedo entrou com custo. Estreito, o olho do cu. Mesmo com dor, eu quis. Enfim, com dor de outrem posso eu bem. No seguimento suguei-lhe o clito. InÍs gemeu. Nesse momento, deixou de querer no cu. Deixou de querer no pipi. SÛ o minete lhe induz deleite no pito. Tudo bem: sou mineteiro de primeiro lote. Por equÌvoco, bebi o suco proveniente do rego do bicho felpudo e fiquei levemente indisposto. Sucede com meretrizes de higiene rude. Bom, depois de quinze minutos de focinho, repeti e meti-lhe o espeto no bordedo. Comi-o bem comido. PorÈm, certo episÛdio tingiu de tons l˙gubres o evento festivo. No fim, tento ver meu piÁo. ImpossÌvel: sumiu. Confuso com o eclipse do ferro, desesperei. ì” meretriz dum cono! Onde puseste o meu piston?î InÍs encolheu os ombros, sorrindo. Eu dei-lhe um murro nos dentes. Engoliu dois incisivos. Deixou de sorrir. Contudo, meu grosso instrumento cessou seu sumiÁo incÛmodo? Os colhıes È que cessou! Nem cheiro dele, robustos pepinos me penetrem fortemente! Por momentos, feito eunuco, estive perto do choro. Perto, pois sou homem, e È impossivel chover do olho de um homem. SÛ se for roto.
Despertei embebido em suor. Logo procurei o viril membro. Encontrei-o como de costume: pendido sobre o tintim esquerdo, no prep˙cio meio escondido. Mole e preguiÁoso, num repente o fiz robusto e cheio de genÈsico vigor. O resto do sono foi substituÌdo por momentos de gozo induzido por mim em mim. Minutos houve em que folgou o ferro. Poucos, porÈm. Cumprimentei o Sol com piÁo seco e lenÁol viscoso. Feliz.
Do sonho, nenhum complexo me sobrou, medo nenhum me tolhe o espÌrito. Meu intrÈpido pincel mete-se em todo o godÈ, hoje e sempre que for preciso.

sexta-feira, outubro 10, 2003

CRIME DE LESA-PICHA
Um conselho para quem nunca fez investidas de mangalho em crica sopeira: ponham termo ‡ vida. A sÈrio. N„o merecem estar vivos. A crica sopeira È um santu·rio conal, o supra-sumo das cricas. Quando uma sopeira fode, est· apenas a foder. N„o h· c· ang˙stias nem inquietaÁıes. H· a vontade urgente e animal de satisfazer uma necessidade fÌsica, de preferÍncia rapidamente e ‡ bruta. … uma crica cuja avidez de marradas de nabo radica no mesmo instinto primevo que leva o pinto recÈm-nascido a escancarar o bico sÙfrego para abocanhar minhoca. Apetece parafrasear o rabeta m˙ltiplo, e dizer: ìSopeira que fodes na rua / como quem fode na cama. / Invejo a sorte que È tua / porque nem sorte se chama.î A crica sopeira È franca, pura e genuÌna. E sua franqueza enternece, sua pureza emociona, sua genuinidade entesa o madeiro.
Defronte da rata sopeira, o prep˙cio È manga que se arregaÁa para que o zÈ tolas, oper·rio calvo e zarolho, possa trabalhar ‡ vontade e com gosto. Apetece ter entre as pernas, n„o um, mas v·rios marsapos, uma cartucheira de caralhos para, qual caÁador, abater aquela honestÌssima cona a tiros de pichota.
Defronte da rata sopeira, o fodilh„o transcende-se. Certo dia, as nalgas de uma sopeirinha desataram a fazer-me negaÁas ‡ verga. Proferi uma das minhas melhores frases de sempre: ìQueres que eu te meta um clister de chicha, n„o È?î Ela fez que sim com a cabeÁa. A felicidade s„o pequenos momentos assim.

segunda-feira, outubro 06, 2003

A CARTILHA MATERNAL DA FODA
Amanh„, terÁa-feira, estar· nas livrarias a primeira ediÁ„o de ìO Meu Pipiî. Posso dizer que n„o vertia tanta porcaria para um livro desde que tive de limpar o cu a uma cÛpia de ìOs Maiasî que a filha de certa gaja cuja crica eu andava a escachar tinha deixado na casa de banho. Ou era a isso ou a uns dodots, e Deus me livre de ter a rabadilha a cheirar a perfume. Tratava-se de uma ediÁ„o fraquinha, feita com tinta de m· qualidade, de modo que, durante duas semanas, fiquei com a descriÁ„o do Ramalhete estampada nas nalgas. Foram quinze dias em que meu nobre e invicto cagueiro prestou homenagem a EÁa, mas tambÈm a Pessoa. Aquele acaso feliz fizera dele um cagueiro interseccionista, uma ñ digamos ñ peida oblÌqua: meu nalguedo era atravessado pelas varandas de ferro do primeiro andar do Ramalhete, alinhadas sobre o rego da bufa; as paredes severas e sombrias da casa dos Maias eram meus n„o menos l˙gubres entrefolhos; e o painel de azulejos com o desenho do escudo de armas repousava sobre meu apertado olho do cu, como que a dizer: ìAqui n„o entra picha!î
Bom, seja como for, para a prÛxima a puta n„o deixa o papel higiÈnico t„o longe da sanita.
Quanto a ìO Meu Pipiî, ter· na capa um aviso que diz: ìN„o aconselh·vel a menores de 18 anosî, porque est· provado que essa È a melhor maneira de fazer com que os menores de 18 anos comprem o cabr„o do livro. Por mim, teria colocado avisos parecidos com os dos maÁos de tabaco, com informaÁıes ˙teis. Por exemplo: ìOs fodilhıes vivem mais tempoî, ìA castidade prejudica o raciocÌnioî, ìLevar na peida faz malî, etc.
A editora È a Oficina do Livro. Fartos de serem identificados com a ìliteratura lightî, os gajos devem querer enveredar agora pela ìliteratura leitaÁaî. … bem visto.
Descortino, no rosto alvar do panasca leitor, uma provocaÁ„o: ì” Pipi, ent„o mas tu, que te gabas de n„o teres tempo sequer para coÁar os colhıes, tal È a lufa-lufa em que eles andam, esbarrando constantemente em bordedos de todas as raÁas e credos, afinal pıes-te a pensar em livrinhos?î Pois bem, rabicho leitor, engolir·s essas palavras tal como engoles litradas de nhanha proveniente das pichas de camionistas. Quem teve a ideia de publicar o livro foi esta senhora. E todas as questıes que tiverem devem ser dirigidas a ela, que eu tenho sarapitolas para bater.

