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quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Comunicado conjunto com a ACISBM


Na "continuação" do comunicado da Associação de Comércio Indústria e Serviços do Barreiro e Moita,
publicado, entre outros, pelo Rostos on line, referido, entre outros assuntos, na minha postagem Partidos, batráquios, lebres, Barreiro Velho, Mercado de Levante e Mark Twain..., convido-vos a ler o comunicado que a referida Associação emitiu conjuntamente comigo:



Fica, assim, completamente esclarecido o "caso", devendo eu realçar a pronta disponibilidade da Direcção da Associação para rectificar uma posição que, sem o pretender, fazia um juízo de valor injusto para a iniciativa que apresentei, venho defendendo e, naturalmente, será levada à prática, com a participação de todos os interessados, entre os quais não pode deixar de ter um um papel relevante a Associação representativa duma parte muito significativa dos agentes económicos do concelho.

E viva o Barreiro!



quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Apoios e Contributos (9) – Mário Durval

O Mário Durval é médico e, nessa qualidade, é o delegado de Saúde do Barreiro. Sendo um reconhecido especialista em Saúde Pública é o Presidente da Assembleia Geral da Associação Nacional dos Médicos dessa Especialidade.

É, igualmente, um membro destacado do Bloco de Esquerda, fazendo parte da direcção deste Partido no Barreiro, tendo sido Candidato a Presidente da Câmara Municipal nas últimas Eleições Autárquicas.

Desde que chegou ao Barreiro, terra que adoptou como sua, tem sido um interventor activo nos mais diversos aspectos da vida deste Concelho.

Resolveu agora, identificando-se com as "suas vestes" de protagonista político, publicar, na edição do passado dia 24 de Outubro do "Notícias do Barreiro", o artigo de opinião abaixo reproduzido.

No último período do mesmo, pronuncia-se sobre o Projecto "Mercado de Rua Marquês de Pombal" dando-lhe um enquadramento que coincide com o que eu defendo.

Clique na imagem para ampliar

Naturalmente, agradeço ao Mário Durval o seu apoio.


quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Apoios e Contributos (8) – António Sousa Pereira



O António Sousa Pereira é, desde que o conheço, já lá vão 30 anos, um cidadão sempre empenhado num conjunto de causas pelas quais dá a cara. A sua "hiperactividade" e as suas especiais características de personalidade fazem com que provoque ódios doentios a algumas pessoas.

Volta e meia, o seu "feitiozinho assacanado" e as "provocações" que gosta de fazer, causam mossas. Eu próprio já "sofri" na pele algumas consequências disso, a última delas bem recentemente…

Todavia, isso não me interessa. Muitas vezes tenho discordado dele e muitas outras concordado. Muitas vezes acho piada às coisas dele e outras nem tanto...

Mas gosto dele e tenho-o como amigo. Se ele precisar de mim sabe que pode contar comigo. É quanto me basta.

O Sousa Pereira tinha prometido que se referiria detalhadamente ao Projecto “Mercado de Rua Marquês de Pombal” quando achasse oportuno. Fê-lo agora, no "Rostos On line" e no seu Blog "Entre Tejo e Sado".

Pela pertinência do que escreve, permito-me, com a devida vénia, transcrever, na íntegra, essa sua tomada de posição, destacando, a "negrito", algumas partes que me parecem mais relevantes.

Classifico este texto na categoria "Apoios e Contributos", porque se isto não for um apoio é, pelo menos, um contributo muito sério para desfazer ideias desajustadas que, porventura, ainda existam na cabeça de algumas pessoas em relação ao Projecto estruturante que apresentei, tenho vindo a defender e, naturalmente, continuarei a desenvolver até ser concretizado.

De resto, partilho das suas preocupações, registo a sua visão estratégica - que é coincidente com a minha - e dou-lhe as boas vindas à discussão, que pretendo o mais participada possível, do Projecto a que, sendo muitíssimo mais que isso, chamei "Mercado de Rua Marquês de Pombal".

A palavra, então, ao meu amigo António de Jesus Sousa Pereira:


Diz que é uma espécie…
de BLOGUE DE NOTAS do Barreiro


Foi apresentado o novo espaço onde vai ser instalado o novo Mercado de Levante do Barreiro. A voz dos vendedores que lutaram por “manter os seus postos de trabalho” e contra o “encerramento da sua fábrica” deu frutos, provando, na prática, a tese que – “só é derrotado quem desiste de lutar”.

Uma acção política reactiva

Referiu Carlos Humberto, Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, que aquele foi um espaço que chegou a estar sobre a mesa para avaliação.

No entanto, embora, de facto - é verdade - sempre se mantivesse o cenário de abertura e vontade na procura de soluções, uma decisão esteve sobre a mesa – encerrar e ponto final.

A reunião da Assembleia Municipal do Barreiro, promovida pelo Partido Socialista e pelo Bloco de Esquerda, não tendo apresentado soluções, limitou-se a criticar e a criar um espaço de avaliação da situação, permitindo, apenas, dar uma dimensão pública às discussões que aconteciam nos bastidores.

Se valeu alguma coisa foi só por isto. Nem se pode dizer que tenha sido um tiro nas opções da gestão autárquica. Foi uma acção de “agit prop”. Foi uma acção política reactiva, que juntou a voz dos políticos da “oposição” à “luta” que os vendedores estavam a travar em diálogo com a autarquia, que, sublinhe-se sempre afirmou a sua disponibilidade de procurar soluções.

De recordar que o PSD foi o único partido que, quer na Câmara Municipal, quer na Assembleia Municipal, sempre esteve contra a solução de encerramento, e, na verdade, exigiu a procura de soluções e alternativas.

Uma proposta com uma visão estratégica

Na altura referi que aquela reunião da Assembleia Municipal do Barreiro deu como resultado zero e que, aquilo que trouxe de novo foi a proposta de António Caboz Gonçalves, lançando o desafio da criação do Mercado Marquês Pombal, que, como ele próprio referiu, não se colocava como uma alternativa ao Mercado da Verderena.

