"PORQUE EU SEI QUE O MEU REDENTOR VIVE"


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sábado, 24 de maio de 2014

Coração sem Fronteiras

 

 
Pr. Joaquim e Isménia Machado
Quando eu era criança, penso que tinha uns 8 anos, fui com os meus pais ao Porto, onde visitámos o Lar Evangélico Português, na Rua da Boavista.
Creio que era uma cave onde os seis filhos do casal, Pr. Joaquim e Isménia Machado, se confundiam com as não sei quantas crianças abrigadas pelo papá e a mamã, como carinhosamente lhes chamavam.
 
Fiquei deslumbrada com o relacionamento tranquilo e carinhoso; havia uma desordem ordenada; crianças para cá e para lá; cheirava a chichi… Não interessa, fiquei com vontade de viver ali!
A obra iniciada em 1948, com parcos recursos e na casa do Pastor, mantém-se de pé; noutras instalações e muito melhores condições, tem, ao longo dos anos, formado homens e mulheres.
 
Depois, foram fundados muitos outros lares que abrigam, educam e veem crescer crianças a quem foi negado o direito ao lar/família de origem.
Tenho uma enorme admiração pelos homens e mulheres que dedicam uma boa parte das suas vidas a amar os filhos de ninguém e a tentar que lhes sejam reconhecidos os seus direitos.
 
Ana Rute Calaim Lamúria
Um dia desta semana, estava na internet, quando me deparei com um texto fantástico, escrito por uma jovem senhora (como esta gente cresce) que bem conheço. Fiquei emocionada e cresci um pouco mais…!
A jovem (Ana Rute Calaim Lamúria), membro da Igreja Evangélica de Sintra, é responsável por um Lar de Crianças do Exército de Salvação.
 
Deixo aqui o texto, devidamente autorizada, e mais não digo.

 
Coração sem Fronteiras
 
Convidaram-me para falar sobre o que é ser mãe numa instituição.
 
Sorrio e penso que muitas vezes o meu papel é mais o de pai do que de mãe. O papel de mãe fazem as minhas colegas, que os deitam, que tratam deles, que lhes dão banho, que estão no acordar, que os educam, e que quando algo aperta chamam por mim.
 
A casa que dirijo, é uma casa onde moram 14 crianças, meninos e meninas, dos 0 aos 12 anos. Actualmente o mais pequenino tem 3 meses e o mais velho 12 anos.
 
Todas elas foram crianças consideradas “em risco”.
 
Enquanto vivem lá, a equipa técnica deverá ajudar na definição do futuro da criança. Voltará ela para a sua família biológica? Irá ter uma nova família? Continuará numa instituição.
 
Enquanto procuramos respostas a estas perguntas surge o papel de ser mãe.
 
A adaptação à nova casa é muitas vezes difícil. Deixamos de estar com aqueles que amamos para aprender a amar novas pessoas. Novos paradigmas têm que ser aprendidos. Afinal quem cuida de mim não me magoa? Está preocupado comigo? Este caminho por vezes também é doloroso. Permitirmos que nos amem!
 
Ser mãe numa instituição é lidar com muitas crianças.
É dar proteção, amor e educação.
É ser-se responsável.
É ensinar a receber amor: é dizer “tu és muito especial para mim!”
É estar lá para ver o primeiro sorriso, o primeiro andar.
É estar presente nas vitórias e nas derrotas.
É dar um abraço quando choram pela presença da mãe.
É ir ao médico com ela.
É ir à festa da escola e perceber o sorriso triste porque a mãe não está presente, mas ver o sorriso porque afinal nós estamos presente.
É lidar com algumas birras. É lidar com ansiedades, frustrações, mau estar e sofrimento.
É rir muito. É sorrir muito.
É ter a capacidade de os ver entrar e sair e lidar com o misto de sentimentos de alegria e dor. Alegria pelo futuro que lhes reserva. Dor pela saudade que já deixaram.
É confortar quem fica (as outras crianças) pelos amigos que já foram embora.
 
Por vezes, pedem-nos para sermos sua mãe. Aí, é ensinar a confiar que irão ter uma mãe.
 
Ser-se mãe numa instituição tem muitas lutas. Momentos de muito desgaste. Mas também momentos que nos enchem o coração.
 
