terça-feira, 5 de abril de 2016

Dos sonhos...

Publicado por Desnorteada às 3:36 da tarde 8 comentários
Houve um tempo em que acreditei que são os nossos sonhos que comandam a nossa vida. Depois deixei de acreditar. Não havia muitos sonhos que se concretizassem. Depois voltei a acreditar... e sonhei... e concretizei. E depois... bem, depois a vida encarregou-se de me mostrar que vale mesma a pena sonhar... que se o fizermos, não há nada que nos derrube. Não é caso raro que os sonhos estejam colados às nossas convicções, à nossa forma de ser, à nossa essência enquanto pessoas. Os meus, pelo menos, estão. E é cada vez mais difícil que sonhe os sonhos dos outros... assim como é muito difícil que aceite de ânimo leve que outros sonhem os meus sonhos. E façam, sem pudor, dos meus sonhos os seus sonhos.

Li algures que "o mundo está cheio de gente que quer colher frutos de árvores que nunca plantaram". [Oh, se está!!] Manipulam. Controlam. Dominam. Demonstram o seu poder vezes sem conta e só descansam quando se apoderam do que é nosso. Até os sonhos. Mesmo os que já estão materializados. Só que se esquecem de uma coisa: podem-nos tirar muita coisa na vida menos aquilo que é verdadeiramente nosso... As ideias que ecoam na nossa cabeça, os murmúrios do nosso coração, a força de uma vontade que faz tantas vezes mover o mundo. Tudo o que é genuinamente nosso não sai de nós. Nem a ferros. E essa é a verdadeira razão pela qual vale mesmo a pena sonhar...

Também houve um tempo em que acreditei que os sonhos podiam ser partilhados. Que com as pessoas certas não havia nada nem ninguém que nos impedisse de sonhar. E até há bem pouco tempo estava certa disso. Mas sou ingénua. E a vida encarregou-se de me mostrar [da pior maneira] que estava enganada. Os sonhos não são para ser vividos num processo conjunto, os sonhos são nossos - de cada um de nós - e, se quisermos, podemos partilhá-los com os outros. Raras vezes vivê-los juntos. Aquelas pessoas que | Manipulam. Controlam. Dominam. Demonstram o seu poder vezes sem conta e só descansam quando se apoderam do que é nosso | não deixam. Aquelas pessoas que | Manipulam. Controlam. Dominam. Demonstram o seu poder vezes sem conta e só descansam quando se apoderam do que é nosso | destroem tudo o que o que as envolve... mesmo o que se julga na nossa vida para sempre. E isso dói. Mata por dentro.

Para terminar, quero agradecer publicamente à Sofia do blogue Às Nove pelas sábias palavras publicadas há uns tempos. Dizem tudo. Num resumo apertadinho está tudo na frase: "se ficares atento aos sinais, a vida vai-te mostrando: quem sim, quem não e quem nunca". Não há verdade mais pura do que esta: "se ficares atento aos sinais, a vida vai-te mostrando: quem sim, quem não e quem nunca".


{por muito que, às vezes, custe aceitar...}
«o bem mais sincero que algumas pessoas te podem fazer, é sair da tua vida.»
| matheus jacob |
# e-a-vida-devolve-em-dobro

domingo, 1 de novembro de 2015

Da solidão domingueira...

Publicado por Desnorteada às 11:20 da manhã 3 comentários

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Em loop, por favor...

Publicado por Desnorteada às 10:32 da manhã 0 comentários
"I used to recognize myself
It's funny how reflections change
When we're becoming something else
I think it's time to walk away"

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Sei tão bem o que quero...