Agora, pelo facto de ter sido encontrada uma solução ao Mercado de Levante do Barreiro, já se comenta que a proposta de António Caboz Gonçalves está morta.

É pena que tal aconteça. É pena porque esta é uma proposta com uma visão estratégica e que pode perspectivar uma “opção”, um “projecto” que contribua para reanimar o tecido do Barreiro Velho e colocar o Barreiro com uma proposta “atractiva” no contexto da AML e Península de Setúbal.

Conquistar o Executivo Municipal

Na altura referi que teceria os meus comentários sobre esta proposta do António Caboz Gonçalves.

Não o fiz por várias razões. Primeiro porque não quis entrar na onda do “milagre” da solução para o Mercado da Verderena. Segundo porque achei que misturar a discussão e avaliação da proposta do Mercado do Marquês, em simultâneo, com a procura de uma solução para o Mercado da Verderena, em nada contribuiria para o desenvolvimento desta ideia que registei como positiva para o futuro do concelho.

Considero que a proposta do António Caboz é uma proposta que deve ser ponderada, deve ser avaliada, deve ser debatida, como um projecto estruturante e cuja implementação deve envolver diversos agentes locais.

É uma proposta para a qual, antes de mais, tem que ser conquistado o Executivo Municipal para a sua concretização e, penso, nunca será possível concretizar se for utilizada como arma de arremesso para acusar o Executivo Municipal – este ou outro qualquer - de “entrave ao desenvolvimento”.

Preocupação de animar o Barreiro Velho

Recordo que, em tempos, com o Eduardo Porfírio, enquanto Vereador da Câmara Municipal do Barreiro, responsável pela reabilitação do Barreiro Velho, no âmbito do Núcleo COM VIDA, foram analisadas sugestões de acções a dinamizar no Barreiro Velho, que eram verosimilhantes à proposta do António Caboz Gonçalves.

A preocupação de animar e revitalizar o Barreiro Velho, de procurar soluções para o Barreiro Velho, não deve colocar de lado qualquer proposta que seja um caminho, uma proposta de acção – um modelo a debater.

Amar ou não amar o Barreiro

O pior erro que pode ser cometido será transformar a proposta do António Caboz Gonçalves como arma de arremesso político, como bandeira pré-eleitoral, como paradigma para afirmar que, quem está com a proposta “ama o Barreiro”, quem está contra a proposta “não ama o Barreiro”.

Na vida tão mau é o “deslumbramento do poder” quando se torna autista, como o “deslumbramento do anti-poder” que se julga a “verdade- verdadeira”.

O Barreiro fica para segundo plano

Ainda há dias, na última sexta feira, na Tertúlia do Palácio conversámos sobre a proposta do António Cabós. Ninguém estava contra. Todas acham uma proposta que deve ser avaliada, mas também foi referido o timing do seu agendamento, a mistura da sua apresentação com a crise da Verderena e, por fim, o aproveitamento politico partidária que já está em marcha, pouco vai ajudar. Infelizmente. Seja o aproveitamento politico dos “bons”, seja o aproveitamento politico dos “maus”.

Será por estes caminhos que a proposta pode começar a ser viciada, a gerar anticorpos e, se assim for, repito, infelizmente, mais uma vez, como em outras tem acontecido, o Barreiro fica para segundo plano, porque a “guerrilha” politico partidária se sobrepõe aos interesses da cidade e da cidadania.

Este é um filme que agora, é que vai começar a ser rodado. Era positivo que este assunto não fosse usado como libelo acusatório, por aí só vai servir interesses pontuais.

A proposta do Mercado do Marques obriga-nos a pensar futuro, a sonhar futuro e devia ser esse o ponto de partida para a sua avaliação.

Mas…talvez já esteja demasiado colocada como uma proposta que divide – os bons que a apoiam, os maus os que estão contra.

Os bons que amam o Barreiro. Os maus que só querem o mal do Barreiro.

Esperemos …porque o filme está a ser rodado, vai dar muitas cenas.

Ora não fosse esta a famosa “Cidade do Cinema”…

Encontrada solução alternativa ao Mercado da Verderena.

Pelo que nos apercebemos, o novo Mercado de Levante do Barreiro nada vai ter de comparação com o extinto Mercado da Verderena, dado que vai ter uma implantação estudada, iluminação adequada, rede de águas e esgotos.

Sem dúvida uma opção que irá valorizar o espaço e proporcionar mais qualidade quer aos vendedores, quer aos utentes.

Está encontrada solução alternativa ao Mercado da Verderena.

A Câmara Municipal do Barreiro está de parabéns porque, como sempre afirmou, nunca colocou de lado o cenário de procura de uma solução. Disse e cumpriu.

Os Vendedores estão de parabéns porque assumiram a sua co-responsabilidade na procura de uma solução. Acreditaram que era possível uma solução e foram à luta. Organizaram-se. Assumiram de forma plena a cidadania e deram uma lição de civismo na Assembleia Municipal do Barreiro.

Este é um assunto encerrado ou a caminho de solução, mesmo que, mais uma vez, pelo que é dito “provisória”.

Afirmar o Barreiro no contexto da AML

Quanto ao Mercado do Marquês, agora, será tempo de serenamente debater a ideia, aprofundar a procura de soluções, estudar da sua viabilidade, tendo consciência que esta proposta não visa contemplar o universo territorial do Barreiro – só assim a entendo – mas sim como um dos elementos de referência para afirmar o Barreiro no contexto da AML e da Península de Setúbal.

Um mercado que para ser lançado implica marketing, estudo de mercado, implica estrutura, implica programas, implica mais que o envolvimento de agentes locais, também o envolvimento de entidades ao nível regional.

Será um Mercado para pensar o Barreiro na região e não para pensar o Barreiro no Barreiro, tem que existir uma visão de economia de escala.

