"Look I know I can help you have an orgasm, and maybe you can help me like have a real human interaction with someone, you know."
quarta-feira, julho 28, 2010
Inception
"See dreams, they feel real while we're in them right? Its only when we wake up then we realize that something was actually strange!"
quarta-feira, julho 21, 2010
Páginas cheias
Haja filmes assim. Filmes que nos fazem pensar e que não nos tratam como meros devoradores de pipocas e sorvedores de colas e afins. Filmes que nos trazem grandes interpretações, uma grande história e que nos deixam até ao genérico final com a incerteza do desenlace. Filmes em que todas as cenas estão lá porque têm de estar e que servem o único propósito de nos deixar a questionar sobre o que é ficção e o que é realidade sobre o que acabámos de ver. Haja filmes assim.
a mecânica da ficção
"Lemos ficção porque ela nos dá prazer, nos comove, etc. - porque a ficção é uma coisa viva e nós estamos vivos. É divertido observar os esforços atabalhoados e circulares da biologia evolucionária para responder à questão «porque é que o ser humano perde tanto tempo a ler ficção quando do acto não resulta nenhum óbvio benefício evolutivo?». As respostas tendem a ser utilitárias - lemos para conhecer melhor os outros, o que tem uma utilidade darwiniana - ou circular: lemos porque a ficção activa alguns «centros de prazer»."
James Wood
quinta-feira, julho 15, 2010
Intermission
Quando o silêncio que nos envolve na noite escura e quente apenas é quebrado pelo contacto dos dedos com as teclas de um piano escuro e quente, o que mais podemos fazer senão respirar, fechar os olhos e deixarmo-nos levar para sonhos reconfortantes que nos afastem dos verdadeiros pesadelos que nos ocorrem na espuma dos dias... Haja noites assim...
segunda-feira, julho 12, 2010
On hopes, dreams and a couple of nightmares...
"The story is, of course, far from finished. But we know we will get no more of it from this source and, discomforted, we take our leave. The mists are rising, and it is time to be getting back. We come in in the middle, watch for a time, leave before the lights go up. If there are no beginnings, then there can be no endings. We are alone in the darkness. Every answer prompts another question, and things are happening all the time. That's all you need to know for the time being. Trust me. «The story so far.» Maybe it's all we can ever hope for..."
Neil Gaiman
(Mantra.)
sexta-feira, julho 09, 2010
Memória
"há dias assim
dias d'alma vaga
tão perto de Deus
tão longe de mim"
Lembrei-me. Uma mesa de café a meio da manhã. Sentado, à espera do meu pai. Acho que estávamos a meio do Verão, altura de férias grandes. Altura de me sentar ao lado do meu pai enquanto ele conduzia por ruas e becos, entrando em cafés e restaurantes. E agora estava ali, numa mesa de café, à espera enquanto ele conversava com alguém do outro lado do balcão. E olhava para as outras pessoas sentadas, umas a lerem o jornal, outras a tomarem ainda o pequeno-almoço, olhando pela janela na ânsia de verem o seu comboio a entrar na estação, do outro lado da rua. E então ouvi a tua voz, "uma bica e um pastel de nata". E ao ouvir a tua voz, olhei para ti e reconheci-te. Parecias tão igual às imagens na televisão, mas ao mesmo tempo tão diferente. Talvez fossem os teus olhos, mais pensativos, mais profundos, enquanto folheavas o jornal e bebias o teu café. Sim, os teus olhos eram diferentes, mas tudo em ti era igual às imagens da televisão. Faltava apenas a banda à tua volta e o microfone à tua frente. Era apenas assim que te conseguia imaginar, tu, a banda, o microfone e as músicas que anos e anos mais tarde ainda ouviria, com o mesmo sorriso com que olhei para ti naquele café. Se o viste ou não, não sei. Apenas sei que aquela manhã ficou gravada em mim, e lembro-me de procurar, de cada vez que tornavas a aparecer na televisão, lembro-me de sempre procurar os teus olhos, se continuavam a ser pensativos, profundos, enquanto te deixavas arrebatar pela música e pelas palavras.
dias d'alma vaga
tão perto de Deus
tão longe de mim"
Lembrei-me. Uma mesa de café a meio da manhã. Sentado, à espera do meu pai. Acho que estávamos a meio do Verão, altura de férias grandes. Altura de me sentar ao lado do meu pai enquanto ele conduzia por ruas e becos, entrando em cafés e restaurantes. E agora estava ali, numa mesa de café, à espera enquanto ele conversava com alguém do outro lado do balcão. E olhava para as outras pessoas sentadas, umas a lerem o jornal, outras a tomarem ainda o pequeno-almoço, olhando pela janela na ânsia de verem o seu comboio a entrar na estação, do outro lado da rua. E então ouvi a tua voz, "uma bica e um pastel de nata". E ao ouvir a tua voz, olhei para ti e reconheci-te. Parecias tão igual às imagens na televisão, mas ao mesmo tempo tão diferente. Talvez fossem os teus olhos, mais pensativos, mais profundos, enquanto folheavas o jornal e bebias o teu café. Sim, os teus olhos eram diferentes, mas tudo em ti era igual às imagens da televisão. Faltava apenas a banda à tua volta e o microfone à tua frente. Era apenas assim que te conseguia imaginar, tu, a banda, o microfone e as músicas que anos e anos mais tarde ainda ouviria, com o mesmo sorriso com que olhei para ti naquele café. Se o viste ou não, não sei. Apenas sei que aquela manhã ficou gravada em mim, e lembro-me de procurar, de cada vez que tornavas a aparecer na televisão, lembro-me de sempre procurar os teus olhos, se continuavam a ser pensativos, profundos, enquanto te deixavas arrebatar pela música e pelas palavras.
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