sábado, 26 de dezembro de 2009
Patch Adams/ O amor é contagioso
Parece piada mas não é! Tentar ser palhaço e acabar como Médico-Palhaço ou seria um Palhaço-Médico (que diferença... se o objetivo maior é a cura) por pura opção, não é para qualquer um. Aquele sorriso envolvente, aquele nariz de palhaço... conseguir abrir o livro já é vencer o primeiro desafio. Fechar o livro sem terminar a leitura, o maior deles. Também, com tantas dicas, um verdadeiro guia prático para a vida (especialmente para aqueles que detestam livros de auto-ajuda). O livro diz o que já sabemos: que cada dia é especial...nem que seja presenteando minhocas aos amigos. Se soubesse antes... Tenho um amigo que ganhou um CD gravado caseiramente, talvez por isto tenha ficado curado logo... antes que retornassem mais visitas. Relaxa! Até entender como executar esta façanha (das minhocas presenteadas)... já estará curado. O importante é pensar diferente. Garantia do livro: ser extravagante é ser saudável! Use e abuse da extravagância. Hum... não foi tão traumatizante assim...
Patch Adams : o amor é contagioso / ilustração de Jerry Van Amerongen; tradução Fabiana Colasanti. - Rio de Janeiro : Sextante,1999.
Foto digital: Lígia Guedes
recordando:
caricaturas e desenhos humorísticos,
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visitação a pacientes
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Malba Tahan/O Homem que Calculava
Contar rebanhos por necessidade, criar habilidade e para distrair-se na passagem do tempo, contemplar a natureza e quem sabe 'contar estrelas', pássaros, em bando, voando, pelo céu afora... Pura diversão! Quem já não o fez? Quando tal talento é observado com admiração, entretanto, por tantos que não poderiam no tempo histórico ter a noção do que seria uma máquina de calcular um dia, pode gerar um bom meio de ganhar a vida. Se tal tarefa fosse realizada pelo mais hábil contador de histórias... Unir a ciência à arte de contar histórias não é tarefa fácil. O nobre escritor Júlio César de Melo e Souza, ou melhor, 'Malba Tahan' o fez com encanto elevado.
"Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa todo entendimento".
Esta frase de "Clarice Lispector" parece mesmo uma homenagem ao grande escritor brasileiro que tinha no simples personagem-heterônimo Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank MALBA TAHAN a vivacidade e a leveza do viver, tão necessária ao mundo, de cá, de lá, ou de que ponto se observe.
O Homem que Calculava/Malba Tahan - 65a. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2004.
Foto digital: Carla Guedes
sábado, 12 de dezembro de 2009
Sidarta/Hermann Hesse
"Olhou o mundo a seu redor, como se o enxergasse pela primeira vez. Belo era o mundo! Era variado, era surpreendente e enigmático! Lá, o azul; acolá, o amarelo! O céu a flutuar e o rio a correr, o mato a eriçar-se e a serra também! Tudo lindo, tudo misterioso e mágico! E no centro de tudo isso achava-se ele, Sidarta, a caminho de si próprio. Todas essas coisas, esses azuis, amarelos, rios, matos, penetravam nele pela primeira vez, através de seus olhos."
"A cada passo da sua jornada, Sidarta aprendia coisas que antes desconhecera. O mundo parecia-lhe diferente. Seu coração batia como que enfeitiçado. E ele mirava o sol, sempre que este se levantava acima das montanhas cobertas de florestas ou se punha atrás da longínqua praia orlada de palmeiras. Contemplava a ordem dos astros no firmamento noturno e o crescente da lua, a singrar, feito barco, pelo espaço azul. Olhava árvores, estrelas, animais, nuvens, arco-íris, rochedos, ervas, flores, arroios e rios. Percebia o orvalho da madrugada, a cintilar nos galhos dos arbustos, e também o gris esmaecido de serras distantes. Cantavam os pássaros, zumbiam as abelhas. Nos arrozais ressoava o argentino zunir da aragem. Tudo aquilo, esse sem-número de formas e cores, existiam sempre. Em todos os tempos houvera o murmúrio de regatos e o zumbir de abelhas, mas outrora esses fenômenos tinham-se aligurado a Sidarta como um véu falaz, passageiro, estendido diante de seus olhos e que apenas merecesse desconfiança; um véu cujo destino fosse ser penetrado e destruído pelo pensamento, já que nada disso era essencial e a realidade se encontrava além dos objetos visíveis. Agora, porém, seu olhar libertado atinha-se a este lado das coisas, acolhendo e identificando o que se lhe deparava. Procurava radicar-se neste mundo. Já não ia em busca do essencial. Já não visava o além. Como era belo o mundo, para quem o olhasse assim, ingenuamente, simplesmente, sem nada procurar nele!"