Uma ideia que pode contribuir para criar emprego…animação cultural e projectar uma nova imagem do concelho na região.

E fico-me por aqui…

António Sousa Pereira


terça-feira, 2 de outubro de 2007

Partidos, batráquios, lebres, Barreiro Velho, Mercado de Levante e Mark Twain...


Há duas semanas que não publico nenhuma postagem neste Blogue. Nestas duas semanas, para além dos 14 dias, muitas outras coisas se passaram! As mais relevantes, do ponto de vista do Projecto "Mercado de Rua Marquês de Pombal", foram as seguintes:

Partido Socialista, Bloco de Esquerda e Grupo de Amigos do Barreiro Velho



Nos dias 23, 24 e 25, tive reuniões, sucessivamente, com o Secretariado da Comissão Política do Partido Socialista, com a direcção concelhia do Bloco de Esquerda e com o "Grupo de Amigos do Barreiro Velho". Todas estas reuniões realizaram-se a solicitação dos respectivos responsáveis.

De facto, na segunda-feira, dia 17, recebi um telefonema do Mário Durval, na qualidade de dirigente do Bloco de Esquerda, dizendo que aquela formação política tinha muito interesse em ouvir "o cidadão Cabós Gonçalves" sobre o Projecto "Mercado de Rua Marquês de Pombal". De imediato agendámos tal reunião para uma semana depois, 2ª feira, dia 22, à noite.

Acontece que o Presidente da Comissão Política Concelhia do Barreiro do Partido Socialista, Luís Ferreira, desde o início de Agosto que me tinha convidado para reunir com o Secretariado dessa C.P.C., para lhes apresentar o Projecto, um vez que o mesmo foi pensado, elaborado e apresentado por mim, sem qualquer interferência ou apoio do Partido a que pertenço e, naturalmente, as Estruturas dirigentes do Partido queriam conhecê-lo. A tal convite eu tinha respondido que, em tempo oportuno, pediria audiências a todos os Partidos para lhes apresentar o Projecto e seus desenvolvimentos. Só que, tendo aceitado o convite do Bloco de Esquerda, falei, desde logo, ao Mário Durval sobre esse convite antigo e, conforme lhe disse que faria, telefonei ao Luís Ferreira.

Ao comunicar-lhe a marcação do encontro com o BE, o Presidente da C.P.C. do Barreiro do PS, convidou-me, então, para estar presente na Reunião do Secretariado, orgão partidário a que não pertenço, que se iria realizar no domingo seguinte, 23, da parte da tarde, para apresentar o Projecto e esclarecer as dúvidas dos seus membros. Assim fiz e de tal reunião deu conta o Partido Socialista, em comunicado que está disponível no site oficial do Partido Socialista do Concelho do Barreiro e foi enviado, ao que sei, aos Orgãos de Comunicação Social.

Da reunião com a Direcção do Bloco de Esquerda, resultou uma útil troca de pontos de vista, tendo aquele Partido ficado de emitir, igualmente, um comunicado o que, até agora, não aconteceu. (Nota de actualização, às 20:24: O Bloco de Esquerda já emitiu um comunicado, que está aqui.)

Finalmente, na terça-feira, dia 25, a convite da Rosário Vaz, que para esse efeito me telefonou, reuni, no "Pial", com cerca de uma dezena de membros do chamado "Grupo de Amigos do Barreiro Velho". Para além do apoio individual que algumas dessas pessoas já tinham manifestado, ficou um apoio geral à ideia e seus desenvolvimento e a disponibilidade para a colaboração mútua que venha a ser útil ao Projecto. Desconheço se vão tomar alguma posição pública, porque não falámos nisso.

Associação de Comércio Industria e Serviços do Barreiro e Moita e "Rostos online"

Entretanto, a Associação de Comércio Industria e Serviços do Barreiro e Moita, enviou-me, no dia 25 de Setembro, a carta reproduzida abaixo, a que, até hoje, não respondi, mas que merecerá uma resposta e uma postagem especial dentro de muito pouco tempo...


De qualquer forma, já me tinha referido a este tipo de reacção na postagem com o título "UM ESCLARECIMENTO NECESSÁRIO", publicada em 12 de Setembro... Na madrugada do dia 27, pelas 2:07h, foi publicado no "Rostos online" um comunicado da referida Associação que li, por mero acaso, antes de me ir deitar.

Às 3:00h, pouco depois de ter lido tal comunicado, enviei ao Sousa Pereira, uma mensagem electrónica, que qualquer pessoa inteligente percebe que era um "desabafo" pessoal. O Sousa Pereira, que é uma pessoa inteligente, não pode ter deixado de perceber o carácter privado de tal e-mail.

Ainda assim, pelas 13:36h, publicou-a integralmente, como "Carta ao Director" com o título de "Uma tentativa de assassinato de carácter". Se eu não conhecesse bem o António Sousa Pereira poderia ser levado a considerar tal publicação como uma "dupla" tentativa de "assassinato de carácter". Como o conheço, acho que foi, apenas, uma brincadeira parva.

Projecto Municipal para a Reabilitação de Áreas Urbanas

Ainda no dia 27, de manhã, fui recebido, a meu pedido, pelo Arquitecto Mário Nunes, Director do recém criado
"Projecto Municipal para a Reabilitação de Áreas Urbanas" que se propõe "tratar" de um conjunto de aglomerados urbanos degradados do concelho, entre eles a zona do Barreiro Velho.

Durante cerca de 1:30h pude expor àquele responsável e à Técnica do Gabinete que o acompanhava, um conjunto de reflexões, documentadas, sobre o Barreiro Velho e a história da sua degradação. Para além desse diagnóstico, apresentei-lhes as linhas gerais, com alguns pormenores, da estratégia diferente que proponho. Aí falei sobre o R.E.C.R.I.A., o mal chamado "Plano de Pormenor da Zona Antiga do Barreiro", as casas compradas em 1999 pela Kiana Properties, a "Sociedade de Desenvolvimento do Barreiro Velho S.A.", a política fiscal o R.G.E.U. e o cumprimento da legalidade a vários níveis.