domingo, outubro 05, 2003

APELO AOS ROTOS
Ontem vi um document·rio sobre o Rock Hudson.
Antes que o abichanado leitor comece a pensar ìolarili, queres ver que o Pipi deu em fanchono?î, cabe aqui um esclarecimento. Erro de c·lculo fez-me foder de mais uma gaja. Sim, È possÌvel. A carga de piÁada foi tal que ela desmaiou de cansaÁo. Talvez o Lexotan que lhe pus no vinho ñ para lhe fazer a carne mais tenrinha ñ tenha ajudado, n„o sei.
O sono dela era t„o pesado, que nem ‡ bofetada a acordei. Isto teve boas e m·s consequÍncias. Boas, porque me fartei de enrab·-la, com ela a dormir. Isso È giro, mas depois farta. M·s, porque n„o podia ir para casa: ela tinha as chaves do meu carro, eu n„o sabia onde e n„o lhe podia perguntar. … a ˙ltima vez que a mando ir buscar o lubrificante ao carro, caralho. Para a prÛxima, leva a seco. DÛi-lhe, mas ao menos n„o me causa transtornos.
N„o a conseguindo acordar e n„o encontrando as chaves, fiquei ‡ espera. E vi televis„o. Ora, como ela n„o tem nenhum dos canais de pinanÁo, vi um dos outros. E foi aÌ que passou o document·rio sobre o Rock Hudson ñ vi esse e um sobre mulheres marines, que ainda deu uma razo·vel punheta camuflada. Por falar nisso, gostava de ver a cara dela quando pegar no telecomando amanh„.
O document·rio sobre o actor rabeta intrigou-me pela capacidade que o larilas teve de esconder a sua bicheza atÈ ao fim. … triste que os homossexuais se vejam forÁados a encapotar a sua paneleirice. FaÁo aqui um apelo:
Fanchonos, revelai-vos sem medo. Por duas razıes: primeiro, d„o-me mais alvos de chacota. Segundo: vocÍs s„o os meus cavalos de TrÛia para as gajas que n„o gostam de apanhar no cu. Quantos mais de vocÍs se revelarem, quantos mais eu posso chamar ‡ liÁa numa discuss„o prÈ-sexual como exemplo de que levar na bilha n„o deforma o andar. Por aÌ alÈm.

quarta-feira, outubro 01, 2003

ESPORRA, VOC¡BULO INJUSTI«ADO
Muitas gajas me tÍm dito: ìMmmf, pmnngnn gnff mmlmn mmlgnf.î E depois eu tiro-lhes a pichota da boca e finalmente percebo que o que est„o a dizer È: ì” Pipi, esporra È uma palavra muito feia.î E eu contraponho: ìEst· bem. TambÈm o zÈ tolas È feio e tu gostas que eu to enfie no gasganete conal.î A verdade È que a palavra "esporra" È o patinho feio da ordinarice. … importante descobrir, sob a fonÈtica ·spera e rude, o voc·bulo que merece ser acarinhado. "Esporra" resulta, provavelmente, da aglutinaÁ„o da palavra grega ìspor·î, que significa semente, com a palavra ìporraî, que significa caralho. Tendo presente a origem etimolÛgica, a beleza do termo È mais f·cil de perceber. A palavra ìesporraî tem, ali·s, o seu quÍ de picaresco, na medida em que, para muita gente, a fealdade do significante prejudica a reputaÁ„o do significado. Explico-me melhor, para os est˙pidos: a esporra em si, subst‚ncia que o nabo esguicha, sofre com a torpeza da palavra que a designa. Ora, o que defendo È que nem a esporra nem a ìesporraî merecem menosprezo. A ìesporraî tem uma beleza bruta, de que se aprende a gostar, e a esporra, quando gargarejada, faz bem ‡s cordas vocais. E isto explica a voz cristalina de alguns dos nossos cantores.
RETALHOS DA VIDA DE UM FODILH√O
Estou sem empregada. A dona Fernanda despediu-se. Diz que est· farta de limpar langonha da pantalha da televis„o. Esta gente, hoje em dia, inventa tudo para n„o trabalhar. O que se passa È o seguinte: em certas noitadas de punheta, a ver o canal 18, gosto de acabar a sarapitola sincronizando o meu esguicho com o do gajo do filme, para que me possa abeirar do televisor e fazer o meu prÛprio cumshot para a cara da artista. No dia seguinte, a dona Fernanda tinha a miss„o de limpar o meu Zebra Trinitron (um Black Trinitron com riscas de nhanha), muitas vezes com as prÛprias unhas, nas partes mais ressequidas. Agora, escassas trÍs semanas e dez frascos de limpa-vidros depois de a ter contratado, diz que est· farta. Ora foda-se.