Publicado por Desnorteada às 5:04 da tarde 0 comentários

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Do coração com amor. #9

Publicado por Desnorteada às 1:39 da manhã 4 comentários

Eu acho que preciso de me apaixonar. Verdadeira e intensamente. Para quê? Para perceber o amor. Porque do alto dos meus 35 anos eu não sei o que é o Amor. Desconheço. Amor não pode ser ficar no vazio. Amor não é, com certeza, o desespero de querer e não ter. Amor não pode ser ficar a noite em claro e acordar como se tivéssemos sido atropelados. Amor não é lutar e ter que desistir para não fazer figura de otária. O que será o Amor? Eu não sei o que é o Amor. Esse sentimento que nos molda e nos faz ser outros. Não sei. Mesmo. E também não sei se quero saber. Para quê? Para deixarmos de ser aquilo que sempre fomos? Para pormos de lado aquilo em que acreditamos e passarmos a agir como a pessoa que está ao nosso lado? Não. Eu talvez não queira conhecer o Amor. Não quero deixar de ser eu. Assim não faz sentido. O que será o Amor? Uma força maior que nos eleva para outro lugar? Um antibiótico para o mau estar? Para a solidão? O que será o Amor???? Ninguém é feliz sozinho. Ponto. Ninguém o consegue ser e quem disser o contrário é porque está em processo de negação. E o Amor parece ser a força catalisadora que precisamos para (sobre)viver. O Amor parece ser o motor para uma vida feliz. O Amor parece ser tudo. E nem sequer importa se as pessoas nos sugam, nos fazem deixar de viver, nos fazem desistir dos que sempre estiveram por perto. O Amor parece ser tudo. E eu desconheço-o. Não faço a puta da ideia do que é o Amor... não o percebo... não o tenho na memória... nunca o vivi. O que será o Amor? O que será a merda do Amor??

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Eu e as Covers #34

Publicado por Desnorteada às 2:18 da tarde 0 comentários

terça-feira, 26 de maio de 2015

Shame on me!!

Publicado por Desnorteada às 4:20 da tarde 5 comentários
Esta semana tive saudades do meu tempo de blogger. Vim espreitar a minha própria casa e reparei que a deixei totalmente ao abandono há uns bons meses. Shame on me!! Tenho andado com vontade de escrever... [aliás coisa que nunca deixei de fazer foi escrever], mas escrever e publicar... de deixar respirar as minhas palavras e deixá-las no ponto... como um bom vinho tinto. Porque quando não servido correctamente, podemos arruinar as suas características, não é? E há tanto mais dentro de nós... dentro do que usualmente mostramos... dentro do que dizemos. Eu quero voltar e vou voltar... o quanto antes e com a mesma regularidades dos bons e velhos tempos. Sem medos, sem rodeios e sem hesitações. Até já.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Em loop.

Publicado por Desnorteada às 6:25 da tarde 4 comentários


Não se fala de outra coisa e a expressão que se ouve mais é "está quase". Não, não publico esta música aqui pel'As 50 Sombras de Grey. Só li partes do primeiro livro e não fiquei entusiasmada. Se tenho curiosidade pelo filme? Sim, tenho. Mas acho que vou sair de lá bastante desiludida. Enfim... Quanto à banda sonora, bem, a banda sonora é de outro mundo. Já tinha gostado da versão da Cray Love da Beyoncé, mas este Earned It dos The Weekend é qualquer coisa. É o ritmo, é a voz, é letra. É tudo. Aqui por casa está em loop.

I'mma care for you
I'mma care for you

You make it look like it's magic
Cause I see nobody, nobody
But you
I'm never confused
I'm so used to being used

So I love when you call unexpected
Cause I hate when the moments expected
So I'mma care for you
I'mma care for you, you, you

Cause girl you're perfect
You're always worth it
And you deserve it
The way you work it
'Cause girl you earned it
Girl you earned it

You know our love would be tragic
So you don't pay it, don't pay it
No mind
We live with no lies
You're my favorite kind of night

So I love when you call unexpected
Cause I hate when the moments expected
So Ima care for you
Ima care for you, you, you

Cause girl your perfect
You're always worth it
And you deserve it
The way you work it
Cause girl you earned it
Girl you earned it

On that lonely night
We said It wouldn't be love
But we felt the rush
It made us believe
It was only us
Convinced we were
Broken inside, Inside

Cause girl your perfect
You're always worth it
And you deserve it
The way you work it
Cause girl you earned it
Girl you earned it

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

2015.