Penso que consegui transmitir a ideia, que me anima, de que o Projecto que defendo pode contribuir, decisivamente, para a recuperação, reabilitação e desenvolvimento do Barreiro Velho. Eu acredito na "Cidade da Participação". Vamos ver se é a sério.

O Novo Mercado de Levante

Parece que o novo Mercado de Levante, que irá substituir o Mercado da Verderena irá para a zona reproduzida abaixo, no Alto do Seixalinho, perto do depósito de água a sul do Hospital.


Assim sendo, parabéns à Câmara Municipal do Barreiro, aos feirantes e ao seu Advogado, Dr. José Teixeira Mota, por terem encontrado uma solução, ao que parece em terrenos do Município e pelo prazo de 5 anos.
Como já expliquei na postagem "Duas boas notícias", de 6 de Setembro,

Fico muito feliz, por duas razões: a primeira é que, assim, ficará, aparentemente, resolvido o problema dos vendedores do Mercado da Verderena que quiserem continuar a vender num mercado com aquelas características; a segunda é que, solucionado o problema resultante do fim abrupto desse mercado, agora, o Projecto de criação do "Mercado de Rua Marquês de Pombal", como instrumento essencial de uma Estratégia global de Requalificação, Recuperação e Desenvolvimento do Barreiro Velho, poderá avançar sem o "ruído de fundo" de uma hipotética "transferência" do chamado Mercado de Levante para o Barreiro Velho, tout court, que só se eu fosse completamente idiota é que alguma vez teria imaginado!
José Caro Proença, os batráquios e as lebres...

Há uns tempos, alguém perguntou ao Engº José Caro Proença, ilustre Cidadão Barreirense, Membro da Academia de Marinha, galardoado com o "Barreiro Reconhecido" na área da Cultura, o que pensava do Projecto "Mercado de Rua Marquês de Pombal", que acompanha e apoia desde a sua apresentação pública e para o qual me tem dado valiosos contributos.

Este "filho" do Barreiro Velho, de cuja génese e evolução sabe mais do que quase toda a gente, respondeu ao interlocutor: "É uma pedrada no charco que põe todos os batráquios a coaxar!".

Como eu sei que o Zé Proença é um convicto desportista, de várias modalidades, que gosta muito de Futebol, especialidade de que foi treinador, mas detesta a "bola sem tola", chamo aqui à liça, também, o Atletismo.

Este Projecto é, em metáfora desportiva, uma corrida de meio-fundo. É pois, natural, que, também aqui, nos primeiros tempos saltem algumas "lebres"...

Morte presumida e Mark Twain


Como venho afirmando desde o princípio a ideia inicial é minha, os tempos do seu desenvolvimento são os que eu achar mais convenientes e compatíveis com a minha vida pessoal e profissional e a estratégia da sua comunicação é a que eu achar melhor em cada momento.

Todavia, como é fácil de perceber, neste momento o Projecto já foi, felizmente, "perfilhado" por muitas dezenas de pessoas, muitas das quais têm dado preciosos contributos, que irei divulgando a seu tempo.

Por isso, mesmo que quisesse, este "veículo não tem "marcha-atrás". Quem o apoia não deixa. Por agora, eu vou, apenas, servindo de condutor, contornando os obstáculos, parando quando é necessário, com o "GPS" sempre ligado, para melhor me aperceber dos vários caminhos disponíveis para chegar ao destino o mais rápida e seguramente possível.

De resto, devo comunicar a todos os Barreirenses, parafraseando Mark Twain, que - como se perceberá nos próximos dias - as notícias sobre a "morte" do Projecto, são manifestamente exageradas...


segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Apoios e contributos (7) - Artur David

Foto "Jornal do Barreiro"

Desejo salientar, hoje, o apoio que foi dado, pelo Artur David, ao Projecto que venho apresentando de revitalização, recuperação e desenvolvimento do Barreiro Velho, do qual a criação do "Mercado de Rua Marquês de Pombal" constitui um elemento central..

Para não "ferir susceptibilidades", resolvi deixar o Artur David, que mora no Barreiro Velho, apresentar-se a si próprio, no "retrato" que dele fica, nesta entrevista ao "Jornal do Barreiro".

"Jornal do Barreiro" onde, na edição do passado dia 14 de Setembro, na página 15, publicou o seguinte Artigo de Opinião:

Resta-me dizer - porque é a verdade, embora isso, como tenho a certeza, não tenha influenciado em nada a sua tomada de posição - que o Artur David é meu amigo, é sim senhor e que tenho muito orgulho nisso. Conhece-me de pequeno, passámos muitos e bons momentos na Tróia, na Caldeira, onde a minha família materna fazia grande parte da sua vida estival, e chama-me "Tóninho". Do que eu gosto muito, porque significa que mantém, por mim, o afecto que me dedicava quando eu era miúdo.

Obrigado, Senhor Artur David.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

UM ESCLARECIMENTO NECESSÁRIO:

À atenção de:

S.I.R.B. “Os Penicheiros”, Agrupamento nº 690 do C.N.E, demais Associações do Barreiro Velho, Associação de Comércio e Serviços do Barreiro e Moita, Operadoras de Telecomunicações, P.S.P. e A.S.A.E.


No passado dia 7 de Setembro, recebi a seguinte mensagem electrónica, enviada do endereço [email protected], indicando como assunto a palavra “protesto”:

Em relação à proposta que corre sobre o mercado a implementar na Rua Marques de Pombal e no Largo da Igreja e em que o nome desta Colectividade aparece como indiciador de apoio, em algumas opiniões que conhecemos e que também estão escritas, repudiamos a utilização abusiva do nome desta Colectividade.