"Sidarta caminhava pela floresta, já muito longe da cidade. Tinha certeza de uma única coisa: que nunca mais poderia voltar atrás, que essa vida que levara por longos anos pertencia ao passado, definitivamente, que a saboreara, chupando até a última gota, até enjoar."
Sidarta / Hermann Hesse; tradução Herbert Caro, prefácio de Luiz Carlos Maciel. - 51a. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2009.
Imagem: RJ - Brasil (Lígia)
"A cada passo da sua jornada, Sidarta aprendia coisas que antes desconhecera. O mundo parecia-lhe diferente. Seu coração batia como que enfeitiçado. E ele mirava o sol, sempre que este se levantava acima das montanhas cobertas de florestas ou se punha atrás da longínqua praia orlada de palmeiras. Contemplava a ordem dos astros no firmamento noturno e o crescente da lua, a singrar, feito barco, pelo espaço azul. Olhava árvores, estrelas, animais, nuvens, arco-íris, rochedos, ervas, flores, arroios e rios. Percebia o orvalho da madrugada, a cintilar nos galhos dos arbustos, e também o gris esmaecido de serras distantes. Cantavam os pássaros, zumbiam as abelhas. Nos arrozais ressoava o argentino zunir da aragem. Tudo aquilo, esse sem-número de formas e cores, existiam sempre. Em todos os tempos houvera o murmúrio de regatos e o zumbir de abelhas, mas outrora esses fenômenos tinham-se aligurado a Sidarta como um véu falaz, passageiro, estendido diante de seus olhos e que apenas merecesse desconfiança; um véu cujo destino fosse ser penetrado e destruído pelo pensamento, já que nada disso era essencial e a realidade se encontrava além dos objetos visíveis. Agora, porém, seu olhar libertado atinha-se a este lado das coisas, acolhendo e identificando o que se lhe deparava. Procurava radicar-se neste mundo. Já não ia em busca do essencial. Já não visava o além. Como era belo o mundo, para quem o olhasse assim, ingenuamente, simplesmente, sem nada procurar nele!"
"Sidarta caminhava pela floresta, já muito longe da cidade. Tinha certeza de uma única coisa: que nunca mais poderia voltar atrás, que essa vida que levara por longos anos pertencia ao passado, definitivamente, que a saboreara, chupando até a última gota, até enjoar."
Sidarta / Hermann Hesse; tradução Herbert Caro, prefácio de Luiz Carlos Maciel. - 51a. ed. - Rio de Janeiro: Record, 2009.
Imagem: RJ - Brasil (Lígia)
domingo, 6 de dezembro de 2009
Sonda-me, usa-me
"Sonda-me, Senhor, e me conhece
Quebranta o meu coração
Transforma-me conforme a Tua palavra
E enche-me até que em mim se ache só a Ti
Então, usa-me, Senhor
Usa-me
Como um farol que brilha à noite
Como ponte sobre as águas
Como abrigo no deserto
Como flecha que acerta o alvo
Eu quero ser usado da maneira que te agrade
Em qualquer hora e em qualquer lugar
Eis aqui a minha vida
Usa-me, Senhor
Usa-me."
(Aline Barros / Edson Feitosa /Ana Feitosa)
Óleo sobre tela: 1. esboço - Lígia Guedes
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