Publicado por Desnorteada às 5:57 da tarde 2 comentários

Não sou muito de traçar planos para o ano novo, mas sou muito de me propor a fazer determinadas coisas. [sim, parece a mesma coisa, mas não é!] 2014 não foi muito simpático para mim, sobretudo no campo profissional. Quero acreditar, por isso, que 2015 me trará 365 dias cheios de coisas boas para recordar. Não costumo perder muito tempo à volta das resoluções de ano novo, mas a verdade é que a última semana do ano é sempre de reflexão e lá pelo meio, nesta espécie de balanço anual, surge um desejo ou outro. 2014 foi um ano em que vivi para os outros e esqueci-me, por isso, muitas vezes de mim e das minhas coisas. Na realidade, se olhar para trás, hoje estou exactamente igual ao que era no dia 31 de Dezembro de 2013. Engraçado como o tempo nos trai e nos mostra ao mesmo tempo que nós somos donos da nossa vida e somos nós que a fazemos. O melhor de 2014, arrisco dizer, foram as pessoas - as que nunca se foram embora e as que só chegaram este ano; o pior?! o pior foi a sensação de correr muito mas não sair do mesmo lugar. Tenho fé em 2015. Dou-me bem nos anos que terminam em 5. Vamos ver se este é mais um dos que deixam saudades... eu gostava muito que fosse.

[A todos os que aqui vêm, desejo um super ano novo. Que o 2015 nos encha o coração de mimo e nos traga muita, muita saúde. O resto arranja-se!]

domingo, 21 de dezembro de 2014

É quase Natal!

Publicado por Desnorteada às 11:11 da tarde 0 comentários


Para mim a melhor música de Natal | versão de sempre.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Do coração com amor. #8

Publicado por Desnorteada às 9:08 da tarde 4 comentários


Estou a ficar um bocado cansada deste jogo do gato e do rato. Como sabes, o meu coração está gasto e as batidas já não me enchem o peito. Pum-pum, pum-pum, pum-pum... bate num ritmo completamente controlado e sem alvoroço. Só quando estamos juntos sinto que ainda posso voltar à montanha russa sem medos. Bem sei que não faço o teu género, nem sou a mulher com que sonhas todos os dias, mas se tu quisesses eu podia partilhar todos os meus sonhos contigo. Também sei que não sou a mulher mais bonita do universo, mas se tu me quisesses, deixaria a tua vida cheia de amor. Disso não podes sequer duvidar. Estou longe de ser perfeita e sei que as discussões poderiam existir, que eu poderia ficar roidinha de ciúmes e que tenho picos de humor e que sou teimosa e orgulhosa. Eu sei disto tudo, mas também sei que tu poderias lidar com o meu pior e que serias a única pessoa no mundo a quem eu prestaria atenção e estaria disposta a ouvir. Por que não me vês? Por que não me consideras? Eu prometo-te que se quisesses o meu coração ele seria teu para o resto da vida. Jamais desvalorizaria o teu amor. Por que não me vês? Bastava que tu quisesses e eu estaria aqui para sempre, disposta a segurar-te a mão nos bons e nos maus momentos, permitindo que este laço [ainda solto] nos unisse e crescesse todos os dias um pouco mais, com o coração sem espaço dentro do meu peito, por bater desenfreada e apaixonadamente. Será que posso sonhar contigo? Será que posso atrever-me a aproximar de ti? Será que algum dia vais olhar para mim? Será que vou ter permissão para pedir-te que fiques comigo e fazer-te prometer que nunca me vais deixar sozinha? Será? Vou ser sincera contigo: eu tenho o meu coração todo colado... e em cada um dos pedacinhos está uma mazela que teima em fazer-se sentir. Se realmente me visses e estivesses disposto a apostar em mim terias de ter cuidado para nada se partir de novo. Não seria fácil. Eu sei. E acho que tu também sabes. Estás à espera há muito tempo de um cicatrizante eficaz para as tuas feridas e eu própria não sei se seria capaz de interpretar esse papel tão importante. Acredita: eu tenho medo de amar-te e, principalmente, de deixar que me ames. Conheço demasiado bem o meu coração para permitir tal risco. Por que é que não me mostras que estou errada? Por que é que tivemos que entrar na vida um do outro nestas condições? Eu sei que tens tudo para ser a metade certa, mas preciso de um sinal. Dá-me um sinal. Pequenino. Só um. Dá-me um sinal... eu estou à tua espera há uma vida inteira.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Eu e as Covers #33

Publicado por Desnorteada às 10:18 da tarde 0 comentários

domingo, 23 de novembro de 2014

Dos laços que criamos.