Os Corpos Dirigentes nunca para tal foram consultados, além de que a posição que têm não vai no sentido de estarem de acordo com tal proposta.

A DIRECÇÃO

Respondi, de imediato, “a quente”, da seguinte forma:

Boa tarde

Não faço ideia onde foram buscar tal informação de que a SIRB, de que, aliás, sou sócio, aparece como "indiciador de apoio".

Quando apresentei a proposta, que está disponível em http://www.artbarreiro.com/noticias/2007/mmpombal/mmp.pdf, na página 11, aparece um conjunto de parcerias e apoios e colaborações que seriam necessários para que o Projecto fosse levado para a frente. entre eles todas as colectividades do Barreiro Velho, incluindo a SIRB.

E no meu blog e numa entrevista, a propósito da necessidade de Audição das populações, indiquei a SIRB como sendo o local ideal para albergar uma reunião desse tipo.

Nada mais.

Resta dizer que o signatário fica esclarecido de que a Direcção da SIRB, mesmo sem a conhecer, como se vê pelo comentário que sobre alegados anúncios de apoio fizeram, há-de ter reunido para deliberar sobre o assunto e "a posição que têm não vai no sentido de estarem de acordo com tal proposta".

Resta saber o que pensam os sócios.

António Cabós Gonçalves

Sócio nº 1293

Ontem, fui abordado na rua, simpaticamente, por um dirigente do Agrupamento 690 do Corpo Nacional de Escutas que me transmitiu o desagrado daquela Instituição pelo facto de o seu nome vir referido no Projecto que apresentei no passado dia 31 de Julho, sob o título “Apoios e colaboração.

Aquele dirigente referiu-me que, tendo lido o Projecto com atenção, percebeu que essa referência era feita em relação aos “Parceiros Sugeridos” - título que encimava a página – para o futuro, aquando da execução de todo o Projecto e não aos apoios recebidos e colaboração recebidos para a apresentação do Projecto, tanto mais que estes vêm referidos na página 13 do Projecto:





A verdade é que o referido Agrupamento foi alertado para a eventual confusão, por responsáveis de outra Instituição, e os seus Dirigentes estão preocupados com as interpretações que, a partir desse equívoco, podem surgir.

Após esta conversa, percebi que, se calhar, o erro tinha sido meu e a deficiência de compreensão sobre o que eu tinha querido dizer, pode dever-se, admito-o, a uma insuficiência de comunicação de que não me apercebi. Em suma, devia ter sido mais claro e não fui!

Na verdade, na página 10 do documento que apresentei escrevi o seguinte:

Uma actuação global e integrada

Para que este plano tenha sucesso, é necessário que todos os intervenientes adoptem uma atitude colaborante na busca de soluções, na formatação global do projecto e na gestão do mesmo.

À Câmara cabe assegurar a proibição de estacionamento entre as 6:00 e as 19:00 dos dias de mercado e a limpeza e lavagem de ruas antes da abertura e até 2 horas após a realização do Mercado. E o encerramento ao trânsito, definitivo na última fase.

Torna-se essencial que a Câmara e a Assembleia aprovem uma isenção de taxas e um processo especialmente ágil de apreciação e aprovação de todos os projectos para a recuperação dos imóveis destinados a habitação ou à adaptação, para instalação ou remodelação de estabelecimentos de artesanato, de venda de artigos alimentares, roupa, produtos naturais e biológicos e cafés/snack (com restrição de horário até às 22:00 h), bem como dos estabelecimentos da indústria hoteleira já existentes na zona delimitada do Mercado.

Os TCB deverão assegurar o reforço das carreiras que passam na Avenida da Praia, nos dias do Mercado e, posteriormente, após a renovação urbana em que se aposta, para servir a população residente e os visitantes.

Como fica dito, é necessário muitos parceiros e muitos apoios. Para isso a C.M.B. deve funcionar, essencialmente, como “facilitador” e garante do cumprimento das regras.

E, de seguida, vinha a página 11 onde, sob a epígrafe “PARCEIROS SUGERIDOS”, eu indicava, gráfica e telegraficamente, alguns dos “muitos parceiros e apoios” que eu reputo essenciais para o êxito do Projecto:

Explicando na página seguinte as razões da “convocatória” dos dois primeiros parceiros sugeridos:



A verdade é que, tendo explicado a razão de tal referência à Fábrica Paroquial da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e à Junta de Freguesia do Barreiro, nada disse sobre as outras entidades que referenciei como “Apoios e Colaboração”.

Tal deveu-se às circunstâncias, que já expliquei várias vezes, em vários sítios, em que a Proposta foi apresentada e à “urgência” com que ultimei a versão do Projecto a apresentar na Assembleia Municipal. Muitas coisas ficaram por dizer. Algumas pareceram-me óbvias mas, pelos vistos, não foram.

Assim, cumpre-me esclarecer, para que não sobrem dúvidas a ninguém, que não falei, previamente, com nenhuma das Entidades referidas na Página 11 do Projecto, a começar pela Câmara Municipal do Barreiro, não tendo, naturalmente, havido qualquer intenção de invocar apoios que não procurei, nem sequer faria sentido procurar, nos termos em que apresentei a Proposta.

Restando-me lamentar algum eventual incómodo que possa ter causado a referência feita, a todas elas, no Projecto.



domingo, 2 de setembro de 2007

Ah, já me esquecia!...

No meio de todos os desenvolvimentos deste Projecto, e da vontade de a todos responder, especialmente a quem, com alguma fundamentação perceptível, se tem manifestado contra a ideia, volta-e-meia há coisas que me passam, outras que ficam "no ar", "promessas" que demoram a cumprir...

Por exemplo, ainda não tinha falado destes dois requerimentos que entreguei, na passada quinta-feira, 30 de Agosto, na Secretaria da Câmara Municipal do Barreiro:


As últimas (quase) três décadas da minha vida têm sido passadas a interpelar pessoas e Instituições, na defesa dos direitos invocados pelos que recorrem aos meus serviços profissionais. Tenho, por isso, perfeita consciência da importância da prova, nomeadamente a documental, na fundamentação e sucesso das pretensões dos cidadãos.