Enquanto profissional numa casa de acolhimento, posso dizer que mais que uma mãe biológica, as crianças querem saber e viver que pertencem a alguém.
 
Podemos ajudar a que haja menos crianças em risco?
 
Sim, podemos!
 
Podemos olhar para o nosso amigo, vizinho, familiar e perguntar e/ou perceber se precisa de ajuda para cuidar dos seus filhos.
 
A bíblia diz:
“Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?”
 
Muitas das famílias que nos chegam, são famílias desamparadas, sem suporte familiar ou social.
 
Enquanto igreja, enquanto família, os nossos braços têm que ter a capacidade de abraçar além fronteiras.
 
Não nos esqueçamos que somos filhos herdeiros de Deus, com a particulariedade de termos sido adoptados!
 
“Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus.
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”
 
Da mesma forma que Deus nos adoptou, é importante adotarmos as pessoas à nossa volta. Não ficar à espera que venham ter até nós a pedir ajuda, mas fazermos como Deus e irmos ter com as pessoas.
 
Ser mãe numa instituição é poder dar aquilo que Deus nos dá. É obedecer Àquele que nos adoptou.
 
16.05.2014
Ana Rute Calaim Lamúria

domingo, 18 de maio de 2014

Família

No passado dia 15 celebrou-se o Dia Internacional da Família (proclamado em 1993 pela ONU). O tema de arranque foi “Família, capacidades e responsabilidades num mundo em transformação”, onde a família foi declarada como “a pequena democracia no coração da sociedade”. Está certo!

Entretanto, é tradição das igrejas baptistas dedicarem o mês de Maio à família e o objectivo é assinalar a importância da família, enquanto projecto de Deus. Ora, sendo assim, é bom sabermos o que Ele planeou, ou seja, qual a Sua vontade para nós.

Obviamente tem que haver um princípio, chamamos-lhe casamento e Deus declarou-o como regra básica e clara para o relacionamento íntimo entre um homem e uma mulher:
“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” – Génesis 2:24

Deus criou somente duas espécies sexuais, com anatomia e fisiologia diferentes, para que se complementem. Depois, concedeu ao homem e à mulher o privilégio de, unidos, puderem ter filhos:
“E Deus os abençoou e lhes disse: frutificai e multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a…” – Génesis 1:28
 
Assim sendo, podemos verificar que:
1-      Tudo o que o mundo possa defender como outras formações de família, não é da vontade de Deus;
2-      Sendo esta a família nuclear, o sistema vai-se repetindo e isso dá lugar à família alargada.
 
Por isso a Palavra de Deus fala de diversos graus de parentesco e deixa explícito qual deve ser o comportamento para uma família feliz. Alguns exemplos:

“Se não for o Senhor o construtor da casa, será inútil trabalhar na construção.” – Salmo 127:1
“Maridos amai as vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja e a Si mesmo se entregou por ela.” – Efésios 5:25
“Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor.” – Efésios 5:22
“Vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.” – Efésios 6:4
Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa.” – Efésios 6:1-2
“Os velhos sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, no amor, e na paciência. As mulheres idosas, semelhantemente, sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mas mestras no bem.” – Tito 2:2-3

“Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente.” – I Timóteo 5:8


Oração: Pai querido agradeço-Te pela minha família e peço-Te que a protejas para que todos se mantenham unidos e obedientes à Tua vontade. Abençoa cada um individualmente, cuida da nossa saúde física e espiritual, restaura os relacionamentos enfraquecidos e faz que haja alegria entre nós.
Senhor, que eu seja um exemplo no cuidado, no ensino, no amor e na paz.

sábado, 3 de agosto de 2013

Hoje


 
 
 
Esta é uma data especial, direi mesmo que... muito especial!
Afinal de contas, este foi o dia que Deus escolheu para eu nascer.
 
 
 

Agradeço ao Senhor por cada ano que me concedeu; pela bênção de conhecer gente bonita e, também, por conhecer pessoas más que me obrigam a exercitar a paciência; por me deixar ter sonhos; por me dar força para suportar as derrotas; por ter memória; por continuar a amar alguns que já partiram; por às vezes desanimar e depois recomeçar; por saber o que é ser mãe; por ter dois príncipes a chamarem-me “avó”; por contemplar e louvar a criação; e, muito mais, por Deus me ter permitido conhecer Cristo e Ele me dar a salvação.
Na verdade, o anjo do Senhor tem-se acampado ao meu redor!
 