Publicado por Desnorteada às 12:30 da manhã 7 comentários
Quando olho para trás percebo facilmente que o problema do final das relações é que o sentimento parece que não acaba na mesma medida. Pelo contrário, parece que ainda está mais forte, por se ter multiplicado e crescido no nosso peito numa combinação maquiavelicamente perfeita entre o amor e a raiva. O problema está sempre no elemento que fica a perder [e há sempre um elemento que fica a perder] e que vai sofrer mais e que vai moer e remoer por muito tempo. O ideal seria que tudo fosse acabando ao mesmo tempo para os dois lados e não até que se esgote por inteiro para ambos por descrença, por desconfiança, por medo.

Esta coisa de amar, de querermos ser UM aos pares deixa demasiadas mazelas no nosso pobre coração e a sorte é mesmo não morrermos de amor. Pelo menos não pelo rasgar de um qualquer laço. Todos nós já suportámos a dor de um final de uma relação e, mais cedo ou mais tarde, deixamos de usar as lentes cor-de-rosa e acabamos por perceber que aquele fim que quase nos matou afinal foi o melhor que nos podia ter acontecido. Apesar de tudo isto ser feito em diferentes estágios, em que no início nada faz sentido, em que depois nos penitenciamos por todas as falhas cometidas e em que mais tarde acreditamos que a nossa felicidade está naquela pessoa que nos deixou, nós sabemos que havemos de ultrapassar e voltar a viver tudo de novo... outra vez... e outra... e outra...

Tem de haver muita vida e muito mais amor neste mundo. Não será fácil e o medo – essa palavra tantas vezes repetida – instalar-se-á comodamente, tanto, tanto, que dificultará quaisquer laços que possam surgir, como se o organismo se recusasse a ser feliz, a fazer as coisas bem, a querer deixar para trás algo que nos faz mal. E, muitas vezes, este é um processo lento [demasiado lento] e nem sempre bem sucedido. É um caminho cheio de buracos e armadilhas, de incertezas e dúvidas, que fazem de nós seres perdidos que acabam por ferir quem está à volta. Não adianta dizermos que não queremos magoar porque, por vezes, as palavras e as acções são tão despreocupadas que nem temos noção do que realmente estamos a fazer. E isso acontece com toda a gente. Não sou eu, nem tu, é toda a gente assim.

Da minha parte, eu garanto que desejo encontrar-te no meio deste percurso e esta estranha necessidade de ser tua sem o ser está a dar comigo em doida. Sabes que quero fugir, não sabes? Fugir de ti, deste sentimento que tem crescido, do que me fizeste sentir quando [talvez sem quereres] me reduziste a muito pouco. Senti-me tão desinteressante, tão desprovida de carinho, tão ridiculamente magoada. Este laço que estamos a criar está longe de ser perfeito e talvez seja isto que me faz querer agarrar-te e ter-te por perto. Mas, este laço, do qual começo seriamente a ter medo, faz-me querer também proteger-me de ti, lançar todos os anticorpos contra este sentimento que se está a apoderar do meu sono. A verdade? A verdade é que tenho medo de precisar de ti mais do que tu precisas de mim.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Chuva no Mar

Publicado por Desnorteada às 12:34 da tarde 0 comentários


Coisas transformam-se em mim,
É como chuva no mar,
Se desmancha assim em
Ondas a me atravessar,
Um corpo sopro no ar
Com um nome p’ra chamar,
É só alguém batizar,
Nome p’ra chamar de
Nuvem, vidraça, varal,
Asa, desejo, quintal,
O horizonte lá longe,
Tudo o que o olho alcançar
E o que ninguém escutar,
Te invade sem parar,
Te transforma sem ninguém notar,
Frases, vozes, cores,
Ondas, frequências, sinais,
O mundo é grande demais.
Coisas transformam-se em mim,
Por todo o mundo é assim.
Isso nunca vai ter fim.