Mal pareceria que eu não me acautelasse da mesma maneira, na fundamentação da Proposta que irei apresentar para estabelecimento e execução de uma Estratégia global para a Requalificação e Desenvolvimento do Barreiro Velho, que tem como um dos elementos centrais a criação do "Mercado de Rua Marquês de Pombal"! Por isso entreguei estes requerimentos e irei entregar mais alguns.


Também não atrasa muito, uma vez que a Autarquia, nos termos do disposto no Artº 15º da Lei nº 65/93, de 26 de Agosto (LADA), com as alterações introduzidas pela Lei nº 8/95, de 29 de Março, pela Lei nº 94/99, de 16 de Julho, e pela Lei nº 19/2006, de 12 de Julho, tem o prazo de 10 dias para responder.


Quanto ao momento da entrega da Proposta, que eu tinha anunciado que seria no dia seguinte à reunião com o Sr. Presidente da Câmara, percebi, entretanto, que, para uma maior eficácia da mesma, seria melhor complementá-la com o desenvolvimento de alguns aspectos parcelares. Resolvi, por isso, adiar por cerca de 20 dias a sua entrega.


Se eu fosse Arquitecto, apresentaria memórias descritivas, desenhos e plantas. Falaria do desenho urbano e explicaria a diferença, com exemplos práticos, entre património a conservar e ruína a merecer camartelo. Talvez explicasse, até, o conceito de edifícios dissonantes, ressalvando, no entanto, a sua importância, nalguns casos, na evolução dos cascos urbanos, no caminho necessário da antiguidade para a modernidade.


Se eu fosse Urbanista, dissertaria sobre o impacto do Projecto no território a que se refere, e sobre "as necessidades futuras", baseando-me "nas lições do passado, a fim de buscar propostas e acções, seja a médio ou longo prazo, dentro da realidade sócio-económica e política, de modo a oferecer melhores condições de vida" a toda a zona do Barreiro Velho.


Se eu fosse Economista, mostraria o potencial económico e a claríssima viabilidade e sustentabilidade financeira do Projecto. Explicaria a importância das Parcerias Público-privadas e quais os meios de as motivar e organizar. Talvez trouxesse mesmo, em abono da minha tese um interessante estudo da Deloitte, encomendado pela Associação Nacional de Municípios Portugueses.


Se eu fosse Sociólogo, desenvolveria a teoria que defendo, em relação ao que acontecerá, no Barreiro Velho, quando o "Mercado de Rua Marquês de Pombal" for criado. Baseando-me no quotidiano, "em coisas que acontecem muitas vezes, às vezes de forma padronizada, mesmo em sociedades completamente diferentes".


Assim explicaria a utilidade de apresentação e estudo de exemplos de outras paragens. Talvez me atrevesse a antecipar "o comportamento da sociedade perante determinado assunto, e prever as consequências de uma mudança na forma como esse assunto é tratado por ela".


E, se tivesse tempo, para que melhor se percebesse o caminho comunicacional que escolhi, demonstraria a eficácia das "campanhas “virais”, ou seja, que tenham grande chance de as pessoas discutirem", de forma "a expandir de forma extremamente rápida o conhecimento da população" sobre determinado assunto.


Se eu fosse Técnico de Protecção Civil, reflectiria sobre as experiências, já testadas, de outros sítios, com realidades semelhantes à que existe, hoje, no Barreiro Velho e à que pretendo que venha a existir, após a concretização da ideia que defendo.


Provavelmente, alertaria para a necessidade urgente de criação de Brigadas de Apoio Local, tendo em atenção o disposto no Decreto-Lei n.º 426/89, que enquadra a regulamentação de segurança contra incêndios em Centros Urbanos Antigos e preconiza a instalação de equipamentos de primeira intervenção em locais inacessíveis aos bombeiros. Quem sabe, talvez propusesse um Regulamento para a formação e funcionamento dessas Brigadas.


E mais uma mão-cheia de coisas que lhe estão associadas, como a definição das vias de acesso a veículos prioritários e os circuitos de evacuação, o Centro de Operações de Segurança e 1º socorro, os exercícios periódicos...


Como sou, apenas, um Cidadão que teve uma ideia, já percebi que, para o sucesso da mesma, é conveniente que apresente isso tudo. Informado. Documentado. Fundamentado. É o que vou fazer! Para que ninguém possa dizer, ou sequer pensar, que eu ando a "brincar com a tropa..."


Ah, já me esquecia!...


Se eu fosse Vereador (salvo seja!...) e quisesse apresentar uma proposta, ou falar de outra que alguém apresentasse, também me documentava e informava antes de abrir a boca...


Boa semana!

sábado, 1 de setembro de 2007

Apoios e contributos (4) - Angolana-a-verdadeira

Um Blog para toda a gente, sem discriminação de credos ou de raças e onde a amizade é rainha.

Não conheço pessoalmente a "Angolana", que também assina "Angolana-a-verdadeira" e que costuma finalizar os seus comentários com uma "beijoca" com sabores. Foi nos comentários ao Blog Barreiro Velho que a "conheci". Quando comecei a divulgar a minha proposta, achava que eu era engenheiro e augurava-me um bom futuro como candidato a candidato a Presidente da Câmara...

Lá tive que a "desiludir" e dizer-lhe, convictamente, que tal coisa nunca me tinha passado pela cabeça, e que esse era um "perigo" que o Barreiro nunca correria! Expliquei-lhe ao que venho e estou convencido que ela acreditou na minha sinceridade.

Parece que temos amigos comuns, o Kira e o Carlos Alberto Correia, e pode ser que um dia venha a conhecê-la pessoalmente. Por agora acho, apenas, que deve ser uma mulher madura, isto é, com a ponderação que uma existência preenchida lhe tem vindo a dar, com uma atitude positiva perante a vida, que dá um valor importante à família e à amizade e que ama o Barreiro.