Agora, vejam só o presentão que Deus me deu no dia em que fiz 24 anos…, um filho, o meu primeiro. Isto não é bênção dobrada?
Hoje ele está a fazer 40 anos e continuamos a ter 24 de diferença, mas um pouco mais velhos...
 
Não sei até quando vou estar por cá, mas quero fazer esta caminhada com fé e na dependência do meu Senhor, dizendo:
 

sábado, 18 de maio de 2013

Família - Projecto de Deus


Ontem, 17 de Maio de 2013, a Assembleia da República Portuguesa deu mais um tiro no pé. Ontem foi aprovada a adopção de crianças por “casais” homossexuais, chamando-lhe co-adopção. Pomposa maneira de dizer o indizível.
Passo a passo, Portugal está a evoluir, dizem alguns; a modernizar-se, dizem outros; a reconhecer o direito à diferença, dizem os que se escondem atrás da tolerância.
A verdade é que, ao legalizar o pecado, esta Nação, a minha, está a afundar-se.
 
Ninguém entende mais de família do que Deus; aliás, foi Ele quem a projectou! Logo, alterar as regras, é uma violação ao projecto de Deus.
Sem entrar em muitos detalhes, pois já o fiz aqui (06.06.2010), posso afirmar que, biblicamente, a homossexualidade é uma desobediência contra Deus.
Infelizmente o mundo está mergulhado em pecado, cada vez mais longe de Deus. Este afastamento tem feito com que, até pessoas que jamais quereriam um destes casos na sua família, defendam publicamente como “natural” a união de dois homens ou de duas mulheres e transformem os prevaricadores em heróis.
Os homens já não se importam com a moral, simplesmente desprezam Deus; mesmo quando dizem acreditar n'Ele.
 
“Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” – Mateus 7:21


 
Não há diversas versões de família e é uma enorme falta de respeito pelas crianças a imposição de um modelo não natural.
As crianças precisam da figura paterna e da figura materna, foi assim que Deus projectou quando fez o homem e a mulher diferentes. Este é o padrão!

 
 
Os casos de crianças privadas de um ou dos dois progenitores, seja qual for o motivo, devem ser tratados de forma a proporcionar-lhes um ambiente moral de amor e não recorrer a meios anti-naturais e a inclinações produzidas pelo maligno.
 
A Palavra de Deus fala de todas estas coisas terríveis e abomináveis. Os crentes têm de estar atentos para não aceitar, nem desculpar, o que é errado. Devemos lutar com todas as nossas forças para não deixar que coisas como estas continuem a ser aceites e vistas como recurso.
A aprovação desta lei, vem escamotear as responsabilidades do governo e da sociedade porque, sem dúvida, há outras alternativas que não põem em perigo a integridade das crianças, nem violam o projecto divino.
Por mim, não importa que me chamem preconceituosa, homofóbica, conservadora ou fundamentalista; o que quiserem, não faz mal, eu prefiro seguir os ensinamentos bíblicos e a vontade de Deus.
 
“Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as pratica é como um homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha.
Mas quem ouve estas minhas palavras e não as pratica é como um insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda.” Mateus 7:24-27

sábado, 14 de julho de 2012

Netos

Samuel

Quando os meus netos nasceram eu já os amava muito, mas não sabia como eles iam mudar a minha vida. Foi então que, tudo quanto tinha imaginado para a minha velhice, caiu por terra.

Há lá coisa mais querida que os meus netos…
O Samuel e a Sara são gémeos, filhos do meu filho, e fizeram 6 anos na passada 4ª feira (dia 11).



Senti-los é uma experiência misteriosa entre a tranquilidade e a inquietação. Eles são tão meus que não posso sequer admitir abdicar da sua presença.