sábado, 8 de novembro de 2014

Do coração com amor. #7

Publicado por Desnorteada às 10:45 da tarde 4 comentários
Às vezes só precisava que me quisesses dar a mão... que quisesses emprestar-me o teu colo e cuidar de mim. Apetecia-me que eu servisse para te poder ajudar, que eu fosse suficiente para te pôr a sorrir e que bastasse para estares de bem com a vida. Às vezes gostava que me visses... com olhos de ver... que não olhasses, apenas, mas que me visses, microscopicamente, sem segredos e com todos os meus defeitos visíveis. Eu estou aqui, mas tu não me vês ou não queres ver... sou assim como me dou a ti em cada palavra que digo, em cada sorriso que partilhamos, em cada momento em que estamos juntos. Eu sei... tu estás cheio de coisas para arrumar [e eu também] e o tempo corre... os dias avançam e eu não sei o que sinto, o que devo fazer, como devo fazer... que raio é isto? Que raio é isto que me devora todos os dias, cada vez mais, a uma velocidade galopante? Às vezes sonho com o teu abraço, com o teu carinho, com o teu toque... e percebo que és um perigo... que se um dia os nossos lábios se cruzam os nossos corpos podem entrar em combustão como consequência de um calor gerado por duas almas em processo de regeneração. Às vezes acho que devo esperar por ti... investir em ti... confiar em mim e acreditar em nós... Outras vezes não!

domingo, 2 de novembro de 2014

Eu e as Covers #32

Publicado por Desnorteada às 3:01 da tarde 0 comentários

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Gosto. Muito.

Publicado por Desnorteada às 4:21 da tarde 0 comentários

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Do coração com amor. #6

Publicado por Desnorteada às 10:56 da tarde 4 comentários


Dou voltas. Dou tantas voltas. Voltas à memória, à alma, ao coração. Tantas e tantas voltas... Como se pode deixar de pensar no que já se viveu quando é isso que faz de cada um de nós o que somos hoje? Não há nada a fazer: o passado determina o presente. O que vivemos diz-nos, todos os dias, o que não devemos fazer e o que não devemos querer para nós. O que mais me custa é perceber que nunca fui suficientemente importante para ti. Aliás, nem para ti nem para ninguém. Não fui. Ponto. E esta merda mói. Esta triste realidade corrói-me da cabeça aos pés. Faz-me ter medo. Faz-me tremer. Faz-me querer e não querer, avançar e recuar, saber e não saber. Às vezes meia hora chega, outras nem meia dúzia de anos conseguirão apagar. Tenho saudades de te ter para falar, da atenção que me davas, do tempo que investias em mim. Não são saudades de ti nem do que éramos, mas saudades de ter ali alguma coisa. Saudades de saber a quem ligar, a quem mandar um beijo, a quem desejar sonhos doces e felizes. [Lembra-te-ás disto?!] Hoje é o vazio, amanhã não sei. Apetecia-me que o sol bastasse. Que cada raio de sol me aquecesse por dentro e me mostrasse que nem tudo é mau, que nem tudo está perdido e que o amanhã ainda apetece.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Do coração com amor. #5

Publicado por Desnorteada às 2:51 da tarde 4 comentários

Estou dorida. Sim, essa é a palavra. Não é de todo a mais bonita do nosso dicionário, mas descreve na perfeição o que sinto e como me sinto. Partiu, colou-se. Caiu, levantou-se. Esqueceu, relembrou-se. Putas das memórias que não me largam e me enchem o peito de um dissabor que quer ficar para sempre. O que fazer? Como resistir-te? Como expulsar estas estranhas sensações do corpo e da alma? Não há nada como adormecer e acordar com alguém no pensamento, eu sei, e que saudades tenho de ter isso só para mim. Não gosto disto. De ti e de nós. Não quero isto. Não te quero e tenho medo de não conseguir não te querer. Ao mesmo tempo, há uma vontade enorme em mim em te conhecer, em descobrir cada canto teu e em entrar no teu silêncio sem incomodar. Conseguir estar e permanecer em ti mesmo quando já não estamos juntos. Se fosses diferente, [ai se tu fosses diferente!], acreditava que o teu sorriso doce me poderia salvar, que as tuas palavras seriam suficientes e que 1+1 podia, de facto, ser 1. Se fosses diferente, [ai se tu fosses diferente!], podíamos desafiar-nos a entrar no jogo, sem medo e com toda a convicção. Mas eu estou dorida. Não sei o que fazer e o medo que sinto atrapalha-me até o raciocínio. Não consigo ser pela metade e por inteiro, agora, é (im)possível. Não dá para disfarçar. Não sei ser de outra forma. Desculpa.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Das "não histórias"...