Pelo que se vai sabendo das suas intervenções, deve ser quadro superior duma empresa com negócios em vários países, pelo menos Portugal e Espanha, para onde foi recentemente deslocada, por imperativo profissional. Tem "mundo", escreve muito bem, é culta e informada.

Desde o início que apoia o meu Projecto. No seu Blogue "Angolana" tem um link para este, sob a epígrafe "Por uma boa causa". Por três vezes se referiu, expressamente, em postagens, ao projecto "Mercado de Rua Marquês de Pombal", referências essas assinaladas na badana, aqui do lado direito. Noutras postagens há referências implícitas aos "movimentos" em torno da ideia que apresentei e venho defendendo.

Estou a 1/3 do final das três postagens em que decidi fazer um "ponto de situação" do estado do Projecto. Interrompi a sequência para publicar uma referência à entrevista ontem saída no Jornal "Margem Sul", em que a Jornalista "puxou" para manchete uma afirmação minha: "
Tenho tido o apoio dos moradores mais informados".

E fi-lo, porque me pareceu importante e actual, tendo em vista a efectiva desinformação que grassa, especialmente no Barreiro Velho, sobre o conteúdo real do Projecto "Mercado de Rua Marquês de Pombal".

Aliás, ontem, alguém, anónimo, que só agora leu a postagem referente à entrevista que dei ao "Jornal do Barreiro", deixou este "inteligente" comentário:

Anónimo disse...

A foto que acompanha este post é esclarecedora, a Escola Conde Ferreira, grande ideia vamos fazer um mercado à porta de uma escola primária, brilhante.


E, também ontem, umas horas mais tarde, em comentário à postagem
Dia 28 de Agosto, reunião formal com a Câmara Municipal do Barreiro! outro anónimo - ou o mesmo -, igualmente com as leituras "atrasadas", escreveu o seguinte:
Anónimo disse...

Um Barreirense.

Vamos a ser honestos todos nós queremos a recuperação urgente do Barreiro Velho.
Mas agora alavancar esta recuperação com um mercado, do tipo que é feito na Verderena não é isso que querem os barreirense, não falo daqueles que aqui escrevem meramente a reboque de interesses partidários, quando estiveram no poder, não foi há muito tempo, á menos de 2 anos, não apresentaram uma ideia que fosse, agora coisa brilhante aparecem com esta ideia e mais fazendo a comparação com outros mercados de rua, dando mostras do seu imenso cosmopolitismo.

Já agora dizer que os moradores da rua em causa que estão contra estão mal informados, é boa, como foi posto aqui num comentário a foto ao pé da escola Conde Ferreira é brilhante, vamos ter um 2 em 1 mercado/escola.

Já me tenho perguntado, de mim para mim, se vale a pena tentar esclarecer quem não quer ser esclarecido... A resposta é sempre a mesma: vale a pena, sim senhor! Tudo vale a pena, se a alma não é pequena...

O(s) anónimo(s) que assim escrevem devem conhecer tanto do Barreiro Velho como eu de Alguidares de Baixo. Só assim se percebe que possam achar que a Escola Conde de Ferreira, que fica num extremo do Barreiro Velho, tem alguma coisa a ver com a Rua Marquês de Pombal ou com o Mercado, no outro extremo da zona...

E só por desconhecimento ou deliberada mistificação se justifica que continuem a pensar que eu quero meter no Barreiro Velho, "um mercado, do tipo que é feito na Verderena" Até parece que no documento inicial não constava, desde logo, um regulamento que, claramente, prefigura uma coisa completamente diferente daquela que, alguns, insistem em dizer que é a minha intenção. Até parece que a organização espacial, desde logo, proposta não mostra um modelo de mercado completamente diferente!

Já se, quanto à referência à vontade dos Barreirenses - "
não é isso que querem os barreirenses" - me parece petulância a mais esse anónimo falar em nome de um colectivo tão diversificado, já quando escreve "não falo daqueles que aqui escrevem meramente a reboque de interesses partidários, quando estiveram no poder, não foi há muito tempo, á menos de 2 anos, não apresentaram uma ideia que fosse, agora coisa brilhante aparecem com esta ideia" fica clara a má-fé e o preconceito político-partidário.

E é por isso que eu, sem pedir licença à Angolana, resolvi publicar a postagem que publicou no seu Blog, sob o título,

CONTRA-INFORMAÇÃO

As notícias sobre a possibilidade de implementação efectiva do Mercado Marquês de Pombal no Barreiro Velho, que são publicadas pela imprensa regional ou criticadas ou apoiadas em blogues, nunca falam do que mudaria na vida de centenas de pessoas, com a sua realização.

Muito raramente se fala dos benefícios ou dos malefícios que ele traria para a cidade e muito menos se explica o motivo por que se torna urgente encontrar uma solução a contento.

Também as opiniões contrárias não são fundamentadas e tem-se verificado que é mais fácil criticar por criticar ou apenas para ser do contra.

Na maioria das vezes, as opiniões versam o tom de criminalização das pessoas que dão origem a movimentos sociais que lutam para que tal projecto se torne realidade, desqualificando todos aqueles que o defendem, sejam estes cidadãos comuns de dentro ou de fora dos partidos, das instituições ou da polis como aglomerado urbano.

Com o tratamento que tem sido dado em vários meios de comunicação, cria-se no imaginário da população do Barreiro a ideia de que o trabalhador feirante é vagabundo, arruaceiro, traficante ou bandido, no mínimo, usurpador dos espaços que os elitistas pretendem reclamar como um exclusivo e uma prerrogativa só seus.