Sara
Com eles, tenho revivido a infância dos meus filhos e o meu papel de mãe. Para mim não existe essa coisa do “açúcar” ou do “mel” que se costuma dizer das avós; sou exigente ou permissiva naquilo que acho certo e isso já eu fazia com os meus filhos. A diferença está em que tenho mais tempo, pois já não trabalho, e em ter perdido alguma força e agilidade física (estou velhota), mas ainda assim, faço quase tudo com eles.




A Bíblia conta que Timóteo foi abençoado com algo muito precioso, ele tinha uma avó crente e actuante no seu crescimento. Eu posso usufruir desse mesmo prazer na vida dos meus netos e espero ser especial para eles.
Na verdade, revejo-me em Lóide, não só porque tenho uma acção efectiva na prestação de cuidados e educação deles, mas porque quero muito que os meus meninos conheçam Deus e aprendam as Sagradas Escrituras.
O apóstolo Paulo lembrou a Timóteo: “Desde a infância sabes as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus.” (2 Timóteo 3:15). Até hoje, o mais importante para formar o carácter continua a ser a vida espiritual e a melhor altura para iniciar a educação e o ensino do adulto é a infância.

Todos os anos escrevo uma pequena história para cada um, desta vez, além dos livros, e por ser a entrada para um novo ciclo de vida, receberam uma pedra.

Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e chamou-lhe Ebenézer; e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.” – I Samuel 7:12

Deus deu-me dois filhos fantásticos; ter no meu filho um bom pai é a melhor compensação para a educação que lhe dei; ter estes netos maravilhosos é uma bênção imensurável.

Parabéns netos, amo-vos muito… muito!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Eu Gosto do Natal!

Desde a história verídica, aos preparativos para a celebração, passando por tudo quanto inventamos para tornar esta quadra mais família e sedutora, eu gosto do Natal!

A figura do Pai Natal é uma das mais carinhosas recordações da minha infância.
Naquela altura ainda não havia essa falta de gosto dos bonecos insufláveis enforcados nas varandas e esquecidos durante um mês ou mais. Também não tropeçávamos nele(s) em tudo quanto era estabelecimento. E, acima de tudo, não se apresentava desmazelado, nem antipático.
Não, o Pai Natal era um velho bonacheirão, risonho, sempre de bem com a vida…, era mágico!
Esta era a única época do ano em que eu e as minhas irmãs recebíamos prendas e guloseimas. Os pais e a Escola Dominical, sempre tinham um mimo e, algumas vezes, também outras pessoas.

A época era entusiasmante. Fazíamos uma árvore, com pinheiro a sério, onde pendurávamos anjos de barro, bolas de vidro, pedaços de algodão e velas.
Depois, na noite de consoada, antes de irmos para a cama, deixávamos um sapato junto à chaminé por onde o amoroso velho iria passar; e, no dia de Natal, logo pela manhã, era uma alegria indescritível o acto da descoberta daquilo que ele nos tinha trazido.
Nesse dia a mesa tinha mais iguarias, vestíamos roupa e sapatos novos e íamos à casa de oração fazer a festa da Escola Dominical - cantar, dizer poesias, fazer alguma peça, ouvir a história do nascimento do Salvador e receber prendas.

No Natal dos meus 9 anos, as minhas irmãs, uma com 15 e outra com 13 e meio, já não tinham as ilusões e  ingenuidade com que a idade me distinguia. Não me recordo bem com que palavras, mas a irmã do meio lá me desvendou o segredo...; afinal, o Pai Natal era o pai e a mãe e as prendas estavam escondidas algures na casa.
Depois, foi só descobrirmos os embrulhos. Eu não resisti à ansiedade, abri uma ponta do que dizia “Mimi”, sem, obviamente, ter conseguido disfarçar o delito.
Fiquei num misto de alegria (por saber que era um livro), de tristeza (por não haver Pai Natal), e de medo (por ir ser descoberta). E, sim, além de ter perdido a magia, ouvi um ralhete daqueles, quase arriscando não receber a prenda.

Não obstante, ei-lo!
Guardo-o até hoje. “O Peregrino”, um livro fantástico onde Bunyan relata a caminhada de Cristão, um peregrino espiritualmente abatido que viaja rumo à Cidade Celestial, sendo confrontado com diversos desafios durante a jornada.


“Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas.”
Salmos 36: 7
“Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo,
regozijai-vos.” – Filipenses 4: 4

Nota: Já sou avó!
Tal como fiz com os meus filhos, tento que esta quadra tenha, para os netos, um ambiente de festa e encanto.
Por isso, ajudam a enfeitar a casa, colaboram na preparação dos doces, aprendem cânticos e representação para fazer surpresa nas reuniões da família, abrem as prendas na noite de consoada e sabem que estão a comemorar o nascimento de Jesus… enfim, é uma alegria sentir esta vida!
E, imaginem, acreditam que o Pai Natal existe.

sábado, 16 de abril de 2011

Ser Mãe

Hoje, quando forem 21:10H, a minha filha faz 34 anos.
Perfeito, depois do príncipe, a princesa. Linda, tudo no lugar, tudo certo.
E eu que, depois do primeiro filho, pensava não poder amar outro ser com a mesma intensidade..., enganei-me.
Coração de mãe não tem limites!

Depois, também descobri que os filhos são diferentes uns dos outros, não só em género, mas em personalidade.
Não faz mal, a gente aprende.
O mais importante é que os filhos são um bem inestimável. Não pode ser mais sustentada a expressão do salmista Salomão:

“Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.” – Salmo 127: 3

Grande Bênção essa que confere Herança e Galardão aos pais. Vamos reflectir:

1º - A Bênção só existe, quando Cristo está presente no lar porque, ela, não se resume a coisa boa. Muitas vezes, é quando os filhos nos dão problemas que mais sentimos a bênção, revelada na paciência, na sabedoria e na dependência de Deus.

2º - A Herança exige responsabilidade na administração. Os filhos necessitam de incentivo, correcção e bons exemplos. Para fazermos isso da maneira mais plena possível, temos que observar a Palavra de Deus como um livro de instruções.

3º - O Galardão é uma recompensa. Ora, se os filhos assim são chamados pelo Senhor, nós somos responsáveis perante Ele das vidas que geramos. Caso contrário, o fruto não será recompensa, mas fardo.

Eu, mãe, sei que, no bem ou no mal, o meu amor está sempre presente e a protecção de Deus também.
E não é que os meus filhos são filhos do Pai Eterno?! Maravilhoso, hein?

“O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele.” – Provérbios 20: 7









Feliz aniversário filha!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Os Filhos

Ora, façam o favor de me dar os parabéns!
Às 17:45h (segundo tradição oral), porque faz 61 anos que nasci e, às 17:52h, porque faz 37 anos que fui mãe pela primeira vez.

E, só por causa disso, hoje fala a mãe e o tema são os filhos.

Esses seres maravilhosos a que chamamos filhos, são-nos confiados por Deus, ainda indefesos, e eu não me canso de dizer que são uma bênção para os pais.
“Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre o seu galardão.” - Salmo 127: 3
Assim, dou graças a Deus por me ter entregue os filhos que tenho a mim e não a qualquer outra família; a verdade é que não me imagino sem eles.
Desde que nasceram fiz tudo o que sabia e podia para educá-los com amor, responsabilidade e transparência, de modo a viverem com regras, com atitude e em Cristo.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.” - Provérbios 22: 6

Se fui sempre fantástica? Não! Como “convém” também cometo erros, mas a vontade de fazer melhor, esteve sempre presente. Depois, os filhos são o meu prioritário motivo de oração e Deus está no controlo da nossa relação.
Se têm correspondido sempre às minhas expectativas? Normalmente sim, e às vezes não, mas vivo bem com isso porque a nossa cumplicidade é imbatível e não se compadece com fingimentos. Depois, o amor permite-nos relevar muita coisa e continuar a caminhada.

Há um poema de Guillaume Apollinaire que diz:
Venham até à borda, disse ele.
Eles responderam: Nós temos medo.
Venham até a borda, ele insistiu.
Eles foram.
Ele empurrou-os... e eles voaram.

Connosco também foi assim. Um dia…, não sei quando, empurrei-os. Empurrei-os… e eles voaram.
Mas, aqui para nós, eu tenho um segredo, é que embora de forma lassa e imperceptível, mantenho o cordão umbilical seguro. Afinal de contas, não deixei de ser mãe e eles serão sempre os filhos a quem amo de forma superior.

Parabéns filho!