Publicado por Desnorteada às 1:23 da manhã 2 comentários
Podia escrever sobre o que é viver o vazio. Sou perita nisso. Um nada que começa com tudo e se revela oco, surdo e mudo com o tempo. Não estou a falar de memórias que não ficam ou de estórias não vividas, estou a destacar as "não histórias". E o que são "não histórias"? São todos aqueles momentos que pensamos ter vivido, mas que na realidade nunca aconteceram. [Verdade, isto existe mesmo!] Na verdade acho que podia especializar-me nas "não histórias". Porquê? Porque quando olho para trás, é tudo o que tenho… e sei, hoje, que é por isso que sou tão diferente dos que me rodeiam… até daqueles que achava serem iguais a mim. As "não histórias" colocam os protagonistas num cenário próprio, sem que mais ninguém saiba, testemunhe ou conheça, e onde tudo se resume, no final, a um mal-entendido.  [Não estou a falar de mentiras, não… estou a falar de interpretações] As "não histórias" criam laços, definem momentos, produzem diálogos inesquecíveis, reforçam-nos a alma e o coração com sonhos, emoções e lamechices que queremos prolongar pela vida inteira e pensamos serem inesgotáveis. Nas "não histórias", o amor flui como se existisse, a amizade faz parte de nós como se nunca acabasse e a paixão deixa-nos cegos como se não víssemos nada para além de dois corpos cúmplices e duas pessoas que se gostam. Gostam sim… não se amam. Porque o amar não subsiste nas "não histórias". As "não histórias" são na realidade histórias com uma pequena grande diferença: as "não histórias" deixam-nos no patamar do "E se!?" e carregam-nos o peito de mágoa, de dúvidas, de raiva e de desilusão, principalmente, desilusão; as histórias fazem-nos seguir caminho, fazem-nos acreditar de novo, fazem-nos guardar tudo o que é bom e esquecer o que não é necessário para um futuro melhor. Como ser feliz depois de tantas "não histórias"? Como aceitá-las e devolver a crença ao nosso coração? Como deixá-las de lado e aceitar que as histórias é que existem para ficarem dentro de nós? Como? Como é que se volta a querer tentar? Não tenho respostas… E nem sei se as quero ter...

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Tenho visto que sim. #15

Publicado por Desnorteada às 4:19 da tarde 2 comentários

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Do coração com amor. #4

Publicado por Desnorteada às 9:28 da tarde 2 comentários


Está tudo aqui. Ponto.

[Sim, hoje deu-me para isto e já chorei baba e ranho com esta música. Não faz muito o meu género, é verdade, mas ouvi-a no carro e tive de parar. Não via nada à minha frente. Comecei um choro compulsivo, sufocado, como se já estivesse ali há muito, com vontade de sair. Há músicas assim.]

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Tenho visto que sim. #14

Publicado por Desnorteada às 5:24 da tarde 2 comentários

Uns sobrevivem, outros não.

domingo, 14 de setembro de 2014

Do coração com amor… #3

Publicado por Desnorteada às 12:09 da tarde 6 comentários

Depois de Ti tornei-me outra pessoa. Esta não sou eu. Não me sinto eu. Estou tão diferente, tão distante, tão alienada de tudo, tão vazia de emoções, que não me reconheço. E tenho medo das proporções que esta nova eu pode tomar...