Quando o homem ou a mulher feirante é personagem de uma matéria de jornal ou de blogue, lá está por causa da sua pobreza, da sua miséria. Nunca ou quase nunca merecem mais do que poucas palavras por serem protagonistas de outras histórias que também merecem ser contadas: a sua capacidade de inventar, de produzir, de fazer cultura, de resistir, de amar, de criar bons filhos, de contestar. O mesmo acontece com os homens e mulheres trabalhadores que vivem em Bairros como o das Palmeiras, no coração do Barreiro Velho e que são quotidianamente apresentados como vagabundos, traficantes e consumidores de drogas.

Não podemos segregar a pobreza nem transformar o Barreiro Velho naquele ghetto que tanto preocupa aqueles que preferem fazer daquela zona da cidade um condomínio fechado, de luxo, povoado de moradias de estilo duvidoso, que nada têm a ver com a traça dos edifícios envolventes.

Temos de ter em conta a vida das pessoas que lutam honestamente pela sua sobrevivência e que, através do seu trabalho, constroem um país mais humano e mais justo, que ajudariam a trazer movimento ao Barreiro Velho e a reabilitá-lo como zona histórica.

O Barreiro Velho está em ruínas graças à omissão de todos nós, durante anos a fio.

Quem tem medo do Mercado Marquês de Pombal?


Que outros interesses estarão por detrás de tanta desinformação?



sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Entrevista ao Jornal "Margem Sul" - "Tenho tido o apoio dos moradores mais informados"

Foto "Margem Sul"

Numa atitude pouco comum, um cidadão apresentou, na Assembleia Municipal do Barreiro, um projecto estruturado que pretende ser uma alternativa de localização para o mercado da Verderena, que encerra em Setembro, e simultaneamente um motor de revitalização do Barreiro Velho. Entre apoios e resistências, que estão a surgir cada vez mais, António Cabós Gonçalves promete não desistir e afirma-se disposto até a levar a sua proposta a referendo.

Pode ler toda a entrevista aqui


quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Faça-se, então, o ponto da situação! (2)

Por absoluta falta de tempo, não tenho tido oportunidade de dar resposta ou prestar um conjunto de esclarecimentos a algumas pessoas identificadas e outras que preferiram manter o anonimato que, ao longo dos últimos tempos, têm manifestado algumas opiniões discordantes ou uma oposição “feroz” e determinada, em jornais, na blogosfera ou em tomadas de posição publicitadas.

E, também, através de um abaixo assinado “contra a implantação do Mercado de Levante na Rua Marquês de Pombal”, com cujo petitório literal eu concordo absolutamente e que me apetecia muito assinar, só não o fazendo porque desconfio que alguém iria considerar isso uma provocação!

Quanto aos “opositores” refiro-me, especialmente e em concreto:

a) A um 2º Editorial do Luís Zuzarte

que, entretanto, me telefonou clarificando que, ao contrário do que eu tinha concluído no meu post, ele não gosta de nenhum tipo de mercado de rua – e aos cidadãos que deram a cara e a fala no inquérito de rua publicado na “Voz do Barreiro”;




Clique nas imagens acima para aumentar

b) Aos meus prezados amigos VCN e Luís Carlos Santos;

c) Ao VTM no Blog “Barreiro Velho” que me tem brindado com vários posts e que integrava a “Comissão Ad hoc para o Barreiro Velho”, a qual, ao que sei agora, desenvolveu uma esforçada actividade nos idos de 2003 e cujo “relatório” está disponível aqui;

d) À "Kimberley", que parece ter uma obsessão “militante” contra a minha ideia, o que a leva a pôr, num blog com o seu nome, aparentemente criado quando resolveu começar esta sua “luta”, a minha fotografia ao lado da de um nativo da Austrália, numa comparação implícita a que eu achei piada e registei.

Esta “blogger” frequenta assiduamente a caixa de mensagens deste blog e o correio electrónico do VTM, que publica os seus mails, e insurge-se, convenhamos que com um pouco menos de urbanidade do que é costume, contra o facto de eu transcrever um post do André Batista no meu Blog, ou de eu não lhe responder com a prontidão que ela deseja às suas postagens ou comentários.

Á “Kimberley”, desejo dizer, desde já, que no meu tempo sou eu que mando, os meus ritmos sou eu que os traço e não costumo ligar muito a tentativas de achincalhamento, a supostos insultos ou a insinuações idiotas.

Ainda assim, irei responder-lhe, um dia destes, concretamente, às perguntas concretas que me formulou, de que eu ainda não me esqueci.

Todavia, quanto ao seu comentário ao post sobre o André Batista, devo dizer-lhe o seguinte:

Naturalmente que percebi as suas referências “cinéfilas” a que não achei muita piada. Não sei em que meios se move, aliás ninguém sabe, mas, aparentemente, deve ser no meio de lobbies, apadrinhamentos e esquemas semelhantes, já que tão conhecedora se mostra desses ambientes. A minha vida fala por mim, A sua falará pela sua.

O André Batista é meu afilhado, desde que nasceu, porque os pais, pessoas a quem V. Exª, provavelmente, nunca conseguirá tocar nem nos calcanhares, assim o decidiram. Não tenho nada a ver com as suas opções políticas e em vários momentos lhe tenho feito observações críticas sobre algumas.

Gosto muito do André, que é maior, vacinado e muito independente na sua vida e, por isso, não lhe admito, nem a ninguém, que o atinja ou ofenda, quando o que pretenda seja visar-me a mim. Esperemos que isso fique percebido e que o seu bom senso e a sua consciência a iluminem…

De resto, comigo, fique à vontade e diga o que quiser! Respondo-lhe se puder, se quiser e quando eu decidir. Como agora.

e) Ao Blog, ontem surgido, “Eu sou contra o Mercado”, infelizmente de Autor anónimo, que denota bom humor e uma dose razoável de preconceitos vários;

f) Ao Sr. Vice Presidente da Câmara Municipal do Barreiro, Joaquim Matias

Farei o “impossível” para, tão logo possa, dar a todos a resposta que considerar adequada.

Continua…