A verdade? A verdade é que a mágoa, a desilusão, a frustração de não ter conseguido fazer-te… [que é que isso importa?]… fizeram com que eu entrasse em coma por dentro. Num estado dormente que me faz andar anestesiada e em que a dor já não se faz sentir. Está lá, mas é quase como se fizesse parte de mim. Como se fosse física e não emocional. Como se fosse só mais um órgão no meu corpo… 

E quando algo devia [deve] mexer comigo, nada acontece. Aprendi a diminuir cada um dos problemas que me aparecem. Meus e dos outros. Tudo passa. Com tempo. Com os dias, os meses, os anos. A bagagem, essa, fica mais pesada e apercebo-me, todos os dias, que não há nada que possa fazer quando tudo está nas mãos de outros. Caramba, que doce nada este que me faz sobreviver dia após dia!

Não é fácil. Nunca será. Mas se a vida nunca me sorriu a dois, por que é que não a posso viver de forma intensa como se fosse?! Ultimamente, sinto-me uma felizarda pela família que tenho, pelos amigos que estão presentes [mesmo os que estão a quilómetros de distância], pelo que sou capaz de fazer apenas eu e eu com eles. Como alguém me disse há pouco tempo: "já estou habituada!". Ha-bi-tu-a-da. Como é que é possível criar um hábito à volta de uma vida sem amor? A resposta é simples: desconhecimento. É mesmo isso: um total desconhecimento sobre o que é ser amada, desejada, cuidada, etc, etc, etc...

Às vezes, ainda sonho que será possível. Que um dia vou encontrar alguém que queira estar comigo, que goste da minha voz, que faça de tudo só por um minuto do meu dia, que não se importe se resmungo, que se ria das minhas parvoíces, que ature o meu feitio especial, que ignore a minha falta de jeito com as pessoas, que esteja disposto a derreter o gelo que Tu deixaste em mim e que saiba carregar comigo toda a bagagem que tenho para transportar todos os dias…. Que me leve ao cinema, à bola [de preferência ao Dragão, claro!], a jantar, a lanchar, a tomar o pequeno-almoço, que me encha a caixa de mensagens com futilidades e lamechices, que cante e dance comigo, que me abrace, que me faça chorar e rir ao mesmo tempo, que me encha de mimo... Às vezes, ainda sonho que será possível… que um dia vou ser capaz de fazer com que alguém olhe para mim e me veja, genuinamente, sem segundas intenções. E queira ficar… permanecer em mim e inundar de tal forma o meu coração de amor que o maior desejo de todos será apenas um beijo ao final do dia.

domingo, 17 de agosto de 2014

Eu e as Covers #31

Publicado por Desnorteada às 10:21 da manhã 0 comentários


Bem, o que dizer!? É a música. É a mulher. É o momento. Vi-a em Frankfurt em 2012 e ainda me arrepio sempre que penso nessa experiência. Sim, experiência… porque ver Tori Amos ao vivo não é simplesmente um concerto.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Eu e as Covers #30

Publicado por Desnorteada às 1:57 da tarde 2 comentários


Esta tinha mesmo de partilhar. Pela versão, por ser uma das músicas da minha vida, mas, sobretudo, pela voz deste miúdo. Isto sim é a VOZ de Portugal.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Eu e as Covers #29

Publicado por Desnorteada às 11:49 da manhã 0 comentários

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Da dieta...

Publicado por Desnorteada às 1:51 da tarde 3 comentários

Desde que estou de dieta que uma das minhas melhores aliadas é a gelatina. A sério. Passou até a ser uma das minhas sobremesas preferidas. Até agora, devorava as de melancia, este ano, a Royal lançou um novo sabor e eu estou fã... É verdade que eu adoro o sabor do limão, mas esta gelatina é qualquer coisa de especial. Existe em formato standard em pó e no formato pronto-a-comer 10Kcal que dá para eu trazer para o trabalho e tudo. A-do-ro! Parece que estou a comer um gelado de limão e é delicioso!! No Verão passado passei-me com o Corneto de Limão da Olá e este ano é isto… gelatina de limão, gelatina de limão, gelatina de limão, gelatina de limão… Provem… acreditem que vão gostar. ;)

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Eu e as Covers #28

Publicado por Desnorteada às 2:44 da tarde 0 comentários

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Tenho visto que sim. #13

Publicado por Desnorteada às 5:21 da tarde 2 comentários

 

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